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O teletrabalho sentado à mesa de trabalho - António Nabo Martins - Mariana Teixeira do Vale
O teletrabalho sentado à mesa de trabalho
Em plena pandemia, no universo organizacional a palavra-chave passou a ser Teletrabalho. Esse conceito tão 2020 veio connosco para 2021 e passou a fazer parte da maioria dos quotidianos. Seja por imposição legal, por obrigação moral ou por escolha, o teletrabalho veio para ficar, não há como negá-lo. Mas como é que distinguimos o teletrabalho imposto do teletrabalho vantajoso? No panorama português o teletrabalho está muito associado à imposição legal. No entanto, assistimos a uma mudança de paradigma para o futuro. Os confinamentos obrigaram a que cada pessoa fizesse a sua vida no mesmo sítio, trabalhar, relaxar, vida profissional, vida pessoal, tudo no mesmo espaço. Os horários misturam-se, de repente responder a emails às 20h é normal e tratar de uma tarefa doméstica às 12h também. Mas e sem ser por imposição? Muitas são as empresas que adotaram o teletrabalho como uma nova normalidade. Os colaboradores garantem que as suas funções são cumpridas, a empresa garante que os colaboradores têm os meios necessários e a organização mantém o seu rumo ao sucesso. Certo será que nem sempre é fácil medir esses resultados, mas podemos sempre reinventar as métricas que tínhamos para medir os resultados de cada equipa e de cada colaborador. Podemos sempre adaptar horários de forma que as funções não sejam descuradas. Podemos criar horários desfasados para cada colaborador de forma a garantir que os objetivos são cumpridos e o colaborador tem controlo do seu tempo. Quais são as principais vantagens do teletrabalho? Não há tempo no trânsito em deslocações, a motivação é mantida por períodos mais longos, o tempo em trabalho é mais alargado. Há quem o considere como uma forma de recompensa e por isso tente até melhorar a sua performance. É, no entanto, fundamental considerar que em todas as empresas existem vários tipos de colaboradores, os que precisam de estar no escritório para produzir, os que não se importam de trabalhar em qualquer lugar e os que veem no teletrabalho a maior vantagem desta fase. Mas como será possível gerir equipas nestas condições? Em que uns SIM e outros NÃO? Como vai ser liderar equipas com uns presentes e outros ausentes? E como se motivam? Os negacionistas (do teletrabalho) e os colaboracionistas? Tudo isto é diferente, tudo isto é novo, tudo isto é desconhecido de todos nós. Mas isto significa que é também imperativo notar que muitos são os colaboradores que preferem o trabalho em escritório, com horários estipulados e os colegas frente-a-frente, sem recurso a telefone ou videoconferência. E os quadros superiores da empresa? O que será que pensam? Há o reconhecimento por esta nova forma de trabalho, de produzir e de ser eventual-
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António Nabo Martins Presidente Executivo
… em que é que podemos confiar para perceber se o teletrabalho é uma vantagem na nossa organização? Como em qualquer outro aspeto organizacional… nos resultados!
Mariana Teixeira do Vale Recursos Humanos - APAT