A trajetetória do projeto Novos Registros do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

A Série O Arquivo e a Cidade foi lançada nas comemorações dos 25 anos do APCBH, em 2016. A Série tem o objetivo de difundir o APCBH, seu acervo e as metodologias para o tratamento e o acesso aos documentos, adotadas e/ou desenvolvidas pela instituição. As publicações da Série têm temas relacionados com os projetos e as atividades desenvolvidas pelo APCBH e também com o seu acervo, sendo voltadas para públicos de diferentes perfis.

REALIZAÇÃO:

PARCERIA:

A trajetória do projeto Nov� Registr� do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

A trajetĂłria do Projeto Novos Registros do Arquivo PĂşblico da Cidade de Belo Horizonte

Coordenação da Série O Arquivo e a Cidade Helena Guimarães Campos Yuri Mello Mesquita Coordenação da publicação e texto Lays Silva de Souza Pesquisa Gabriela Diniz Mansur Lays Silva de Souza Lilian Machado Leão Júlia Rocha Simões Silva (Estagiária) Karla Rodrigues Silva (Estagiária) Maycon Rodrigues de Oliveira (Estagiário) Digitalização de documentos Maria Cruz Ferraz Thaís Marcolino dos Santos Fotografias Ricardo Laf Colaboração Ana Paula Silva Revisão Simone Teodoro Sobrinho Projeto gráfico e diagramação José Augusto Barros Capa Fotografia Ricardo Laf ASCOM-FMC, 2017 Ficha catalográfica Rafaela de Araújo Patente Impressão no APCBH Maria Cruz Ferraz Thaís Marcolino dos Santos Apoio Gráfica da Prefeitura de Belo Horizonte

A772 Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte – A trajetória do Projeto Novos Registros do Arquivo Público da Cidade de Belo horizonte / Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. Belo Horizonte: Fundação Municipal de Cultura; Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte, v. 3, 2017.

51 p.: il, color, 21 cm. - (série o arquivo e a cidade) Produzido pelo Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.

ISBN: 978-85-64559-10-3 1. Novos Registros. 2. Educação Patrimonial 3. Arquivo Permanente I. Fundação Municipal de Cultura. II. Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.

CDD 027.5

A trajetória do Projeto Novos Registros do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

Fundação Municipal de Cultura Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte Belo Horizonte 2017

A todos os pesquisadores que participaram do Projeto Novos Registros divulgando para a sociedade suas produções científicas, em diferentes áreas do conhecimento, nosso sincero agradecimento.

Apresentação

Cultura é diversidade e a obra A trajetória do projeto Novos Registros do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte nos apresenta a história de uma iniciativa duradoura e de sucesso que oportuniza a diversidade de olhares sobre a cidade.

Ao realizar palestras com pesquisadores acadêmicos, o projeto Novos Registros aproxima o Arquivo Público da Cidade tanto dos produtores do conhecimento acadêmico, quanto dos cidadãos belo-horizontinos que têm a oportunidade de participar dos eventos gratuitos promovidos no âmbito do projeto e também de consultar as produções acadêmicas no Banco de Dissertações e Teses da instituição. Às vésperas do seu 25º aniversário, o projeto ganha fôlego e busca estratégias para lograr com maior êxito os seus objetivos: contribuir para democratizar o acesso ao conhecimento e estimular debates culturais críticos e qualificados.

Juca Ferreira

6 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

O Arquivo Público da Cidade comemorou 25 anos em 2016. Na oportunidade, foi criada a série de publicações O Arquivo e a Cidade que tem como objetivos divulgar o APCBH, seu acervo e as metodologias criadas ou adotadas pela instituição para a implementação da política de gestão de documentos no município e para o tratamento e o acesso aos documentos.

Apresentamos o volume 3 da série: A trajetória do Projeto Novos Registros do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.

Esta publicação é motivo de muita felicidade, pois o Projeto Novos Registros é o mais antigo da Fundação Municipal de Cultura em atividade ininterrupta.

O Projeto Novos Registros contribui para criar uma interface entre o conhecimento científico e os munícipes. Além disso, o projeto valoriza a produção acadêmica sobre Belo Horizonte e divulga importantes trabalhos que pensam a urbe, atentando ainda para a importância da preservação do patrimônio documental de Belo Horizonte e para a reflexão sobre a nossa cidade.

Yuri Mello Mesquita

A trajetória do projeto Novos Registros• 7

Sumário

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 8 A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A CIDADE DE BELO HORIZONTE ........................10 O APCBH e a produção acadêmica ................................................................................................12 A criação do Projeto Novos Registros............................................................................................ 15 AS FASES DO PROJETO ..................................................................................................................19 A parceria com o Centro Cultural UFMG – 22/04/1993 a 24/06/1997 .......................................... 20 O Projeto Novos Registros nos equipamentos culturais da administração municipal – 29/08/1997 a 25/11/2015 .............................................................................................................. 22 Os novos laços com o meio acadêmico – 25/02/2016 aos dias atuais ..........................................25 A METODOLOGIA DO PROJETO ................................................................................................... 29 A seleção dos trabalhos acadêmicos ............................................................................................ 30 A palestra........................................................................................................................................ 31 O Banco de Dissertações e Teses do APCBH .................................................................................35 O BALANÇO DO PROJETO .............................................................................................................37 O perfil dos palestrantes ............................................................................................................... 38 As áreas do conhecimento abordadas ..........................................................................................39 A contextualização dos trabalhos acadêmicos ............................................................................39 O público ........................................................................................................................................41 A REPERCUSSÃO DO PROJETO .................................................................................................... 43 O Novos Registros em pauta ........................................................................................................ 44 Os desdobramentos ...................................................................................................................... 45 CRONOLOGIA................................................................................................................................ 46 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................. ................ ....... ....................................... 48 REFERÊNCIAS............................................................ ................................................................. ...50

8 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

Introdução A Trajetória do Projeto Novos Registros do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte contempla o histórico do projeto mais antigo dessa instituição arquivística. A presente publicação foi desenvolvida pelos funcionários do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH) e está inserida na Série O Arquivo e a Cidade, que tem como objetivo divulgar projetos, metodologias de trabalho e o acervo documental do APCBH. A obra é constituída de cinco capítulos que procuram abarcar diversos aspectos referentes à história do projeto. O primeiro capítulo trata do processo de criação do APCBH e das instituições de educação superior em Belo Horizonte, compreendendo-os como impulsionadores da produção do conhecimento científico local.

No segundo capítulo, o Projeto Novos Registros é analisado a partir de uma periodização que tem os locais onde as palestras aconteceram como marco para se refletir sobre a trajetória do projeto. Cabe salientar que para a elaboração dessa publicação foi necessário delimitar um marco final para a análise dos dados: o ano de 2016. Contudo, o Projeto Novos Registros é um projeto contínuo do APCBH. No terceiro capítulo é detalhada a atual metodologia utilizada para todo o processo de produção do Projeto Novos Registros. Os procedimentos são apresentados de forma detalhada, já que um dos objetivos dessa publicação é oportunizar a outras instituições o acesso ao passo a passo para a realização do projeto para, no caso de haver interesse, poderem adaptá-lo às suas realidade e necessidades.

O quarto capítulo traz um levantamento dos temas abordados em todos os trabalhos acadêmicos existentes na Biblioteca do APCBH e que são provenientes do Projeto Novos Registros.

Também é apresentado o perfil dos palestrantes e do público das 189 palestras realizadas no período 1993 – 2016.

A trajetória do projeto Novos Registros• 9

O quinto e último capítulo reúne algumas matérias da mídia belo-horizontina que foram produzidas para divulgar o Projeto Novos Registros, a partir do momento em que ele começou a se destacar e a ser reconhecido como referência dentre as ações de difusão cultural do APCBH. Também aborda dois projetos que o tomaram como modelo.

Por fim, foi criada uma cronologia que destaca os marcos do projeto ao longo de seus 23 anos de existência. A obra também conta com um encarte que lista as palestras, os expositores-autores e os respectivos trabalhos que se encontram disponíveis para acesso na Sala de Consultas do APCBH. Torna-se pertinente destacar que a produção desta obra foi de grande relevância para o setor de difusão cultural do APCBH. A pesquisa para a produção desta publicação, bem como o processo de seleção dos documentos que dialogam com o texto, possibilitou aos responsáveis pelo Projeto Novos Registros refletir acerca do aprimoramento da metodologia no tocante à padronização dos procedimentos para a sua realização.

Para os leitores desta obra, mais do que identificar trabalhos acadêmicos e seus pesquisadores, a presente publicação pode contribuir estimulando possibilidades de novas investigações sobre a cidade em diferentes campos do conhecimento: História, Geografia, Literatura, Economia, Arquitetura, Ciências Sociais, Arquivologia, Filosofia, Artes, Políticas Públicas, Ciências Políticas e outras.

Por fim, esta publicação objetiva divulgar o Banco de Dissertações e Teses do APCBH, uma riquíssima fonte de trabalhos acadêmicos cujas informações podem ser ampliadas, confrontadas e/ou confirmadas por meio de consulta a documentos do vasto acervo do APCBH.

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A produção do conhecimento sobre a cidade de Belo Horizonte

A trajetória do projeto Novos Registros• 11

Fotografia ASCOM-FMC, 2017

Desde a sua criação, em 1991, o APCBH teve a preocupação de ser referência como instituição pública arquivística de âmbito municipal. Por isso, além das demandas técnicas de tratamento dos documentos da municipalidade, o APCBH desenvolve ações de difusão cultural que viabilizam a divulgação de seu acervo e estabelecem parcerias com instituições diversas.

O Projeto Novos Registros do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte, criado quase que concomitantemente à própria instituição, é seu projeto mais antigo e faz parte das ações de difusão cultural da instituição. Por meio desse projeto, o APCBH assumiu, ao longo dos anos, o papel de mediador entre a produção acadêmica e a sociedade.

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O APCBH e a produção acadêmica O meio acadêmico produz conhecimento em suas diferentes áreas e os profissionais pesquisadores que se formam carregam a responsabilidade de desenvolver suas pesquisas e de disponibilizar para a sociedade o resultado de seus trabalhos.

Em Belo Horizonte, os programas de pós-graduação nas áreas de Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Letras e Artes, foram criados a partir da década de 1970 e ampliados a partir da década de 1990. Na Universidade Federal de Minas Gerais, o programa de pós-graduação em Letras foi criado em 1973; o de Administração, em 1989, de História, em 1990 e o de Arquitetura e Urbanismo, em 1994. No âmbito privado, citamos como exemplo a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC – MG) que criou seu programa de pós-graduação em Letras em 1989; de Ciências Sociais, em 1999; de Ciências da Religião, em 2008 e de Educação, em 2012.

Nas últimas décadas verificou-se um aumento significativo do número de instituições de ensino superior, crescendo também o número de instituições privadas que possuem programas de pós-graduação. Graças a essa realidade, é possível perceber um aumento de estudantes universitários que, atualmente, recorrem ao APCBH em busca de fontes que viabilizem o desenvolvimento de seus trabalhos.

Os arquivos públicos são instituições que guardam as fontes que viabilizam muitas pesquisas científicas. Além do tratamento documental, o APCBH desenvolve ações de difusão cultural que são imprescindíveis para divulgar seu acervo e os trabalhos realizados na própria instituição, já concluídos ou em andamento. Estas ações também são importantes para estabelecer parcerias com instituições culturais e educacionais, tanto públicas quanto privadas.

O APCBH, além de ser uma referência como instituição que trata e preserva documentos do poder público e documentos privados de interesse público, também tem se consolidado como instituição de referência para cidadãos que tem o interesse em pesquisar temas relacionados a Belo Horizonte e à Região Metropolitana da capital mineira.

A trajetória do projeto Novos Registros• 13

Um dos projetos do APCBH que busca a aproximação da sociedade com seu acervo arquivistico é o Novos Registros. Criado em 1993, o projeto surgiu com três objetivos bem definidos:

APCBH/FMC

• ampliar o acervo da Biblioteca do APCBH, dotando-o de produções acadêmicas desenvolvidas em nível de pós-graduação; • convidar os autores para apresentar os seus trabalhos para o público interessado, por meio de palestra; • aproximar a comunidade acadêmica da instituição arquivística, com o intuito de ampliar o acesso ao seu acervo documental.

Objetivos do Projeto Novos Registros integrantes do documento Avaliação do Projeto Novos Registros, produzido em 1993.

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Fotografia ASCOM-FMC, 2017

O projeto tem como foco a divulgação de pesquisas que analisem a cidade de Belo Horizonte e sua Região Metropolitana por meio de documentos que se encontram, tanto sob a guarda do APCBH, como em outras instituições.

O pesquisador convidado para participar do Projeto Novos Registros, tem a oportunidade de divulgar seu trabalho e também de contribuir para aprimorar o acervo bibliográfico do APCBH. Todavia, o projeto não estabelece uma parceria direta com os pesquisadores, nem com as instituições acadêmicas. Ele atua proporcionando um evento para a apreciação dos trabalhos científicos pelo público interessado, sempre de forma gratuita. Tais eventos permitem divulgar o potencial riquíssimo do acervo do APCBH como fontes de informação para futuras pesquisas, projetos e parcerias.

Fotografia de produções acadêmicas do Banco de Dissertações e Teses da Biblioteca do APCBH.

A trajetória do projeto Novos Registros• 15

A criação do Projeto Novos Registros

Fotografia ASCOM-FMC, 2016

Em 1993, ano em que o Projeto Novos Registros foi lançado, o APCBH era subordinado à Secretaria Municipal de Cultura e o setor responsável pelo projeto era o Serviço de Pesquisa e Informação.

Por meio do Decreto n° 12.021, de 9 de abril de 2005, foi criada a Fundação Municipal de Cultura (FMC) e extinta a Secretaria Municipal de Cultura. O APCBH, então, passou a subordinar-se à FMC e o seu setor responsável pela pesquisa e ações de difusão cultural - incluindo o Projeto Novos Registros - passou a se chamar Departamento de Tratamento, Pesquisa e Acesso (DPTPA).1 Em outubro de 1996, o APCBH ganhou sede própria na rua Itambé, 227, no bairro Floresta.

1. Até junho de 2017, quando foi finalizada a redação desta publicação, a estrutura vigente do APCBH/FMC era a do Decreto n° 16.422, de 9 de setembro de 2016.

Fotografia da fachada do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.

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Nos primeiros anos de existência do APCBH, a prioridade dentre as demandas de trabalho concentrava-se no tratamento dos documentos recolhidos dos órgãos públicos e no planejamento e na implementação de metodologias arquivísticas.

Com isso, pesquisar o acervo do APCBH para a produção de trabalhos acadêmicos nos primórdios da instituição era uma tarefa difícil. Essa situação pode ter influenciado o fato de que, na década de 1990, poucos eram os pesquisadores cujas dissertações ou teses, de qualquer área do conhecimento, tivessem Belo Horizonte como objeto de estudo.

Contudo, os funcionários do APCBH, desde os primeiros anos da instituição, já estavam preocupados em divulgá-la sob uma nova perspectiva, pensando o APCBH como mediador entre a produção acadêmica e a sociedade. Para isso, buscaram se aproximar de centros produtores do conhecimento, tendo sempre em vista a reflexão acerca das múltiplas maneiras de divulgar o acervo arquivístico como fonte para o desenvolvimento de pesquisas, projetos acadêmicos e outros.

Coordenada pela primeira Diretora Geral do APCBH, Norma Góes Monteiro, a equipe do APCBH trabalhava no sentido de inovar os serviços de pesquisa e difusão cultural no meio arquivístico. Com o objetivo principal de criar um banco de dissertações e teses para compor a Biblioteca do APCBH e também de aproximar a comunidade acadêmica do Arquivo, nasceu o Projeto Novos Registros.

Primeiramente, a equipe sistematizou a concepção inicial do projeto que, ao longo dos anos, foi se adequando às realidades conjunturais - físicas e econômicas - do APCBH e da Secretaria Municipal de Cultura. A justificativa para o projeto baseava-se na ideia de que “um arquivo público não pode ficar encastelado, voltado exclusivamente para si, mas voltar-se à Administração à qual está vinculado e ao cidadão” (APCBH, 1992). O APCBH, ainda recém-inaugurado, já se projetava como uma instituição moderna atrelada a um programa cultural que assumia a função de instrumento de apoio à administração pública, à cultura e ao desenvolvimento científico.

O primeiro nome do projeto foi Banco de Teses sobre a História de Belo Horizonte e Minas Gerais. Posteriormente, a equipe do Serviço de Pesquisa do APCBH adotou o nome atual para o projeto. Tal mudança justificou-se pelo constante crescimento dos trabalhos elaborados pela comunidade acadêmica que

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APCBH/FMC

registravam a diversidade de olhares dos pesquisadores sob a cidade e suas múltiplas relações.

Segundo a ex-funcionária do APCBH e uma das mentoras do Projeto Novos Registros, Mariza Guerra de Andrade, ainda que inspirada em instituições arquivísticas mais antigas que o APCBH, a ideia de criar uma biblioteca voltada para a história de Minas Gerais e de Belo Horizonte era inovadora para a capital mineira.

Nesse sentido, o projeto foi e continua sendo um diferencial do APCBH, que atualiza, de forma constante, seu acervo bibliográfico Jornal Diário para oferecê-lo aos seus visitantes e consulentes. do Comércio, s.d.

18 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

As fases do projeto

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Fotografia ASCOM-FMC, 2017

Em abril de 2017 o Projeto Novos Registros completou 24 anos. No decorrer de suas edições é possível identificar características - tais como o perfil dos palestrantes, a forma da produção do material gráfico para as palestras e os mecanismos de divulgação dos eventos - que nos permitem dividir o projeto em três fases. A definição do local para a realização das palestras foi o que determinou o recorte temporal de cada etapa.

A primeira fase do projeto é definida pela sua proximidade com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tendo o Centro Cultural da UFMG como endereço fixo para as palestras nos primeiros cinco anos. Na segunda fase, as edições do Projeto Novos Registros passaram a acontecer sem endereço fixo e em diferentes equipamentos culturais de Belo Horizonte, como museus e centros de referência. A terceira e última fase é caracterizada por seu retorno ao ambiente acadêmico, mantendo a intinerância das palestras nas diferentes instituições de educação superior localizadas em Belo Horizonte.

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A parceria com o Centro Cultural UFMG – 22/04/1993 a 24/06/1997 A primeira fase do Projeto Novos Registros teve início no seu lançamento, que ocorreu no dia 22 de abril de 1993, e terminou na edição do dia 24 de junho de 1997, totalizando quatro anos de duração. Essa fase foi caracterizada, principalmente, pela parceria entre o APCBH e o Centro Cultural UFMG, que abrigou as palestras dos pesquisadores convidados.

Dos 38 trabalhos apresentados nessa primeira fase, 17 são provenientes de pesquisas realizadas na Universidade Federal de Minas Gerais; os demais são de instituições de ensino superior do exterior e das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Tais dados nos mostram que o Projeto Novos Registros valorizava a produção científica local, mas também buscava olhares diversos no que se refere aos estudos sobre Belo Horizonte e Minas Gerais.

Nessa fase do projeto também é possível perceber que havia uma relação estreita do projeto com alunos e professores da área da História. De acordo com o Dossiê do Novos Registros referente ao ano de 1993, a escolha dos trabalhos naquela época era direcionada pelo objetivo de se criar um banco de teses que tratasse do processo histórico e historiográfico de Minas Gerais e da capital mineira.

No que se refere à produção de material gráfico para divulgação das edições do Projeto Novos Registros, a primeira fase foi marcada pela precariedade de recursos técnicos e de comunicação.

Esta é uma característica inclusive do período, pois na década de 1990 poucos eram os órgãos da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte que possuíam equipe técnica e equipamentos tecnológicos para tais fins.

O cartaz da primeira palestra do projeto foi feito no próprio APCBH e não possuía nenhum recurso gráfico; era um texto em tinta preta sobre uma folha de tamanho A4 contendo informações básicas: data, hora e local do evento, nome da palestra e do palestrante. A partir do segundo evento, o projeto ganhou uma identidade visual, porém os cartazes eram idênticos quanto ao projeto gráfico, mudando somente o nome da palestra e do palestrante.

A forma de divulgação dos eventos nessa fase pode ser considerada bastante primária. Segundo Mariza Guerra de Andrade,

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Fotografia ASCOM-FMC, 2017

APCBH/FMC

chefe do Serviço de Pesquisa na época, os próprios funcionários do APCBH espalhavam os cartazes em instituições educacionais e culturais e também em estabelecimentos comerciais da zona boêmia de Belo Horizonte, tradicionalmente frequentados por intelectuais. É interessante destacar também que durante os primeiros anos do projeto, - entre 1993 e 2003 - todas as palestras foram gravadas em fita K7. Assim, durante este período, cada edição do Projeto Novos Registros gerou dois documentos que podem ser consultados: o áudio das palestras e um exemplar impresso de cada trabalho, que foi doado pelo palestrante para compor o acervo da Biblioteca do APCBH. A parceria com o Centro Cultural UFMG foi fundamental para o processo de consolidação do Projeto Novos Registros perante a comunidade acadêmica, objetivo inicial do APCBH. Por meio dessa relação, o APCBH teve a oportunidade de divulgar seu trabalho e seu acervo, bem como proporcionar um momento para que o pesquisador socializasse seus estudos entre seus pares e também alcançasse outros interessados.

Cartaz produzido para a divulgação da primeira palestra do Projeto Novos Registros. 1993.

Fotografia de fita K7 com áudio da palestra do Projeto Novos Registros realizada no Centro Cultural da UFMG, em 29 de abril de 1997.

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O Projeto Novos Registros nos equipamentos culturais da administração municipal – 29/08/1997 a 25/11/2015

APCBH/FMC

A segunda e mais longa fase do Projeto Novos Registros conta com dezoito anos de duração. Essa fase foi caracterizada pela realização das palestras em diferentes instituições culturais da capital mineira.

Com exceção da palestra que aconteceu dia 18 de novembro de 1997, no Minas Tênis Clube - Salão do Minas I, todas as edições do Projeto Novos Registros, desde o segundo semestre de 1997 até a última palestra de 2015, aconteceram em equipamentos culturais da administração municipal de Belo Horizonte.

Ao buscar instituições diferentes para acolher a realização das palestras, o projeto procurou formar um público variado e que não fosse composto somente por acadêmicos e pesquisadores.

Nessa fase, nota-se um significativo aumento de trabalhos provenientes de universidades localizadas em Belo Horizonte, principalmente da UFMG e da PUC Minas. Também há a diver-

sificação das áreas do conhecimento e de cursos como, por exemplo, Arquitetura e Urbanismo, Geografia, Ciência da Informação e Artes.

Com a criação da Fundação Municipal de Cultura, em 2005 e a extinção da Secretaria Municipal de Cultura, o APCBH contou com maior apoio para a produção de material gráfico e a divulgação de seus eventos. A partir de então, os próprios palestrantes passaram a encaminhar imagens para a criação do material gráfico. Os cartazes e convites do Projeto Novos Registros ganharam uma nova identidade visual que permitiu o uso de diversos recursos gráficos e deixou mais nítida a identificação de cada temática apresentada.

De acordo com a Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel), em janeiro de 2001 foi aberto ao público o Portal da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) e, em dezembro de 2008, o APCBH ganhou uma página hospedada no site da PBH, dentro da estrutura da Cultura, possibilitando a divulgação de seus projetos e de seu acervo. Por meio desse recurso virtual, a forma de divulgação dos eventos sofreu alterações em relação à primeira fase do projeto, facilitando a comunicação e potencializando o alcance das informações acerca das palestras do Projeto Novos Registros.

Já as peças gráficas físicas - cartazes e convites - além de produzidos, passaram a ser também impressos e distribuídos pela Assessoria de Comunicação da Fundação Municipal de Cultura (ASCOM/FMC), desde a criação da mesma, em 2005.

Com o apoio e sob a supervisão da ASCOM/FMC, em outubro de 2012 o APCBH passou a contar com o Facebook, uma rede social gratuita de alcance internacional, o que também contribuiu para a divulgação de informações das sessões do Projeto Novos Registros, bem como dos demais projetos e eventos institucionais, além de dar publicidade ao seu acervo arquivístico.

APCBH/FMC

A trajetória do projeto Novos Registros• 23

Fotografia da palestra do Projeto Novos Registros realizada no auditório do Museu Histórico Abílio Barreto, em 26 de março de 2013.

Marcador de livro produzido para divulgar o Projeto Novos Registros. 2013.

APCBH/FMC

24 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

Cartaz que marca o início da segunda fase do Projeto Novos Registros, sobre palestra ocorrida no APCBH, em 28 de agosto de 1997.

Divulgação de palestra do Projeto Novos Registros na página do APCBH no Facebook.

Destaque para o alcance de visualizações da postagem.

Data da postagem: 25 de novembro de 2015.

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Os novos laços com o meio acadêmico – 25/02/2016 aos dias atuais

Cartaz que marca o início da terceira fase do Projeto Novos Registros, relativo à palestra ocorrida no Auditório do Centro Universitário de Belo Horizonte, em 25 de fevereiro de 2016.

APCBH/FMC

A terceira e última fase do Projeto Novos Registros é a que está em vigência. Ela é marcada pela junção de características das fases anteriores, porém com algumas mudanças. A proposta atual, que se iniciou no primeiro evento de 2016, é de realizar as palestras no meio acadêmico, como na primeira fase, contudo, observando-se a itinerância, agora, entre diversas instituições de educação superior situadas em Belo Horizonte.

No que se refere à produção e divulgação de material gráfico para os eventos nesta fase, o Projeto Novos Registros conta com o mesmo apoio e dinâmica da ASCOM/FMC mencionados anteriormente.

Após anos de experiência com diferentes formatos, a equipe responsável pelo projeto concluiu que ele deve estar próximo das instituições produtoras do conhecimento. A realização das palestras em instituições de ensino superior públicas e privadas tem sido uma rica experiência e tem resultado na retomada do aumento do público.

Também é possível notar o crescimento da interação entre o público e os palestrantes. Ao final da apresentação dos pesquisadores convidados oportuniza-se um momento para perguntas e comentários. Como a maior parte do público é formada por estudantes universitários e professores acadêmicos, o diálogo pós-apresentação tem se intensificado. Com frequência, os estudantes já desenvolvem pesquisas ligadas ao tema apresentado e aproveitam a oportunidade para trocar informações, por exemplo, acerca da metodologia utilizada no trabalho, já concluído, do palestrante que é um especialista.

Essa fase registra marcos importantes da história do Projeto Novos Registros. A média de público por

APCBH/FMC

26 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

APCBH/FMC

evento é de 20 a 30 pessoas. A palestra do dia 25 de fevereiro de 2016, que aconteceu no Centro Universitário Belo Horizonte (UNI-BH), teve recorde de público: aproximadamente 150 pessoas.

Essa informação é relevante para que a equipe responsável pelo projeto analise os fatores que contribuem para a formação de um público participante interessado pelas temáticas abordadas.

Nessa fase, a equipe organizadora do Projeto Novos Registros, está bastante atenta aos interesses e necessidades da sociedade e dos centros produtores do conhecimento. As pesquisas voltadas para as Ciências Humanas, maioria no Projeto Novos Re-

APCBH/FMC

gistros, buscam analisar a vida social, identificando, dentre outros aspectos, rupturas e permanências, bem como semelhanças e diferenças no modo de viver e de se organizar da sociedade, ao longo do tempo. Com isso, proporcionar um momento para discutir o que é produzido no meio acadêmico com os cidadãos, que não necessariamente estão inseridos nesse meio, mas que também se interessam pelas diversas questões que envolvem a cidade de Belo Horizonte, é sem dúvida, uma experiência gratificante.

Com isso, o principal objetivo nessa fase consiste em elaborar estratégias para que o já consolidado Projeto Novos Registros continue proporcionando momentos enriquecedores de interação entre a sociedade, a produção científica e as fontes documentais.

APCBH/FMC

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Fotografia da palestra do Projeto Novos Registros realizada no auditório do Centro Universitário de Belo Horizonte, em 25 de fevereiro de 2016, que registrou o maior público da história do projeto.

A terceira fase do Projeto Novos Registros busca diversificar as instituições acadêmicas que sediam os eventos. Na fotografia, a palestra ocorrida no Auditório do Centro Universitário Estácio de Sá, em 15 de abril de 2016.

Fotografia da palestra realizada no Auditório do Memorial Minas Gerais Vale, em 30 de junho de 2016, único evento da terceira fase do projeto que não foi sediado em instituição acadêmica.

Logomarcas do Projeto Novos Registros presentes em cartazes de divulgação das palestras.

28 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

A metodologia do projeto

A trajetória do projeto Novos Registros• 29

Fotografia ASCOM-FMC, 2017

Cada edição do Projeto Novos Registros é composta por três etapas. A primeira consiste na seleção dos trabalhos acadêmicos que estabelecem relação com a cidade de Belo Horizonte e/ou a sua região metropolitana. A segunda etapa é a da produção da palestra ministrada pelo pesquisador convidado. A terceira e última etapa é da catalogação e disponibilização, para o acesso, do exemplar da dissertação ou tese apresentada na palestra. É importante destacar que a apresentação das etapas para a produção do Projeto Novos Registros, tema deste capítulo, contempla a metodologia atual, uma vez que, ao longo de sua história, o projeto já passou por alterações que contribuíram para o aprimoramento de sua produção.

30 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

A seleção dos trabalhos acadêmicos Desde a sua criação em 1993, o Projeto Novos Registros sempre teve uma metodologia de trabalho bem estabelecida. Contudo, ao longo dos anos ela foi se adequando conforme as necessidades e possibilidades do APCBH e dos palestrantes. Fica a cargo do Departamento de Tratamento, Pesquisa e Acervo (DPTPA) a coordenação geral do projeto.

No início de cada ano a equipe responsável pelo projeto se reúne com a Diretoria do APCBH para planejar as etapas de sua produção. O primeiro passo consiste na seleção dos trabalhos acadêmicos que serão apresentados sob a forma de palestra, sempre gratuita e aberta ao público. O levantamento das dissertações e teses é realizado por meio de consultas na Plataforma Lattes do Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e também nos programas de pós-graduação de instituições de ensino superior públicas e privadas.

Um dos fatores que é levado em consideração para a escolha dos trabalhos acadêmicos é o recorte geográfico e temático das pesquisas, que deve, preferencialmente, estabelecer alguma relação com a cidade de Belo Horizonte. Outras questões importantes: Registro do planejamento diversificar temas e marcos temporais e ter um olhar atento para os das palestras do Projeto Novos estudos mais recentes em diferentes áreas do conhecimento. ConRegistros que atualmente se realizam a cada dois meses. sideram-se também algumas características que são diferenciais para trabalhos acadêmicos, mas que CALENDÁRIO DE PALESTRAS DO PROJETO não são obrigatórias para a seleção, NOVOS REGISTROS -2017 como a originalidade na abordagem MESES PALESTRANTE DATA HORÁRIO LOCAL da temática, a sua relevância social, o JANEIRO ineditismo no uso de fontes ou da meFEVEREIRO todologia adotada, entre outros. Por MARÇO fim, e de caráter decisivo, é imprescinABRIL dível que o trabalho seja uma dissertaMAIO JUNHO ção ou tese que já tenha sido defendida e aprovada pela instituição acadêmica JULHO AGOSTO de origem. Seguindo esses critérios, os responsáveis pelo projeto e a Diretoria SETEMBRO do APCBH definem os pesquisadores a OUTUBRO serem convidados para participar das NOVEMBRO DEZEMBRO edições do Projeto Novos Registros.

A trajetória do projeto Novos Registros• 31

A palestra Após a definição dos possíveis trabalhos a serem apresentados é elaborado um calendário anual do projeto com informações para o contato com os pesquisadores selecionados. É importante ressaltar que esse calendário pode sofrer alterações conforme a disponibilidade dos palestrantes. A equipe responsável, então, entra em contato com os pesquisadores, via e-mail, para convidá-los para se apresentar no Projeto Novos Registros. Tal contato é feito pelo menos dois meses antes de cada apresentação, pois caso o primeiro convidado não possa ou não tenha interesse em participar do projeto, será feito contato com outro pesquisador que já tenha sido selecionado na etapa anterior. Quando há mais de um trabalho acadêmico selecionado com temática correlata é produzida uma palestra com dois ou mais palestrantes no mesmo evento.

Antes de entrar em contato com os palestrantes, é feito um levantamento das instituições acadêmicas de Belo Horizonte que têm interesse e disponibilidade para receber as palestras. Tal contato também é feito por e-mail e/ou telefone entre a equipe responsável pelo projeto e a coordenação dos cursos de graduação, que geralmente são da História, Sociologia, Filosofia, Ciências Sociais, Arquivologia e Arquitetura. É sempre solicitado às instituições que recebem as palestras que priorizem os eventos noturnos, a fim de viabilizar a presença do público que trabalha e/ou estuda nos turnos da manhã e da tarde. Porém, o horário também pode ser alterado conforme o interesse da instituição, em acordo com os responsáveis pelo projeto.

Após a definição dos palestrantes e do local onde acontecerá cada palestra, o próximo passo é a produção e a divulgação dos eventos. Nesse momento, cada palestra é planejada separadamente e são produzidos os materiais de divulgação – cartaz, convite, flyer -, específicos para cada evento.

A equipe responsável define o título de cada palestra, considerando o tema do(s) trabalho(s) a ser(em) apresentado(s). Para a criação das peças gráficas é solicitado ao palestrante que encaminhe uma imagem que represente sua pesquisa, (por exemplo, um documento que tenha analisado em seu trabalho), que será a base para a criação da identidade visual dos materiais de divulgação do evento. O título da palestra, as informações referentes ao local, à data e ao horário da palestra, nome do palestrante e a imagem são

32 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

Texto da comunicação, via correio eletrônico, para instituição de ensino superior sondada sobre interesse em sediar palestra do Projeto Novos Registros. 2017.

Texto da comunicação, via correio eletrônico, estabelecendo o primeiro contato com possível palestrante do Projeto Novos Registros. 2017.

Relação de procedimentos para a realização de evento do Projeto Novos Registros, com tarefas a serem cumpridas antes, durante e depois de cada palestra.

encaminhados à ASCOM /FMC, órgão responsável pela criação da arte gráfica e impressão de todo material publicitário do Projeto Novos Registros.

Normalmente, são necessários dez dias para a produção do material gráfico. É importante que a equipe responsável pelo projeto esteja atenta a esse prazo e trabalhe com antecedência para que a divulgação do evento não fique comprometida e se evite o desperdício do material de divulgação. Após a ASCOM/ FMC encaminhar para o APCBH o material de divulgação, a equipe responsável envia, por e-mail, os convites virtuais. Já os físicos são distribuídos por meio dos funcionários do APCBH em diversas instituições de educação e cultura localizadas em Belo Horizonte.

Após o envio dos convites, a próxima etapa do projeto é a realização da palestra. Na véspera do evento, a equipe responsável prepara os recursos necessários: equipamentos técnicos (notebook, projetor, microfone, cabos de áudio e câmera fotográfica), certificados dos palestrantes e do público e o Livro de Registro de Presença do projeto. Tais itens são imprescindíveis para a realização do evento e para registrar a história do projeto. É importante destacar que todo contato com o palestrante e com a instituição que recebe a palestra, bem como a comunicação com a ASCOM/FMC, deve ser registrado pelo correio eletrônico institucional. Este cuidado é imprescindível para que as informações acerca do processo de execução das etapas estejam sempre disponíveis para os funcionários que assumirem a produção do projeto.

A trajetória do projeto Novos Registros• 33

CHECKLIST DO PROJETO NOVOS REGISTROS Data:

Local:

Itens 1

Convidar a instituição de ensino superior

2

Definir data do evento com instituição de ensino superior

3

Convidar palestrante

4

Confirmar evento com palestrante

5

Solicitar resumo e imagem da palestra ao palestrante

6

Enviar release e imagem para ASCOM/FMC

7

Divulgar no site, no facebook e no BH Faz Cultura (agenda cultura da cidade) e enviar notícia para o Diário Oficial do Munícipio

8

Enviar convites eletrônicos para "mala direta" do Projeto Novos Registros

9

Enviar cartazes e fôlderes impressos para os equipamentos da Fundação Municipal de Cultura e para as instituições de ensino superior localizadas em Belo Horizonte

10

Peparar o Livro de Registro de Presença, identificando a palestra.

11

Preparar os certificados do(s) palestrante(s) e dos ouvintes

12

Elaborar minicurrículo do palestrante.

13

Conferir se o local da palestra dispõe de notebook, microfone, caixa de som e água.

Providenciar o necessário.

14

Solicitar do palestrante a cópia do trabalho acadêmico.

15

Produzir o dossiê do evento.

Horário: Concluído

Observações

34 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

Produção acadêmica do Banco de Dissertações e Teses de Belo Horizonte com o código de catalogação e endereçamento da Biblioteca do APCBH. 2017.

Certificado entregue aos ouvintes após o término de cada palestra do Projeto Novos Registros. 2017.

Certificado do palestrante do Projeto Novos Registros. 2017.

Livro de Registro de Presença do público das palestras do Projeto Novos Registros.

Fotografia ASCOM-FMC, 2017

APCBH/FMC

APCBH/FMC

Fotografia ASCOM-FMC, 2017

Após a palestra, são reunidos todos os documentos produzidos para o evento: históricos das conversas via e-mail com o(s) palestrante(s), a instituição onde aconteceu a palestra e a ASCOM/FMC; flyer, banner e convite; certificado do público; registros fotográficos da palestra, etc. Tais documentos compõem o dossiê de cada evento e são recolhidos para integrar o acervo de guarda permanente do APCBH.

A trajetória do projeto Novos Registros• 35

O Banco de Dissertações e Teses do APCBH No mesmo dia da palestra, o pesquisador doa um volume de seu trabalho acadêmico para compor o Banco de Dissertações e Teses do APCBH. No dia seguinte, o trabalho acadêmico é entregue ao(à) bibliotecário(a) responsável pelo tratamento técnico de todas as obras que são adquiridas para a Biblioteca da Sala de Consultas do APCBH. O tratamento do acervo bibliográfico envolve os processos de catalogação, indexação de assuntos e classificação, que são feitos por meio do Pergamun – Sistema Integrado de Bibliotecas – que é utilizado por todos os equipamentos da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. Desta forma, o trabalho acadêmico passa, oficialmente, a compor o acervo da Biblioteca do APCBH, estando disponível em sua Sala de Consultas. Também é possível realizar uma busca ligeira – título, autor e resumo de cada trabalho acadêmico – pela Internet no endereço: http://bibliotecasfmc. pbh.gov.br. Por meio deste mesmo site também podem ser acessados dados dos acervos de todas as bibliotecas da FMC. É importante destacar que o Banco de Dissertações e Teses do APCBH é composto, em sua maioria, pelos trabalhos acadêmicos provenientes do Projeto Novos Registros. Entretanto, há também monografias, dissertações e teses que foram doadas pelos respectivos autores, mesmo eles não havendo participado do projeto.

Todo o processo de produção do projeto - desde o contato inicial com o pesquisador e com as instituições de ensino superior, até a divulgação de pesquisas acadêmicas - proporciona, de forma direta, uma interação entre o APCBH e a sociedade.

Todavia, a aproximação do Projeto Novos Registros com a sociedade vai além da palestra, já que os cidadãos recorrem ao APCBH para consultar as produções acadêmicas que passam a compor seu Banco de Dissertações e Teses. É por meio do Projeto Novos Registros que o APCBH renova, constantemente, seu acervo bibliográfico com trabalhos acadêmicos sobre Arquitetura, Arte, História, Geografia, Arquivologia e de outras áreas do conhecimento, que são ricas fontes de pesquisa sobre a capital mineira.

36 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

O balanço do projeto

A trajetória do projeto Novos Registros• 37

Fotografia ASCOM-FMC, 2017

Neste capítulo são apresentados dados do Projeto Novos Registros, que consideram o período 1993 – 2016. Foram levantados dados quantitativos sobre diferentes aspectos do projeto: perfil dos palestrantes; áreas do conhecimento em que os trabalhos foram desenvolvidos; recorte de tempo e espaço das pesquisas; quantidade de público das palestras por ano e por assunto. Essa pesquisa gerou informações significativas sobre o conhecimento produzido sobre Belo Horizonte, sua região metropolitana e sobre o Estado de Minas Gerais.

38 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

O perfil dos palestrantes Gráfico 1 - Formação dos palestrantes Não Informado: 2 (1,0%)

Doutorado: 75 (38,3%) Mestrado: 119 (60,7%)

Fonte: Elaborado com base em Plataforma LATTES. Disponível em: http://lattes.cnpq.br. Acesso em abr. 2017 e Banco de Dissetrações e Teses do APCBH.

Gráfico 2 - Origem acadêmica dos trabalhos Universidade Federal de Minas Gerais Universidade de São Paulo Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Universidade Estadual de Campinas - SP Universidade Federal Fluminense - RJ Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal de Minas Gerais Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro Universidade Federal de Uberlândia - MG Universidade de Lisboa - Portugal Origem não identificada Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro École des hautes études en sciences sociales - França Fundação João Pinheiro - MG London School Of Economics And Political Science - Inglaterra Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - SP Universidade Federal de Juiz de Fora - MG Universidade Federal de São Carlos - SP Universidade Federal de São João del-Rei - MG Universidade Estadual Paulista - SP Universidade do Vale do Itajaí - SC Université de Grenoble - França Université Paris V René Descartes - França Université Sorbonne Nouvelle - França Universiteit Nijmegen - Holanda Universidad Nacional de La Matanza - Argentina Total: 196 (100%)

113 (57,5%) 25 (12,8%) 16 (8,2%) 9 (4,6%) 4 (2,0%) 4 (2,0%) 2 (1,0%) 2 (1,0%) 2 (1,0%) 2 (1,0%) 2 (1,0%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%)

0

20

40

60

80

Fonte: Elaborado com base em Plataforma LATTES. Disponível em: http://lattes.cnpq.br. Acesso em abr. 2017 e Banco de Dissetrações e Teses do APCBH.

100

120

A trajetória do projeto Novos Registros• 39

As áreas do conhecimento abordadas Gráfico 3 - Áreas do conhecimento apresentadas Historia Educação Arquitetura Ciências Sociais Sociologia Geografia Comunicação Social Ciência Política Artes Ciências da Informação Planejamento Urbano Administração Ciências do Esporte Ciências Econômicas Demografia Ecologia Economia Estudos Literários Filosofia Letras Medicina Música Psicologia Social Relações Internacionais Saúde Pública Teoria Literária e Crítica da Cultura Turismo e Hotelaria Total: 196 (100%)

83 (42,3%) 18 (9,2%) 16 (8,2%) 14 (7,1%) 13 (6,6%) 12 (6,1%) 6 (3,1%) 5 (2,6%) 4 (2,0%) 4 (2,0%) 4 (2,0%) 2 (1,0%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%)

0

10

20

30

40

50

Fonte: Elaborado com base Banco de Dissertações e Teses do APCBH.

A contextualização dos trabalhos acadêmicos Gráfico 4 -Períodos da História do Brasil abordados nos trabalhos República

139 (81%)

Império

15 (9%)

Colônia Total: 161 (100%)

17 (10%)

0

20

40

60

80

100

120

140

Fonte: Elaborado com base em Banco de Dissertações e Teses do APCBH Nota: Há trabalhos que não apresentam recorte temporal passível de consideração neste levantamento.

40 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

Gráfico 5 - Décadas do período republicano abordadas nos trabalhos 44 (11%)

50 40 25 30 (6%)

26 (7%)

30 (8%)

34 (9%)

41 (11%)

38 (10%)

32 (8%)

Total: 386 (100%)

39 (10%)

30 (8%)

31 (8%) 16 (4%)

20 10 0

18901900

1900-10 1910-20 1920-30 1930-40 1940-50 1950-60 1960-70 1970-80 1980-90 Fonte: Elaborado com base em Banco de Dissertações e Teses do APCBH. Nota: Há trabalhos que contemplam mais de uma década.

19902000

2000-10

Gráfico 6 - Espaços geográficos abordados nos trabalhos Região Metropolitana de Belo Horizonte: 7 (4%)

Total: 163 (100%) Minas Gerais: 57 (35%) Belo Horizonte: 99 (61%)

Fonte: Elaborado com base em Banco de Dissertações e Teses do APCBH. Nota: Há trabalhos que não apresentam recorte geográfico passível de consideração neste levantamento.

Gráfico 7 - Regionais administrativas de Belo Horizonte abordadas nos trabalhos Noroeste: 1 (5%) Oeste: 1 (5%)

Total: 20 (100%)

Pampulha: 1 (5%) Norte: 1 (5%)

Nordeste: 0

Barreiro: 1 (5%)

Centro-Sul: 11 (35%)

Venda Nova: 1 (5%) Leste: 3 (15%)

Fonte: Elaborado com base em Banco de Dissertações e Teses do APCBH. Nota: Há trabalhos que não apresentam recorte geográfico passível de consideração neste levantamento.

A trajetória do projeto Novos Registros• 41

O público Gráfico 8 - Público das palestras por área do conhecimento História Educação Ciências Sociais Arquitetura Sociologia Geografia Ciência Política Comunicação Social Administração Ciências da Informação Artes Planejamento Urbano Ecologia Letras Medicina Ciências Econômicas Economia Filosofia Relações Internacionais Estudos Literários Demografia Psicologia Social Ciências do Esporte Teoria Literária e Crítica da Cultura Música Turismo e Hotelaria Saúde Pública Total: 6491 (100%)

3182 (49,0%) 587 (9,0%) 436 (6,7%) 430 (6,6%) 423 (6,5%) 264 (4,1%) 215 (3,3%) 175 (2,7%) 124 (1,9%) 118 (1,8%) 111 (1,7%) 73 (1,1%) 46 (0,7%) 45 (0,7%) 33 (0,5%) 26 (0,4%) 26 (0,4%) 25 (0,4%) 24 (0,4%) 23 (0,4%) 22 (0,3%) 22 (0,3%) 20 (0,3%) 13 (0,2%) 12 (0,2%) 11 (0,2%) 5 (0,1%)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

Fonte: Elaborado pelas autoras com base em Banco de Dissertações e Teses do APCBH.

Gráfico 9 - Evolução do público do projeto 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: Elaboradocom base em Livros de Registro de Presença do Projeto Novos Registros (1993 – 2016)

42 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

A repercussão do projeto

A trajetória do projeto Novos Registros• 43

Fotografia ASCOM-FMC, 2017

Por ser o projeto mais antigo em atividade do APCBH e inovador no meio arquivístico, o Novos Registros ganhou destaque em matérias da mídia belo-horizontina em diversas ocasiões.

O projeto também serviu de inspiração para a criação de outras iniciativas de difusão cultural da instituição. Uma dessas ações foi o projeto Visões da Cidade, que tem na promoção do debate sobre temas relativos à cidade, o seu foco. A outra iniciativa é o projeto Cidade em Debate, que apresenta um formato mais amplo para divulgar pesquisas em andamento, realizadas por insituições parceiras do APCBH que têm ou não participação deste.

44 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

Exemplos de matérias jornalísticas sobre o Projeto Novos Registros:

Diário Oficial do Município - DOM, 25 abr. 2008.

Hoje em Dia, 22 abr. 993 Hoje em Dia, 13 jun. 2000.

APCBH/FMC

APCBH/FMC

APCBH/FMC

O Projeto Novos Registros em pauta

A trajetória do projeto Novos Registros• 45

Os desdobramentos Após sete anos de existência, o Novos Registros já havia se consolidado como um projeto com forte lastro acadêmico, uma vez que se tratava de divulgar produções científicas realizadas no meio universitário. Contudo, naquele momento, a equipe responsável por ele percebeu que havia profissionais, desvinculados da academia, que tinham vasta experiência e conhecimentos sobre a realidade da capital mineira e que, por isso, mereciam ser levados à sociedade.

Foi assim que, em 22 de maio de 2000, nasceu o projeto Visões da Cidade, promovido pelo APCBH. Este projeto foi inspirado no Novos Registros pelo fato de realizar palestras com temas diversos sobre Belo Horizonte. Contudo, como os palestrantes convidados não eram diretamente ligados à academia, o Visões da Cidade não gerava nenhum documento para compor o acervo da Biblioteca do APCBH, como acorre no Novos Registros com o Banco de Dissertações e Teses.

O APCBH realizou o Projeto Visões da Cidade durante dois anos. Ele contou com oito apresentações, que aconteceram no antigo Centro de Cultura Belo Horizonte, atual Museu da Moda de Belo Horizonte, e também na sede do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. Os áudios destas palestras também foram gravados em fitas K7 e estão disponíveis para consulta no APCBH. Em comemoração aos 20 anos do Projeto Novos Registros, em 20 de junho de 2013, foi produzido o evento Cidade em Debate, que aconteceu no auditório do Museu Histórico Abílio Barreto. No mesmo formato que o Visões da Cidade, ele foi aberto ao público e reuniu profissionais e acadêmicos para debater questões ligadas a Belo Horizonte. Ele também não gerou trabalhos acadêmicos para o acervo da Biblioteca do APCBH. Em 2015, o evento Cidade em Debate teve mais três edições associadas ao projeto Mapa Histórico e Digital de Belo Horizonte, voltado para a construção do mapa histórico e digital de Belo Horizonte, por meio de uma plataforma colaborativa. Duas, das três palestras, aconteceram no auditório da Fundação Municipal de Cultura; a outra no Memorial Minas Gerais Vale. Todas foram abertas ao público.

46 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

Cronologia Até o ano de 2003, os áudios de todas as palestras foram gravados em fitas k7.

APCBH/FMC

As palestras aconteceram no Centro de Cultura de Belo Horizonte (atual Museu da Moda)

Projeto Visões da Cidade.

1993

1994

1995

Elaboração do projeto para a criação do Banco de Teses sobre a História de Belo Horizonte e Minas Gerais.

1996

1997

1998

Estruturação Primeira fase Segunda fase Terceira fase

2000

2001 2002

2003

20

Primeira palestra ocorrida no APCBH.

Lançamento do Projeto Novos Registros no Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais.

As fases do projeto Novos Registros

1999

Classificação regional do Novos Registros no Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

APCBH/FMC

1992

APCBH/FMC

APCBH/FMC

A trajetória do projeto Novos Registros• 47

Em junho e agosto houve três edições do Cidade em Debate.

Em março, abril e maio as palestras aconteceram no Centro de Referência da Moda (Museu da Moda atualmente).

Em julho, setembro e outubro e durante o ano de 2015 as palestras aconteceram no auditório da Fundação Municipal de Cultura.

As palestras ocorreram no Museu Histórico Abílio Barreto.

03

2005

2006

2007

2008

As palestras voltaram a acontecer no Centro de Cultura de Belo Horizonte (atual Museu da Moda).

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

APCBH/FMC

As palestras retornaram para o Museu Histórico Abílio Barreto.

APCBH/FMC

APCBH/FMC

Realização do evento Cidade em Debate nas comemorações dos 20 anos do Projeto Novos Registros.

Em fevereiro, a palestra aconteceu no Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni- BH), com recorde de público.

Em abril, a palestra aconteceu na Universidade Estácio de Sá.

Em junho, a palestra ocorreu no Memorial Minas Gerais Vale.

48 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

Considerações finais Vimos que o Projeto Novos Registros traz importantes contribuições ao APCBH e à sociedade. O Banco de Dissertações e Teses de sua Biblioteca é alimentado a cada edição do projeto, ampliando as possibilidades de pesquisa na instituição. Durante as palestras são divulgadas outras ações de difusão cultural, trabalhos técnicos e o acervo de guarda permanente do APCBH. No momento das palestras, promove-se, de fato, a interação e o diálogo entre as instituições de educação superior, representadas por pesquisadores, e a sociedade. Por fim, possibilitam-se reflexões e estímulos para o desenvolvimento de futuros trabalhos acadêmicos que tenham a capital mineira como objeto de estudo.

O Projeto Novos Registros tem sido reconhecido não só em Belo Horizonte, mas também no meio acadêmico nacional, à medida que são apresentadas pesquisas desenvolvidas em diferentes instituições do Brasil e até mesmo do exterior, como pode ser percebido no encarte que acompanha esta publicação, que traz uma relação de trabalhos já apresentados no projeto. O volume de dissertações e teses que o APCBH possui atualmente revela uma cidade complexa e interessante. Compreender trabalhos acadêmicos com olhares diversos sobre essa cidade e proporcionar um diálogo entre o produtor do conhecimento acadêmico e o cidadão que “ocupa” a cidade, é, sem dúvida, uma das grandes ações do APCBH. Ao mesmo tempo, é um desafio trabalhar pela continuidade do Novos Registros, pois este projeto, sempre que necessário, deve se adequar para que o envolvimento da sociedade cresça e se intensifique a cada edição.

Fotografia ASCOM-FMC, 2017

A trajetória do projeto Novos Registros• 49

Banner produzido para a divulgação do Projeto Novos Registros, 2014.

50 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

Referências ARQUIVO PÚBLICO DA CIDADE DE BELO HORIZONTE. Perfil Facebook. Belo Horizonte, 2010. Disponível em:< https://www.facebook.com/apcbh/>. Acesso em: 20 fev. 2017.

BELO HORIZONTE. Decreto n. 12.021, de 8 de abril de 2005. Aprova o Estatuto da Fundação Municipal de Cultura e dá outras providências. Disponível em: <https:// cm-belo-horizonte.jusbrasil.com.br/legislacao/239565/decreto-12021-05>. Acesso em: 04 mar.2017.

BELO HORIZONTE. Decreto n. 14.371, de 13 de abril de 2011. Aprova o Estatuto da Fundação Municipal de Cultura e dá outras providências. Disponível em: < http:// portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1056127>.

Acesso em: 03 mar. 2017.

BELO HORIZONTE. Decreto n. 16.422, de 9 de setembro de 2016. Altera o Anexo Único do Decreto n° 16.049/2015, que aprova o Estatuto da Fundação Municipal de Cultura. Disponível em: https://www.cmbh.mg.gov.br/ 23 maio 2017.

BELO HORIZONTE. Lei n. 5.900 de 20 de maio de 1991. Dispõe sobre a criação do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte e dá outras providências. Disponível em: http:// portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=arquivopublico&lang=pt_BR&pg=6742&tax=52619.

Acesso em: 20 abril de 2017.

BELO HORIZONTE. Lei n. 6.352, de 15 de julho de 1993. Dispõe sobre a estrutura organizacional da administração direta da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e dá outras providências. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/a/mg/b/ belo-horizonte/lei-ordinaria/1993/635/6352/lei-ordinaria-n-6352-1993-dispoe-sobre-a-estrutura-organizacional-da-administracao-direta-da-prefeitura-municipal-de-belo-horizonte-e-da-outras-providencias>. Acesso em: 05 mar. 2017.

BRASIL. Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ). Criação e desenvolvimento de Arquivos Públicos Municipais: transparência e acesso à informação para o exercício da cidadania. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2014 [online]. Disponível em:<http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/images/publicacoes_textos/Cartilha_criacao_arquivos_municipais.pdf> Acesso em: 06 mar. 2017.

BRASIL. Conselho Nacional de Pesquisa (CNPQ). Tabelas de áreas do conhecimento. Disponível em: <http://www.cnpq.br/documents/10157/186158/TabeladeAreasdoConhecimento.pdf>. Acesso em: 07 mar. 2017.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Letras, Arquitetura e Urbanismo. Disponível em:< http://www.pucminas.br/Pos-Graduacao/Paginas/default.aspx>. Acesso em: 09 mar. 2017.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Graduação em História. Disponível em: < http://www.pucminas.br/unidade/coracao-eucaristico/ensino/graduacao/Paginas/Historia-Bacharelado-Licenciatura.aspx?tipo=152f25a5-fa8d-4d04-a7ba-57b6b4c21265&campi=ab23480c-5f60-4752-b990-1ac1cf9b8cf5&curso=223&turno=2>. Acesso em: 09 mar. 2017.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Programa de Pós-graduação em História, Ciências Sociais, Arquitetura e Urbanismo, Educação. Disponível em: < https://www.ufmg.br/cursos/cursos_pos.shtml >. Acesso em: 08 mar. 2017.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Graduação em Arquivologia e Biblioteconomia. Disponível em: < http://www.eci.ufmg.br/graduacao-1>. Acesso em: 23 maio. 2017.

A trajetória do projeto Novos Registros• 51 VIGIANO, Demílson; LEÃO, Lilian; MANSUR, Gabriela. La divulgación de fondos archivísticos como instrumento para la preservación de las colecciones documentales bajo la tutela de instituciones como los archivos públicos. In: Congreso chileno de conservación y restauración: conservación e institucionalidad cultural en latinoamérica. proyectos, experiencias y desafios, 5, Santiago do Chile, 2015.

Anais... Universidad SEK Santiago do Chile, 2015, p. 220-230.

Acervos consultados Acervo APCBH. Banco de Dissertações e Teses do APCBH. Acervo APCBH. Clipping da Sala de Consultas.

Acervo APCBH. Dossiê da criação do Projeto Novos Registros, 1992.

Acervo APCBH. Dossiê Novos Registros - 1993-2016.

Fonte oral GUERRA, Mariza. Entrevista realizada no Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. Belo Horizonte, 10 fev. 2017.

As publicações desta linha editorial referem-se a temáticas relativas ao Patrimônio Cultural, ou seja, ao conjunto das diversas manifestações e práticas produzidas ao longo do tempo, seja no campo das artes, dos saberes, das celebrações, das formas de expressão e dos modos de viver ou na paisagem da própria cidade, com seus atributos naturais, intangíveis e edificados bem como do patrimônio documental e museal. O objetivo é potencializar a salvaguarda do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, garantindo o direito à memória, contribuindo para o seu conhecimento e disseminação, bem como provocando a reflexão sobre a diversidade cultural e identitária presente na cidade.

52 • Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

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A Série O Arquivo e a Cidade foi lançada nas comemorações dos 25 anos do APCBH, em 2016. A Série tem o objetivo de difundir o APCBH, seu acervo e as metodologias para o tratamento e o acesso aos documentos, adotadas e/ou desenvolvidas pela instituição. As publicações da Série têm temas relacionados com os projetos e as atividades desenvolvidas pelo APCBH e também com o seu acervo, sendo voltadas para públicos de diferentes perfis.

REALIZAÇÃO:

PARCERIA:

A trajetória do projeto Nov� Registr� do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte