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Propriedade
Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar
Edição/Coordenação
Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar
Autores Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. Direção-Geral da Saúde Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo I.P. Administração Regional de Saúde do Alentejo, I.P. Administração Regional de Saúde do Algarve, I.P. Design e Paginação
Administração Regional de Saúde do Algarve, I.P. Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.
ISBN
978-989-96591-8-6
Para informações relativas aos projetos constantes desta publicação, deverá ser contatada a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar através do seguinte endereço de correio eletrónico: pbp@apdh.pt. 2
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Índice 10 anos a Premiar Boas Práticas ……………………………………………………. 8 Introdução ………………………………………………………………………………. 12
Os projetos vencedores ………………………………………………………………. 18
2006 | Prémio de Boas Práticas sobre Equidade, Efetividade e Eficiência em Saúde ………………………………………………………………………. 20 Projetos Nomeados ………………………………………………………………… 22 Programa de Telemedicina para a Região do Alentejo …………………... 24
Criar Excelência em Laboratório: Interagir Fiabilidade de Resultados com Investimento em Recursos Humanos Nacionais e o Preço …………. 28 Programa de Prevenção e Controlo do Risco de Exposição Profissional ao Sangue …………………………………………………………………………… 32 Apoio Domiciliário e Voluntariado a Idosos e Dependentes ……………… 36 P.R.I.S.M.A. Programa de Reabilitação e Integração de Saúde Mental em Ambulatório …………………………………………………………………….. 40 4
2008 | Prémio de Boas Práticas sobre Equidade, Efetividade e Eficiência em Saúde …………………………………………. 44 Projetos Nomeados …………………………………………………. 46 Telemedicina - Igualdade de Acesso à Formação e Assistência Médica Diferenciada em Cardiologia Pediátrica e Fetal ……………………………………………………………………. 48
2009 | Prémio de Boas Práticas sobre Equidade, Efetividade e Eficiência em Saúde …………………………………………. 52 Projetos Nomeados …………………………………………………. 54 Doença Crónica na Criança: Reorganizar para Promover a Equidade, Eficácia e Eficiência - a Experiência do Centro de Desenvolvimento Criança Torrado da Silva ………………. 56
2010 | Qualidade e Inovação ………………………………………. 60 Projetos Nomeados …………………………………………………. 62 Criação da Via Verde da Sépsis …………………………………. 64
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Índice 2011 | Hospitais e Centro de Saúde : Juntos por uma melhor saúde ………. 68 Projetos Nomeados …………………………………………………………………. 70 Olhar a Visão ………………………………………………………………………… 72 Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa ………………. 74
Projetos Nomeados …………………………………………………………………. 80 Boas Práticas de Proteção Radiológica num Laboratório de Hemodinâmica ……………………………………………………………………… 82
2013 | Grandes Opções do Plano de Saúde ……………………………………. 86 Projetos Nomeados ………………………………………………………………… 88 Uma Abordagem Conjunta da Doença nos Concelhos de Amadora e Sintra …………………………………………………………………………………... 90
2014 | Plano Nacional de Saúde 2012 - 2016 ……………………………………. 94 Projetos Nomeados …………………………………………………………………. 96
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Anatomia Patológica Digital no Centro Hospitalar Cova da Beira ……………………………………………………………………. 98
2015 | Plano Nacional de Saúde 2012 - 2016 ……………………. 102
Projetos Nomeados …………………………………………………. 104 Unidade de Saúde Mental Comunitária Leiria Norte: Integração de Cuidados de Saúde Primários ………………… 106
2016 | SNS vs Inovação: Horizontes Futuros ………………………. 110
Projetos Nomeados …………………………………………………. 112 Unidade de Hospitalização Domiciliária ……………………….. 114
Comissão Científica e Organizadora ……………………………… 119
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10 anos a Premiar Boas Práticas
Estimular a qualidade dos cuidados de saúde é um desígnio que a todos nos une e para o qual nos sentimos intuitivamente mobilizados. É, por isso, com particular apreço que saúdo os 10 anos de boas práticas, iniciativa da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, (APDH) com o inestimável contributo da Direção-Geral de Saúde (DGS), da Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (ACSS, I.P.) e das Administrações Regionais de Saúde (ARS). Ao longo destes anos foram várias as instituições, os serviços e os profissionais, que se mobilizaram, com dedicação, muito trabalho e entusiasmo, para apresentarem a concurso projetos inovadores que contribuíram, com certeza, para a introdução de melhorias, não só na prática clínica, mas também em novos modelos de organização, para o acolhimento, diagnóstico e tratamento dos doentes e apoio às respetivas famílias. 8
Uma década dedicada a esta iniciativa permite-nos hoje fazer um balanço, ainda que necessariamente genérico e sucinto, sobre os resultados já alcançados:
Desde logo a criação de um estímulo às instituições e aos profissionais para analisarem criticamente o seu trabalho, perceberem falhas ou lacunas e projetar modificações, aperfeiçoamentos ou inovações sensíveis, na forma de abordarem a doença, o doente e a família;
Depois, e numa visão integrada dos problemas, desenvolver estratégias de aproximação à sensibilidade dos utilizadores dos serviços, não só face às suas necessidades objetivas, mas também face às suas expetativas, conforto e bem-estar;
Finalmente, o contributo crítico e construtivo para um desempenho mais harmonioso e integrado dos serviços públicos de saúde, associando à qualidade e disponibilidade dos serviços, a eficiência, a equidade e a efetividade dos cuidados.
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10 anos a Premiar Boas Práticas Destacaria, ao longo destes 10 anos de Boas Práticas, algumas tendências que resultam dos projetos premiados: 1. A ideia de uma visão integrada dos cuidados de saúde centrada no doente e na comunidade, muito bem ilustrada, aliás, pelo melhor projeto deste último ano (2016). 2. A importância das TIC, como meio de suporte a projetos inovadores nas áreas da Telemedicina e da Teleconsulta. 3. A noção de Rede de Serviços ou prestadores, associando um conjunto de Instituições e profissionais de diferentes valências, em projetos transversais. 4. A preocupação com o fenómeno do envelhecimento e da doença crónica, um novo desafio que é já hoje premente e que se acentuará nos próximos anos. O Ministério da Saúde vê com especial interesse esta iniciativa e dará todo o apoio e destaque à sua divulgação e à sua continuidade, porque este tipo de projetos reúne todos os ingredientes fundamentais para fortalecermos o nosso Serviço Nacional de Saúde:
Partem dos profissionais para o topo das hierarquias, incorporando o que de melhor e mais autêntico podemos obter dos que se encontram mais próximos dos doentes; 10
São exemplos de benchmarking notáveis, ao permitir promover e replicar as boas iniciativas e os bons resultados;
Contribuem para um SNS mais coeso, mais eficiente e mais efetivo para os cidadãos;
Partem de uma iniciativa local (e ao longo destes anos relativamente bem distribuída pelo território Nacional) para uma projeção nacional, face ao enquadramento e estímulo da APDH e das entidades públicas envolvidas.
Parabéns à APDH pela publicação destes “10 Anos a Premiar as Boas Práticas”. Constitui um acervo documental importante e útil para muitos profissionais de saúde, pelos bons exemplos que ilustram para a promoção da Saúde dos Portugueses e para o reconhecimento e o prestígio do SNS.
Manuel Delgado Secretário de Estado da Saúde 11
Introdução
“(…) Sei que os campos imaginam as suas próprias rosas. As pessoas imaginam os seus próprios campos de rosas. (...)” Herberto Helder, in Ou o poema contínuo: Súmula, Assírio & Alvim, 2001
Na segunda metade da década de noventa do século passado
houve um claro movimen-
to de olhar para a inovação no campo da saúde como uma forma efetiva de acrescentar valor à saúde das pessoas, de enorme alcance para a economia, cidadania e soberania dos portugueses, num quadro mais vasto de incremento da investigação, desenvolvimento e inovação (ID&I) em saúde, e seguindo de perto a tendência a ocorrer então a nível internacional. Nos objetivos de 1998 da Estratégia da Saúde previa-se, designadamente, que as Administrações Regionais de Saúde avaliassem projetos inovadores dos Centros de Saúde e dos Hospitais, com vista a proporcionar a troca de informações e a divulgação dos mesmos, de12
senvolvendo a Direção-Geral da Saúde a promoção do II Encontro Nacional de Inovação em Saúde para favorecer a cooperação entre instituições, a partilha de saberes e a sinergia de resultados. No terreno vivia-se um ambiente de forte envolvimento dos profissionais, dirigentes e serviços de saúde, na conceção de respostas inovadoras aos problemas de saúde percecionados, tendo propiciado a reunião de mais de uma centena de projetos numa publicação trabalhada para o efeito, integradas em categorias diversas como (1) inovações na organização da prestação de cuidados, (2) novas formas de organização e gestão em serviços de saúde, (3) de gestão e organização de hospitais, (4) de gestão e organização em centros de saúde, (5) da função agência, (6) de experiências na perspetiva dos sistemas locais de saúde e dos ganhos em saúde, (7) de cuidados continuados (8) da qualidade e (9) da formação. A Organização das Nações Unidas para a Educa-
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Introdução ção, a Ciência e a Cultura - UNESCO preconiza entretanto (2010) que, no domínio da Saúde, inovar representa a utilização de um novo conceito, ideia, serviço, processo ou produto destinado a melhorar o tratamento, diagnóstico, educação, divulgação, prevenção, investigação, e que visem a prazo objetivos de progresso na qualidade, segurança, resultados, eficiência e custos, em suma, uma melhoria concreta na saúde do indivíduo, da família e da comunidade. A identificação de boas práticas em saúde, como as melhores para gerar o máximo benefício, passou a ser um instrumento de enorme importância na política pública e na gestão da inovação na prestação de cuidados de saúde, a partir da perceção crescente da efetividade da criação de valor acrescentado para a saúde dos cidadãos e as organizações de saúde. A Direção-Geral da Saúde, em meados da década de 2000, manifestou empenhamento na criação do Prémio de Boas Práticas em Saúde® em Portugal, de periodicidade anual, a ser organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, ao abrigo de rubrica própria no protocolo de colaboração entre ambas estabelecido, como incentivo ao fomento da inovação nos cuidados saúde, à distinção dos profissionais e serviços de saúde que empreendem proficientemente a translação de resultados da investigação
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clínica e do conhecimento em saúde para processos de melhoria baseados na melhor evidência científica disponível e à divulgação e replicação das boas práticas identificadas. Partilham a organização do Prémio, desde logo, na primeira edição, em 2006, os principais organismos centrais do Ministério da Saúde, como a Direção-Geral da Saúde, a Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. e as cinco Administrações Regionais de Saúde, os quais, conjuntamente, asseguram a constituição da Comissão Organizadora, a atualização do Regulamento do Prémio e a ação de suporte ao trabalho da Comissão Científica de Avaliação. O Prémio de Boas Práticas em Saúde® é hoje uma marca nacional registada, com uma penetração significativa nos serviços de saúde de Portugal Continental e Regiões Autónomas, conhecida internacionalmente, mas é sobretudo um símbolo da capacidade mobilizadora da tutela e academia da Saúde, expressa nas dezenas de projetos candidatos ao Prémio, anualmente, na pré-avaliação pelas Administrações Regionais de
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Introdução Saúde, na avaliação científica individual de três membros sobre cada projeto e in loco por três membros que se deslocam a regiões de saúde diferentes àquela a que pertencem e na organização do Encontro Anual do Prémio, para a comunicação oral dos projetos qualificados, com a respetiva avaliação final (mérito e apresentação), e comunicação de posters científicos e, por fim, mesmo, a cerimónia oficial da entrega dos prémios e menções honrosas aos projetos e posters, presidida sempre por um membro do Governo de Portugal da tutela da Saúde. Entre 2006 e 2016 foram submetidos mais de quinhentos projetos candidatos ao Prémio de Boas Práticas em Saúde®, atribuídos quarenta e um prémios (Melhor Projeto e Menção Honrosa) e realizados diversos Roadshows e a Conferência “10 Anos a Premiar Boas Práticas em Saúde”, onde foram apresentados novamente projetos qualificados e premiados, com os objetivos de reforçar a divulgação de projetos valiosos para replicação, agora com mais tempo de funcionamento, e de suscitar o interesse dos profissionais e dos serviços de saúde por este Prémio. Com a presente publicação “10 Anos a Premiar Boas Práticas em Saúde” celebra-se um marco importante da vida do Prémio de Boas Práticas em Saúde®, a enorme participação de profissionais e serviços
16
de saúde de Portugal e, especialmente, a valiosa capacidade de inovação profissional, científica e de desenvolvimento tecnológico do sistema de saúde português.
Ana Escoval Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E.
17
Os projetos vencedores Com esta publicação pretende-se destacar os 10 anos percorridos desde a primeira iniciativa do Prémio de Boas Práticas em Saúde (PBPS), precisamente a 10 de outubro de 2006. Esta iniciativa contou desde o início com o apoio institucional da Direção-Geral da Saúde (DSG) tendo, numa fase posterior, sido envolvidas a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), I.P. e as cinco Administrações Regionais de Saúde, processo que culminou num protocolo de colaboração assinado por todas as entidades. O Prémio na sua génese teve como principais objetivos, dar a conhecer as boas práticas com foco na qualidade e inovação e que
representassem
valor
acrescentado
para
o
cidadão/
comunidade ou para as práticas da organização, com reflexo di-
18
reto na prestação de cuidados de saúde. Pretendeu-se ainda destacar projetos com potencial de replicação das boas práticas e que contribuíssem para o bom deempenho do Sistema de Saúde. Desde 2006 até 2016 foram apresentadas mais de 500 candidaturas, tendo sido premiados como Boa Prática em Saúde 41 projetos, desenvolvidos nas várias regiões de saúde e em instituições de natureza distinta. Ao longo destes últimos 10 anos, foi assim possível distinguir as Boas Práticas de Norte a Sul nas várias regiões do país, das quais destacamos, em seguida, os vencedores na categoria de Melhor Projeto. 19
2006 Prémio de Boas Práticas sobre Equidade, Efetividade e Eficiência em Saúde
20
A
1.ª edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde® teve como foco a “Equidade, Efetividade e Eficiência
em Saúde”. Em 2006 o formato do prémio era diferente do que conhecemos hoje. Consistiu num ciclo de três colóquios, referente ao estado da arte das dimensões referidas, em termos internacionais e, onde equipas de profissionais eram convidados a apresentar a sua experiência. Dos três ciclos resultou um conjunto de projetos vencedores por cada uma das categorias – Equidade, Efetividade e Eficiência – que se apresentam neste capítulo.
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Projetos Nomeados Sistema de Logística Interna HLS, Hospital Logistics System Hospital Geral de Santo António, E.P.E. | Região Norte
Menção Honrosa | Categoria Eficiência
Prevenção e Tratamento de Úlceras de Pressão Sub-Região de Saúde de Beja| Região Alentejo
Menção Honrosa | Categoria Eficiência
Programa de Apoio a Pessoas Dependentes – Ajudar a Cuidar Centro de Saúde de Vila Verde | Região Norte
Menção Honrosa | Categoria Equidade
Programa - Nutrição Entérica no Ambulatório no Algarve Hospital Distrital de Faro, E.P.E. | Região Algarve
Menção Honrosa | Categoria Equidade
Atendimento telefónico pelo médico de família – um projeto experimental Centro de Saúde do Seixal, Ext. Fernão Ferro| Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto | Categoria Equidade Rastreio do Cancro da Mama no Algarve Associação Oncológica do Algarve, ARS Algarve, I.P., Universidade do Algarve | Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto| Categoria Equidade Reabilitação Psiquiátrica em Parceria Hospital de S. Teotónio, E.P.E. | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto | Categoria Equidade
A Comunicação interativa entre os cuidados de saúde diferenciados e os cuidados de saúde primários para o sucesso do aleitamento materno no Vale do Sousa Hospital Padre Américo - Vale do Sousa, E.P.E. (Serv. Puerpério)| Região Norte
Nomeado Melhor Projeto | Categoria Efetividade 22
Folha informativa do Centro de Saúde de Avis Centro de Saúde de Avis | Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto | Categoria Efetividade
Plano da Unidade de Emergência de Saúde Pública do Centro de Saúde de S. Brás de Alportel para situações de Catástrofe e ou Doenças Emergentes Centro de Saúde de S. Brás de Alportel| Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto | Categoria Efetividade Programa de Prevenção da Doença dos Legionários em Estabelecimentos Hoteleiros Centro Regional de Saúde Pública do Algarve| Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto | Categoria Efetividade Estratégia de Intervenção em Saúde Mental Infantil ou “Sopa da Pedra” Hospital de S. Teotónio, E.P.E. | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto | Categoria Eficiência Intervenção da Enfermagem no Hospital de Dia de Insuficiência Cardíaca do Hospital Pulido Valente, E.P.E, na Assistência Continuada Hospital Pulido Valente, E.P.E. | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto | Categoria Eficiência Programa de Reabilitação e Intervenção em Saúde Mental em Ambulatório Hospital Garcia de Orta, E.P.E. | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto | Categoria Eficiência Reestruturação do Serviço de Farmácia Centro de Saúde de Loulé | Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto | Categoria Eficiência Sistema Integrado de Gestão da Formação (SIGF) Sub-Região de Saúde de Leiria | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto | Categoria Eficiência
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Programa de Telemedicina para a Região do Alentejo Administração Regional de Saúde do Alentejo, I.P.
Objetivos Melhorar a acessibilidade e a equidade no acesso a cuidados de saúde
Reduzir as despesas associadas aos Serviços de Saúde Pública
O ano de 1998 representou
são geográfica da população,
um período de conquistas na
distâncias
significativas
região do Alentejo. A Adminis-
prestadores de cuidados de sa-
tração Regional do Sistema
úde e um envelhecimento po-
de Saúde (ARS) do Alentejo,
pulacional acentuado, surgiu o
I.P. dava os primeiros passos
“Programa
na área da telemedicina.
para a região do Alentejo”.
de
entre
Telemedicina
Fruto da necessidade de
Numa primeira fase, o progra-
melhorar a acessibilidade aos
ma, pioneiro a nível nacional e
cuidados de saúde, numa regi-
premiado em 2006 pelas Boas
ão caracterizada por falta de
Práticas em Saúde, incidia ape-
médicos, uma elevada disper-
nas nas teleconsultas entre cui-
24
Projeto Vencedor Categoria Equidade
dados de saúde primários e cuidados hospitalares, alargando, posteriormente, a sua área de atuação à teleformação.
Prestação de cuidados à distância para diferentes especialidades As atuais 26 plataformas de Telemedicina, em funcionamento em 20 unidades de cuidados de saúde primários, cinco hospitais e na sede da Administração Regional, surgiram na sequência da criação de uma rede organiza-
25
Programa de Telemedicina para a Região do Alentejo Administração Regional de Saúde do Alentejo, I.P.
da de Telemedicina na região
No leque das especialida-
do Alentejo.
des inseridas no programa des-
A mesma resultou de um in-
tacam-se a Dermatologia, a
vestimento em infraestruturas de
Neurologia, a Cirurgia, a Orto-
suporte, na sua maioria com re-
pedia, a Medicina Física e de
curso a cofinanciamento comu-
Reabilitação,
nitário
Programa
Gastroenterologia, a Psiquiatria,
Operacional da Sociedade do
a Pneumologia, a Imunohemo-
Conhecimento (POS_C) e do
terapia, a Cardiologia, e a Con-
Inalentejo/QREN.
sulta da Tiróide.
através do
26
a
Pediatria,
a
Projeto Vencedor Categoria Equidade
Resultados Realização de mais de 21 mil teleconsultas na região do Alentejo, entre 2010 e 2016 Formação de mais de 3400 profissionais de saúde, até 2016
Execução de projetos-piloto na região do Alentejo (Telerrastreio Dermatológico, Telemonitorização no domicílio de doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, Telemonitorização de doentes em fase pós enfarte agudo do miocárdio) Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade do Programa de Telemedicina do Alentejo, para as áreas da Teleformação e Teleconsultas pela APCER – Associação Portuguesa de Certificação, em conformidade com a norma ISO 9001:2008 (em 2012)
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Criar Excelência em Laboratório – Interagir Fiabilidade de Resultados com Investimento em Recursos Humanos Nacionais e o Preço Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E. Objetivos Obter resultados fiáveis Desenvolver a tecnologia In House em Biologia Molecular, a preço baixo Reduzir a dependência externa Investir em recursos humanos nacionais
A individualização da disci-
de ensaios de Biologia Molecu-
plina de Virologia, como entida-
lar (BM) constituiu-se, no ano
de autónoma em relação à Mi-
2000, num binómio difícil de
crobiologia e enquanto ciência
equilibrar, em especial na área
que estuda os vírus e as suas
da Virologia. No mercado, os
propriedades, tem-se imposto,
testes de BM eram escassos, e
muito lentamente, nas últimas
aqueles que eram disponibiliza-
décadas.
dos, apresentavam preços elevados.
A disponibilidade e o custo
28
Projeto Vencedor Categoria Efetividade
A excelência num laboratório De forma a colmatar este problema, e a suprimir necessidades a nível de recursos humanos, equipamento e acreditação de técnicas, a equipa de Virologia do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E. propôs-se a ”criar excelência em laboratório”. Esta medida viria, posteriormente, a dar origem ao projeto “Criar Excelência em Laboratório – Interagir Fiabilidade de Resultados com Investimento em Recursos Humanos Nacionais e o
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Criar Excelência em Laboratório – Interagir Fiabilidade de Resultados com Investimento em Recursos Humanos Nacionais e o Preço Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E. Preço”. Volvidos 17 anos desde a sua implementação, o projeto, continua a ser responsável por estabelecer as bases, estruturais e científicas, para uma maior disponibilização de ensaios aos doentes do IPO de Lisboa e do Serviço Nacional de Saúde.
30
Projeto Vencedor Categoria Efetividade
Resultados Aumento do número de ensaios de BM (1027 ensaios em 2006 | 33 053 ensaios em 2016) Acreditação de técnicas segundo a norma ISO17025, que permitiu a validação de ensaios com tecnologia desenvolvida pelo laboratório – In House -, a preços reduzidos, em comparação com os kits comerciais (certificado emitido em 2005 pelo IPAC - Instituto Português de Acreditação)
Redução do tempo de resposta para 40 horas
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Programa de Prevenção e Controlo do Risco de Exposição Profissional ao Sangue Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. | Hospital de São José
Objetivos Reduzir a incidência dos acidentes de trabalho por exposição ao sangue; Definir medidas de prevenção e proteção e monitorizar a sua implementação Aumentar as participações do acidente de trabalho Promover a vigilância serológica dos profissionais que sofreram acidente de trabalho por exposição ao sangue Monitorizar os efeitos adversos em caso de tratamentos com medicamentos antiretrovíricos
A exposição ao sangue, te-
transmissão viral depende do
cidos e fluidos corporais, poten-
estado de imunização vacinal
cialmente infeciosos, ocorre de
do profissional exposto, das infe-
forma acidental e involuntária
ções presentes na fonte de
durante a atividade do profis-
contágio - que podem ou não
sional de saúde. O risco de
ser conhecidas - e do tipo e in-
32
Projeto Vencedor Categoria Efetividade
tensidade de contacto identificado. Os acidentes com exposição ao sangue são predominantemente por picada (83,6%); em pessoal de enfermagem (37,7%) e médico (19,7%), com maior incidência em enfermarias (24,6%) e Urgência/Emergência (23%).
Prevenir é o melhor remédio De modo a intervir na prevenção das causas de acidentes de trabalho com exposição ao sangue e fluidos corporais, o Serviço de Saúde Ocupacional (SSO) do Hospital de São José (Lisboa), iniciou em 1998, o Programa de Prevenção e Controlo do Risco de Exposição Profissional ao Sangue. O programa atua desde a prestação dos primeiros socorros no local - com a recolha de
33
Programa de Prevenção e Controlo do Risco de Exposição Profissional ao Sangue Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. | Hospital de São José
sangue ao profissional acidenta-
conta o atendimento personali-
do - até à análise e monitoriza-
zado e apoio individual (médico,
ção dos resultados obtidos. Atual-
enfermeiro, psicólogo); a análise
mente encontra-se ativo para um
da ocorrência e informação dos
total de 8066 profissionais.
resultados ao sinistrado e respeti-
Premiado em 2006, estrutura-
vas chefia; a introdução de me-
se como um exemplo de boas
didas de prevenção com envolvi-
práticas a disseminar tendo em
mento dos interessados.
34
Projeto Vencedor Categoria Efetividade
Resultados Diminuição de acidentes de trabalho por exposição ao sangue ( 2,44 acidentes por cada 100 profissionais, em 2004)
Aumento das notificações de acidente de trabalho por exposição ao sangue
35
Apoio Domiciliário e Voluntariado a Idosos e Dependentes Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Soares dos Reis Objetivos Prestar apoio domiciliário de companhia a pessoas idosas e/ou isoladas, com o intuito de melhorar a sua qualidade de vida Integrar jovens, reformados ativos e outros voluntários que manifestem disponibilidade e interesse na realização de trabalho comunitário
Em 1998, o Centro de Saúde
reformas e mobilidade reduzida.
de Soares do Reis, localizado
Esta problemática, identifica-
em Vila Nova de Gaia, verificou
da pelos membros da comuni-
um aumento do número de ido-
dade e do Serviço Social, cons-
sos e isolados sem suporte famili-
tituiu-se como o ponto de parti-
ar ou social. Associado a este
da para a criação da Liga dos
fenómeno, observavam-se ain-
Amigos do Centro de Saúde de
da carências a nível de cuida-
Soares do Reis, uma associação
dos de saúde, alimentação e
sem fins lucrativos, responsável
higiene, agravadas por baixas
pela implementação do “Apoio
36
Projeto Vencedor Categoria Eficiência
Domiciliário e Voluntariado a Idosos e Dependentes”. O projeto, que se mantém ativo em 2017, destina-se à população das freguesias de Mafamude e Vilar de Andorinho, com mais de 65 anos e que se encontrem em situação de dependência ou isolamento.
Um projeto em crescimento Atualmente, o seu funcionamento é assegurado por uma equipa de 25 voluntários, que, em visitas ao domicílio, pretende ga-
37
Apoio Domiciliário e Voluntariado a Idosos e Dependentes Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Soares dos Reis
rantir a prestação de apoio não
de festas e convívios).
técnico de companhia, a admi-
Para continuar a dar respos-
nistração de medicação e mar-
ta, e de forma a manter a res-
cação de consultas, a articula-
ponsabilidade social com os
ção com a equipa de saúde e
apoiados e os profissionais, está
com o Serviço Social, bem co-
prevista para 2018, a constru-
mo a execução de tarefas que
ção faseada de um Centro de
minimizem a solidão e o isola-
Dia especializado em doentes
mento dos idosos (passeios, ses-
portadores
sões de leitura e organização
Alzheimer.
38
de
demência
e
Projeto Vencedor Categoria Eficiência
Resultados Prestação de apoio domiciliário e voluntariado a 26 idosos Parceria com a equipa do Serviço de Apoio Domiciliário Especializado (17 colaboradoras), da Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Soares dos Reis Disponibilização de Cedência Temporária de Ajudas Técnicas Integração do Projeto de Telealarme
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P.R.I.S.M.A. Programa de Reabilitação e Integração de Saúde Mental em Ambulatório Hospital Garcia de Orta, E.P.E.
Objetivos Proporcionar maior proximidade à comunidade Diminuir o estigma e discriminação da doença mental Promover a autonomia bem como a recuperação dos papéis sociais perdidos Assegurar a inserção sociofamiliar, comunitária, ocupacional e profissional Evitar recaídas, internamentos e idas às urgências Incentivar a adesão ao regime terapêutico Melhorar as aptidões sociais dos doentes
De acordo com o Plano Na-
comunidade.
cional de Saúde Mental (2004-
O projeto P.R.I.S.M.A. - Pro-
2010), a perspetiva comunitária
grama de Reabilitação e Inte-
incide cada vez mais numa mo-
gração de Saúde Mental em
nitorização dos doentes com
Ambulatório, surge da identifi-
patologia mental, na respetiva
cação de necessidades em
40
Projeto Vencedor Categoria Eficiência
cuidados de saúde mental, na população do concelho do Seixal. Direcionada para a implementação de uma mudança no próprio indivíduo, na rede de cuidados em saúde mental e na comunidade em que o mesmo se insere, esta abordagem assenta numa perspetiva holística do indivíduo.
Reabilitar para integrar Com o objetivo de trabalhar e desenvolver vertentes de índole pessoal e social, como a capacidade de comunicação interpessoal, a assertividade e a gestão de conflitos, são desenvolvidas diversas atividades terapêuticas enquadradas num plano de cuidados individual.
41
P.R.I.S.M.A. Programa de Reabilitação e Integração de Saúde Mental em Ambulatório Hospital Garcia de Orta, E.P.E.
De igual forma pretende-se
pêuticas incluídas no programa
promover a capacidade para
de reabilitação, o acompanha-
discernir a verdadeira natureza
mento individual por um técnico
das situações e a adesão ao re-
de referência, o apoio aos fami-
gime terapêutico, a autonomia
liares no Grupo de Famílias e a
nas atividades da vida diária, o
realização de visitas domiciliá-
desenvolvimento de estratégias
rias.
de coping e de resolução de
Uma solução capaz de pro-
problemas e a estimulação das
mover a autonomia e a integra-
capacidades cognitivas, expres-
ção do doente em três eixos: fa-
sivas e reflexivas.
miliar, social e laboral.
Esta assistên-
cia integra as atividades tera-
42
Projeto Vencedor Categoria EficiĂŞncia
43
2008 Prémio de Boas Práticas sobre Equidade, Efetividade e Eficiência em Saúde
44
A
2.ª edição apresentou um modelo mais próximo do que hoje se conhece, pela realização de um Encontro du-
rante dois dias, cujo foco incidiu nas áreas prioritárias - Equidade, Efetividade e Eficiência em Saúde. A edição distinguiu o melhor projeto.
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Projetos Nomeados Promoção, Desenvolvimento e Implementação de uma Codificação Uniforme de Medicamentos ao nível hospitalar INFARMED, I.P. | Região Lisboa e Vale do Tejo
2º Vencedor | Melhor Projeto
Grupo de Apoio à Saúde Mental Infantil - GASMI Centro de Saúde de Loulé | Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto
Manual da Qualidade para a Admissão e Organização do Atendimento dos Clientes Centro Hospitalar Póvoa de Varzim - Vila do Conde, E.P.E.| Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
O Acesso Universal à Prevenção e Deteção Precoce da Infeção VIH/SIDA. Da Teoria...à Prática... ARS Algarve, I.P. (Departamento de Saúde Pública)| Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto
Otimização e Centralização de MCDT Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. | Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Programa de Prevenção da Doença dos Legionários em Estabelecimentos Hoteleiros ARS Algarve, I.P. (Departamento de Saúde Pública)| Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto
Promoção de Gabinetes de Movimento e Reabilitação no Alentejo ARS Alentejo, I.P. | Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto
46
Promoção da Monitorização e Divulgação da Ecologia Hospitalar Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. | Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Promoção do Rastreio Visual Pediátrico, pelo Ortoptista Centro Hosp. Setúbal, E.P.E. - Hosp. S. Bernardo| Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho na Universidade de Coimbra Inst. Higiene e Medicina Social (Fac. Medicina da U. Coimbra) | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
Racionalização do Uso do Medicamento Centro Hosp. Lisboa Norte, E.P.E. - Hosp. Santa Maria | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Rastreio do Cancro do Colo do Útero na região do Alentejo ARS Alentejo, I.P. | Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto
Rastreio do Cancro da Mama no Algarve ARS Algarve, I.P. | Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto
Sistema Integrado de Gestão da Formação (SIGF) Sub-Região de Saúde de Leiria | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto 47
Telemedicina - Igualdade de Acesso à Formação e Assistência Médica Diferenciada em Cardiologia Pediátrica e Fetal Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
Objetivos Dotar os Hospitais Distritais da região Centro, em articulação com outras unidades de saúde nacionais e internacionais carenciadas, de consultas diferenciadas na área de Cardiologia Pediátrica e Fetal Garantir a igualdade de acesso aos cuidados de saúde diferenciados, melhorando o atendimento no local remoto sem despesas acrescidas Permitir em tempo real, uma orientação adequada numa situação clínica de urgência, a uma criança ou feto que necessite de cuidados imediatos de Cardiologia Pediátrica Realizar formação contínua em Cardiologia Pediátrica, facultando troca de experiências à distância entre profissionais de saúde
Desde 2006 que todos os
dicina, com uma periodicidade
Hospitais Distritais da região do
semanal
Centro, bem como o Hospital
tanto em consultas presenciais
de Vila Real (Região Norte), se
como de urgência 24/24 horas.
encontram ligados por teleme-
e
sem
interrupção,
O projeto “Telemedicina -
48
Melhor Projeto
Igualdade de Acesso à Formação e Assistência Médica Diferenciada em Cardiologia Pediátrica e Fetal” teve início em 1998, com consultas de Cardiologia Pediátrica e Cardiologia Fetal por telemedicina a serem efetuadas no Hospital Distrital de Leiria e na Maternidade Júlio Dinis, no Porto. Uma década depois era galardoado com o Prémio Boas Práticas em Saúde O projeto, que conta já com 20 anos de atividade, é um trabalho contínuo e a crescer até à atualidade, que envolve todos os elementos do serviço da especialidade.
Replicação sem limites geográficos De forma progressiva estas consultas alargaram o leque de abrangência a vários hospitais do país e do estrangeiro. A replicação do projeto estendeu-se 49
Telemedicina - Igualdade de Acesso à Formação e Assistência Médica Diferenciada em Cardiologia Pediátrica e Fetal Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
além-fronteiras com a criação
Existe ainda a rede de tele-
de um Serviço de Cardiologia
medicina com Angola, Cabo
Pediátrica com o gabinete de
Verde, S. Tomé e, brevemente,
telemedicina, em Luanda e um
com a Guiné.
Centro de Telemedicina na Ci-
Modernizar e atualizar os sis-
dade da Praia, em Cabo Ver-
temas de informação
de.
50
Melhor Projeto
Resultados Aumento exponencial do número de teleconsultas em Angola, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe, registando-se um total de 2206 consultas realizadas, entre 2007 e 2016 Replicação do projeto
51
2009 Prémio de Boas Práticas sobre Equidade, Efetividade e Eficiência em Saúde
52
A
3.ª edição, à semelhança do ano anterior, centrou-se igualmente nas áreas prioritárias - Equidade, Efetividade
e Eficiência em Saúde, sendo o galardão entregue ao projeto vencedor na categoria de melhor projeto.
53
Projetos Nomeados Intervenção Precoce no Alentejo ARS Alentejo, I.P. | Região Alentejo
2º Vencedor | Melhor Projeto
Equipas de Cuidados Integrados Domiciliários ARS Algarve I.P. | Região Algarve
Menção Honrosa | Melhor Projeto
1.ª Semana do Bebé do Concelho de Olhão, Grupo de Apoio à Saúde Mental Infantil Agrupamento de Centros de Saúde Central do Algarve (Uni. Funcional de Olhão)| Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto
Avaliação e Terapia Nutricional - Serviços de Internamentos do HLA Hospital do Litoral Alentejano, E.P.E.| Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto
Central de Distribuição Interna. Serviço de Aprovisionamento/Processo Logística Hospital de São João, E.P.E. | Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Consulta de Psicoterapia em contexto Institucional Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Clínica Psiquiátrica I, NIC Loures - Núcleo de Intervenção Comunitária de Loures, SPCP - Serviço de Psicologia Clínica e Psicoterapias, UCCPO - Unidade Comunitária de Cuidados Psiquiátricos de Odivelas | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Descentralização parcial da consulta de coagulação na Cova da Beira Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. (Serviço Imunohemoterapia)| Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
54
Percurso Integrado da Criança e Família no Serviço de Cardiologia Pediátrica Centro Hosp. Lisboa Central, E.P.E. - Hosp. S.ta Marta| Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Projeto LinCE Lean na Consulta Externa Centro Hospitalar do Porto, E.P.E. - Hospital de Santo António | Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Programa de Apoio a Pessoas com Problemas Ligados ao Álcool 2005-2009 Centro de Saúde de Vila Verde| Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Programa de Capacitação do Utente para a Saúde Unidade de Saúde Familiar Fernão Ferro | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Rede de Espirometria da ULS Matosinhos Unidade Local de Matosinhos, E.P.E. | Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Sistema Integrado de Gestão e Melhoria do Desempenho (SIGMED) Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E.| Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Sistema para Gestão de Filas de Espera Centro Hospitalar de Leiria, E.P.E. - Hosp. Santo André | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
Unidade Centralizada de Terapêutica Intravenosa Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E. | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto 55
Doença Crónica na Criança: Reorganizar para Promover a Equidade, Eficácia e Eficiência - a Experiência do Centro de Desenvolvimento Criança Torrado da Silva Hospital Garcia de Orta, E.P.E.
Objetivos Constituir um centro multiprofissional para atendimento de crianças com problemas neurológicos/ desenvolvimento Proporcionar investigação, avaliação e tratamento/ intervenção de forma coordenada Reforçar a articulação com a comunidade Formar profissionais através de estágios específicos e ações de formação Criar polo de investigação aplicada e ensaio de ajudas técnicas e novas tecnologias
O ano de 2007 marca a his-
cuidados a crianças e jovens
tória do Centro de Desenvolvi-
com patologias neurológicas e
mento da Criança (CDC) Torrado
do
da Silva. Há precisamente 10
que percorre ainda hoje.
desenvolvimento,
caminho
Definido em 1993, no relatório
anos, o projeto perspetivava a reorganização da prestação de
da Comissão Nacional de Saúde 56
Melhor Projeto
o
Infantil, na altura presidida pelo pediatra Torrado da Silva, o Centro está integrado no Hospital Garcia de Orta, E.P.E., caracterizando-se por ser o único existente na zona Sul do País inserido no Serviço Nacional de Saúde. Esta exclusividade garantiu que em 2009, o projeto “Doença crónica na criança: reorganizar para promover a Equidade, Eficácia e Eficiência - a experiência do Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva” fosse galardoado com o primeiro Prémio de Boas Práticas em Saúde.
57
Doença Crónica na Criança: Reorganizar para Promover a Equidade, Eficácia e Eficiência - a Experiência do Centro de Desenvolvimento Criança Torrado da Silva Hospital Garcia de Orta, E.P.E.
sistência eficaz e eficiente, para
Atendimento multidisciplinar
a promoção da satisfação dos utentes e profissionais.
A equipa que agrega recursos humanos e tecnológicos de
O Centro realiza ainda ativi-
diferentes especialidades ofere-
dade assistencial, formativa e ci-
ce serviços de prevenção, diag-
entífica, num ambiente afetivo,
nóstico e tratamento de todo o
alegre e tranquilizador, que se
tipo de doenças neurológicas,
traduz na redução da ansieda-
agudas e crónicas, e perturba-
de e na desdramatização da
ções do desenvolvimento psico-
deslocação dos utentes e das
motor, proporcionando uma as-
famílias para consultas.
58
Melhor Projeto
o
Resultados Atividade Assistencial Aumento significativo do número e diversificação de atendimentos (10861 consultas de diferentes especialidades em 2016) Consultas multidisciplinares para patologias complexas Intervenções terapêuticas em diferentes áreas Atividade Formativa Estágios médicos Ações de Formação para pais e técnicos de diferentes áreas Atividade Científica Elaboração de trabalhos e projetos de investigação clínica Comunicações nacionais e internacionais e artigos publicados em revistas especializadas 59
2010 Qualidade e Inovação
60
A
4.ª edição considerou como áreas prioritárias a Qualidade e Inovação, no âmbito do desenvolvimento das
Organizações de Saúde, em consonância com a Estratégia Nacional para a Qualidade em Saúde, aprovada e publicada em 2009.
61
Projetos Nomeados
Apoio Domiciliário na Área de Neonatologia Maternidade Alfredo da Costa | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Bem-Estar e Segurança da Mulher Grávida. Nascer e Viver bem em Portugal Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E. | Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Consulta de Baixa Visão Associação Nacional de Intervenção Precoce| Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Implementação do Programa ECMO no Hospital S. João Hospital de São João, E.P.E.| Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
62
Novas Funcionalidades do MEDTRIX EPR Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E. | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
O Centro de Saúde das Brincadeiras, uma estratégia para uma cidadania saudável Agrupamento de Centros de Saúde do Algarve I - Central| Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto
Saúde na Mira Ag. Centros de Saúde do Alentejo - Centro de Saúde de Odemira| Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto
Sistema de Gestão de Transporte de Doente ARS Alentejo, I.P. | Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto
63
Criação da Via Verde da Sépsis Administração Regional de Saúde de Norte, I.P. Direção-Geral da Saúde
Objetivo Implementar em todos os Serviços de Urgência do Serviço Nacional de Saúde um protocolo de identificação rápida e inicio imediato de medidas terapêuticas a todos os doentes com Sépsis grave
Cerebral (AVC) e o Enfarte
Dados portugueses, em 2010, indicavam que 22 por cento dos
Agudo
do Miocárdio
(EAM),
internamentos em unidades de
existe para a Sépsis um conjunto
cuidados intensivos eram devidos
de atitudes que, realizadas nu-
a Sépsis adquirida na comunida-
ma fase precoce da doença,
de.
reduzem a morbilidade e mortalidade. Estas atitudes incluem a
Entende-se por Sépsis uma sín-
identificação e estratificação
drome clínica sistémica aguda
rápidas de doentes, a utilização
causada pela presença de bac-
de antibióticos numa fase pre-
térias, vírus ou fungos no sangue.
coce e de estratégias de ade-
Como para o Acidente Vascular
64
Melhor Projeto
quada ressuscitação hemodinâmica. Para além destes claros ganhos, a implementação de um protocolo terapêutico de Sépsis permite não só diminuir a mortalidade, mas, também a redução substancial dos custos para as instituições. Uma implementação alargada destes protocolos terapêuticos representa um meio potencial para a melhoria da utilização dos recursos existentes, com contenção simultânea dos custos.
A Via Verde da Sépsis Para melhorar esses resultados, diminuindo a mortalidade e as complicações da Sépsis, decidiu a Administração Regional de Saúde do Norte, em 2009, e posteriormente a Direção-Geral de Saúde, em 2010, com a publica-
65
Criação da Via Verde da Sépsis Administração Regional de Saúde de Norte, I.P. Direção-Geral da Saúde
ção da Circular Normativa n.º
ram de Via Verde da Sépsis
01/2010, do Departamento da
(VVS).
Qualidade na Saúde, implemen-
A primeira Unidade de Saúde
tar, a nível regional e nacional,
a implementar a VVS foi o Centro
respetivamente, um protocolo de
Hospitalar São João em 2008 e a
abordagem e tratamento do do-
segunda o Centro Hospitalar do
ente com Sépsis que denomina-
Funchal, em 2009.
66
Melhor Projeto
Resultados Redução do tempo entre admissão na urgência e administração de antibiótico Redução da necessidade de internamento em unidade de cuidados intensivo Redução de custos de tratamento e melhoria da qualidade de vida pós-sépsis grave Redução da mortalidade por Sépsis grave em 25% Publicação do documento Normativo n.º 10/2016, de 30 de setembro, que determina que todos os Serviços de Urgência devem ter uma Equipa de Sépsis constituída, no mínimo, por um médico e um enfermeiro Replicação do projeto e consequente formação de profissionais de outras unidades hospitalares
67
2011 Hospitais e Centros de SaĂşde: Juntos por uma melhor saĂşde
68
A
5.ª edição centrou-se no tema “Hospitais e Centros de Saúde: juntos por uma melhor saúde”, reforçando a im-
portância das boas práticas, com foco na resposta eficaz às ameaças para a saúde, no apoio à promoção da saúde, à prevenção, tratamento e reabilitação da doença, à articulação, cooperação e integração de cuidados e à segurança do utente, no âmbito dos vários níveis de cuidados. Pretendeu ainda promover a reconfiguração dos serviços, numa ótica de articulação e complementaridade do diferentes níveis de cuidados de saúde.
69
Projetos Nomeados
Novas Estratégias de Intervenção em Saúde Oral Direção-Geral da Saúde | Região Lisboa e Vale do Tejo
Menção Honrosa | Melhor Projeto | Âmbito Nacional
Complementaridade na prestação de cuidados de saúde pediátricos nos Centros de Saúde Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada | Região Autónoma dos Açores
Menção Honrosa | Melhor Projeto | Âmbito Regional
Aqui ao pé de mim - Cuidados de proximidade no doente de Risco Trombótico ARS Norte, I.P., Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E.| Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Consulta de Cooperação Internacional - Cardiologia Pediátrica Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E.| Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Ensino de Grupo Pré-Operatório a doentes propostos para Prótese total da anca e do joelho Centro Hospitalar do Médio Tejo, E.P.E. | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
70
Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos “Beja +” Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Alentejo, Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, E.P.E.| Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto
Medtrix EPR - O utente no centro do processo Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.| Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Otimização dos níveis de dose em Estudos Imagiológicos Torácicos no Departamento de Imagiologia do Centro Hospitalar de Coimbra Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.| Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
TRIAD - Triagem Rápida com Imagem à Distância Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E.| Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Unidade de Cirurgia do Ambulatório do Hospital de Faro - Satisfação do Utente Hospital de Faro, E.P.E.| Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto
71
Olhar a Visão Unidade de Cuidados na Comunidade Cacém Care
Objetivo Rastreio oftalmológico a crianças que frequentem o 2º ano de escolaridade do Ensino Básico da Cidade de Agualva-Cacém
A Unidade de Cuidados na
renciadas pelos professores, as-
Comunidade (UCC) Cacém Care
sim como a existência de crian-
promove, desde 2005, rastreios vi-
ças, filhas de pais imigrantes,
suais em crianças do 1º ciclo, de
com dificuldades económicas e
todas as Escolas do Ensino Básico
de inserção.
da Cidade de Agualva- Cacém.
De forma a colmatar as la-
Centrada nas carências oftal-
cunas identificadas, o projeto
mológicas da população- alvo, a
“Olhar Visão” permitiu o plane-
UCC Cacém Care detetou uma
amento de rastreios oftalmoló-
inexistência de programas e re-
gicos, desde a sua calendariza-
cursos humanos nesta área; difi-
ção, à realização dos testes es-
culdades de aprendizagem, refe-
pecializados e posterior enca-
72
Melhor Projeto
minhamento das crianças rastreadas para a consulta de oftalmologia no Hospital Fernando Fonseca (HFF). Os rastreios são efetuados por três enfermeiros especializados em consultas de oftalmologia do HFF.
Resultados Média de 800 crianças rastreadas anualmente 9409 crianças rastreadas e mais de 1400 encaminhadas para consulta de oftalmologia, de 2005 a 2017
73
Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica, I.P.
Objetivos Promover a melhoria da sobrevida das vítimas de morte súbita cardíaca, assumindo o compromisso de salvar vidas
Reforçar a cadeia de sobrevivência, com a divulgação da utilização da desfibrilhação por leigos e em locais públicos, tornando-a mais precoce e acessível ao cidadão
A morte súbita cardíaca é
portátil que analisa o ritmo do
causada por uma arritmia cardía-
coração,
ca designada fibrilhação ventricu-
aos reanimadores, analisa os da-
lar, que impede o coração de
dos e indica ou não a adminis-
bombear o sangue. O único trata-
tração de um choque de acor-
mento eficaz nestes casos é a des-
do
fibrilhação elétrica, que possibilita
definido.
a normalização do ritmo.
com
fornece
um
indicações
algoritmo
pré-
A probabilidade de sobrevi-
O desfibrilhador automático
vência é tanto maior quanto
externo (DAE) é um dispositivo
menor for o tempo decorrido en-
74
Melhor Projeto
tre a fibrilhação e a desfibrilhação. Assim, o Instituto Nacional de Emergência Médica, I.P. (INEM) desenvolveu, em 2009, o Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (PNDAE), regulado pelo Decreto-Lei n.º188/09, de 12 de agosto.
Programa com qualidade certificada Os
requisites
de
implementação
foram
operacionalizados em duas vertentes distintas:
75
Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica, I.P.
com Programas de DAE em Lo-
O projeto, galardoado em
cais de Acesso Público (dirigidos
2009 e ainda ativo, recebeu em
a instituições privadas e/ou pú-
julho de 2012, a Certificação ISO
blicas) e com Programas de DAE
9001 do PNDAE, pela APCER -
inseridos no Sistema
Integrado
Associação Portuguesa de Certi-
de
Médica
ficação.
Emergência
(utilização de DAE em veículos de emergência).
76
Melhor Projeto
Resultados Reversão em cerca de 60 por cento, dos casos de morte súbita
Aumento do número de cidadãos preparados para a utilização dos DAE
77
2012 Grandes Opções do Plano de Saúde
78
A
6.ª edição centrou-se nas Grandes Opções do Plano de Saúde, concretamente nas áreas:
A segurança do doente: cidadania, informação e literacia clínica (Segurança); Engenharia de processos e sustentabilidade na prestação de cuidados de saúde (Inovação/Eficiência); Cuidados de proximidade, integração e articulação de cuidados (Assimetrias de acesso e/ou cobertura de cuidados); Desafios demográficos e resposta de saúde. 79
Projetos Nomeados
Walking Clinic - Clínica de pré-admissão cirúrgica Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. | Região Norte
Menção Honrosa | Melhor Projeto
Gestão Integrada da Diabetes no ACES Sotavento - GestInDiab Agrupamento de Centros de Saúde de Sotavento - Tavira | Região Algarve
Melhor Poster Científico
Cuidados de Enfermagem a Utentes Ostomizados e Famílias Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Sul, Unidade de Cuidados de Saúde Primários do Centro de Saúde de Torres Vedras | Região Lisboa e Vale do Tejo
Menção Honrosa | Melhor Poster Científico
Cartão de medicação: Reconciliação de Medicação no momento da alta e em consulta hospitalar Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E.| Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
Intervenção interilhas no diagnóstico, tratamento e prevenção da obesidade infantil Hospital do Divino Espírito Santo - Ponta Delgada | Região Autónoma dos Açores
Nomeado Melhor Projeto
80
O humanismo na dignidade do doente Santa Casa da Misericórdia de Águeda | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
Ophtalsuite - Desmaterialização, Documentação, Segurança e Auditabilidade de MCDT’s em Oftalmologia Centro Cirúrgico de Coimbra, S.A. | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
Otimização da distribuição de medicamentos e material de consumo clínico na região do Algarve com equipamento automatizado e modernização tecnológica Agr. de Centros de Saúde Barlavento/ Algarve Central/ Sotavento| Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto
“Quanto mais me bates...menos gosto de ti” - Projeto de intervenção do serviço de urgência do HESE - EPE no combate à violência doméstica Hospital do Espírito Santo - Évora, E.P.E.| Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto
Seguimento transdisciplinar dos doentes com Spina Bifida Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. - Hosp. D. Estefânia| Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
81
Boas Práticas de Proteção Radiológica num Laboratório de Hemodinâmica Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra
Objetivos Analisar os valores de exposição dos doentes e profissionais à radiação ionizante Implementar medidas de otimização, com vista à promoção de medidas de segurança Reduzir risco de exposição à radiação ionizante
As doenças cardiovasculares
teterismos cardíacos e 13 mil an-
constituem a primeira causa de
gioplastias coronárias por ano, o
morte em Portugal, sendo o cate-
correspondente a 10 e 4 por cen-
terismo cardíaco o procedimento
to, respetivamente, da dose efeti-
de eleição para diagnóstico e
va coletiva anual. Aliando o elevado valor de
tratamento destas patologias.
exposição à radiação ionizante,
De norte a sul do país são re-
à vontade de diminuir os riscos
alizados nos laboratórios de he-
subsequentes, o Departamento
modinâmica cerca de 32 mil ca-
82
Melhor Projeto
de Imagem Médica e Radioterapia da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC) e o Laboratório de Hemodinâmica do Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), elaboraram, em 2011, um estudo centrado nas “Boas prá- ticas de proteção radiológica num laboratório de hemodinâmica”. A sua conceção procedeu-se em duas principais fases: a primeira direcionada para a análise dos valores de dose nos utentes e nos profissionais de saúde; e a segunda fase correspondente à otimização dos procedimentos, incluindo a definição de recomendações com vista à melhoria contínua das práticas adotadas.
83
Boas Práticas de Proteção Radiológica num Laboratório de Hemodinâmica Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra
Uma investigação continua
lógica pessoal para profissionais. Para 2017 estão programa-
Em articulação permanente,
dos novos estudos nesta área,
o Departamento de Imagem Mé-
que possibilitem uma redução
dica e Radioterapia da ESTeSC e
considerável de exposição à ra-
o Laboratório de Hemodinâmica
diação ionizante, tanto nos do-
do Hospital Geral do CHUC inicia-
entes como nos profissionais, pro-
ram em Outubro de 2016, um tra-
movendo assim as Boas Práticas
balho de investigação sobre no-
em Saúde.
vos materiais de proteção radio-
84
Melhor Projeto
Resultados Redução do valor de dose à entrada da pele, no paciente, em 31 por cento, pela otimização dos procedimentos Redução do valor de dose, até cerca de 57 por cento, resultado da alteração comportamental dos profissionais, quando confrontados com o valor da sua exposição em tempo real
Criação do poster “Boas Práticas de Proteção Radiológica num Laboratório de Hemodinâmica”, distribuído a nível nacional pela APIC Replicação do projeto no Serviço de Hemodinâmica do Hospital de São Marcos, no Brasil
85
2013 Grandes Opções do Plano de Saúde
86
A
7.ª edição centrou-se nas Grandes Opções do Plano de Saúde, concretamente no que respeita à estraté-
gia “Melhoria da qualidade dos cuidados e da segurança do doente, nomeadamente: Segurança do doente (nomeadamente nas áreas da prevenção e controlo da infeção associada aos cuidados de saúde, prevenção e controlo da resistência aos antibióticos, prevenção de quedas, combate ao erro medicamentoso, combate ao erro cirúrgico, entre outras); Engenharia de processos e sustentabilidade na prestação de cuidados de saúde (Inovação/Eficiência); Implementação de boas práticas de governação clínica, com o envolvimento das direções clínicas dos cuidados hospitalares e cuidados de saúde primários. 87
Projetos Nomeados
USF Marginal - Organização aprendente Unidade de Saúde Familiar Marginal - Centro de Saúde de Cascais | Região Lisboa e Vale do Tejo
Menção Honrosa | Melhor Projeto
Política do Medicamento Santa Casa da Misericórdia de Águeda | Região Centro
Melhor Poster Científico
STOP Quedas: Programa de Gestão e Controlo das Quedas de Doentes em Ambiente Hospitalar Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E.| Região Lisboa e Vale do Tejo
Menção Honrosa | Melhor Poster Científico
ACESRESP - Cuidados Respiratórios Domiciliários Agrupamento de Centros de Saúde Grande Porto II - Gondomar| Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
BAPA: Banco de Aluguer de Produtos de Apoio no Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. Centro Hospitalar da Cova da Beira, E.P.E. | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
CODU Nacional: Sistema Integrado Gestão Único de Chamadas e Novo Algoritmo do sistema de triagem médica (TETRICOSY) INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica, I.P. | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
88
Estratégia para controlo do staphylococcus aureus com resistência à metilicina (MRSA) num hospital de agudos Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. | Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Implementação do método de reposição por níveis em armazéns avançados (AAV) Centro Hospitalar do Médio Tejo, E.P.E. | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Nascer e crescer saudável Agr. Centros de Saúde Alentejo Central (Unidade de Saúde Familiar da Planície)| Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto
Operacionalização programa regional controlo da dor Direção Regional de Saúde do Governo dos Açores| Região Autónoma dos Açores
Nomeado Melhor Projeto
Projetar o futuro: 15 anos de controlo de infeção a staphylococcus aureus resistente à metilicina (MRSA) Hospital SAMS| Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Sinergias no Cuidar - Projeto de Intervenção na Comunidade na área de Saúde Mental e Psiquiatria Ag. Centros de Saúde Algarve Central (Unidade de Cuidados na Comunidade de Faro) | Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto
89
Uma Abordagem Conjunta da Doença nos Concelhos de Amadora e Sintra Hospital Fernando Fonseca, E.P.E. Agrupamentos de Centros de Saúde Sintra-Mafra/Algueirão-Rio de Mouro/Cacém-Queluz/Amadora
Objetivos Melhoria dos cuidados de saúde à população dos concelhos de Amadora e Sintra Promoção da relação interinstitucional entre os Agrupamentos de Centros de Saúde e o Hospital Fernando Fonseca, E.P.E. Planeamento conjunto das necessidades e respostas Definição de prioridades e estratégias Promoção da interação entre profissionais Melhoria dos circuitos de comunicação Uniformização dos procedimentos
O trabalho conjunto entre a
de Centros de Saúde (ACES) de
Direção Clínica do Hospital Fer-
Amadora, Cacém-Queluz, Sintra-
nando Fonseca (HFF) e os Con-
Mafra e Algueirão – Rio de Mou-
selhos Clínicos dos Agrupamentos
ro, resultou, em 2012, numa 90
Melhor Projeto
“Abordagem Conjunta da Doença nos Concelhos de Amadora e Sintra”. Um ano depois, a iniciativa era distinguida pelo Prémio Boas Práticas em Saúde. Este projeto permitiu a criação de uma parceria que contribuiu para a integração de cuidados de saúde, a melhoria do conhecimento sobre a realidade nos dois concelhos, a acessibilidade e rapidez de articulação, a formação dos profissionais e a reorganização dos serviços, flexibilizando-os de acordo com as necessidades.
Uma metodologia inovadora e replicável Unindo a vontade de fazer melhor à vontade de ultrapassar constrangimentos, o projeto primou pela metodologia utilizada, orien-
91
Uma Abordagem Conjunta da Doença nos Concelhos de Amadora e Sintra Hospital Fernando Fonseca, E.P.E. Agrupamentos de Centros de Saúde Sintra-Mafra/Algueirão-Rio de Mouro/Cacém-Queluz/Amadora tada de acordo com duas princi-
Uma posterior, que culminou
pais fases.
na definição de grupos de traba-
Uma primeira corresponden-
lho para cada uma das patolo-
te à identificação das cinco pa-
gias e em reuniões mensais da Di-
tologias - Neoplasia do colo do
reção Clínica do HFF, com Direto-
útero, infeção por VIH/SIDA, baixo
res Executivos e Presidentes dos
peso à nascença e Diabetes - nas
Conselhos Clínicos dos ACES, pa-
quais se verificava elevados níveis
ra uma abordagem, serviço a ser-
de prevalência, de impacto soci-
viço, de modelos de articulação,
al e de morbilidade e mortalida-
análise de problema e implemen-
de, nos concelhos em estudo.
tação de formas de articulação.
92
Melhor Projeto Resultados Neoplasia do Colo do Útero Melhoria dos tempos de resposta entre os ACES e o HFF Aumento do número de mulheres rastreadas Infeção por VIH/SIDA Realização de uma campanha de sensibilização para rastreio do VIH Realização de ações de formação para profissionais de saúde Criação de um gabinete de rastreio Melhoria da identificação do doentes, para followup Baixo Peso à Nascença Identificação dos determinantes da doença Diabetes Aumento do número de diagnósticos e de consultas nos dois níveis de cuidados Diminuição dos tempos de espera Definição de protocolos de tratamento e referenciação 93
2014 Plano Nacional de SaĂşde 2012-2016
94
A
8.ª edição centrou-se no Plano Nacional de Saúde 2012-2016, especificamente em três dos seus Eixos Estratégicos:
Cidadania em Saúde; Acesso e Equidade em Saúde e Políticas Saudáveis.
95
Projetos Nomeados
Monitorização e prevenção da co-prescrição de sinvastatina com inibidores potentes do CYP344 em meio hospitalar Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. - Hospital Santa Cruz | Região Lisboa e Vale do Tejo
Menção Honrosa | Melhor Projeto
Intervenção de Saúde Mental com crianças em contexto escolar Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. - Hospital Dona Estefânia | Região Lisboa e Vale do Tejo
Melhor Poster Científico
VIH/SIDA diga sim à prevenção, não à discriminação Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.| Região Centro
Menção Honrosa | Melhor Poster Científico
Apoio domiciliário aos doentes da consulta de hipocoagulação do CHCB Centro Hospitalar da Cova da Beira, E.P.E.| Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
Aprendendo com a doença Unidade Local de Matosinhos, E.P.E. | Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Dashboard - Informação para todos Agrupamento de Centros de Saúde Amadora | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
96
Ensino e treino de competências em ambulatório de psiquiatria Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. - Hosp. Egas Moniz | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Intervenção nas práticas dos enfermeiros na prevenção de flebites em pessoas portadoras de cateteres venosos periféricos: um estudo de investigação ação Escola Superior de Enfermagem de Coimbra | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
Intervenção psicossocial em situações de crise, emergência e catástrofe Escola Superior de Saúde de Portalegre | Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto
PESO - Saudável (Pesa, Enumera, Soma e Opta - Saudável) Agrupamento de Centros de Saúde do Algarve II - Barlavento (Unidade de Cuidados Continuados D’Alagos)| Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto
Sistema adaptativo de triagem para urgência de maternidade Centro Hospitalar do Porto, E.P.E.| Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
97
Anatomia Patológica Digital no Centro Hospitalar Cova da Beira Centro Hospitalar da Cova da Beira, E.P.E.
Objetivos Aumentar a equidade e alargar o acesso a cuidados de saúde especializados a toda a população
Diminuir o tempo de espera na obtenção de diagnósticos, permitindo a redução dos custos sociais e da saúde
O atual desenvolvimento tec-
pa de anatomopatologistas cre-
nológico traduz-se na quebra de
denciada e reconhecida inter-
barreiras a nível geográfico e de
nacionalmente, capaz de acom-
recursos humanos.
panhar, à distância, determinadas atividades médicas.
Assim, decorria o ano de 2012, quando o Conselho de Ad-
Através de uma parceria
ministração do Centro Hospitalar
com o Instituto de Patologia e
Cova da Beira (CHCB), decidiu
Imunologia Molecular da Univer-
apostar num projeto que aliasse
sidade do Porto (IPATIMUP) e a
as novas tecnologias a uma equi-
empresa ZMWAY – lab solutions,
98
Melhor Projeto
nasceu o projeto “Anatomia Patológica Digital no Centro Hospitalar Cova da Beira”, ativo atualmente.
A tecnologia aliada a ganhos na saúde A iniciativa considerada inovadora, num contexto europeu, baseia-se na interção de vários hardwares/softwares numa plataforma
99
Anatomia Patológica Digital no Centro Hospitalar Cova da Beira Centro Hospitalar da Cova da Beira, E.P.E.
de Gestão Global de dados e
atualmente.
imagens, gerados no laboratório
Num olhar sobre o futuro, e
de Anatomia Patológica, tendo
tendo em vista a replicação des-
em vista a aquisição, gestão, visu-
te sistema nos hospitais da região,
alização e análise de todas as
foram contactadas as Unidades
etapas dos exames.
Locais de Saúde da Guarda e de
A interoperabilidade dos sis-
Castelo Branco no sentido de
temas de informação utilizados é
"equacionar" formas de colabora-
versátil e disruptiva, perspetivando
ção entre as três Unidades, no do-
-se uma maior rentabilização com
mínio da Anatomia Patológica.
a utilização dos meios existentes
100
Melhor Projeto
Resultados Diminuição do tempo de espera na obtenção do diagnóstico clínico, de 16 para 8 dias, sendo que nos casos urgentes o diagnóstico pode ser disponibilizado em 24 horas, o que permite um acesso atempado do utente aos cuidados de saúde necessários Melhoria da eficiência interna associada à rentabilização de recursos humanos, à diferenciação técnica e à redução dos custos com prestações de serviços
101
2015 Plano Nacional de SaĂşde 2012-2016
102
A
9.ª edição focou-se, igualmente, no Plano Nacional de Saúde 2012-2016, principalmente em três dos seus Eixos Estratégicos:
Cidadania em Saúde; Acesso e Equidade em Saúde e Políticas Saudáveis.
103
Projetos Nomeados
Programa de Prevenção Secundária de Doença Coronária do Serviço de Cardiologia do Hospital Beatriz Ângelo Hospital Beatriz Ângelo (Serviço de Cardiologia) | Região Lisboa e Vale do Tejo
Menção Honrosa | Melhor Projeto
Lancheira Sorriso em Movimento Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, E.P.E. | Região Alentejo
Melhor Poster Científico
Plataforma online do Rastreio Auditivo Neonatal Universal Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. | Região Centro
Menção Honrosa | Melhor Poster Científico
APROXIMAR: Intervenção comunitária com pessoas com perturbações psicóticas no Baixo Vouga Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
Do Hospital ao Domicílio Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, E.P.E. (Departamento de Pediatria) | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Gerontopsiquiatria Comunitária: implementação de um modelo de cuidados centrado no utente Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
104
Organização de cuidados ao Pé Diabético - um passo à frente da diabetes Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, E.P.E. | Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto
PAPA em Rede: Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica (PAPA) nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) na ULSLA Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, E.P.E. | Região Alentejo
Nomeado Melhor Projeto
Pequenos Pés, Grandes Passos Centro Hosp. Algarve (Serv. Medicina Intensiva Pediátrica e Neonatal do Hospital de Faro) | Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto
Prevenir na Diferença Passo a Passo - Associação de ajuda Psicossocial | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Programa de Melhoria contínua da qualidade (PMC): Articular e Movimentar na UCIP Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, E.P,E, | Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Reorganização do circuito de gestão integrada do medicamento: Projeto dos Armazéns Avançados Unidade Orgânica Flexível de Farmácia | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
105
Unidade de Saúde Mental Comunitária Leiria Norte Integração de Cuidados de Saúde Primários Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
Objetivos Adequar programas e modelos de intervenção em saúde mental, facultando cuidados de psiquiatria e saúde mental de proximidade, integrados, assertivos e de qualidade Facilitar acessibilidade e equidade dos cuidados, procurando manter o utente no sei meio ambiente Reduzir o estigma Diminuir o tempo de espera de consulta e o número de recaídas, (re)internamentos e idas à urgência e/ou a outras consultas
Mental 2007-2016, para a região
A Unidade de Saúde Mental
do Pinhal Interior.
Comunitária de Leiria Norte surge na sequência do Plano de Rees-
Por não se verificar o neces-
truturação dos Serviços de Saúde
sário enquadramento jurídico
106
Melhor Projeto
para a implementação da Unidade Local de Saúde Mental de Leiria Norte, foi desenhado o atual modelo de funcionamento – com deslocações bissemanais - para o Centro de Saúde de Figueiró dos Vinhos.
Proximidade com o doente Desde 2011 que o projeto, da responsabilidade de uma equipa do Hospital Sobral Cid, desenvolve o trabalho clínico e de investiga-
107
Unidade de Saúde Mental Comunitária Leiria Norte Integração de Cuidados de Saúde Primários Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
ção em saúde mental, em vá-
Através de consultas no Centro
rias vertentes: consulta de psiquia-
de Saúde, ou de consultas multi-
tria no centro de saúde; interven-
disciplinares em diferentes institui-
ção domiciliária nos princípios do
ções, bem como ao domicílio,
treino assertivo comunitário; des-
garantem o acesso a cuidados
locações às instituições existentes
de saúde mental, em zonas ca-
nos concelhos da área de refe-
renciadas.
rência; implementação do mode-
A replicação do projeto, ven-
lo de terapeuta de referência e,
cedor do primeiro Prémio de Bo-
articulação com os cuidados de
as Práticas em Saúde® em 2015,
saúde primários.
permitiu a implementação do
A equipa é constituída por
mesmo modelo de trabalho, mas
dois psiquiatras, três enfermeiros,
com deslocações bimensais, nu-
duas assistentes sociais, uma psi-
ma equipa da Pampilhosa da
cóloga e uma secretária.
Serra.
108
Melhor Projeto
Resultados Redução da percentagem de internamentos e da taxa de frequência ao serviço de urgência Aumento do número de primeiras consultas e de intervenções de visitas domiciliárias Aumento da percentagem de acompanhamento do utente com doença mental grave e de consultas de proximidade pela equipa multidisciplinar Redução da percentagem de faltas às consultas marcadas Aumento do número de consultas sem agendamento
109
2016 SNS vs Inovação - Horizontes Futuros
110
A
10.ª edição foi subordinada à temática “SNS vs Inovação - Horizontes Futuros”, especificamente nas áreas:
Desigualdades em saúde; Qualidade e segurança do Doente; Comunidade e Gestão da Doença Crónica.
111
Projetos Nomeados Uso Ótimo do Sangue Centro Hospitalar São João, E.P.E. | Região Norte
Menção Honrosa | Melhor Projeto
Inquérito Epidemológico de Admissão - Avaliação do Risco Infecioso na Admissão de Doentes Hospital Beatriz Ângelo | Região Lisboa e Vale do Tejo
Melhor Poster Científico
O Giz da Enfermagem Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. | Região Centro
Menção Honrosa | Melhor Poster Científico
ARPAT - Aplicação do Registo de Pedidos de Altas e Transferências (“Aplicação do Lápis”) Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Heparina São João - Disponibilização de uma aplicação gratuita para tablets e telemóveis no contexto da implementação de um protocolo de prescrição de Heparina Não Fraciona- da (HNF) no CHSJ, E.P.E. Centro Hospitalar de São João, E.P.E. | Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Intervenção (Global e Comunitária) no Primeiro Surto Psicótico (IPSP) Centro Hospitalar Tondela - Viseu, E.P.E. | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
Melhoria Continua da Qualidade dos registos clínicos, médicos e de enfermagem no ACES Lisboa Norte Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Norte| Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto 112
MobEs - Mobilidade e Envelhecimento Saudável Ag. Centros de Saúde Lisboa Ocidental e Oeiras| Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Perturbações do Comportamento Alimentar (PCA) - Uma abordagem integrada com peso e medida Centro Hospitalar Tondela - Viseu, E.P.E. | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
Programa piloto de telemonitorização da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. | Região Norte
Nomeado Melhor Projeto
Via Verde - Telemedicina no AVC Hospital Distrital da Figueira da Foz, E.P.E. | Região Centro
Nomeado Melhor Projeto
Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos (UDCP) do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) Centro Hospitalar Barreiro Montijo, E.P.E. | Região Lisboa e Vale do Tejo
Nomeado Melhor Projeto
Viver bem com a diabetes Un. Cuidados na Comunidade Talabriga, Ag. Centros de Saúde Algarve Sotavento | Região Algarve
Nomeado Melhor Projeto 113
Unidade de Hospitalização Domiciliária Hospital Garcia de Orta, E.P.E.
Objetivos Humanizar os cuidados, oferecendo tratamento diferenciado, de nível hospitalar, no conforto da residência dos doentes Reduzir a taxa de complicações relacionadas com o internamento hospitalar Aproximar o hospital da comunidade, desenvolvendo uma medicina de ambulatório e uma atividade de educação para a saúde, na família, no indivíduo e na comunidade Promover a recuperação funcional e a autonomia do doente, no seio da família Estimular a participação ativa da família na prestação de cuidados, prevenindo a rejeição e o abandono
O Hospital Garcia de Orta
vembro de 2015, este sistema re-
(HGO) foi o primeiro hospital em
vela-se um modelo assistencial
Portugal a implementar uma Uni-
alternativo ao internamento hos-
dade de Hospitalização Domicili-
pitalar convencional, direciona-
ária (UHD) de doentes agudos.
do para doentes com infeções
Com início de atividade em no-
urinárias e insuficiências cardía-
114
Melhor Projeto
cas e respiratórias. O projeto, premiado em 2016, assenta em 5 princípios: voluntariedade na aceitação do modelo, igualdade de direitos e deveres do doente, equivalência de qualidade na prestação dos cuidados, rigor na admissão de doentes e no seu seguimento clínico, humanização de serviços e valorização do papel da família.
Prestação de cuidados à distância A opção pelo internamento domiciliário po-
115
Unidade de Hospitalização Domiciliária Hospital Garcia de Orta, E.P.E.
de ser colocada na admissão do
A UHD do HGO está integra-
doente no serviço de urgência,
da no serviço de Medicina Inter-
na consulta externa, no hospital
na, e conta com uma equipa
de dia e no internamento con-
de 17 elementos que garantem
vencional, e exige um diagnóstico
a cobertura médica e de enfer-
claro, estabilidade clinica e a pos-
magem, durante 24 horas, em
sibilidade de controlar as comor-
regi- me de presença física e
bilidades no domicílio.
prevenção. Para futuro, perspe-
O doente é submetido a uma
tiva-se um aumento da equipa
avaliação em três eixos: médico
de pro- fissionais que possibilite
enfermeiro e assistente social, nu-
uma ampliação da capacida-
ma multidisciplinariedade com-
de de internamento.
plementar.
114 116
Melhor Projeto
Resultados Admitidos 296 doentes, num ano, com duração média de internamento de 8,6 dias Redução da taxa de complicações, nomeadamente infeções Custos de internamento mais baixos em comparação ao internamento convencional Elevado grau de satisfação dos utentes e respetivas famílias. Melhor articulação com os cuidados de saúde primários
117
“O talento vence jogos. Mas só o trabalho em equipa ganha campeonatos.” Michael Jordan
118
ComissĂŁo CientĂfica e Organizadora 119
120