Revista do Consumidor do Circuito das Compras #5

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Circuito das compras Janeiro, Fevereiro e Março 2020 – Edição 5

www.apecc.com.br

Turismo

Aniversário de SP – Mercado Municipal

Curiosidades

25 razões para amar a 25 de Março Com vocês, o ponto de comércio popular mais famoso e amado no Brasil.

Sonhos e lâmpadas na sacola de compras

Gastronomia

A Liberdade dos cafés



Shopping 25 de Março: Tudo que você procura em um só lugar. Para que bater perna? No Shopping 25 de Março você encontra os melhores preços e a maior diversidade de produtos. São mais de 1.000 lojas espalhadas em seus três endereços onde seu dinheiro vale mais! Endereço 1 Rua Barão de Duprat. 181 - Sé - São Paulo/SP Funcionamento De Segunda à Sexta-feira, das 9h às 17h. Sábados, Domingos e Feriados, das 9h às 16h. Endereço 2 Rua 25 de Março, 1.081 - Sé - São Paulo/SP Funcionamento De Segunda à Sexta-feira, das 9h às 17h. Sábados, Domingos e Feriados, das 9h às 16h. Endereço 3 Rua Barão de Ladário, 402 - Brás - São Paulo/SP Funcionamento De Segunda à Sábado, das 5h às 17h. Domingos e Feriados fechado.


sumário

5 Editorial 6 25 razões para amar a 25 de Março 12 Aniversário de SP – Mercado Municipal 14 Final de novela na 25 de Março 16 Guia de compras 18 Breve manual do turista de compras 20 Sonhos e lâmpadas na sacola de compras 22 Um novo império na Galvão Bueno 24 A Liberdade dos cafés 27 Quer pagar quanto?

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editorial

Presidente Ademir Antônio de Moraes Diretor de Relações Institucionais Armando Luiz Rovai Conselho Diretivo Thomas Law Diretora Financeira Ana Law

O que era bom, ficou ainda melhor A região da 25 de Março, uma das estrelas do Circuito das Compras de São Paulo, atrai muita gente pela variedade de produtos vendidos e pelos preços baixos, imbatíveis. A boa notícia é: o que era bom, ficou ainda melhor. Isso porque os empresários da área estão reformando as suas lojas, que ficam mais bonitas a cada dia. São layouts novos, mais claros, amplos, com acabamentos melhores. Na sua próxima ida à 25, observe como os pontos de venda já estão diferentes. Tudo muito caprichado para atrair ainda mais consumidores vindos do interior paulista, de todos os estados brasileiros e de países vizinhos, como a Argentina e o Paraguai. A APECC, em parceria com o Ibrachina e alguns órgãos públicos, incentiva e colabora com a revitalização e a modernização do Centro de São Paulo. Por tudo isso, começo 2020 convicto de que, unindo forças, vamos atingir os nossos objetivos. E valorizar ainda mais o nosso Circuito das Compras, pólo comercial mais importante da capital paulista e do Brasil. Vamos em frente. Abraços! Ademir Antonio de Moraes Presidente

Rua Treze de Maio, 650, Bela Vista CEP: 01327-000 - São Paulo - SP www.apecc.com.br E-mail: contato@apecc.com.br Telefone: +55 11 3148-0299 Editor Felipe Agne reportagem Isabela Barros Direção de arte Débora de Bem Fotos Helcio Nagamine Shutterstock Impressão e Acabamento maistype Tiragem: 10 mil exemplares Distribuição gratuita Reproduzir o conteúdo total ou parcial da revista em qualquer plataforma (digital ou física) é proibido por lei. O direito autoral é protegido por lei específica (lei nº 9.610/98) e sua violação constitui crime, respondendo judicialmente o violador. Os artigos assinados nessa edição são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não expressam necessariamente a opinião desse veículo.

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capa – Isabela Barros

25 razões para amar a 25 de Março

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Camilla Cossermelli

helcio nagamine

Com vocês, o ponto de comércio popular mais famoso e amado no Brasil. Para celebrar os 155 anos da rua da variedade e da pechincha, listamos 25 bons motivos para se jogar nas compras e aproveitar as ótimas oportunidades que o endereço oferece. Divirta-se! 1: É a rua do país que reúne mais apaixonados por descontos Verdade seja dita: tem muita gente que reclama do burburinho, da quantidade de pessoas circulando com sacolas, daquela confusão. Se formos observar com calma, no entanto, tem muito mais gente que ama a 25 e encontra, naquele pedaço do Centro de São Paulo, uma fonte de ótimas memórias. “Frequento a rua há 50 anos, sou um apaixonado”, diz o presidente da Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (Apecc), Ademir Antônio de Moraes. 2: As lojas ficam mais bonitas a cada dia Olhe com atenção as fachadas das lojas na próxima vez que for à 25. Você vai notar que, aos poucos, o endereço fica mais bonito. “Há uma tendência de as empresas capricharem mais na decoração”, explica Moraes.

Camilla Cossermelli

3: Tem até loja com luz cor-de-rosa Muito se fala no investimento na experiência de compra, em atrair os consumidores a partir de elementos variados. Pois na 25 de Março tem até loja com iluminação cor-de-rosa. Na Menina Mimada, no número 920 da rua, a luz nesse tom chama a atenção de quem passa. “É engraçado como as mulheres passam, olham e voltam”, diz o supervisor da empresa, Flavio Cazarine. A Menina Mimada vende capas e acessórios para celular. 4: Os preços são bons Dificilmente algum produto vai custar mais caro na 25 do que você pagaria em outras regiões da cidade. A diferença de preço,

muitas vezes, chega a 60%. Ou mais. A fama de endereço da pechincha é antiga. “Desde a sua origem a área ficou conhecida como um local de oportunidades”, explica o professor doutor e autor do livro Mascates e Sacoleiros , sobre a história da via, Lineu Francisco de Oliveira. E tem mais: as enchentes recorrentes na região levavam, com frequência, os comerciantes a liquidarem seus estoques cobrando muito pouco. “As liquidações se mantiveram por muito tempo e contribuíram para o barateamento das mercadorias”.

Larissa de Oliveira, vendedora da Fashion Make Up: consultoria de maquiagem para os clientes. À direita, família vai às compras. Na foto principal, funcionária de loja distribui panfletos: muito amor pelo endereço

5: Os vendedores são consultores de compras Vendedora da Fashion Make Up, Larissa de Oliveira está há dois anos na empresa. Antes, trabalhava numa farmácia nos Jardins. Além de ganhar mais, ela diz que tem a oportunidade de interagir mais com a clientela. “Dou dicas do que usar”, diz. Ela lembra com carinho de uma senhora de 65 anos que foi à loja sem qualquer informação sobre maquiagem. “Ao final, ela fez uma compra grande, levou até pincéis e base”, diz. 6: Os vendedores são experts na arte de ouvir Gerente da principal loja da rede Armarinhos Fernando, aquela localizada no número 864 da 25, Ondamar Ferreira entrou na empresa há 32 anos, como office boy. Ele conta que todos os dias passam, naquela unidade, 9 mil pessoas. Tendo que lidar com tanta gente, Ferreira se transformou num mediador de conflitos, um expert na arte de ouvir. “Queremos tranquilidade na loja”, diz. “Por isso sempre me aproximo para conversar. As pessoas só querem ser ouvidas”, conta. 7


capa 7: Sobra simpatia e carinho entre vendedores e clientes Na M. Camicado, é tão próxima a relação entre clientes e vendedores que, todos os dias, os funcionários da rede recebem fotos de festas. “As pessoas ficam tão felizes com a decoração de seus eventos, muitas vezes organizados com as nossas dicas, que mandam os registros depois”, conta Figueiredo.

Acima, as amigas Camila e Gabriela procuram fantasias na rua famosa pela variedade e pelo preço baixo. Abaixo, Cleusiane Almeida procura capas para celular na 25

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9: As lojas pautam a indústria As lojas da região da 25 têm o poder de pautar a indústria, de pedir que sejam produzidos determinados itens. Gerente da M. Camicado no número 133 da Barão de Duprat, Eduardo Figueiredo explica que é isso que ele faz sempre que os clientes pedem artigos que estão indisponíveis. Assim foi feito, no final de 2019, com uma linha de artigos para festa na linha neon. Desse modo, a M. Camicado ficou devidamente abastecida de bandejas, pratos, copos e talheres de plástico em cores como pink e verde neon.

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8: Você pode aproveitar os preços baixos no atacado Se você é empresário, sabe que os preços de atacado da 25 são muito bons. Por essa razão, o casal Andressa Vasconcellos e Jonas Sousa vem à rua todas as semanas alimentar o estoque de sua loja de cosméticos em São Bernardo do Campo. “É o melhor lugar para comprar”, diz Andressa. “Conhecemos todo mundo”, afirma Sousa.


preparar para o Carnaval, as estudantes Camila Lie e Gabriela Claes se divertem ao escolher artigos cheios de glitter. “A variedade é sem comparação”, diz Camila. “E o preço também”, completa Gabriela.

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14: Na 25, é possível comprar acessórios de decoração para qualquer festa Pode ser o seu chá de cozinha, casamento, chá de bebê, aniversário dos filhos. Do Natal ao halloween, nas lojas da 25 é possível encontrar todos os copos, forminhas para doces, guardanapos, pratos, talheres e lembranças.

10: É o endereço com mais opções de acessórios para renovar o celular Apaixonada por celular, a auxiliar de logística Cleusiane Almeida vai à 25 uma vez a cada três meses só para comprar capas novas para o aparelho. “Em nenhum lugar há tanta variedade”, conta. 11: Dá para presentear seus filhos com brinquedos a preços ótimos Do clássico pintinho amarelinho que pula por pouco mais de R$ 2 até as versões mais completas de bonecas e carros por valores acima de R$ 300, sobra variedade na hora de presentear as crianças.

12: Dá para presentear seus filhos com objetos que estimulam a imaginação Experimente levar para a casa um daqueles cubos pequenos, com luz de led, usados para decorar copos transparentes na balada. Com preços em torno de R$ 2,50 nas lojas de artigos para festas, vão deixar seus filhos fascinados. Colares e copos também fazem sucesso . 13: É o melhor lugar para comprar fantasias Chapéus, máscaras, colares, óculos, fantasias. É o melhor lugar para comprar itens do tipo em São Paulo. Frequentadoras da 25 justamente quando precisam se

15: Há bijuterias de todos os tipos e preços É a maior concentração de bijuterias no comércio de São Paulo. Por menos de R$ 10, é possível comprar brincos e acessórios. 16: É ótimo comprar itens de papelaria na região Além das lojas tradicionais, onde há muita variedade e preços camaradas, a rua agora tem papelarias que vendem itens mais sofisticados, longe do lugar comum. Se quiser comprar um bloco de anotações pink de lantejoulas, por exemplo, pode ir na 25 que tem. 17: Dá para renovar o visual da casa Cansado de todas aquelas toalhas e lençóis usados há anos? É só seguir para a 25. Será fácil adquirir peças novas para qualquer cômodo. 9


capa

20: O Mercadão fica ali do lado Aproveite a ida ao Centro para visitar o Mercadão. Passeie pelos boxes, prove muitas frutas frescas, almoce num dos restaurantes do mezanino.

Ao lado, o empresário chinês Gabriel Zhang: planos de ficar décadas no Brasil

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21: A região tem uma história de trabalho e pioneirismo A mais famosa rua de comércio do país recebeu o seu atual nome em 1865, numa homenagem ao dia em que o Imperador Dom Pedro I outorgou a primeira Constituição do Brasil: 25 de março de 1824. Oliveira explica que a 25 surgiu numa área de porto, de

onde partiam produtos variados pelos rios Tamanduateí e Anhangabaú. Foram os comerciantes de origem árabe, principalmente síria e libanesa, os responsáveis pela consolidação do trecho como um pólo comercial forte. 22: Esse caminho de sucesso continua com empresários de outras origens Segundo Oliveira, atualmente imigrantes de origem chinesa, coreana e armênia reforçam o time de empreendedores da 25. Representante chinês da nova leva de empreendedores da região, Gabriel Zhang tem um box de eletrônicos na Galeria Korai, no número 225 da Barão de Duprat. Com 26 anos, ele vive há oito no Brasil.

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19: A rua é cheia de clientes internacionais Quer treinar espanhol? Ou quem sabe o inglês? Prefere mandarim? Seja qual for o idioma, basta ir até a 25 para praticar. Segundo Moraes, a via atrai compradores principalmente da Argentina, Paraguai e Angola.

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18: A gastronomia árabe Herança dos pioneiros, a região tem excelentes restaurantes de comida árabe. Na Comendador Abdo Schahin, paralela à 25, há várias casas. Se quiser uma opção menos óbvia, vá ao Monte Líbano Gastronomia Árabe. Localizada num prédio no número 38 da Cavaleiro Basílio Jafet, no primeiro andar, a casa serve pratos da gastronomia árabe clássica.


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Movimento típico da 25, rua comercial mais famosa de São Paulo e do Brasil

A decisão de deixar a terra da Grande Muralha foi tomada com o apoio de um primo que já trabalhava em São Paulo. “Estou satisfeito”, diz. Planos de voltar? “Sim, mas só quando estiver com 60 anos”. 23: Há muitas tramas que poderiam estar no cinema Se você gosta de se inspirar em pessoas que deram uma guinada na vida daquelas dignas de filme, apenas puxe conversa com quem estiver atrás do balcão. S e est ive r n a Fa s hi o n Make Up, de maquiagem e cosméticos, com dois pontos na Carlos de Nazaré, nos números 241 e 287, essa pessoa será o empresário chinês Michel Ye, proprietário da empresa.

Há 26 anos no país, onde chegou para trabalhar como “sacoleiro”, com 16 anos, ele se orgulha das suas duas lojas, nas quais há fila para entrar nos dias de mais movimento. “Sempre tem espera”, explica. 24: O Adoniran Barbosa já trabalhou como atendente na 25 Compositor de clássicos como Trem das Onze e Saudosa Maloca , Adoniran Barbosa já trabalhou como atendente na 25. Foi demitido por batucar no balcão. 25: É uma rua feita de sonhos e esperança O africano Patricki Savuwasayu é um daqueles homens que sorriem o tempo

todo, trazendo no rosto uma expressão leve. Auxiliar de limpeza na Galeria Korai, ele diz que “tá de boa” morando no Brasil, para onde se mudou há quatro anos. E que “nada é ruim em seu trabalho”. Ao seu lado na manutenção da galeria, as haitianas Loudemy Boisrond e Salene Joseph engrossam o coro. Moradoras da capital paulista há, respectivamente, um ano e nove meses e dois a n o s , a s a mi g a s s ã o s ó esperança diante do futuro. “Não tenho problemas”, diz Loudemy. “Sei que vou fazer a minha vida aqui”, afirma Salene. De fato, Salene, a rua está cheia de boas oportunidades. E vida para viver. 11


turismo

Aniversário de SP – Mercado Municipal APECC apoia festa de 466 anos de São Paulo e de 87 anos do Mercadão

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shutterstock

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divulagação apecc

comemoração foi dupla no último dia 25 de janeiro: a cidade de São Paulo completou 466 anos e o Mercado Municipal Paulistano, um dos principais cartões postais da maior metrópole brasileira, fez 87. A Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (APECC) apoiou o evento, que reuniu autoridades, imprensa, amantes da gastronomia, consumidores, turistas de todos os cantos do Brasil e do mundo. O bolo da comemoração teve 15 metros quadrados. Produzido no formato do mapa da cidade de São Paulo, foi distribuído gratuitamente. O professor Ricardo Magalhães e sua equipe começaram a preparação do astro da festa no dia anterior. A montagem e a finalização foram no sábado, no próprio

Mercadão. Aproximadamente 3 mil pessoas receberam uma fatia. Na ocasião, diversos grupos musicais se apresentaram, numa mistura de samba, forró e muitos outros ritmos que representam a diversidade cultural da capital paulista. A trilha sonora da integração que faz de São Paulo uma referência para o Brasil. Uma diversidade que também se reflete na riqueza gastronômica da cidade. O Mercadão, por exemplo, é famoso também pelas suas lanchonetes e pelos seus restaurantes. Aproximadamente 300 boxes oferecem de grãos a chocolates, de frutas a embutidos, além de vinhos, cervejas, cachaças, doces, queijos, carnes e temperos. Uma tentação. E um passeio imperdível, sempre, para turistas e moradores da capital paulista.

À esquerda, na foto principal, o bolo dos 466 anos de São Paulo. Ao lado, os boxes do Mercadão

Arquitetura é destaque O Mercado Municipal Paulistano foi inaugurado em 1933 na região central de São Paulo. Hoje, recebe, semanalmente, mais de 50 mil pessoas. Construído numa área de 12,6 mil metros quadrados, o local impressiona também pela arquitetura, como o pé direito que chega a 16 metros de altura, com um acabamento sofisticado, explorando a iluminação natural a partir do uso de clarabóias e telhas de vidro. Os vitrais de estilo gótico encantam. O Mercadão funciona de segunda a sábado, das 6h às 18h e aos domingos e feriados das 6h às 16h. Endereço: Rua da Cantareira, 306, Centro”.

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crônica – Isabela Barros

Final de novela na 25 de Março

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aquele momento, ela tinha apenas três certezas: estudaria Direito em São Paulo, com isso mudaria a sua vida e a de sua família e, ao chegar à maior metrópole brasileira, iria direto para a 25 de Março. Queria arrumar um emprego na rua, que sempre sonhou conhecer. Decisões que ela começou a tomar desde menina, quando ouvia a avó materna, Maria de Lourdes, dizer: “vai ser advogada”. O pai e a mãe não tinham a mesma convicção e até tentaram convencer a filha única a tirar aquela ideia da cabeça: “faculdade custa caro, não é para nós”. Entre um argumento e outro, ela ficou com o primeiro. E começou a pesquisar preços de universidades particulares na Grande Porto Alegre (RS), onde morava com a família. Logo se deu conta de que, em sua cidade, não seria

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possível pagar pelo único curso superior que a interessava com o salário de vendedora em uma loja de jeans. A família não tinha condições de ajudar. Não demorou a descobrir que, em São Paulo, existiam instituições de ensino superior com preços mais acessíveis. Com isso, fez contas: era preciso garantir uma quantia para pagar a matrícula, as três primeiras mensalidades, além do suficiente para comer e pagar alguma pensão no Centro onde pudesse se hospedar até conseguir um emprego. Com o dinheiro da venda de seu computador, presente de um exnamorado, os três primeiros meses de vida na capital paulista estariam assegurados. E assim foi feito, tão logo ela conseguiu convencer a mãe de que, aos 18 anos, em 2007, daria conta do recado sozinha. Por fim, teve o apoio dos pais, com o reforço de que os dois confiavam

nela e na educação que haviam lhe dado. Uma vez no Terminal do Tietê, deixou as malas num guarda-volumes e foi direto para o Shopping D, ali ao lado, arrumar um salão de beleza onde pudesse lavar o cabelo e ir para a 25 de Março, procurar emprego. Mal deixou a rodoviária, foi assaltada. O prejuízo: 300 reais e um celular cedido por um tio para que ela pudesse se comunicar com a mãe quando estivesse longe. Por sorte, a maior parte do dinheiro havia ficado guardada em suas bolsas. Voltou, fez um Boletim de Ocorrência, conseguiu reaver suas bagagens, e ligou para a mãe de um telefone público. Para não preocupá-la, preferiu inventar uma história e disse que havia esquecido o telefone no ônibus. Depois disso, tratou de arrumar o cabelo e ir à luta. Não havia tempo para lamentação.


morar na sua casa, com a sua família, até que ela pudesse se organizar na cidade. Deu medo, insegurança, desconfiança, foram necessárias algumas ligações para o Rio Grande do Sul até que a mãe número 1, digamos assim, permitisse que a filha fosse morar com desconhecidos somente um dia depois de chegar a São Paulo. O fato de o marido de Jandira ser gaúcho da mesma região da futura advogada contou muitos pontos para a liberação, dando aquela força para que o destino construísse uma trama digna de contos de fadas. Para quem duvida que a realidade é mais surpreendente do que qualquer ficção, a futura advogada viveu bem, harmoniosa e respeitosamente, na casa de Jandira. Conseguiu um emprego numa loja do bairro, o Cambuci, conheceu o homem da sua vida, Ramon, com quem é

casada, engravidou, teve seu primeiro filho, Khalid, concluiu os estudos após se ver obrigada a parar a faculdade em três ocasiões por falta de dinheiro para pagar a mensalidade, se firmou na carreira de advogada criminalista (com escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro), comprou a casa dos seus sonhos onde vive hoje com a família. Em tempo: o time acabou de ficar maior com a chegada, em outubro de 2019, de Khadidja, a sua caçula. Até hoje é apaixonada pela 25 de Março. Frequentadora da região, nunca deixou de sentir a alegria daquele primeiro momento. Veio, viu e venceu, como vencem todos os dias homens e mulheres determinados como ela, vindos de todas as partes do Brasil e do mundo. Com ou sem final de novela, o Centro de São Paulo será sempre palco de histórias lindas como a sua.

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Até hoje a advogada criminalista Karina Ribeiro Araraki lembra do encantamento que sentiu, de cara, pela rua. Ficou impressionada com tantas lojas, com tanta gente, com tanta coisa para comprar. Bateu em uma, duas, três, dez portas com o currículo debaixo do braço. E nada. Sem nem saber ao certo para onde estava indo, acabou chegando a uma rua ali pelos lados do Mercadão, quase na Avenida do Estado. Numa prova de que a sorte acompanha os corajosos, entrou num restaurante e encontrou uma mulher, Jandira, que quis saber da sua história. Ao escutá-la, propôs que ela fosse até a universidade no dia seguinte e voltasse ao local com o comprovante de matrícula em mãos. Desafio aceito e cumprido, Karina ouviu, daquela que logo seria considerada a sua segunda mãe, o convite para

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guia de compras

Guia de compras A gente sabe que 8 de Março é um dia de luta pelos direitos das mulheres. Para marcar o seu apoio à causa, presenteie aquelas que você ama e, principalmente, diga que está do lado delas em nome da construção de um futuro mais justo para todos. A seguir, as nossas dicas de presentes, todas de lojas da região da 25 de Março:

Caixa redonda para preencher com o que quiser e distribuir: R$ 25 o pacote com 12 unidades. M. Camicado

Kit pincéis para maquiagem: R$ 48,35. Fashion Make Up

Meia Puket, 34 a 39, com aroma de morango: R$ 18,90. Armarinhos Fernando

Copo melancia: R$ 4,99. M. Camicado

Lancheira térmica: R$ 54,50. M. Camicado

Betty. Boneca articulada Toy Story: R$ 129,90. M. Camicado

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Elsa. Boneca Articulada Frozen II: R$ 184,90. Armarinhos Fernando

Mini luminaria led coração: R$ 12,90. M. Camicado

Luminaria led flamingo: R$ 19,90. M. Camicado

Capa de celular: R$ 14,90. Menina Mimada Caneca girrasol: R$ 6,90. Armarinho Fernando

Paleta de sombras com 15 cores: R$ 17,30. Fashion Make Up

Copo de plástico com canudo da Mulher Maravilha: R$ 7,90. Armarinhos Fernando Coruja para decoração: R$ 6,90. M. Camicado

Maleta de maquiagem: R$ 220,00. Fashion Make Up

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turismo – Isabela Barros

Breve manual do

turista de compras Confira as nossas dicas para aproveitar ao máximo, com praticidade e segurança, o comércio do Centro de São Paulo

A

s malas estão prontas. Está tudo programado para aqueles três dias inteiros dedicados às compras e passeios nos principais pontos do comércio de São Paulo, na região central da cidade. Nesse roteiro, claro, não podem faltar, idas à 25 de Março, ao Brás, ao Bom Retiro, à Liberdade, ao Pari e à Santa Ifigênia. Estamos falando dos pólos mais importantes de compras não só da capital paulista, mas do Brasil. Em nenhuma outra região do país há tanta variedade e tantas pechinchas por metro quadrado. A seguir, as dicas de como se organizar para

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aproveitar ao máximo a sua maratona de consumo. Em primeiro lugar, use roupas leves e confortáveis. Você vai andar muito, possivelmente provar roupas, precisa de praticidade e pés livres de qualquer incômodo. Para a assistente social alagoana Marileide Pereira, peças mais justas facilitam a vida na hora de experimentar os itens escolhidos em locais onde não há provadores e os clientes precisam improvisar mesmo, como é o caso de muitas lojas da Rua José Paulino, no Bom Retiro. “Assim, dá para colocar e tirar sem dificuldade”, conta. “Normalmente uso calças legging e blusas sem muito volume”. E por falar em José Paulino, a vendedora Aldines

Menezes, da Savassi, de moda feminina, localizada na rua mais famosa do Bom Retiro, gosta de orientar as suas clientes nesse sentido. “Explico para elas nunca comprarem na primeira loja visitada, para andarem muito e pesquisarem bem os preços”, afirma. Outro ponto a observar, segundo a vendedora, é a qualidade no atendimento. “Importante procurar locais onde se é bem atendido, até para fazer melhores escolhas de compras”, diz. A e m p res á r i a A d r i a n a Araújo, do Mato Grosso, cliente fiel da rua, concorda com ela. “Não compro onde não sou bem atendida”, afirma. Frequentadora do comércio de São Paulo há anos,


Fotos helcio nagamine

À esquerda, o movimento de compras da José Paulino. À direita, a empresária Adriana Araújo: bom atendimento conta pontos

onde abastece o estoque de sua loja, Adriana não deixa de lado ainda os cuidados básicos com a segurança do qual nem todo turista de compras costuma lembrar, levar sempre a bolsa na frente do corpo e evitar usar o celular na rua. Se estiver com muito dinheiro em espécie, use uma daquelas pochetes bem finas, de tecido, conhecidas como porta-dólar e guardadas debaixo da roupa, presas ao corpo. Mais seguro. No caixa, dá para tirar discretamente: a peça fica na altura da barriga, não se preocupe. No Bom Retiro, por exemplo, um dos dias mais tranquilos da semana para fazer compras é, segundo os lojistas, a terça-feira pela manhã, logo no primeiro horário. Já

na 25 de Março, costuma haver menos gente nos últimos dias do mês. Além do fator segurança em si, os vendedores, claro, não podem dar a mesma atenção aos consumidores se a loja estiver muito cheia. Teste antes de comprar Mais uma orientação, que vale para o Circuito e para quaisquer outras lojas: teste antes de comprar, principalmente se você morar fora de São Paulo. Na hora de pagar, claro, peça desconto. Se possível, pague em dinheiro. Ou com cartão de débito. Estando em grupo, pergunte pela possibilidade de redução dos preços comprando em quantidade. Pechinche, pechinche,

pechinche. Como diz o ditado: o não você já tem. Organize-se e aproveite as oportunidades do chamado Circuito das Compras de São Paulo, grupo que inclui regiões de vendas da 25 de Março, Brás, Pari, Bom Retiro, Liberdade e Santa Ifigênia. Ao todo, são 20,1 mil lojas cadastradas, espalhadas por 992 ruas por onde circulam, todos os dias, 2 milhões de pessoas. “Somos muito receptivos, atendemos todos os perfis de consumidores”, afirma o presidente da Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (Apecc), Ademir Antônio de Moraes. “Todo mundo que vem para São Paulo quer fazer compras no Centro, onde estão as melhores oportunidades do varejo.

Abaixo, a partir da esquerda, consumidores circulam pelo Brás, pela Liberdade e pela Rua São Caetano: nunca compre no primeiro endereço

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curiosidades – Isabela Barros

Sonhos e lâmpadas na sacola de compras Mais famosa rua de eletrônicos do Brasil, Santa Ifigênia reúne pechinchas e surpresas em lojas que vendem de lustres de R$ 21 mil a drones de última geração

“A

ventilador, claro, mas, mesmo entre esses consumidores, é impossível não sonhar com mil e uma novidades em eletrônicos ao olhar ao redor. Hernandes explica que o céu é o limite em matéria de possibilidades de compra de acessórios para som e vídeo, por exemplo. “Já vendi um equipamento completo

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qui, nós vendemos sonhos”. Há 30 anos trabalhando na Santa Ifigênia, o vendedor Marcelo Hernandes, da Ponto Home Áudio e Vídeo, resume o clima da rua. Há quem vá até lá, percorrer suas muitas quadras no Centro de São Paulo, só para comprar uma lâmpada ou um

de tela e som para um cliente que custou R$ 150 mil”, afirma. Não muito longe dali, na Sergon, não faltam novidades mais básicas como as lâmpadas que mudam de cor, com mais de 15 opções de tonalidades. E luxos dignos da decoração de castelos. “O lustre mais caro que temos à venda é um de cristal com enfeites em formato de flores que custa R$ 21 mil”, conta a gerente da loja, Talita Alves.

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À esquerda, a Ponto Home Áudio e Vídeo, onde o céu é o limite para os gastos dos clientes. Abaixo, lustre de R$ 21 mil da Sergon e os charutos da Tabacaria Reis

Queridinhos de cinegrafistas profissionais e leigos, os drones, claro, são facilmente encontrados na rua. E podem custar de R$ 1.900 em suas versões mais simples até R$ 10.950 para os modelos mais completos nas casas especializadas em equipamentos de foto e vídeo, como a World View.

Nem só de eletrônicos vive a região. Numa das transversais da Santa Ifigênia, no número 125 da Rua dos Timbiras, é possível comprar charutos nacionais e importados numa loja criada há 105 anos, a Tabacaria Reis. Os cubanos, claro, são as estrelas do local, instalado num ponto tranquilo mesmo tão perto do burburinho das lâmpadas, câmeras e celulares da via mais famosa do entorno. Também são vendidos cachimbos. Proprietária da loja, Isabela Tubino explica que a sua família está no comando do negócio há 30 anos. “Vendemos todas as marcas disponíveis no mercado”, diz. Os valores são variados, podendo chegar a R$ 3 mil a caixa com 25 charutos. Nada do outro mundo para esse trecho da maior metrópole brasileira onde tanta gente vai à procura de sonhos e objetos do desejo.

Fotos helcio nagamine

Direto de Cuba

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mercado – Isabela Barros

Um novo império na Galvão Bueno

Shopping Imperial abre as portas em março na rua mais movimentada da Liberdade com 165 lojas, espaços para eventos e até uma pista de patinação

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objetivo é claro: e nt re g a r a o p ú blico o centro de compras mais bonito da Rua Galvão Bueno, a mais famosa da Liberdade. Em março, no número 351 do endereço, serão abertas as portas do Shopping Imperial, com 165 lojas de produtos e serviços variados para os

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clientes. Um espaço com um padrão de conforto e decoração ainda não visto em seus similares no bairro. Ao todo, o empreendimento terá cinco andares, sendo que a cobertura e o quarto piso serão destinados à realização de eventos. O local contará com uma unidade dos Correios, uma barbearia e


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estacionamento para 60 carros. “Teremos ar-condicionado, três elevadores grandes e espaço de circulação nos corredores maior que a média dos shoppings da região”, explica o gerente do projeto, Diego Viana. “Queremos que os consumidores se sintam bem comprando aqui”. E as novidades não param por aí: haverá uma pista de patinação permanente no terceiro pavimento. “Teremos ainda uma hamburgueria ao lado”, conta Viana. No térreo, uma loja de cosméticos funcionará como uma espécie de âncora do local, uma empresa que ainda não está na região, justamente tão conhecida pela venda desses produtos. Palestras, jantares e coquetéis Localizado entre as estações São Joaquim e Liberdade do metrô, o Imperial deve atrair compradores e pessoas interessadas em realizar eventos nas redondezas. A estrutura oferecida nos dois pisos com essa finalidade não tem paralelo por perto. “Teremos cozinha em cada um deles, banheiros com acabamento em mármore, todo o equipamento necessário para a organização de palestras, encontros, jantares e coquetéis, por exemplo”, afirma Viana.

Divulgação

Projeções de como vai ficar o shopping: fachada e acabamentos diferenciados para atrair os consumidores

E isso com a opção de ter um cenário aberto, no caso a cobertura, no quinto andar, ou fechado, no quarto pavimento.

parte mais central da Galvão Bueno, perto da Praça da Liberdade, até o ponto em que estamos”, afirma. Uma nova Liberdade

Comida para quem precisa No item alimentação, o shopping irá dispor de uma praça própria para isso no segundo piso. O carro-chefe será um restaurante de comida brasileira. Uma das arquitetas responsáveis pelo projeto, Ana Lídia da Silva explica que o revestimento da fachada em vidro e painéis em ACM (sigla em inglês para material composto de alumínio em tradução livre) terá ainda iluminação em LED. “Queremos ampliar o percurso do passeio dos visitantes do bairro da

Para Viana, o Imperial será aberto num momento de mudanças no bairro, que cada vez mais se torna uma referência em consumo, gastronomia e moradia na capital paulista, com muitos projetos imobiliários em andamento. De acordo com o presidente da Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (Apecc), Ademir Antônio de Moraes, o Imperial vai representar uma inovação sem precedentes na região. “O shopping vai ficar lindo e muito completo em seu mix de compras”, afirma.

Serviço Shopping Imperial Rua Galvão Bueno, 351 (entre as estações São Joaquim e Liberdade do metrô). Horário de funcionamento: das 9h às 21h.

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gastronomia – Isabela Barros

A Liberdade dos cafés Tradicional bairro oriental se destaca também pelos cafés charmosos e cheios de sabores diferenciados

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abe quando aquilo que já era bom fica ainda melhor? Um dos bairros mais charmosos e queridos de São Paulo, a Liberdade agora é referência também em bons cafés. Pontos tradicionais foram renovados, novas casas foram abertas, espaços que já existiam não param de inovar. Na próxima vez que estiver na região central, considere os arredores da Galvão Bueno como uma rua onde é possível tomar um expresso sozinho, para relaxar um pouco, ou acompanhado, seja pelo seu par, seja por clientes e ou colaboradores, caso queira conversar sobre negócios. Boas opções não faltam, vamos a elas. Muito conhecido na região, onde existe há 62 anos no número 5 da Galvão Bueno, o Café Sol mudou de comando em abril de 2019. Reformado, o local ganhou cara nova em novembro do ano passado. E muitas novidades no cardápio, que recebeu um toque italiano/português e até uma linha própria de sorvetes. Segundo o proprietário do estabelecimento, Pedro Campos, “a mudança foi completa”. “Agora temos

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um pé direito de 4,5 metros, mais móveis em madeira e uma iluminação melhor, bem mais clara”, explica. Todos os dias, na hora do almoço, são servidas, em média, 200 refeições no Sol. Os pratos vão da feijoada às quartas e sábados ao risoto de rabada desfiada, passando pelo bacalhau. Entre as

opções de lanches, destaque para as focaccias feitas com farinha italiana e os sorvetes do tipo gelato, típicos do país da bota, em mais de 20 sabores que vão dos tradicionais chocolate e pistache até inovações como pitaya com maracujá. De acordo com Campos, a casa atrai, em média, 800


Fotos helcio nagamine

A partir da esquerda: Melissa Hsu, no Café Sol e os donuts coloridos na vitrine do 89ºC

pessoas por dia de segunda a sexta. Aos sábados e domingos, esse número sobe para 1.000 pessoas. Dono de um ar-condicionado que realmente dá conta do calor nos dias muito quentes, o Sol tem mesmo como objetivo “ser um oásis na região”. “Queremos atender e acomodar bem os nossos clientes e oferecer

opções saborosas e variadas além da gastronomia oriental no bairro”, explica Campos. A história da empresa começou com o avô de Pedro, Valdemar Campos, que fundou, no ponto, em 1957, o bar Porta do Sol, um espaço com mesas de bilhar. Em 1988, após uma reforma, o bilhar saiu de cena.

Crepes, livros e post-its Também na Galvão Bueno, no número 586, um pouco depois de todo o agito da Praça da Liberdade, o Hachi Crepe e Café chama a atenção pelo cardápio que foge das obviedades, sendo baseado no crepe japonês, e pela delicadeza expressa em cada detalhe.

O balcão de doces do Café Sol: toque italiano num dos pontos mais tradicionais do bairro

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gastronomia

ck sto ter t u sh

Acima, o crepe doce Tropical Parfait do Hachi: campeão de vendas. À direita, Campos, do Café Sol: renovação geral

89º Café atrai frequentadores da Praça da Liberdade com novidades como a coxinha de shimeji

Proprietária do Hachi, Miriam Ishikava explica que o crepe japonês é uma adaptação da receita original francesa, com o diferencial de ter uma massa mais fina. O jeito de enrolar antes de servir também é diferente. “Uma tradição surgida em Tóquio, nos anos 1970”, afirma. Os campeões de vendas são os sabores frango com catupiry, entre os salgados, e tropical parfait, feito com frutas, sucrilhos, bolo de pão de ló e sorvete de creme, entre os doces. Todos os dias, 150 crepes saem da cozinha do café, que tem 52 lugares e foi aberto em 2011. Sabores à parte, o local tem uma estante com livros variados e revistas em português e japonês para os clientes, que podem levar o que quiserem

para a casa, como doação mesmo. Na visita da reportagem ao local, em janeiro, estava disponível, por exemplo, um exemplar do best seller Cinquenta tons de cinza , de Erika Leonard James. Na parede ao lado, autógrafos de artistas, principalmente de bandas de K-pop, abreviação de korean pop , gênero musical jovem surgido na Coreia do Sul, são alvo da curiosidade dos clientes. Estão lá as assinaturas dos integrantes de bandas do estilo, como VAV e Blanc7, entre outros. Bem na frente, um espaço repleto de recados de clientes em post-its completam a carinhosa decoração. A casa deixa à disposição os papéis coloridos e as canetas para que sejam deixados recados como “feliz 2020”, “pague os

meus boletos”, “surf, amor e felicidade” e “eu amo o Ygor”, entre muitas outras opções. A cada seis meses, os recados são renovados. Coxinha de shimeji Na praça mais famosa do bairro, no número 169, o 89ºC Coffee Station se destaca pelas vitrines de doces coloridos e pelas novidades em salgados como a coxinha de shimeji. O café foi inaugurado em 2017. O atendimento é feito diretamente no balcão, com poucas mesas para sentar. Serviço Café Sol Rua Galvão Bueno 05, Liberdade Telefone: (11) 3208-8688

Fotos helcio nagamine

Hachi Crepe & Café Rua Galvão Bueno 586, Liberdade Telefone: (11) 3208-3113 hachicrepecafe.com.br

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89ºC Coffee Station Praça da Liberdade 169, Liberdade Telefone: (11) 3203-1108


finanças – Isabela Barros

Quer pagar quanto? Confira as nossas dicas de descontos para economizar ainda mais nas suas próximas compras na região da José Paulino

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Às terças-feiras Gerente da DeMissy, de moda feminina, Diana de Oliveira Grulha dá outra dica para os consumidores: o melhor dia para garimpar achados e pagar menos é a terça-feira. De preferência pela manhã, antes das 10h, quando a rua ainda não está cheia. “No sábado, quando o movimento é maior, nem sempre é possível ver todas as peças disponíveis, muita coisa fica espalhada”, explica. Segundo ela, na DeMissy e na maioria dos estabelecimentos da rua, “sempre tem promoção”.

helcio nagamine

fa m a d e r u a co m p r e ç o s b ai xo s e muita variedade é nacional. Paulistanos, brasileiros de todas as partes e estrangeiros de passagem por São Paulo têm, no endereço, uma atração. Uma oportunidade de abastecer o guarda-roupa sem comprometer o orçamento. O que nem todo mundo sabe é que dá para gastar ainda menos comprando roupas e acessórios na José Paulino, no Bom Retiro. Como? Em primeiro lugar, prestando atenção nas regras de descontos de cada ponto de venda, que variam. O importante é que, na maioria dos estabelecimentos, clientes que pechincham são bem recompensados. Na Mundo Lulu, de moda feminina, quem paga em dinheiro ganha 5% de desconto. No cartão de crédito, dá para dividir em até quatro vezes sem juros. Segundo a vendedora Paloma Ferreira, o local tem, permanentemente, uma ala de promoções na qual os preços são 50% mais baixos para o pagamento em dinheiro e 40% no cartão de débito. “Sempre dá para economizar”, explica.

Especializada em moda infantil, a DK Center oferece descontos progressivos e facilidades no pagamento conforme o valor da compra. De acordo com o gerente Cosme Raimundo de Queiroz, a partir de R$ 300 os abatimentos partem de 3% e podem chegar a 5% se a conta for paga em dinheiro. No cartão de crédito, acima de R$ 100 já dá para dividir em duas vezes, chegando a seis parcelas quando o total passar de R$ 1.000. “Também fazemos preço de atacado para quem comprar mais de 12 peças, mesmo sendo produtos variados”, afirma Queiroz. Para ele, o mais importante é “conversar com o cliente”.

Até no atacado Clientes de atacado, claro, também têm direito a muitos descontos. Voltada especificamente para esse público, a City Class, de moda festa, oferece uma nova promoção a cada mês. No último mês de fevereiro, por exemplo, os descontos nas peças de coleções anteriores foram de 40% no pagamento à vista e de 30% a prazo. “Nossos clientes estão permanentemente em contato, sabem das novidades”, afirma a gerente da loja, Giovana Correia. Seja qual for a quantidade de peças ou o estilo de roupa que deseja levar, não deixe de perguntar sobre as possibilidades de pagar menos.

Queiroz, da DK Center: descontos de até 5% se o pagamento for em dinheiro

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COMBO ROCK

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