BRASIL PRESBITERIANO nº 771 - FEVEREIRO 2019

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Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 59 nº 771 – Fevereiro de 2019

Especulação Teológica ou Ação Missionária

Um dos maiores desafios da igreja é sair do campo de discussão teológica para entrar no campo de ação missionária. Em texto especial, o Rev. Hernandes Dias Lopes aponta razões e verdades bíblicas para incentivar a igreja resgastar o seu poder para fazer a obra, não apenas discutí-la. Página 5

Projeto Missionário de Férias

Buscando fortalecer e estruturar o trabalho presbiteriano em uma comunidade, o "Projeto Missionário de Férias - Mãos à Obra" reúne jovens que durante as férias executam ações evangelísticas e sociais em diversas partes do Brasil. A edição de 2019 aconteceu em janeiro, na cidade de Pedregal/GO. Página 8

Campanha APMT 2019

Benefícios do Estudo da Teologia

Evangelização, ação social e educação

A fim de envolver a igreja local ainda mais na missão de fazer Cristo conhecido em todas as nações, a APMT lança campanha de oração com o tema "PARCERIA - Juntos na proclamação do evangelho", e investe também na divulgação do trabalho com distribuição de Kit Missionário para igrejas parceiras.

Investir no aprimoramento do saber teológico participando de cursos oferecidos pela IPB, pode se tornar uma das metas de sua igreja em 2019. Afinal, o estudo de teologia é importante porque aponta para a origem, produção e aplicação de todo o conhecimento.

Mesmo com forte resistência ao evangelho na cidade, a IP de Divinópolis (MG) realiza trabalhos de evangelização, ação social e missões. Investindo em educação cristã e discipulado, a igreja vem colhendo frutos e firmando parcerias de projetos com outras igrejas, como o Treinamento por Discipulado com IP Água Viva/SP.

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REFLEXÃO

Nova lei nos EUA chamada Direito de Experimentar, aponta para uma verdade essencial: a vida pertence somente a Deus e não ao Estado.

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EDITORIAL

Brasil Presbiteriano

Trevas palpáveis e o sol da justiça

A

s dez pragas enviadas por Deus contra o Egito por meio de Moisés foram punição contra um povo pagão e cruel. Os séculos de escravidão israelita não podiam passar em branco. Contudo, o significado maior das pragas não foi retribuição da injustiça cometida – por mais importante e divino que isso seja. O significado foi teológico em cada caso. Faraó alegou desconhecimento de Deus e se recusou obedecê-lo. Para o rei, deus era ele mesmo. É provável que o faraó do êxodo tenha sido Ramsés II, cujo nome significa "filho de Ra", o deus supremo do panteão egípcio, o deus sol. Na mitologia egípcia, o mundo foi desde o começo dos tempos governado pelo sol. O faraó era um semideus e representante de Ra.

No começo o deus sol governou junto com Nun, o deus das águas primitivas, mas havia diversas divindades. Ra então criou seres humanos, mas eles o enganaram e ele os destruiu. Poucos restaram e o deus sol continuou a brilhar. Ninguém era maior do que deus sol. A praga das trevas sinalizou que existe um poder verdadeiro e maior que o mítico Ra. Não se tratou de ilusão, cegueira momentânea ou delírio coletivo. Eram trevas palpáveis humilhando o deus sol. Nossos dias são de trevas densas, palpáveis. Resultam da impiedade reinante, mas cremos que procedem de Deus, porque, segundo a Escritura, ele pune a sociedade ímpia entregando-a “a uma disposição mental

reprovável, para praticarem coisas inconvenientes cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade, possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem” (Rm 1.28-32). Fica a impressão de que Paulo escreveu essas palavras com o século 21 em mente, mas o caso é que esse é o homem de todos os tempos. Por isso somos

rodeados por uma escuridão que se pode apalpar. Por isso também a luz produzida por essa cultura é impotente. Há arrogância, orgulho e prepotência nos pretensos iluminados. Os mesmos que “aprovam os que assim procedem” tratam sem piedade os que não se submetem ao deus das trevas que quer se fazer passar pelo sol. Segunda a Escritura, “(...) eis que vem o dia e arde como fornalha; todos os soberbos e todos os que cometem perversidade serão como o restolho; o dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas” (Ml 4.1-2).

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Rua Miguel Teles Júnior, 394 Cambuci, São Paulo – SP CEP: 01540-040 Telefone: (11) 3207-7099 E-mail: bp@ipb.org.br assinatura@cep.org.br

Órgão Oficial da

www.ipb.org.br Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e Publicações Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP) Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente) Domingos da Silva Dias (Vice-presidente) José Romeu da Silva (Secretário) Alexandre Henrique Moraes de Almeida Anízio Alves Borges Hermisten Maia Pereira da Costa Misael Batista do Nascimento Walcyr Gonçalves Conselho Editorial do BP Março 2018 a março 2020 Cláudio Marra (Presidente) Anízio Alves Borges Ciro Aimbiré Moraes Santos Clodoaldo Waldemar Furlan Hermisten Maia Pereira da Costa Jailto Lima do Nascimento Natsan Pinheiro Matias

EDITORA CULTURA CRISTÃ

Rua Miguel Teles Júnior, 394 – Cambuci 01540-040 – São Paulo – SP – Brasil Fone (11) 3207-7099 Fax (11) 3209-1255 www.editoraculturacrista.com.br cep@cep.org.br 0800-0141963 Superintendente Haveraldo Ferreira Vargas

AMAZO

Líderes de igrejas indígenas participa de curs m o plantado para igrejas res de ministrad em Man o aus pelos Revs . Alcedir Sentalin e Rona ldo Lidório, autor do livro Plan Igrejas tando da Edit ora Cultura Cristã.

Ano 58, nº 771 Fevereiro de 2019

livre exerc ício?

Editor Cláudio Antônio Batista Marra Editores Assistentes Eduardo Assis Gonçalves Márcia Barbutti de Lima Produtora Mariana P. Anjos Edição e textos Gabriela Cesário E-mail: bp@ipb.org.br Diagramação Aristides Neto

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Impressão


Brasil Presbiteriano

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TEOLOGIA E VIDA

Justificação pela graça mediante a fé Hermisten Costa

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doutrina da justificação pela graça mediante a fé é o fundamento da fé cristã e, consequentemente da nossa relação com Deus. É a “artéria da graça” (Abraham Kuyper) pela qual fluem os demais privilégios da vida cristã. O fundamento de nossa justificação não é a fé, mas, a justiça de Cristo que é imputada a nós pela fé. Diante da santidade e majestade de Deus, quem, em sã consciência, honesta e sensatamente ousaria se considerar justo? (Sl 130.3; 143.2/Jó 4.17-18). Davi, consciente disso roga o perdão de Deus (Sl 19.12). Ele recorre a Deus porque somente o Senhor pode perdoar nossas faltas. Como então, Deus pode nos considerar justos, sendo ele santo? Como pode o homem pecador tornarse justo aos seus olhos? Ele rebaixou o seu padrão legal? Com o perdão de Deus o nosso relacionamento com ele é restabelecido. O perdão divino, longe de minimizar o pecado e a sua gravidade, realça a sua misericórdia. A Escritura nos diz que todos pecaram (Rm 3.23). O perdão é um favor de Deus, uma prerrogativa sua, não algo a que temos direito por nossos merecimentos. “Deus (...) é rico

em perdoar” (Is 55.7/Sl 32.2; Dn 9.9). 1. Justo é o Senhor Deus é essencial, absoluta e perfeitamente justo em si mesmo e em todas as suas relações. O seu padrão é a justiça. O seu juízo é justo (Sl 45.7/Hb 1.8-9). Na justiça de Deus vemos estampada a sua glória. Portanto, voltamos à questão inicial: quem poderia se considerar justo por si mesmo diante de Deus? (Jó 15.14-16). A natureza santa de Deus é a lei a partir da qual todas as demais leis devem ser avaliadas. O padrão da justiça divina nos é revelado nas Escrituras. A retidão de Deus é consoante à sua justiça. A justiça é a manifestação do caráter essencialmente santo de Deus. Deus é justo em todos os seus atos, não se desviando de seu próprio padrão que é decorrente de sua santidade (Dt 32.4; Sl 145.17). 2. O justificador dos humanamente injustificáveis A doutrina da justificação não é uma fraude, como se Deus considerasse justo o que não é justo, fazendo vista grossa à condição humana de pecado e depravação. Contudo, a pergunta que persiste, é: se não somos justos, como Deus, então, nos declara justos? Nessa doutrina nos depara-

mos com o absoluto padrão de Deus e a realidade da aplicação de sua justiça. Após a morte, ressurreição e ascensão de Jesus, Pedro, no seu discurso diante dos judeus, demonstra que eles escolheram libertar um criminoso (Barrabás) em vez de Jesus, contra quem não havia acusação real passível de qualquer condenação judicial (At 3.14). Anos mais tarde, escreveria: “(...) Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos” (1Pe 3.18). As Escrituras nos ensinam que Cristo, a nossa justiça, é a própria justiça de Deus; e que o seu ministério consistiu em cumprir a obra que o Pai lhe confiara, em favor de todo o seu povo (Jo 17.4). A sua obra foi realizada retamente, em harmonia com o "Conselho da Trindade" (Ef 1.11). A santidade absoluta de Deus se revela na cruz, onde o seu amor e a sua justiça se evidenciam de forma eloquente e perfeita. A cruz enfatiza o Deus santo e majestoso, zeloso por sua glória. A cruz não fez Deus nos amar, antes, o seu amor por nós a produziu e se revelou ali. O pecado não tornou Deus misericordioso, santo ou justo. Ele é eternamente misericordioso, santo e justo. No entanto, o pecado possibilitou a Deus, por sua livre graça, revelar-se dessa forma para conosco. Na cruz vemos a

manifestação gloriosa dos atributos de Deus. A nossa dívida foi paga. Nada ficou pendente. Cristo satisfez completamente as santas e justas exigência do Pai. Tudo foi pago pela graça e com justiça. A Trindade nos justifica (At 13.39; Rm 8.30,33; 1Co 6.11). 3. Condenação que liberta A justiça de Deus não nos condena porque Deus mesmo nos revestiu com a justiça de Cristo. Não haveria para nenhum de nós salvação de nossos pecados sem a justificação. Da mesma forma, existe a justificação porque Jesus é a nossa justiça; é ele mesmo quem nos redime (1Co 1.30). Na cruz temos a reconciliação do santo com o pecador, do perfeitamente justo com o totalmente injusto, do infinito com o finito; do Deus eterno com o homem temporal. De acordo com as Escrituras, ou somos justificados por Cristo por meio da fé, ou estamos definitivamente condenados. A ilusão humana fruto do seu pecado é achar que não tem pecado ou que pode por seus próprios merecimentos apresentar-se diante de Deus. Na realidade, não há meiotermo; não há síntese entre nossas supostas obras e a fé em Cristo. Não há meiajustiça. Ou é tudo ou é nada. A justificação é totalmente

pela graça, mediante a fé; ou seja: por Jesus. Cristo é o único que cumpriu perfeitamente a justiça divina. Portanto, somente nele podemos e de fato somos declarados justos. A graça nos justifica na sua justiça. Desse modo, não é a fé que nos justifica, antes, é Deus quem nos justifica em Cristo nos comunicando essa bênção pela fé. Sem a graça não haveria fé. A fé é a boa obra do Espírito Santo em nós. A fé em Cristo é o esvaziamento de toda confiança em nossa capacidade e merecimento. A eficácia da fé não está em sua suposta perfeição – aliás, nossa fé sempre é limitada e imperfeita –, mas, no seu repouso humilde e total na justiça perfeita de Cristo. Não existe justificação sem a pessoa e obra de Cristo. Ele cumpriu a Lei. Ele é a nossa justiça (1Co 1.30). O Espírito aplica em nós a justiça de Cristo; por isso, somos declarados justos diante de Deus (Rm 3.4,24; 4.25; Tt 3.6-7/1Co 6.11). Desde modo, vemos que Deus eternamente decretou nos justificar. Contudo, ele o faz no tempo, também por graça, por meio da fé. Justificados pela Trindade em Cristo, temos paz com Deus (Rm 5.1). O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe de pastores da 1ª IP São Bernardo do Campo, São Paulo, SP, ensina teologia no JMC, é membro do CECEP e do Conselho Editorial do Brasil Presbiteriano


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TEOLOGIA

Os benefícios do estudo teológico Dario Cardoso

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á uma variedade incontável de saberes e de conhecimentos diante de nós. Anualmente milhares de cursos e classes são abertos nos mais diferentes níveis e áreas de conhecimento. Eles se oferecem à nossa escolha para responder às nossas necessidades, curiosidades e capacidades. Se acrescentarmos livros, publicações e palestras, vemos que há uma quantidade inimaginável de oportunidades de aprendizado. Nesse imenso quadro, por que dedicarse ao estudo da teologia? Trata-se apenas de mais um entre os muitos conhecimentos disponíveis? Num passado distante, a teologia era reconhecida como a mãe ou rainha de todas as ciências. A secularização do conhecimento no período Moderno colocou de lado

essa proposição que, ainda que possa abrigar distorsões, considero verdadeira. Quero, portanto, demonstrar o valor da teologia cristã para o conhecimento e, assim, convidá-lo, qualquer que seja sua área de atuação, ao estudo teológico. O estudo de teologia é importante porque aponta para a origem de todo o conhecimento. Todas as coisas foram criadas pelo poder e sabedoria de Deus. Isso faz com que, quando somos instruídos no conhecimento do criador, seus atributos e seus valores, nosso conhecimento e saber se torne mais consistente e completo pois tudo o que existe reflete o Deus que os criou. Poucos sabem, mas foi esse pensamento que deu grande impulso ao desenvolvimento da ciência nos séculos 17 e 18 que são as bases da ciência moderna.

O estudo da teologia é também importante porque orienta a produção do conhecimento. A teologia também nos informa sobre nossa capacidade de produzir e absorver o conhecimento. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus e recebemos dele a incumbência de conhecer a administrar a terra. O estudo teológico nos ajuda a compreender a natureza da missão científica e nos prepara para a identificação dos meios disponíveis para o aprendizado. Estudar teologia também nos orientará sobre a aplicação do conhecimento. O saber é uma poderosa ferramenta, ele nos habilita para o trabalho e para inúmeras realizações. Mas também pode se tornar uma arma destruidora. O preparo espiritual e moral habilita o homem para a realização de obras boas e valiosas para si

mesmo e para a sociedade que o cerca. Quem estuda teologia não apenas aprende a saber, mas aprende o que fazer com o que sabe. Paulo afirmou que o saber ensoberbece, mas o amor edifica (1Co 8.1). Por fim, o estudo da teologia revela a finalidade de todo o conhecimento. Por meio dele, conhecemos a Deus e sua glória. Quando somos teologicamente orientados percebemos a perfeição de suas obras, todos os recursos que ele colocou no mundo para o nosso bem e a nossa alegria. Apoiado pela teologia, o conhecimento deixa de ser um fim em si mesmo e passa a ser um meio de aperfeiçoamento e satisfação e chega à sua finalidade que é a adoração e o louvor a Deus, o criador de todas as coisas. Por essas e outras razões estudar teologia é essen-

MEMÓRIA

BP ano 2

A

tento ao que acontece não apenas no meio presbiteriano, como também no mundo, o jornal Brasil Presbiteriano traz, desde os seus primórdios, reflexões sobre fé e cultura contemporânea. Seja com indicações de livros, como Calvino e a Cultura, e de filmes que se mostram pertinentes

para reflexões acerca da atualidade e valores éticos cristãos. O mês de fevereiro e, em alguns anos, o de março são marcados pelo feriado do Carnaval, tradição forte no país e com reconhecimento mundial. Na edição de fevereiro de 1959 de nosso jornal, foi publicado um texto reflexivo acerca

da festa que movimenta a economia do país, mas que também gera destruição – física e emocional. Nessa época, festas e mais festas acontecem pelo Brasil, assim como inúmeras ações evangelísticas e acampamentos para nossos jovens e adolescentes. Oremos pelos líderes que se preparam para falar

da graça de Deus para os jovens acampantes e para os foliões. Que Deus os abençoe e usem na obra. Nas próximas edições do BP você poderá conferir por meio de fotos e relatos como Deus agiu em alguns encontros realizados pela mocidade presbiteriana durante o carnaval.

cial para todos os homens. De uma forma ou de outra todos somos teólogos. Através do estudo teológico preparamos corretamente a nossa mente e o nosso coração para pesquisar, aprender e realizar. Deus é o começo, o meio e o fim de todas as coisas. Ele é imenso e infinito. Por isso, os saberes e conhecimentos são tão diversos e tão ricos. Estude teologia e toda a riqueza do conhecimento e da sabedoria se manifestarão diante dos seus olhos. O Dr. Dario de Araujo Cardoso é Professor Assistente de Teologia Pastoral no Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper.


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GOTAS DE ESPERANÇA

Especulação teológica ou ação missionária Hernandes Dias Lopes

É

mais fácil discutir teologia do que fazer a obra de Deus. Essa foi a tendência dos fariseus que estavam sempre interessados nas discussões, agarrados às tradições dos anciãos, e faziam disso um fim em si mesmo, em vez de fazerem a obra de Deus ou, no mínimo, deixar que a obra fosse feita. Essa mesma tendência era vista nos discípulos. Ao verem um homem cego de nascença, aproveitaram o ensejo para entrar num território fértil de discussão das causas dessa enfermidade. Queriam discutir opiniões. Queriam debater as causas daquela tragédia pessoal. Jesus, porém, não alimentou esse viés hermenêutico nem nos seus opositores fariseus nem mesmo nos seus discípulos. Ao contrário, mostrou que a obra de Deus é para ser feita e não discutida. O sofrimento alheio não é para ser especulado e sim aliviado. Mesmo depois que Jesus ressuscitou dentre os mortos, os discípulos, alimentando ainda expectativas messiânicas políticas, perguntaram a Jesus se seria no cumprimento da promessa do Pai, com o derramamento do Espírito, que ele restauraria o reino a Israel. Nutriam o desejo de serem os homens de vanguarda nesse reino e de fazer de Jerusalém a sua

capital. Jesus, porém, põe o machado da verdade na raiz dessa aspiração equivocada, mostrando-lhes que não lhes competia saber tempos ou épocas, que o Pai havia reservado para sua exclusiva autoridade. Antes, eles receberiam poder, ao descer sobre eles o Espírito Santo,

Escrituras é atacada. Mas, a igreja viver o tempo todo discutindo e rediscutindo os mesmos assuntos, deixando de lado a agenda da proclamação do evangelho é uma perda de foco. Precisamos estar atentos para não sermos arrastados para essa agenda da especulação.

que havia cento e quarenta e dois anos estava debaixo de escombros. Seus opositores tentaram de diversos modos e em diversas circunstâncias paralisar a obra, mas Neemias, com os olhos fixos no alvo, respondeu: “Estou fazendo uma grande obra e não

a fim de se fixarem naquilo que era sua responsabilidade, ou seja, ser testemunhas de Jesus até aos confins da terra. A igreja recebe poder para fazer a obra e não para discutir a obra. A igreja recebe poder para sair da especulação teológica para o campo da ação missionária. É óbvio que há espaço para a apologética cristã. A defesa da fé é fundamental quando a integridade das

Quando Davi estava na eminência de enfrentar o gigante Golias, seu irmão Eliabe quis desviá-lo do foco, fazendo-lhe pesadas críticas. Ao perceber sua intenção, Davi deixou-o de lado e concentrou-se no seu alvo, ou seja, vencer o gigante. Mais tarde, Neemias, impelido pelo senso de dever e amor ao seu povo, colocou-se nas mãos de Deus para restaurar a cidade de Jerusalém,

posso descer”. Neemias não estava disposto a parar a obra para discutir a obra. Quando os discípulos de Jesus, no sopé do monte da transfiguração, foram procurados por um pai aflito, rogando-lhes que curasse seu filho lunático, eles não puderam. Estavam desprovidos de poder. Em vez de orar e jejuar, de exercer fé e libertar o jovem endemoninhado pelo poder de Deus, estavam discutindo com

os escribas. Desprovidos de poder, haviam perdido o foco. Em vez de fazer a obra, estavam discutindo a obra. O grande pregador Charles Haddon Spurgeon, disse que o evangelho não é tanto para ser discutido, mas, sobretudo, para ser proclamado. O evangelho é como um leão. Um leão não precisa de defesa, basta soltá-lo. Hoje, nos esmeramos mais em discutir o evangelho do que em pregar o evangelho. Gastamos mais tempo com discussões, algumas empolgantes, outras até mesmo fúteis, do que proclamando o evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Erguemos os estandartes de nossas opiniões com zelo incomum, ao mesmo tempo que calamos nossa voz, covardemente, deixando de anunciar aos perdidos o evangelho. Atravessamos mares para fazer um discípulo de nossas ideias, mas não cruzamos a rua para anunciar Cristo aos nossos vizinhos. Que Deus nos dê discernimento e nos leve ao Cristianismo puro e simples, a fim de que a ação missionária da igreja não seja sepultada debaixo de nossas tradições religiosas nem retardada pelas nossas especulações teológicas. O Rev. Hernandes Dias Lopes é o Diretor Executivo de Luz para o Caminho e colunista regular do Brasil Presbiteriano.


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ORAÇÃO

41 anos ininterruptos de reunião de oração Isaías Nascimento

N

o dia 20 de novembro de 2018, a IP de Vila Nilo, no bairro Jaçanã, zona norte da capital paulista, cultuou a Deus em gratidão por 41 anos de existência da reunião de oração da igreja, que ocorre todas as terças-feiras, às 15 horas. Essa reunião teve início em 1977, quando ainda era um ponto de pregação da IP do Centenário, igreja mãe que se tornou responsável pelo trabalho após a inauguração como congregação presbiteral, em 1975. O líder do trabalho era o presbítero Francisco Mendonça e foi a ele que a irmã Guiomar de Paula Ramos Carlos Ferreira pediu autorização para iniciar as reuniões de oração nas tardes de terça. Essa reunião nasceu no coração da irmã assim que ela chegou a São Paulo. Paraibana da cidade de Monteiro, Dona Guiomar frequentava reunião semelhante em sua cidade natal, também às terças. Desde então, são aproximadamente 2132 terçasfeiras ininterruptas em que a irmã Guiomar ainda lidera esse momento, no auge de seus 92 anos. Nunca houve uma terça-feira sem que Deus fosse clamado pelas irmãs da SAF. Numa ocasião, a igreja não pode ser aberta e as irmãs oraram ao Senhor na porta, do lado de fora, sob a copa de uma árvore. Os frutos dessa

Presentes no culto especial

reunião são incontáveis, destacando-se a conversão de irmãs que também trouxeram seus filhos e hoje veem seus netos congre-

Irmã Guiomar Ferreira

gando juntos; aquisição de um terreno para construção do atual templo; aquisição de um segundo terreno onde hoje funciona o

estacionamento da igreja e, se Deus permitir, abrigará o novo e maior templo; pastoreio de homens firmes na palavra de Deus,

com o privilégio de dois deles estarem jubilados; ter visto duas igrejas filhas se organizarem e uma terceira no mesmo caminho; dois filhos da igreja se tornando pastores. Dona Guiomar relembra o nome das irmãs que estiveram com ela no início, algumas já no céu com nosso Deus Pai: Albertina, Glorinha, Romilda, Tereza, Iraildes, Ritinha, Joana, Brasilina, dentre outras. Pregou no culto de gratidão o Rev. Daniel Barbosa Henriques, filho da igreja que foi e ainda é motivo de oração das irmãs. Ele expôs Provérbios 18.10-11, encorajando a igreja a continuar confiando suas orações ao nosso Deus, pois “torre forte é o nome do Senhor”. O Rev. Daniel foi agraciado com um acróstico oferecido pela irmã Guiomar. Após a pregação houve um momento em que vários irmãos puderam testemunhar o quanto suas vidas foram impactadas pela presença ao longo dos anos nessa reunião de oração. “Hoje oramos para que as novas gerações da IP de Vila Nilo não deixem de orar e caminhem de joelhos até o dia em que Jesus virá buscá-las”, diz Dona Guiomar. “(...) tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mt 21.22). Isaías Nascimento é membro da IP de Vila Nilo e fruto das reuniões de oração.


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EDUCAÇÃO

ABME celebra a formatura de mais uma turma de jornalismo C

om 43 formandos, a Associação Brasileira de Mídias Evangélicas (ABME) realizou em 17 de dezembro a Cerimônia de Formatura do Curso de Jornalismo Empresarial, que oferece aos profissionais de comunicação que desejam obter uma maior especialização. Realizado em parceria com a Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio (que tem a nota máxima da avaliação do MEC), o Curso de Jornalismo Empresarial faz parte dos cursos que a ABME disponibiliza para os seus associados e interessados em investir no seu aperfeiçoamento profissional. A celebração ocorreu na CA celebração ocorreu na Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro e contou

com a presença do jornalista Carlos Bianchini como mestre de cerimônia. Também compareceram diversas autoridades eclesiásticas, civis, militares e familiares e convidados dos formandos. A cerimônia contou com as participações do Vice -presidente da ABME, Rev. Gilton Medeiros, que apresentou as atividades e serviços que a Associação empreende em favor dos seus filiados; do Diretor Geral da Faculdade Mackenzie Rio, Rev. Dr. Wladymir Soares de Brito, que ressaltou a importância da parceria com a ABME, os desdobramentos positivos para a comunicação eficaz nos ministérios e, ainda, emocionou a todos ao relembrar as lutas dos pioneiros da obra educacional presbiteriana no

Nave da Catedral com formandos e convidados

Brasil, ao destacar a história de fundação do Instituto Mackenzie, há mais de 140 anos, em São Paulo. Em seguida o representante da turma, Rev. Ângelo Machado Leonardo, registrou sua gratidão pela conquista e destacou a relevância do curso e o empenho de todos para a sua conclusão. Também participaram da

cerimônia os músicos João Sena e Leonardo Silone, e o jornalista Orli Rodrigues, presidente da ABME. Encerrando a programação o paraninfo Pr. Paulo Ricardo Ferreira, do Ministério de Madureira – Igreja Assembleia de Deus, ressaltou a responsabilidade dos novos profissionais e o potencial da obra a ser realiza-

da na dependência de Deus. A celebração contou com o apoio institucional da Clínica Leve Saúde, empresa conceituada no seguimento de atendimento popular na área de saúde, com unidades nos bairros da Tijuca e Campo Grande, na cidade do Rio de Janeiro. Com a missão de fortalecer os veículos e profissionais de comunicação do segmento evangélico, a ABME tem como objetivos estimular o convívio fraterno e a troca de experiência entre os associados; promover a qualificação dos veículos associados e seus dirigentes e estabelecer estratégias para a captação de recursos. Acesse o site da associação (www.abme.com. br) para maiores informações de cursos e da ABME.

Release ABME

MISSÕES

Instituto Bíblico Rev. Felipe Landes prepara líderes indígenas na Missão Caiuá Lenis Lang

E

m funcionamento desde 1980, o Instituto Bíblico Rev. Felipe Landes (IBFL), que prepara evangelistas indígenas para trabalharem como missionários em suas aldeias, já formou mais de 100 alunos. Com duração de 3 anos, a preparação dos futuros líderes inclui auxílio na Capelania do Hospital Porta da

Esperanças, pregações nas congregações da Missão Caiuá, aprendizados básicos de primeiros socorros, plantação, carpintaria e culinária. O corpo docente do Instituto Bíblico Rev. Felipe Landes é composto pelos professores Dercy de Lima (Missão), Lenis Lang de O. Lima (Missão), Sérgio R. Gomes (Missão), Fábio Ribas W. Dantas (Missão), Lucila Ribas (Missão),

Cassiano de Souza Ribeiro (Missão/Enfermeiro), Kássia Vera (Missão), Antônio João Palhano (Presidente da Missão UNIDA), Simei Ratier Mariano (IP de Itaporã), Rev. Ildemar Berbet (IP de Dourados), Wanderson (IP de Dourados), todos em atividade desde 2015 no instituto. Hoje, com seis alunos, o curso “Presbíteros e Diáconos – Servos” está sendo

ministrado em várias aldeias da Missão por Fábio Ribas. Futuramente, o curso que já foi ministrado em Dourados e Amambaí também será dando em Campo Grande e Ipegue em Aquidauana, para os terenas. Já o curso avançado de “Teologia, Cultura e Direitos Humanos” aconteceu durante as últimas férias com as etnias Kaiwá, Guarani, Terena, Machineri,

Ofayé e Kadwéu. O curso terá duração de dois anos, dividido em etapas ministradas durantes as férias. Precisamos de suas orações e contribuições, para que tudo seja realizado somente para a glória de Deus com a proclamação do evangelho, poder de Deus para a transformação do homem perdido. Lenis Lang de Oliveira Lima é diretora do IBFL


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JUVENTUDE MISSIONÁRIA

Projeto Missionário de Férias – Mãos à Obra Hilquias de Oliveira

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Projeto Missionário de Férias (PMF) – Mãos à Obra ocorre no período de férias de cada ano, preferencialmente em janeiro, respeitando o rodízio de regiões do Brasil, podendo também ser realizado em outros países, de acordo com propostas, decisões de CEs e planejamentos realizados nas CEs. Esse ano aconteceu nos dias 21 a 26 de janeiro de 2019, na cidade de Pedregal/GO. O PMF se desenvolve com o principal objetivo de fortalecer e estruturar o trabalho presbiteriano em uma comunidade, podendo ser executado em uma congregação, campo missionário ou igreja local. Durante essa semana os missionários voluntários viajam para a cidade de realização do trabalho evangelístico, na qual serão realizadas as atividades em parceria com a igreja local. Durante os dois primeiros dias aconteceram treinamentos com os temas evangelização, condutas e posturas, ação social e outros. Nesse período também foram organizados os locais e estruturas para a realização dos trabalhos durante a semana. Nos demais dias da semana foi executado o trabalho evangelístico, a saber: Escola Bíblica de Férias: Evangelização edu-

cativa destinada a crianças, adolescentes e adultos (pais que permanecem no local no período das atividades infanto-juvenis), onde é trabalhado o Livro sem Palavras. Evangelização Pessoal: Realizado em grupos de três e quatro voluntários que recebem uma área geográfica para visitar as famílias da região anunciando as boas novas de Jesus;

Equipe participante do projeto

Evangelização em Asilos, Orfanatos, Presídios, Comunidades Isoladas e locais em que se encontram pessoas em situação de vulnerabilidade social; Ação Social Evangelística: Foram realizados corte de cabelo, chapinha, pintura de unha, design de sobrancelhas, rejuvenescimento facial, verificação de pressão e glicemia, orientações nutricionais e de saúde,

palestras na área de saúde da mulher, homem e adolescentes, apoio jurídico, aplicação de flúor, oficinas e um bazar, tudo de acordo com as possibilidades do local e dos participantes. Durante a execução dessas atividades foram realizadas devocionais e os voluntários, sempre em momento oportuno, reforçaram as verdades do evangelho apresentadas na

devocional. Culto Evangelístico: Realizado em praças públicas no período noturno e contou com o apoio de todos os voluntários. A pregação foi evangelística, bem como as músicas cantadas e ao final solicitou-se que aqueles que querem ser acompanhados, pelo pastor/ evangelista local, preenchessem uma ficha, com o auxílio dos jovens voluntários, com informações pessoais que foram repassadas à liderança local. O PMF também tem como objetivo que os participantes repliquem o projeto em suas respectivas regiões. Visamos o envolvimento dos jovens presbiterianos com trabalhos de evangelização e missões, servindo de escola para os voluntários que pretendem aprender mais sobre a prática de atividades missionais, não excluindo o envolvimento deles em outras áreas da vida missionária, mas agregando mais uma atividade a essa importantíssima agenda. Esse ano a Região Centro -Oeste recebeu o PMF na cidade do Pedregal/GO e na próxima edição do Brasil Presbiteriano enviaremos mais informações e imagens do trabalho. “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). O Presb. Hilquias Rosa de Oliveira é Secretário Nacional de Evangelismo e Missões


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CELEBRAÇÕES

Dia da Bíblia é comemorado com eventos especiais pelo Brasil Data comemorada no segundo domingo de dezembro teve como tema “Bíblia Sagrada: o livro da esperança”.

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ma série de eventos em diversas cidades brasileiras marcou as comemorações pelo Dia da Bíblia 2018 (2º domingo de dezembro), uma iniciativa da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) tendo como tema “Bíblia Sagrada: o livro da esperança”. Entre os eventos programados, aconteceu a Semana da Bíblia, de

Porto Alegre, que contou com o apoio da Prefeitura Municipal. Organizada pelo Conselho de Líderes de diferentes denominações da capital gaúcha, a Semana da Bíblia aconteceu entre os dias 3 a 9 de dezembro, no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico da cidade. Em Olinda (PE), ocorreu uma maratona de leitura ininterrupta da Bíblia, de

10 a 15 de dezembro, na Praça da Bíblia. Palestras e exposições sobre o Livro Sagrado aconteceram também nas cidades de Paulista e Olinda, no dia 9 de dezembro. Entre os eventos programados para o dia 9 de dezembro, tiveram destaque no Rio de Janeiro a apresentação da História de Mary Jones e a distribuição de Planos de Leitura, na Igreja Metodista do Jardim Botânico; e a Passeata e concentração evangelística “Jesus alcança o Borel”, organizada pelas

Igrejas locais e JOCUM, que aconteceu na Estrada da Independência. Houve ainda ações de evangelização e distribuição de Bíblia Sagrada em Campo Grande, Praça Seca, Irajá e Nova Iguaçu, e no bairro de Copacabana, além de cultos alusivos ao Dia da Bíblia em diversas igrejas da capital e de outras cidades fluminenses. Em Belo Horizonte (MG), o Dia da Bíblia foi homenageado com o evento Correndo pela Bíblia, além de diversos cultos. Na cidade de Corum-

bá (MS), o destaque foi o Culto de Celebração e inauguração do Monumento da Bíblia. Cultos e celebrações especiais aconteceram também nas cidades paulistas de Itu, Diadema, Rio Grande da Serra e na capital. Em Sorocaba, no dia 10 de dezembro, aconteceu ainda a Sessão Solene pelo Dia da Bíblia. Acesse o site do Dia da Bíblia (www.sbb.org. br/eventos/diadabiblia) e conheça a história desta comemoração.

algum pecado (1Co 8.7), como se fosse bússola de brinquedo que gira a toa. Entretanto, temos de lembrar que nossa consciência não é uma coisa mecânica. Ela é viva, como um órgão no corpo. Por isso pode ficar contaminada (1Co 8.7). Inicialmente, ela não fica doente, mas seu sistema de imunidade não está funcionando bem. A consciência piora e logo mais adoece. Ou, quem sabe, em algum caso, a consciência já não funciona mais porque já está morta, seus nervos cauterizados como

aquela parte da pele de vaca marcada com ferro e fogo (1Tm 4.2). Mas que bênção quando a consciência volta a funcionar! Aí podemos cantar com Maurício de Nassau:

Release SBB

MEDITAÇÕES

Consciência (1) – doente “(...) o intuito da presente admoestação visa o amor que procede de coração puro e de consciência boa e de fé sem hipocrisia” (1Tm 1.5).

Frans Leonard Schalkwijk

O

apóstolo Paulo falou muitas vezes sobre a consciência. Mas ele nunca disse que é a voz de Deus, pois o último juiz não é nossa consciência, mas sim Deus (1Co 4.4). Melhor dizer que ela é como um eco da voz de Deus. Nas montanhas, às

vezes, há um eco forte; o som do grito volta, mas somente quando quem grita estiver no lugar certo. Se ele se afastar daquele lugar, o eco diminui e finalmente morre. Todos nós, como filhos de Adão e Eva, nascemos longe do Senhor, mas o eco da voz dEle ainda ressoa nas suas criaturas, na sua “consci-

ência” (saber com, isto é, ciente da vontade de Deus; Rm 2.15). Uma comparação antiga é a bússola. Como ela sempre aponta para o Norte, assim a consciência deve apontar para o polo norte da nossa vida. Mas pode haver uma variação para mais ou para menos, de maneira que as bússolas dos navios precisam ainda ser calibradas com barras de ferro para renovar seu certificado. Calibragem necessária! Às vezes a consciência é tão fraca que nunca acusa

Consciência, à confissão, dos erros multidão: sou grande pecador. Levanta, adoração: ganhei pleno perdão por seu maior amor!

De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.


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IGREJA EM AÇÃO

Evangelização, ação social e educação em Divin “O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez.” Salmos 78.3-4 José Roberto de Oliveira

O

rganizada em 27 de maio de 1957, a IP de Divinópolis nasceu da visão missionária da Primeira IP de Belo Horizonte na década de 1940. O primeiro templo foi construído em 1945 e ficava situado a Rua Goiás; então um lugar ermo sem muita importância.

deram passos importantes para isso. Após um período de um ano de revitalização com treinamento de líderes, capacitação de obreiros, reabertura da Congregação do Bairro Serra Verde e um longo processo de discipulado, a Igreja finalmente estava pronta para alçar voos mais altos. Era hora de mudar a sua história.

culto de lançamento da pedra fundamental que contou com a presença do Coral e representantes do Conselho da Primeira IP de Belo Horizonte, bem como de autoridades eclesiásticas e civis de Divinópolis. No dia 25.08.2003, nos reunimos no galpão provisório em um culto de agradecimento e de

A família pastoral

Veio a organização, mas também vieram lutas e dificuldades. Embora sua área tivesse se tornado o centro da cidade, a igreja nunca teve condições de reformar ou ampliar suas dependências. Em 2000, com a chegada do Rev. José Roberto de Oliveira, Deus permitiu que a igreja começasse a experimentar um novo tempo. O pastor e o Conselho

O bonito e bem localizado templo atual

Em maio de 2002, a assembleia resolveu vender o imóvel de 426 m2 e comprar um terreno de 1.200 m2 numa região residencial de melhor localização, hoje, bairro nobre da cidade. A ideia era uma construção que atendesse às expectativas e necessidades da igreja e de uma escola. No dia 27 de novembro de 2002, foi realizado o

Antigo templo - 1945 a 2002

despedida. Seguimos em marcha pelas ruas cantando louvores a Deus e, finalmente, chegamos em nossa nova casa, o novo templo. Havia muito o que fazer ainda, mas no dia 30.05.2004 inauguramos o novo templo com celebração e louvor a Deus. O próximo passo foi or-

ganizar um educandário confessional. Em dezembro de 2005, organizamos uma assembleia e elegemos o Conselho Deliberativo. Esse Conselho criou o CEIP – Centro Educacional Infantil Presbiteriano. Começamos as atividades no dia 06.02.2006, com 06 alunos e 05 professoras. Para glória de Deus, terminamos aquele ano com 26 alunos. A escola foi crescendo a ponto de ganhar outra forma e estrutura. Agora, somos o Colégio Presbiteriano de Divinópolis que atende crianças do Maternal ao Ensino Fundamental II. Nossa capacidade é de 180 alunos. Temos uma média anual de 120 alunos e crescendo. Somos a única escola de Confissão de Fé Reformada num raio de mais de 150 km.


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SEMINÁRIOS DA IPB

nópolis

SPBC forma mais 18 bacharéis em teologia

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o dia 1 de dezembro, às 19h30, na Primeira IP de Goiânia, o Seminário Presbiteriano Brasil Central, cumpriu mais uma das etapas finais na formação de teólogos e futuros pastores. Desde 1987, são 31 anos desempenhando esse papel, com a certeza de que cumpre, com zelo e fidelidade, a sua missão de preparar pastores segundo o coração de Deus. Na formatura da turma de 2018, que levou o nome do Prof. Rev. Marcos Campos Botelho, 18 formandos receberam o grau de Bacharel em Teologia, um dos passos necessários para se tornarem pastores da IPB. Alguns deles assumirão igrejas em nosso país, outros poderão seguir para campos missionários transculturais. No fim das contas, o SPBC

Alunos da Escola Confessional

está convicto de que seus alunos estão preparados para assumirem os campos e suas diversidades culturais, econômicas e espirituais, sejam elas quais forem e para onde Deus os chamar. Antes da solenidade formal da colação de grau, o culto conduzido pelo capelão do SPBC, Rev. Rubens Cirqueira, contou com a participação musical do coral jovem da IP União (Goiânia). O pregador, na ocasião, foi o Rev. Samuel Vieira, professor da casa e pastor da IP Pioneira em Anápolis. Encerrando a solenidade, o Rev. Saulo Pereira de Carvalho, diretor do seminário, trouxe recomendações específicas aos alunos, quanto aos desafios do pastoreio e ensino da igreja local, bem como agradeceu a participação de todos os presentes.

Divertido aprendizado

A IP de Divinópolis, tem parceria missionária com irmãos em Guiné Bissau. Investe muito na área de educação cristã, evangelização e missões. Também tem um forte trabalho na área de Treinamento por Discipulado – um ministério que nasceu através de uma parceria com a IP Água Viva/SP. A Igreja está em franco desenvolvimento e crescimento, mesmo com a forte resistência ao evangelho na cidade. Quando aqui chegamos, em janeiro de 2000, não imaginávamos o quanto Deus mudaria para sempre a nossa vida. Amamos a cidade e a igreja. Nosso desejo é continuar submissos à

vontade de Deus. Queremos continuar crescendo como Igreja. Abrir novos campos em nossa cidade. Quanto ao Colégio Presbiteriano, estamos orando e aguardando no Senhor por uma oportunidade de expandirmos nossos horizontes através de uma parceria financeira para que o Colégio cresça e se tornar uma referência na região Centro-Oeste de Minas. Que o Eterno continue sendo exaltado e glorificado através desses maravilhosos ministérios.

Os formandos de 2018 do SPBC

Soli Deo Gloria! O Rev. José Roberto de Oliveira é o pastor da IP de Divinópolis

Diretor concede a formando o grau de Bacharel


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DEVOCIONAIS DIÁRIAS

Como ler a Bíblia neste ano Jaime Marcelino

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ez por outra nos deparamos com alguns métodos que buscam nos auxiliar na leitura de toda a Bíblia, em um ano. Ora, em que pese o benefício de lermos a Bíblia toda, não são poucos os que começam bem e logo abandonam seu bom propósito. Há, pois, algumas dicas que possam nos ajudar nessa importante tarefa? Como a vida é muito corrida e cheia de distrações, precisamos combater tudo que seja prejudicial à prática da piedade. Então, comecemos com a conscientização de que a Bíblia é o alimento imprescindível para a nossa alma. Então, quer estejamos dispostos ou indispostos, saibamos e vivamos conscientes do que disse Jesus: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mt 4.4). Desse modo, atentemos para algumas poucas dicas a seguir: 1. O tempo mais adequado. Quem dera que todos pudessem começar o dia se enchendo da Palavra do Senhor. No entanto, é importante encontrar a melhor ocasião de ficarmos à sós para o nosso período devocional diário – seja de manhã, ou à tarde, ou no final do dia. 2. A oração por nosso

momento devocional. Sabendo que nada poderemos fazer sem o Senhor, convém orar antes de tudo. Sim, oremos pela graça de um período de meditação bíblica. 3. A leitura da Bíblia. Caso você não tenha tomado para si o propósito de ler a Bíblia inteira em um ano, simplesmente comece a ler a Bíblia! E, preferen-

lido e relido, nossa mente acabará sendo envolvida pela Palavra, e nos acharemos no estágio chamado de meditação, conforme disse o apóstolo Paulo: "Pondera [pense sobre] o que acabo de dizer, porque o Senhor te dará compreensão [entendimento] em todas as coisas" (2Tm 2.7). E é na meditação da Palavra que somos prepa-

seremos tidos por sábios. 6. O oportuno compartilhar o que meditamos. Como faz bem, ao que medita na Bíblia, compartilhar seu aprendizado com outras pessoas. Apreendese mais, e estimula a outros a confiarem em Deus, que nos deu salvação por intermédio de seu Filho Jesus. 7. Gratidão por tudo que foi realizado. Nisso

Bíblia? Simplesmente lembremos: a Bíblia é o meu vital alimento. "Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore

rados para uma vida frutífera (Sl 1; Js 1.8). 5. A aplicação do que lemos. Uma pergunta muito importante diante do que lemos e meditamos é: o que esse texto tem a ver comigo? Como devo agir tendo tal conhecimento bíblico? Ora, tais perguntas são próprias de quem quer viver segundo o ensino da Escritura. E vivendo assim

está o propósito de tudo – louvarmos a Deus por ter nos ensinado algo mais, pelo estudo da sua Palavra. Então, nos acharemos experimentando da "alegria indizível e cheia de glória" (1Pe 1.8). Simples! Muito simples tudo isso. Certo? Mas, o que fazer se daqui a poucos dias, me vier o desânimo e eu me achar sem ler mais a

plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido" (Sl 1.1-3). Que Jesus nos ajude a cada dia e até ao fim, na leitura e meditação da sua Palavra! Amém!

“Como a vida é muito corrida e cheia de distrações, precisamos combater tudo que seja prejudicial à prática da piedade. Então, comecemos com a conscientização de que a Bíblia é o alimento imprescindível para a nossa alma”.

cialmente, faça uma leitura sequenciada – livro por livro ou capítulo por capítulo, etc. O mais importante, porém, é que você comece a ler sua Bíblia, e que o faça a cada dia do ano, no Senhor. 4. A meditação do texto lido. A leitura bíblica é fundamental. Afinal, sem ela não nos será possível meditar. Porém, com o texto

O Rev. Jaime Marcelino é pastor da IP Cidade Nova, Manaus, AM


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APMT

PARCERIA – Juntos na proclamação do evangelho Marcos Agripino

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cada ano, a Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) tem buscado despertar ainda mais as igrejas presbiterianas quanto à necessidade da obra missionária transcultural no Brasil e no mundo. Em janeiro, enviamos às igrejas cadastradas junto a APMT um Kit Missionário de divulgação contendo quadro com a foto de todos os missionários, uma edição da nossa Revista Alcance, um calendário de planejamento, calendário de mesa e uma campanha anual de oração por missões a fim de envolver a igreja local ainda mais nessa grande mis-

são de fazer Cristo conhecido em todas as nações. O tema dessa Campanha de Oração referente a 2019 é: “PARCERIA – juntos na proclamação do evangelho”, com Filipenses 4.15b como versículo-base para o tema: “(...) nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros”. O apóstolo Paulo apresenta aos filipenses o que de fato é o modelo bíblico de relacionamento entre o missionário de carreira – que passou boa parte de sua vida proclamando do evangelho – e a igreja local. Ele nos ensina que não estava isolado do mundo, mas que a igreja de Filipos esta-

CONHEÇA A APMT Nossa função é equipar as igrejas locais com ferramentas de mobilização missionária. Entre em contato conosco e solicite esses materiais. A divulgação é uma maneira de envolver sua igreja com o que Deus tem feito no mundo por meio da APMT/IPB. Há materiais gratuitos para as igrejas e pessoas cadastradas Contato: apmt@apmt.org.br Fone: (11) 3207-2139 / 3341-8339 www.apmt.org.br anuncio_BP_MW_anuncio_MW_BP 10/18/18 11:15 PM Page 1

TERÇA

12h

va com ele, laborando igualmente para que os gentios ouvissem a boa nova do evangelho. A escolha do verbo “associar” traduz perfeitamente essa dinâmica de relacionamento. Ambos – ele e a igreja – eram associados a fim de que o mundo não convertido tivesse a oportunidade de ouvir que Deus se fez homem, habitou entre nós e deu a sua vida em resgate de muitos. Os missionários da APMT têm o privilégio de vivenciar semelhante experiência. O fato de uma igreja local orar e depositar mensalmente uma oferta em favor de determinado missionário mostra que ambos estão labutando lado a lado a fim de que os eleitos ouçam e se curvem em adoração e louvor a Jesus. É como se Epafrodito estivesse chegando de longe e entregando nas mãos do missionário aquela tão preciosa e necessária oferta de amor. Nos mais de 18 anos desde que a APMT iniciou sua jornada, temos testemunhado o quão valiosas e funda-

Missão Mundo. Um panorama do que acontece na Igreja Presbiteriana do Brasil e no mundo presbiteriano. Apresentação, rev. Gilberto Barbosa. Um programa APECOM. Toda terça, 12h, ao vivo na IPB3, a rádio com imagem no Youtube, Facebook, Portal IPB e “on demand” também no Podomatic, iTunes, Spotify e no seu agregador de RSS preferido. Não deixe de ver, ouvir e compartilhar.

mentais são as parcerias feitas entre igrejas e missionários. Uma igreja local não tem como fechar as portas do templo, colocar todos os seus membros num avião e seguir na direção daqueles que ainda não ouviram o evangelho. A única maneira de isso acontecer é essa mesma igreja manter-se incansavelmente trabalhando a favor dos que estão perto,

e também dos que estão longe, mas ouve a Palavra pela boca de quem foi enviado. Que nos próximos 18 anos, se Jesus ainda não tiver voltado, continuemos nessa via de mão dupla: enviando “Epafroditos” ao encontro dos “Paulos” que estão por aí sendo boca de Deus entre as nações. O Rev. Marcos Agripino C. de Mesquita é Executivo da APMT

rádioipb

A rádio com imagem

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ACAMPAMENTOS

Igrejas promovem acampamentos durante feriado de carnaval I

grejas presbiterianas de diversos estados brasileiros realizarão durante o período de carnaval (01 a 06/03) acampamentos e retiros espirituais com temas específicos. Os acampamentos reúnem jovens que buscam proximidade com Cristo, momentos de comunhão e lazer com amigos e familiares – já que muitas igrejas realizam o retiro não apenas para jovens e adolescentes, mas para toda família. O Brasil Presbiteriano entrou em contato com comissões organizadoras de alguns acampamentos e reuniu informações para quem busca um local para viver momentos prazerosos e de aprendizados durante o feriado. Confira: Acampamento Betel – 01 a 06/03

Com o tema “Sendo Fiéis a Deus na Babilônia”, o retiro será voltado para famílias e terá como investimento o valor de R$ 20,00 para crianças de 07 a 11 anos, e de R$ 50,00 para maiores de 12 anos e adultos. Acampamento IP de Mineiros (GO) – 02 a 05/03

Pousada Renovo, em Pirassununga (SP). As inscrições do acampamento podem ser feitas na página do facebook da Federação Leme (www.facebook.com.br/federacaoleme) através do botão de cadastro da fanpage, ou com o líder da UMP de sua igreja – caso faça parte de alguma igreja de Leme. Para participar do evento é necessário investimento de R$ 200,00. AcampAprisco – 01 a 05/03

Localizado em Alpinopólis (MG), o Acampamento Betel 2019 contará com a preleção do Rev. Victor Hermógenes e Rev. Adelchi Rangel. A Banda Betel conduzirá os cânticos. Com um investimento de R$ 230,00, o retiro de carnaval tem idade mínima de 14 anos e reúne mais de 300 jovens e visitantes da IPB, IPI e outras igrejas evangélicas de todo o Brasil. Para informações e inscrições basta acessar www.acampamentobetel.com.br ou através do telefone (12) 98112-0087 (Marinei) das 08h30min às 11h30min e/ou 14h às 17h30min. Retiro Espiritual IP Jaru (RO) – 02 a 05/03 O Retiro Espiritual da IP de Jaru acontecerá em uma escola do distrito de Tarilândia (70 km de distância de Jaru) e terá preleção do Rev. Alessandro da Silva Santarelli, pastor da IP de Cacoal (RO).

O acampamento familiar da IP de Mineiros acontecerá no Acampamento Presbiteriano Salmo 23 e terá participação da IP Luz e Vida, de Rondonópolis (MT). Com o tema “Nossa Lente: Como enxergamos o mundo”, o acampamento contará com preleção do Rev. Emerson Arruda. Para participar será necessário o investimento de R$50,00. Para informações basta entrar em contato através do número (64) 3661-4009 ou acessar www.ipmineiros.org.br. Acampa “Somos 1” – 01 a 05/03 Organizado pela Federação da UPA e UMP de Leme (SP), o Acampa “Somos 1” acontecerá na

Com preleção dos reverendos Sílvio Balbino e Donizeti Rodrigues Ladeia o acampamento da ONG Aprisco terá como tema “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. O acampamento acontecerá na Chácara Santa Fé, em Rio Grande da Serra (SP), local sede da Aprisco, e conta com a organização de membros de diversas igrejas presbiterianas, entre elas a Congregação Presbiterial Fazenda Santa Fé. Para participar basta entrar em contato com Johann no número (11) 986663753 ou com Matheus através do telefone (11) 999438619.


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REFLEXÃO

O direito de experimentar Poder para tirar a vida... ou não “O Senhor é o que tira a vida e a dá” (1Sm 2.6) Antônio Cabrera

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ual a relação entre uma forma agressiva de câncer no cérebro e uma das melhores noticias de 2019? É a Liberdade de uma nova lei promulgada recentemente nos EUA chamada de Right to Try, ou o Direito de Experimentar. É o que esse paciente começou a fazer, ser tratado com um novo medicamento experimental baseado na crença de que ele não precisa pedir ao governo permissão para salvar sua própria vida.

O direito de experimentar tem que ser agora para esses pacientes que enfrentam uma doença fatal. Essa lei coloca as decisões mais pessoais de saúde de volta nas mãos dos pacientes e de suas famílias, sem terem de esperar pelo consentimento do governo. Outro exemplo é Jordan, um garotinho que, diferentemente da maioria das crianças, sofre de uma degeneração irreversível que esgotou todas as opções aprovadas pelo governo e agora estará lutando bravamente por sua vida buscando um tratamento que ainda não foi

avaliado pelo governo. O sonho de Jordan é ser bombeiro, pois ele “quer resgatar pessoas”. Frequentemente uma burocracia anônima toma a forma de uma cruel tirania e impede que tratamentos novos e benéficos possam chegar aos médicos e pacientes. Por vezes existe um longo atraso de aprovação que literalmente pode matar pessoas. Um exemplo é a nossa Anvisa que não aceita a importação de equipamentos que ela mesma não tenha certificado. Não importa quantas certificações o aparelho possua no exterior: para entrar no Brasil, ele

ainda precisará do aval da Anvisa, o que em média pode demorar até 7 anos. Esse tipo de política cria um “cemitério invisível” de pessoas que teriam vivido quando não puderam acessar novas curas que estão em fase final de testes ou de aparelhos já certificados por outras agencias. Laura, a mãe de Jordan

disse que “o meu sonho é que meu filho mude o mundo". Pois eu digo para Laura e Jordan que vocês iniciaram uma mudança no mundo e resgataram uma verdade essencial: A vida pertence a Deus e não ao Estado.

membro da SAF local, Secretária Executiva, Tesoureira e Presidente da Federação das SAFs do Presbitério de Botucatu. Em 1989 mudou-se para Londrina-PR, cidade onde reside o filho Misael, sendo de 1990 a 2002 membro da IP do Jardim Bandeirantes e de 2003 em diante, da IP do Arco Iris no Jardim Cláudia. Faleceu em Londrina-PR aos 99 anos de idade, em

15 de maio de 2018, sendo sepultada na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo. A palavra “vida”, consta na Bíblia pelo menos 208 vezes. Mulher virtuosa, como tantas outras irmãs e irmãos, ela viveu em Cristo, sendo exemplo para nós e deixando saudades.

O Dr. Antônio Cabrera Mano Filho é presbítero da IP de São José do Rio Preto (SP).

FALECIMENTOS

Dijanira Domingues Leite Ailson Domingues

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ijanira Domingues Leite nasceu em 22 de fevereiro de 1919, na propriedade rural de seus pais nominada Cabeceiras, no Distrito de Sodrélia, da cidade de Santa Cruz do Rio Pardo. Parte dos seus estudos se deu naquele distrito e os demais na referida cidade, onde formou-se professora

em 1939 pela então Escola Normal Livre local. Casou-se em dezembro de 1939 com Ildebrando Rodrigues, fixando residência naquela cidade, tendo o casal cinco filhos: Nahum (natimorto), Ailson, Ulisses (falecido), Misael e Arlindo (falecido). No início dos anos 50, ela recebeu visita do Rev. Camilo Costa, da IP local, do Presbitério de Botucatu,

que lhe apresentou o evangelho de Cristo e a convidou a visitar a igreja onde, com os filhos, foram recebidos, tendo ela professado a fé em novembro de 1951. Dijanira orou por 40 anos pelo esposo que, por fim, converteu-se ao evangelho e, sendo eleito presbítero, exerceu seguidos mandatos, falecendo em abril de 1988. Foi professora da Escola Dominical por 30 anos,

Ailson Domingues Rodrigues é diácono na ativa e presbítero em disponibilidade da IP da Lapa em São Paulo (SP).


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SÉRIE CUIDADOS PARA UMA VIDA FELIZ

Cuidado com a ingenuidade Cláudio Marra

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ngenuidade tem alguns sinônimos. Pode ser ignorância, inexperiência, inocência, infantilidade, credulidade. O oposto pode ser despudor, sagacidade, esperteza, astúcia. Há um tipo de ingenuidade entre os cristãos que se vê especialmente nos períodos antes e pós-eleições. Se meu candidato foi derrotado, vem aí o caos e o apocalipse. Se meu candidato venceu o otimismo é exagerado. Agora vai. Supor que mudanças no governo são o remédio para todos os males nacionais é ingenuidade antiga. O povo de Israel escravizado no Egito ficou sabendo que o faraó havia morrido e imaginou que então seria libertado. Agora vai. Na verdade, porém, assumiu o poder o implacável “faraó

do êxodo” – provavelmente Ramsés II ou Tutmosis III – que só depois de dez pragas relaxou a teimosia. Mas voltou a insistir depois que Israel saiu, o que lhe custou a vida de todo do seu exército afogado no mar Vermelho. Voltando alguns anos nessa história, um personagem que pode nos ajudar a enfrentar a ingenuidade cívica é a filha de faraó, provavelmente tia do faraó do êxodo. Nós a mencionamos ao passar pelo estudo da vida de Moisés, mas não lhe damos a devida atenção (Êx 2.1-10). A moça foi discretamente tomar seu banho no rio Nilo e viu um cestinho boiando entre as taboas perto da margem. Uma das acompanhantes o buscou, a princesa levantou a tampa do cesto e se emocionou com o menino que cho-

rava. “Este é menino dos hebreus”, deduziu ela com forte compaixão. Claro que o menino era dos hebreus. Quem mais estaria tão desesperado a ponto de esconder um bebê em uma área infestada de sagrados e vorazes crocodilos? Só mesmo quem já havia recebido ordem explícita do faraó para matar todos os seus meni-

ombro da princesa: “Queres que eu vá chamar uma das hebreias que sirva de ama e te crie a criança?”. Conveniente conivência: o menino hebreu continua com a princesa, mas, enquanto o decreto do rei pode alcançá-lo, ele fica com a tal ama hebreia que deverá criá-lo. Ela faria isso de graça, mas a princesa quis pagar.

nos recém-nascidos. Isso significa que a compaixão da princesa ficou perigosamente colocada. Seria a filha de faraó mais uma entre os que desdenhavam dos decretos reais? Ao contrário, não deveria ser ela a primeira a honrá-los? A menina dos hebreus – que no começo do relato “ficou de longe” – agora está coladinha na comitiva, intromete-se informal e perigosamente na conversa de sua alteza e distraidamente sugere em tom de cumplicidade, por cima do

Graças a esse conluio, a princesa alcançou seu objetivo sem demonstrar desobediência ao seu desalmado pai. Mais tarde, quando o menino hebreu não seria mais alvo do decreto infanticida, sua ama-mãe Joquebede o trouxe ao palácio, a princesa inocentemente o adotou como filho e lhe deu um nome egípcio, Moisés. Não ficamos sabendo seu nome hebreu. Seu treinamento continuou para o exercício da monumental tarefa que o aguardava.

Além de dar Moisés à luz, Joquebede foi de vários modos fundamental, e a descolada irmãzinha Miriã praticamente roubou a cena às margens do Nilo, mas o papel da princesa do Egito não pode ser menosprezado. E quem foi ela? Uma patricinha pagã, a julgar pela comitiva de damas de companhia. Não encontraríamos fotos de um culto em sua conta no Instagram ou textos evangélicos em seu perfil no Facebook. Não era ela quem chamaríamos hoje de “amiga do evangelho”. Afinal de contas, era filha do sanguinário faraó. Mesmo assim, Deus a usou no processo de libertação de seu povo, fazendo avançar a história da redenção. Usou seu faraó-irmão mais tarde, com toda sua intransigente oposição, soberano cruel que não citava o Deus da aliança em seus discursos. Claro que é melhor ter governantes tementes a Deus, mas o que faz diferença de fato é o que Deus prometeu porque ele é fiel à sua Palavra. Ele libertou Israel, apesar dos prós e contras, porque “lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó” (Êx 2.24). Confiar em outro será pelo menos ingenuidade. O Rev. Cláudio Marra é autor do livro A Igreja Discipuladora, professor de Homilética e Pregação no JMC e o Editor da Cultura Cristã


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PROJETO SARA

Deus já cuidou de tudo "Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as cousas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina. Porque estas cousas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo." 2Pedro 1.3-11 Raquel de Paula

O

Projeto Sara nos desafia a manter uma vida diária de oração pelos nossos maridos e família. Muitas vezes conduzimos

as nossas orações aguardando de Deus respostas e soluções para os nossos problemas e desafios da vida e perdemos de vista qual expectativa que Deus tem de nós.

Deus investe em nós e espera de nós os bons frutos. Ele preparou tudo para que sejamos felizes, bem sucedidos, passemos por provações (Rm 5.3-4), tempestades (Mc 4.35-41) e até mesmo pelo fogo (Dn 3), sem nunca nos deixar sozinhos. Nosso Pai celestial vai junto em cada situação. Esperamos tanto de Deus, mas o que ele pode esperar de nós? Ele nos dá poder para conduzirmos nossa vida para sua glória e virtude, ele nos dá a sua Palavra para que possamos ter ati-

tudes dignas de filhos de Deus, e nos sela com sua própria presença – o Espírito Santo habita em nós – nos dando condições absolutamente necessárias para que sejamos ativos, frutíferos e prósperos em tudo. E ainda, nos chama a sermos gratos (1Ts 5.18) e alegres ao passarmos por várias provações (Tg 1.2-4), pois espera de nós a perseverança eficaz e completa, para que sejamos "(...) perfeitos e íntegros, em nada deficientes". Em Jesus, tudo isso é possível. Então, o que esta-

mos esperando? Precisamos saber, com o pleno conhecimento da obra de Jesus, nos considerar filhos amados e nos oferecer a Deus, para sua honra e glória (Rm 6). Que a espiritualidade e a educação cristã estejam presentes e aumentem a cada dia em nossos lares, pois Deus mesmo há de nos aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar em Cristo, para sua eterna glória (1Pe 5.10).

mou que os “anjos são os agentes secretos de Deus”. Eles parecem estar divididos de forma hierárquica: Anjo do Senhor (Jesus), arcanjo, serafins e os querubins. Só dois anjos têm nome na Bíblia: Miguel e Gabriel. O número de anjos não aumenta e nem diminui, é constante. São fortes, velozes e em número maior que nossos adversários. Os anjos bons louvam a Deus, conduzem os mortos em Cristo ao céu, são submissos a Jesus, não se casam, não podem ser adorados, às vezes podem aparecer na forma humana, se alegram quando um pecador se arrepende, trazem respostas às nossas orações, são imortais

e visíveis, dependendo da circunstância. Diante dessas características observamos que os anjos são seres pessoais e interagem com o povo de Deus. Concluindo, devemos adorar somente a Deus. Nosso culto deve ser cristocêntrico e não angelocêntrico, não podemos invocar os anjos. Porém, é uma promessa de Deus para aqueles que confiam no Senhor e o obedecem (Sl 34.7). Eles lutam a nosso favor ainda hoje (Hb 1.14) e estarão presentes na vinda de Jesus por ocasião do arrebatamento dos salvos (2Ts 1.7).

Raquel de Paula é membro da IP Praia Grande, SP, e colaboradora do Brasil Presbiteriano.

MEDITAÇÕES

Os anjos “Só tu és SENHOR, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora.” Neemias 9.6 Aldenir de Oliveira

A

palavra anjo significa “mensageiro”. Foram criados por Deus. Trata-se de uma doutrina importantíssima para vida do crente. Há pelo menos 300 referências sobre os anjos na Palavra de Deus. Assim como os saduceus não criam na doutrina dos anjos (At 23.8), hoje também há aqueles que não creem. Foi feita uma pesquisa em 1995 e constatou-

se que mais de 90% dos brasileiros crê na existência dos anjos. Eles são universalmente aceitos por todas as culturas, religiões e civilizações. João Calvino tem um entendimento muito claro sobre os anjos. Em suas Institutas, ele faz várias afirmações sobre os anjos. Primeira, os anjos são seres criados. Segundo, são servos de Deus e suas criaturas. Terceira, são espíritos celestiais, executando seus

decretos. Quarto, estão prontos para cumprir a ordem de Cristo. Quinto, entende que o Anjo do Senhor que aparece a Abraão, Jacó e Moisés é o Senhor Jesus. E por fim nos diz que os anjos são “distribuidores da bondade de Deus com relação a nós. Zelam pela nossa segurança, mantém a nossa defesa, direcionam nossos caminhos e exercem uma constante preocupação para que nada de mal nos aconteça”. Os anjos estiveram presentes em várias etapas da vida de Jesus: no nascimento, tentação, sofrimento, ressurreição, ascensão e estarão presentes quando Cristo voltar para buscar os salvos. Billy Graham afir-

Aldenir L. de Oliveira é presbítero da 1ª IP de Taguatinga – DF


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18 NO BRASIL E NO MUNDO

Aconteceu em fevereiro 1º Domingo – Dia do Homem Presbiteriano 2º Domingo – Dia da Mulher Presbiteriana 1542 – Uma expedição de 50 homens de Francisco de Orellana descobre o rio Amazonas 1546 – Martinho Lutero, teólogo alemão, morre no dia 18 de fevereiro de 1546. O promotor da Reforma Protestante, desafiou o poder da Igreja Católica ao divulgar, em 1517, suas 95 teses. Lutero também traduziu a Bíblia para o alemão. 1794 – A Convenção Francesa aprova a abolição da escravidão em suas colônias. 1867 – Inauguração da primeira Estação da Luz, em São Paulo. 1913 – É inaugurada em Nova York a maior estação ferroviária do mundo. 1919 – Primeira viagem aérea turística. Um avião adaptado com assentos faz a travessia Paris-Londres com 12 passageiros. 1922 – Fim da Semana de Arte Moderna de 1922. Participaram do evento escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos. 1937 – É lançado o filme Tempos Modernos, de Charlies Chaplin. Nesse filme o ator pronunciou suas primeiras palavras no cinema. 1945 – Conferência de Yalta (Crimea): Roosevelt, Churchill e Stalin tratam dos problemas derivados da 2ª Guerra Mundial e estabelecem suas respectivas zonas de influência na Europa. 1964 – A sonda norte-americana Ranger VI chega à Lua. 1966 – A sonda lunar soviética "Lunik 9" paira sobre a superfície terrestre e emite imagens desde o mar de Las Tormentas. 1966 – É promulgado Ato Institucional nº3. Ele estabelece eleições indiretas para governador e vice-governador no Brasil 1985 – Nelson Mandela, líder do movimento negro sul-africano contra o aparteide, preso desde 1962, renuncia a liberdade que o governo branco lhe oferece caso abandone a luta armada. Mandela acabou tornando-se um símbolo da igualdade de direitos e da justiça e o primeiro presidente negro da África do Sul. 1991 – O reverendo Jean-Bertrand Aristide é confirmado como o primeiro presidente democraticamente eleito do Haiti. 1994 – Brasil, Portugal e cinco nações africanas constituem em Brasília a Comunidade da Língua Portuguesa.

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IGREJA PERSEGUIDA

De perseguidor a perseguido Ex-guerrilheiro das Farc, hoje pastor perseguido na mesma região em que atuou, Jasar conta como o amor de Jesus o alcançou

E

ntre os dias 4 e 9 de dezembro, Portas Abertas trouxe a São Paulo o pastor colombiano Jasar para contar como foi passar metade de sua vida servindo à guerrilha colombiana e sua difícil conversão a Cristo. “Assim como Paulo, eu fui um homem muito mau, mas Deus me transformou”, conta. Durante quase toda sua vida, Jasar viveu dentro da guerrilha colombiana. Aliciado aos 8 anos de idade pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) principal grupo guerrilheiro colombiano, ele viu sua infância e juventude passar na selva, enquanto crescia como soldado da guerrilha. Aos 17 anos já liderava mais de 3

mil homens. "Como todo guerrilheiro, detestei os cristãos e acreditava que eles eram todos espiões, além disso, eu também achava que eles não serviam para nada: não nos davam informações, não

deixavam que levássemos seus filhos, não nos obedeciam e ainda serviam a um Deus em quem eu não acreditava. É por tudo

REPÚBLICA DA COLÔMBIA • Tipo de Perseguição: Corrupção organizada • Capital Bogotá • Região América do Sul • Líder Ivan Duque Marquez • Governo República presidencialista • Religião Cristianismo • Pontuação 58 POPULAÇÃO 49.5 MILHÕES

POPULAÇÃO CRISTÃ 46.9 MILHÕES

isso que os cristãos são vistos como inimigos dos guerrilheiros. Por isso são perseguidos e mortos", testemunha Jasar. “Um dia, porém, um cristão me ameaçou com a Bíblia, que era a arma dele. Mesmo com metralhadoras em sua cabeça, ele teve coragem de dizer ‘se você me matar, saiba que Jesus Cristo vai continuar vivendo’. Foi uma discussão

entre um homem material e um homem espiritual", lembra ele. Jasar respondeu ao cristão: "Deixe de ser mentiroso, Deus não existe. Mas o homem continuou a ‘atirar’ em mim com aquela ‘arma’. Ele disse ‘se você me matar, terá que pregar em meu lugar, porque Deus tem um grande plano para sua vida, do qual você não poderá escapar’. E aquela foi a minha primeira experiência com Deus" . Com informações de Portas Abertas, missão não-denominacional de apoio a cristãos perseguidos ao redor do mundo.


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PROFESSOR QUE É PROFESSOR

Nesta edição, focamos a comunicação do professor quanto a sua clareza. Professor que é professor não enrola.

Apresenta em classe as suas propostas com clareza Você já havia pensado nisso? Vejamos. Cláudio Marra

Preliminares: o preparo Para você ter clareza é fundamental primeiro saber aonde está indo. Isso mesmo. Seus objetivos são claros? Os objetivos gerais e os específicos se encaixam? Os objetivos para cada aula e para o curso são coerentes? Esses objetivos o dirigiram durante o planejamento da aula? Estavam claros quando você escolheu os métodos que usaria, bem como os recursos pedagógicos? Seu estudo bíblico foi cuidadoso? Os objetivos do texto da Escritura a ser estudado foram examinados? A ideia bíblica a ser comunicada ficou clara para você? Foram avaliadas difi-

culdades de interpretação da passagem? A comunicação Seu conhecimento da classe deixa claro o vocabulário e a linguagem a ser adotados? Você ouve os alunos apenas em sala de aula ou participa com eles de atividades extra-classe? Um professor que cai de cada paraquedas na frente dos alunos pouco antes de cada aula e não os conhece terá dificuldades para ser claro.

A avaliação Iniciando a aula e avançando você poderá avaliar pelas expressões faciais e linguagem corporal dos alunos se funcionaram os recursos que você empregou para envolver e motivar a classe. Mantenha sua atenção à clareza, porque a classe dependerá de sua apresentação do assunto para participar objetivamente da pesquisa que você proporá em seguida. Quan-

do retornarem da pesquisa e expressarem o que aprenderam (não se esqueça de lhes dar essa oportunidade) você vai ver nitidamente – agora não só pelas expressões faciais e linguagem corporal dos alunos – como foi sua clareza até ali. Claro, além de falta de clareza do professor há outros fatores a impedir o entendimento, mas você é a pessoa a perceber isso e tomar as devidas providências ao ouvir

as tais expressões. Por isso você jamais dispensará o momento em que os alunos terão oportunidade de expressarem o que aprenderam. Você poderá avaliar sua clareza e a deles. Poderá retificar qualquer entendimento equivocado que tenha havido. Outras avaliações deverão ocorrer envolvendo a sua equipe e outros grupos da liderança da sua escola dominical. Retroalimentação As avaliações serão ociosas se não forem seguidas das correções ou ajustes necessários. Todo o ensino se beneficiará, mas enfatizei aqui a clareza que caracteriza o bom professor. O Rev. Cláudio Marra é autor do livro A Igreja Discipuladora, professor de Homilética e Pregação no JMC e o Editor da Cultura Cristã


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Boa Leitura O Diário de Simonton – 2002/R$ 32,00

Ainda mais completa, a 2ª edição de O Diário de Simonton traz mapas e fotos que formam um documento valioso para a reconstrução histórica do ministério desenvolvido no Brasil pelo missionário americano. Com uma visão privilegiada da personagem do seu autor, com seus ideais e inquietações, o livro nos apresenta um período de catorze anos da vida de Simonton, entre 1856-1866. Ashbel Green Simonton (1833– 1867) ingressou no seminário após ser alcançado por um avivamento religioso. Já ordenado, embarcou para o Brasil, aqui chegando no dia 12 de agosto de 1859. Em oito anos organizou a primeira Igreja Presbiteriana no país; fundou a Imprensa Evangélica, o primeiro periódico protestante do Brasil; e criou ainda o seminário teológico.

Não Jogue sua Vida Fora – 2013/R$ 31,20

“(...) para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1:21). Se esse for o seu pensamento, Não jogue sua vida

fora é o livro ideal para aprender a viver cada dia mais para a glória de Cristo, a ter uma vida apaixonada por Deus e sua grandiosidade. Escrito por John Piper, fundador e professor de desingGod.org e chanceler do Bethlehem College & Seminary, Não jogue sua vida fora nos levar a refletir sobre a vida e como não levá-la de uma maneira fútil, vivendo apenas para o conforto e para o prazer, muitas vezes tentando acobertar pecados. Esse livro nos desafia a viver e morrer gloriando-se na cruz de Cristo e fazendo da glória de Deus uma paixão singular. John Piper é autor de mais de cinquenta livros, entre eles Alegrem-se os povos, Casamento temporário, Com Calvino no Teatro de Deus, entre outros publicados pela Editora Cultura Cristã no Brasil.

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Entretenimento e reflexão O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.

A mulher segundo a Bíblia – 2009/R$32,00

Movimentos e ideias que lutam pelos direitos e protagonismo das mulheres estão em foco. Muitas questões são levantadas e debatidas, entre elas: o cristianismo oprime as mulheres? Com notável naturalidade e sabedoria, Rebecca Jones lança um estimulante olhar sobre a Bíblia e a feminilidade em A mulher segundo a Bíblia. Ela examina o desenvolvimento de questões relativas as mulheres na Escritura e depois considera suas implicações para a vida cristã atual. O que se descobre não é um lugar de reclusão, mas um caminho de satisfação para a liberdade e com propósito. Em A mulher segundo a Bíblia, você encontrará o significado de ser uma mulher autêntica: acreditar e agir na verdade de que fomos separadas para uma obra especial por Jesus Cristo nosso Criador e Salvador, o qual nasceu de uma mulher.

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963

Sementes Podres

Depois da Terra

A Princesa Prometida

(2018)

(2013)

(1988)

Com doses de humor, o drama Sementes Podres entrou no catálogo do Netflix no finalzinho de 2018. Abordando questões sérias de um modo leve, o longa francês nos apresenta a história de Wael, um jovem acostumado a aplicar golpes com sua amiga Monique para sobreviver na França. A vida do protagonista tem uma reviravolta quando um dos golpes não dá certo e, para evitar ser preso, Wael aceita a proposta de ser o novo mentor de um centro beneficente para crianças problemáticas e reprovadas na escola, gerenciado por Victor, um velho conhecido de Monique. De maneira dinâmica, Wael conquista a confiança das crianças e tem a oportunidade de trocar com eles conhecimentos sobre cidadania, tolerância religiosa e violência. O longa é aposta certeira para começar o ano, pois traz uma dose de realidade necessária para avaliarmos nossas atitudes e a criarmos empatia ao próximo, algo que nos é despertado no filme através de flashbacks da infância do protagonista.

Em uma realidade futurista, na qual os seres humanos são obrigados a abandonar a Terra após consumiram todos os seus recursos, a humanidade se estabelece em um novo planeta, onde sofre com ataques de criaturas alienígenas que caçam suas vítimas por sentirem nelas o cheiro do medo. Os humanos desenvolvem uma técnica chamada fantasma, em que se privam do medo para enfrentar as criaturas, e os que dominam essa técnica são chamados de ranger. Na trama, nos deparamos com a relação conturbada de pai e filho de Kitai (Jaden Smith) e o ranger Cypher (Will Smith), que embarcam juntos em uma missão especial que acaba saindo do controle, deixando os dois isolados na Terra. O interessante da história não são os efeitos e as cenas de ação, mas sim a evolução entre a dupla. O filme pode parecer jovem e ficcional demais, mas sua mensagem é verdadeira, profunda e vale uma cuidadosa avaliação.

O clássico dos anos 80 voltou a ganhar notoriedade no Brasil em 2018, após o lançamento de uma edição especial do livro no qual foi baseado. O filme, assim como o livro, conta a história de Buttercup e Westley, que se apaixonam perdidamente. Impedida de viver o amor verdadeiro, Buttercup é prometida em casamento para o Príncipe Humperdinck do reino de Florin, que tem um plano para causar uma guerra com o reino vizinho. A futura princesa é capturada por três bandidos que a querem vender justamente para o reino rival e que passam a ser perseguidos por um misterioso homem de preto e mascarado que é relevado como sendo Westley finalmente de volta para encontrar Buttercup. Com uma narração divertida, personagens cativantes e cenas pensadas para agradar crianças e adultos, A Princesa Prometida é uma paródia de fábula encantadora e leve para assistir em família e aprender enquanto se diverte.

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