Portugueses, Afinal Quem Somos?

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Portugueses – Afinal quem somos?

PRÓLOGO Num fim de tarde africana do mês de Outubro de 1966, deslocando-se com suavidade a baixa altitude em direcção a sul, um enorme objecto cor de chumbo em forma de prato de sopa invertido alterou provavelmente o futuro da criança que era, transformando-me no ser humano que sou. Face è experiência vivida, decorridos mais de quarenta anos, muitas das interrogações que foram fustigando o meu cérebro ficaram esclarecidas, mas muitas mais me surgiram. Questionei testemunhas que observaram fenómenos atmosféricos e marinhos estranhos. Analisei factos. Li muitos e variados relatórios detalhados, grande parte deles inacessíveis ao domínio público. Tive a oportunidade de aceder a respostas teorizadas a muitas das questões que formulei sobre os fenómenos ONI’s (Objectos Não Identificáveis) e seus tripulantes. E ao conhecer melhor a “mecânica” do fenómeno, e usando os mesmos critérios de razoabilidade, foi-me fácil determinar os condicionalismos que podem levar à previsibilidade da sua ocorrência. Hoje, o meu interesse relacionado com as observações associadas ao fenómeno ONI, no que tange à informação testemunhal, reduziu-se substancialmente. Uma das razões, é o conhecimento profundo do fenómeno em si mesmo; outra, é a de pretender saber por que razão, desde tempos imemoriais, os seres humanos são tão assediados no planeta Terra por civilizações mais avançadas, presumivelmente oriundas

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do espaço exterior. E não me preocupa minimamente o facto de uma grande maioria de pessoas não ter testemunhado qualquer fenómeno não identificado ou a ele associado, e muito menos se há quem nele acredite ou não. Isso não é um problema meu. A exigência dos cépticos ao pretenderem que sejam apresentadas provas laboratoriais, não me aborrece. Que fique claro que mentes cujos conceitos são elaborados por cérebros de dimensões equivalentes a uma noz, nunca terão o acesso privilegiado a essas informações. A história da humanidade não se resume a respostas simplistas. As mutações genéticas que foram sucedendo desde a nossa origem como espécie humana, levaram-nos ao ponto onde estamos. Quem realmente somos, e qual o nosso futuro, não são questões para serem colocadas de ânimo leve, se queremos ter respostas concretas. E quase todos os povos estiveram envolvidos nessa evolução, em especial o português. Fornecendo elementos que podem ser consultados nos mais recônditos locais do nosso planeta, esta obra não pretende mostrar quão diferente somos dos outros mas sim, como portugueses, porque somos efectivamente diferentes! José Garrido

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-IA VIDA NA TERRA Hoje em dia, face ao nível de conhecimentos astrofísicos que a humanidade atingiu, é tida como certa a teoria de que a Terra formou-se há 4.600 milhões de anos. O nosso planeta resultou de uma interacção conjugada de forças gravitacionais de uma “amálgama” de objectos rochosos, detritos e gases cósmicos que designamos por “nuvem de protoestrela”.

Protoestrela Sol.

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O resultado das colisões apocalíticas da matéria galáctica dispersa após o Big Bang, deu origem a um rodopio estonteante em torno de um núcleo (que mais tarde viria a ser a nossa estrela, o Sol). O resultado foi a formação do planeta Terra e dos demais objectos dispersos do sistema solar. Estes, rapidamente aumentaram de volume e de massa. À medida que aquelas interacções se intensificavam, as colisões cataclísmicas aumentavam exponencialmente. Aventa-se a hipótese que dos constantes impactos com o “protoplaneta Terra”, muita matéria residual terá sido ejectada para o espaço, criando em seu redor um gigantesco anel incandescente. Decorridas algumas centenas de milhões de anos, aqueles resíduos aglutinaram-se formando o nosso satélite: a Lua. Também é inquestionável que os asteróides, cometas e toda a matéria errante impactante, transportava e transporta grandes quantidades de água e material orgânico. À medida que a Terra foi arrefecendo, a água vaporizada condensou-se, formando um gigantesco oceano. Este “caldo primordial” foi o local ideal para que as moléculas orgânicas (aminoácidos e micro-organismos) interagissem e pudessem desenvolver-se. Face ao enunciado, não me restam dúvidas de que, com a abundância da água e dos componentes orgânicos que estão disseminados um pouco por todo o universo, a existência de vida a nível planetário, tal como a conhecemos, não deve rarear na nossa galáxia! Posso assim presumir que

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serão muito poucos os sistemas planetários em que um ou mais planetas que orbitam as respectivas estrelas, não possuem seres vivos, mesmo que a superfície de alguns deles seja quase exclusivamente coberta por água. Nesta linha de pensamento, constatamos que as observações feitas através do telescópio espacial Hubble detectaram, em 2009, um planeta deste tipo, o GJ1214b, localizado a 40 anos-luz da Terra, e que pode conter vida. Também não é necessário que um planeta orbite uma estrela, para que possa suportar espécimes. Qualquer um pode conter matéria orgânica, mesmo que se tenha “desprendido” da órbita de uma estrela e se transforme num “planeta errante”, ou num “vagabundo solitário”, também designado por “planeta Steppenwolf”. Lisa Kaltenegger, do centro de astrofísica Harvard-Smithsonian, afirmou que tal ocorrência é possível! Esta ideia foi corroborada por Dorian Abbot e Eric Switzer, da Universidade de Chicago que estimaram que os planetas rochosos, com uma massa próxima à da Terra, podem manter-se aquecidos, permanecendo a água em estado líquido, mesmo sem orbitarem uma estrela, graças aos elementos radioactivos que constituem o núcleo. O mais interessante é que, na fase inicial da existência, a Terra era um planeta totalmente líquido, e há 3.800 milhões de anos, na Era do Paleoarqueno, o primeiro continente, Vaalbara, elevou-se do oceano. Deve ter-se em consideração

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que, mesmo antes de Vaalbara emergir, há muito que existiam seres vivos na Terra: os procariontes. Realço um estudo feito pelas equipas dos investigadores geneticistas Alexei Sharov do Instituto Nacional sobre o Envelhecimento, de Baltimore e Richard Gordon do Specimen Marine Laboratory, da Florida, apresentado em Abril de 2013, que designaram por “A vida antes da Terra”, e que conclui que a complexidade genética dos seres vivos sugere que a vida no Universo começou há 9.700 ± 2.500 milhões de anos, ou seja: antes da formação da própria Terra, existindo ainda a possibilidade matemática da sua origem estar muito próxima do momento da criação do próprio Universo, há 13.700 milhões de anos. Com a quantidade de informação genética que possuem, e que é colossal, para atingirem um elevado grau de complexidade, aplicando a Lei de Moore, as bactérias necessitariam de 5.000 milhões de anos de evolução. Depois, a vida seguiria o princípio semelhante ao do crescimento dos cristais, em que o mesmo componente químico-base pode produzir diferentes tipos de espécies, com informações hereditárias que requerem uma auto-replicação, num sistema autocatalítico intimamente associado ao ambiente em que estiverem inseridos. Os pares de bases do ADN são constituídos por “letras do alfabeto” que contêm informações para executar uma célula. Assim, segundo aqueles investigadores, “a vida levou 5.000 milhões de anos para ir de um par de base para uma bactéria”. Desse modo, as teorias evo-

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lucionistas caem por terra porque a biogénese é impossível! O nosso planeta não é suficientemente antigo. Apesar dos instrumentos astronómicos de tecnologia (ainda) obsoleta que presentemente a humanidade utiliza para estudar a razão da sua existência, descobriu-se que estão constantemente a nascer novas estrelas em diversos locais da Via Láctea. Designamos esses locais por “berçários de estrelas” onde, de futuro, certamente nelas orbitarão novos planetas. Também não se pode ignorar que a nossa estrela, o Sol, está a atingir a “meia-idade”. Presentemente temos elementos que nos permitem confirmar que a vida na Terra terá começado a desenvolver-se há 3.800 milhões de anos, com minúsculos seres unicelulares, designados por procariontes. Após a proliferação dos componentes orgânicos originários do espaço há 3.900 milhões de anos, as cianobactérias tiveram a “oportunidade” de multiplicar-se no “caldo primordial” que anteriormente referi. E quando os primeiros seres vivos tiveram a capacidade de realizarem a fotossíntese, há 2.500 milhões de anos, nesse momento, a vida “explodiu”, dando oportunidade ao desenvolvimento das primeiras algas marinhas, há 1.400 milhões de anos, na Era do Meso-Proterozoico. É notável como o “efeito borboleta” do caos existente no Universo primordial conseguiu fazer desabrochar vida em tão pouco tempo, num planeta acabado de nascer, ou seja: 900 milhões de anos após a sua formação. É claro que temos

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de medir o tempo à escala cósmica (não nos limitando a uma visão temporal humana), nunca esquecendo que a idade do Universo está estimada em 13.700 milhões de anos. Porém, já a nível planetário, a evolução das espécies foi mais lenta, nunca inferior a algumas dezenas ou centenas de milhões de anos. No entanto, há sempre a possibilidade de um revés no desenvolvimento de novas espécies: uma extinção em massa. São conhecidas, pelo menos, 5 grandes extinções em massa no planeta Terra, sem contar a que decorre actualmente, na Época do Holoceno, em que espécies vivas desaparecem diariamente, perante o nosso olhar. Quer por impacto de asteróides ou de cometas, por glaciações ou ainda resultantes do aquecimento global, as 5 grandes extinções conhecidas na Terra, ocorreram aproximadamente há:

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470 Milhões de anos no Período Ordoviciano;

370 Milhões de anos no Período Devoniano;

250 Milhões de anos no Período Permiano;

210 Milhões de anos no Período Triássico; e

65 Milhões de anos no Período Cretáceo.

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- II OS OVNI´s EXISTEM? Há uma grande interrogação que assola presentemente os seres humanos que se interessam em saber de onde viemos, quem somos e qual o nosso futuro como espécie: será que os OVNI’s existem? É um facto indesmentível que há milénios, quer em petróglifos, quer em arte rupestre, ou em manuscritos, pinturas ou baixos-relevos, estátuas ou hieróglifos, ou ainda através de quaisquer meios de transmissão de conhecimentos, são descritos seres e naves estranhas vindos das estrelas para “ajudarem e ensinarem a humanidade a evoluir”. Podemos encontrar todo esse tipo de indícios analisando em pormenor alguns petróglifos, tais como os existentes na América do Norte, nomeadamente em Sego Canyon, elaborados pelos antepassados dos índios Hopi, que associam a sua existência e evolução às lendas dos Kachinas (povo que veio das estrelas para os ensinar) ou, ainda, pela observação atenta das pinturas rupestres e lendas dos aborígenes australianos relativamente aos Wondjinas. Fui uma das poucas pessoas que teve a oportunidade de analisar alguns petróglifos de Sego Canyon no estado do Utah, nos Estados Unidos. Alguns deles, datados de 2.500

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a.C., são bastante interessantes. Destaco um, em especial, no qual são claramente visíveis as representações da Via Láctea, a galáxia de Andrómeda, o Sistema Solar e a nuvem de Oort, para além de uma cápsula de suporte de vida.

Petróglifos com 7.500 anos de Sego Canyon, Estados Unidos.

Não pretendo agora analisar o tema Anunnaki ou o épico Enuma Elish que aborda a origem da humanidade, tal como a conhecemos, mas também não descarto a possibilidade de que existem na nossa galáxia planetas “sortudos” em que a evolução espontânea da vida ocorreu sem sobressaltos, tendo sido pouco afectada por acontecimentos catastróficos, tais como as grandes extinções em massa. Se o mesmo tives-

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