Minha relação com a arte partiu da fotografia. Me desenvolvi profissional-mente como fotógrafa e durante algum tempo isso foi suficiente. Depois de muitos trabalhos, senti uma necessidade de me desprender das construções plásticas impostas pelo mercado. Senti, de certa forma, presa em um mundo de imposições técnicas e estéticas. Mas após entrar no curso de Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás, me debrucei sobre uma inquietação antiga, do início da minha carreira profissional. O desconforto em relação ao retrato. Passei a observar a constante estranheza e as vezes rejeição das pessoas em relação a própria imagem, inclusive descobri esse desconforto em mim mesma.