24 minute read

No Circuito

Next Article
Toda Via

Toda Via

NEOENERGIA CRIA SENSORES PARA MONITORAR LTs

ANeoenergia está desenvolvendo sensores inteligentes para redes elétricas de 69 kV, em alta tensão. A iniciativa faz parte do programa de P&D Aneel da empresa e as pesquisas estão sendo feitas em cooperação com o Instituto Lactec e a Tecsys. Os sensores criados no projeto monitoram as principais informações das linhas de transmissão, como corrente, fator de potência e corrente de surto. Também capaz de identificar faltas de energia de forma automática, o objetivo da pesquisa, segundo a Neoenergia, é desenvolver tecnologia nacional que acelere o processo de modernização das redes com a melhoria da qualidade dos serviços.

O aparelho em desenvolvimento é formado por três sensores, sendo um para cada fase da rede elétrica, e uma unidade concentradora, instalada no poste ou estrutura da linha de transmissão. Os equipamentos se comunicam por radiofrequência. A unidade concentradora envia periodicamente todas as informações medidas pelo conjunto para o centro de operações da distribuidora, por meio de rede celular, rádio, satélite ou fibra ótica.

As informações coletadas e enviadas para a central operacional servem tanto para monitorar a rede como gerar alarme de falta de energia ou de eventuais problemas. Esse alerta aponta a localização exata, levando a uma resolução mais ágil. O sensor informa ainda as suas condições de funcionamento, como estado da carga das baterias e alarmes para manutenção.

O primeiro equipamento para testes já foi instalado no município de Barreiras pela Coelba, distribuidora da Neo energia na Bahia. Outras nove unidades serão testadas; as próximas em Itapeva e Votuporanga, em São Paulo, cidades na concessão da Elektro.

Em parceria com Lactec e Tecsys, ideia é ter solução nacional para controlar principais informações das linhas

GOVERNO INCENTIVA REDUÇÃO DE DEMANDA

Como uma das alternativas emergenciais para conter os efeitos da crise hídrica sobre o abastecimento de energia no País, o MME Ministério de Minas e Energia criou o programa de redução voluntária de demanda (RVD), válido até 30 de abril de 2022. A portaria dá as diretrizes para que consumidores industriais façam ofertas de redução de consumo mediante remuneração.

As ofertas poderão ser feitas ao ONS Operador Nacional do Sistema Elétrico por consumidores livres, agregadores de cargas (consumidores, comercializadores e geradores responsáveis por agregar e centralizar cargas), consumidores modelados sob agentes varejistas e consumidores parcialmente livres, considerando reduções de 4 ou 7 horas em horários prédeterminados pelo ONS e oferta mínima de 5 MW em cada hora durante todo processo.

Para o envio das ofertas, os agentes adimplentes habilitados na CCEE devem acessar o SINtegre, onde deverão apresentar sua proposta com informações sobre o período de início e fim da oferta, limitado de um a seis meses. São necessárias as especificações sobre dias da semana da oferta conforme grade horária disponibilizada pelo ONS; o submercado; volume da oferta (em MW para cada hora de duração), com valor mínimo de 5 MW por submercado. Não serão aceitos valores decimais inferiores a 1 MW em razão dos processos de programação e operação do ONS.

Além disso, a oferta precisa conter preço em R$/MWh para o montante ofertado, o período de redução da oferta (4 horas ou 7 horas), sendo que não serão aceitas ofertas com horas coincidentes para o mesmo dia. É necessário ainda dizer qual o perfil da RVD por carga (geração própria, eficiência, processo produtivo ou deslocamento); o montante de deslocamento com dia e horário; e o barramento da rede de simulação do ONS no qual a carga do consumidor se encontra direta ou indiretamente conectado.

As primeiras ofertas do programa de redução voluntária da demanda (RVD), programadas para setembro, totalizaram 442 MW. O segmento da indústria que apresentou maior adesão ao programa foi o de metalurgia. Na sequência, segundo o ONS, destacamse os setores de minerais nãometálicos; químicos; extração de minerais nãometálicos; alimentícios; madeira, papel e celulose; serviços; e veículos.

ENEL INSTALA ÁRVORES SOLARES EM PARQUES

AEnel Distribuição São Paulo está instalando 13 árvores solares em parques estaduais públicos de São Paulo. Os equipamentos contam com design semelhante a uma planta natu

Sistemas com folhas de filmes fotovoltaicos podem carregar celulares de usuários dos parques Indústria de alimentos entra na sociedade de parque do Complexo Cajuína como autoprodutora e com investimento de R$ 80 milhões

ral e conta com filmes fotovoltaicos simulando as folhas das árvores, que capturam a energia solar e a convertem em energia elétrica. Plugues permitem o carregamento via USB de dispositivos eletrônicos.

As árvores serão instaladas no Parque Villa-Lobos (zona oeste), e no Parque Cândido Portinari, no Alto de Pinheiros, no Parque Belém (zona leste), Parque da Juventude, no bairro de Santana, no Parque Água Branca (zona oeste), Parque Gabriel Chucre (Carapicuíba), Parque Jequitibá (Cotia) e Parque Ecológico do Embu-Guaçu Professor Aziz Ab’Saber (Embu-Guaçu).

A estrutura da árvore tem 3 metros de altura e pouco mais de 4 metros de largura. Os equipamentos contam com cinco saídas USB para uso das pessoas que frequentam os parques. Com cinco “folhas” e iluminação decorativa em LED, as árvores custaram R$ 560 mil para a Enel.

Empresa enterra fiação no bairro do Ipiranga

AEnel Distribuição São Paulo iniciou as obras de remoção de 260 postes em onze vias na região do Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital paulista. Em uma extensão total de 2,6 quilômetros, a intervenção vai ocorrer entre os meses de setembro de 2021 e agosto de 2022 e tem como objetivo realizar a conversão da rede elétrica aérea para subterrânea.

A obra vai beneficiar 880 clientes da concessionária, incluindo residências e pequenos comércios. Também estão na área o Museu de Zoologia, a Capela Sagrada Família e Santa Paulina, o Hospital do Ipiranga e o Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga, que será reinaugurado em 2022, depois de longa reforma.

O projeto começa na Avenida Nazaré e conta com extensão de 1,1 km, abrangendo parte da rua dos Patriotas e o entorno da praça do Monumento e do parque da Independência, nas imediações do Museu do Ipiranga e do Museu de Zoologia. Já a segunda etapa envolve mais 1,5 km da avenida Dom Pedro I, onde toda a fiação aérea será convertida para subterrânea. O projeto terá cinco centros de transformação de superfície espalhados nessa avenida com um visual integrado com o mobiliário urbano.

A última etapa é a remoção total dos postes. A distribuidora já está mantendo tratativas com as empresas de telecom para que reorganizem suas fiações. Outro diferencial positivo do projeto é a rede de iluminação pública já ser subterrânea em grande parte das vias que serão atendidas pela nova rede de distribuição.

AES E BRF VÃO CONSTRUIR PARQUE EÓLICO

AAES Brasil firmou um acordo de investimento para constituir joint venture com a BRF, indústria nacional de alimentos, para a construção de um parque eólico no Complexo Eólico Cajuína, no Rio Grande do Norte. O projeto de 160 MW de capacidade instalada, equivalentes a 92 MW médios de energia física, terá 80 MW médios que serão comercializados por meio de um contrato (PPA) com prazo de 15 anos a ser firmado entre a joint venture e a BRF, com início de vigência em 2024.

O investimento total no projeto será de aproximadamente R$ 825 milhões, cerca de R$ 5,2 milhões por MW instalado. O complexo eólico de Cajuína compreende ao todo potência instalada de 1,2 GW e já tem mais dois outros PPAs firmados, com a Ferbasa e a Minasligas. A BRF entra na sociedade com investimento de R$ 80 milhões e, por entrar como autoprodutora no empreendimento, reduz o pagamento de encargos sobre o consumo.

A previsão da BRF é atender até um terço de sua demanda energética no País com a sociedade. A iniciativa ajuda ainda a companhia a atingir sua meta de ter 50% de sua matriz de energia renovável até 2030. Atualmente, a AES Brasil conta com um portfólio de ativos 100% renováveis de capacidade instalada total de 4,4 GW, sendo 2658,4 MW hídrico, 1435,9 MW eólico e 294,1 MW solar. Em desenvolvimento, com projetos eólicos e solares, o plano é adicionar até 1,5 GW de capacidade instalada.

DRONE INCINERA BALÕES E PIPAS EM LTs

Atransmissora ISA Cteep desenvolveu, em parceria com a empresa Drone Power, um drone que incinera objetos que caem nas linhas de transmissão e podem afetar o fornecimento de energia elétrica, como balões e pipas. A ideia é deixar de interromper, sempre que possível, a linha afetada, além de reduzir em mais de 80% o tempo para a remoção do objeto. A tecnologia foi homologada pela Anac - Agência Nacional de Aviação Civil.

Copel adquire drones para inspeção

ACopel adquiriu 100 drones para uso em inspeções em linhas de distribuição de média e alta tensão no Paraná. Os equipamentos visam inspeções preventivas e corretivas nos mais de 200 mil quilômetros de linhas de distribuição da companhia. A ideia da Copel é garantir mais segurança e agilidade aos trabalhos de eletricistas, que todos os dias precisam verificar linhas, chaves, transformadores e demais equipamentos da rede, especialmente em locais de difícil acesso. Cerca de 100 profissionais

da empresa foram treinados em Cascavel, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Curitiba para operarem os novos drones. Também será utilizado um software para transmitir as imagens e informações dos drones para a central da Copel em tempo real.

Para a empresa, os principais ganhos se darão em áreas rurais, no entorno das cidades e também no litoral, em regiões onde somente é possível chegar de barco, locais em que as operações de manutenção são mais complexas. Na primeira fase do projeto, a empresa atestou, em algumas inspeções em áreas de mais difícil acesso, uma queda média de dez dias por trecho para três dias em 2020. A expectativa é a de que isso seja ainda mais reduzido com o aumento da quantidade de equipamentos. Até então, a Copel tinha 19 drones para inspeções, adquiridos em 2018 basicamente para testes. Com os novos equipamentos, mais inspeções estão sendo feitas em toda a rede da empresa no Paraná.

Objetivo é usar os equipamentos para inspeções preventivas e corretivas em mais de 200 mil km de linhas

O drone, controlado remotamente, tem dispositivo acoplado que emite sopro de fogo rápido e direcionado, incinerando os objetos. O desenvolvimento do protótipo envolveu uma série de testes, feitos pela companhia em um ambiente controlado. O objetivo foi avaliar a eficácia e a aeronavegabilidade.

O projeto foi desenvolvido por meio de P&D da Aneel e integra o Programa de inovação em produtividade da manutenção da empresa. Desde o ano passado, a companhia intensificou o uso de drones em suas atividades, otimizando a inspeção dos ativos, das faixas e das subestações. Em 2020, a ISA Cteep investiu cerca de R$ 14,2 milhões em projetos de inovação.

O vídeo demonstrativo do drone pode ser acessado no Youtube pelo link www.youtube.com/watch?v=qpY Z616a3N4

MME REALIZARÁ LEILÃO DE RESERVA DE CAPACIDADE

OMME - Ministério de Minas e Energia vai realizar em 21 de dezembro leilão para contratação de potência elétrica e de energia associada, também denominado leilão de re serva de capacidade. O certame está baseado em estudos de planejamento da EPE - Empresa de Pesquisa Energé tica que apontam para a necessidade de potência adicional no sistema para os próximos anos.

Na prática, o leilão foi dimensionado para contratar capacidade de geração de energia a ser instalada e ficar disponível para ser acionada apenas nas horas em que for necessário reforço extra para atendimento a picos de demanda, conforme decisões de despacho pelo ONS. Essas usinas diferem, portanto, das termelétricas da base, que são planejadas para operar durante a maior parte do tempo.

A definição de diretrizes para o leilão está fundamentada nas alterações no marco legal promovidas pela Medida Provisória no 998, de 1o de setembro de 2020, convertida na Lei 14.120, de 1o de março de 2021, do Decreto no 10.707, de 28 de maio de 2021, que regulamentou a contratação de reserva de capacidade na forma de potência, bem como das contribuições recebidas na Consulta Pública no 108, de 2021.

Todas as usinas candidatas a participar do Leilão de Reserva de Capacidade deverão se submeter ao processo de habilitação técnica pela EPE, em que será verificado o cumprimento dos requisitos técnicos e formais, com o objetivo de reduzir os riscos quanto à viabilização dos projetos.

Foi estabelecido no leilão preço teto de R$ 600/MWh para o CVU dos agentes interessados em participar. O maior teto para o CVU permitirá maior oferta e competição no leilão, com disputa que permitirá a redução dos custos fixos, beneficiando o custo final para os consumidores. O pagamento pelas usinas se dará por dois componentes: os custos fixos, para cobrir os investimentos na construção e a manutenção da usina, que funcionam como um aluguel para que fiquem disponíveis ao sistema, definidos em R$/ano; e os custos variáveis (CVU), para cobrir principalmente os custos com a compra de combustível, pagos apenas pelas horas em que a usina efetivamente precisou ser acionada.

ZLETRIC BATE RECORDE DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS

Astartup Zletric conseguiu captar, em apenas 90 minutos, R$ 5 milhões de investidores na plataforma CapTable, hub de investimentos para startups. Por meio de operação realizada via oferta pública, o montante adquirido é considerado um recorde de investimentos coletivos da CapTable.

A startup de recarga rápida conseguiu R$ 5 milhões na plataforma de investimentos CapTable

Atuando no modelo de energy as a service (energia como um serviço), a startup atraiu 207 investidores ao oferecer solução inteligente para recarga de veículos elétricos e híbridos, fornecendo energia por meio de uma rede que abrange espaços comerciais e residenciais em diferentes localidades do país. A startup foi criada em 2019 e desde então já instalou mais de 100 estações e pretende entregar mais de 300 até o final do ano, em diferentes estados. A tecnologia foi desenvolvida e fabricada no Brasil.

O valor captado pela Zletric será destinado ao plano de expansão, que pretende triplicar o negócio. Cerca de 48% dos recursos serão investidos na expansão da rede, na fabricação de novos equipamentos e na instalação das estações em pontos estratégicos do País. Outros 22% do valor serão destinados a vendas e marketing, e o restante será utilizado para os demais custos que vão sustentar as operações nos próximos dois anos.

Com o encerramento da captação da Zletric, a CapTable está próxima da sua segunda dezena de captações concluídas neste ano. A plataforma, que já con ta com mais de 5 mil investidores ativos, acaba de superar os

Recursos captados por energytechs em 2021 superam US$ 60 milhões

As startups nacionais do setor de energia, batizadas de energytechs, já receberam US$ 66,4 milhões para financiar seus projetos em 2021. O volume, considerado um recorde, já representa mais de 78% do total arrecadado desde 2015. Com 157 energytechs, desde o primeiro ano monitorado pelo levantamento Distrito Mining Report EnergyTech 2021, o setor já arrecadou US$ 85 milhões.

Segundo o estudo, as energytechs se dividem em seis grupos. A categoria com maior representatividade é a de energia renovável (36,3%), formada por startups que investem, produzem ou distribuem energia limpa a partir de fontes alternativas. Em seguida, ficam as especializadas em gestão energética (19,7%), focadas em soluções de gestão inteligente do consumo. Com 23 startups cada, aparecem na sequência as empresas de eficiência energética (14,6%) e as de internet da energia (14,6%), da qual participam startups com soluções em internet das coisas (IoT) e análise de dados da cadeia produtiva. Por fim, as startups que operam na comercialização de energia representam 8,9% e as de baterias, 5,7%.

Em investimentos, as energytechs especializadas em energia renovável são as mais representativas, atraindo a maior parte dos aportes dos fundos de venture capital. Desde 2015, elas captaram mais de US$ 62 milhões. Duas empresas dessa área estão entre as mais bem financiadas: a Solfácil, de energia solar FV, com mais de US$ 36,6 milhões captados, e a Órigo Energia, fintech desse segmento também, que em abril deste ano recebeu um aporte de US$ 19,3 milhões.

O estudo completo pode ser acessado no link www.docsend.com/view/2x94x959 kdnu4wnr

O volume de recursos no ano já corresponde a 78% do total investido nas startups desde 2015 no Brasil

R$ 30 mi lhões captados para 19 startups em 2021. O plano é alcançar a marca de R$ 100 milhões investidos até o fim de 2021.

ESFERA ADQUIRE NORTEN PARA CRIAR PROJETO DE GD

Acomercializadora Esfera Energia ad quiriu a Norten Energia, em presa mineira que desde 2015 apoia investidores e usinas de energia na estruturação de operações em geração distribuída. Juntas, as empresas pretendem lançar ao mercado, ainda este ano, um projeto de GD.

A iniciativa, segundo revelou em comunicado a Esfera, visa dar autonomia para os consumidores escolherem o tipo de energia a ser adquirida. Pelo planejamento, os geradores distribuirão a energia renovável na plataforma da Esfera, que será responsável por conectá-los com consumidores finais. O projeto terá início ainda em 2021, mas com lançamento oficial em 2022. Em três anos, a expectativa é atingir mais de 200 mil unidades consumidoras.

Além da atuação em comercialização de energia, a Esfera atua como uma empresa de tecnologia e de gestão inteligente de energia elétrica, com inteligência de dados e informações de mercado. Presente em 20 estados do País, atende mais de 130 grupos empresariais e gerencia mais de 320 unidades consumidoras no ACL.

Projeto será lançado ainda neste ano e meta é atingir 200 mil unidades consumidoras até 2022

BRASIL TORNA-SE MAIS ATRATIVO PARA RENOVÁVEIS

Um estudo da consultoria EY aponta que o Brasil saltou quatro posições em ranking global de energia renovável que envolve 40 países, passando para o 11o lugar e se consolidando como líder na América Latina. As informações constam do Índice de Atratividade de Países em Energia Renovável (Recai, na sigla em inglês). Produzido desde 2003, o Recai classifica os principais mercados do mundo em relação à atratividade de seus investimentos e oportunidades de implantação de energia renovável, como eólica e solar.

Alguns fatores, segundo a consultoria, explicam a melhoria de posição do Brasil. Entre eles, destacam-se o maior incentivo público e a melhoria nas regras referentes ao setor de fon-

O País agora ocupa a 11a posição global e lidera na América Latina, segundo estudo da consultoria EY

tes alternativas renováveis, o câmbio favorável para investimentos internacionais e a demanda interna por fontes alternativas. Outro ponto favorável foi o avanço no mundo corporativo do conceito ESG (governança ambiental, social e corporativa), pelo qual as empresas valorizam o uso de energias limpas em seus negócios.

O estudo da EY destacou ainda o avanço da energia eólica onshore no Brasil e a perspectiva favorável de investimentos futuros na offshore, que já conta com 46,6 GW de projetos em licenciamento no Ibama.

No ranking geral do Recai, Estados Unidos e China seguem nas primeiras colocações globais. Já o Leste Asiático, assim como o Brasil, também desponta como destino com alto potencial para investimentos. À frente do Brasil estão países como Reino Unido (4o lugar), França (5o), Austrália (6o) e Alemanha (7o). O mercado de energia renovável registrou, no ano passado, investimentos de mais de US$ 300 bilhões de dólares.

MAIOR UTE A BIOMASSA DO PAÍS INICIA TESTES

Foi autorizado pela Aneel o início dos testes de geração da Usina Termelétrica Bracell, localizada em Lençóis Paulista, interior de São Paulo. Com capacidade instalada de 409,307 MW, quando em operação a UTE Bracell se tornará a maior usina movida a biomassa no País.

O empreendimento pertence à indústria de papel e celulose Bracell, por sua vez controlada pela Royal Golden Eagle Group (RGE), de Cingapura, que adquiriu a Lwarcel Celulose, do grupo Lwart, de Lençóis Paulista, em 2018. A usina faz parte de um complexo para a produção de celulose solúvel que será autossuficiente em energia e com capacidade de transferir excedentes de geração limpa e renovável ao SIN - Sistema Interligado Nacional.

A UTE é composta por três unidades geradoras operando em sistema de cogeração, sendo movida a partir dos resíduos da produção de celulose solúvel. O sistema de energia é da Siemens Energy, que forneceu pacote que envolve três turbogeradores, uma subestação turnkey isolada a gás (GIS) de 440 kV e recursos para distribuição e gerenciamento energético da unidade industrial. Com 420 MW de capacidade instalada, as unidades entregues pela Siemens são do modelo SST-600, concebidas para transformar em eletricidade o vapor gerado pelas caldeiras que queimam os resíduos do processo. A subestação tem capacidade instalada de 420 MVA, que permitirá, segundo a Siemens, a colocação de excedente aproximado de 180 MV a 200 MV. A previsão é que os testes sejam finalizados até novembro.

GNA 1 entra em operação no Porto do Açu

Ausina termelétrica GNA - Gás Natural Açu, joint venture formada pela BP, Siemens SPIC Brasil e Prumo Logística, entrou em operação comercial em setembro. Com investimentos totais de quase US$ 1 bilhão, a GNA I é movida a gás natural, fica localizada no Porto do Açu, região norte do estado do Rio de Janeiro, e tem 1338 MW de capacidade instalada, sendo a segunda maior do País.

Além da UTE GNA I, ainda está prevista a construção da UTE GNA II, com 1672 MW de capacidade instalada. Com 3 GW de energia assegurados em contratos de longo prazo e 3,4 GW adicionais de expansão licenciada através dos projetos GNA III e GNA IV, o complexo total de 6,4 GW se torna o maior da América Latina e inclui um terminal para movimentação de gás natural liquefeito (GNL), onde está atracada a unidade flutuante FSRU BW Magna, com capacidade para armazenar e regaseificar até 28 milhões de m³/dia.

Para refinanciar as dívidas para a construção da UTE GNA I, a GNA concluiu recentemente a emissão de debêntures de infraestrutura, no valor de R$ 1,8 bilhão. A transação contou com o BNDES como investidor e estruturador da operação. A localização do Porto do Açu, próximo aos campos produtores de gás offshore, à malha de gasodutos terrestres e ao circuito de transmissão 500 kV de energia, segundo a empresa, possibilitará a expansão do hub de gás e energia a partir do recebimento, processamento e transporte do gás natural associado e da integração entre o setor de gás com setores elétrico e industrial. O investimento total planejado para o complexo de gás e energia da GNA é de cerca de US$ 5 bilhões.

Termelétrica a gás tem 1338 MW e é resultado de US$ 1 bilhão em investimentos

A térmica da Bracell, em Lençóis Paulista, tem potência instalada de 409,3 MW

Inversores de Frequência Mitsubishi Electric

A melhor escolha para uma linha completa de aplicações.

Desde a década de 80, a família de inversores de frequência FREQROL da Mitsubishi Electric é utilizada em máquinas, sistemas, equipamentos e painéis de alta confiabilidade, funcionalidade e flexibilidade, oferecendo recursos pensados para melhorar a produtividade, segurança e reduzir o consumo de energia, substituindo instalações de partida direta ou soft-starters em aplicações de ventilação, bombeamento e compressores, além de facilitar o trabalho do usuário, através da manutenção dos parâmetros principais em comum entre os modelos atuais e as gerações anteriores. São produtos de alta qualidade, fabricados no Japão, com as principais certificações globais da Indústria, o que auxilia na comercialização de máquinas ou sistemas com inversores integrados para soluções instaladas em outros países. Tudo isso, com o apoio de uma vasta rede de distribuidores e integradores de sistemas ao redor do país. Acesse os nossos canais de comunicação e conheça mais.

mitsubishielectric.com.br/ia

mitsubishielectric.com.br/facebook

mitsubishielectric.com.br/instagram Leia o QR Code com seu celular para saber mais sobre os nossos inversores de frequência.

NOTAS

Outorga GSF – A diretoria da Aneel estendeu o prazo de outorga de usinas participantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), parte do acordo para repactuação das ações judiciais contra o GSF (risco hidrológico). Das 144 usinas repactuadas, 79 são Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e 65 são Usinas Hidrelétricas (UHEs). O prazo médio de extensão ponderado pela garantia física de cada uma foi de cerca de 2,5 anos, sendo que 39 delas tiveram extensão máxima permitida, de 7 anos. Os valores econômico-financeiros a serem compensados aos titulares de outorgas do MRE somaram aproximadamente R$ 8,62 bilhões e foram convertidos nos prazos de extensão. Tratase da segunda etapa da homologação dos prazos. Na primeira fase, foram estendidas as outorgas de 346 usinas, entre PCHs e UHEs, que não haviam repactuado o risco hidrológico. De acordo com a CCEE, que calculou o prazo de extensão das outorgas na época, o prazo médio de cada usina foi de aproximadamente 2,7 anos.

PPA– A EDP Renováveis fechou um contrato de compra de energia (PPA, em inglês) de 15 anos com a Procter & Gamble. O contrato, de 127,5 MW, que evitará a emissão de mais de 130 mil toneladas de CO2 por ano, está vinculado a dois projetos que entrarão em funcionamento em 2023 na Espanha, localizados em Peñaflor (Valladolid), com 100 MW de capacidade instalada, e Sierra de la Venta (Albacete), com uma capacidade instalada de 47,5 MW, dos quais 27,5 MW fazem parte do PPA assinado com a P&G. Com o acordo, cerca de 40% da energia necessária para abastecer as fábricas da P&G em toda a Europa será produzida no país europeu e proveniente de fontes renováveis.

VE com cesto aéreo – A Enel Distribuição São Paulo trouxe para o mercado nacional um caminhão elétrico com cesto aéreo e zero emissão de carbono. Entre as vantagens do veículo elétrico, a companhia destaca a baixa necessidade de manutenção preventiva e corretiva e menor necessidade de revisão nos sistemas internos, além da possibilidade de o cesto aéreo realizar tarefas operacionais de forma mais ágil, segura e simplificada. O projeto, orçado em R$ 460 mil, foi custeado pela companhia e desenvolvido pela equipe de Mobilidade e Frota da Enel Brasil, em parceria com a Jac Motors e Terex Corporation. Com fabricação 100% elétrica, o equipamento possui um cesto aéreo também elétrico de 10 metros, capacidade para uma pessoa e suporta cerca de 136 quilos. O veículo possui autonomia de rodagem que chega a 250 quilômetros, e a possibilidade de até 12 horas ininterruptas de trabalho.

Resultados financeiros – A CPFL Energia teve lucro líquido de R$ 1,126 bilhão no segundo trimestre de 2021, aumento de 143,6% em relação ao mesmo período de 2020. Segundo a companhia, o resultado foi alcançado pelo bom desempenho em geração de energia eólica (a melhor incidência de ventos no Nordeste levou à expansão de 38,2% na produção das usinas eólicas) e pela recuperação da venda de energia na área de concessão (com destaque para o consumo da classe industrial, que superou os níveis pré-pandemia). A atualização do ativo financeiro da concessão das distribuidoras também contribuiu para o resultado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 2,054 bilhões, 70% superior ao registrado no segundo trimestre do ano passado. As vendas de energia cresceram 12,9% no período e superaram em 1,5% o nível pré-pandemia (segundo trimestre de 2019).

Empregos – A indústria elétrica e eletrônica abriu 14,5 mil postos de trabalho no primeiro semestre de 2021, conforme dados da Abinee, com base em informações do Novo Caged. No mês de junho, foram abertas 1555 novas vagas. Esse foi o sexto incremento consecutivo no nível de emprego do setor, que totalizou 262,6 mil funcionários diretos ao final do mês ante 248,1 mil em dezembro do ano anterior.

This article is from: