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No Circuito
from EM - Dezembro 2021
ISA CTEEP IMPLEMENTARÁ BATERIAS NA REDE
AISA CTEEP conseguiu aprovação da Aneel para o primeiro projeto de armazenamento de energia em baterias em larga escala conectado à rede de transmissão do País. O sistema será instalado na subestação de Registro (SP), uma das responsáveis pelo suprimento de energia no litoral sul paulista.
As baterias de lítio serão instaladas em uma área de aproximadamente 4 mil m², com porte equivalente a cerca de 30 contêineres, e terão 30 MW de potência instalada, o que garante
o atendimento da demanda máxima do litoral sul, de aproximadamente 400 MW, e beneficia por volta de dois milhões de consumidores. A tecnologia vai atuar nos momentos de pico de consumo, como um reforço à rede, assegurando energia adicional por até duas horas, totalizando 60 MWh. Isso evitará interrupção no fornecimento de energia devido ao excesso de demanda no período.
O investimento autorizado pela Aneel é de R$ 146 milhões e a previsão de entrega da obra é novembro de 2022. Com esse prazo, a ideia é atender à demanda do verão a partir do próximo ano. A Receita Anual Permitida (RAP) devido à implantação do empreendimento será de aproximadamente R$ 27 milhões.
Como vantagem, o sistema de armazenamento em baterias poderá ser utilizado em várias aplicações no alívio de pontos de congestão do sistema elétrico, em serviços ancilares. Entre eles, atuará no controle de tensão e frequência e na compensação da variabilidade de geração de energia eólica e solar, possibilitando maior integração das fontes renováveis ao SIN. Além disso, o sistema evitará aplicação de geradores a diesel, que no caso de Registro equivaleria a 350 mil litros do combustível.
Transmissora recebeu aprovação da Aneel para projeto a ser instalado em Registro (SP) Quatro linhas fazem parte da pesquisa de viabilidade, com versões elétrica, híbrida, com turbina a gás e a células de hidrogênio
EMBRAER: AERONAVES COM PROPULSÃO RENOVÁVEL
AEmbraer apresentou recentemente uma família de aeronaves, em modelo conceitual, movidas a vários tipos de energia renovável. Batizada de Energia Family, a linha de pesquisa é resultado de parceria com um consórcio internacional de universidades de engenharia, institutos de pesquisas aeronáuticas e pequenas e médias empresas.
A Energia Family conta com quatro aeronaves de tamanhos variados que incorporam diferentes tecnologias de propulsão: eletricidade, célula de combustível de hidrogênio, turbina a gás de duplo combustível e híbrido- elétrico. Cada aeronave está sendo analisada conforme sua viabilidade técnica e comercial.
Na versão 100% elétrica, o modelo E9-FE, com nove assentos, tem zero emissão de carbono, assim como no modelo de célula de combustível de hidrogênio (E19-H2FC), também de pequeno porte, para 19 assentos. Já o híbrido (E9-HE), com nove assentos, tem 90% de redução de emissão e o de turbina a gás de duplo combustível (hidrogênio e SAF, combustível sustentável de aviação), para até 50 assentos, pode chegar a 100% de redução. A Embraer trabalha como prazos para disponibilidade comercial os anos de 2030 (híbrido-elétrico), 2035 (elétrico e célula de combustível) e 2040 (turbina a gás).
Além do trabalho conceitual com os aviões, a Embraer também testou combustível sustentável de aviação (SAF), misturas de cana de açúcar e combustível derivado da planta de camelina e combustível fóssil, na sua família de E-Jets. A meta da empresa é ter todos os aviões da Embraer compatíveis com SAF até 2030.
Em agosto, a Embraer fez voos com seu demonstrador elétrico, um monomotor EMB-203 Ipanema, 100% movido a eletricidade. Já um demonstrador de célula de combustível de hidrogênio está planejado para 2025 e o eVTOL, um veículo de decolagem e pouso vertical totalmente elétrico e com zero emissão, está sendo desenvolvido para entrar em operação em 2026.
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MOURA INTEGRA ESTUDO DE MOBILIDADE ELÉTRICA
OGrupo Moura está integrando um estudo inédito da SAE Brasil para colaborar no fomento de políticas e desenvolvimento de soluções para a mobilidade no País. A iniciativa busca levantar diferentes realidades percorrendo as regiões mais remotas do
Brasil em um veículo especialmente adaptado para a dinâmica da pesquisa, utilizando as baterias Moura na autonomia elétrica. Iniciado em outubro, o projeto terá duração de 10 meses, e percorrerá mais de 40 cidades, 24 estados e quase 30 mil km.
Em nota divulgada à imprensa, a entidade afirma que o Observatório da Mobilidade SAE Brasil pretende identificar diferentes cenários e necessidades das regiões brasileiras em mobilidade. As soluções identificadas serão apresentadas aos setores públicos e à indústria. Os pesquisadores estão viajando em um furgão modelo Sprinter que foi transformado em motorhome (casa e escritório móvel).
O estudo exigiu o projeto e a adaptação de um sistema elétrico possível de realizar ciclos diários de carga e descarga das baterias. A carga e regeneração será realizada através do próprio movimento do veículo, utilizando o alternador para converter a energia mecânica em energia elétrica. “A bateria tem como principal função armazenar a energia gerada pelo alternador do veículo, que será utilizada para alimentar os equipamentos elétricos da parte casa da van. Para o projeto usaremos as baterias da linha solar série MS, projetada com foco na performance durante o armazenamento de energia solar, mesmo em altas temperaturas”, explica Antônio Júnior, diretor de engenharia da Moura.
O projeto pode ser acompanhado através de https://www.instagram. com/observatoriosaebrasil/
MOVIDA AMPLIA FROTA DE VEs PARA ALUGUEL
Alocadora de veículos Movida passou a contar com mais 150 veículos elétricos Nissan LEAF em sua frota de aluguel que já contava com 72 unidades do modelo. Com isso, a empresa passa a ter 222 unidades, tornando-se a maior frota do tipo no País de carros totalmente elétricos, que estará disponível tanto para o cliente pessoa física quanto jurídica, desde o aluguel eventual até o de longo prazo.
As marcas também vão investir conjuntamente na expansão da infraestrutura de recarga. O acordo inclui a instalação de um hub de recarga na loja da Movida localizada na Vila Moreira, em São Paulo, que foi escolhida em função da localização estratégica e do espaço. O local contará com carregadores rápidos e wallboxes, em uma operação estruturada para atender os usuários e que servi-
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Empresa adquiriu mais 150 veículos da Nissan, com quem também faz investimento em infraestrutura de recarga
rá também como show room para que as empresas interessadas em eletrificar suas frotas possam ver na prática o funcionamento dos carros.
O modelo 100% elétrico da Nissan tem mais de 500 mil unidades vendidas em todo o mundo. A atual geração, a segunda do modelo, é comercializada no Brasil desde 2019. O modelo é vendido em mais de 50 mercados pelo mundo. Com baterias de íon-lítio de 40 kWh, o conjunto entrega potência equivalente a 149 cavalos (110 kW) e torque de 32,6 kgfm. Em estudo comparativo com automóvel a combustão, a redução de custos de recarga/abastecimento do modelo da Nissan pode chegar a 75%.
CEARÁ ATRAI EMPRESAS PARA HUB DE H2
Ogoverno do Ceará assinou mais quatro protocolos de intenções com indústrias interessadas em produzir hidrogênio verde no hub em planejamento no Complexo do Porto do Pecém. São as empresas brasileiras Eneva, Diferencial, Hytron e H2Hellium. Com elas, já são nove grupos com intenção de produzir o combustível verde a partir da vasta energia renovável do estado, principalmente eólicas e solares.
As australianas Energix Energy e Fortscue, a francesa Qair, a White Martins e a Neoenergia já haviam assinado protocolos entre os meses de fevereiro e setembro. A EDP anunciou em outubro a primeira usina de H2V do Ceará que já deve iniciar operação em 2022, em escala piloto. O hub foi anunciado em fevereiro, quando também foi criado, por meio de decreto estadual, um grupo de trabalho com representantes de secretarias de estado, do Complexo do Pecém (CIPP S/A), Federação das Indústrias do Ceará e Universidade Federal do Ceará.
A Diferencial Energia opera com comercialização de energia, projetos de geração e consultoria. Além da venda de energia de novos projetos no ACL, a empresa tem 1,1 GW próprios. A Eneva é empresa integrada de energia, parque de geração térmica de 2,2 GW, que representa 9% da capacidade de geração térmica do País. A capacidade total instalada atingirá 2,8 GW até 2024, com a entrada em
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Com as novas assinaturas de protocolos, nove grupos já têm planos de produzir o combustível verde no Pecém
Fundo de 1,5 bi de euros vai financiar hidrogênio verde
As empresas Air Liquide, Total Energies e Vinci Concessions se uniram para patrocinar a criação do maior fundo do mundo dedicado a soluções de infraestrutura de hidrogênio verde (H2V), produzido a partir de energia renovável. O fundo pretende atingir 1,5 bilhão de euros e já garantiu compromissos iniciais de 800 milhões de euros. O objetivo é acelerar o crescimento do ecossistema do H2V, investindo em grandes projetos estratégicos e alavancando a aliança de players industriais e financeiros.
O fundo investirá em toda a cadeia de valor do hidrogênio renovável e de baixo carbono, nas regiões mais promissoras das Américas, Ásia e Europa, e contará com a participação de mais empresas. As três engajadas recentemente servem como patrocinadores-âncora e cada uma se comprometeu a investir 100 milhões de euros. O fundo será administrado pela Hy24, uma nova joint venture 50/50 entre a Ardian, uma casa de investimento privada líder mundial, e a FiveT Hydrogen, uma plataforma de investimento que promove o H2V. A Air Liquide é uma das maiores produtoras de gases industriais do mundo, entre eles o hidrogênio.
A ideia com o fundo, segundo comunicado conjunto das empresas, é desbloquear projetos de grande escala em desenvolvimento e acelerar a expansão dos mercados. Com o anunciado apoio de políticas públicas e alguma utilização de financiamento de dívida, o fundo deverá promover projetos de hidrogênio com um valor total de cerca de 15 bilhões de euros.
operação de três novas usinas, sendo considerada a maior operadora privada de gás natural do Brasil, com uma capacidade de produção de 8,4 milhões de m³ por dia.
Já a H2helium desenvolve projetos e presta consultoria em energia de baixo carbono e conta com consultores internacionais em mercados e economia do hidrogênio verde, além de modelagem econômico-financeira de projetos de hidrogênio e amônia verde. A Hytron iniciou suas atividades em 2003 como spin off da Unicamp, tendo desenvolvido tecnologia própria para a produção de H2 verde, e em 2020 foi adquirida pelo grupo alemão Neuman & Esser.
BIOGÁS DEVE CRESCER 30% EM 2021
Uma estimativa da ABiogás - As sociação Brasileira do Biogás prevê que o segmento deve fechar 2021 com crescimento de 30% em novos projetos. Até 2030, a entidade prevê uma produção de 30 milhões m³/dia de biometano, e 3 GW de capacidade instalada em geração elétrica a partir do biogás. Para o presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann, atingir a meta estipulada para 2030 será importante para ofertar ao País uma fonte alternativa de geração de energia renovável, necessária em meio à crise no setor energético, e com grande poder de redução nas emissões de gases do efeito estufa. “O biogás tem este potencial gigantesco, não explorado e que está sendo desperdiçado. Trata-se de um combustível avançado, carbono neutro, e que pode ajudar a descarbonizar as emissões de metano da agropecuária, em geral, e de tudo aquilo que é difícil de descarbonizar com uma simples eletrificação, como a indústria de aço, de cimento e química, por exemplo. O biogás é uma energia firme e despachável, que se encontra em fase inicial de desenvolvimento, e deverá crescer tanto quanto a solar e a eólica no Brasil”, argumenta.
Para o presidente da ABiogás, o Brasil tem o maior potencial do mundo para a produção de biogás. “Se todos os resíduos produzidos hoje pela agropecuária e pelo saneamento tivessem aproveitamento energético, poderíamos suprir 35% da
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demanda de energia elétrica e 70% do consumo de diesel no país”, afirmou.
Segundo o estudo da ABiogás, o potencial total do Brasil – que ultrapassa a projeção para 2030 –, é de 120 milhões de m³ por dia. O setor sucroenergético representa quase 50% do potencial, seguido da cadeia de proteína animal, com 32%. Contudo, o setor de saneamento, que tem 6% do potencial, é o que deve se reverter em projetos de forma mais acelerada nos próximos anos, segundo a entidade. para a gerente executiva da ABiogás, Tamar Roitman, apesar de novas tecnologias estarem impulsionando o biogás, o segmento enfrenta desafios como a falta de políticas públicas e de valorização dos atributos associados ao biogás, como a transformação de resíduos em novos insumos e produtos. Segundo ela, veículos pesados movidos a gás ou biometano, que entraram recentemente no mercado brasileiro, também estão ajudando a fomentar o mercado de biogás. “O Brasil já tem produção nacional de veículos pesados a gás, e em breve teremos tam-
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Até 2030, ABiogás prevê 3 GW de capacidade instalada em geração elétrica a partir do biogás
bém tratores, colheitadeiras e outros equipamentos movidos a gás, que poderão ser abastecidos com o biometano produzido no próprio local de consumo”, comentou.
EDP RENOVÁVEIS VAI INVESTIR R$ 99,9 BI EM EÓLICAS
AEDp Renováveis vai investir 12,86 bilhões de libras esterlinas (R$ 99,9 bilhões) no Reino Unido até 2030. O investimento é adicional ao já realizado pela Ocean Winds, joint venture formada pela EDp e pela Engie dedicada à energia eólica offshore no Reino Unido, nos projetos offshore de Moray East e Moray West, que chegaram a 2,65 bilhões de libras (R$ 20,6 bilhões).
O mercado britânico é considerado estratégico para o grupo português. A nova fase de investimento marca a entrada em renováveis onshore. Em julho deste ano, a empresa anunciou a aquisição de duas carteiras de projetos de energias renováveis, tanto eólica como solar, com uma capacidade prevista de 544 MW. A aquisição reforça a presença da empresa no Reino Unido, diversificando e complementando as suas operações offshore já estabelecidas, onde atualmente há 1 GW de capacidade bruta em construção e 900 MW em desenvolvimento, através da Ocean Winds.
A empresa procura novas oportunidades em aquisição de projetos eólicos onshore e no momento nego-
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Grupo português considera mercado estratégico e amplia aportes para usinas onshore, depois de ter investido em eólicas offshore
cia 200 MW com parceiros locais. Já em offshore, com uma capacidade de 950 MW e 100 turbinas, o complexo Moray East é o maior parque eólico da Escócia e se encontra atualmente na última fase de construção. A última turbina foi recentemente instalada e a preparação e o início das operações estão previstos para abril de 2022.
Já a eólica offshore Moray West é um projeto de aproximadamente 900 MW, que será o foco de uma proposta agendada para o início de 2022. O empreendimento está em fase de negociação de contratos de cadeia de fornecimento e a Ocean Winds já conseguiu assegurar um acordo de proposta preferencial com um fornecedor de turbinas. O início da construção está previsto para 2022.
HUAWEI FECHA PARCERIA COM WDC NETWORKS
Amultinacional Huawei, através de sua nova subsidiária, a Huawei Digital Power, fechou uma parceria estratégica com a WDC Networks, empresa focada no aluguel de tecnologia (Technology as a Service), nos setores de telecomunicações, TI, energia solar e áudio e vídeo pro fissional, com o objetivo de oferecer no Brasil locação das soluções em in fraestrutura de datacenters (Edge e Central) e armazenamento de ener gia (ESS - Energy Storage System). Essas soluções incluem equipamentos como controle inteligente de temperatura e energia, baterias de lítio, e sistemas híbridos de energia que suportarão a infraestrutura de 5G. As duas empresas já haviam fechado uma parceria em junho deste ano, para trazer ao mercado de energia solar fotovoltaica novas soluções tecnológicas para os segmentos de alta-potência e sistemas híbridos (on-grid e off-grid), com uso de baterias de lítio para expandir sua atuação dentro dos segmentos de residências mais sofisticadas, comércios e indústrias de médio e grande porte.
A expectativa é de que a tecnologia de Digital Power tenha um faturamento de US$ 20 bilhões no mundo todo em 2025. As soluções visam ajudar as operadoras de telecomunicações a simplificar as implantações, aprimorar a confiabilidade de energia, aumentar a eficiência energética e tornar O&M (Operation & Maintenance) inteligente, permitindo que as redes TIC evoluam para 5G em nuvem mais facilmente. “Essa novidade tem como objetivo potencializar ainda mais a parceria entre a WDC e a Huawei. Agora, além da parceria no Solar, fazemos parte do segmento de toda a infraestrutura de datacenters, especialmente para atender uma demanda crescente de ‘Edge Datacenters’, totalmente alinhado com as necessidades de criar infraestrutura necessária para o 5G e IoT”, declarou em nota divulgada à imprensa o CEO e fundador da WDC Networks, Vanderlei Regatieri.
Regatieri afirmou ainda que cada nova geração das tecnologias de telefonia móvel normalmente dobra o consumo de energia em função do aumento da necessidade de redes em geral. Segundo ele, as operadoras de celular no Brasil gastam mais de R$ 2 bilhões por ano só com
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energia. “As soluções da nova subsidiária da Huawei podem reduzir drasticamente o consumo de energia, em alguns casos com até 30% de economia. Além de telecom, acreditamos que outros setores, como o agronegócio e indústrias, serão beneficiados por essas soluções”, comentou. “Acreditamos na sinergia das nossas unidades de negócio (Solar, Telecom e Enterprise) e essa visão também é compartilhada pela Huawei, que abraça ainda mais a cooperação de todas as áreas para um movimento sem retorno, de consumo inteligente e soluções para o futuro”, conclui o executivo.
ANGRA PARTNERS ENTRA NO CONTROLE DA RENOVA
ARenova Energia assinou contrato para o ingresso de um Fundo de Investimento em Participação (FIP), administrado pela Angra Partners, no bloco de controle da companhia. A entrada do FIP se dará pela aquisição das ações pertencentes à Cemig GT, subsidiária da Cemig.
A transação visa a captação de recursos para desenvolvimento de projetos futuros nos segmentos de energia eólica e solar, áreas de atividade da Renova, que está em processo de recuperação judicial. Além das ações, o fundo adquiriu também os créditos detidos pela Cemig GT contra a Renova.
Com fechamento previsto da operação para os próximos meses, com a transação a Angra Partners passa a deter 30,3% do capital votante da companhia e compartilhará o controle da companhia com os demais acionistas do bloco de controle. A Angra Partners já era acionista da Renova, via FIPs, e seu ingresso no controle da companhia é visto como importante para consolidar o processo de recuperação judicial aprovado em dezembro de 2020.
A transação ocorre no momento em que a Renova se prepara para iniciar as operações do Parque Eólico Alto Sertão III, fase A, principal projeto da companhia, com 437 MW de capacidade instalada, localizado em seis municípios da Bahia (Caetité, Igaporã, Pindaí, Licínio de Almeida, Riacho de Santana e Guanambi).
Além do parque Alto Sertão III, fase A, a Renova tem em seu pipeline projetos com potencial de geração de 6 GW em toda região Nordeste e já tem licença ambiental para parques eólicos com potencial de geração de 1,5 GW.
Negociação faz parte de processo de recuperação judicial da Renova e garante 30,3% do capital votante
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NOTAS
Evolução – A CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica superou em outubro de 2021 a marca de 12 mil agentes. O volume cresceu 14,6% na comparação com o mesmo mês em 2020, quando somava 10.507 associados. O crescimento deve-se sobretudo pela ampliação do mercado livre. Tam bém houve crescimento no número de comercializadoras habilitadas para atua ção na Câmara: de 389, em outubro de 2020, para 451, em 2021. O total de geradoras saltou de 1692 para 1786. Atualmente, a CCEE conta ainda com a participação de 52 distribuidoras de energia.
Ônibus elétrico – A Enel X Brasil iniciou recentemente a operação dos seus primeiros ônibus elétricos no País. Por meio de uma parceria com a Prefeitura do Rio no programa Verão Verde, a empresa vai oferecer três ônibus elétricos, que farão passeios turísticos gratuitos nas principais atrações culturais do bairro de Madureira. O tour cultural percorre 10km em aproximadamente 60 minutos. A Enel X também é responsável pela instalação da infraestrutura de recarga para os ônibus, além da seleção e treinamento dos condutores dos veículos.
Expansão – A Tramontina ampliou sua fábrica de materiais elétricos, localizada no município de Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul. Foi realizada a incorporação de um novo pavilhão industrial de 7438 mil m², aumentando a área construída para 42,9 mil m². A expansão, segundo a empresa, foi motivada pelo crescimento da unidade, que vem ampliando continuamente o seu mix de produtos destinados às instalações elétricas. O projeto do novo pavilhão conta com soluções que priorizam a eficiência energética, como luminárias LED e placas prismáticas.
Geração eólica – Em geração eólica, a Neoenergia contabilizou 748 GWh no terceiro trimestre de 2021, um aumento de 12,48% em comparação ao mesmo período de 2020, impulsionado pelos ventos além da expectativa no ano. Adicionalmente, o período foi marcado pelo início antecipado da operação comercial das 53 primeiras turbinas do Complexo Chafariz (PB), acrescentando capacidade instalada de 184 MW à companhia, que chegou a 700 MW. Com a conclusão de Chafariz, serão somados 471 MW, totalizando um incremento de 987 MW de energia eólica. Além disso, a Neoenergia concluirá o complexo eólico Oitis (PI/BA), que adicionará 566,5 MW à capacidade instalada da empresa.