Portugal Turístico
arqa a102 ARQUITETURA E ARTE
mai|jun 2012 | €11,00
arqa
Ano XIII – maio|junho 2012 €11,00 (continente) – €16,00 Espanha
Portugal Turístico Promontório
Atelier Bugio Cannatà & Fernandes
Carrilho da Graça Inês Lobo SPBR AND-RÉ
Paulo Martins Barata Luís Tavares Pereira Ricardo Camacho Madalena Cunha Matos Pedro Barreto Fernando S. Salvador + Margarida G. Nunes Matilde Seabra CasaGranturismo Guimarães 2012
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ISSN: 1647- 077X
Portugal Turístico
arqa a102 ARQUITETURA E ARTE
Propriedade:
mai|jun 2012 |��11,00
matérias
arqa
Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos autores
R. Alfredo Guisado, 39 – 1500-030 LISBOA Telefone: 217 703 000 (geral) 217 783 504/05 (diretos) Fax: 217 742 030 futurmagazine@gmail.com
Promontório
Atelier Bugio Cannatà & Fernandes
Carrilho da Graça Inês Lobo SPBR AND-RÉ
Paulo Martins Barata Luís Tavares Pereira Ricardo Camacho Madalena Cunha Matos Pedro Barreto Fernando S. Salvador + Margarida G. Nunes Matilde Seabra CasaGranturismo Guimarães 2012
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ISSN: 1647- 077X
Diretor Geral Edmundo Tenreiro etenreiro@revarqa.com
Foto: FG+SG
ÍNDICE
Ano XIII – maio|junho 2012 �11,00 (continente) – �16,00 Espanha
Portugal Turístico
PROMONTORIO - L’AND VINEYARDS HOTEL
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A R Q U I T E T U R A
E
A R T E
www.revarqa.com – futurmagazine@gmail.com
Indoors
003
Diretor Luís Santiago Baptista lsbaptista@revarqa.com
Cozinhas
News
012
Atualidades e agenda
Editorial
020
Luís Santiago Baptista – Portugal Turístico
Entrevistas
022
Portugal Turístico: Perspetivas Críticas – Paulo M. Barata, Luís T. Pereira, Ricardo Camacho, Madalena C. Matos, Pedro Barreto, Cannatà & Fernandes, Fernando S. Salvador+Margarida G. Nunes, Matilde Seabra
040 042 054 060 068 076 084 092 096
Projetos Biografias Promontório – L’And Vineyards Hotel e Townhouses, Montemor-o-Novo Atelier Bugio – Hotel Spa Porto Santo, Madeira Cannatà & Fernandes – Recuperação e Remodelação Pousada de Picote, Miranda Do Douro Carrilho da Graça – Habitações na Quinta do Bom Sucesso, Óbidos Inês Lobo – 18 Habitações em banda na Quinta do Bom Sucesso, Óbidos SPBR – Edifício Laranjeiras, Silves AND-RÉ – Intervenção na Av. João Meireles, Vilamoura Promontório – Casino de Tróia, Grândola
Investigações
102
João Nuno Marques – Turismo, Estetização e Autenticidade
Crítica
106
Gonçalo Furtado e Rosa Macedo – Das paisagens de silicone à intracidade
Design
110
Carla Carbone – Água de Prata – João Bruno Videira
Artes
114 118
David Santos – Invasões Contemporâneas: Arte no Bicentenário das Linhas de Torres Sandra Vieira Jürgens – Estado dos museus: Sucessos e fracassos do turismo cultural
Fotografia
122
Fernando Guerra – FG+SG: Mosteiro Santa Clara-a-Velha, Coimbra
Dossier
123 131
1 - Casa Granturismo 2 - Guimarães 2012
146 010
Materiais fornecidos pelas marcas
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Comunicação e Marketing Maria Rodrigues (Diretora) mrodrigues@revarqa.com Carmen Figueiredo - cfigueiredo@revarqa.com Publicidade – PORTUGAL Tel. +351 217 783 504 Fax +351 217 742 030 futurmagazine@gmail.com Publicidade – BRASIL Jorge S. Silva Tel. +55 48 3237 - 9201 Cel. +55 48 9967 - 4699 jssilva@matrix.com.br Impressão OffsetMais - Artes Gráficas, S.A. Rua Latino Coelho, nº 6 - Venda Nova 2700-516 Amadora Distribuição Logista Portugal Área Ind. Passil, lt 1-A, Palhavã 2894-002 Alcochete
ISSN: 1647- 077X
Nuno Viana – Conversa com Peter Eisenman: Palavras e Ideias de Arquitetura
Marketing
Edição Digital Ricardo Cardoso
Periodicidade Bimestral
Mário Chaves
Itinerâncias
140
Paginação e Imagem Raquel Caetano Bruno Marcelino (desenhos)
Tiragem 10.000 Exemplares
Livros
139
Redação Paula Melâneo (Coordenação) apmelaneo@gmail.com Baptista-Bastos (Opinião), Bárbara Coutinho (Design), Carla Carbone (Design), David Santos (Artes), Gonçalo Furtado (Crítica), Margarida Ventosa (Geração Z) Mário Chaves (Livros), Nádia R. Bento (Tradução), Sandra Vieira Jürgens (Artes)
Apoio:
ICS: 124055 Depósito Legal: 151722/00
Indoors
Cozinhas
Coleção Desire, by Love Tiles
Indoors
Cozinhas Deluxe Gres Panaria Portugal, S.A. Divisão Love Tiles Zona Industrial de Aveiro Apartado 3002 | 3801-101 Aveiro Tel. +351 234 303 030 lovetiles@lovetiles.com www.lovetiles.com
Deluxe propõe-se recriar as pedras naturais mais exclusivas e raras, aperfeiçoando os detalhes que a natureza descuida, evitando a repetição de padrões e permitindo a criação de ambientes elegantes e luxuosos. Graças à impressão gráfica de elevada definição, esta série reproduz na perfeição os mármores Carrara e Onice, famosos desde a Antiguidade, e a exclusiva pedra Merez. É uma coleção gráfica e estruturalmente muito semelhante aos mármores que lhe deram origem, com as vantagem da cerâmica – controlo de tonalidade, imperfeições da pedra, limpeza, manutenção, etc. Disponível em três cores e em acabamento retificado polido e natural não retificado, nos seguintes formatos: 35x100 rect, 35x70 rect e 22,5x45 – revestimento – 45x45, 44x44 pol. rect e 35x35 rect.
CIN Avenida Dom Mendo nº 831 Apartado 1008 - 4471-909 Maia Tel. + 351 229 405 000 Fax + 351 229 485 661 customerservice@cin.pt www.cin.pt
Cinacryl da CIN é a escolha ideal para locais que exijam uma maior resistência e facilidade de limpeza, nomeadamente para cozinhas. Totalmente resistente aos fungos e à sujidade, este esmalte acrílico aquoso é lavável com água e detergente e não fica amarelado com o tempo. Cinacryl pode também ser aplicado sobre azulejos, o que faz deste produto a escolha ideal para quem quer renovar a imagem da cozinha ou casa de banho sem ter de fazer grandes obras. É um produto de secagem rápida e tem um cheiro pouco intenso quando comparado com os esmaltes tradicionais de base solvente. Disponível em embalagens de 0,75L, 4L e 15L.
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Indoors
Cozinhas Küppersbusch Alameda dos Oceanos lote 1.02.1.1 A/B/R Parque das Nações 1990-203 Lisboa Tel. +351 218 401 285 www.kuppersbusch.com.pt
A marca alemã anuncia a renovação de um dos seus produtos insígnia: as placas hexagonais EKWI 3740.0 com o novo módulo de indução hexagonal Küppersbusch. Inspirado em formas da natureza o conjunto, agora de indução, dispõe de um painel de comandos e 4 zonas de cozinhado, que podem ser instaladas de 5 diferentes maneiras. Versátil e equipado com painel glide control, bloqueio de segurança e função power, para rapidamente fazer entrar líquidos em abolição, é ideal para as cozinhas de hoje. A aliança entre funcionalidade, gestão de espaço, facilidade de limpeza e design confere a este conjunto performance e modernidade.
LEIKEN Avenida do Brasil 155 B/E 1700-067 Lisboa Tel. Lx +351 218 435 850 Tel. Quarteira +351 289 350 210 www.leiken.net
A Leiken é uma empresa dedicada à elaboração de projetos de cozinha, com showrooms em Lisboa e Algarve. O objetivo da marca é a oferta de produtos personalizados de extrema qualidade, com recurso às mais recentes tecnologias e materiais. Uma coleção que apresenta uma vasta variedade de opções de acabamento, possibilitando combinações únicas de cores e materiais. Os projetos Leiken são desenvolvidos por profissionais experientes e dedicados, para que o resultado final esteja acima de qualquer expectativa, encontrando a perfeita harmonia entre a funcionalidade e a estética.
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Indoors
Cozinhas Listor Centro Empresarial Águas de Mouro Estrada da Atalaia, nº6 2530-009 Lourinhã Tel. + 351 261 980 500 correio@listor.pt www.listor.com
Longe vai o tempo em que pavimentos flutuantes, zonas húmidas e água eram incompatíveis. O Aqua-Step é um pavimento flutuante que se adequa na perfeição a espaços onde a água detém uma forte presença, como cozinhas e casas de banho, sendo 100% à prova de água. Uma vasta gama de imagens realistas de materiais naturais (madeiras, pedras) são reproduzidas fielmente em réguas e ladrilhos, garantindo anos de utilização e conforto devido à sua resistência a inundações, humidades, condensação e manutenções com utilização excessiva de água. O Aqua-Step é a solução ideal para criar interiores elegantes e acolhedores, com uma instalação fácil e rápida graças ao sistema Uniclic.
Mobalco C/ Venecia, 16 Pobra do Caramiñal 48009 A Coruña mobalco@mobalco.com www.organicamobalco.com www.mobalco.com
Orgánica Mobalco é um programa de cozinha que procura ligar um design tecnologicamente avançado a formas suaves e simples. Incorpora acessórios interiores com uma série de elementos, tais como uma máquina de panificação, com automático de amassar, semente germinador, profissional liquidificador ou purificador de água por osmose inversa. Respeita o meio ambiente, utiliza materiais reciclados eficazes e pondera a organização, a facilidade de movimentos e a operacionalidade do espaço. A distribuição por blocos de funções diferenciadas permite um uso simultâneo, contribuindo para o usufruto e convivência de vários utilizadores.
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Indoors
Cozinhas
Robbialac Estrada Nacional, S. João da Talha Apartado, EC Bobadela, Loures Tel. +351 219 947 700 robbialac@robbialac.pt www.robbialac.pt sem
com
A humidade é, sem dúvida, um problema para grande parte das famílias portuguesas, não só pelo aparecimento de fungos prejudiciais à saúde, como pelas manchas que provocam a degradação do aspeto decorativo das paredes e tetos de algumas divisões da casa, nomeadamente as cozinhas. Para solucionar este problema comum em ambientes húmidos e devolver-lhes o aspeto decorativo e protetor, a Robbialac recomenda Robbitel Aquoso, uma tinta aquosa resistente aos fungos, à condensação e à lavagem. Fácil de aplicar, Robbiotel está disponível nos acabamentos acetinado e mate, em branco e também numa grande variedade de cores claras afinadas no Sistema de Tintagem Super Colorizer.
SILESTONE COSENTINO PORTO Tel. +351 229 270 097 info-porto@cosentinogroup.net COSENTINO LISBOA Tel. +351 219 66 62 21 info-lisboa@cosentinogroup.net
Silestone é um composto constituído por 94% de quartzo natural, tornando-o extraordinariamente resistente e durável. As suas propriedades fazem da Silestone o parceiro ideal para a sua cozinha, graças à sua alta dureza e baixa porosidade, é um produto especialmente resistente a riscos e manchas. Além disso, está disponível numa variedade de diferentes tonalidades de cor, oferecendo um sem-número de possibilidades decorativas, desde uma simples bancada de cozinha a um projecto para um conjunto completo de mobiliário. Silestone é um investimento para o futuro. Silestone é para a vida.
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Portugal Tur铆stico
Projeto do Promont贸rio, Casino de Tr贸ia, Gr芒ndola - Fotografia: FG+SG
EDITORIAL
temático
Portugal Turístico
Entre a negação disciplinar da realidade e a procura específica de alternativas
LUÍS SANTIAGO BAPTISTA|lsbaptista@revarqa.com
1
A temática do turismo caracteriza-se hoje, por um lado, por práticas generalizadas de mobilidade dos indivíduos e, por outro, por críticas aos processos de massificação a que estas estão sujeitas. Se, a uma escala planetária, se multiplicam os potenciais destinos turísticos, dos históricos até aos exóticos, assiste-se igualmente a uma diversificação dos tipos de turismo, compreendendo o lúdico, o cultural, o terapêutico, o de aventura, o religioso, o desportivo, o urbano, o rural, o ecológico, o sexual, etc. O indivíduo contemporâneo parece ter alcançado definitivamente a desterritorialização. Depois dos trajetos sacralizados do peregrino, com percurso e destino definidos, do itinerário cultural do viajante, instituído pelo Grand Tour, e mesmo da experiência metropolitana do tipo blasé de Simmel e do flâneur de Benjamin, tornámo-nos cada vez mais sujeitos em movimento. Quando Zygmunt Bauman, na sua definição dos “sucessores do peregrino”, distingue as categorias do “deambulador”, do “vagabundo” e do “turista”, fá-lo para caracterizar essa nova existência dinâmica do indivíduo contemporâneo.1 Mas o que se torna aqui determinante é que a prática da deslocação não está relacionada com a atividade turística em si, sendo antes a condição estrutural dos nossos tempos. De facto, o nosso movimento é hoje expansivamente físico e mental, real e virtual, local e global, algo que acontece entre as deslocações físicas, as viagens da consciência e, agora, as navegações na internet. Esta ideia serve-nos para interrogar as resistências que enquadram a questão do turismo no campo da arquitetura. Por sistema, os arquitetos têm tendência para criticar a indústria do turismo, confrontando a banalização generalizada do mercado turístico com uma autenticidade tradicional em desaparecimento. Esta conceção dicotómica leva à oposição entre a procura do mesmo, do primeiro, ao desejo do outro, do segundo. E, não negando o seu fundo de verdade, o problema que se coloca é que esta relação entre banalidade e alteridade acaba por se transmutar na distinção entre realidades arquitetónicas e urbanas. As más dominadas pela lógica turística do simulacro, as boas entendidas como bastiões de resistência do autêntico. Como se a alteridade fosse característica intrínseca de um certo ambiente pretensamente verdadeiro. É neste ponto que a nostalgia e a melancolia se apodera dos arquitetos nesse confronto com a realidade massificada do turismo, reduzindo-a a uma mera destituição do sentido da experiência. Mas não será a experiência de Monte Gordo no pino do Verão uma experiência estruturalmente “heterotópica” no sentido foucaultiano? E não teremos um verdadeiro contacto com o “outro”, numas férias, em pacote tudo incluído, num resort em Punta Cana? Temos a impressão que essa relação com a alteridade, embora mantenha uma conexão contextual, depende igualmente da natureza da resposta do dito “turista”.
2
Não tem sido fácil em Portugal o debate crítico sobre arquitetura e turismo. Depois de um início prometedor nos anos 60 e 70, a arquitetura qualificada e a indústria turística têm revelado uma convivência tensa, não conseguindo desenvolver formas de aproximação mais produtivas. Torna-se a este nível revelador a análise breve das publicações disciplinares sobre o tema na última década e meia. Desde logo, em 2000, tendo em conta a requalificação do Jornal dos Arquitetos, o renovado J.A, dirigido por Manuel Graça Dias, desenvolvia o tema “As Praias de Portugal”, em dois números sobre a questão do turismo, lúdico no primeiro, cultural no seguinte. Com
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uma frescura a que não estávamos habituados, pressente-se nestes números uma cisão entre a prática qualificada dos arquitetos e o mundo desqualificado do turismo. Talvez por isso o refúgio na exemplaridade da história moderna portuguesa, patente não só nos textos, entre o histórico, o empírico e o poético, mas principalmente nos projetos apresentados. O afastamento, nesse momento, da arquitetura de autor em relação à promoção turística justificava essa redescoberta da memória moderna. Neste sentido, esta primeira resposta intencional ao tema não deixou de assumir uma certa inclinação nostálgica. “E afinal o turismo, viagem, poderia ser uma atividade desprendida; só se deveria querer visitar e ver o que fosse vivo e real”,2 afirmava então Graça Dias. Mais tarde, em 2007, já com a nova direção do J.A em exercício, Ricardo Carvalho e José Adrião lançavam o tema das “Férias”, procurando relacionar a situação portuguesa com o contexto globalizado do turismo. Os diretores assumiam agora uma perspetiva claramente apontada à contemporaneidade e ao papel ativo dos arquitetos na qualificação do território e da paisagem: “O turismo «descobre» e potencia um lugar, mas é também responsável, na maior parte das vezes, pela aniquilação da sua própria razão existencial. E é exatamente aqui que a arquitetura, na sua relação com o território, com os programas, com a cultura, pode inverter positivamente um processo irreversível de multiplicação de erros.”3 De certa forma, essa posição afirmativa encontrava a sua explicação na então recente aproximação entre a arquitetura de autor e a promoção turística, através de uma série de encomendas significativas a alguns dos arquitetos portugueses mais reconhecidos. Apesar da escolha sensível dos projetos e da recuperação de referências históricas nacionais, Carvalho e Adrião não deixavam de abrir a sua perspetiva ao contexto internacional, com incursões pontuais aos debates críticos do momento, como o caso delirante do Dubai. No entanto, manifestava-se ainda esse intervalo entre o papel qualificador conferido aos arquitetos portugueses e a realidade produtiva do fenómeno do turismo globalizado, como se não conseguissem verdadeiramente cruzar trajetórias. Poder-se-ia dizer que esta nova resposta ao tema se concretizava agora num registo bipolar. Por fim, em 2008, no âmbito do revelador programa Allgarve e em parceria com a Fundação de Serralves, cruzando assim os domínios lúdico e cultural, Luís Tavares Pereira comissariava a exposição Reação em Cadeia, centrada sobre a tipologia do hotel contemporâneo. Apesar do âmbito tipológico mais circunscrito, a exposição e respetivo catálogo anunciavam uma mudança de perspetiva que evitasse as limitações presentes nas interpretações anteriores. Afirmava o comissário: “A indústria do turismo confronta-se hoje com novos desafios advindos da facilidade das comunicações e do consequente crescimento da circulação de pessoas, a que se associa a crescente sofisticação do público. À medida que nos tornamos mais globais, o hotel constitui um dos principais pontos nodais de cruzamento de uma sociedade em movimento.”4 A exposição apresentava um conjunto amplo de novos hotéis, construídos ou em projeto, num espectro geográfico global, embora mantendo o centramento na arquitetura de autor. Porém, a sua relevância estava na vontade de extravasar o mundo disciplinar da arquitetura. Se, por um lado, as entrevistas a arquitetos, arquitetos de interiores, promotores, empresários e hoteleiros demonstravam essa atenção aos processos mediadores da produção arquitetónica, por outro, a antologia de textos poéticos, narrativos e ensaísticos contemporâneos revelavam
ENTREVISTA
arquitectura
Portugal Turístico Perspetivas Críticas
LUÍS SANTIAGO BAPTISTA | PAULA MELÂNEO
Paulo Martins Barata
Arquiteto Promontorio, Editor “Promontório: Architecture for Tourism”, Colaborador “Reacção em Cadeia: Transformações na Arquitectura do Hotel”
“clusters”, pudemos convidar um conjunto de autores que por diferentes razões estimamos e admiramos (José Paulo dos Santos, Peter Märkli, Carrilho da Graça, Sergison Bates), e assim enriquecer o plano com uma diversidade crítica de opções arquitetónicas, tendo por base as mesmas premissas urbanísticas.
arqa: Tendo em conta a sua investigação em geral e a coordenação do plano L’And Vineyards em particular, de que forma lhe interessa a temática do turismo? PMB: O plano do L’And representa para o Promontório a síntese de uma reflexão sobre o urbanismo do turismo residencial que iniciamos há mais de dez anos com o plano do Évora Resort. Entre outros, parecia-nos que seria possível desenvolver uma solução urbanística que se aproximasse da matriz topográfica e volumétrica dos montes alentejanos (ou das fincas espanholas), normalmente localizados em pontos altos e constituídos por aglomerações concêntricas de volumes em torno de grandes pátios comuns a que chamámos “clusters”, por oposição aos modelos internacionais dos resorts com base lógicas de maximização do perímetro de frente de via. Estas últimas normalmente com resultados desastrosos na paisagem. Do ponto de vista do programa, o L’And é também interessante porque introduz um tema que tem por base uma estrutura produtiva, económica e paisagisticamente sustentável – a Vinha e o Olival –, por oposição às lógicas do golfe, que são normalmente mais problemáticas, quer pela dimensão, quer pelos consumos de água. Nesse sentido, o contributo do projeto de paisagismo da PROAP foi, aliás, determinante. Do ponto de vista arquitetónico, o projeto do L’And Hotel permitiu-nos testar uma tipologia hoteleira em que o edifício do núcleo central – receção, restaurante, clube, Spa –, está fisicamente separado do alojamento, que se encontra nas proximidades, em bandas-pátio. Finalmente, nos projetos dos outros
arqa: Face ao crescimento turismo como fenómeno global, qual deve ser a relação entre as atividades turísticas e a especificidade do contexto físico, económico, cultural e social? PMB: Entre o que “deve ser” e o que na realidade “é”, vai uma distância imensa. O turismo é hoje uma verdadeira “indústria” no sentido anglo-saxónico do termo. Globalmente, é das áreas de negócio mais competitivas e representa, para muitos países, percentagens significativas dos seus PIB. Não há nada de romântico ou de “sustentável”, e nem há sequer um movimento ou uma tendência nesse sentido. A combinação explosiva entre a democratização e a globalização, gerou oportunidades para grandes operadores que gerem com brutal competitividade o binómio “volume/ margem”. Os chamados “destinos idílicos”, no terceiro mundo ou em países subdesenvolvidos, fornecedores de mão-de-obra barata e intensiva, são os recetores dessa imensa mole de turistas. Empacotados em voos charter e confinados em hotéis all-inclusive, o taxista de Hamburgo, o canalizador de Manchester, e o metalúrgico Russo, indiferentes à cultura do destino, invadem, sem critério ou mediação, paisagens que há 30 anos estavam relativamente preservadas, do Mar Vermelho, às ilhas de Cabo Verde, passado pelas praias do Vietname, ao que resta da ainda floresta tropical do nordeste brasileiro. Para lá dos discursos sobre sustentabilidade, diferenciação e qualidade, esta é a Real Politik do turismo e a verdade é que os operadores que consistentemente seguiram esta via são, infelizmente, os mais bem sucedidos.
Turismo em Acapulco; Hotel Radison SAS de Arne Jacobsen em Copenhaga; Hotel Parco dei Pincipi de Gio Ponti
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Entre o que “deve ser” e o que na realidade “é”, vai uma distância imensa. O turismo é hoje uma verdadeira “indústria” no sentido anglo-saxónico do termo. Globalmente, é das áreas de negócio mais competitivas e representa, para muitos países, percentagens significativas dos seus PIB. Não há nada de romântico ou de “sustentável”, e nem há sequer um movimento ou uma tendência nesse sentido. Paulo Martins Barata
Imagem 3D: 4+ arquitectos
Promontório, Plano L’And Vineyards Resort, Montemor-o-Novo, 2004-2011
arqa: À medida que os arquitetos são cada vez mais chamados para desenvolver ideias para o turismo, qual o papel da arquitetura na qualificação crítica dos ambientes turísticos do futuro? PMB: Não me parece que os arquitetos sejam cada vez mais chamados a intervir no turismo. Parece-me que existem nichos intervenção e que, ao serem promovidos mediaticamente pela imprensa de arquitetura, ampliam desproporcionadamente o peso real dessa participação. Pelo contrário, penso que, no pós-guerra, os arquitetos foram chamados a intervir em grandes operações e de uma forma bastante mais consistente; de Morris Lapidus, a Marcel Breuer ou Gio Ponti, entre tantos outros. A arquitetura contemporânea era, ao seu tempo e por si própria, um
tema. No princípio dos anos 80, com o advento do pós-modernismo, a arquitetura do turismo passou a ser tematizada; da Disney a Acapulco, de Bali ao Dubai, as pessoas querem imitações de Veneza, souqs Yemenitas, haciendas e pueblos Mexicanos e, porque não, aldeias de pescadores Algarvias. Os consumidores querem viver experiências de autenticidade esterilizada e tipificada e a tematização foi o que o caminho que o mercado encontrou para responder a esse desejo. Paradoxalmente, nos nichos de mercado – como é o caso do L’And – tornou-se possível retomar essa tradição perdida da arquitetura como um tema em si mesmo, e aí existe a esperança remota que esta faça caminho pelo exemplo e se vá gradualmente tornando num segmento de referência do mercado.
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PROJECTOS biografias
Foto: Augusto Brázio
PROMONTÓRIO foi fundado em Lisboa, em 1990, por Paulo Martins Barata, João Luís Ferreira, Paulo Perloiro, Pedro Appleton e João Perloiro, como atelier experimental de arquitetura, planeamento, design de interiores, paisagismo, design de produto e design gráfico. A estrutura cresceu consistentemente, sendo, neste momento, uma empresa com 50 arquitetos, paisagistas, designers de interiores e designers gráficos. A abordagem do PROMONTORIO à forma urbana tem sido identificada com a procura de um sistema de robustez (solidez, estabilidade e durabilidade), tanto em termos de significado representacional, como de pesquisa e inovação. Desde o início, a equipa funciona numa estrutura coesa, orientada para o desenvolvimento de projetos de grande escala urbana, quer em termos de dimensão, quer em termos de programa. PROMONTORIO tem desenvolvido projetos em diversos países da África, Ásia, América e Europa e tem vindo a estabelecer parcerias e empresas nalguns desses países. www.promontorio.net
JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA é arquiteto pela ESBAL em 1977, ano em que iniciou a atividade profissional. Foi Assistente na Faculdade de Arquitectura da UTL de 1977 a 1992. É Professor na UAL desde 2001 e na Universidade de Évora desde 2005. Foi também Professor Visitante da Universidade de Navarra de 2007 e 2010. Em 2010 foi um dos representantes portugueses na Bienal de Veneza. À sua obra foram atribuídos diversos prémios: Piranesi Prix de Rome 2010; Prémio Luzboa 2004; Prémio FAD 1999; Prémio Valmor 1998 e Prémio Secil 1994. Foi distinguido com o título “Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres” pela República Francesa em 2010; Prémio Pessoa em 2008 e foi consagrado com a Ordem de Mérito da República portuguesa em 1999. www.jlcg.pt
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INÊS LOBO estabeleceu atelier em 2002, após colaborar com Carrilho da Graça (1990-96) e ter formado atelier com Pedro Domingos (1996-2001). Formada na FAUTL em 1989, leciona desde então Projeto, sendo atualmente Professora convidada no curso de arquitetura na Universidade Autónoma de Lisboa. O seu atelier desenvolve projetos em diferentes áreas, da construção de equipamentos e habitação à requalificação de edifícios e espaços públicos. O trabalho é desenvolvido em conjunto com técnicos e autores de diversas áreas, garantindo uma visão ampla, plural e concertada de todas as questões relacionadas com a construção daquele território. Inês Lobo será responsável pela representação portuguesa na Bienal de Veneza em 2012. www.ilobo.pt
CANNATÀ & FERNANDES foi fundado em 2000 por Fátima Fernandes e Michele Cannatà. Trabalham juntos desde 1984, desenvolvendo atividade profissional em Portugal e Itália. Têm feito diversas coordenações científicas na área da arquitetura: desde 1999 para os eventos da CONCRETA-EXPONOR; em 2003 para as edições ASA e, desde 2004, para as edições CIVILIZAÇÃO. As suas obras e projetos estiveram presentes em várias exposições individuais e coletivas, como a Bienal de Veneza 1996 e a Trienal de Milão 1997. O atelier desenvolve projetos de arquitetura, planeamento e urbanismo, design, engenharia, editoriais e comissariado de exposições e seminários. A equipa é constituída por 6 arquitetos, 3 arquitetos estagiários e uma assistente. www.cannatafernandes.com
Foto: Ana Ottoni
ATELIER BUGIO foi fundado em 1980 por João Luis Sousa Menezes, licenciado pela ESBAL, em 1970. É sobretudo na década de 1988/98 que este atelier apoia o trabalho de muitos arquitetos, destacando Teresa Gois Ferreira, João Favila Menezes, Pedro Maurício Borges, João Matos, Luis Felipe Rosário, João Santa-Rita, Paulo Palma e Pedro Mota. João Favila Menezes (n. 1966, Coimbra), arquiteto pela FAUTL em 1992 é, desde 1998, sócio e Coordenador do Atelier Bugio, em Lisboa. Desenvolveu vários projetos no âmbito da habitação e turismo, nomeadamente a ampliação do Hotel do Porto Santo e a Estalagem da Quinta da Casa Branca no Funchal. Desde 2006 é professor convidado da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Évora. www.atelierbugio.com
SPBR foi fundado em 2003 e tem sede na cidade de São Paulo. O atelier é dirigido por Ângelo Bucci, que desde há vinte anos se vem dedicando simultaneamente aos projetos de edificação e às atividades académicas, uma complementaridade que define a orientação do atelier. O trabalho desenvolvido no SPBR recupera criticamente alguns aspetos da arquitetura moderna brasileira, com o intuito de valorização da importância da conceção estrutural, da solução construtiva, da viabilidade económica e, principalmente, do entendimento da cidade como espaço democrático. Os trabalhos, vinculados pela especificidade dos projetos, combinam diferentes escalas e programas. www.spbr.arq.br
AN-DRÉ é um escritório multidisciplinar baseado no Porto, com uma ação global, dedicado à pesquisa, ao estudo e à prática de Arquitetura, Design e Arte. Este escritório, dirigido pelos sócios Bruno André e Francisco Salgado Ré, aborda e responde a questões essenciais através de métodos inovadores, espírito criativo e de uma postura pragmática. Trabalhando em vários programas, de diferentes tipos e escalas, AN-DRÉ tem vindo a demarcar a sua posição no panorama arquitetónico emergente, adotando uma postura crítica ativa perante contextos estabelecidos. O objetivo é procurar e concretizar respostas positivas e diferenciadas, numa época de rápida mudança de paradigmas. www.and-re.pt
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PROJECTOS
Portugal
Promontório
L’And Vineyards Hotel e Townhouses, Montemor-o-Novo
Arquitetura: Promontório Arquitetura de Interiores: Studio MK27 com Promontório Arquitetura Paisagista: PROAP Área Bruta: 2,064 m² Datas: 2005-2011 Texto: Promontório Fotografia: FG+SG (www.ultimasreportagens.com)
A convite de uma sociedade agrícola alentejana, o PROMONTORIO iniciou em 2005 a conceção do plano de pormenor de um aldeamento turístico sob o conceito de vineyard resort. O projeto localiza-se numa parcela com cerca de 50 hectares, adjacente à histórica cidade branca de Montemor-o-Novo, a 25 km de Évora. Sob uma premissa relativamente inovadora, o programa propõe-se conciliar as valências e o serviço de um resort com a paisagem da vinha e a cultura do vinho, permitindo a cada proprietário, no âmbito do condomínio vinícola e com o apoio de um enólogo, plantar e combinar as diferentes castas, produzir, engarrafar e rotular o seu próprio vinho. Num pequeno vale virado a sul, tendo como pano de fundo o castelo medieval de Montemor, o masterplan organiza-se em sete conjuntos distintos de moradias formando terreiros semipúblicos, formando aglomerados cuja volumetria é topologicamente evocativa dos tradicionais montes alentejanos. Além destes, um edifício central (hotel club-house) e um conjunto de apartamentos turísticos em banda, organizam-se em torno de um pequeno lago vocacionado para atividades de lazer, além de funcionar como albufeira de apoio à atividade agrícola. Integrado no resort, o hotel é o núcleo central de todo o conjunto. O programa inclui receção, clube, restaurante, spa com piscina interior e zona de apoio às bandas de apartamentos turísticos. Incorpora ainda uma adega onde os hóspedes experienciam todo o processo
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do fabrico de vinho, desde a seleção das uvas, esmagamento e fermentação, vinificação, maturação, filtragem e engarrafamento. O edifício foi concebido como um prisma articulado cujos quatro cantos foram cortados criando áreas de sombra e privacidade (receção, lounge, esplanada do restaurante e pátio industrial contendo cubas de vinho). Estas últimas evocativas dos tradicionais muros altos dos pátios caiados alentejanos. Topograficamente, o volume foi cuidadosamente posicionado de modo a minimizar o seu impacto. No piso térreo, a grande janela da piscina interior sugere-se como que uma parede dobrada permitindo diferentes perspetivas sobre a paisagem. No interior, a madeira de carvalho estriada dos lambris e as espessas placas de ardósia preta do Alentejo conferem um ambiente de conforto, criando um contraste com as zonas técnicas de produção vinícola. Localizadas em torno do lago, as suites do hotel, nos chamados apartamentos turísticos, são implantadas numa série de socalcos, formando uma espécie de anfiteatro adjacente ao edifício principal. Adaptando-se à topografia e de modo a minimizar o seu impacto visual e a potenciar as vistas sobre o lago, estas casas estão semienterradas e seguem os contornos naturais do terreno. Neste cenário, foi possível criar um nível intermédio de estacionamento entre terraços, por onde se entra, descendo para um pátio a uma cota inferior. Tipologicamente, estas unidades são desenvolvidas em torno da sala, que abre para o pátio principal e para o lago. Protetora da inclemência do sol alentejano, uma pérgola estrutural gera um sombreamento a sul, gerando simultaneamente uma evocativa latada de vinha, que se funde com a paisagem circundante. Além de projetar o masterplan, o hotel, os apartamentos e um núcleo de moradias, o PROMONTORIO comissariou o convite a quatro arquitetos para projetar os restantes núcleos, nomeadamente José Paulo dos Santos, do Porto, Peter Märkli, de Zurique, Sergison Bates, de Londres, e Carrilho da Graça, de Lisboa.
Plano geral L’and Vineyards
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PROJECTOS
Portugal
Promontório
Casino de Tróia, Grândola
Arquitetura: Promontório Cliente: Amorim Turismo, SGPS Área Bruta: 2,500m2 Datas: 2009-2011 Texto: Promontório Fotografia: FG+SG (www.ultimasreportagens.com)
O casino e teatro fazem parte do conjunto de valências do Troia Design Hotel, este último também projetado pelo PROMONTORIO. Com cerca de 4,000 m2, é um espaço de entretenimento e um elemento crucial para o sucesso do conjunto, trazendo energia e glamour a este destino turístico. Com um pé direito de 40 metros, o casino é constituído por uma grande sala em torno da qual existem duas galerias de jogo e um bar aberto sobre o jardim. Evocando as formas das dunas da paisagem natural circundante, o conceito da arquitetura de interiores é representado por uma esfera gigante em aço polido, que incorpora o bar e o palco, lançando cor e brilho por toda a sala, movendo-se e mudando na cor e na forma de modo a gerar diferentes atmosferas. Sincronizados com o espetáculo em curso, um plano de projeção de 200m2 e três esferas suspensas com 3 e 4 metros de diâmetro recebem várias projeções de vídeo. À sua volta, uma série de espaços com o teto rebaixado, acolhem bares, restaurante, cafetaria e caixa. No segundo piso, o programa inclui um terraço panorâmico, uma zona VIP para jogos e uma sala de jantar.
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Implantação
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PROJECTOS
Portugal
Carrilho da Graça
Habitações na Quinta do Bom Sucesso, Óbidos
Arquitetura: João Luís Carrilho da Graça Colaboradores: Francisco Freire, João Manuel Alves, Paulo Costa, Paula Miranda, Pedro Abreu, Yutaka Shiki, Pedro Ricciardi, Filipe Homem, Nuno Barros (arquitectos), Andreia Teixeira, Clara Bidorini, Mónica Guerra (estagiária), Nuno Pinto (desenhador) Fundações e Estrutura: A400 - Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda Instalações Hidráulicas, Gás, Mecânicas, Elétricas: A400 - Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda Telecomunicações e Segurança: A400 - Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda Física dos Edifícios: A400 - Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda Promotor: Acordo SGPS.SA. Área bruta: 5500 m² Data: 2003-2011 (1ª fase) Texto: Francisco Freire Fotografia: FG+SG (www.ultimasreportagens.com)
proj. 4
O conceito de ocupação enunciado no plano urbanístico preconizava a construção das habitações no meio dos lotes; uma opção corrente, que muitas vezes se traduz em espaços exteriores residuais, fragmentados, com dimensões reduzidas, limitados na sua habitabilidade e privacidade. Alternativamente propusemos uma ocupação ao longo da periferia dos lotes, conformando um grande pátio-jardim central para cada casa, um grande espaço exterior, em torno do qual se articulam os restantes espaços. Unitário, funciona como o coração da casa e garante a sua privacidade. Com um só piso, procurando minimizar os movimentos de terra e a necessidade de muros de contenção, as casas implantam-se numa faixa com 5 m de largura, ao longo de dois lados contíguos de cada lote; este diedro edificado garante a exposição solar desejável para as várias divisões e permite relações visuais, tanto para o pátio, como para o exterior, sobre os campos à sua volta. Nos restantes dois lados, a faixa periférica com 5m de largura é ocupada com a piscina, o “deck” e uma pérgola de ensombramento com plantas; menos construídos, estes dois lados fazem parte integrante do pátio, ampliando a sua dimensão e potenciando as possibilidades de utilização. Ocupando os limites do lote, o diedro construído formado por cada casa, liga-se às que lhe são contíguas. Cada casa é o limite da seguinte não existindo quaisquer muros ou vedações na divisão entre lotes. Ora tocando no solo, ora flutuando sobre ele, os polígonos das casas-pátio sucedem-se sequencialmente, com pequenas oscilações altimétricas, configurando um conjunto com uma geometria livre e segmentada, um continuum pouco denso em que o edificado e o verde exterior se associam e intercalam.
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PROJECTOS
Portugal
Inês Lobo
18 Habitações em banda na Quinta do Bom Sucesso, Óbidos
Arquitectura: inês lobo arquitectos lda Equipa: Inês Lobo, João Rosário, Rita Zina, Pedro Oliveira, Pedro Carta, Julia Varela, Emanuel Romão, João Vaz, Sérgio Pereira Especialidades: A400 Empreiteiro: Policon, Construções SA Data: 2007 (projecto); 2012 (conclusão) Texto: inês lobo arquitectos lda Fotografia: Leonardo Finotti, inês lobo arquitectos lda
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Localizam-se num dos extremos do empreendimento entre um vale a nascente, uma das vias de acesso a poente, uma mata densamente plantada a sul e um conjunto de moradias a norte. Propomo-nos construir sobre este lugar, em que a possibilidade de relação com o exterior em cada uma das unidades de habitar é o tema central, com as seguintes premissas: 1. Uma relação privilegiada com o vale, debruçando as casas sobre o mesmo e soltando-as do terreno. 2. Encaixar as casas em relação à via, garantindo a sua privacidade e alguma “invisibilidade”. 3. Rematar o conjunto a sul e norte resolvendo a relação com a via sul e com as casas a norte. 4. Oferecer aos espaços interiores da casa possibilidades de extensão para o exterior. 5. Construir espaços exteriores com uma forte relação com a paisagem, mas com um grande grau de privacidade. Acessos O acesso às habitações é feito por uma via de serviço, na cota 86.65, que percorre todo o lado nascente do lote por baixo do corpo dos quartos. Estaciona-se ao longo dela e acede-se a um pequeno pátio ao centro da casa entre a áreas social e áreas privadas. A centralidade deste pátio permite que num lote tão longo as circulações dentro da habitação sejam reduzidas ao mínimo. Também de cota com a via de serviço estão as arrecadações/ lavandarias. Piscina A piscina comum situa-se na frente nascente, sobre o vale, desenhase um plateau à cota 86.65, à mesma cota de acesso às habitações, permitindo uma fácil ligação com as mesmas. Sobre o plateau plantam-se árvores para garantir a privacidade das casas, deixando que o sol invada o plateau a sul, nascente e poente. Propõe-se também uma ligação entre o plateau e o vale.
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Localização
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DESIGN
ensaio
Água de Prata – João Bruno Videira Turismo, Tradições Seculares e Design
CARLA CARBONE|carlacarbone@yahoo.com
Em edições anteriores, muito recentes, falou-se no tema das pequenas séries, no design de autor, na tentativa de uma nova definição para o design e de uma legitimação da sua prática, enquanto prática autónoma que não precisa de descrever um percurso industrial para se definir e ocupar um lugar seguro, enquanto disciplina projetual. Sendo assim, qualquer um pode ser “designer”, tendo em conta o princípio construtivo de um “faça você mesmo”, conhecido em língua inglesa como “Do It yourself”, ou o termo, abreviado, DIY. O que isto quer dizer é que para se descrever um percurso em design, sério e detentor de qualidade e criatividade não é necessário montar uma grande infraestrutura, repleta de preciosismos técnicos avançados. Uma parafernália tecnológica, ruidosa que, por vezes, ao invés de facilitar o exercício criativo, o impede de olhar para o que é secular, autóctone e verdadeiramente “nosso”, presente no quotidiano. Por outras palavras, há que colocar as prioridades no seu devido lugar. Design sim, vive da técnica, mas não somente da provinda da indústria massiva, esta atida ao que a economia dita de natureza mais global, mais vulnerável às oscilações do mercado e aos interesses meramente de lucro. Querer definir o design, como o fazia Edgar Kaufmann, Jr, ao traçar 10 preceitos para um “Bom Design”: é o mesmo que querer colocar todas as pessoas do nosso mundo a praticar a mesma religião. Embora alguns dos princípios definidos por Kaufmann ainda sejam aplicáveis nos nossos dias e pertinentes, outros há que resultam redutores e conduzem (ou conduziram) o design a um beco sem saída. Princípios como: “O design deve ser simples, a sua estrutura evidente na sua aparência, evitando enriquecimento histriónico”. Pode levar a um perigoso exercício de supressão de aspetos emocionais do design que também são fundamentais para a vivência do indivíduo, bem como para a salvaguarda da sua identidade. Tornar estes princípios universais conduziu a um empobrecimento da cultura material que caracterizava cada região. A indústria com poder para se alastrar globalmente desferiu golpes no saber fazer popular, extinguindo a pouco e pouco, os testemunhos materiais de um saber viver local nativo. Foram-se perdendo os artesãos que sabiam fazer aquelas artes, que não se vendiam nas grandes superfícies ou nas montras apelativas das grandes cidades. Ora isto também tem repercussões negativas na indústria turística. Se nos visitam, então o que temos para mostrar? Retomando o assunto de uma definição de design: é designer também aquele que faz uso e costume das coisas que definem o seu meio, a sua cultura, a tradição do lugar em que habita. Como nos diria Bourdieu, ou até Vigotsky, somos, digamos, o resultado do contexto social em que nos inscrevemos. Para o bem e para o mal somos o resultado das relações (ou tensões) que estabelecemos com os demais elementos que constituem o grupo social em que nos integramos. Não faz sentido, por isso, continuar a perpetuar uma ideia de design com ambições de caráter universal. Ou a correr atrás de uma definição qualquer de design internacional. Porém, não quer dizer com isto que não se deva ser um designer continuamente atualizado, bastante informado e em permanente
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relação com o exterior, num exercício de troca constante e de questionar seriamente. O que não se pode fazer é excluir aquilo que o define como indivíduo detentor de uma cultura própria, uma língua própria e uma história e geografia próprias. Falamos por fim de identidade, aquilo que nos distingue uns dos outros. Sermos contaminados por diversas culturas sim, isso é bom, mas fazendo-o com inteligência, sem perder o sentido do que é nosso e daquilo que de facto nos define e deve ser preservado. Sem abdicar. Voltando ao assunto da cultura material, que nos distingue e nos define, relembramos o tema do Turismo nos domínios do design. Não temos dúvidas sobre o facto de que o design opera em vários domínios e a busca de identidade individual ou coletiva é certamente um deles. Hoje em dia lida-se com um princípio como o de “o design deve atingir o maior número de público possível” (Kaufmann), com bastante precaução e cuidado. Pois que essa aspiração pode levar ao perigoso exercício de anular de facto, o que é próprio de uma determinada cultura, e de uma determinada região. E o Turismo alimenta-se da diferença, do único, do autóctone, do secular. Também tem sido anulado, a pretexto de um design que partilha uma visão globalizada, contemporânea, moderna (isto no sentido depreciativo das palavras usadas para a definir), o valor do tempo, o valor da história. Com o conceito do moderno erradicou-se em muitas décadas do século passado - deixando danos colaterais que até hoje ainda persistem – a valorização do antigo, do secular. Promoveuse, com o moderno, o novo a qualquer preço. A pouco e pouco a história foi-se extinguindo, enublando, esfumando perigosamente, deixando apenas uma linguagem imposta por ditames de moda ou imposições estilísticas de caráter redutor, quase racionalista. Felizmente, os finais da década de 90 e as décadas subsequentes reverteram este processo e entre 1990 até aos nossos dias temos vindo a observar, a nível internacional, uma valorização das dimensões históricas, estéticas, populares, seculares, emocionais e lúdicas dos objetos. Nisso a Droog Design foi profusa. Observámos em feiras, bienais e exposições o uso de materiais de origem (nacional), como é o caso da cortiça; ao uso de saberes artesanais, seculares, como é o caso das rendas (ou crochet, com as peças de Marcel Wanders, nomeadamente o cubo, todo tricotado e enrijecido com resinas epóxidas), observámos o recurso ao baú, como em peças de Wieki Somers, que aludem ao antigo e a glórias passadas, testemunhadas por objetos em loiça. Sem esquecer o elogio ao decorativo, às pequenas figuras que surgem em peças de loiça, fortemente utilizadas na década passada apropriando-as para utilizações futuras e agora noutros contextos. Sem esquecer, naturalmente, a inspiração na natureza com toda a sua complexidade, acabando por isso a apologia à tal simplicidade que, como todos sabemos, conduziu ao perigoso resultado de infecundidade criativa. Na verdade, tal como o exemplo da cortiça, João Bruno Videira, pretexto para este artigo, vai desenvolver o seu trabalho apenas com a lã de Arraiolos utilizada nos bem conhecidos e procurados tapetes (e que tão bem caracterizam o Alentejo). Fazendo-nos concluir que os objetos e os seus materiais também estabelecem fronteiras, assim como a
Foto: Jo達o Bruno Videira
Puffs criados a partir do reaproveitamento de pneus usados
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ARTES
ensaio
Invasões Contemporâneas
Arte nas Comemorações do Bicentenário das Linhas de Torres
DAVID SANTOS|davidsantos71@gmail.com
No início do século XIX, as invasões territoriais dependiam sobretudo do aparato e da força militar. Foi assim na Guerra Peninsular como o foi durante milénios em todo o mundo, desenhando-se desse modo o caminho da humanidade, na organização política e identitária dos povos. Só recentemente, já na segunda metade do século XX, assistimos ao apogeu de outras formas de invasão e domínio, em particular a invasão tentacular e todo-poderosa da economia e, com ela, a invasão cultural associada ao país ou área geoestratégica dominante, com os meios tecnológicos de comunicação à escala planetária a exercerem um poder subterrâneo mas absolutamente decisivo na alteração dos comportamentos sociais, pondo em contacto e influência recíproca civilizações, países, instituições e pessoas. A globalização é assim a expressão máxima desse exercício de domínio invasivo, tácita ou declaradamente assumido por todos, que transforma de um modo viral as nossas referências e projeções simbólicas. Pelo efeito de uma espécie de consciência global, somos hoje levados a crer que pertencemos não apenas a um país, a um território ou continente, mas que fazemos parte de um todo maior e cada vez mais presente nas nossas vidas, isto é, um planeta partilhado e vivenciado em permanente comunicação, mais do que comunhão, por todos aqueles que o habitam. Por isso, os processos de identidade estão hoje longe, em muitos aspetos, dos que caracterizavam as premissas de solidariedade e ação identitária do século XIX. Onde antes havia a presença ou o contacto físico e psicológico entre seres humanos, existe agora uma ligação mediada pela inebriante máquina digital. A dicotomia “aproximação/confronto” humano, que antes se estabelecia numa relação de espaço-tempo dependente das condições naturais, é hoje marcada e quase substituída pela esmagadora e omnipresente circulação da imagem, o que inviabiliza qualquer espécie de estabilização, promovendo inclusive uma invasão sistémica entre opostos significacionais. Isso é notório não apenas no que diz respeito aos domínios físicos, reais e virtuais, que se relacionam e transformam por contágio
Dora Nogueira, “Trabalho de Campo” (fotografias), Biblioteca José Saramago, Loures, 2010
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invasivo, como pode ser observado numa simbólica em permanente transitoriedade que nos molda a todos como seres sem molde concreto ou reconhecível, abandonados na crise de identidade que nos caracteriza desde a queda das transcendências e a ascensão dos efeitos imanentes1. A arte, por sua vez, teve e continua a ter o seu papel em todo este processo, reinventando permanentemente o seu aparato interdisciplinar e os espaços onde se apresenta e legitima. Desde o pós-minimalismo dos anos 60 e 70, em particular com “o campo expandido da escultura”2, que a invasão das formas e dos objectos artísticos nos espaços naturais, públicos, políticos e sociais passou a representar uma prática corrente, de onde se estabelecem novas leituras dos lugares e dos seus significados, assim como da ideia de arte e da sua função. Ora, é precisamente nesta tradição invasiva, perturbadora da leitura convencional do lugar e da sua relação com a arte, que os seis artistas convidados a expor no âmbito do projeto “Invasões Contemporâneas” – Miguel Palma, Paulo Mendes, Pedro Amaral, Pedro Loureiro, Dora Nogueira e Fernando Ribeiro – realizaram um conjunto de intervenções que puderam ser apreciadas no espaço público dos seis municípios que constituíram a Plataforma Intermunicipal das Linhas de Torres. Os trabalhos apresentados no final de 2010 interferiram assim com o quotidiano de alguns espaços não identificados com a prática artística, mas onde se cruzaram diariamente milhares pessoas que traduziram uma inesperada mas quase obrigatória reação. Deste modo, as intervenções protagonizadas pelos artistas não pretenderam promover uma leitura direta ou deliberada sobre a memória iconográfica, política ou histórica das Invasões Napoleónicas, embora haja sempre paralelismos e ligações que permanecerão inevitáveis, procurando antes agir dentro do conceito de invasão contemporânea que se projeta desde a circulação simbólica e semiótica dos nossos dias e promove a instabilidade significacional a que associamos a experiência do novo e da diferença em constante metamorfose, ou o confronto de imagens e ideias que, de outra forma, nunca se cruzariam. Desse modo, o território português que assistiu e protagonizou as chamadas Linhas Defensivas de Torres, e que hoje faz parte de seis concelhos do Distrito de Lisboa, unindo Torres Vedras, a Oeste, a Vila Franca de Xira, junto ao rio Tejo, recebeu, de novo, um propósito de invasão, agora mais pacífico, criativo, mas igualmente operante ao nível da consciencialização estética, mas também política e social. O nível de recetividade desta intervenção no espaço público dos diferentes territórios resultou mais eficaz e produtivo quando foi visitado na integra, no percurso dos seis municípios, em busca de uma arte mapeada para ser descoberta como quem avança sobre o desconhecido, fazendo assim o caminho que identifica um passado de experiência militar, política e social do século XIX com as características específicas das invasões contemporâneas, isto é, aquelas que dependem da imagem e da sua profícua influência no nosso modus vivendi. Miguel Palma (Torres Vedras) Como espécie de tiro de partida do projeto “Invasões Contemporâneas”, Miguel Palma realizou durante a inauguração desta iniciativa uma performance evocativa das batalhas militares do século XIX, ao procurar
Miguel Palma, “Invasões Contemporâneas” (performance), Edifício Multi-Serviços Câmara Municipal Torres Vedras, 5 Novembro 2010
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ARQUITETURA E ARTE
mai|jun 2012 |��11,00
Portugal Turístico
Ano XIII – maio|junho 2012 �11,00 (continente) – �16,00 Espanha
A R Q U I T E T U R A
Portugal Turístico
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A R T E
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www.revarqa.com
Promontório
Atelier Bugio Cannatà & Fernandes
Carrilho da Graça Inês Lobo SPBR AND-RÉ
Paulo Martins Barata Luís Tavares Pereira Ricardo Camacho Madalena Cunha Matos Pedro Barreto Fernando S. Salvador + Margarida G. Nunes Matilde Seabra CasaGranturismo Guimarães 2012
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dis:place • Snøhetta • Arquitectura em Público Dossier: Pré-Existências Recicladas • Geração Z: Embaixada
ISSN: 1647- 077X
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GERAÇÃO Z EXTRA #1 • Open Japan Lisboa Dossier: Vazio S/A • Geração Z: blaanc
ISSN: 1647- 077X
arqa 1 • Nadir Afonso, Eduardo Souto de Moura, Cândido Chuva Gomes, Barbosa e Guimarães, João Lúcio, Paulo Mendes. arqa 2 • Formozinho Sanches, João Álvaro Rocha, Graça Dias+Egas Vieira, João Lucas Dias, José Adrião+Pedro Pacheco, Ricardo Gordon+Carlos Vilela, Pedro Gadanho, Jorge Estriga+Rita Amado, Miguel Leal. arqa 3 • Ruy Athouguia, Aires Mateus, Pedro Mendes, Mário Louro, Bernardo Távora, Alberto de Souza Oliveira+Júlio Saint-Maurice+António Poças, João Tabarra. arqa 4 • Contaminantes/Comunicantes, R. Bak Gordon, ARX Portugal, C. Veríssimo+D. Burnay, J. Álvaro Rocha, J. P. Falcão, J. Santa-Rita, J. Adrião+P. Pacheco, P. Chorão Ramalho, P. Mendes, R. Amado, A. Estrela, D. Fiuza Faustino, Fernando Brito, Filipa César, João Fonte Santa, João Tabarra, Leonor Antunes, Miguel Leal, Miguel Soares, Miguel Palma, José Maçãs de Carvalho. arqa 5 • Atelier Van Lieshout, Gonçalo Byrne+Manuel Mateus, Elías Torres+Martínez Lapeña, Pedro Gameiro+Carlos Crespo, Alberto Caetano+Daniel Mateus, Leonor Antunes. arqa 6 • Adalberto Dias, José Nuno Beirão+Miguel Salgado Braz, Gabriela Gonçalves+Helena Botelho+Leonel Lopes, Prémio Pladur, Miguel BaptistaBastos+Mercedes Céron, João Onofre. arqa 7 • Álvaro Siza Vieira, Carvalho Araújo, Lima Gaspar+Lobato Santos, a.s*+Pedro Gadanho, Alessi, João Pedro Vale. arqa 8 • Fernando Távora, José SantaRita+João Santa-Rita, Erasmus, Miguel Vieira Baptista, Pedro Cabral Santo. arqa 9 • Vitor Figueiredo, Alberto Campo Baeza, Rita Amado+Jorge Estriga, Nuno Alão, DesignOperandi, Pedro Portugal. arqa 10 • Massimilano Fuksas, Rui Valada+Manuel Guedes+Jorge Carvalho+Luis Niza+Manuel Vieira, G. V. Soumitri, Miguel Palma. arqa 11 • MVRDV, ARX Portugal, Paulo Tormenta Pinto, Fernando Brízio, António Olaio. arqa 12 • J. L. Carrilho da Graça, J. M. Carvalho Araújo, Jorge Mealha, Miguel Soares. arqa 13 • Carlos Duarte, Carlos Ferrater+J. M. Cartañá+J. Guibernau, José Gigante+João Gomes+Vítor Silva, José Maçãs de Carvalho, Pedro Amaral. arqa 14 • Peter Eisenman, Isabel Furtado+João Pedro Serôdio, Henrique Ralheta, Paulo Mendes, Fernando José Pereira. arqa 15 • Fuensanta Nieto+Enrique, Sobejano, Ricardo Aboim Inglez, PO2, Joana Morais+Joana Tordo, Paulo Mendes, Inês Pais. arqa 16 • Cristina Guedes+Francisco, Campos, Tony Fretton+Jim MacKinney, Carlos Ballesteros, Susana Soares, João Fonte Santa. arqa 17 • Bureau des Mésarchitectures - Didier Fiuza Faustino+Pascal Mazoyer, BAAS, Topos, Hugo Silva, Francisco Queirós. arqa 18 • Livio Vacchini, António Cassiano Neves+Gonçalo Marçal Grilo, Tibiletti arquitectos, Silva Fernandes, Ingo Maurer, Alice Geirinhas. arqa 19 • Bugio Arquitectura, Luis
Vilhena, Ana Filipa Abrantes, Rui Campos Matos+Vasco Cardoso Marques, Fátima Roberto+Nuno Fideles, Porta 33, Daciano Costa. arqa 20 • Mansilla+Tuñón, Matos Gameiro+Carlos Crespo, Fernando Salvador+Margarida Nunes, Rigo arqa 21 • Eduardo Souto de Moura, Josep Lluís Mateo, Wiel Arets, JAM, Filipa César, Vasco Araújo. arqa 22 • João Mendes Ribeiro, Carlos Sant’ Ana, João Santa Rita, Nadir Bonaccorso+Sónia Silva, J. P. Falcão de Campos, José Guedes Cruz, Manuel Santos Maia. arqa 23 • Carmen Pinós, Inês Lobo, Sarah Wigglesworth, Manuela Braga, Lina Bo Bardi, Muf, Hella Jongerius, Ângela Ferreira. arqa 24 • Duncan Lewis, Sauerbruch Hutton, Cannatà & Fernandes, Schlaich Bergermann, Pedro Gomes arqa 25 • Álvaro Siza Vieira, a.s*, J. L. Carrilho da Graça, Cristina Mateus. arqa 26 • Paulo Mendes da Rocha, spbr, Andrade+Morettin, Marcio Kogan, Héctor Vigliecca, Irmãos Campana, José Damasceno. arqa 27 • Toyo Ito, Steven Holl, emiteflesti, Proap, Batlee i Roig, FOA, Pedro Tudela. arqa 28 • MVRDV, João Álvaro Rocha, Acebo+Alonso, UN Studio, Krzysztof Wodiczko, João Louro. arqa 29 • David Chipperfield, Nuno Brandão Costa, Ricardo Vieira de Melo, Shinichi Ogawa, O´Donnell+Tuomey, KCAP, Joana Vasconcelos, Ilya Kabakov, James Turrell, LOMOgrafia. arqa 30 • Daniel Libeskind, Aires Mateus, Sejima+Nishizawa, NOX, Zaha Hadid, marcosandmarjan, Cero9, Lama, Matthew Barney, Rui Toscano. arqa 31 • OMA, F. Valsassina, Promontório, Jean Nouvel, Foster and Partners, Renzo Piano, PTW, Estúdio Demarkersvan, Cindy Sherman, João Maria Gusmão e Pedro Paiva. arqa 32 • Sadar Vuga, Andrés Jaque, AllesWirdGut, Procter-Rihl, Bottega+Ehrhardt, Périphériques, Plot, Didier Fiuza Faustino, Tokujin Yoshioka, Erwin Wurm, Rodrigo Oliveira. arqa 33 • Souto de Moura+Siza Vieira, Topos, Paula Santos, Paulo Tormenta Pinto, Francisco Vieira de Campos+Cristina Guedes, João Mendes Ribeiro, Ed Annink, Tony Oursler, Isabel Carvalho. arqa 34 • medusa group, dum, nsMoonstudio, minusplus, D3A, KWK Promes, OFIS, Andreas Gursky, Mafalda Santos. arqa 35 • Enric Miralles+Benedetta Tagliabue, Ábalos & Herreros, Manuel Bailo+Rosa Rull, Eduardo Arroyo, Daniel Díaz+Belén Martín-Granizo López, Alberto Campo Baeza, Marti Guixé, Antoni Muntadas, Juan López. arqa 36 • Chetwoods, Brendeland & Kristoffersen, Caramel, Querkraft, Delugan Meissl, Sebastian Bergne, Ângelo Pereira de Sousa. arqa 37 • Carvalho Araújo, Barbosa & Guimarães, José Gigante+Vitor Silva, António Portugal+Manuel Maria Reis, Guilherme Machado Vaz, Irisarri+Piñera, Vier, Alfonso Penela Fernandez, Carlos Quintáns, Sabin+Blanco, Carlos Pita,
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Manuel Vicente • Biennale di Venezia 2011 Dossier: Projecto Pluridisciplinar 99 • Geração Z: FOR A
ISSN: 1647- 077X
Wieki Somers, Filipa César, Luís Alegre. arqa 38 • Expressões Contemporâneas Manuel Graça Dias+Egas José Vieira, Álvaro Siza Vieira, Nuno Brandão Costa, SAMI, Coop Himmelb(l)au, Office dA, Jay Bierach, ShoP+Junsung Kim, hANd, Miguel Palma, Pedro Valdez Cardoso, Maarten Baas, DARQ-Universidade de Coimbra. arqa 39 • Formas Críticas ARX Portugal, J. L. Carrilho da Graça, Nuno Grande+Pedro Gadanho, UN Studio, Morphosis, Shuhei Endo, SanchoMadridejos, Marcel Duchamp, Eduardo Matos, Droog Design, Universidade Lusíada Lisboa. arqa 40 • Realidades Metropolitanas Promontório, Nadir Bonaccorso, OMA, Neutelings Riedijk, Nio, BKK-3, Atelier Tekuto, Barbara Kruger, Jenny Holzer, Gustavo Sumpta, Luísa Codder, José Russell, Universidade Autónoma. arqa 41 • Abstracções Radicais Gonçalo Byrne, Atelier Central, Sousa Santos, Carlos Veloso, John Pawson, Valerio Olgiati, Christian Kerez, Shigeru Ban, Alexander Rodchenko, José Luís Neto, Ronan e Erwan Bouroullec, ESAP. arqa 42 • Abstracções Radicais Aires Mateus, Frank Gehry, Issey Miyake, Gerhard Richter, DAAUM- Universidade do Minho. arqa 43 • Programas Híbridos OMA, SANAA, NL Architects, Neil Denari, EDGE Design, Tezuka, King Roselli, Holodeck, Marcel Wanders, Carla Cruz, Douglas Gordon, IST. arqa 44 • Programas Híbridos a.s*, Zaha Hadid, Hussein Chalayan, Bruce Nauman, ESAD. arqa 45 • Memórias Difusas Siza Vieira, Souto de Moura, Topos, Bernando Rodrigues, Peter Eisenman, Edouard François, Josep Llinàs, Kengo Kuma, ARCA. arqa 46 • Memórias Difusas João Mendes Ribeiro, Daniel Libeskind, John Angelo Benson, Alice Geirinhas, DAUE - Universidade de Évora. arqa 47|48 • Vazios Urbanos Trienal de Arquitectura de Lisboa OMA, Herzog & De Meuron, NL Architects, PLOT, Nuno Brandão Costa, Stefan Eberstadt, Zaha Hadid, Álvaro Siza Vieira, Gonçalo Byrne, William Alsop, MVRDV, Naya Architects, BAR, AllesWirdGut, Lacaton & Vassal, MUF, 6 Architects, Didier Fiúza Faustino, ONL, Andreas Angelidakis, Martin Ruiz de Ázua, Jeff Wall, Paulo Catrica. arqa 49 • Paisagens Sintéticas FOA, Souto de Moura, Tadao Ando, MGM Morales+Giles+Mariscal, LAR/ Fernando Romero, Frederico Valsassina, Ricardo Bak Gordon, West 8, Diller & Scofidio+Renfro, Universidade Lusíada Porto. arqa 50 • Paisagens Sintéticas Paulo David, RCR Arquitectes, NUCLEO, Filipa César, 8 SIA Universidade Autónoma. arqa 51 • Ecologias Alternativas Norman Foster, J. L. Carrilho da Graça, Edouard François, Duncan Lewis, Cloud 9, Ash Sakula, Sarah Wigglesworth, Alberto Lage+Paola Monzio, Ecosistema Urbano, Tord Boontje, Alberto Carneiro, Hugo Canoilas, MOOV-MOOVLAB. arqa 52 • Ecologias Alternativas S’A arquitectos, MVRDV, Peter Marigold,
98|99
Jonathan Olivares Rita Castro Neves Duarte Amaral Netto � � � � �
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ISSN: 1647- 077X
Hans Ulrich Obrist • Joseph Grima Dossiers: Utilitas Interrupta - Metagénesix
Ana Mendieta, NAUBI - Universidade da Beira Interior. arqa 53 • Materialidades Ambíguas the nextENTERprise, Nikolaus Hirsch & Wolfgang Lorch, Tezuka Architects, Dick Van Gameren, Aires Mateus, ARX Portugal, Périphériques, Correia/Ragazzi, Vilém Flusser, Lourdes Castro, Ivo Andrade, AtelierMOB. arqa 54 • Materialidades Ambíguas Serôdio Furtado, Herzog & de Meuron, Tokujin Yoshioka, Richard Serra, Universidade Católica: Pólo de Viseu. arqa 55 • Linguagens Alusivas PTW, Jürgen Mayer H., 3deluxe, Micha de Haas, Siza Vieira, Tekuto, Meixner Schlüter Wendt, EZZO, Studio M+Thom Faulders+Proces2, Malin Lundmark, Inês Botelho, Féliz González Torres, Red. arqa 56 • Linguagens Alusivas Bernardo Rodrigues, Steven Holl Polka, Franz West, Faculdade de Arquitectura de Lisboa-UTL. arqa 57 • Habitar Colectivo Riken Yamamoto & Field Shop, Risco A4, BKK-3, Edouard François, AART, CVDB, Périphériques, Menos é Mais, Irmãos Bouroullec, Arlindo Silva, Ana Vieira, Plano B. arqa 58 • Habitar Colectivo Álvaro Siza Vieira, BIG, Daniela Pais, Universidade Fernando Pessoa. arqa 59|60 • Herança Le Corbusier J. L. Carrilho da Graça, Aires Mateus, António Belém Lima, OMA, UNStudio, Cloud 9, Embaixada, José Cadilhe, Jin Otagiri, Giancarlo Mazzanti, Delugan Meissl, Jorge Pardo, Stefan Zwicky, John Angelo Benson, Inês Moreira. arqa 61 • Intervenções Informais Zaha Hadid, ARX Portugal, Coop Himmelb(l)au, R&Sie(n), FAR frohn&rojas, Meixner Schlüter Wendt, Susana Chiocca, Andres Serrano, Atelier Data arqa 62 • Intervenções Informais Bak Gordon, Lacaton & Vassal, Viktor & Rolf, Robert Morris, ESAD arqa 63 • Performances Artísticas Herzog & de Meuron, Pedro Gadanho+a. s*, Gigon / Guyer, Unsangdong, Zaha Hadid, UNStudio Marcelo Dantas+Olga Sanina, Office dA, Mendes Ribeiro, Pieke Bergmans, Gonçalo Barreiros, Peter Fischli e David Weiss, Kaputt! arqa 64 • Performances Artísticas Didier Fiúza Faustino/Bureau des Mésarchitectures, Diller Scofidio+Renfro, Demakersvan, Vito Acconci, Instituto Superior de Agronomia-UTL arqa 65 • Silêncios Espaciais Carrilho da Graça, Grafton, Francisco Mangado, Atelier da Bouça, Rocha Tombal, PM-ARQ, Takao Shiotsuka, Josep Maria Montaner, Peter Marigold, Ana Pérez-Quiroga, Olafur Eliasson, Demakersvan, Vito Acconci, AUZprojekt arqa 66 • Silêncios Espaciais Inês Lobo, Sou Fujimoto, Juan Herreros, Andrea Branzi, Donald Judd, World Architecture Community arqa 67 • Condições Periféricas Delugan Meissl, Promontório, OTH, VHM, Contemporânea, DosMasUno, Atelier Central, Miguel Serra, Pepe Heykoop, Eduardo Matos, Edgar Martins, Augmented Architectures arqa 68 • Condições Periféricas
No próximo número - setembro|outubro
Persistências Rurais
Jan|Fev 2012 |��11,00
Peter Zumthor
Ensamble Studio R&Sie(n) Philippe Rahm BIG John Körmeling Tham & Videgård Jorge Figueira Bernardo Rodrigues Pedro Gadanho Jane Rendell Jonathan Charley Neil Spiller Wes Jones Jimenez Lai Filip Dujardin Os Espacialistas
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ISSN: 1647- 077X
equipo4d, OFIS arhitekti, Tetê Knecht, Robert Smithson, FA.UTL arqa 69 • Mediações Tecnológicas Neutelings Riedijk, Shuhei Endo, Ensamble Studio, Ventura Trindade, FARE, Plano B, Xefirotarch, Oyler Wu, Electroland, Nacho Carbonell, Edgar Martins, Victor Palla, Arquitectos Anónimos arqa 70 • Mediações Tecnológicas menos é mais, UNStudio, Neil Spiller Bernd & Hilla Becher, Milan Design Week 09, Anywhere Door Archi-Expo–Processo (In)visível arqa 71|72 • críticos-arquitectos.pt Manuel Graça Dias, José Manuel Fernandes, Victor Neves, Paulo Martins Barata, Jorge Figueira, José Adrião, Luís Tavares Pereira, Nuno Grande, Pedro Gadanho, Pedro Bandeira, Luís Santiago Baptista, Ricardo Carvalho, Diogo Seixas Lopes, Pedro Machado Costa, Gonçalo Furtado, André Tavares, Pedro Baía, Mathieu Lehanneur, Thomas Hirschhorn, Paulo Mendes. arqa 73 • Espaços Públicos Diller Scofidio + Renfro, AllesWirdGut, FOA, Miguel Arruda, Alejandro Aravena, Recetas Urbanas, feld72, Rafael Lozano-Hemmer, Antoine et Manuel, Marta Traquino, Thomas Struth, Sambarquitectura. arqa 74 • Espaços Públicos Carme Pinós, Risco, EXD09, Candida Höfer, Universidade Lusíada Lisboa arqa 75|76 • GERAÇÃO Z #1 MOOV, Arquitectos Anónimos, Kaputt!, AUZprojekt, TOSCA.lab, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Catarina Botelho, Evento 2009 arqa 77 • Produções Efémeras REX, AMO*OMA, LOT-EK, SANAA, Baixa Atelier, wuda*, dass, raumlaborberlin, Recetas Urbanas, Adriano C. Domingues, Arne Quinze, Pedrita, Christo e Jeanne-Claude, Nuno Ramalho & Renato Ferrão, Walkshop, Ternullomelo arqa 78|79 • Práticas Sustentáveis Steven Holl, Renzo Piano, Lacaton & Vassal, José María Sánchez García, Diébédo Francis Kéré, Ateliermob, 2012 Architecten, Triptyque, Carlos Castanheira, Michael Rakowitz, Kacey Wong, Hannah Starkey, João Serra, Armadilha Solar, Universidade Lusófona arqa 80|81 • Mercados Criativos Souto Moura, Herzog & de Meuron, equipo4d, Aires Mateus, Barbosa & Guimarães, WOHA, Nuno Brandão Costa, Thomas Heatherwick, Neil Leach, Bolon, Rineke Dijkstra, João Urbano, Arquitectura Acessível, Extrastudio arqa 82|83 • Acções Patrimoniais Atelier15, Carrilho da Graça, João Mendes Ribeiro + Cristina Guedes, C. Rebelo, P. T. Pimentel + S. F. Barbosa, Alberto Campo Baeza, Li Xiaodong, MAD, Knerer und Lang, Reiulf Ramstad, Xavier Costa, Marcel Wanders, José Maçãs de Carvalho, Sandro Resende, Os Espacialistas, Dass arqa 84|85 • GERAÇÃO Z #2 Plano B, José Pedro Sousa, Extrastudio, Atelier Data, Catarina Pestana, Manuel Santos Maia, Pedro Barateiro, Once Upon a Place, Projecto Pluridisciplinar 97 arqa 86|87 • Trienal de Arquitectura Bak Gordon, Andrés Jaque, Tham & Videgård, Bevk Perović, HŠH architekti,
ARQUITETURA E ARTE
mar|abr 2012 |��11,00
Persistências Rurais
Ano XII – março|abril 2012 �11,00 (continente) – �16,00 Espanha
Influências Ficcionais
GERAÇÃO Z #3
Inserções Infra-estruturais
96|97
Jorge Figueira Pedro Pacheco Pedro Bandeira José Capela Pedro Machado Costa Eliana Sousa Santos Inês Moreira
ARQUITETURA E ARTE
Influências Ficcionais
arqa
Paolo Deganello Dror Benshetrit Ângela Ferreira Pedro Portugal
Nov|Dez 2011 |��11,00
Embaixada Ateliermob Dass Blaanc
Ano XII – Janeiro|Fevereiro 2012 �11,00 (continente) – �16,00 Espanha
Keller Easterling Katrina Stoll Kelly Shannon Mason White Neyran Turan Jesse LeCavalier Laurent Gutierrez + Valerie Portefaix
ARQUITECTURA E ARTE
arqa
Juhani Pallasmaa Nada se leva António Olaio Alfredo Jaar
Guedes Decampos 51N4E Ricardo Bak Gordon ECDM Guilherme Machado Vaz Assemble
Ano XII – Novembro|Dezembro 2011 �11,00 (continente) – �16,00 Espanha
Jorge Mario Jáuregui Alexandre Cafcalas, Patricio Mardones Hiche Fernando Diez Mario Ballesteros Ariadna Cantis Juan-Pablo Corvalan, Alfredo Brillembourg + Hubert Klumpner Louise Ganz Ángela Bonadies + Juan José Olavarría
Set|Out 2011 |��11,00
Jürgen Mayer H. Zaha Hadid
arqa
Urban-Think Tank
ARQUITECTURA E ARTE
GERAÇÃO Z #3
Grupo SP Isay Weinfeld Marcio Kogan Cadaval & Solà-Morales Husos
Ano XII – Setembro|Outubro 2011 �11,00 (continente) – �16,00 Espanha
Contrastes Sul-americanos
94|95
|��11,00 Jul|Ago 2011 |��11,00 Jul|Ago
Fernando Romero Paulo Mendes da Rocha
Inserções Infra-estruturais
Basic Initiative Pedro Amaral Nuno Cera
ARQUITECTURA E ARTE
arqa
Philipp Oswalt Álvaro Domingues Gabriela Vaz Pinheiro Michael Collins
Ano XII – Julho|Agosto 2011 �11,00 (continente) – �16,00 Espanha
Inês Lobo Pedra Líquida LIN Köebberling & Kaltwasser Atelier van Lieshout
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Mai|Jun 2011 |��11,00
Snøhetta Irisarri + Piñera ecosistema urbano Carrilho da Graça
Contrastes Sul-americanos
ARQUITECTURA E ARTE
arqa
Ano XII – Maio|Junho 2011 �11,00 (continente) – �16,00 Espanha
arqa
arqa92 a101 93 arqa94 95 arqa96 97 arqa98 99 arqa100 arqa
Reabilitações Urbanas
Reabilitações Urbanas
ISSN: 1647- 077X
Kazuyo Sejima
Barozzi Veiga Guedes + Decampos Aires Mateus Carlos Quintáns de vylder vinck taillieu Pedro Maurício Borges Opéra Pagaï Dewey Thorbeck Joshua Bolshover + John Lin Alexander Pfanzelt Teresa Marat-Mendes Aldo Cibic Vicent Guallart Álvaro Domingues Guimarães 2012
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ISSN: 1647- 077X
Suppose Design Office, SPBR, Pezo von Ellrichausen, Supersudaka, José Mateus, Delfim Sardo, Peter Cook, Kenneth Frampton, Miguel Arruda, Carlos Bunga, Nuno Cera arqa 88|89 • Ambientes Formativos SANAA, aNC, Sousa Santos, Frederico Valsassina, Baupiloten, njiric+, Tezuka, Helen & Hard, PT Bambu, GERAÇÃO Z #2, WAF, Andrew Ballantyne, RawEdges, Fernando José Pereira, Bruno Pelletier Sequeira, Matéria Sensível, André Campos+Joana Mendes arqa 90|91 • Experiências Participativas Herzog & de Meuron, BIG, Dorte Mandrup, Karo*, AAA, raumlaborberlin, Recetas Urbanas, Inês Lobo, Louro+ Prudêncio+Ferreira+João, Cedric Price, Nicolas Bourriaud, Teresa Carneiro, Super Nature, Contentores, Connecting Stockholm-Urbanouveau arqa 92|93 • Reabilitações Urbanas Snøhetta, Irisarri+Piñera, ecosistema urbano, Carrilho da Graça, Inês Lobo Pedra Líquida, LIN, Köebberling & Kaltwasser, Atelier van Lieshout, Philipp Oswalt, Álvaro Domingues, Gabriela Vaz Pinheiro, Michael Collins, Basic Initiative, Pedro Amaral, Nuno Cera, Pré-Existências Recicladas, Embaixada arqa 94|95 • Contrastes Sul-Americanos Fernando Romero, Mendes da Rocha, Grupo SP, Isay Weinfeld, Marcio Kogan Cadaval & Solà-Morales, Husos, Urban Think-Tank, Juhani Pallasmaa, Nada se leva, António Olaio, Alfredo Jaar, Vazio S/A, blaanc arqa 96|97 • Inserções Infra-estruturais Jürgen Mayer H., Zaha Hadid, Guedes Decampos, 51N4E, Bak Gordon ECDM, G. Machado Vaz, Assemble, Paolo Deganello, Dror Benshetrit, Ângela Ferreira, Pedro Portugal, FOR-A arqa 98|99 • Geração Z #3 Embaixada, Ateliermob, Dass, Blaanc, Joseph Grima, Hans-Ulrich Obrist, Jonathan Olivares, Rita Castro Neves, Duarte Amaral Netto, Utilitas Interrupta, Metagenix arqa 100 • Influências Ficcionais Ensamble Studio, R&Sie(n), Philippe Rahm, BIG, John Körmeling, Tham & Videgård, Jorge Figueira, Bernardo Rodrigues, Pedro Gadanho, Peter Zumthor, Bouroullec Brothers, Pedro Cabral Santo, Nuno Sousa Vieira, Filip Dujardin, Os Espacialistas arqa 101 • Persistências Rurais Kazuyo Sejima, Barozzi Veiga, Guedes+Decampos, Aires Mateus, Carlos Quintáns, de vylder vinck taillieu, Pedro Maurício Borges, Opéra Pagaï, Patrick Schols, Pedro Loureiro, Luís Costa, Álvaro Domingues, Guimarães 2012 arqa 102 • Portugal Turístico Promontório, Atelier Bugio, Cannatà & Fernandes, Carrilho da Graça, Inês Lobo, SPBR, AND-RÉ, João Bruno Videira, Casa GranTurismo, Guimarães 2012 •••
Contrastes Africanos
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