ABAU alunos bacharelado arquitetura e urbanismo | senac
sistemas construtivos brasileiros prof.ª fanny schroeder prof. ralf ôres 2017 | 1
sumário ARQUITETURA DO BARRO E OUTRAS TÉCNICAS erik bolstelmann | klaus schramm | wilkerson souza
ARQUITETURA CIVIL COLONIAL haniel viana | letícia rossini | renato carvalho
ESTRUTURAS gabriela pacheco | gabriela gomes | stefany vilar
ESTRUTURA AUTÔNOMA bianca dantas | bruna tanaka gildene matos | giovanna castrillo
ARQUITETURA MILITAR E RELIGIOSA juliana rudiniski | mariana moreno | vitória lacerda
FAZENDAS joice vilela | renan santos | thais campos
VÃOS angela rodrigues | camila nascimento | eliana barreto
VEDAÇÕES carolina tea | rebeca bonardi
COBERTURAS daniela pino | henrique sousa | moises bressan
ESCADAS leonardo nishimura | talita araujo | yghor cabral
PISOS henrique reis | lucas pinho | johnlívio medeiros
FORROS bárbara cardoso | denise dallas | erika petruk
ARMÁRIOS E PINTURAS camila alves | jennifer cintra | luíza meuchi
ORNAMENTOS caroline pimenta | natalia paixão | philip tan
TRABALHOS DESENVOLVIDOS PELOS ALUNOS DO 6º SEMESTRE DE ARQUITETURA E URBANISMO - CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC PARA AS DISCIPLINAS: APRESENTAÇÃO E FINALIZAÇÃO PROF.ª FANNY SCHROEDER PROJETO ITERATIVO IV PROF. RALF FLÔRES 2017 | 1
A R Q U I T E T U R A D O B A R R O EO U T R A ST É C N I C A S
A R Q U I T E T U R AD OB A R R O
EO U T R A ST É C N I C A S
e s t i l on os e n t i d of o r ma l d ot e r mo . Co mo a sc i d a d e st e md i n â mi c a sd et e mp oe f l u x od ei n f o r ma ç ã oma i sa c e l e r a d a s , a a r q u i t e t u r av e r n a c u l a rs ema t e r i a l i z a q u a s es e mp r el o n g ed o sa mb i e n t e su r b a n o s .Ér e l e v a n t ed e s t a c a ra i n d aa b u s c ap o ru map r o f u n d ar e l a ç ã oc o m a sc a r a c t e r í s t i c a sl o c a i s .
“ P A U A P I Q U E
A D O B E
E S T U Q U E
T A B I Q U E S
”
E S T . MI S T A S
P A UAP I Q U E Op a uap i q u e , t a mb é mc o n h e c i d ap o rt a i p ad emã o , t a i p a d es o p a p oo ut a i p as ed e b e ,éu mat é c n i c ac o n s t r u t i v a a n t i g a .S u ao r i g e mn oBr a s i lr e me t ea op e r í o d oc o l o n i a l , o n d ee d i f i c o uf e c h a me n t o sd ec o n s t r u ç õ e se ma r q u i t e t u r a c o l o n i a l ea i n d ah o j eéu s a d an aa r q u i t e t u r av e r n a c u l a r , e s p e c i a l me n t en az o n ar u r a l .
T a l a p l i c a ç ã oe s t ál i g a d aa o sma t e r i a i se mq u es ec o n s t i t u i : Ma d e i r aet e r r a-p o r t a n t o ,d ef á c i la c e s s oeb a i x oc u s t o . P a r ar e v e s t i rép o s s í v e l u s a ra r e i aec a l o ub a r r o . NoP a r q u e d aI n d e p e n d ê n c i a , S ã oP a u l o , aCa s ad oGr i t oée x e mp l od e r e s i d ê n c i ac o n s t r u í d ae mp a uap i q u e .
MA T E R I A L I D A D E Av e d a ç ã oc o n s i s t en u mat r a mad e p a u s ( p e ç a s v e r t i c a i s e n t e r r a d o s n os o l o )c o l o c a d o sp e r p e n d i c u l a r me n t ee n t r eo sb a l d r a me s( p e ç a sh o r i z o n t a i se n t e r r a d a sn os o l o )ef r e c h a i s ( p e ç a sh o r i z o n t a i sn op l a n os u p e r i o r j u n t a sa ot e l h a d o ) . Af i x a ç ã oo c o r r ep o r f u r o so up r e g o s . No sp a u ss ã oa ma r r a d a sr i p a so uv a r a s , d ef o r maac r i a r u ma
V A N T A G E N S ma l h ae n t r e l a ç a d ac a p a zd er e c e b e ro b a r r oee s t a b e l e c e rof e c h a me n t o− t r a b a l h of e i t oa p e n a sc o ma smã o s . P a r af i n a l i z a r ,d e v e s ea p l i c a rma i s b a r r op a r ap r e e n c h e ra sr a c h a d u r a s o r i u n d a sd op r o c e s s od es e c a g e m( i mp o r t a n t ep a r ae v i t a rf r e s t a sq u ep o s s a m a l o j a roi n s e t op o p u l a r me n t ec o n h e c i d o c o mob a r b e i r o ) ef a z e roa c a b a me n t o .
•Ba i x oc u s t o •Ma t e r i a i sl o c a i s •Re s i s t ê n c i a •Co n f o r t ot é r mi c o •Du r a b i l i d a d e Ca s oac o n s t r u ç ã os e j ama l e x e c u t a d a ,t a i sv a n t a g e n ss ep e r d e m.Ho j e h áp o u c o sp r o s s i o n a i sq u a l i f i c a d o s p a r at r a b a l h a rc o me s s at é c n i c a .
A D O B E NoBr a s i l−e s p e c i a l me n t en on o r t e , A sp a r e d e s ,me s mo p e s a d a s , n o r d e s t eec e n t r o o e s t e − oA d o b e t i n h a mb a i x ar e s i s t ê n c i a ,s e n d oi n c h e g ac o mo sp o r t u g u e s e sn op e r í o d o c o mu mc o n s t r u i rma i sd ed o i sp a v i c o l o n i a l , o n d eamã od eo b r ae r ae s c r a - me n t o su s a n d oA d o b e v aeo sma t e r i a i sq u es e r v i a mat é c n i c a sc o n s t r u t i v a se u r o p é i a sd aé p o c a e r a mc a r o s .T e v ep r e d o mi n â n c i an o s e n g e n h o sec i d a d e sd os é c u l oX V I . P a r ae v i t a r au mi d a d ed os o l o , a sf u n d a ç õ e se r a mf e i t a sd ep e d r a ,a r e i ae b a r r o−g e r a l me n t ed ap r ó p r i ar e g i ã o . Ost i j o l o se r a md i s p o s t o ss e ms o f i s t i c a ç ã oeoo b j e t i v oc e n t r a le r aa p e n a s t r a v a raa l v e n a r i a . A s s i ms e n d o , o sma t e r i a i sv a r i a v a md ea c o r d oc o mol o c a l .
V A N T A G E N S •Ba i x oc u s t o •I s o l a me n t ot é r mi c oea c ú s t i c o •Us od ema t e r i a l r e g i o n a l •P o d es e rp r e p a r a d on op r ó p r i o l o c a l d ac o n s t r u ç ã o •Ra p i d e zn ap r e p a r a ç ã od o s t i j o l o s •S u s t e n t á v e l
P r e p a r o
d e s V A N T A G E N S Ami s t u r aéc o l o c a d ae mf ô r ma s d ema d e i r ame d i n d o :
Af ô r maémo l h a d aa n t e sd es e c o l o c a raa r g i l ap a r af a c i l i t a rar e t i r a d a . Op r o c e s s od es e c u r ad u r a5d i a s e ,q u a n d oe s t i v e r e m ma i sr e s i s t e n t e s ,v i r a s eac a d a2d i a sa s f a c e sma i se s t r e i t a sd u r a n t e2 0a 3 0d i a s . P a r at e s t a rar e s i s t ê n c i ac o l o c a s e d o i st i j o l o seu mt e r c e i r oe mc i mad e a mb o s .O t i j o l os e m r a c h a d u r a s p o s s u i b o aq u a l i d a d e .
•Ne c e s s i t ad ec l i mas e c op a r a s u af a b r i c a ç ã o •I mp o s s i b i l i t ac o n s t r u ç õ e sc o m ma i sd eu mp a v i me n t o •De g r a d af a c i l me n t ep e l aá g u a , d e v i d oap e r me a b i l i d a d ed o ma t e r i a l •F á c i l a p a r e c i me n t od ef i s s u r a s
E s t u q u e Oe s t u q u eéu mav a r i a n t ed os i s t e mad op a uap i q u eu m p o u c oma i se l a b o r a d o , e mq u eat r a mae s t r u t u r a n t eéc o mp o s t ap o r f a s q u i o sp r e g a d o se mt á b u a sn ol u g a r d ep a u sr o l i ç o sev a r a se ,e mg e r a l ,ae s p e s s u r af i n a ld aa l v e n a r i aé me n o r . NoBr a s i l , d os é c u l oX I X , oe s t u q u ef o iu t i l i z a d ot a n t on a d e c o r a ç ã od a sf a c h a d a sc o mon oi n t e r i o rd a sc o n s t r u ç õ e s , s o b r er e b o c o sd ea l v e n a r i a s( a p l i c a ç ã od ef r i s o seb o i s e r i e s ) ,e mf o r r o ss a n c a s .S e n d ou m ma t e r i a lb a r a t oed e r á p i d ae x e c u ç ã o , oe s t u q u ep o d e r i ar e p r o d u z i rf o r ma sq u e
a n t e se r a me s c u l p i d a se mp e d r a so ut a l h a d a se mma d e i r a . o mp o s i ç ã od oe s t u q u eh i s t ó r i c oc o n s i s t i an au t i l i z a ç ã od a Ac c a l , á g u aea r e i a , mi s t u r at r a n s f o r ma d ae mp a s t a . S u ac o mp o s i ç ã ot r a d i c i o n a l e r af u n ç ã od oc o s t u mel o c a l ed o sma t e r i a i s d i s p o n í v e i s ,c o mo :a r g i l a ,p ód emá r mo r eo ud et i j o l o ,o u me s mou mav a r i a ç ã od ea d i t i v o sq u ei a md os a n g u ea n i ma l , u r i n a ,o so v o sr i c o se mq u e r a t i n a ,c h i f r e smo í d o s ,p a s t ad o t r i g o , a ç ú c a r , s a l , s i l i c a t od os ó d i o , ó l e od el i n h a ç a , v i n h o , c e r v e j a , e t c .
T A B I Q U E S F e c h a me n t oc o mp o s t od ema d e i r a u s a d op r i n c i p a l me n t ep a r ad i v i d i ra mb i e n t e si n t e r n o s .A e s t r u t u r a ç ã od a p a r e d eés e mp r ef e i t ae mma d e i r aeo r e v e s t i me n t op o d es e rd et á b u a sd e ma d e i r ao ut e r r a .NoBr a s i lf o iu s a d o p r i n c i p a l me n t ed u r a n t eop e r í o d oc o l o n i a l ,s e n d ou me x e mp l od ea p l i c a ç ã o r e l e v a n t eaI g r e j aMa t r i zd eNo s s aS e n h o r ad oP i l a r ,e m Ou r oP r e t o .Nã o c u mp r e mf u n ç ã oe s t r u t u r a l ,ma sc o n t r i b u e mn ot r a v a me n t od a se s t r u t u r a s . Ae s t r u t u r a ç ã od av e d a ç ã oés e mp r e e m ma d e i r a ,p o r é mp o d eo c o r r e rd e
f o r ma sd i f e r e n t e s .Umas o l u ç ã ob a s t a n t ec o mu me mP o r t u g a léou s od e t á b u a sv e r t i c a i sl i g a d a se n t r es i a t r a v é s d eu mf a s q u i o( r i p ad ema d e i r ah o r i z o n t a l ) . Ne s s e sc a s o s , éc o mu mma t e r i a i st e r r o s o s . Ou t r as i t u a ç ã op o s s í v e l é aq u eS y l v i od eV a s c o n c e l o si l u s t r ae m s u ap u b l i c a ç ã oA r q u i t e t u r an oBr a s i lS i s t e ma sc o n s t r u t i v o s-u map a r e d e o n d ep o u c a st á b u a ss ã oi n s e r i d a sn o p l a n ov e r t i c a l e , f i x a d a sae s t a s , mu i t a s t á b u a st e mf u n ç ã od et r a v a me n t od a e s t r u t u r aef e c h a me n t o .
E s t r u t u r a sMi s t a s T r a t a s e , b a s i c a me n t e , d ame s c l ad ep e l ome n o sd o i ss i s t e ma sc o n s t r u t i v o s , s e n d oop r i me i r od e l e sp i l a r e sd ea l v e n a r i aeos e g u n d oa l g u mad a st é c n i c a sj ác i t a d a s . Éc o mu me me s t r u t u r a se l e v a d a sd os o l o .
A R Q U I T E T U R AD OB A R R O
EO U T R A ST É C N I C A S F o n t e s
C E N T R OU N I V E R S I T Á R I OS E N A CI A R Q U I T E T U R AEU R B A N I S MO MA T É R I A SP I 6 : P A T R I MÔ N I OI A P R E S E N T A Ç Ã OEF I N A L I Z A Ç Ã O 2 0 1 7|6 º p e r í o d o P R O F E S S O R E SR A L F F L Ô R E SI F A N N YS C H O R O E D E R
I ma g e n s
A l u n o se R I Kb O S T E L MA N N| k L A U S Ss C H R A MMI wI L K E R S O Ns O U Z A
HANIEL V. VIANA LETICIA M. A.ROSSINI – RENATO L. CARVALHO –
IMAGEM 1 Ao seu ver o período histórico da arquitetura civil brasileira se dá a partir de qual evento, supondo que você considera que há um recesso de arquitetura primitiva que não se pode classificar como um arquitetura mas como um abrigo temporário? “A história da arquitetura civil e doméstica no Brasil começa com o estabelecimento do Governo Geral e a fundação da cidade do Salvador em 1549. O que anteriormente se construiu era de tal modo provisório que mal se pode chamar arquitetura, havendo apenas a respeito pouca e incerta informação. Em 1549 os portugueses conheciam o Brasil havia já quase meio século. Quinze capitanias tinham sido estabelecidas ao longo do litoral entre as quais as mais florescentes eram, no sul, a de São Vicente, fundada por Martim Afonso de Sousa, e no norte a de Pernambuco, a Nova Lusitânia, de Duarte Coelho. Contudo, praticamente nada se sabe a respeito das igrejas improvisadas ou das moradas primitivas que os primeiros colonizadores erigiram nessas capitanias.” (pg. 27) Ainda concentrando na temática da construção primitiva que classifica esse início da colonização brasileira, o que se pode comentar sobre a aparência dessas casas? “Quando da fundação definitiva do Rio de Janeiro pelos portugueses em 1567, já ali existia uma antiga casa de pedra, ou forte, (...) João da Costa Ferreira, “Tal casa ou forte pode ter sido feito por Martim Afonso de Sousa quando de sua passagem pela Guanabara em 1530 ou posteriormente pelos franceses. Algumas dessas edificações de pedra eram anteriores a 1549. entretanto, a maioria das construções primitivas era de madeira, barro, e materiais vegetais de tal variedade e durabilidade que, no dizer Brandônio em 1618, era possível construir no Brasil boas casas sem o auxílio de pedreiros, ferreiros ou oleiros. (...)” (pag.29).
Ainda que métodos de construções portuguesas da época a arquitetura nativa, no caso os indígenas, ainda era presente no período colonial? “Pode-se afirmar que os portugueses agiram da mesma forma que os franceses. Gabriel Soares lembra que os primeiros povoadores de Salvador ocupavam “casas cobertas de palma ao modo do gentio” e o fato de tais casas terem sido habitadas por “mancebos e soldados que vieram na armada” indica que os portugueses solteiros adotaram o costume indígena da moradia em comum costume e gênero de construção ainda observados no alojamento dos escravos em Pernambuco no séc. XVII.”(pag.30) “Numa gravura de Frans Post, vê-se, próxima a uma casa grande, uma senzala notàvelmente semelhante às longas ocas dos índios brasileiros. As pinturas de Post estão cheias de casas pequenas, cujo sólido arcabouço de toras de madeiras tropicais amarradas com cipó e timbu sustenta paredes constituídas por tramas de galhos tomadas com barro ou protegidas por fôlhas de palmeira entrecidas em espêssa camada, sistema êste também usado para a cobertura. (Fig 1)” (pag.30)
governador ao sul e a casa da câmara e cadeia a leste. Para o norte, além da igreja que o Sucessor Luís Dias, Pedro de Carvalhais, iniciara em 1552, ficava o Terreiro de Jesus, para o qual dava, as propriedades jesuítas. Alí, segundo Soares, já se haviam construído algumas das melhores casas e, tal como na própria Lisboa, havia espaço bastante para “festas de cavalos”. Todas essas construções de há muito desaparecidas vêm-se no mapa figurativo de Benedictus Mealius Lusitanus de 1625. No entanto, pelo fato de os muros, as casas e os edifícios públicos virem representados de maneira convencional, perdeu-se o verdadeiro sabor das construções primitivas. Para se ter uma ideia mais exata da aparência dêsses edifícios seria mais avisado observar umas vista da cidade de Fortaleza, na capitania do Ceará, executada em 1730 com o objetivo de mostrar a reconstrução levada a cabo pelo capitãomor Manoel Francês entre 1721 e 1727. (PAG.33) Afim de que o leitor, em virtude da grande diferença nas datas, não ponha em dúvida a exatidão da semelhança apontada, é preciso ter em mente o caráter extremamente conservador da arquitetura luso-brasileira, sobretudo da arquitetura residencial, que conservou até o século XVIII muitas das características das construções anteriores. Deve também lembrar-se que os sistemas construtivos, em região tão pobre e atrasada quanto o era o Ceará, mesmo em 1725, não se podiam distanciar do que fôra feito pelos pioneiros em outras partes dois séculos antes.” (Pag.34)
Em suas pesquisas como você descreveria as construções do período colonial no Brasil? “Levantava-se sobre a colina a cavaleiro da Baía de Todos os Santos, como decidira o governador, disposta em torno de duas praças. Destas, a primeira era a “honesta praça”, (A atual Praça Municipal), centro administrativo, com as “nomes casas” do governador ao sul e a casa da câmara e cadeia a leste. Para o norte, além da igreja que o Sucessor Luís Dias, Pedro de Carvalhais, iniciara em 1552, ficava o Terreiro de Jesus, para o qual dava, as propriedades jesuítas. Alí, segundo Soares, já se haviam construído algumas das melhores casas e, tal como na própria
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CONFIGURAÇÃO DA ARQUITETURA URBANA NO BRASIL COLONIAL, O PARALELO DA CASA TÉRREA E SOBRADO, E SUA ADVERSIDADE COM A CASA DE Por Letícia M. A. Rossini CAMPO plantas, o piso do interior com assoalho de Artigo que busca esclarecer os tipos de arquitetura encontrada nas cidades brasileiras no período colonial, demonstrar a comunicação estabelecida entre a casa térrea e sobrado, e por meio destes modelos definir como a vivência da cidade nesse período se configurava extremamente diferente em contraponto ao modo de construção na vida no campo . Palavras chave: Arquitetura colonial, Sobrado colonial, casa térrea.
O estudo da história arquitetônica nos revela que a cada época a arquitetura é produzida de formas diferentes e demonstra relação diferente com o tecido urbano que se encontra. Nas cidades brasileiras acontece da mesma forma, o período no qual vivemos não se comporta da mesma forma que no colonial, dando a si delimitações de como é o comportamento da sociedade em que viviam, sendo assim, seu reflexo. A produção arquitetônica no núcleo colonial envolvia-se na lógica do trabalho escravo, ou seja, seus usos e núcleos urbanos se projetavam a partir do envolvimento do escravo com deus donos. As cidades se configuravam em uniforme, por casas térreas e sobrados sobre o alinhamento das vias públicas ou os limites laterais do terreno, não era admitido o meio termo, ou uma tinha-se casas urbanas, ou de campo. O Jardim não cabia nesta realidade, assim como fora aderida nas cidades atuais, o verde não combinava com a cidade. A arquitetura colonial civil estava definida em antigas tradições de Portugal, alinhavam-se às vias públicas e as delimitavam, no nordeste do país ainda pode-se encontrar as arquiteturas coloniais que refletem essa realidade passada, mais especificamente no Pará, Recife e Salvador, as quais têm suma importância nessa história patrimonial do período colonial brasileiro. “Mesmo os Palácios dos Governadores, na Bahia, Rio de Janeiro e Belém, foram edificados como as residências comuns, sobre o alinhamento das vias públicas; nesses casos, a ausência de elementos de acomodação ao exterior era mais sensível, uma vez que tais edifícios davam frente para mais de uma via pública e eram de proporções incomuns. (...) A uniformidade dos terrenos correspondia à uniformidade dos partidos arquitetônicos: as casas eram construídas de modo uniforme e, em certos casos, tal padronização era fixada nas Cartas Régias ou em posturas municipais. Dimensões e número de aberturas, altura dos pavimentos e alinhamento das edificações vizinhas foram exigências do século XVIII. Revelam uma preocupação de caráter formal, cuja finalidade era, em grande parte, garantir para as vilas e cidades brasileiras uma aparência portuguesa. (...) Encontram-se ainda hoje, casas térreas e sobrados dos tempos coloniais
, edificados em lotes de dez metros de frente e de grande profundidade. (...) As repetições não ficavam porém somente nas fachadas. Pelo contrário, mostrando que os padrões oficiais apenas vinham completar uma tendência espontânea, as plantas, deixadas ao gosto do proprietário, apresentavam sempre uma surpreendente monotonia. As salas da frente e as lojas aproveitavam as aberturas sobre a rua, ficando as aberturas dos fundos para a iluminação dos cômodos de permanência das mulheres e dos locais de trabalho. Entre essas partes de iluminação natural situavam-se as alcovas, destinadas à permanência noturna e onde dificilmente penetrava a luz do dia. A circulação realizava-se sobretudo em um corredor longitudinal que, em gera, conduzia da porta da rua aos fundos. Esse corredor apoiava-se a uma das paredes laterais, ou fixava-se no centro da planta, nos exemplos maiores.”(1) Nestor Goulart, mostra pra nós as raízes dessa arquitetura colonialista que denotava a relação formada pelo regime escravocrata. Item que aviva essa relação é o corredor longitudinal que insere o uso “dividido” dos moradores. Afundando nas relações entre os habitantes a mais clássica diferenciação é obviamente econômica, as relações de poder econômicos são sempre representadas na arquitetura como cartaz, assim no período colonial onde não haviam nas técnicas construtivas muitas opções a similaridade das construções, contudo, ainda assim não possuíam o poder de conter essa exibição, as diferenças entre as moradias são pontuais devido a falta de opções, mas ainda assim significativas. “[...] ruas estreitas e tortuosas, poucas edificações, mas com algumas importantes Igrejas e conventos compondo o conjunto importantes Igrejas e conventos compondo o conjunto arquitetônico. As casas predominantemente de dois pavimentos, de taipa ou barrote revestido de tijuco” (PENTEADO, 1968, p.118) De fato que o primeiro item já denota, é o ponto de distinção, esplendoroso, num tempo onde a materialidade e as técnicas adaptadas ao estilo português fosse possível a criação de outros andares além do térreo significava muito, então os sobrados definiam-se como padrões mais elevados, assim como os comerciantes e cargos de poder, apesar de não se desprenderem da monotonia das
madeira representava a riqueza, no entanto essas poucas diferenças não escondiam que eram apenas uma sobreposição de camadas, sendo a repetição da casa térrea, em que seu “chão batido” lhes recobrava a pobreza e distanciamento dos altos funcionários e negociantes. Goulart define assim em: “[...] as relações entre os tipos de habitação e os estratos sociais: habitar um sobrado significava riqueza e habitar casa de “chão batido” caracterizava pobreza. Por essa razão os pavimentos térreos do os sobrados, quando não eram utilizados como lojas, deixavam-se para acomodação dos escravos e animais ou ficavam quase vazios , mas não eram utilizados pelas famílias dos proprietários. [...]” “[...]Se contornar uma cidade importante, onde se comprimem, uns contra os outros, numerosas tetos de telhas, por mais atentamente que a observe, também não verá nunca destacar-se ali, por entre grupos de construções mais humildes (...) edifício algum de proporções grandiosas... [...]” (VAUTIER. L. L. Op. Cit) Entendendo também a materialidade disponível, a taipa de pilão, ou o pau-a-pique e sabendo de sua vulnerável condição ao expostos a chuva era recorrente encontrar casas coladas empenas à empenas de forma a proteger das intempéries expondo a frente e os fundos, ainda configurando um corredor rua ou “casas em correnteza”, a proteção do restante era feito através de varandas e beirais. O princípio de Vaultier está correto “quem viu uma casa brasileira viu todas” “[...] Considere-se porém que nenhuma pessoa não pertencente ai convívio familiar era admitida para além da sala. Variações podem acontecer com o acréscimo de alcovas, compartimento do qual não temos conhecimento, mas que era muito comum, atendendo aos padrões de então de preservação de intimidade e proteção da família [...]” (2) Portanto, identificamos que sob um regime escravista e uma situação urbana tradicionalista a arquitetura civil tende a se caracterizar como uma construção padronizada na sua forma, composição e materialidades, apesar de baseadas no cenário medieval-renascentista português devido as suas condições de implantação deveriam ser sempre adaptadas as condições de um mundo luso-brasileiro.
(1)REIS, Nestor Goulart, Filho. Quadro da Arquitetura no Brasil, 2004. Editora Perspectiva. (2)COLIN, Silvio. Técnicas Construtivas do Período Colonial. IMPHIC – Instituto Histórico.
Casa do SERTANEJO
Um tipo de arquitetura colonial mais simples é a chamada Casa do Sertanejo. Eram casas de homens livres, espécies de colonos, que cultivavam uma propriedade, dividindo a produção como o senhor de engenho. Sua casa pode ser feita toda de palha(palhoça) na qual a estrutura é feira de paus roliços revestidos com palha, geralmente de buriti ou carnaúba. As paredes podem ser de pau-a-pique, sendo então também chamadas tapona ou sopapo. Estas casas tinham apenas um compartimento interno. Uma esteira grosseira de ramagens, estendidas nas extremidades são as camas de toda a família. A cozinha era o canto deste compartimento único, com um forno e fogão de lenha, quando não um puxado do telhado ou um alpendre, que podia ser aberto ou fechado, ou ainda podia-se utilizar o quintal para cozinhar. Não havia, obviamente, banheiro ou latrina. Indispensável, porém era o alpendre ou varanda frontal, o verdadeiro ambiente de estar. A entrada da varanda está sempre interceptada, para torna-la íntima e proteger da entrada de animais. O rancho era também equipamento obrigatório. Colocado para além e junto da cerca, consistia e um pequeno abrigo para servir de pouso ao viajante ou tropeiro. Uma maneira de bem receber o visitante sem permitir o contato com a intimidade da casa.
CASA Grande
A Casa Grande era a sede das fazendas, que abrigava o senhor de engenho, sua família seus agregados e hóspedes. Diferentemente dos outros tipos construtivos, a casa grande podia variar muito quanto à forma. ‘’[...]Estas casas eram de apenas um pavimento de habitação, levantado do solo. A parte de baixo é ocupada por armazéns e pessoal de serviço. A técnica construtiva é a melhor disponível, podendo ser de alvenaria de pedra ou taipa de pilão, dependendo da região. Telhados de madeira e telhas de barro.[...]’’ ANDRADE, Maria do Carmo. Elemento indispensável nas casas-grandes de fazenda é a varanda, grande e larga, ocupando na maioria das vezes toda a frente como é o caso da Fazenda do Viegas ou então contornando toda a edificação. Neste item, um exemplo dos mais curiosos é o da Fazenda Colubandê, em São Gonçalo, em que temos uma varanda periférica externa e outra interna, separadas pelos compartimentos das salas e quartos da casa.
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Senzala
Consistia, quase invariavelmente em um comprido telheiro, feito de alvenaria de tijolos ou pau-a-pique, com celas medindo aproximadamente 3 m de comprimento e largura, cobertas também com telhas, as terças apoiando-se diretamente nas paredes. As portas eram de tábuas de madeira. O piso de terra batida e sem forro ou outra abertura.
IMAGEM 5
A casa bandeirista é um caso especial na arquitetura colonial marcada pelo estilo de planta retangular, sala social central, dormitórios distribuídos ao redor da sala, sem corredores, poucas aberturas no qual confere segurança à residência e, consequentemente, seu interior torna-se pouco iluminado. O chão é configurado por terra batida. Na parte posterior da casa, as cozinhas eram instaladas em puxados construídos em anexos à residência, as chamadas taçaniças. Na parte frontal, a residência era ladeada pela capela, com acesso externo e interno à residência e pelo dormitório de hóspedes, único cômodo isolado, pois, tinham somente acesso externo, independente da área íntima da residência. Sua fachada é caracterizada pela presença de alpendre e colunas entalhadas em madeira de empenas lisas.
A técnica construtiva aplicada nessa edificação era a taipa de pilão. A cobertura era feita de telhas de barro ou cobertas de palha e conferem, à residência, beirais largos que protegem a taipa da ação corrosiva das águas das chuvas. Pode-se observar que o ambiente criado pela sala central, sem corredores e dormitórios a sua volta, denotava a preservação da intimidade doméstica da família patriarcal. A preocupação com a manutenção da intimidade da residência se dava, principalmente, devido ao convívio intenso com estranhos. Os bandeirantes, seguiam ao longo de suas viagens em busca de abrigo e comida e hospedavam-se em casas dos moradores da região explorada. E, por esse motivo, o dormitório dos hóspedes era isolado de toda residência, tendo acesso apenas pelo alpendre.
IMAGEM 7
IMAGEM 6
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Casa Bandeirista
Casa do Bandeirante ou
do Itaim
Casa do Butantã
No início da década de 1990 a casa foi destelhada pelos proprietários e passou por um processo de deterioração e abandono, levando-a à atual condição de ruínas. A atitude foi considerada criminosa e por meio de termo de ajuste de conduta emitido pelo Ministério Público de São Paulo, ordenou-se a reconstituição do imóvel.
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A Casa do Bandeirante no bairro do Butantã representa um dos exemplares típicos das habitações rurais paulistas construídas entre os séculos XVII e XVIII em vasta área periférica ao núcleo urbano primitivo, localizadas predominantemente junto à bacia de dois rios: o Tietê e o seu afluente Pinheiros. A Casa do Bandeirante está incluída, permanentemente, nos roteiros turístico-históricos da cidade, ícone de um passado histórico idealizado, espaço de crítica e contextualização de mitos e documento arquitetônico preservado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
– REVISTA – TUTYIA, Dinah. Arquitetura Civil no Brasil Colonial(Apresentação PPT), Fev. 2014. Disponível no site do CEAP – Centro de Ensino Superior do Amapá. Disponível em < http://www.ceap.br/material/MAT1903201474733.pdf> Acesso em 19/04/2017. PATY, Francisco. Revista do Arquivo Municipal: Guia da casa do Bandeirante – Ensaio de Recomposição do Ambiente Rural Domestico Paulista de Patrimônios do Seculo XVIII Nº 161, 1958. Arq. da Secretaria de Educação e Cultura do Município de São Paulo (DEPARTAMENTO DE CULTULRA, DIVISÃO DO ARQUIVO HITÓRICO), Museu da Cidade. Disponível em <http://www.museudacidade.sp.gov.br/casadobandeirante.php> Acesso em 13/05/2017. PACCE, Márua Roseny. Revista do Arquivo Municipal: A Propósito da Casa do Bandeirante Nº193 (Separata), 1980. REV. ARQ. MUN. SÃO PAULO ANO 43, Edição pela Divisão do Arquivo Histórico, Museu da Cidade. Disponível em <http://www.museudacidade.sp.gov.br/casadobandeirante.php> Acesso em 13/05/2017. PECLY, Mateus Henrique da Silva; ARAÚJO, Ronaldo de Sousa. A Casa Brasileira do Período Colonial à Arquitetura Moderna, Rio de Janeiro, 2014. Perspectivas Online – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Campos dos Goytacazes. Artigo Online. Disponível em <http://www.seer.perspectivasonline.com.br/index.php/humanas_sociai s_e_aplicadas/article/view/554/476> Acesso em 21/04/2017. COLIN, Silvio Vilela. Tipos e padrões da arquitetura civil colonial – I. Wordpress.com, 2011. Blog Coisas da Arquitetura. Artigo Online. Disponível em <https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2011/02/28/tipos-epadroes-da-arquitetura-civil-colonial-i/> Acesso em 21/04/2017. BURY, John. Arquitetura e Arte no Brasil Colonial. Editora IPHAN/Monumenta, Brasilia, 2006. REIS, Nestour Goulart, Filho. Quadro da Arquitetura no Brasil, Coleção Debates, 10ª edição, 1ª reimpressão. Editora Perspectiva, 2004 COLIN, Silvio Vilela. Técnicas Construtivas do Período Colonial. IMPHIC – Instituto Histórico. PDF disponível no Blog Arquitetura Popular: Espaços e Saberes disponível em <http://imphic.ning.com/group/historiacolonial/forum/attachment/downlo ad?id=2394393%3AUploadedFile%3A16519> Acesso em 21/04/2017.
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Estruturas De alicerces à paredes estruturais
“LES PIEDS SUR TERRE”
Projeto vencedor do concurso "Pavilhão de Arquitetura em Terra"
O QUE SÃO ALICERCES? PAREDES ESTRUTURAIS Taipa de Pilão Alvenaria de Pedra Adôbos
Maio 2017 | Edição 1 R$ 19,90
editor's note “Les pieds sur terre”: projeto vencedor do concurso internacional de idéias “Pavilhão da Arquitetura em Terra” O objetivo do concurso era a
técnica de taipa de pilão para
indústria cultural em
concepção de um pavilhão da
propor um pavilhão que se
desenvolvimento: arquitetura em
arquitetura em terra que
assume como uma construção em
terra", o Comitê Internacional
oferecesse um testemunho
terra crua - que independe de
para o Desenvolvimento dos
contemporâneo deste tipo de
materiais mais “nobres” - e que
Povos de Níger (CISP Níger),
arquitetura, difundindo as
leva em consideração as
através do programa ACP-EU de
possibilidades oferecidas pelas
condições climáticas de Niamey,
apoio ao setor cultural,
técnicas de construção com
como a insolação e a orientação
organizou um concurso
materiais locais, em particular a
dos ventos, em sua composição
internacional de ideias para um
terra.
formal e espacial.
pavilhão de arquitetura em terra
A equipe vencedora, composta
em Niamey, capital de Níger,
por dois estudantes da
cujo mote era "Pas de futur sans
Universidade Federal de
culture" ou, "Não há futuro sem
Uberlândia - Abiola Akandé Yayi
cultura".
e Robert Soares - utiliza a
2 ANIGÁP |SARUTURTSE
Como parte do projeto "Uma
Os alicerces são o mesmo que fundação, são o conjunto de elementos estruturais que sustentam a edificação, transferindo os esforços na estrutura para o solo. Na arquitetura brasileira, os alicerces só são encontrados propriamente ditos nas construções de alvenaria, sendo quase sempre do mesmo material e sem solução de continuidade. Usa-se também a argamassa de barro ou apenas a calda para encher os pequenos vazios. A calda é um barro muito liquefeito que quando entornado sobre a alvenaria é capaz de preencher seus interstícios (pequenos espaços de ar).
Base de parede com seu alicerce ensoleirado e sarjeta.
Esquema de Encaixe
O dimensionamento dos alicerces muda em função dos volumes que devem suportar, alteram-se também em função do tempo (menos profundos quando recentes e de qualquer forma menores que a parede que irão suportar. No caso de pavimentos elevados do solo, são encontrados embasamentos (baldrames) de alvenaria cantaria ou ensilharia. (VASCONCELLOS, 1979)
Enchimento do espaço entre o baldrame e o solo com alvenaria de pedra
3 ANIGÁP |SARUTURTSE
ALICERCES
Paredes Estruturais Taipa de Pilão É um sistema em que as paredes são maciças, constituídas apenas de barro socado. As técnicas para sua execução incluem armar formas de madeira (taipais), como se faz ainda hoje com concreto, mantendo-as em sua posição por meio de travessas e paus a prumo. Dentro delas é colocado o barro, composto por terra, areia, argila e fibras vegetais amassados com auxílio dos pés. (VASCONCELLOS, 1979)
Alvenaria em Pedra As construções de pedra no Brasil datam do primeiro século, e seu uso ideal era de pedra e cal nas construções sendo empregados outros sistemas menos duradouros nos casos em que a pedra não era de fácil obtenção. Em sua composição pode haver também combinações como pedra e barro e pedra seca. (VASCONCELLOS, 1979)
São paralelepípedos de barro, porém difere-se dos tijolos por não serem cozidos. Geralmente são compactados manualmente em formas de madeira, e deixados a secar. O barro deve conter argila e areia, e às vezes fibras vegetais ou estrume para maior resistência dos blocos e podem receber também reboco de cal e areia. (VASCONCELLOS, 1979)
4 ANIGÁP |SARUTURTSE
Adôbo
Estrututras EDITORA CHEFE / GABRIELA PACHECO EDITORA ASSOCIADA / GABRIELA GOMES CHEFE DE EDIÇÃO/ GABRIELA GOMES EDITORA ASSISTENTE / STEFANY VILAR DIRETORA DE ARTE / GABRIELA PACHECO DIRETORES DE PUBLICAÇÃO / FANNY SCHROEDER E RALF FLORES
BIBLIOGRAFIA IMAGENS / ARCH DAILY ILUSTRAÇÕES / ARQUITETURA NO BRASIL, SISTEMAS CONSTRUTIVOS POR SYLVIO DE VASCONCELOS
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Estruturas De alicerces Ă paredes estruturais
MAIO
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ESTRUTURA AUTÔNOMA ENQUADRAMENTOS ARCOS
O que são estruturas
1. Fazenda Villa Forte - RJ
autônomas? Elas são compostas de O que são estruturas autônomas? Elas são compostas de quais materiais? Será que o sistema construtivo das antigas edificações são similares às obras atuais? O que significa enquadramento? E para que servem os arcos?
quais materiais? O que significa
ARQUITETURA DO BRASIL:
enquadramento?
SISTEMAS CONSTRUTIVOS
E para que servem os arcos?
MAIO
ESTRUTURA AUTÔNOMA: MADEIRA/ALVENARIA Foi adotado e padronizado no Brasil um sistema construtivo, cujo meio era estimular a invenção arquitetônica na medida em que demandavam a criação de novas soluções. Isso se devia pela escassez de material para construção e falta de mão de obra da época. Entretanto, para que simplificassem esses meios, o homem começou pela estrutura para pôr em prática a sua invenção. Aquela estrutura que é composta por algumas peças de madeira ou só pilar de alvenaria e é utilizado para sustentar uma vedação, mesmo ficando aparente é chamado de “Estrutura Autônoma”. Em depoimento, uma moradora de casa de pau a pique, relata: "O tipo de madeiras verticais eram forquilhas em formato de Y feita de sabiá, as horizontais era vara de marmeleiro
6. Casa de Pau a pique - Sitio Caeté - CE
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amarradas com cipó verdadeiro”. (Maria Alcântara, CE - 2017). As casas de pau a pique eram mais comum na zona rural, principalmente no nordeste. Isso se dava devido ao custo da obra e também ao clima. Portanto, não eram construções com bom acabamento e traziam risco à saúde.
2. Estrutura de madeira assentada sobre alvenaria de pedra.
3. Amarração das varas com cipó "verdadeiro".
4-5. Composição estrutural desde o nabo até o frechal, sendo a 6 uma perspectiva isométrica do nabo, esteiro e baldrame.
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7. Casa em madeira, descendência italiana
Observa-se que nas construções mais elaboradas o Enxaimel, que são os vãos entre os esteios, madres, baldrames e frechais, também é composto pela estrutura de madeira com peças inclinadas nos cantos ou na diagonal dos quadros que denomina-se “Cruz de Santo André” ou “Aspas Francesas”, pois as vedações eram preenchidas com adobe e tijolo (veja exemplo na imagem 9). Já o sistema de entrelaçar as madeiras entre si, denomina-se Estuque. É uma construção mais delgada que a Taipa, sendo seu material de vedação diferente. É apenas utilizado como vedação na parte interna e tem pouca resistência à umidade e impactos (veja exemplo na imagem 8). As moradias eram sustentadas com vigas e pilares de madeira, dispensando o uso de peças diagonais para contraventamento, pois se fazia o uso de pregos para fixação.
8. Detalhe da parede feita de estuque.
9. "Aspas Francesas" e o preenchimento de adobe.
10. Tabique.
Desta forma, as tábuas de piso e madeira funcionavam ao mesmo tempo como vedação e contraventamento. Esse sistema denominase Tabique (veja exemplo na imagem 6). Esse modelo de construções com o uso da madeira tanto na estrutura quanto na vedação foi de influencia da imigração italiana, principalmente pela abundancia de madeira na região.
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ENQUADRAMENTO Diferente da estrutura autônoma surgiu os enquadramentos, que também podem suportar as estruturas (sendo de taipa de pilão, pau a pique, adobe, alvenaria de pedra) mesmo tendo o aproveitamento plástico da construção, pois é a beleza da composição de uma fachada, possibilitando composições moduladas e organizadas. É proporcionado pelas pilastras, esteios e madres. Abaixo, temos a imagem do enquadramento de residências situadas em Ouro Preto, Minas Gerais - BR.
12. Residencias situadas em Ouro Preto - Minas Gerais
Nessa fachada colonial apresenta a métrica e o ritmo iguais nos dois pavimentos (veja exemplo na imagem 11).
11. Enquadramento
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13. Arcos da Lapa - Rio de Janeiro - RJ
ARCOS Por fim, há as construções que são feitas com arcos. Os arcos são elementos estruturais muito presentes nas construções desde a antiguidade. As civilizações antigas do Egito, Babilônia, Grécia e da Assíria já utilizavam os arcos, mas foram os Romanos que passaram a utilizá-los em larga escala. Mas para quê servem os arcos nos sistemas construtivos? Os arcos são estruturas inventadas de alvenaria ou cantaria para suportarem as cargas verticais da estrutura que está adjacente a ele e ao mesmo tempo é um forte componente decorativo, permitindo uma grande variedade formal da construção. É aplicado em vãos e também emoldura abertura.
Normalmente os materiais dos quais são feitos resistem bem à esse tipo de esforço e são estruturas simples de serem reproduzidas. Mesmo sem conhecimentos avançados acerca de cálculos de estruturas, as civilizações antigas conseguiam construir grandes obras com arcos imensos.
14. Perspectiva dos arcos da Lapa.
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Os arcos eram construídos com vários blocos denominados aduelas. A aduela bem do centro do arco é chamada de chave e tem um formato angular proposital que proporciona um esforço de compressão que traz estabilidade ao todo. A última peça que se colocava na construção de um arco era a chave. Enquanto este elemento não fosse colocado, era necessário escorar as aduelas, uma vez que a estrutura ainda se encontrava instável (veja exemplo na imagem 15).
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15. Detalhes construtivos de um arco.
CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC - CAMPUS SANTO AMARO Bianca Dantas Santana Bruna Tanaka de Freitas Gildene A. de Matos Magalhães Giovanna Castrillo Docentes: Ralf Flôres Fanny Schroeder Fonte Bibliográfica: Sistema construtivo no Brasil – Silvio Vasconcelos http://www.archdaily.com.br/br/01-60177/ Fonte das Imagens: 1. http://www.villa-forte.com.br 2. https://books.google.com.br/books?id=E2oUDAAAQBAJ&pg=PA135&lpg=PA135&dq=alvenaria 3. https://pt.slideshare.net/mastheusadam/materiais-e-sistemas-construtivos-02 4-5. https://books.google.com.br/books?id=E2oUDAAAQBAJ&pg=PA135&lpg=PA135&dq=alvenaria 6. https://www.facebook.com/emanuel.dearaujomelo 7. http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1827134 8. http://docslide.com.br/documents/05-tecnicas-construtivas.html 9-10. https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ 11. https://books.google.com.br/books?id=E2oUDAAAQBAJ&pg=PA135&lpg=PA135&dq=alvenaria 12. http://www.matraqueando.com.br/tag/ouro-preto 13. https://www.tripadvisor.com.br 14. https://impressoespornorma.blogspot.com.br/ 15. https://historiaartearquitetura.com/2017/02/15/o-arco-romano-e-as-abobadas/
ARQUITETURA RELIGIOSA E MILITAR SÉCULO XVI E XVII
Imagem 1: Convento Franciscano Nossa senhora das Neves e interior. O convento foi construído em 1585, na cidade de Olinda
Imagem 2: Forte Reis Magos e interior, sua construção teve início ainda no século XVI. É ainda o marco de fundação da cidade de Natal.
ARQUITETURA RELIGIOSA
A INFLUÊNCIA DO MANEIRISMO
PORTUGUÊS
Imagem 3: Catedral da Sé em Olinda.
Imagem 4: Catedral BasĂlica, antiga Igreja JesuĂta localizada em Salvador
ARQUITETURA MILITAR
ARQUITETURA DE DEFESA: FORTES E FORTALEZAS
Imagem 6: Forte São Mateus localizado em Salvador na Bahia, forte chama atenção pelo formato circular.
Imagem 6: Fortaleza Santa Cruz localizado em Niterรณi no Rio de Janeiro
ARQUITETURA : VÃOS
MOSTEIRO DE SÃO BENTO - SP
A HISTÓRIA CONTADA ATRAVÉS DE PORTAS E JANELAS
Na arquitetura podemos entender por vão uma abertura ou rasgamento de uma parede. Os vãos permitem a ventilação e a iluminação no interior dos edifícios, e ainda a circulação entre os ambientes, ou entre os espaços internos e externos de um edifício. Nos vãos, podem ser inseridas portas, janelas, de diferentes materiais e tipologias. Os vãos podem ser classicados de acordo com sua função, sendo os mais relevantes as portas, janelas, óculos, seteiras e arcadas.
ARQUITETURA : VÃOSPORTAS
BASÍLICA DE CONGONHAS-MG Foto: Vaner Cantarelli-2013
As folhas das portas e janelas eram sempre de madeira e não diferiam muito conceitualmente de nossas práticas atuais. As diferenças cam por conta das disponibilidades técnicas e características acessórias. As folhas podiam ser de réguas, de almofadas, de treliças ou rendas de madeira. Mais recentemente, a partir do século XVIII, quando o uso do vidro se torna mais comum, aparecem as folhas de pinásios com vidros.
CASARIO DE PARATY - RJ Foto:Familia Muller-2011
A arquitetura segue o estilo português. As fachadas das casas e sobrados, sempre brancas e emendadas umas outras, foram construídas rentes às ruas. Algumas casas praticamente só possuem portas com uma ventilação na parte superior.
CASARIO DE OURO PRET-MG Foto: Raul Mattar-2010
Tem como característica as residências construídas sobre o alinhamento das vias públicas e sobre os limites laterais dos terrenos. As vias eram traçadas conforme as casas. Não havia meio termo: as casas eram urbanas ou rurais. Não eram construídas casas urbanas com determinado recuo.
IGREJA DE SÃO FRANSICISCO DE ASSIS - MG Foto: Mario Borges-2011
Com início do ciclo do ouro no inicio do século XVIII no estado de Minas Gerais no interior do pais a elite colonizadora e os construtores portugueses, até então estabelecidos na costa atlântica brasileira, tiveram diculdades em chegar às novas cidades que surgiam na região como Ouro Preto , Sabará e Mariana.
ARQUITETURA : VÃOSJANELAS CONJUNTO ARQUITETÔNICO - MG Foto Henry Yu-2007
CASARIO COLONIAL, MG Foto: Sérgio Freitas -2010
JANELAS DE PEITORIS
JANELAS RASGADAS
Eram as mais comuns, nas quais o vão cava aberto na parede leva peitoril cheio. Apareciam nas paredes de pau-a-pique, adôbos ou tijolos.
São as janelas abertas em paredes maciças de uma grande espessura. Ás vezes, abertas da verga até o piso, ou abertas apenas por dentro, mantendo-se cheias por baixo do peitoril.
OLINDA - PE Foto: Google
CONJUNTO ARQUITETÔNICO - MG Foto: Google
JANELAS DE CANTO
ÓCULOS
Eram destinadas a vigia, e quando havia a necessidade em planta, ocorriam em ângulo.
O s ó c u l o s t ê m f o r m a c i r c u l a r, quadrifólio ou outras. Os óculos são muito comuns nas igrejas, para iluminação adicional das tribunas, consistórios ou outros compartimentos. Neste caso têm moldura de pedra e são esculpidas em pers diversos.
ARQUITETURA : VÃOSJANELAS
CANANÉIA -SP Foto:www.iparoquia.com.br -2009
ARCOS DA LAPA - RJ Foto Acervo Iphan
SETEIRAS
ARCADAS
As seteiras são pequenas aberturas verticais, utilizadas na arquitetura militar como vão de observação, vigia e tiro. mas são também usadas na arquitetura civil e religiosa. Na arquitetura militar as seteira têm também o nome de balestreiro.
As arcadas são uma sequência de arcos, em geral, formando um divisor de espaços. Entre esses arcos, estão as colunas.
ELEMENTOS COMPOSITIVOS
CASARIO OURO PRETO, MG Foto: Raul Mattar-2009
VERGA Pe ç a c o l o c a d a s u p e r i o r e horizontalmente em um vão de porta ou janela, apoiando-se sobre as ombreiras em suas extremidades. Para prevenir o aparecimento das indesejáveis trincas nos cantos
Inferiores dos vãos nas alvenarias deve-se utilizar vergas também na parte inferior dessas aberturas. Deve-se u t i l i z a r, p o r t a n t o, c o m o m e d i d a preventiva, além da verga normalmente usada na parte superior do vão, uma verga na parte inferior, com pequena armadura, ultrapassando o vão de 30 cm a 40 cm para cada lado.
ARQUITETURA : VÃOS ELEMENTOS COMPOSITIVOS
OURO PRETO -MG Foto: Arnaldo José -2008
OURO PRETO -MG Foto: Arnaldo José -2008
PEITORIL
OMBREIRA
O peitoril possuía um gradil de madeira torneada, ou de ferro batido. Quando contido no vão, era chamado entalado, quando projetado para fora formavam as janelas sacadas, simplesmente sacadas ou janelas de púlpito. Várias sacadas unidas, com espaço de circulação entre elas formavam um balcão, que usualmente era coberto pela projeção do telhado.
As ombreiras eram as peças verticais que davam sustentação para portas e janelas. Podiam car embutidas ou aparentes na alvenaria. Quando cava aparente na alvenaria, era chamada também de umbral.
FERRAGENS
As ferragens para acionamento eram as chamadas dobradiças de cachimbo ou de leme. O leme era a chapa de aço xada na folha das portas. O quais tinham as mais variadas dimensões e desenhos. As aldrabas eram pequenas argolas ou maças metálicas xadas em um eixo , para o visitante bater na porta; servia em outros casos, para acionar uma tanqueta, e assim abrir a porta do lado de fora.
ARQUITETURA : VÃOS REFERÊNCIAS <http://www.archdaily.com.br/br/01-60177/a- casa-invisivel- fragmentos-sobrea-arquiteturapopular-no- brasil-joao- diniz> Acesso em 14/05/2017 <portal.iphan.gov.br/les/johnbury.pdf> Acesso em 14/05/2017 <http://www.infoescola.com/historia-do- brasil/arte-colonial- brasileira/> Acesso em 14/05/2017 <http://estudantesdearquitetura.com.br/arquitetura-colonial- no-brasil/> Acesso em 14/052017 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/01.002/3251> Acesso em 14/052017 <http://www.archdaily.com.br/br/category/historia> Acesso em 14/05/2017 <http://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/43379/47001> Acesso em 14/05/2017 <http://historiacomgosto.blogspot.com.br/2016/08/ouro-preto-vila-rica-o-ciclodo-ouro-no.html> Acesso em 15/05/2017 <https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivasdo-periodo-colonial-iii/> Acesso em 15/052017 <http://www.descubraminas.com.br/Cultura/Pagina.aspx?cod_pgi=1332> Acesso em 15/05/2017
Centro Universitário Senac Curso de Arquitetura e Urbanismo- 6º Semestre Disciplina:Patrimônio Histórico Professores:Ralf e Fanny Trabalho:Revista de Arquitetura:Vãos Alunas:Angela Rodrigues Camila Nascimento Eliana Barreto
Vedações No geral, consideram-se como elementos de vedação os que, não tendo funções estruturais, são usados apenas para fechamento dos vãos. Há vários tipos de vedação, algumas desempenhando parcialmente funções estruturais, outras funcionando como fechamento e proteção.
COROAMENTOS E CUNHAIS: Os cunhais variam conforme o sistema construtivo adotado. Quando a estrutura é de madeira, os esteios aflorados constituem os cunhais. Às vezes revestem-se com tábuas lisas ou de rebaixo, com molduras dando-lhes maior ressalto em referência ao plano das paredes, (fig. 40) Quando de pedra, podem ser de alvenaria e massa ou de cantaria, sempre, porém, ressaltados da parede, à feição de pilastras. Há casos de estrutura de madeira com fingimento de pilastras, o que se consegue fazendo estuque sobre os esteios ou, apenas, revestindo-os de massa. Quando os cunhais são de alvenaria e massa, recebem, no século XIX, decoração em relevo, estucada ou em pintura. O estuque aproveita o cordão e os motivos florais; os entalhes servem-se destes e dos conchoides. Convém destacar as duas significações distintas do estuque: a primeira das quais refere-se a panos de vedação de pouca espessura e a segunda, a relevos de massa sobre as paredes, com caráter decorativo.
ACABAMENTOS DAS VEDAÇÕES: São utilizados diversos tipos de acabamentos, as paredes no geral são revestidas por argamassa composta por emboço de barro, completada ou não, por reboco de cal e areia; outro revestimento é feito de madeira e tábuas, formando barras na parte inferior das paredes, divididas em painéis ou revestindo-as por inteiro. Com o passar do tempo, o tabuado seria trocado por uma proteção formada por folhas metálicas, o revestimento do tipo de tábuas, consoarias ou traves é comumente utilizado nas cadeias, para reforçar paredes e dificultar as fugas dos detentos, pois reforçam as paredes. As paredes, têm, no geral, seus limites superiores definidos pela cobertura, em suas beiradas sacadas, das quais se falará posteriormente. Existem, porém, paredes cujos coroamentos se fazem livres, com empenas monumentais, compreendendo frontões ou platibandas. As empenas compõem-se em variadas formas: triangulares, de curvas rampantes e caprichosas, ou interrompidas, de acordo com o estilo e o gosto do arquiteto. Arrematam-se com molduras, cimalhas, nas mais pobres, com telhas colocadas transversalmente à direção das águas do telhado. As platibandas podem ser cheias, lisas, com ornamentação em relevo, figuras geométricas, cordões, almofadas e decorações florais, ou se apresentarem vazadas formando varandas de balaustres de pedra, cerâmicas ou de alvenaria e massa. Estas balaustradas dividem-se em painéis separados por pilares, muitas vezes acompanhando o prumo das pilastras e encimadas por figuras, vasos e outros elementos decorativos.
Pau-a-pique
ou taipa de sebe é um tipo de vedação que consiste em paus colocados perpendicularmente entre os baldrames e os frechais, neles fixados por meio de furos ou pregos. Essa técnica foi muito utilizada nos tempos das colônias por indígenas, negros africanos, e no nordeste, devido as suas qualidades: resistência e durabilidade. É o sistema indicado para as vedações por sua leveza, economia e rapidez de construção. Estes paus colocados perpendiculares frequentemente são roliços, em seção compatível com a espessura pretendida para as paredes que vão compor, em geral de 0,15 a 0,20 metros com diâmetro de 0,10 a 0,15m. São colocados a estes, outros mais finos, como ripas ou varas, tanto de um lado quanto de outro: são amarrados com algum tipo de corda, couro ou prego, que formam uma trama podendo assim receber o barro, que posteriormente vai encher os vazios da armação. As varas horizontais podem ser roliças, e colocadas de duas a duas ou alternadamente, de modo a corresponder cada uma a um intervalo de duas do lado oposto. O espaçamento dos paus-a-pique varia em torno de um palmo, sendo o das varas um pouco menor. Feita a trama, o barro é jogado e apertado sobre ela, trabalho feitos apenas com as mãos, sem auxílio de qualquer ferramenta. Empregam-se as paredes de pau-a-pique, tanto externa como interna, preferindo-se o seu uso no interior das edificações.
Estuque
é uma argamassa cujo gesso e cal apagada estão associados. Também atribui-se o nome de estuque aos revestimentos e ornamentações com gesso em sua composição. A pasta resultante destas combinações é um material plástico, usado nos revestimentos de paredes e tetos interiores, ornamentados das mais diferentes formas. São vedações similar à de pau-a-pique, dela se distingue pela sua menor espessura, podendo a trama se compor apenas de varas, dispensando os paus-a-pique. A tessitura pode ser feita de esteira de taquara ou de espécies fibrosas sobre ripas.
Estruturas Mistas
são as que transmitem as cargas aos pilares de alvenaria de pedra e, também em menor escala, as vedações, dispensando as vigas horizontais. Podem ainda estes pilares construir apenas a infraestrutura das construções elevadas do solo sobre o qual se levantam edifícios de estrutura maciça ou independente. A ocorrência conjunta da estrutura independente e da maciça configura-se de varias formas: Arcabouço de taipa de pilão sobre pilares de alvenaria de pedra, assentada a parede sobre baldrames de madeira ou arcadas de alvenaria. Paredes mestras de alvenaria de tijolos de pedra e divisórias de vedações, sejam de tijolos de meia vez, de taipa de sebe, de adôbos ou estuque. Paredes mestras de taipas e divisórias de taipas de sebe ou adôbos. Trata-se de uma combinação entre dois tipos de sistemas construtivos com possibilidade de inúmeras variações.
Sarjetas
constituem-se espécie de passeio de proteção, de pedras redondas, poliédricas ou em lajes que ocorrem nas faixas de terreno imediatamente ligadas ao nascimento das paredes. Tem largura variável e combatem não só a umidade do solo como resistem a força das águas despejadas das coberturas, evitando as ofensas que causariam ao terreno e, consequentemente, aos alicerces das paredes.
TIJOLOS OU ADÔBOS: Adobe é uma lajota constituída de barro, medindo aproximadamente 20x20x40cm, manualmente colocados em formas de madeira e colocados para secar à sombra durante um certo período, e depois colocado ao Sol. A mistura de argila e areia deve ser minuciosamente pensada, para que a dosagem não seja errada e não correr o risco de ficar quebradiço ou plástico, para uma melhor resistência, pode ser acrescentada fibras vegetais ou estrume de boi. As lajotas confeccionadas desta forma que citamos, são assentadas com barro e revestidas com reboco de argamassa de cal e areia. Ainda que o material fosse usado especialmente para divisórias interiores, é comum encontrar construções feitas inteiramente de adobe, como a matriz de Santa Rita Durão, localizada no interior de Minas Gerais.
Confecção e assentamento de adobe; Tijolos foram inventados no terceiro milênio antes do nascimento de Cristo. Confeccionados utilizando a mesma matéria prima do adobe, argila, diferenciando apenas pelo fato de ser cozido em altas temperaturas (fornos) e por suas medidas. É um grande rival da pedra, por possuir uma grande durabilidade, talvez tenha sido o primeiro material de construção durável utilizado pelo homem. Desde o século XVII, o tijolo era muito comum de ser encontrado na Bahia, e em 1711 já havia uma olaria em Ouro Preto, por conta da precariedade das condições, a maior parte da produção das olarias era reservada para a fabricação de telhas. As alvenarias de tijolos são mais facilmente encontradas, por conta da popularidade, apenas no século XIX, antes disso, perde em importância para a taipa de pilão, a pedra e cal, e até mesmo o adobe.
TABIQUE: São paredes mais finas, delgadas propriamente ditas, feita de tábuas, tijolos ou taipa, normalmente utilizadas como divisórias de espaços internos; em um edifício acaba desempenhando funções estruturais importantes, mesmo não recebendo cargas verticais diretas, elas dão um travamento geral na estrutura, são decisivas se ligadas às paredes externas, pavimentos e coberturas pois ajudam a construção à enfrentar um terremoto, dissipando sua energia. Obtidas por pregagem de um sarrafeado sobre tábuas, são colocadas em pé na função de montantes, sendo revestidas em ambas as faces, como reboco de argamassa de cal.
MUROS: Construídos através das mesmas técnicas adotadas nas paredes, como taipa, pedra seca, pedra e barro, pedra e cal, adobo ou pau-a-pique, o que difere é a cobertura de proteção, podendo ser telhas assentadas diretamente no maciço, ou sobre armação de madeira formando beirais de caibros corridos. Facilmente encontra-se muros completados por cimalha de cantaria ou de alvenaria e massa, com perfis emoldurados, ou até mesmo muros capeados por tijolos ou lajes de pedra.v É válido salientar que os balanços da cobertura são sempre proporcionais à proteção que deve oferecer aos muros, cujas alturas determinam a dimensão do balanço das proteções que se coroam. Na parte inferior dos muros é possível enxergar elementos destinados a isolá-los da ação das águas, como lajes ou tábuas de revestimento
PISOS Com o intuito de atender as necessi dadeso de se ter um abrigo a arquitetura surge com a criação de casas e abrigos comuns, a principio armadas dos materiais acessíveis a sua época, tais materiais que eram simples e de fácil extração moldaram o surgimento das primeiras edificações, tal arquitetura ficou conhecida como Vernacular. No Brasil onde tivemos o povo indígena como principal representante, avançando na história, fomos colonizados e tal processo trouxe novas técnicas construtivas e deu outros usos a materiais presente em nosso ambiente, ao contrario dos índios que faziam uso de madeira e folhagens para construir seus abrigos, os colonizadores fizeram uso de pedras, mistura de melaço e barro para usar como cimento e edificaram o começo de um novo país.
foto: casacor.com.br
Nesse princípio tivemos o uso de diversas técnicas para a construção do piso das edificações, passando pelo piso de terra batida até os ladrilhos cerâmicos e hidráulicos, cada uma com suas restrições e peculiaridades. O piso é a base da construção, e um símbolo do começo que se tem na fundação. Passamos pelo piso de terra batida que podia ser simplesmente a terra compactada ou ter uma base com pedras para auxiliar na drenagem e só ai coberto pela terra batida, depois de anos de aprimoramento de técnicas e o surgimento de materiais diferentes passamos pelo ladrilho de barro, tabuado corrido, lajeado, seixo corrido, mármore, parquets e tacos, chegando aos ladrilhos hidráulicos e azulejos tudo isso possibilitou uma infinidade de ideias, tendências e estilos diferentes na arquitetura.
Terra Batida Sistema simples em que se faz uso de força bruta para a compactação da terra, podendo ou não se fazer uso de argila misturado a terra para que fique mais firme e tenha mais durabilidade, podendo ter um sistema de drenagem, com pedras e pedregulhos por baixo da camada de terra socada. da
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Ladrinhos de Barro Consiste no uso de tijolos de barros cozido pela queima, variando em cor e tamanho para atender a necessidade do uso, técnica com duração precária devido ao um desgaste acelerado pelo uso. Re s
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Tabuado Corrido Consiste no uso de tijolos de barros cozido pela queima, variando em cor e tamanho para atender a necessidade do uso, técnica com duração precária devido ao um desgaste acelerado pelo uso.
Lajeado Técnica em que se usa o assentamento de pedras com argamassa, pedras com formatos geométrica, quadrada ou retangular, tendo variação na espessura de 10 cm a 5 cm, podendo ser trabalhada em sua face exposta e com sua variação de cor ser usada como preferir o desenho de piso.
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Seixo Corrido Sistema que usa o assentamento de pedras redonda sobre barro, no processo se faz necessário o uso de compactação das pedras no solo para um melhor resultado e duração, na concepção do piso pode se usar pedras de duas cores e formando desenhos geométricos, geralmente composto por fiadas de cor, processo que pode se usar lajeado de pedra para delimitar quadrados ou retângulo e preencher com as pedras redondas, os desenhos mais usados sao estrelas, losangos e círculos, podendo ser denominada de calçada portuguesa ou pé de moleque. Tendo o uso de pedras menores e delicadas em ambientes menores e de pedras maiores e mais brutas e locais abertos.
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Mármore Tipo de piso em que se é usado o mesmo sistema do lajeado, porém com mais cuidado e melhor acabamento e polimento, cuidados que não são usados no sistema de lajeado. Esse tipo de piso pode ser feito em uma única cor ou que forme diversas formas com a variação de cor de cada pedra de mármore.
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Parquets e Tacos Piso de madeira assentado direto no solo com argamassa, com forma retangular e tendo diferentes desenhos em sua confecção, o taco é assentado peça por peça e se faz uso de pregos para aumentar a fixação. Já o parquet se faz o assentamento por placas pré definidas e compostas.
Ladrilhos Cerâmicos e Hidráulicos Placas cerâmicas confeccionadas em barro cozido e coberta por uma película esmaltada, ladrilhos são confeccionados em diferentes tamanhos e formatos, podendo ser lisos ou trabalhados com desenhos, sendo sempre estilizados e repetidos gerando sempre um padrão a compor o ambiente em que vai ser usado, ladrilhos são mais utilizados em ambientes exteriores, cozinhas ou banheiros. No seu assentamento se faz necessário uma prévia camada de concreto armado, onde depois é passado a argamassa e logo assentado sobre tal base.
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Henrique F Reis Johnlivio Medeiros Lucas Pinho Bibliografia Baseado no Livro: Arquitetura no Brasil Sistemas Construtivos - Sylvio Vasconcelos Fotos: http://www.museudacidade.sp.gov.br http://www.mp.usp.br cultura.estadão.com.br Theatromunicipal.org.br Mondego.com.br www.ufpr.br bomdia.eu
ARMÁRI OSEPI NT URAS NO S ÉCUL OXI X NOS É CUL OXI X
E s t ea r t i goa pr es ent a r át éc ni c a sdepr oduç ã odea r má r i osepi nt ur a sa r qui t et ôni c a sda sc ons t r uç õesc ol oni a l eba r r oc abr a s i l ei r aev i denc i a ndos ua sr el a ç õesc om as oc i eda deec ul t ur adaépoc a .
Ant i ga ment e,a spes s oa sgua r da v a ma sr oupa sem ba úsec a i x ot es , s empr enahor i z ont a l . Apena sporv ol t a doss éc ul osI XeXd. C.équec omeç a r a m aa pa r ec eros pr i mei r osa r má r i osv er t i c a i s .O nome“ a r má r i o ”der i v a de“ a r ma ” , ous ej a , t i nha m es t ef or ma t oj us t a ment epa r a gua r da ra r ma s ,es pi nga r da s .Com ot empo,osnobr es pa s s a r a m at erdepós i t osdea r ma sma i sc a r oseos a r má r i osc omeç a r a m as erus a dospa r aout r a sf i na l i da des–pa r agua r da rov es t uá r i o, porex empl o. Ac a s ados éc ul oXI Xs of r euumagr a ndemuda nç a , t or na ndos ema i sc ompa c t aea c onc hega nt e.P or t a nt o, a t éa pr ox i ma da ment eos éc ul oXVI I I ,nã oex i s t i aai dei a deum a r má r i omóv el ,i s s ot ev ei ní c i onat r a ns i ç ã odo s éc ul o,poi sosc ômodosmenor esr es ul t a r a m nous o ex t ens i v odemóv ei s“ embut i dos ” . Ac oz i nhados éc ul oXI Xer aum c ompa r t i ment ode gr a ndesdi mens ões ,por ém er a pouc o equi pa da .O mobi l i á r i oer as i mpl esea r t es a na l ,ger a l ment ec ons t r uí doem ma dei r a ,osa r má r i oser a m pouc oses ol t oseos ut ens í l i osf i c a v a m ex pos t os , ger a l ment ependur a dosna s pa r edes .
Ant esdar ev ol uç ã oi ndus t r i a l ,osma r c enei r oser a m r es pons á v ei spel apr oduç ã odosa r má r i os .Com ar ev ol uç ã oi ndus t r i a l eaa pl i c a ç ã odeener gi aav a porpa r af er r a ment a sdef a br i c a ç ã odea r má r i os ,a st éc ni c a sdepr oduç ã oem ma s s af or a ma pl i c a da saqua s et odososa s pec t os dac onf ec ç ã odea r má r i os , eat r a di c i ona l l oj adea r má r i os dei x oudes erapr i nc i pa l f ont edemobi l i á r i odomés t i c oou c omer c i a l . At éoi ní c i odos éc ul oXI X, osmóv ei sus a dosa qui er a m por t ugues esouf ei t osnoBr a s i l .P or ém,noper í odoc ol oni a lnã ohouv eac r i a ç ã odees t i l ospr ópr i os .Osmóv ei s t r a di c i ona i spor t ugues esf or a ma quiut i l i z a dosouc opi a dos . Com aa ber t ur adospor t osem 1 808,eum pouc o depoi sc om aa s s i na t ur adost r a t a dosdec omér c i oea v i ndadaf a mí l i ar ea l por t ugues a ,oBr a s i l pa s s ouai mpor t a rdedi v er s ospa í s es . P ori s s o, t a nt oa speç a si mpor t a da s qua nt oa sa quipr oduz i da ser a m ma i sc ompl ex a sev a r i a da s ,ent ã oapa r t i rdas egundamet a dedos éc ul oXI X,j á ha v i aum gr a ndenúmer odema r c ena r i a sef á br i c a sque pr oduz i a m móv ei sem t odososes t i l os .
Nos éc ul oXI X, ogua r da r oupac omeç ouas edes env ol v erem s uaf or mamoder na : c om um a r má r i opendur a do em c a da l a do,uma pr es s ã o na pa r t es uper i orda por ç ã oc ent r a l ega v et a sa ba i x o. Comor egr a , mui t a sv ez es us a v a s eomogno. Nosi nt er i or esda sc a s a s ,a l ém domobi l i á r i os ol t o,ha v i a t a mbém osa r má r i osl i ga dosàc ons t r uç ã o, quepodi a ms er embut i dosous a l i ent es .
F i g. 1-E x e mpl odea r má r i odos é c ul oXI X
Ar má r i osePi nt ur a snoS éc ul oXI X
F i g. 2-E x empl odea r má r i odos éc ul oXI X
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Osmai sant i goss er es umem as i mpl esni c hosna es pes s ur adomac i ç o,c om s ol ei r aev er gar et aouc ur v a e,àsv ez es ,pr at el ei r ademadei r aoupedr a( l aj e) .Er am pequenosenãoc hegav am aopi s o,eger al ment eer am apr ov ei t adospar aal ampar i na,opequenoobj et oouo s ant o,t r ans f or mandos e nosor at ór i os .Depoi ser am f or r adosc om madei r a,dequet ambém er am f ei t asas por t asqueosf ec hav am. Em al gunsc as os , er am f ei t osgr andesar már i ospar a des pens aoul ouç ar i ai nc l ui ndo,namai or i adasv ez es , gav et õesna par t ei nt er i or .Aspr at el ei r asger al ment e er am f undas ,maspodi am v i rac ompanhadasdepr at el ei r asr as ast ambém ( par apr at oset r av es s asc ol oc ados aof undo) ,s empr ei nt er c al adas . Hav i at ambém osc l os et s ,queapr ov ei t av am aár ea út i lda c as a,poi sf i c av am s empr e em um pequeno c ômodo,c om pr at el ei r asaor edor . Napar t ei nf er i ordosar már i os , hav i agav et õesv az ados ,c omo s ef os s em mes asou out r o ar már i oc om por t as .Es s es gr andes ar már i os er am c hamados de c opas .
F i g.4-Ex empl odeAr már i oem Cor t e
As s i mc omoaar qui t et ur ac i v i l , aar qui t et ur ar el i gi os at ambém pas s ouporumagr andet r ans f or maç ão,não s ódet éc ni c asc omot ambém demat er i ai s . No Br as i l ,podemosobs er v arni t i dament eai nc r í v el v ar i edadedees t i l ospec ul i araobar r oc oat r av ésdac ompos i ç ãoedat al hadosr et ábul os .
F i g. 3-Ret á bul odeum dosa l t a r esc ol a t er a i sda a nt i gai gr ej adoCol égi odoRi odeJ a nei r o
3
F i g5-S a c r i s t i adai gr ej adoa nt i goCol égi oda Ba hi a
Ar má r i osePi nt ur a snoS éc ul oXI X
Aa r qui t et ur at r a di c i ona lbr a s i l ei r aem ger a ler a c a i a dadebr a nc oumav ezqueumas ér i eder egi s t r osde es c r i t or es ,a r t i s t a s ,c i ent i s t a se es t udi os osda époc a , v a r i a r a ms oment eem mea dosdos éc ul oXI X. Oma t er i a l us a dopa r ar ev es t i ra sc a s a spopul a r esv a r i a v a m dea c or doc om ar egi ã o. Oc a l pr i mei r oi mpor t a do, l ogodepoi sa dqui r i doa t r a v ésdec onc ha sema r i s c os er apouc ous a do.S endoa s s i m ma i st a r des ubs t i t uí do pel at a ba t i nga .
E s t a st éc ni c a ss ã os ol uç õesda da sem mui t osc a s os pa r aenc obr i ri mper f ei ç õesdapeç a ,pa r edeoupi s o.Ma s t a mbém éus a dac omopr epa r opa r ar ec eberapi nt ur a . Ast i nt ur a snes t eper í odot êm c omoba s ec ol or a ç ã ov eget a l .Ea ss ubs t â nc i a sex t r a í da spodem v a r i a rc onf or mea r egi ã o.
AMAREL O AS S AF RÔA Ra i zpi s a daef er v i dac om pedr a ume T AT AJ UBA/ T AT AJ I BÁ Ma dei r ac onhec i dac omopa ua ma r el o F g. 6–Ba r r odeT a ba t i nga Ma i sf á c i l des eenc ont r a r , at a ba t i ngaf oi ba s t a nt e us a dac omov eda ç ã opa r ac ons t r uç õesdepa ua pi que oua dobe. T r a t a s edeum ba r r oa r gi l os oger a l ment ede c orbr a nc a , quea di c i ona doum f i x a dor( l ei t edev a c aou s ol uç õesde pedr a ume)r es ul t aem umaa r ga ma s s a us a dapa r ac a i a rer ev es t i rpa r edesepi s osdec a s a s popul a r es .
VERDE T AT AJ UBÁ Mi s t ur a da c om a ni la t i nt aa ma r el a c onv er t eem v er de
VERMELHO ARRAI BA Ca s c af er v i da
CARMI M ANI L| CAXUNI L HA| S ANGUEDEDROGA L i c orr et i r a dodoc or t edaá r v or e F g. 7–Apl i c a ç ã odaT a ba t i nga
P a r aoa c a ba ment oda speç a sdema dei r aus as eo v er ni z , c ompos t opel agomadaá r v or edeJ a t obáqueé di s s ol v i daem a gua r dent e. Ous odeól eodel i nha ç a , de ba l ei aoudema monat a mbém r es ul t anum bom t r a t a ment odoma t er i a l .P a r aat êmper ar ec onhec em ous o dagema ,c l a r aoumes modoov oi nt ei r oquepr opor c i ona um ef ei t o br i l ha nt eel umi nos o.T éc ni c a ba s t e us a daem pa i néi sdema dei r a , ges s ooua f r es c o.
Ar má r i osePi nt ur a snoS éc ul oXI X
PRETO P AUDEBRAÚNA Ca s c af er v i da
4
I gr ej aSãoFr anc i s c odeAs s i s Our oPr et o( MG)
F i na l i z a danos éc ul oXI X,es t ai gr ej af oipr oj et a da Com a l guma spi nt ur a si nt er na sr ec onhec i da s , aI gr ej a porAnt ôni oF r a nc i s c oL i s boa ,Al ei j a di nho,que us ou deS ã oF r a nc i s c odeAs s i spos s ui um a c er v omui t ogr a nde a l gunsr ec ur s osdi f er ent espa r aaépoc adac ons t r uç ã o. dea r t eem s ua spa r edes ,a squa i sc ompõem ef a z em s i nt oni ac om o a mbi ent ea gi ndo nã os ó de ma nei r a Af a c ha dapos s ui c or esneut r a sem t onsdebr a nc o es t ét i c a . E l a sf or a mf ei t a sporMa noel daCos t aAt ha i de, e ea ma r el o,c om a l guma sor na ment a ç õest r a di c i ona i sa o api nt ur adot et oéev i denc i a dapel ai l umi na ç ã ona t ur a l es t i l oba r r oc o. queent r apel a sa ber t ur a sl a t er a i s ,t or na ndoapr i nc i pa l a r t e, c omov i s t ona sf i gur a s1 0e1 1 .
F i g.8-F a c ha daPr i nc i pa ldaI gr ej aS ã oF r a nc i s c o deAs s i s .
F i g.1 0-Pi nt ur adot et of ei t apel omes t r eAt ha i de, c om ai l umi na ç ã ona t ur a l
F i g.1 1-Na v edaI gr ej ac om oapi nt ur af ei t apel o mes t r eAt ha i de F i g. 9-P or t a seJ a nel a spi nt a da sdev er dec ont r a s t a mc om a sc or esbr a nc a sea ma r el a sdaf a c ha da daI gr ej aS ã oF r a nc i s c odeAs s i s
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E s t aI gr ej af oit omba dapel oI PHAN em 1 938,j unt o c om out r a sl oc a l i z a da sem Mi na sGer a i s ,pors euv a l or c ul t ur a l , a r t í s t i c oea r qui t et ôni c o.
Ar má r i osePi nt ur a snoS éc ul oXI X
F az endadoSec r et ár i o Vas s our as( RJ )
Umada sma i or esf a z enda sdepl a nt i odec a f é,a F a z endadoS ec r et á r i ol oc a l i z a daem V a s s our a s ,pos s ui um c ompl ex o de edi f í c i os a r qui t et ôni c os a os qua i s c ha mou aa t enç ã o do I NE P AC –I ns t i t ut oE s t a dua ldo P a t r i môni o Cul t ur a l-onde pa s s ou pel o pr oc es s o de i nv ent á r i o,ef oic ons t a t a doquepos s uium v a l orc ul t ur a l i mpor t a nt epa r aes t ar egi ã o. O gr a ndec a s a r ã o des t af a z endapos s uipi nt ur a s mur a i si nt er es s a nt es , c ha ma ndoa t enç ã opa r aada ss a l a s dej a nt a r , quec ompõeoa mbi ent edema nei r abem pa r t i c ul a r , ondeapi nt ur aa gr egaout r a sf unç ões : [ . . . ]A pi nt ur amur a léenv ol v ent e,el aéopr ópr i o a mbi ent e,a br a ç a o es pec t a dor ,embel ez a ndo a a t mos f er a do l uga r .É per c ept í v els ua r i quez a enqua nt o el ement oa r t í s t i c oi nt egr a do a o bem a r qui t et ôni c o. [ . . . ]–( PE RE I RA, 201 5, p. 1 9)
Aspi nt ur a smur a i spos s uem a l gunses t i l os :a f r es c o, t êmper aeenc á us t i c a . E m gr a ndesf a z enda sei gr ej a ss ã o enc ont r a da smui t a spi nt ur a smur a i sdea f r es c os ,poi ser a at éc ni c ama i sc onhec i dadosa r t i s t a sdos éc ul oXI Xno Br a s i l . Api nt ur ades t es a l adej a nt a rmos t r a danaf i gur a1 2 f oif ei t aem a f r es c o pel opi nt orc a t a l ã oJ os éMa r i aVi l l a r onga .
F i g.1 2-Pi nt ur aMur a lnaS a l adeJ a nt a rdaF a z enda doS ec r et á r i oquec ompõees t ees pa ç o
E s t et i podepi nt ur amur a lnos éc ul oXI Xt i nhaum c a r á t erc ul t ur a l es oc i a l mui t of or t e, poi sc omoF á bi oGa l l i Al v esa f i r ma “ ( . . . )a spi nt ur a smur a i ss ã oc a pa z esde ex pr es s a rosv a l or esec onômi c os ,c ul t ur a i s ,i deol ógi c ose es t ét i c osdes oc i eda despa s s a da s( . . . ) ” .
Ar má r i osePi nt ur a snoS éc ul oXI X
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Or n a me n t o s
PorCa r ol i nePi me nt a , Na t a l i aPa i x ã oePhi l i pdeLi ma
Ig r e j aSã oFr a n c i s c od eAs s i s
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Or n a me n t o s Aa r q u i t e t u r ac i v i l
n oBr a s i ls ede s e n v o l v e ua pa r t i r da s de s c o b e r t a s do s po r t u g u e s e s do q u es e r i a n e c e s s á r i oàmo r a di an u m pa í st r o pi c a l de s deal o c a l i z a ç ã o dac o z i n ha ,a pr e n di dac o mo sí n di o s ,a t éau t i l i z a ç ã odo s b e i r a i sa l o n g a do so b s e r v a do sn oOr i e n t epa r aoe s c o a me n t o da sc hu v a s .At éof i m dos é c u l oXI X,o b s e r v a mo su ma di v e r s i da dedee s t i l o sq u ev a idoCo l o n i a la oEc l e t i s mo , o da sa sn u a n c e sdeo r n a me n t o s ,do sma i s e n g l o b a n do t 1 6 s i mpl e sa o sma i sr e b u s c a do s .
Ar qui t e t ur aCol oni a l -Sobr a dodoAba c a x i
Ar qui t e t ur aNe oc l á s s i c a-Pa l a c e t eLe ã oJ úni or
qui t e t ur aEc l é t i c a -Ca s ada sCr i a nç a sFc o. dePa ul a 2 Ar
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Or n a me n t o spr e s e n t e sn a sc a s a sb r a s i l e i r a s BEI RA Asbei r ass ãoor nament osdepequena pr of undi dadenaal venar i a,nopont ode l i gaçãocomot el hado.Mui t asvezeser am execut adoscom opr ópr i omat er i aldo r eves t i ment o, us ando t el has como des . 4 mol
LAMBREQUI M Peçasr ecor t adasdemadei r apr óxi mas aosbei r ai squeaj udavam noes coament o daágua. 6
CANTARI A Técni cader ecor t edapedr aem f or mas geomét r i cas ,ger al ment epar al el epí pedos . Ét ant ous adanaor nament açãoquant o naes t r ut ur a. 5
CUNHAL Fai xas obr es s al ent equeabr angedabas e aocor oament oencont r adonaj unçãode 2par edes .
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Or n a me n t o s Aa r q u i t e t u r ar e l i g i o s a
b r a s i l e i r ade v emu i t o des u ab e l e z ao r n a me n t a l aAl e i j a di n ho , g r a n dea r t e s ã oc o m u mapr o du ç ã ol o c a l i z a dapr i n c i pa l me n t ee m Ou r oPr e t oe S ã oJ o ã o De lRe y .Os di v e r s o s mo t i v o so r n a me n t a i s c o mpu n ha m oe s t i l oBa r r o c oda si g r e j a s . Nã os óe m Mi n a s Ge r a i sepe l ao b r adea l e i j a di n ho ,mu i t a si g r e j a spo de ms e r e n c o n t r a da spe l oBr a s i l e m di v e r s a sé po c a s , de c o r r e n t e sda c o l o n i z a ç ã oc a t ó l i c adopa í s .
I g r e j aPi me nt a , I nda i a t uba
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I g r e j aMa t r i zdeSa nt oAnt ôni odePá dua
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I g r e j aSã oFr a nc i s c odeAs s i s
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Or n a me n t o spr e s e n t e sn a si g r e j a sb r a s i l e i r a s VOLUTAS São el ement osem f or ma de es pi r al , apar ecem mui t oem capi t éi sdecol unase no ar r emat e de out r osel ement osda f achada.
FRONTÃO Ar r emat es uper i ordepor t asej anel asque nor mal ment et em f or mat r i angul arque decor anor mal ment eot opodaf achada pr i nci paldeum edi f í ci o. 1 3
1 1
OLHO DEBOI/ÓCULOS Aber t ur aci r cul arger al ment el ocal i zada aci madaent r adapr i nci palounof r ont ão.
1 2
CI MALHA Mol dur as al i ent eàs uper f í ci e,com of i m dear r emat aroal t odaspar edesext er nas , def or macont í nuaem t odaaf achada( ?) 1 4
Gl o s s á r i o Ar a b e s c o De s e n hoc o mpl e x oeo r n a me n t oq u ef a zu s odef l o r e s , f o l ha g e me , po rv e z e s , def i g u r a sa n i ma i seg e o mé t r i c a spa r a r e pr o du z i ru m pa dr ã oi n t r i n c a dodel i n ha se n t r e l a ç a da s .
Cá r t u l a S u pe r f í c i eo v a l , o b l o n g a , l i g e i r a me n t ec o n v e x a , deo r di n á r i o c i r c u n da dapo ro r n a me n t a ç ã oe mv o l u t a s ,pa r aa b r i g a ru m mo t i v ode c o r a t i v opi n t a doo ue mb a i x o r e l e v o .
Co n s o l o S u po r t eo r n a me n t a l ,n o r ma l me n t ef o r ma doc o mv o l u t a se ma i sa l t oq u es u apr o j e ç ã o .
Co r o adepo r t a Or n a me n t oe mr e l e v o , t i pof r o n t ã o , a c i madeu mapo r t ao u j a n e l a .
Fo l ha do Or n a me n t a doc o mf o l ha so ur e pr e s e n t a ç õ e sdef o l ha g e n s . Ta mb é mf o l e a do . Gr i n a l da Fa i x ao r n a me n t a l o ug u i r l a n dadef l o r e s , f o l ha g e mo uo u t r o de c o r a t i v o . Fr o n t ã oa b e r t o Fr o n t ã oq u ea pr e s e n t au mai n t e r r u pç ã oe ms u a se mpe n a s n aa l t u r adac o r o ao ut o po , s e n dot a l a b e r t u r an o r ma l me n t e pr e e n c hi dapo ru mau r n a , u mac á r t u l ao uo u t r oo r n a me n t o . Ta mb é mc ha ma dodef r o n t ã oq u e b r a do .
Fr o n t ã ope s c o ç odeg a n s o Fr o n t ã oa b e r t oc u j oc o n t o r n oéf o r ma dopo ru mapa r t ede c u r v a se m sq u et a n g e n c i a m ac o r n i j a ho r i z o n t a ln a s e x t r e mi da de sdof r o n t ã oeq u et e r mi n a me mu m pa rde v o l u t a se mc a dal a dodoc e n t r o , o n den o r ma l me n t es ee r g u e u mr e ma t e .
Gl o s s á r i o Ló t u s Re pr e s e n t a ç ã odedi v e r s a spl a n t a sa q u á t i c a sdaf a mí l i ado n e n ú f a r ,u t i l i z a do c o mo mo t i v o de c o r a t i v on a a r t ee , a r q u i t e t u r adoEg i t oa n t i g oeÍ n di a .
Ma dr e s s i l v a Or n a me n t oe mf o r madef o l ha sdema dr e s s i l v ao upa l me i r a a g r u pa da se ml e q u e .
Me da l hã o Ba i x o r e l e v on o r ma l me n t eo v a lo uc i r c u l a r ,v i ader e g r a c o n t e n dou maf i g u r ao uo r n a me n t oe mr e l e v o .
Pa l me t a Fo r ma e s t i l i z a da da f o l ha da pa l me i r au t i l i z a da c o mo e l e me n t ode c o r a t i v on aa r t een aa r q u i t e t u r ac l á s s i c a s .
Ro s e t a Mo t i v o o r n a me n t a lq u ea pr e s e n t au ma c o mb i n a ç ã o g e r a l me n t ec i r c u l a rdepa r t e seq u es ea s s e me l ha m au ma f l o ro uu mapl a n t a . Ta mb é mc ha ma dar o s a .
Bi b l i o g r a f i a I MAGENS Ca paht t ps : / / c 1 . s t a t i c f l i c k r . c o m/ 1 / 2 9 / 8 8 7 1 6 6 4 _ 8 9 3 c 2 1 1 2 c e _ m. j pg 1 . ht t p: / / s i l v a n a b e r t o l u c c i . c o m. b r / 2 0 1 3 / 1 2 / 2 . ht t ps : / / s 3 . a ma z o n a ws . c o m/ k e k a n t o _ pi c s / pi c s 9 8 5 / 7 3 9 8 5 . j pg 3 . ht t p: / / www. pa n o r a mi o . c pm/ u s e r / 5 1 8 6 1 0 0 4 . ht t ps : / / www. f l i c k r . c o m/ pho t o s / n i r i b e i r o / 2 6 4 0 5 9 7 8 3 5 5 . ht t p: / / a s mf pi n t u r a a r t e . b l o g s po t . c o m. b r / 2 0 0 9 / 0 8 / e s t a s s a o a s i ma g e n s da r e pr o du c a o da . ht ml 6 . ht t p: / / www. na t u r e z a b r a s i l e i r a . c o m. b r / f o t o / 3 3 5 3 / l a mb r e q u i m_ _ _ c u r i t i b a _ _ _ pr . a s px 7 . ht t p: / / www. na t u r e z a b r a s i l e i r a . c o m. b r / f o t o / 3 3 5 3 / l a mb r e q u i m_ _ _ c u r i t i b a _ _ _ pr . a s px 8 . ht t p: / / pa r na c a pa r a o . b l o g s po t . c o m. b r / 2 0 1 3 / 0 4 / u mpa s s e i o pe l a hi s t o r i a de mi na s s a n t a . ht ml 9 . ht t p: / / www. pa n o r a mi o . c o m/ pho t o / 4 9 5 3 5 8 1 7 1 0 . ht t p: / / www. g u i a t u r i s mo. ne t / b l og / wpc ont e nt / g a l l e r y / t u r i s moou t r opr e t o/ t u r i s m o o u t r o pr e t o 6 . j pg 1 1 . ht t ps : / / www. f l i c k r . c o m/ pho t o s / e r mo / 7 6 6 2 5 5 9 7 4 8
1 2 . ht t p: / / c ha r l e s f o ns e c a . b l o g s po t . c o m. b r / 2 0 1 1 / 1 2 / i g r e j a a r q u i t e t u r a b a r r o c a mi na s g e r a i s . ht ml 1 3 . ht t p: / / pa t r i moni oa r q u i t e t oni c os a nt os . b l og s pot . c om. b r / 2 0 1 1 / 0 2 / i g r e j a de s a nt oa n t o n i o e o r de m. ht ml 1 4 . ht t p: / / hi s t o r i c o s o p. b l o g s po t . c o m. b r / p/ i g r e j a s . ht ml 1 5 . De s e n ho sdog l o s s á r i of e i t o sapa r t i rdol i v r o“ Co mode c i f r a ra r q u i t e t u r aCa r o l Da v i s o nCr a g o e TEXTOS 1 6 .PEREI RA,S o n i aGo me s .Ahi s t o r i o g r a f i adaa r q u i t e t u r ab r a s i l e i r an os é c u l o XI Xeo sc o n c e i t o sdee s t i l oet i po l o g i a . Pu b l i c a doe m Es t u do sI b e r o Ame r i c a n o s . PUCRS , v . XXXI , n . 2 , p. 1 4 3 1 5 4 , de z e mb r o2 0 0 5 . S ULLI VAN, Lo u i s . Or n a me n t i nAr c hi t e c t u r e . I n : Ki n de r g a r t e nCha t sa n dOt he r Wr i t i n g s .Ne wYo r k :Do v e rPu b l i c a t i o n s ,p.1 8 8 ,1 9 7 9 .Pu b l i c a doo r i g i n a l me n t e e m1 8 9 2 . ht t p: / / www. v i t r u v i u s . c o m. b r / r e v i s t a s / r e a d/ a r q u i t e x t o s / 1 5 . 1 7 8 / 5 4 9 2 ht t p: / / www. a r c hda i l y . c o m. b r / b r / 8 0 0 4 6 7 / l e i t u r a s e s s e n c i a i s o r n a me n t o e c r i me po r a do l f l o o s 1 7 . ht t p: / / www. s e e r . pe r s pe c t i v a s o n l i n e . c o m. b r / i n de x . php/ hu ma n a s _ s o c i a i s _ e _ a pl i c a da s / a r t i c l e / v i e wFi l e / 5 5 4 / 4 7 6