revistas do curso de arquitetura e urbanismo senac | v. 9 n. 17 semestrário
ago
2023 2
- 2675-2247
| dez
ISSN
Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac v. 8 n. 16
Semestrário ArqLab 2023 1
Registro de disciplinas
ISSN - 2675-2247
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
Centro Universitário Senac Santo Amaro
Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo
Coordenação de curso
Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho
Coordenação e edição das revistas
Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Produção
ARQLAB
Projeto gráfico
Prof. Ms. João Yamamoto
Centro Universitário Senac, ARQLAB
Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo SENAC – Volume 9 número 17. Semestrário ARQLAB 2023|2.
Centro Universitário Senac - São Paulo (SP), 2024. 248 f.: il. color.
ISSN: 2675-2247
Editores: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva, Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho, Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto
Registros acadêmicos (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário Senac, São Paulo, 2024.
1. Divulgação Acadêmica 2. Produção discente 3. Anuário 4. Graduação 5. Arquitetura e Urbanismo I. Silva, Ricardo Luis (ed.) II. Fialho, Valéria Cássia dos Santos (ed.) III. Yamamoto, João Carlos Amaral (ed.) IV. Título
Corpo docente
Profa. Ms. Adriane De Luca
Profa. Ms. Ana Carolina Mendes
Prof. Esp. Artur Forte Katchborian
Profa. Dra. Beatriz Kara José
Prof. Ms. Caio Luis Mattei Faggin
Prof. Dr. Carlos Augusto Ferrata
Profa. Dra. Carolina Heldt D’Almeida
Prof. Dr. Cassimiro Carvalho Chaves Júnior
Prof. Ms. Dani Hirano
Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto
Profa. Dra. Jordana Alca Barbosa Zola
Profa. Dra. Katia Bomfim Pestana
Profa. Dra. Letizia Vitale
Profa. Ms. Marcella Mussnich Moraes Ocke
Prof. Dr. Marcelo Suzuki
Prof. Ms. Marcelo Luiz Ursini
Profa. Ms. Maria Stella Tedesco Bertaso
Profa. Dra. Mariana Fontes Perez Rial
Prof. Ms. Maurício Miguel Petrosino
Prof. Dr. Nelson José Urssi
Prof. Ms. Paulo Henrique Gomes Magri
Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flôres
Prof. Dr. Ricardo Dualde
Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Prof. Dr. Rodrigo Gutierrez
Profa. Dra. Rita Cássia Canutti
Prof. Dr. Sérgio Matera
Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho
Prof. Dr. Walter José Ferreira Galvão
Editorial
Valéria Fialho
Coordenação de Curso
Marcelo Suzuki
Ricardo Dualde
Ricardo Luis Silva
Walter José Ferreira Galvão
Núcleo Docente Estruturante
Nosso Semestrário, em seu 17º número, traz o registro de nossas atividades acadêmicas entre agosto e dezembro de 2023 (2023|2), apresentando, em formato panorâmico, o elenco das disciplinas ofertadas mesclado a relatos de docentes e alunos sobre as experiências do semestre, seguidos ainda de apontamentos sobre as diversas atividades extracurriculares desenvolvidas. Assim, encerramos novamente mais um ciclo, sobre o qual organizamos um olhar não apenas retrospectivo, mas que desenha novos caminhos para o futuro.
Arte: história e expressão
Estudos ambientais aplicados ao urbanismo
Experimentos tridimensionais
Percepção e representação do espaço
Projeto abrigo
Compreensão do mundo físico
Formação do solo urbano
Indivíduo e sociedade Projeto habitação
Representação gráfica codificada aplicada ao projeto 6-
Arquitetura e cidade
Ferramentas digitais aplicadas
Formação do solo urbano
Materiais e estruturas
Projeto equipamento institucional
24
37 25-37
56 SEÇÃO 1
SEM CURSO 3º SEM
SEM 4º SEM PANORAMA
25-
38-
1º
2º
Cidade contemporânea
Aspectos da vida urbana –práticas extensionistas Conforto ambiental Escala local e dinâmicas da cidade
Desempenho dos materiais e das construções
Ferramentas digitais avançadas aplicadas ao projeto Projeto equipamento cultural 57-89
Discurso: representação e retórica
Projeto patrimônio
Renovação de espaços da cidade
Crítica Arquitetônica
Experimentações Projetuais
Mercado, Ética e Legislação Profissional
Pesquisa Aplicada em Arquitetura e Urbanismo
PI 8: FluxosEscalas
Eletiva 2 Trabalho de conclusão de curso 2
Planejamento Urbano: Políticas Públicas
Projeto de Arquitetura: Infraestrutura
SEM 10º SEM
90-119 122-123 6º SEM 8º
Arte: História e Expressão
Ricardo Luis Silva (noturno)
6 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
1º SEM
Figura 1: Parangolés.
7
Seção 1: Panorama do curso
Estudos Ambientais aplicados ao Urbanismo
Ricardo Dualde (noturno)
A disciplina “Estudos Ambientais Aplicados ao Urbanismo” se desenvolve com base em dois exercícios de aplicação de conceitos. Que utilizam o software QGIS. No primeiro, os alunos em grupos analisam características físicas e urbanas de um distrito de São Paulo, abordam aspectos físicos, ambientais e a composição do tecido urbano. No segundo exercício analisa o desenvolvimento humano com base no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Unidades de desenvolvimento humano como métrica. O objetivo é entender variações do IDH dentro do distrito e identificar fatores contribuintes. Em cada exercício são cumpridas as fases de pesquisa, apresentação e resultados em produto impresso.
8 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 1: Alunos do 1 Semestre Noturno. Apresentação do 1° Exercício de aplicação.
Figura 2: 1° Exercício de aplicação. Distrito Consolação. Apresentação Individual. Alunos: Nathalia de Souza Bertti; Pedro Henrique de Carvalho; Sophia Antunes de Almeida.
9 Seção
1: Panorama do curso
Figura 3: Composição IDHM para o Distrito de Pedreira. Autores: Diogo Lima; Isabella Mosso; Mylena Pavan Carvalho; Ana Laís.
Experimentos Tridimensionais
Figura 1: Apresentação e discussão sobre resultados do exercício.
Figura 2: Exposição trabalhos da disciplina.
10 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Rodrigo Gutierrez (noturno)
11
Seção 1: Panorama do curso
A disciplina “Experimentações Tridimensionais” adota procedimentos de especulação material/física de formas/plasticidades como suporte para a reflexão de questões espaciais e qualitativas do espaço edificado. Seguindo exercícios organizados pelo professor Dani Hirano, todas as atividades realizadas ao longo do semestre foram elaboradas pelos alunos com a supervisão do professor Rodrigo Gutierrez alternando produção e apresentação com debate e leitura crítica dos estudos propostos.
A complexidade dos exercícios vai aumentando gradativamente, com a inclusão de novos parâmetros a serem observados durante a criação das propostas. Partindo de relações simples do “corpo no espaço”, passando por “parâmetros ambientais” e incluindo informações preliminares de condicionantes estruturais, os exercícios também abordam a necessidade de reconhecimento das características de cada material, inclusive para a produção adequada de modelos físicos/maquetes que melhor representem os conceitos e qualidades pretendidas para o projeto.
A disciplina tem um caráter lúdico, que instiga a reflexão e adoção do repertório individual de cada aluno, mas que também fomenta o reconhecimento de temas complexos, e fundamentais para a compreensão do campo de atuação do arquiteto urbanista.
12 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
RELATO DE ESTUDANTE
Thatianne Andrade | 1o noturno
Desde cedo, somos pressionados e decidir o que seremos pelo resto de nossas vidas. Quando entrei no colegial, minha prima começou e se interessar por arquitetura. Sempre fomos próximas, e ela me mostrou por que esteve interessada nessa área. Desde pequenas, costumávamos fazer maquetes juntas, o que despertava nossa paixão. Ao me mostrar o que se aprende na arquitetura, encontrei tudo o que me
atrai nessa profissão: criar, ajudar pessoas, ser criativo, gostar de desenhar e matemática. Apaixonei-me pele área e pesquisei muito sobre ela. No final do último ano do colegial, ao me deparar com diversas opções, fiz um curso de autoconhecimento. Isso me ajudou e entender meus gostos e habilidades, e tudo se encaixou na arquitetura. Ao tomar minha decisão, senti-me segure e feliz, certa de que era e escolha certa.
13 Seção 1: Panorama do curso
Percepção e Representação do Espaço
Valéria Fialho (noturno)
14 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figuras 1 e 2: Portfólio: Agatha Pellegrini.
A disciplina apresenta aos alunos conceitos e técnicas de desenho que permitam a percepção, investigação, representação e invenção, ferramenta de linguagem fundamental para o arquiteto urbanista e se organiza em 2 arcos:
O primeiro, instrumental, busca, através de exercícios rápidos e de complexidade crescente, desenvolver as habilidades de percepção, tradução e representação do espaço. Neste primeiro arco, são apresentados aos alunos conceitos fundamentais como desenho analítico, proporção, representação em perspectiva, entre outros, a partir da exploração dos objetos, dos elementos da natureza, do corpo humano, dos espaços, da arquitetura e da cidade.
A partir da produção deste primeiro conjunto de exercícios, o aluno deve organizar um pequeno portfólio, com 10 trabalhos de sua escolha, sendo assim, também encorajado à prática de registro e curadoria de sua produção.
15 Seção 1:
Panorama do curso
Figuras 3 e 4: Portfólio: Raphael Turri.
O segundo arco, de aplicação, se desenvolve a partir de 2 exercícios mais longos: Repertório: neste exercício o aluno deve, a partir de pesquisa de referências (livros, periódicos, portais, sites especializados) eleger 2 exemplos das seguintes tipologias: habitação unifamiliar, habitação multifamiliar, edifício multifuncional, edifício institucional, pavilhão expositivo.
16 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
17 Seção 1:
Panorama do curso
Figuras 5, 6, 7, 8 e 9: Repertório: Daniel Gardenal.
Reportagem Gráfica : neste exercício o aluno deve escolher, de uma lista de 11 obras referenciais da arquitetura paulistana, seu objeto de estudo, que deve ser visitado. (Masp e SESC Pompeia, MUBE, Pinacoteca do Estado de São Paulo e SESC 24 de Maio, Parque Ibirapuera e Memorial da América Latina, FAU USP, Centro Cultural São Paulo, Instituto Moreira Sales e Museu do Ipiranga.)
Desta visita e de suas impressões sobre o edifício e, ainda, apoiado por pesquisas complementares (história, iconografia, etc) o aluno deve organizar uma reportagem (textos, imagens e desenhos), com especial atenção no registro de um percurso no conjunto edificado.
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Figuras 10 e 11 Reportagem gráfica: Nubia Yokotobi - Pinacoteca.
Projeto Abrigo
Dani Hirano (noturno)
A disciplina busca introduzir e habilitar os alunos ao desenvolvimento e experimentação projetual arquitetônica de construções físicas com controle geométrico e conhecimento técnico através de exercícios práticos.
Estes permitem o reconhecimento dos processos de configuração e construção do espaço. desenvolvendo também a representação do mundo físico a partir dos desenhos técnicos e produção de modelos e protótipos.
Como tema do abrigo foi incorporado a temática de uma casa de chá para que duas pessoas compartilhassem de um espaço mais intimista, considerando o dimensionamento ergonômico e espacial da proposta e a compreensão dos processos e etapas de desenvolvimento e execução de uma construção de papelão em pequena escala.
19 Seção 1: Panorama do curso
Figuras 1: Modelo físico de papel.
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Figura 2: Modelo físico de papel.
Figura 3: Modelo físico de madeira.
21 Seção 1:
Panorama do curso
Figuras 4, 5, 6 e 7: Modelos e desenhos de processo.
22 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
23 Seção 1:
Panorama do curso
Figuras 8, 9, 10 e 11: Modelos e desenhos de processo.
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Figuras 12 e 13: Modelos físicos de papelão.
Compreensão do mundo físico
Sérgio Matera (matutino e noturno)
Walter José Galvão (matutino)
Na disciplina foram abordados os conhecimentos relativos à topografia, física aplicada e tecnologia da construção e dos materiais, apresentando as características dos materiais, dos solos e demais elementos formadores do meio ambiente e seu rebatimento na prática de elaboração do projeto arquitetônico.
Assim, primeiramente foram abordados assuntos relativos à cartografia e topografia, mais especificamente o conhecimento e interpretação de mapas, assim como especificidades de localização geográfica de um ponto, como Latitude e Longitude. Também a identificação de pontos cardeais num lugar, a
25 Seção 1: Panorama do curso
Figura 1: Atividade no canteiro.
2º SEM
26 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 2: Planta do terreno.
Figura 3: Maquete do terreno finalizada.
partir do Norte magnético e sua diferenciação com o Norte verdadeiro eram comentados.
A seguir eram delineados os preceitos da Planialtimetria necessários para delineação de um terreno, como Azimute e Rumo. Também se abordava o conhecimento básico para a interpretação do seu relevo, como a análise de curvas de nível. Nessa etapa os alunos montaram maquetes de um terreno hipotético, marcando seus limites e implantando seus diferentes perfis de solo (aclives ou declives).
A abordagem seguinte era sobre a necessária planificação de um terreno inclinado e a imprescindível contenção de taludes. A seguir eram apresentadas todas as normativas, bem como aspectos legais e funcionais para o projeto e implantação do canteiro
de obras. Como exercício desta etapa foi finalizada a maquete iniciada anteriormente, com o nivelamento uma área do terreno montado na etapa anterior, contendo os taludes resultantes e projetando e implantando os equipamentos do canteiro. Nesse semestre foram retomadas as atividades no canteiro, com atividades relativas à execução de alvenarias. Após orientações preliminares, os alunos implantavam uma parte de alvenaria, com o correto manejo da argamassa de assentamento e o nivelamento de fiadas de tijolos. Por fim era apresentado o edifício como um sistema, enfatizando os subsistemas da edificação (supra e infraestrutura, vedações, cobertura, fachada e instalações) e os diferentes sistemas construtivos.
Era apresentado, teoricamente, as diferenciações entre sistemas construtivos Artesanais, Tradicionais e Inovadores, e detalhados os subsistemas estrutura e vedação, a partir do sistema construtivo tradicional, a saber, concreto armado e alvenarias de tijolos ou blocos (cerâmicos ou de concreto). O trabalho final constituiu-se numa pesquisa sobre sistemas construtivos considerados inovadores, como Light Steel Frame, concreto PVC, etc. Digno de nota que as atividades se desenvolveram igualmente no ambiente externo do CAS, com duas visitas programadas. Os alunos foram à Feira Internacional da Indústria da Construção (FEICON 2023), assim como visitaram um grande estabelecimento comercial de materiais para construção.
27 Seção 1: Panorama do curso
RELATO DE ESTUDANTE
28 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 4: Atividade no canteiro.
Maria Eduarda Russo | 2o matutino
29 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 6: Atividade no canteiro.
Figura 5: Croquis de estrutura com sistema construtivo steel frame.
Formação do solo urbano
Carlos Ferrata (matutino)
Jordana Zola (matutino)
Mariana Rial (noturno)
Rita Canutti (noturno)
Matutino
Carlos Ferrata e Jordana Zola
Figura 1:
Visita conjunta de todas as turmas FSU à área de estudo: Capela de São Miguel e entorno.
Figura 2:
Visita conjunta de todas as turmas FSU ao bairro de Pinheiros.
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A disciplina Formação do Solo Urbano foi ministrada para as turmas do 2o e 3o semestres em função da alteração no Plano Pedagógico do Curso.
O objetivo da disciplina é explorar os conceitos sobre morfologia urbana e formas de ocupação, tendo a escala da quadra e o uso predominantemente residencial como parâmetros principais. A ideia é instrumentalizar os estudantes no início do curso para uma leitura técnica e simbólica do ambiente urbano, bem como capacitá-los a aplicar esse repertório na atividade projetual do desenho da cidade.
A primeira parte do curso é concentrada no estudo de referenciais teóricos e bibliográficos cuja aplicação da
31 Seção 1:
Panorama do curso
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Figura 3: Exercício reconhecimento da morfologia urbana no bairro de Pinheiros. Pedro Pascoal, Pedro Nunes e Daniel I. de Lima.
realidade são explorados através de visitas externas, em diferentes lugares da cidade.
As visitas a diferentes bairros são um elemento fundamental da disciplina. Em cada lugar, as observações sobre os aspectos fundiários, morfológicos e de estruturação urbana, procuram construir o repertório técnico e sensível para a ação projetual sobre o espaço urbano, em suas diferentes feições.
Na segunda parte do curso, os trabalhos de leitura e projeto urbanos foram realizados em uma mesma área, para os diferentes grupos de alunos, no entorno da Capela de São Miguel. A área foi escolhida por se caracterizar como uma centralidade regional, com alto valor simbólico e histórico, mas cuja morfologia predominante não sofreu adensamento construtivo e verticalização.
Os estudantes foram estimulados a investigar novas formas de parcelamento e ocupação para o entorno da Capela e da Estação de Trem, considerando o uso predominantemente residencial e as dinâmicas de fluxos e atividades que ocorrem na área.
Noturno
Mariana Rial e Rita Canutti
Durante a disciplina Formação do Solo Urbano, tivemos a oportunidade de guiar nossos alunos – das turmas matutino e noturno – por uma experiência acadêmica enriquecedora, na qual buscamos a integração de diversos programas de estudo relacionados à arquitetura e urbanismo. O foco principal dessa experiência foi o entorno da Capela São Miguel e da estação de trem São Miguel, em São Paulo. A escolha por um local caracterizado como centro de bairro que atende parte da população da zona Leste, teve por objetivo refletir sobre os distintos momentos de urbanização vivenciados na Cidade.
A metodologia que desenvolvemos foi diversificada e envolveu a leitura de textos teóricos, visitas a campo, exercícios de projeto e seminários sobre o urbanismo como campo de conhecimento. Essa abordagem multidisciplinar permitiu uma compreensão mais completa e aprofundada do local em estudo, algo que consideramos fundamental no processo de formação de nossos alunos.
33 Seção 1: Panorama do curso
Entre as atividades desenvolvidas com os alunos foi a visita com as turmas do matutino e noturno na área objeto de estudo – São Miguel e a oportunidade de conhecer a Capela – patrimônio histórico da cidade. Essa visita proporcionou aos alunos a oportunidade de estudar o lugar sob diferentes perspectivas: histórica, urbanoambiental, arquitetônica e cultural.
A parte prática da disciplina consistiu no desenvolvimento de exercícios de desenho urbano e na aplicação dos conceitos e parâmetros urbanísticos estudados para o entorno da estação São Miguel, tendo como diretriz principal a qualificação dos espaços públicos e maior aproveitamento do solo considerando as especificidades do local e a oferta de infraestrutura. Para
isso, fez parte da metodologia aplicada visitas de campo em várias regiões da cidade, contribuindo com o processo de compreensão de ambientes urbanos construídos reais e, ao mesmo tempo, capacitar os alunos a refletir sobre os desafios complexos do campo da arquitetura e urbanismo.
34 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 4: Visita conjunta ao bairro de Pinheiros.
35
Seção
1: Panorama do curso
Indivíduo e Sociedade
Ricardo Dualde (matutino)
Ricardo Luis Silva (matutino e noturno)
A disciplina explora a interseção entre arquitetura, antropologia, sociologia e filosofia e aborda questões complexas como o corpo, espaço, lugar e território e suas interrelações. Seu desenvolvimento foi dividido nos blocos: EU, OUTRO e SOCIEDADE desenvolvidos como territórios conceituais. São explorados aspectos conceituais presentes em Marx, Baudelaire, Berman e Bauman. O desenvolvimento envolve a exposição, debates, caminhadas urbanas, análises de filmes e experimentos práticos, como “MUGSHOTS” e “ETNOGRAFIAS DE DOMINGO”; ao propor uma reflexão sobre a modernidade, intersubjetividade e a vida urbana a disciplina incentiva uma abordagem crítica e criativa dos espaços habitados.
36 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figuras 1, 2 e 3: Etnografias.
As atividades desenvolvidas foram projetadas para estimular não apenas a absorção de conhecimento, mas seu desenvolvimento com base na expressão criativa. A apresentação dos trabalhos ao final do semestre ofereceu uma oportunidade para que cada aluno pudesse sintetizar o aprendizado adquirido.
Esta disciplina oferece uma contribuição à formação de arquitetos conscientes de seu papel social, equipara- a capacidade de interpretar e intervir no espaço urbano de maneira responsável e inovadora e promove uma compreensão sobre as múltiplas camadas que compõem o tecido urbano. Como desafio final prepara os estudantes à enfrentar os desafios com sensibilidade, criatividade.
37 Seção 1:
Panorama do curso
38 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figuras 4, 5 e 6: Etnografias.
39 Seção
1: Panorama do curso
Projeto Habitação
Caio Faggin (noturno)
Marcelo Suzuki (matutino)
Marcelo Ursini (noturno)
Sérgio Matera (matutino)
40 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 1: Grupo 10 - Kaylane, Pedro Martins, Daniel Inocencio.
Matutino Marcelo Suzuki e Sérgio Matera
“Projeto Habitação” é uma disciplina ministrada para o segundo semestre do curso, com estrutura pedagógica organizada em atividades práticas de projeto, leituras de projetos de referência e aulas expositivas com embasamento teórico.
São desenvolvidas três atividades avaliativas: uma individual como exercício de leitura de projeto e duas atividades práticas de projeto desenvolvidas em equipe com programas habitacionais uni e multi familiares com o objetivo de desenvolver soluções de desenho para questões de inserção urbana, implantação e técnicas construtivas (concreto, aço e madeira).
- Leituras de Projetos: capacitar a ler projetos de arquitetura, compreender a sequência apresentada de pranchas que somadas representam o projeto tridimensional que se pretende construir. Ler a sequência e achar a lógica dos componentes desmembrados em representações parciais de um todo;
- Habitações Unifamiliares: Projetar casas pequenas ou mínimas obrigando a desenvolver racionalmente os ambientes e seu mobiliário. Desenvolver a visão do mobiliário no espaço em cada ambiente;
- Habitação Multifamiliar: Projetar prédio com apartamentos de 3 tamanhos: pequeno, médio e grande. Articular acessos com as circulações verticais e horizontais. Especificar mobiliário e equipamentos. Desenhar mobiliário conforme cada demanda de projeto.
A dinâmica em classe ocorre pela discussão de projetos referenciais (uso, escala, programa, construção) e o desenvolvimento de um exercício prático em grupos de alunos (três componentes) e apresentado em discussões coletivas.
41 Seção 1: Panorama do curso
42 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figuras 2, 3 e 4: Grupo 10 - Kaylane, Pedro Martins, Daniel Inocencio.
43 Seção 1:
Panorama do curso
Figuras 5, 6 e 7: Grupo 5 - Fernanda Guimarães, Luciana Housska e Natália Takabataki.
Noturno Caio
44 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Faggin e Marcelo Ursini
Figura 8:
Grupo 5 - Fernanda Guimarães, Luciana Housska e Natália Takabataki.
Foram desenvolvidos dois exercícios durante o semestre: uma casa estreita e habitação coletiva de baixo gabarito e densidade média.
A casa estreita deveria ser desenhada em lote de 4X24m com um único alinhamento para uma família multigeracional com pais, filhos e avós. O projeto também deveria contemplar área para bicicletas e espaços de trabalho em home office.
A intenção principal do exercício concentrou-se na criação de habitabilidade em tipologia de casa unifamiliar estreita, entremuros, bastante comum no repertório habitacional no mundo todo. Apresentação de projetos de referência, orientações e apreciações coletivas dos estudos em desenvolvimento enfatizaram as relações entre espaços coletivos e privados, abertos e fechados, espaços ocupados e espaço livre e arranjos no desenho da cobertura como alternativa para prover a habitação de sol, luz e ventilação naturais. Os aspectos dimensionais entre espaços, mobiliários/ equipamentos e corpo humanos também foram contemplados.
As primeiras propostas apontaram soluções baseadas no repertório já vivenciado pelos alunos: adoção de recuos laterais, janelas dispostas para áreas cobertas, domus e claraboias em ambientes de longa permanência e excessiva compartimentação dos espaços. Neste sentido foi fundamental o estudos de dois projetos para desnaturalizar a forma da casa reconhecida pelos alunos: a K59 casa e ateliê do K59 atelier do Vietnã (https://
www.archdaily.com.br/br/924817/ k59-casa-e-atelie-k59atelier?ad_
source=search&ad_medium=projects_ tab) e casa da Vila Matilde do escritório paulistano Terra e Tuma (https://www. archdaily.com.br/br/776950/casa-vilamatilde-terra-e-tuma-arquitetos?ad_ source=search&ad_medium=projects_ tab). Esse repertório possibilitou que os estudos avançassem para adoção de dois partidos de organização da casa relativos ao desenho do vazio: o jardim/ pátio interno descoberto e espaços de articulação, sem necessariamente função programática, cobertos, mas
iluminados e ventilados. Outra aquisição importante foi o reconhecimento da continuidade visual /espacial como estratégia de enriquecimento do espaço doméstico normalmente compartimentado e fragmentado.
O edifício multifamiliar teve como premissas a construção mínima de 8 unidades, coeficiente de aproveitamento de 1 podendo chegar no máximo a 1,5, adoção de unidades habitacionais de um, dois e três quartos. Durante as aulas foram construídos repertório e reflexões que identificassem os elementos fundamentais de organização dessa tipologia: geografia do sítio, acessos, circulações coletivas, instalações prediais e modularidade. Complementando o exercício anterior, o vazio coberto ou descoberto, e as gradações de continuidade visual/espacial passam a ser entendidos como elementos de demarcações territoriais entre o espaços públicos, coletivos e privados. O resultado final aponta a viabilidade de uma tipologia residencial pouco adotado atualmente em nossa cidade.
45 Seção 1: Panorama do curso
Figura 9:
Maquete e desenhos da apresentação final do edifício de habitação coletiva no bairro de Campo Grande. Alunas: Isabela Olanda e Joyce Santana
Figura 10:
Maquete de estudos para a Casa Estreita. Possibilitou aos alunos verificarem as condições espaciais e de iluminação das propostas.
46 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Representação
Gráfica Codificada aplicada ao Projeto
Carlos Ferrata (matutino)
Dani Hirano (matutino e noturno)
Marcelo Ursini (noturno)
A disciplina prática busca apresentar e aplicar as técnicas de representação gráfica e as diferentes linguagem de desenho arquitetônico no desenvolvimento de projetos de arquitetura e urbanismo.
Faz uso da geometria descritiva como ferramenta para a aplicação ao projeto de arquitetura e urbanismo, compreendendo as diferentes fases de Desenvolvimento do Projeto (do estudo preliminar até projeto executivo) para adequar o nível de elementos e detalhamentos na representação bidimensional (Plantas,
Cortes, Elevações, implantação, diagramas explicativos, croquis, aplicando as normas técnicas de representação respectiva.
Busca-se também reforçar a compreensão do estudante com a tradução do espaço concreto ou imaginado através da representação técnica, estimulando o desenvolvimento do desenho e linguagem pessoais do aluno, bem como a sua utilização como instrumento projetual no processo de concepção arquitetônico.
47 Seção 1: Panorama do curso
Figura 1:
Croquis: detalhe construtivo.
Figuras 2 e 3: Croquis:
4 e 5:
48 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
obras.
Figuras
Corte transversal e planta da Casa de Meia Encosta.
Arquitetura e Cidade
João Yamamoto (noturno)
Na disciplina Arquitetura e Cidade, oferecida aos alunos do terceiro semestre, demos sequência à proposta surgida na sua primeira edição e aperfeiçoada nos semestres seguintes: a de abandonar as longas e cansativas cronologias para tecer a cada aula, atividade e debate, reflexões a respeito dos elementos que demarcam o campo e a disciplina da arquitetura e do seu objeto primordial, ou seja, a cidade. O primeiro módulo da disciplina, no qual buscamos construir uma definição dos conceitos “arquitetura” e de “cidade” analisando e discutindo em sala de aula casos paradigmáticos na história das cidades, foi marcado por uma visita técnica ao centro da cidade de São Paulo, atravessando construções, equipamentos públicos e galerias comerciais. No segundo, repetindo a proposta do semestre anterior e como resultado de um processo de pesquisa em grupo, construímos coletivamente uma pequena exposição sobre casas projetadas pelo arquiteto Vilanova Artigas.
49 Seção 1: Panorama do curso
SEM
3º
Figura 1: Exposição de trabalhos no piso superior do Acadêmico 2.
50 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figuras 2, 3, 4 e 5: Visita técnica em conjunto com a Profa. Ana Carolina Mendes e Prof. Ricardo Luís Silva: galerias e térreos no centro da cidade de São Paulo.
51 Seção 1:
Panorama do curso
52 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 6: Visita técnica em conjunto com o Prof. Caio Faggin: Pinacoteca Luz e Contemporânea.
53 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 7: Plano de montagem da exposição.
Figura 8: Equipes na montagem.
54 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 9: Giovanna Santos, Giovanna Alves e Esther Fernandes.
Figura 10: Bianca Montanari, José Ferreira e Roberto Silva .
Figura 11: Beatriz Sales e Rafael Nascimento.
55 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 12:
Marcos Vinicius Santos e Riquelme Almeida Freire
Figura 12:
Andressa Soler, Gabriela Xavier e Emerson Carlos da Silva.
Figura 12:
Dominique Santos, Pedro Murata e Thiago Guedes.
56 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 13: Maquete volumétrica da Casa Olga e Sebastião Baeta.
57 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 14: Exposição de trabalhos no piso superior do Acadêmico 2.
Ferramentas digitais aplicadas
Paulo Magri (noturno)
A disciplina apresenta os recursos do desenho assistido por computador necessários para o desenvolvimento de todas as fases de projeto em arquitetura e urbanismo (do estudo preliminar ao projeto executivo), abordando o caráter interdisciplinar dos recursos de computação gráfica, orientando para a consulta às normas da ABNT pertinentes à representação em arquitetura. Desenvolvemos habilidades em modelagem bidimensional e tridimensional, capacitando o corpo discente à execução dos desenhos necessários para produção, interpretação e apresentação de projetos. Optou-se por utilizar como referência para execução dos exercícios de desenho, a casa Gerassi (1992), projeto do arquiteto Paulo
Mendes da Rocha (1928/2021), projeto icônico com uso de estrutura préfabricada em concreto, contrapondo à ideia de que este tipo de estrutura fosse utilizada apenas em grandes obras com objetivo de vencer grandes vãos, o arquiteto criou uma grande área livre no pavimento térreo destinada ao lazer, obstruindo esta área apenas com o volume da escada e da área de apoio para a piscina, enquanto a residência se desenvolve no pavimento superior.
Além da representatividade do projeto, a casa dispõe de elementos arquitetônicos que possibilitam amplo desenvolvimento dos alunos no estudo do desenho de arquitetura assistido por computador, como escada, estrutura em concreto aparente e janelas personalizadas.
58 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 1: Modelo eletrônico tridimensional.
Os resultados obtidos foram avaliados em duas etapas, sendo desenvolvido primeiro o desenho bidimensional com uso do software AutoCAD, quando os alunos desenharam três plantas em nível preliminar (Implantação, térreo e pavimento superior) e um corte. Já na segunda etapa, a residência foi modelada tridimensionalmente no software Sketchup, gerando imagens de visualização.
59 Seção
1:
Panorama do curso
Figura 2: Modelo eletrônico tridimensional.
60 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 3: Planta da Casa Gerassi.
Formação do solo urbano
Mariana Rial (noturno)
A disciplina se concentrou nos aspectos morfológicos do tecido urbano, no processo de urbanização paulistano e na compreensão de diferentes áreas da metrópole. O objetivo final de capacitar os alunos para uma primeira aproximação ao projeto urbano de escala local se mostrou bem-sucedido, resultando em proposta de intervenção para recorte territorial no entorno da Capela São Miguel e da estação de trem São Miguel, em São Paulo, cujo contexto de centralidade que atende parte da população da Zona Leste foi bem compreendido pela turma.
A metodologia intercalou seminários de leituras programadas, visitas de campo em três áreas diferentes da metrópole, em que foi possível identificar com os estudantes diferentes padrões de tecido urbano,
produção de leitura de recorte territorial e projeto urbanístico para o recorte, a partir de programa estabelecido a priori.
Além das visitas técnicas, de grande proveito para os alunos, o exercício de projeto permitiu discussões sobre aspectos fundamentais da produção do espaço urbano, sobre morfologia e sobre metodologia de projeto, incorporando dados estatísticos e características socioculturais. Nas imagens parte do resultado atingido pelos alunos.
Como conclusão, pode-se ponderar que os alunos foram capacitados de forma introdutória à leitura urbana, à análise e ao processo de projeto, incorporando metodologicamente como sintetizar os condicionantes materiais e imateriais da urbanização nos critérios de projeto em escala local.
61 Seção 1: Panorama do curso
Figura 1: Conclusão da disciplina.
62 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 2: Dinâmica de apresentação do trabalho final.
Figuras 3, 4, 5 e 6: Resultados – exemplos.
63 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 7: Visita conjunta à área de estudo – São Miguel.
Materiais e estruturas
Marcelo Ursini (noturno)
Figura 1:
Conjunto de maquetes de diversos alunos. A montagem das maquetes foi essencial para os alunos poderem testar a estabilidade dos sistemas projetados, possibilitando inclusive correções de projeto.
64 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Essa disciplina, para além dos fundamentos e conceitos relativos à estabilidade e dimensionamento dos vários sistemas estruturais, pretendeu demonstrar a fundamental relação, não hierárquica, entre o desenho da estrutura e o desenho das arquiteturas. Paralelamente ao desenvolvimento de conteúdo específico foram desenvolvidos dois exercícios que explicassem essa relação e que permitisse a manipulação dos conceitos e definições estudados dentro de um projeto de arquitetura.
O primeiro exercício, o desenho de um muro em material autoportante, tijolos, blocos e outros materiais, visava esclarecer as relações entre o material, suas características físicas, técnicas de construção e desenho. O muro neste exercício foi esvaziado de qualquer sentido funcional, restando propositadamente suas possibilidades estéticas/expressivas. O projeto de referência para este exercício foi o
Pavilhão de Esculturas desenhado por Aldo Van Eyke para a Sonsbeek Exhibition, Arnhem 1965-66 (https://hicarquitectura. com/2015/10/aldo-van-eyck-sculpturepavilion-sonsbeek-exhibition).
No desenvolvimento do trabalho foram sendo reforçadas a relação entre a criatividade e o domínio dos aspectos técnicos, físicos e geométricos para a conclusão de um projeto arquitetônico.
O outro exercício, de caráter claramente arquitetônico, pediu que os alunos projetassem uma cobertura para uma quadra poliesportiva com uma pequena arquibancada. A superfície a ser coberta foi definida em 55m x 20m. Neste caso, a ênfase recaiu sobre a o reconhecimento e escolha de um sistema construtivo coeso e legível relacionando estrutura, vedação e cobertura. Foram estudadas e reforçadas as características e técnicas de utilização de materiais e componentes adequados a estas partes do sistema.
65 Seção 1: Panorama do curso
Figura 2: Através das maquetes os alunos puderam verificar o resultado espacial das propostas, constatando as possibilidades da estrutura como qualificadora da arquitetura.
Projeto equipamento
institucional
Caio Faggin (noturno)
Katia Pestana (noturno)
A proposta para a disciplina estava baseada na estratégia de aplicar os exercícios por etapas e de forma a terem complexidade crescente, partindo de uma análise inicial do programa de necessidades, com agrupamento do programa por funções, criação de um organograma e fluxograma, em paralelo com a aplicação de layout em ambientes principais da escola e culminando no projeto do complexo escolar em si.
O terreno escolhido para o exercício de projeto apresenta um desnível bastante significativo, o que permitiu aos estudantes ampla diversidade de acessos por uma ou pelas duas ruas. A topografia - que acumula 7,0m de desnível total - também
foi elemento enriquecedor e desafiador para a consolidação das propostas.
A área total do programa frente à área do terreno não resulta em uma ocupação especialmente densa, o que permitiu boas reflexões e propostas ricas em relação à dinâmica entre área ocupada e área livre, sendo esta última elemento chave na consolidação de um programa de educação infantil. Esse fato permitiu refletir sobre a repercussão da área livre adjacente ao edifício na ocupação do ambiente interno.
É visível nos projetos a ampla liberdade com a qual os alunos puderam contar em seus partidos de projeto chegando a propostas com linguagem igualmente variada.
66 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 1: Encerramento.
67 Seção
1:
Panorama do curso
Figura 2: Thiago Augusto Guedes e Dominique Rodrigues Santos.
Figura 3: Beatriz Pinheiro Sales e Rafael de Godoy Nascimento.
Aspectos da vida urbana –práticas extensionistas
Ana Carolina Mendes (matutino)
Ricardo Luis Silva (matutino e noturno)
68 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
4º SEM
Figura 1: Caminhada.
Figuras 2 e 3: Maquete coletiva.
69 Seção 1:
Panorama do curso
RELATO DE ESTUDANTE
Ayki Nakada | 4o matutino
Na disciplina Aspectos da Vida Urbana desenvolvemos o ATLAS: Dossiê República. Nosso objetivo era destacar um local pouco conhecido na República. Pesquisamos e visitamos a região. Encontramos a Fab Lab Livre SP Olido, um Espaço Maker mantida pela Prefeitura de São Paulo, que fica “escondido” dentro da Galeria Olido, na Av. São João. O acesso é gratuíto. Tem como função a democratização do conhecimento e acesso às novas tecnologias. No entanto,durante as visitas, passamos a notar aspectos da vida urbana, observando os a pessoas que circulam na região. São desconhecidos que compartilham o mesmo espaço, porém, carregam dentro de si, a sua própria história de vida, sentimentos, desejos e necessidades que talvez poderiam ser “traduzidas” em uma única palavra. Na seleção das fotos tiradas no Fab Lab, notamos que as imagens poderiam conversar com tais palavras. Então, decidimos editar o ATLAS, juntando: palavra e foto. Desta forma, o ATLAS, tornou-se uma “crônica visual” que apresenta, o Fab Lab que fica “oculto” dentro da Galeria Olido, localizado na República e as pessoas anônimas que ali circulam diariamente, ocultando seus sentimentos e necessidades. pessoas anônimas que ali circulam diariamente, ocultando seus sentimentos e necessidades.
70 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
71 Seção 1: Panorama do curso
Conforto ambiental
Walter José Galvão (matutino e noturno)
Maurício Miguel Petrosino (matutino)
Tendo como objetivo a incorporação pelos alunos dos fundamentos do conforto ambiental nas práticas acadêmicas e futuras práticas profissionais de projeto, a disciplina trabalha o conhecimento e uso das tecnologias passivas para prover Conforto Ambiental Térmico, bem como os aspectos da acústica e da luminotécnica e suas aplicações no projeto arquitetônico.
Assim, o produto final da disciplina foi separado, tratando-se da primeira parte de uma proposta de ações no projeto arquitetônico (módulo escolar), tendo como premissa a adaptação de uma edificação ao clima onde está inserida, a partir da determinação da zona bioclimática específica citada na norma brasileira NBR 15220 e a escolha de materiais constituintes das
vedações externas, assim como a cor das superfícies exteriores. Estas escolhas são baseadas nos limites máximos preconizados na referida norma, usando indicadores como Transmitância Térmica – U (W/m²K) e absortância (α) de raios solares. Ainda, são dimensionadas as aberturas dos ambientes para privilegiar a ventilação natural e definidos elementos de sombreamento (brise soleil). Também, são determinadas as vedações verticais internas divisórias entre as salas de aula para prover a privacidade de ambientes contíguos. Igualmente são escolhidos os materiais de acabamento para adequação acústica dos espaços interiores, a partir da regulação do Tempo de Reverberação (TR) adequado. Isso tudo foi apresentado em prancha A1 agregando todas as propostas das equipes de até 3 alunos.
72 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 1: Trabalho de Avaliação 3 da disciplina.
A segunda e última parte do produto final, tratava-se de um projeto luminotécnico para uma sala com uso pré-definido, sendo loja de departamentos, escritório, salas de aula, dentre outros. Nesse projeto, necessariamente, era adotada a estratégia de iluminação geral, quando as equipes verificavam e utilizavam as particularidades de cada uso do ambiente.
73 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 2: Trabalho de Avaliação 2 da disciplina.
Escala local e dinâmicas da cidade
Ana Carolina Mendes (matutino)
Beatriz Kara José (matutino)
Letizia Vitale (noturno)
Matutino
Ana Carolina Mendes e Beatriz Kara José
Figura 1:
Imagens do trabalho desenvolvido pelo grupo formado pelos alunos Henrique Fiori, João Miguel, Vinicius Ortega, Vinícius Trindade e Matheus Saboya. O grupo propõe a criação da Rota do Samba a partir da constatação da importância que o gênero musical e suas manifestações assumem historicamente no bairro.
74 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
A disciplina Escala Local e Dinâmicas da Cidade tem por objetivo principal o estudo das dinâmicas urbanas e condicionantes na escala do bairro (aspectos físicos, ambientais, forças sociais e econômicas, vizinhança, cultura).
Como ocorreu em outros semestres, selecionamos o bairro da Bela Vista, por sua complexidade social, topográfica, legislativa e patrimonial inserida em meio à região central da cidade. Nos últimos anos a região tem sido alvo de diversas ações da iniciativa privada e da iniciativa pública, e por este motivo cada vez mais inserida nos debates acerca das transformações que ocorrem na cidade. Realizamos visita de reconhecimento do local, que foi reveladora dessas transformações na paisagem.
Do ponto de vista da inciativa privada, condicionada pelo incentivo das legislações urbanísticas, o bairro tem se transformado através da substituição de casas, remembramento de lotes e construção de edificações de novas tipologias, muitas vezes alheias à historicidade do bairro.
Do ponto de vista da ação pública, as obras da Linha 6 Laranja do Metrô impactam não só o dia a dia da população, como também afetam significativamente a história do lugar, ao remover pontos de referência da vida cultural do bairro (e da cidade) e mesmo revelar descobertas arqueológicas, que trazem à superfície camadas da história da população negra no bairro.
Esses foram alguns dos temas discutidos em sala, pautados pela apropriação de diversas bibliografias, tendo como principal referência Jane Jacobs. Além da leitura de sua produção, também contamos com a apresentação do documentário Cidadã Jane: A Luta pela Cidade em sala.
Ao longo do semestre, em paralelo às atividades teóricas de leitura, ocorreu o exercício projetual como reflexão prática dos conteúdos. Em um primeiro momento, cada grupo realizou o levantamento de um tema - dinâmicas urbanas e condicionantes na escala do bairro, Rede de conexões e mobilidade / Legislação Urbanística, Uso e ocupação do solo – edificações, Espaços livres de edificações, Domínios público e privado e conexões, Configuração do bairro, Referenciais urbanos, Usuários. Com estes levantamentos em mãos, compartilhados entre os grupos, cada um propôs uma intervenção e neste relato destacamos o trabalho Rota do Samba.
75 Seção 1: Panorama do curso
Figuras 2 e 3: Imagens do trabalho desenvolvido pelo grupo formado pelos alunos Henrique Fiori, João Miguel, Vinicius Ortega, Vinícius Trindade e Matheus Saboya. O grupo propõe a criação da Rota do Samba a partir da constatação da importância que o gênero musical e suas manifestações assumem historicamente no bairro.
76 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Noturno
Letizia Vitale
Quais são as dinâmicas urbanas e as realidades do recorte urbano, objeto de intervenção? Como o projeto na escala local deve ser estruturado enquanto exercício de transformação urbana? As duas questões nortearam os debates em sala de aula; as experiencias projetuais a partir das leituras das dinâmicas, as escolhas das áreas de intervenção e a definição das diretrizes assim como as hipóteses de transformação propostas em grupo.
O recorte urbano do Bixiga apresentou a sua peculiaridade e os seus conflitos logo na primeira caminhada in loco,
desvendando as dinâmicas nas diferentes escalas coexistentes e contrastantes, que os estudantes captaram e analisaram.
O método de trabalho didático sempre integrou momentos de colocações individuais e abordagem coletivas de debate e construção de conhecimento. Isso promoveu exercícios projetuais mais conscientes e atentos as “pré-existências”.
77 Seção 1: Panorama do curso
Figuras 4 e 5:
Exemplos de elaboração de mapa mental sobre vida e morte das grandes cidades (Jacobs J) Exercício 1.
Figura 6:
Painel / construção coletiva sobre primeira leitura do recorte urbano, objeto de análise e intervenção da disciplina.
Figuras 7 e 8: Escolhas das áreas de projeto urbano.
Figuras 9 e 10: Cortes urbanos.
78 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
79 Seção 1:
Panorama do curso
Ferramentas digitais avançadas aplicadas ao
projeto
Dani Hirano (matutino)
Rodrigo Gutierrez (matutino e noturno)
Nessa disciplina o objetivo é a adoção de ferramentas computacionais de projeto para a “modelagem da informação da construção”, conhecidas como BIM. Adotamos o software “Revit 2023” como objeto de estudo e as aulas foram ministradas pelos professores: Dani Hirano e Rodrigo Gutierrez.
A disciplina foi dividida em duas partes sequencialmente complementares, sendo a primeira de instrumentação e estudo dos fundamentos do software com objetivo de dar autonomia aos alunos, através de exercícios pontuais para o reconhecimento do fluxo de trabalho das diversas ferramentas disponíveis no software e que abordassem desde aspectos de
80 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura
1: Modelo eletrônico desenvolvido no Revit 2023.
modelagem até de apresentação dos projetos. A segunda fase da disciplina adotou uma simulação de prática profissional, com a aplicação dos fundamentos para a modelagem de um objeto de referência (projetos do escritório chileno “Elemental”) sobre o qual havia desenhos técnicos (plantas, cortes etc.) disponibilizados pelo próprio escritório.
Os alunos produziram como resultado do processo pranchas que incluíam a apresentação conceitual do projeto escolhido e desenhos arquitetônicos com linguagem técnica, assim como imagens em perspectiva e experimentação de renderizações computacionais no próprio Revit.
81 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 2: Modelo eletrônico desenvolvido no Revit 2023.
Projeto equipamento
cultural
Artur Forte Katchborian (matutino)
Katia Pestana (noturno)
Marcelo Suzuki (matutino)
Matutino
82 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Artur Forte Katchborian e Marcelo Suzuki
Figuras 2 e 3: Vinicius Batista Trindade e Vinicius Ortega de Carvalho.
Figura 1: Visita conjunta (matutino e noturno) à Ocupação 9 de Julho.
Olhar para a produção de um equipamento cultural em um local onde a cultura já acontece de forma orgânica e animada.
Havia muitos desafios:
1. O uso efervescente do local. Com instalações relativamente precárias, o local é potente, com muita vitalidade. Intervir, equipar, mas considerar a preservação da ambiência encontrada;
2. Uso misto – intervir, mas resguardar as particularidades do uso habitacional existente;
3. Topografia muito acentuada, exigindo dos projetos uma posição clara quanto à ocupação do terreno.
4. Duas entradas, uma na avenida 9 de julho, outra na rua Álvaro de Carvalho.
5. Duas salas de cinema no programa de necessidades.
A visita ao local foi feita junto com o 4º. semestre da manhã, uma situação do curso que anima e envolve os alunos, o que colabora para o andamento do semestre.
A montagem dos desenhos e maquetes exigiram algum trabalho coletivo para a definição das cotas de níveis, interpretação das plantas disponíveis e de outros elementos que serviram como base para o desenvolvimento do projeto.
Visitamos ainda o Sesc 24 de maio − níveis e desníveis −, e o Centro Cultural São Paulo, um exemplo interessante no enfrentamento do projeto com uma topografia acentuada, e esses dois edifícios, pela construção de espaços de usos múltiplos apropriados pela população.
83 Seção 1: Panorama do curso
7:
84 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figuras 4 e 5:
Amanda Diamantino e Loretta D Ottavio Sbaraglia Guimaraes Lilla.
Figuras 6 e
Giovanna Poleto e Nicole Santos Pereira.
85 Seção 1: Panorama do curso
Noturno
Katia Pestana
86 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 8: Jonatas Falcão, Paula Amorim, Raquel Chiara.
87 Seção 1:
Panorama
do
curso
Figuras 10 e 11: Visitas ao Sesc 24 de maio e Centro Cultural São Paulo.
Figura 9: Vinícius Rodrigues, Miguel Moreira, Pedro Asson.
Cidade contemporânea
Ralf Flôres(matutino e noturno)
88 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
6º SEM
Figuras 1, 2 e 3: Lucas Salticchioni Costa.
A disciplina Cidade Contemporânea busca, por seu objetivo geral, apresentar a produção arquitetônica e urbanística após o final da 2ª Guerra Mundial, relacionando ideias, teorias e formas arquitetônicas e problematizando as principais tendências elaboradas tanto na Europa quanto na América, em especial no território brasileiro.
O conteúdo das aulas organiza-se em torno dos seguintes tópicos:
• Arquitetura do pós-guerra (século 21).
• Utopias urbanas.
• Projeto urbano (além das utopias).
• Arquitetura e Urbanismo (era das incertezas).
• Formas de vida contemporânea.
• Cidade complexa.
• Contexto urbano (forma de abordagem dos problemas de deslocamento e os reflexos na qualidade de vida na metrópole).
• Os fluxos urbanos e a vida conectada. Instrumental projetivo e expressivo aberto pelas novas tecnologias.
• Resgate dos conceitos utilizados nas vanguardas arquitetônicas da segunda metade do século 20, principalmente entre os anos 1960 e 1975.
• Mudanças e desenvolvimento das cidades por meio da Arquitetura Brasileira
Contemporânea (desde o movimento moderno até a atualidade).
89 Seção 1: Panorama do curso
Metodologicamente, o escopo da disciplina foi abordado em aulas expositivas (teoria/crítica e referenciais projetuais); estudos dirigidos através de Atividades Discentes Orientadas (ADOs) e seminários programados. Por fim, e de livre escolha dos estudantes, o desenvolvimento de um projeto, ao longo do semestre, com articulação entre os referenciais teóricos, projetuais e a proposição de um estudo crítico e prático sobre a Cidade Contemporânea – como entendida no âmbito da disciplina.
O trabalho aqui apresentado (figuras 01 a 03), da aluna Tereza Cristina L. de O. Cardoso, propôs uma revista, a “CONTEXTO”, que teve com principal referência a produção de Josep Maria Montaner e nas possibilidades de se discutir, a partir do autor, a herança moderna na arquitetura contemporânea, “informal”, brasileira.
90 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figuras 4, 5 e 6: Tereza Cardoso.
Desempenho dos materiais e das construções
Walter José Galvão (matutino e noturno)
Fazendo parte do Projeto Pedagógico de Curso revisado em 2021, estas foram as primeiras turmas onde o conteúdo foi abordado. Assim, a disciplina aborda o conceito de desempenho das edificações, para fundamentar, baseada no arcabouço normativo nacional, a tomada de decisões no projeto arquitetônico relativos aos elementos estruturais bem como a escolha de materiais, instalações prediais e determinações funcionais dos edifícios.
Dessa forma a disciplina começava com o conhecimento do processo de formulação de normas e sua importância no atendimento de demandas da sociedade. A seguir buscava-se entender os riscos técnicos
91 Seção 1: Panorama do curso
Figura 1: Avaliação física do ambiente construído – Relatório 1.
Figura 2: Avaliação Junto aos usuários. Gráficos de preferências.
e jurídicos do não atendimento ao desempenho das edificações, desde a fase de viabilidade da obra até a assistência pós-entrega, a partir da aplicação de indicadores como Perfil de Desempenho da Edificação (PDE) e o Plano de Controle Tecnológico (PCT), em atendimento aos requisitos do SIAC PBQP-H. Também eram apresentados princípios de durabilidade e manutenção das edificações.
O produto final da disciplina foi separado em duas partes. Escolhido um objeto de estudo, primeiramente
era feita uma avaliação física do ambiente construído baseada no arcabouço normativo nacional relativo aos assuntos avaliados. A seguir era elaborado um roteiro de abordagens aos usuários para verificação de seu nível de satisfação com o ambiente construído dos mesmos itens avaliados à luz de normas. Dessa forma ficava configurado na disciplina os princípios da Avaliação Pós-Ocupação (APO), principal e mais avançada metodologia de verificação de desempenho dos ambientes construídos da atualidade.
92 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 3: Apresentação de avaliações finais do ambiente construído.
Discurso: representação e retórica
Adriane De Luca (matutino e noturno)
93 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 1: Exercício 01, Grupo 06 (matutino): Luanna Marino e Rafaella Oliveira.
A disciplina buscou explorar diferentes modos de construção de discurso em arquitetura e urbanismo, procurando compreender sua relação interdisciplinar pela valorização de distintos processos de interpretação, criação e apresentação de projetos. Foram priorizadas atividades práticas de ateliê, intercaladas por exposições teóricas com discussões coletivas em sala de aula. O objetivo foi trabalhar de forma integrada e transdisciplinar, sempre que possível, dando suporte ao exercício que vinha sendo desenvolvido simultaneamente no semestre pela disciplina de Projeto de Arquitetura.
Os diversos conteúdos previstos foram agrupados em três grandes eixos temáticos, que se complementam e entrecruzam, e foram experimentados pela turma em dois exercícios principais.
Eixo 01. Partido: conceito e contexto
Eixo 02. Projeto, processo e obra: do conceito ao acontecimento
Eixo 03. Experiência: método, discurso e representação
Exercício 01. Partido: conceito e contexto
Processo de aproximação ao Projeto
Patrimônio.
Estudantes foram instigados a elaborar uma leitura do sítio, elegendo palavraschave para cada situação de potencial interesse identificada no terreno de projeto; a discutir programa e relações, explorando conexões entre os itens dados e os itens propostos e, por fim, a apresentar um esboço da proposta, capaz de sintetizar o partido adotado.
Formato: 3 pranchas A3, apresentação livre.
94 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Este último exercício foi desenvolvido paralelamente à entrega do Projeto Patrimônio, tendo como material de referência o estudo de algumas propostas de projetos apresentados a concursos e premiações de arquitetura. Estudantes precisaram criar uma síntese do projeto desenvolvido, já entregue, em prancha única. Elaboraram diagramas conceituais da proposta de intervenção; memorial descritivo e outros textos de apoio; implantação com entorno e precisaram eleger entre os desenhos técnicos do projeto completo os principais itens para sua apresentação e compreensão.
Formato: 1 prancha A1 [vertical], apresentação e escalas livres.
2:
Figura 3:
Figura 4:
95 Seção 1:
Panorama do curso
Figura
Desenvolvimento do Exercício 01, Grupo 05 (noturno): Adriely Sousa, Karina Fernandes, Luiz Carlos Prudente Junior e Samanta Barbosa.
Apresentação do Exercício 01 e conversa coletiva (matutino).
Exercício 02 - Prancha Síntese, Grupo 05 (matutino): Leticia Baena e Luana Carvalho.
Foram realizadas três visitas de estudo externas, com as duas turmas reunidas, acompanhadas pela professora, para aprofundar os temas discutidos ao longo de cada um dos eixos temáticos: 35ª Bienal de São Paulo - Coreografias do Impossível; IMS Paulista - Instituto Moreira Salles e Escritório SPBR Arquitetos.
96 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 5: Prancha Síntese Grupo 03 (noturno): Andressa Moreira de Oliveira.
RELATO DE ESTUDANTE
Larissa Pinati Antao | 6o matutino
Na matéria “Discurso Representação e Retórica” foi feita uma prancha pelas alunas Larissa Pinati e Maria Eduarda Ribeiro, em que resumia-se o projeto do semestre (Patrimônio).
97 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 6: Visita ao IMS Paulista - Instituto Moreira Salles, em 28.10.24 (matutino e noturno).
Figura 7: Visita ao Escritório SPBR Arquitetos, em 25.11.2024 (matutino e noturno).
98 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 8:
Visita à 35ª Bienal de São Paulo - Coreografias do Impossível, em 16.09.24 (matutino e noturno).
Projeto patrimônio
Katia Pestana (matutino)
Maurício Petrosino (matutino)
Rodrigo Gutierrez (noturno)
Matutino
Katia Pestana e Maurício Petrosino
Escolhemos como objeto de estudo para a disciplina de Projeto: Patrimonio, o edifício das Antigas Officinas Casa Vanorden, no bairro da Mooca, uma região que guarda ainda características de um tecido industrial, com a presença de outros galpões de interesse histórico.
Partimos de um primeiro exercício, propondo que os grupos fizessem uma pesquisa histórica, de levantamento de dados do bairro e da Oficina propriamente dita, buscando tanto a compreensão do significado histórico da região e do edifício, como uma aferição com os desenhos bases que tínhamos em mãos. Em um seminário coletivo, trocamos informações e estabelecemos premissas para o desenvolvimento do projeto.
99 Seção 1: Panorama do curso
Figura 1: Officinas Vanorden - turma manhã e noite.
A visita foi feita em um sábado, juntamente com a turma da noite do professor Rodrigo Gutierrez. Pudemos entrar nos edifícios, fotografar, medir, tirar dúvidas, o que permitiu que os alunos tivessem segurança para avançar no trabalho.
O que preservar e como preservar, o que demolir ou substituir, o que tem valor histórico (um sistema construtivo, um material, um arranjo espacial, alguns alinhamentos etc.), e quais são as leituras do lugar e do edifício que podem ajudar nas escolhas das soluções propostas. O projeto previa a instalação
do programa cultural do Sesc, tendo como maior desafio a implantação de um teatro com caixa cênica, exigindo dos alunos estratégias que dialogassem com o edifício preexistente.
Algumas equipes deixaram somente o edifício tombado, demolindo os galpões ‘colados’ que fazem parte do complexo, outras optaram por manter, ainda que parcialmente, os outros galpões existentes. O resultado alcançado foi satisfatório, a classe se mobilizou em torno do projeto e tivemos boas discussões e bons resultados
100 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 2: Museu do Ipiranga.
101 Seção
1: Panorama do curso
Figura 3: Giovanna Barsotti e Tereza Cristina Laurindo de Oliveira Cardoso.
RELATO DE ESTUDANTE
Guilherme Palladini e Heloísa Fos | 6o matutino
O projeto surge a partir da necessidade de ressignificar os espaços e memórias que a era industrial nos deixou. Situado no bairro da Mooca, famoso por seu cenário fabril, o escritório e galpões da Casa Vanorden – uma das mais importantes oficinas de tipografia do século XX –além de ser patrimônio tombado pelo CONPRESP em 2007, possui um vizinho importante para o contexto do bairro: a estação Juventus-Mooca, da CPTM. Inaugurada em 1909, foi projetada pelo arquiteto Jorge Krug. Implantada em uma esquina, num terreno comprido, o edifício é composto por um escritório de dois andares e 18 módulos de galpão. Sua estrutura mista de alvenaria e madeira, com caixilhos de ferro e a cobertura tipo “shed” proporciona uma atmosfera que dificilmente encontramos nas construções contemporâneas. É neste
cenário que o Sesc Mooca – Oficina
Vanorden ganha forma. Ao retirar os galpões vizinhos, uma praça se abre entre a Vanorden e a estação. O programa, separado em setores, tem os galpões e escritório abrigando atividades que envolvem o “absorver” de ideias, memórias e sabedorias, como área de exposições e biblioteca. Um novo edifício nasce a partir da releitura do volume préexistente, de proporção e comprimento similar aos da oficina, este se materializa na outra extremidade do terreno, em uma caixa de treliça metálica, que não deixa de ser o “nosso” estilo industrial do século XXI. Este, abriga os programas do “fazer” , como as oficinas e espaços de convivência. Entre estes dois blocos, está o Teatro Mooca. Protegido por uma cobertura leve e desprendida das outras edificações, cria uma praça que propicia ao usuário a experiência de estar entre os tempos. Sendo este o setor do conviver, serve-se de arquibancada para espetáculos externos e é também o caminho principal para quem está de passagem até a estação de trem.
102 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Noturno
Rodrigo Gutierrez
A disciplina “Projeto Patrimônio” aborda as práticas projetuais a partir de uma pré-existência edificada, cujos remanescentes materiais ainda preservem aspectos de reconhecida relevância e cuja manutenção e preservação contribuam para a memória coletiva. Durante o segundo semestre de 2023, a disciplina elencou como objeto de estudo o conjunto edificado da antiga Oficina Vanorden, situada na Mooca e teve a participação dos professores: Kátia Pestana, Maurício Petrosino e Rodrigo Gutierrez.
Considerando as peculiaridades de um projeto de intervenção em uma edificação pré-existente e com reconhecido valor histórico, o desenvolvimento do projeto se iniciou com a validação e complementação de dados históricos encontrados nos
documentos de inventário/tombo. Ainda nessa fase preliminar foram realizadas aproximações com os mantenedores tanto do edifício da Oficina Vanorden, quanto dos edifícios contíguos e visitas técnicas foram realizadas para reconhecimento da estrutura edificada remanescente. Para conformação do Programa de Necessidades, foram adotadas as premissas divulgadas em editais recentes de concursos de arquitetura para unidades do SESC, com algumas alterações determinadas pelos professores para adequação ao objeto de estudo e objetivos da disciplina. Os trabalhos foram realizados com a produção de peças gráficas e maquetes, sempre simulando situações de apresentação em concursos e exposição.
103 Seção 1: Panorama do curso
104 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 4: Projeto desenvolvido na disciplina.
Renovação de espaços da cidade
Ana Carolina Mendes (matutino)
Marcella Ocke (matutino)
Carolina Heldt D’Almeida (noturno)
Matutino
Ana Carolina Mendes
Marcella Ocke
A disciplina Renovação de Espaços da Cidade tem por objetivo principal o estudo do que podemos chamar de áreas de exceção da legislação urbanística da cidade. Este termo é usado buscando enfatizar que, apesar de serem áreas constantes nas legislações urbanísticas da cidade, sobre elas incidem regramentos específicos que induzem sua transformação.
O Estatuto da Cidade (Lei 10.257/ 2001) define a Operação Urbana
Consorciada (OUC) como instrumento para regrar esses territórios a nível nacional e, no caso da cidade de São Paulo, o Plano Diretor Estratégico de 2014 (PDE - Lei 16.050/2014) define os Projetos de Intervenção Urbana (PIU´s) também como instrumento de transformação, criando então novas áreas de exceção na cidade.
Como continuidade do semestre anterior, partindo do princípio de que os alunos têm conhecimento do PDE de São Paulo e da Lei de Uso e Ocupação do Solo (LPUOS - Lei 16.402/16), partimos para o entendimento dessas
105 Seção 1: Panorama do curso
Figura 1:
Visita técnica PIU Jurubatuba - Edificações e áreas verdes.
áreas de exceção e todos os agentes que, de modo enfático, colaboram na transformação da paisagem urbana.
A parte formativa conta com aulas expositivas dialogadas, com uso de apresentações ilustradas, e a realização de debates sobre assuntos específicos para ampliar a compreensão da bibliografia de referência.
Além dos aspectos formativos a disciplina contou com atividades práticas: um Seminário em grupo, um Artigo individual e dois Exercícios Projetuais, realizados em grupo, para a elaboração em duas etapas de uma proposta de intervenção urbana, no contexto de um PIU.
O Seminário em grupo teve por objetivo o estudo de Operações Urbanas e PIU´s em andamento em São Paulo. Divididos em 5 grupos, foram selecionadas as seguintes áreas de estudo:
- OUC Faria Lima
- OUC Água Espraiada
- PIU Jurubatuba
- PIU Região Central
- PIU Vila Leopoldina
4:
Figura 5:
106 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 2: Visita técnica OUC Faria Lima - Térreo Edifício Corporate Towers.
Figura 3: Visita técnica OUC Faria Lima - Térreo Edifício Corporativo Av. Faria Lima.
Figura
Visita técnica PIU Jurubatuba - Potencial paisagístico da área.
Imagem 8 – Turma de alunos em uma área de lazer no PIU Jurubatuba.
Nestes Seminários foi possível compreender o funcionamento básico de cada um dos instrumentos e seus pormenores, por exemplo os CEPAC´s, (Certificados de Potencial Adicional de Construção) no caso das OUC´s. Também foi possível
identificar as diversas forças e agentes que, em maior ou menor medida, promovem a transformação desses territórios na cidade. Buscamos debater as ações do poder púbico, do setor privado e da população em geral frente a esses territórios nos quais se incentiva a renovação e de que modo tais transformações são frutos de embates e conciliações, nem sempre coletivamente acordadas. Em conjunto com a elaboração desses seminários, realizamos visita a um dos territórios em estudo, a Operação Urbana Faria Lima.
O Artigo, por sua vez, teve por tema o funcionamento e os conflitos das OUC´s e PIU´s em São Paulo. A orientação foi estabelecer algum tipo de reflexão geral sobre esses instrumentos e, posteriormente, o aprofundamento em algum dos territórios apresentados pelos grupos nos Seminários.
O Exercício Projetual buscou ser a aplicação prática das reflexões realizadas e teve como território um recorte do PIU Arco Jurubatuba.
Tendo em vista que o papel do PIU Arco Jurubatuba na cidade já foi compreendido pela turma nos Seminários apresentados anteriormente no semestre, o a primeira parte do exercício propôs uma aproximação: a leitura de território selecionado, em uma das Áreas de Intervenção Urbana (AIU) desse PIU.
O objetivo geral da primeira parte do Exercício foi compreender a formação e funcionamento da AIU Interlagos, especificamente de trecho selecionado pelas professoras. O objetivo específico foi elaborar diretrizes de intervenção para o recorte proposto, tendo em vista reflexões sobre as legislações incidentes no território.
Tais diretrizes incluíram os aspectos da paisagem construída e paisagem natural, tendo em vista que o trecho selecionado conta com grande diversidade de situações urbanas pré-existentes, ocupadas ou livres.
Entre a primeira e a segunda parte do Exercício Projetual encaixamos de modo extraordinário uma visita ao território, pois observamos necessidade de reconhecimento presencial do território em estudo. Contamos com a gentileza do ex-aluno Guilherme Rodrigues para nos guiar nessa visita que se revelou de fundamental importância na elaboração das propostas projetuais.
Importante destacar que as duas visitas do semestre se deram em áreas de exceção da legislação, nas quais se incentiva a ocupação e transformação, mas são territórios de características completamente diferentes. Pudemos observar na prática como a adesão ou não dos interesses privados de fato transformam mais ou menos o lugar, e refletir de que modo o papel do poder público poderia ser mais enfático.
A segunda parte do exercício, por sua vez, teve por objetivo geral a elaboração de um projeto urbano em recorte da área do Exercício 1, recorte este definido por cada grupo, com anuência das professoras, a partir das
107 Seção 1: Panorama do curso
diretrizes lançadas na primeira parte do exercício. Os perímetros poderiam ou não coincidir entre os grupos, o que de fato ocorreu em alguns trechos.
O primeiro objetivo específico foi observar a aderência das propostas do PIU Jurubatuba no recorte selecionado, com a possibilidade de questioná-las, através de ações projetuais (construídas ou da paisagem natural). O segundo objetivo específico foi entender o desenho da paisagem natural, através do projeto de sistemas de áreas livres, como parte indissociável da paisagem da cidade. O terceiro objetivo específico foi a pesquisa de referências de projeto que colaborassem para a o desenvolvimento do projeto no recorte.
Os produtos solicitados para a segunda parte do exercício foram:
1.Revisão das diretrizes do Exercício 1, sintetizadas em uma planta/ diagrama.
- Escala de trabalho: 1:1000.
2. Elaboração de proposição (uma hipótese de futuro) que considere áreas
públicas e privadas, na área do recorte selecionado. Produtos:
- Imagens e desenhos de projetos de referência,
- Implantação com Plantas de cobertura,
- Cortes Urbanos (ao menos 2),
- Implantação com Plantas do pavimento térreo (com informações que se refiram à escala das quadras urbanas e conexão entre elas, não o detalhamento de cada edifício),
- Implantação dos espaços livres de edificação com definição de áreas de piso (permeáveis e não permeáveis); áreas de águas (caso existam); áreas de vegetação (com indicações da representação gráfica de vegetação arbórea, arbustiva e forrageira). Não houve necessidade de especificação botânica, mas diretrizes das características das espécies escolhidas foram solicitadas, por exemplo: forma, cor, textura, cor de flor, sombra, etc.
- Parâmetros (CA, TO, Permeabilidade, usos pretendidos R e NR) adotados para todas as quadras de intervenção.
- Escala de trabalho: 1:500
3. Maquete física da proposição projetual, com representação das volumetrias (paisagem construída e paisagem natural) do recorte selecionado.
- Escala de trabalho: Escala de trabalho: 1:500, ou de acordo com orientações ao longo dos atendimentos.
Foi sugestão do enunciado do exercício a utilização da projeção mapeada disponível na sala i330. Este suporte de apresentação foi debatido em sala com a turma ao longo da elaboração do projeto, e a turma fortemente se engajou e se apropriou dessa ferramenta para o desenvolvimento do projeto e apresentação final do trabalho. As imagens selecionadas ilustram os resultados do Exercício Projetual e das visitas, que encerrou com resultados acima das expectativas um semestre intenso de reflexões sobre a paisagem em transformação na cidade de São Paulo.
108 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
109 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 6:
Proposta de Intervenção - Projeção mapeada Grupo 1: Luanna Marino Pereira, Luana Carvalho da Silva, Rafaella Oliveira, Rafael Victal Cerqueira, Tainá de Castro.
Figura 7:
Proposta de Intervenção - Projeção mapeada Grupo 2: Larissa Pinati, Letícia Baena, Maria Eduarda Ribeiro, Murylo Anido.
Figura 8: Proposta de Intervenção - Projeção mapeada Grupo 3: Camila Dorizo, Giovanna Barsotti, Guilherme Palladini, Heloisa Fos, Tereza Cristina.
RELATO DE ESTUDANTE
Larissa Pinati Antao | 6o matutino
O trabalho de intervenção urbana no PIU Arco Jurubatuba foi o resultado do exercício proposto pela componente Renovação dos Espaços da Cidade. Após o entendimento sobre o tema, o projeto foi estruturado a partir de um estudo de campo, onde o grupo identificou possíveis áreas para reestruturação urbana no local. Para isso, foram realizadas diversas análises caso o caso, onde foram identificadas habitações precárias ao uso a serem demolidas, abrindo parcelas que fragmentaram os quarteirões, e possibilitaram a implantação de novos conjuntos habitacionais. Além das edificações, também foram propostos parques alagáveis buscando a conservação da vegetação nativa, para requalificar o uso das áreas hoje identificadas como inundáveis e revitalizar a fauna e flora local. Trabalho realizado pelo alunos
Larissa Pinati, Leticia Baena, Maria Eduarda Ribeiro, Murylo Anido.
110 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
111 Seção 1:
Panorama do curso
Noturno
Carolina Heldt D’Almeida
O conteúdo da disicplina é abordado em 4 módulos e, na sequência, um processo de projeto ensaístico, como segue:
MÓDULO 1 - Política urbana (contexto, origem, princípios e fundamentos) expressa no marco regulatório urbanístico brasileiro (Constituição Federal, Estatuto da Cidade e Estatuto da Metrópole); a relação com as agendas urbanas multilaterais (UN Habitat, ODS, NAU, Tratados, etc); e o contexto internacional de produção dos Grandes Projetos Urbanos e seus entrelaçamentos com os mecanismos de financiamento e crédito públicos, a atuação territorial da gestão do Estado, seus instrumentos de planejamento urbano e os territórios de renovação urbana nas grandes cidades.
MÓDULO 2- A reflexão sobre experiências nos mais de 20 anos de implementação da legislação urbanística no Brasil concomitante, no primeiro momento, com implementação dos programas nacionais de financiamento (MCMV, PAC infraestrutura, Megaprojetos Urbanos, etc) e, num segundo momento, ao contexto das políticas recessivas e as propostas regressivas de revisões das leis (urbanas, ambientais e de patrimônio cultural); e o debate que se inaugura com revisão das políticas do urbano a partir da reestruturação da agenda urbana nacional.
112 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
MÓDULO 3 - O caso de São Paulo: Instrumentos urbanísticos, fundos de financiamento, governança multiníveis, escalas e arenas de atuação e em relação aos níveis da legislação urbanística (Plano Diretor, Lei de Uso e Ocupação do Solo, Código de Obras, Planos Regionais, Plano Metropolitano), o planejamento financeiro da gestão pública e as interfaces com as políticas setoriais (convergências e divergências de propósitos e racionalidades); e os impasses na implementação da legislação urbanística no âmbito dos desvios de finalidade, lacunas de monitoramento, formalismos no controle social e gestão participativa, dependência de financiamento e os conflitos de interesses.
MÓDULO 4 - Práticas recentes no planejamento urbano - agentes, lógicas e ferramentas usadas na produção do espaço urbano no contexto da neoliberalização e financeirização no Brasil: das Operações Urbanas Consorciadas-OUCs aos Projetos de Intervenção Urbana-PIUs na articulação entre a legislação urbanística e o marco regulatório das concessões e parcerias; e inciativas contrahegemônicas de processos e resultados de experiências urbanas de reversão do padrão de desigualdades das cidades brasileiras (crescimento, fragmentação, desigualdade, racismo e segregação sócio-espacial).
EXERCÍCIO DE LEITURA E PRÁTICA
PROJETUAL – Proposição de diretrizes de intervenção urbana a partir de analise crítica de estudo de caso de um Projeto de Internvenção Urbana em área de Renovação Urbana em São Paulo, visando avaliar as possibilidades, conflitos e impasses da política urbana ao reconhecer as agendas, instrumentos, agentes e práticas da política urbana diante da problemática territorial específica no território de renovação urbana.
113 Seção 1: Panorama do curso
Figura 9:
O território dos Grandes Projetos Urbanos em São Paulo.
Fonte: D’ALMEIDA, 2019, p. 169. Acesso em 18.09.2023. Disponível em: https://www.teses.usp.br/.
Figura 10:
Mapeamento dos Projetos de Intervenção Urbana em 2018.
Fonte: D’ALMEIDA, 2018. Acesso em 18.09.2023. Disponível em: http:// www.labcidade.fau.usp.br/piu-um-dispositivo-de-concessao-da-cidade/
114 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Crítica Arquitetônica
Valéria Fialho (matutino e noturno)
Stella Tedesco (matutino)
A disciplina trabalha a capacidade de desenvolvimento de uma postura crítica do aluno a partir da leitura e interpretação de textos e da análise de obras referenciais na história da arquitetura e do urbanismo.
Para tanto, a disciplina propõe 4 grupos de atividades:
115 Seção 1:
SEM
Panorama do curso
8º
Figura 1: Cadernos produzidos pelos estudantes (noturno).
1. Projeção do filme “A Nascente” (1949), dirigido por King Vidor, baseado na obra homônima da filósofa Ayn Rand (1943). A partir da análise do filme e da caracterização de seus personagens principais (o arquiteto, o crítico, o dono do jornal) pretende-se discutir questões como momentos de ruptura, integridade profissional e influência da mídia, entre outras.
2. Leitura do livro “Inquietações teóricas e estratégia projetual na obra de oito arquitetos contemporâneos”, de Rafael Moneo (Cosac Naify, São Paulo, 2008). A partir desta leitura a turma se divide em 8 grupos que devem selecionar e apresentar análises críticas sobre obras selecionadas dos arquitetos apresentados por Moneo: James Stirling, Robert Venturi, Aldo Rossi, Peter Eisenmann, Alvaro Siza, Frank Gehry, Rem Koolhaas e Herzog & De Meuron. Os alunos devem, ainda, realizar um caderno de anotações, de formato e linguagem autoral, com o registro de suas reflexões sobre cada um dos arquitetos apresentados.
3. Leituras programadas que subsidiam a produção de textos críticos. Desta forma o aluno constrói seu próprio arcabouço de referências.
4. Seminário e Ensaio Crítico sobre uma obra arquitetônica brasileira, realizada nos últimos 10 anos. O exercício pretende não apenas fomentar uma reflexão sobre a produção contemporânea, mas também, instrumentar o aluno para a produção de textos sobre seu próprio trabalho.
116 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
117 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 2, 3 e 4: Cadernos produzidos pelos estudantes.
Experimentações Projetuais
Paulo Magri (matutino e noturno)
Marcella Ocke (matutino)
A disciplina busca inserir o corpo discente ao universo da cibernética e automação aplicados à arquitetura, preparando-os para solução de problemas relacionados à tecnologia da informação inseridas ao projeto. Abordar maneiras práticas e criativas de apropriação de tecnologias digitais acessíveis (softwares e periféricos) para a experimentação de estratégias de documentação, projeto e fabricação, buscando uma reflexão crítica para as práticas de produção da arquitetura contemporânea.
O semestre foi iniciado com um exercício de construção de repertório, levando o corpo discente à uma busca por referências de aplicação de equipamentos eletrônicos no campo do design e da arquitetura, ampliando seu conhecimento sobre o que é aplicado na área. Este levantamento foi feito com o objetivo de produzirem uma apresentação na qual expuseram a obra de um designer ou arquiteto que faz uso de equipamentos eletrônicos ou de tecnologias emergentes na busca de produtos responsivos, paramétricos, sustentáveis etc.
Em um segundo momento, buscou-se municiar os alunos com aptidões programáticas, fazendo experimentos com uso de componentes eletrônicos como sensores, motores, placa arduíno, led etc. com o objetivo que criassem um objeto ou um modelo em escala que fosse responsivo.
A disciplina aborda também o viés da fabricação digital, fazendo com que os alunos produzam seu modelo com uso de corte laser ou impressão 3d.
118 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 1:
Maquete FIESP. Alunos: Vinicius Portugal, Vanessa Silva, Lucas Chausse e Beatriz Hirata (noturno).
Figura 3:
Elemento responsivo. Alunas: Aline Lopes, Anyelle Guimaraes, Pollyana Teodoro e Stephane Nogueira (matutino).
Figura 3:
Caixa acústica com iluminação responsiva. Alunos: Ananda Isaias, Pedro Ivencao, Vitor Correa, Yasmim Bitencourt (noturno).
119 Seção 1:
Panorama do curso
Mercado, Ética e Legislação Profissional
Maurício Petrosino (matutino)
Ricardo Dualde (matutino)
Valéria Fialho (noturno)
Matutino
Maurício Petrosino e Ricardo Dualde
120 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 1:
Impacto do Transporte Público de Grande Escala na Ocupação do Território Urbano. Caso Butantã. Ocupação. Análise temporal 2020. Ananda Isaias de Paula; Pedro Silva Ivenção; Vitor Alves Correa; Yasmin Bitercourt da Silva
Nesta disciplina os alunos exploram os fluxos urbanos a partir de dinâmicas da cidade que incluem a mobilidade pendular e abrangem o acesso à educação, cultura, lazer e distribuição de renda por meio da realização de painéis temáticos destinados a fornecer uma visão holística das dinâmicas urbanas, que não se limitam ao deslocamento de pessoas e incluem mercadorias e o capital, ademais da (re) construção da cidade. Na segunda parte abrange a aplicação da metodologia científica em estudos de caso, procedimento que fornece subsídio para a preparação do TCC. Os alunos aplicam conhecimentos adquiridos na análise de casos reais ao explorar dinâmicas do uso do solo e transformação urbana, através da pesquisa associada a leitura sobre a observação de situações presentes e de um passado datado de áreas como bairros, loteamentos da Cidade de São Paulo.
Figura 2:
Impacto
Figura 3:
Acessibilidade
Universal.
121 Seção
1: Panorama do curso
do Transporte Público de Grande Escala na Ocupação do Território Urbano. Caso Butantã. Uso do solo. Análise temporal 2020. Ananda Isaias de Paula; Pedro Silva Ivenção; Vitor Alves Correa; Yasmin Bitercourt da Silva.
e Inclusão na Mobilidade Urbana. Símbolo da Acessibilidade
Francini Melo dos Santos; Giovana Tanaka; Larissa Rua Gonçalves; Melissa Silva França.
Noturno
Valéria Fialho
A disciplina relaciona a teoria e a prática do exercício profissional da arquitetura e do urbanismo frente às possibilidades mercadológicas atuais e na perspectiva das atribuições do arquiteto. Discute também a ética profissional a partir do estudo das diversas legislações, normas e regulamentos referentes ao exercício profissional.
Para o desenvolvimento destes conteúdos foram desenvolvidas as atividades a seguir:
Censo da Turma: a turma, coletivamente, elaborou e aplicou pesquisa para traçar um perfil da turma. A partir das respostas colhidas foi possível levantar informações tais como gênero, área de atuação, perfil geográficos, horas trabalhadas, deslocamentos, entre outros.
Análise de mercado através da visita a um escritório de projeto de arquitetura a fim de investigar sua estrutura interna, métodos de trabalho, interações com o mercado e relação com entidades profissionais. Esta etapa incluiu entrevistas detalhadas e coleta de imagens a fim de oferecer uma visão realista do ambiente profissional da profissão.
Discussões baseadas em publicações do CAU sobre ATHIS, Patrimônio Cultural, Agenda Urbana e Espaços Públicos. Através de atividades de apresentação e debate, os grupos examinaram as implicações legais e éticas na prática arquitetônica destinadas ao entendimento de normativas que orientam o exercício profissional.
122 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
123 Seção 1: Panorama do curso
Figuras 1, 2, 3 e 4: Censo MELP.
124 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 5: Censo MELP.
125 Seção 1:
Panorama do curso
Figuras 6, 7, 8 e 9: Censo MELP.
Pesquisa Aplicada em Arquitetura e Urbanismo
Valéria Fialho (matutino)
Stella Tedesco (matutino)
Ricardo Dualde (noturno)
Figura 1:
Encontro de alunos da disciplina e convidados. Palestra: Felipe Francisco.
Figura 2:
Encontro de alunos, professores e alunos convidados de outros semestres.
Palestra: Gabriel Garcia.
Figura 3:
O TCC e o Início da Vida Profissional.
Esta disciplina contribui de modo particular na formação acadêmica dos estudantes que estão se preparando para seu desafio final: O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Tem destaque por estabelecer uma ponte entre o conhecimento teórico acumulado e a prática profissional, com ênfase para a pesquisa aplicada como ferramenta essencial no campo da Arquitetura e Urbanismo. O objetivo principal é capacitar os alunos a identificar e desenvolver uma problemática relevante, que será o foco de seus projetos de conclusão, incentivando uma abordagem crítica e inovadora que contribuirá tanto para o momento seguinte de sua formação como para sua prática profissional futura.
126 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Durante o curso, os alunos são encorajados a compreender o projeto arquitetônico e urbanístico como uma “pesquisa”, onde são exploradas as fases desse desenvolvimento.
Uma parte integral do processo de aprendizagem é o contato com egressos de diferentes períodos do curso, situação que proporciona uma troca rica de experiências e perspectivas. Essa interação proporciona diferentes resultados individuais além de poder auxiliar a direção de seus próprios projetos de TCC.
127 Seção 1:
Panorama do curso
Projeto Interativo 8:
Fluxos - Escalas
Ricardo
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Dualde (matutino e noturno)
Figura 1: Estratégias de mobilidade sustentável. cidadeseficientes.cbcs.org.br.
Anyelle Guimarães; Bruna Numakura; Karen Hinoue; Pedro Garcia.
Figura 2: Transformações imobiliárias e seus efeitos no uso do solo e Mobilidade Residencial. Imediações da Estação Fradique Coutinho. Caroline Morais, Leticia Pereira, Paulo Mesquita e Stephane Queiroz.
Nesta disciplina os alunos exploram os fluxos urbanos a partir de dinâmicas da cidade que incluem a mobilidade pendular e abrangem o acesso à educação, cultura, lazer e distribuição de renda por meio da realização de painéis temáticos destinados a fornecer uma visão holística das dinâmicas urbanas, que não se limitam ao deslocamento de pessoas e incluem mercadorias e o capital, ademais da (re) construção da cidade. Na segunda parte abrange a aplicação da metodologia científica em estudos de caso, procedimento que fornece subsídio para a preparação do TCC. Os alunos aplicam conhecimentos adquiridos na análise de casos reais ao explorar dinâmicas do uso do solo e transformação urbana, através da pesquisa associada a leitura sobre a observação de situações presentes e de um passado datado de áreas como bairros, loteamentos da Cidade de São Paulo.
129 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 3: Estudo da Evolução Tipológica de Vila Andrade. Idade das amostras. Anyelle Guimarães; Bruna Numakura; Karen Hinoue; Pedro Garcia.
Planejamento Urbano: Políticas Públicas
Beatriz Kara José (matutino)
Jordana Zola (noturno)
Rita Canutti (matutino e noturno)
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Figura 1: Favela Manguari – proposta de intervenção. Beatriz Pereira, Mariana Abreu, Giovana Ramalho e Stephane Nogueira.
A disciplina Planejamento Urbano: Políticas Públicas trabalha com o tema da habitação social em suas variadas formas: políticas de provisão habitacional, os conflitos entre a necessidade de habitação e aspectos ambientais, ocupações de edifícios ociosos e urbanização de assentamentos informais.
O objetivo da disciplina é desenvolver a capacidade crítica e propositiva dos alunos, tendo como objeto a moradia e o lugar onde se insere, considerando as práticas e dinâmicas socioambientais envolvidas na sua produção e as possibilidades de atuação da arquitetura e urbanismo nesse campo.
A complexidade desse tema é tratada a partir de bibliografia de referência e de exercícios projetuais que procuram qualificar assentamentos informais existentes, através do desenho de novas infraestruturas urbanas, espaços públicos, conexões, áreas livres, equipamentos e moradias.
Nesse momento do curso, o grau de dificuldade da reflexão e do exercício propositivo refletem-se na necessidade de um olhar multiescalar, que considera a configuração da unidade habitacional até a escala da estrutura metropolitana onde está inserida: as características ambientais do entorno, a localização do assentamento em relação às infraestruturas e serviços urbanos e, sobretudo, ao cotidiano que a situação habitacional impõe aos moradores.
O Curso é dividido em três módulos principais:
1- fundamentação e repertório (referencial teórico-conceitual e bibliografia de referência)
2- seleção da área de estudo e projetoanálise
3- projeto de intervenção na área de estudo
Os trabalhos foram realizados em grupo, em assentamentos selecionados pelos alunos e em diferentes regiões da cidade, sob orientação docente.
As linhas gerais da disciplina são as mesmas para as turmas do noturno e matutino, de modo que o desenvolvimento das atividades realizadas nesse semestre provocou reflexões e indagações sobre o processo de produção desigual do espaço urbano e como as favelas, tema objeto de projeto da disciplina, vêm sendo afetadas ao longo do tempo.
A partir da contextualização do tema a forma de intervenção em cada favela teve como premissa a qualificação do espaço público e a identificação de áreas passíveis para implantação de novas unidades habitacionais.
O trabalho selecionado foi o desenvolvido para a Favela Manguari, na Zona Norte de São Paulo que procurou dar soluções ao sistema de circulação e promover a reocupação da área do antigo galpão com novas unidades habitacionais, espaços públicos e de uso coletivo, bem como a destinação de uma área para um equipamento público.
131 Seção 1: Panorama do curso
132 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 2:
Área de estudo: situação atual e indicação das construções a serem removidas, segundo os critérios adotados na etapa de análise.
Figura 3:
Corte do assentamento e características da ocupação.
Figura 4:
Área de estudo: proposta preliminar de intervenção (reestruturação dos espaços públicos internos e adequação do equipamento existente externo à poligonal do assentamento).
Panorama do curso
133 Seção 1:
134 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Projeto de Arquitetura: Infraestrutura
Artur Forte Katchborian (matutino)
Marcelo Ursini (noturno)
Sérgio Matera (matutino)
Matutino
IMAGENS
PROJETO FINAL
Artur Forte Katchborian e Sérgio Matera
135 Seção 1:
Panorama do curso
Figura 1: Bianca Monteiro de Barros dos Santos, Larissa Ordoñez de Salles Maciel e Thainá Sousa Rastello.
Atividades desenvolvidas (conteúdos e dinâmicas):
A estrutura pedagógica da disciplina foi organizada em atividades práticas de projeto e aulas expositivas com embasamento teórico. As aulas expositivas ocorreram nas duas semanas posteriores a cada uma das entregas (atividades / avaliações), durante as duas primeiras horas aula do dia, com conteúdos teóricos e técnicos que seriam incorporados na nova fase de desenvolvimento do projeto. A dinâmica em classe ocorre pela discussão de projetos referenciais (uso, escala, programa, construção) e o desenvolvimento de um exercício prático em grupos de alunos (três a quatro componentes) e apresentado mensalmente em discussões coletivas, variando o suporte: ora em desenhos impressos, ora em maquetes físicas, ora por meios digitais.
IMAGENS PONTO DE UBER 136 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
IMAGENS PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
Figuras 2 e 3: Bianca Monteiro de Barros dos Santos, Larissa Ordoñez de Salles Maciel e Thainá Sousa Rastello.
O projeto desenvolvido é de um equipamento público de transportes (estação CPTM integrada a um terminal de ônibus municipais) junto a um programa comercial inseridos em um terreno no bairro da Mooca, configurando um projeto que solicita soluções de conexão urbana entre dois lados de um bairro separados por uma linha de trem, integração de novas edificações com pré-existências tombadas pelos órgãos de proteção e inserção no sistema metropolitano de mobilidade urbana. O objetivo é trabalhar em diferentes escalas, da inserção urbana dos usos citados e suas articulações por meio de espaços públicos às proposições construtivas, que solicitam soluções não convencionais como estruturas que vencem grandes vãos e são determinantes de volumetrias e formas arquitetônicas.
Última disciplina da sequência de projeto do curso de arquitetura e urbanismo, desenvolve discussões sobre a infraestrutura urbana por meio de um exercício de projeto referenciado em aulas expositivas.
Atividades / Avaliações
Exercício de projeto que trabalha o projeto na escala de infraestrutura e os desdobramentos no tecido urbano e no contexto regional.
Avaliação 1 - Seminário de estudos de caso (grupo com composição diversa do grupo de projeto: peso 1)
Avaliação 2 - Projeto: partido e implantação (grupo: peso 2)
Avaliação 3 - Projeto: estudo preliminar (grupo: peso 3)
Avaliação 4 - Projeto: anteprojeto (grupo: peso 4)
P E R S P E C T V A M A Q U E T E 137 Seção 1: Panorama do curso
Figura 4:
Gabriella Francisca Alves da Silva e Stephane Queiroz Nogueira.
138 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2. C O L A G E M D I G I T A L
Figura 5:
Gabriella Francisca Alves da Silva e Stephane Queiroz Nogueira.
139 Seção 1: Panorama do
curso
Figuras 6 e 7: Breno Vieira Bogoni, Fernando Marcell Fernandes e Pollyana Caroline da Silva Teodoro.
Noturno
Marcelo Ursini
A disciplina de projeto do sétimo semestre propõe refletir sobre o papel da arquitetura como um dos elementos dos sistemas infraestruturais de nossas cidades. No caso deste curso escolhemos trabalhar o sistema de mobilidade, mais especificamente com a rede de transportes sobre trilhos. A arquitetura das estações, para além de garantir o transporte seguro e organizado dos seus usuários, acaba por dar identidade as diversas linhas que integram esta rede. A Estação da Luz e Júlio Prestes são exemplos desta capacidade dos edifícios, se apresentando como ícones da arquitetura paulistana. O desenho
das estações da linha 1 do Metro e da linha 9 da CPTM são outros exemplos de como a arquitetura pode, através de sua linguagem, reforçar o caráter sistêmico desta rede. Identifica-se também a possibilidade destas estações articularem uma grande quantidade de outras atividades, ampliando a importância destes edifícios. O complexo da Estação da Luz, além de articular várias linhas de metrô e trem, abriga ainda o Museu da Língua Portuguesa e pode-se alcançar diretamente a Sala São Paulo que ocupa parte da Estação Júlio Prestes.
A rede de transportes ferroviário, mais antiga que o Metro, ao se implantar quase que inteiramente sobre superfície, transformou-se em barreira urbana, tendo como efeito a divisão e descontinuidade de muitos bairros ao longo de seus trilhos.
O exercício proposto pela disciplina pretendeu, tendo como pretexto o projeto de uma estação de trens na Mooca, verificar as implicações entre o sistêmico e o local, as possibilidades de alargamento programático das estações transformando-as em equipamentos condensadores de atividades e rearticular territórios cindidos pelos trilhos.
Dividimos a disciplina em dois produtos relacionados. Na primeira parte os alunos deveriam propor um masterplan que reorganizasse a quadra de mais de 1700 m atravessada pelos trilhos em superfície, onde se encontra a estação atual e vários edifícios industriais tombados. Esta quadra tem como limites a rua da Mooca, o viaduto São Carlos, a rua Borges de Figueredo e avenida Presidente Wilson. Na etapa final os alunos desenhariam o conjunto da novas estação, equipamentos ou usos articulados a ela e solução de transposição da barreira constituída pela linha férrea.
140 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
141 Seção 1: Panorama do curso
Figura 8:
Quadra e entorno estudados com diagrama de intervenção. Beatriz Hirata, Lucas Chausse, Vanessa Oliveira, Vinicius Portugal.
Figura 9:
Masterplan com proposta de equipamentos para a quadra, visando articular o território cindido pelos trilhos. Beatriz Hirata, Lucas Chausse, Vanessa Oliveira, Vinicius Portugal.
142 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
143 Seção 1:
do
Panorama
curso
Figura 10:
Corte do passarela/praça de pedestres longitudinal sobre a linha de trem, articulado à estação de trens. Beatriz Hirata, Lucas Chausse, Vanessa Oliveira, Vinicius Portugal.
Imagem, fotografia e arquitetura
Cassimiro Chaves (matutino e noturno)
Figura 1:
Autora. Gabriela B., Beatriz, Gabriela e Jade Projeto. Explorar os ângulos da maquete e fazer ensaios de iluminação e materialidade.
144 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
SEM
10º
Este é um breve relato das atividades realizadas pelos estudantes para a disciplina IMAGEM, FOTOGRAFIA E ARQUITETURA, onde buscamos discutir a história e a atualidade da fotografia de arquitetura no Brasil e no mundo, a partir dos seus diferentes usos e a apresentação de trabalhos de fotógrafos de arquitetura (a fim de compreender todas as possibilidades e os procedimentos necessários para a prática nestes segmentos em diferentes situações).
Neste processo de construção de repertórios, a partir da análise de grandes fotógrafos, e as práticas na produção de imagens fotográficas, os estudantes foram estimulados na compreensão dos conceitos de representação, noções sobre o tempo, suportes e ferramentas de uma linguagem fotográfica aplicada a arquitetura.
Um semestre repleto de aprendizados, reflexões e habilidades técnicas relacionadas à fotografia, que vão além dos conceitos tradicionais como velocidade do obturador, sensibilidade ISO e abertura, a fim de explorar também a captura de imagens, utilizando uma variedade de lentes, tripés e câmeras, e aprimoramos nossas habilidades de edição de imagens no intuito de ir além do aprendizado teórico, e construir também um repertório visual e prático sobre a imagem.
Neste sentido o semestre foi dividido em quatro grandes projetos imagéticos:
- O primeiro projeto, tinha como foco a construção de repertório, onde os estudantes buscaram fotógrafos de arquitetura, observavam seu trabalho e a partir dele realizaram a produção de uma fotografia;
- O segundo projeto, tratava-se de uma análise crítica de uma imagem fotográfica, onde os estudantes analisavam os procedimentos
e técnicas para a produção de uma imagem e partiam dele para construção de uma imagem fotográfica;
- O terceiro projeto, tinha como foco as técnicas fotográficas e o trabalho em estúdio, assim sendo os estudantes foram municiados das técnicas e convidados a fotografarem em estúdio a partir de uma maquete;
- O quarto projeto tinha como foco a apresentação de um ensaio, a partir de uma análise de campo, planejamento e captação de imagens, onde os estudantes construíam um plano de ação, captavam e tratavam as imagens e apresentavam o ensaio final.
Por fim, todas as atividades do semestre foram cumpridas com êxito pelas turmas do matutino como do noturno, deste o processo de pesquisa teórica, elementos ligados a forma e a linguagem, assim como, a aplicabilidade destas imagens sob recursos digitais, seja na construção do discurso tal como sua retórica visual.
145 Seção 1: Panorama do curso
Figuras 2 e 3:
4:
146 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Autora. Gabriela B., Beatriz, Gabriela e Jade Projeto. Explorar os ângulos da maquete e fazer ensaios de iluminação e materialidade.
Figura
Autor. Arthur Breda. Projeto. Estudo sobre o projeto Arte Cidade do fotógrafo Nelson Kon. O projeto autoral visava observar a simetria do espaço.
147
Seção
1: Panorama do curso
148 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figuras 5, 6 e 7:
Autora. Giovanna, Letícia e Renata. Projeto. Ensaio a partir dos detalhes, a fim de revelar curiosidades quanto as linhas e formas na construção de uma maquete.
Representação,
suporte e narrativa na apresentação de projetos de arquitetura
Nelson José Urssi (matutino)
Katia Pestana (noturno)
Trabalho de Conclusão de Curso 2
Artur Forte Katchborian (matutino e noturno)
Katia Pestana (noturno)
Maurício Petrosino (matutino)
Rita Canutti (matutino)
Valéria Fialho (noturno)
Todos os trabalhos de TCC
apresentaram um ensaio individual, publicados na edição 15 da Revista do TCC. Ela está disponível no endereço:
https://issuu.com/arqlabsenac/docs/ revista_do_tcc_2023-2
149 Seção 1: Panorama do curso
EXTRACURRICULAR
PANORAMA
LAR - Laboratório de Arquitetura Responsável
Projeto de ambientação Do Prêmio Grandes Cases da Embalagem 2023
Oficina de modelagem de elementos de sombreamento (cobogós)
21 de agosto - Visita técnica à Ocupação 9 de Julho
Maquete do edifício COPAN
25 de agosto a 17 de novembro - Encontro com egressos: O TCC e o início da vida profissional
26, 28 e 29 de agosto - Visitas técnicas Faria Lima, Escala Local e Patrimônio
06 de setembro - Visitas técnicas Bixiga, galerias do centro, Faria Lima e Paulista
18 de setembro - Visitas técnicas Bienal e Formação do Solo Urbano
19 de setembro - Aula Magna Antonio Carlos Barossi
23 de setembro - Ocupalar
30 de setembro - Caminhada com ingressantes
2 a 6 de outubro - CLEFA 2023 – Bogotá, Colômbia
15 de outubro - Visita técnica São Miguel Paulista
16 a 18 de outubro - 10a Semana de Arquitetura e Urbanismo: relatos, práticas e reflexões
23 de outubro - Visita técnica CCSP
25 de outubro - Atividade no canteiro experimental
25 de outubro - Estúdio de fotografia
25 e 28 de outubro - Visitas técnicas Sesc Pompéia, CCSP e IMS e Colóquio ICHT
30 de outubro - Colóquio Internacional ICHT
11 de novembro - Visitas técnicas Museu do Ipiranga e Pinacoteca
20 de novembro - Caminhada e visita técnica CCSP
Semana de Bancas
AGO
SEÇÃO 2
158-165 152-157 190-197 198-199 234-245 189 188-189 226-233 185 186-187 185 184 208-225 200-207 183 182 182 180-181 177-180 175-176 174 166-169 170-173 OUT DEZ SET NOV
LAR Laboratório de Arquitetura Responsável
Convivência, Inclusão e Sustentabilidade
Marcella de Moraes Ocke Mussnich (coordenação)
Figura 1:
Figura 2:
152 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Horta como elemento de convivência no OcupaLAR.
Visita técnica na Fazenda Cubo: plantio hidropônico em Pinheiros.
O Senac acredita no poder transformador da educação e na relação ensino, pesquisa e extensão e neste contexto, o Projeto de Extensão Universitária é um conjunto de ações, com duração determinada, de caráter educativo, social, tecnológico, artístico ou científico, com objetivo específico, a curto/médio prazo, que visa fomentar a relação entre a teoria e prática, envolvendo a comunidade acadêmica e sociedade. O Projeto LAR – Laboratório de Arquitetura Responsável existe desde 2014 e foi criado para propor atividades de integração e educação junto às comunidades e grupos organizados que buscam orientação sobre questões relacionadas a qualquer ação coletiva, de cunho social, para promoção de melhorias na qualidade dos espaços habitados e/ou públicos.
O LAR 2023 - Convivência, Inclusão e Sustentabilidade, propôs a transformação de espaços livres subutilizados criando áreas de convivência e lazer através de hortas urbanas. A proposta está alinhada com
três dos Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável da ONU: ODS3: Saúde e bem-estar: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as cidades. ODS 11: cidades e comunidades sustentáveis e ODS 15: Vida terrestre – proteger, recuperar e promover o uso sustentável de ecossistemas terrestres.
A primeira etapa do projeto pesquisou dados sobre insegurança e vazios alimentares identificando áreas com pouca ou nenhuma oferta de alimento in natura, apenas industrializados, na cidade de São Paulo. Realizou visitas técnicas em três hortas urbanas na capital: Horta da Ocupação
9 de Julho, Horta da Escola Municipal de Jardinagem de São Paulo e Fazenda Cubo e desenvolveu possibilidades de hortas urbanas modulares que pudessem ser implantadas em locais diferentes com o objetivo de atender os ODS da ONU e criar espaços de convivência qualificados transformando espaços caracterizados como resíduos urbanos muito comuns nas grandes cidades.
153 Seção 2: Panorama extracurricular
A partir do conceito de horta modular, que pudesse ser facilmente replicado e organizado de formas variadas e do reaproveitamento de material reforçando a sustentabilidade a Equipe LAR iniciou um processo experimental para a produção desse “módulo plantar”. No garimpo por sobra de materiais a equipe do projeto identificou no Laboratório de Design do Centro Universitário Senac várias placas de Poliestireno (PS), material de origem plástica, sólido com possibilidade de ser moldável com calor, mas que ficava rígido quando o finalizado. Esse material era reciclável, resistente à água, à compressão e ao impacto, inodoro e atóxico, e principalmente com boa usinabilidade, facilitando o processo de produção. A experimentação desse material se adequava ao tema do projeto de sustentabilidade e a proposta poderia reaproveitar esse material e criar um novo produto, aumentando a vida útil dessas chapas de PS sem um descarte deste material no meio ambiente, aumentando seu uso com a criação de um novo produto.
A Equipe LAR, juntamente com os técnicos da oficina, discutiu sobre as possibilidades de transformar essas chapas bidimensionais em módulos tridimensionais. Uma forma de produção industrial seria elaborar molde e contramolde em madeira para usar o processo moldagem a vácuo com as chapas de PS. Essa possibilidade foi descartada por conta da demora do processo e uma necessidade de equipamentos específicos para a produção dos módulos e de maior gasto de materiais. Numa segunda hipótese, o grupo pensou em aquecer as chapas de PS para dobrá-las, criando assim o “módulo plantar”. Para fechar as laterais desses módulos foram utilizados perfis metálicos rebitados que funcionam, além do fechamento, como uma identidade desses módulos. Apesar do bom resultado, a execução envolvia vários processos e materiais, demandava um tempo maior de execução dos módulos e, esteticamente, o resultado não era muito interessante.
Após esse primeiro contato e experimentação com o material, foi proposta uma nova forma para os módulos que aproveitasse melhor as chapas existentes e estabelecesse uma forma estruturalmente mais resistente. A equipe optou pelo desenvolvimento de módulos triangulares que seriam recortados e colados, desenvolvendo módulos de dimensões variadas que seriam justapostos para criar layouts diferenciados para compor o espaço. O “modulo plantar” funcionaria como um vaso que receberia uma camada de argila expandida para drenagem, substrato e folhas secas para que ficassem mais leves. A ideia era que cada triângulo abrigaria uma espécie vegetal diferente valorizando as formas, tons de verde, texturas e aromas para compor um espaço funcional e visualmente interessante.
Neste processo experimental de criação dos módulos a Equipe LAR, composta por alunos do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, trabalhou
154 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 3: Experimentação do PS para criação dos módulos.
Figura 4: Módulos triangulares com variação de dimensões.
Figura 5: Logotipo do Módulo Plantar.
155
Seção 2: Panorama extracurricular
em parceria com alunos do Projeto Identificar do Bacharelado em Design do Centro Universitário Senac que desenvolveram a identidade desta marca de horta modular. Os pilares da marca eram a modularidade, acessibilidade, multidisciplinaridade e sustentabilidade. O logotipo foi baseado no formato triangular dos módulos e esses triângulos conectados representavam a ligação da comunidade com a natureza.
Na Semana Senac de Cidadania, ação elaborada pelo Centro Universitário Senac, a equipe teve a oportunidade de formatar uma atividade intitulada OcupaLAR com o objetivo de expor os módulos desenvolvidos e propor uma nova forma de ocupação de um espaço de passagem dentro do Campus Santo Amaro por meio da realização de atividades, exposições e palestras sobre alimentação saudável e sustentabilidade, criando durante todo o dia um espaço de inclusão e convivência dentro do campus em torno da horta modular.
Durante todo o dia do evento, foram realizadas palestras e rodas de conversas relacionadas às questões de sustentabilidade e alimentação saudável e todo o evento se concentrou em torno dos módulos plantar, tornando assim a horta urbana como elemento de centralidade é capaz induzir atividades inclusivas, sustentáveis e possibilitando a convivência saudável da comunidade de alunos, docentes e funcionários da instituição.
Além da proposta OcupaLAR, outra ação da Equipe na Semana Senac de Cidadania foi uma atividade no CEI Catanduva. O projeto foi concebido a partir das necessidades da escola de criar um ambiente mais sustentável com maior conexão entre alunos e a natureza. A proposta foi idealizada visando implantar espaços de baixo custo e atividades com a colaboração da comunidade escolar (funcionários, alunos e professores) e de voluntários. Além da Equipe do SGA Senac (Sistema de Gestão Ambiental) participaram também como parceiros a Equipe Brasil Seg e a empresa Humana Terra.
A Equipe LAR se envolveu nas atividades específicas de transformação no espaço: Implantação de horta em espiral; pintura do muro lateral com implantação de plantas aromáticas nesse caminho sensorial; que dá acesso à área de piquenique e atividades infantis; plantio de espécies na área de piquenique e atividades.
Concluímos que o Projeto LAR 2023 – Inclusão, Convivência e Sustentabilidade atingiu seus objetivos através das hortas urbanas. A atividade do LAR neste ano foi de suma importância para a formação do grupo de alunos e docentes diretamente envolvidos no projeto, assim como para a sociedade, visto que essa proposta possibilitaria o uso desses “módulos plantar” em várias áreas subutilizadas da cidade, promovendo convivência, inclusão e proporcionando alimentação saudável.
156 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
157
Seção 2: Panorama extracurricular
Figura 6: Atividades no OcupaLAR.
Figura 7: CEI Catanduva área do piquenique.
Figura 8: Parte da equipe LAR 2023 na implantação da horta espiral.
Projeto de ambientação Do Prêmio Grandes Cases da Embalagem 2023
Marcelo Suzuki
Paulo Henrique Gomes Magri
Valéria Cássia dos Santos Fialho
Walter José Ferreira Galvão
1:
158 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura
Logotipo do Prêmio Grandes Cases de Embalagem. Fonte: https://www. ycar.com.br/vencedores-do-premio-grandes-cases-de-embalagem-2020/ Acessado em 01/03/2024.
A parceria do Centro Universitário Senac com o Prêmio Grandes Cases da Embalagem proporciona aos alunos do curso Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, desde 2016, a experiência do projeto e execução da ambientação do Prêmio e dos expositores para produtos das marcas patrocinadoras. Uma vivência real da atividade de mercado que envolve cliente, público, fornecedores e os estudantes.
No ano de 2023 o desafio foi desenvolver o expositor fazendo uso de papelão micro ondulado tipo cartão revestido, cortado e dobrado em plotter de corte e vinco industrial. A proposta exigia que o projeto adotasse estilo de evento corporativo descontraído, com previsão do fluxo de cerca de quatrocentas pessoas entre às 18h e as 23h.
A designer Letícia Baena da Cruz foi selecionada pela direção do prêmio para fazer a gestão do design dos expositores e do projeto de ambientação junto aos alunos, aproximando o contato dos estudantes a um processo profissional de projeto. Já os estudantes, foram selecionados dentre os que participavam do projeto de extensão Escritório Modelo de Arquitetura, Urbanismo e Design (EMAU+D).
Em um primeiro momento, fizemos o reconhecimento de campo, estudamos as plantas do foyer e do auditório do Centro de Convenções no Centro Universitário Senac Santo Amaro e nos apresentaram a duas empresas que foram muito importantes para o desenvolvimento do trabalho que são: Escala 7 Editora Gráfica e Papirus Indústria de papel. Realizamos a visita à Escala 7 no complexo da Papaiz em Diadema, SP e podemos conhecer todo o processo produtivo da empresa, com especial atenção ao setor de design e desenvolvimento de produtos pois, neste local, se localizam duas plotters de corte e vinco de papel que são utilizadas na prototipagem dos produtos ali desenvolvidos, em sua maior parte displays promocionais encontrados em supermercados, farmácias e padarias. Neste momento, já havíamos feito o reconhecimento do processo produtivo a que os expositores que projetaríamos seriam submetidos.
Algumas semanas depois fizemos uma visita à Papirus no distrito industrial de Limeira, SP onde fomos muito bem recebidos e apresentados ao incrível processo de produção do
Figura 2:
Parque industrial Escala 7. Fonte: Acervo dos autores.
Figura 3:
Professores, alunos e funcionários da Papirus. Fonte: Acervo dos autores.
159 Seção 2:
Panorama extracurricular
papel em um enorme parque industrial através de uma visita guiada na qual alguns funcionários da empresa explicavam-nos detalhadamente cada etapa do processo e, o mais importante, tivemos contato com o material com o qual trabalharíamos.
O material proposto para o desenvolvimento dos expositores fez com que a equipe optasse pelo desenvolvimento de formas trianguladas dobradas, explorando o travamento físico a partir da forma para registrar rigidez ao objeto resultante.
Neste momento, todas as informações necessárias haviam sido levantadas e tínhamos uma intenção formal formulada, o que nos permitiu solicitar aos estudantes que começassem a desenvolver propostas para a forma dos expositores. No processo criativo foi sugerido aos estudantes que experimentassem a concepção a partir de maquetes de papel, softwares de modelagem 3D, desenhos à mão livre e experimentos com pequenas plotters de corte artesanais.
Dentre muitas opções formais sugeridas pudemos perceber que, devido ao processo ter sido orientado para o desenvolvimento de formas a partir da dobra, estávamos frente à uma família de objetos e, portanto, várias das formas propostas foram adotadas como componentes do projeto dos expositores.
Neste ponto, partimos para a produção de modelos em escala, com o intuito de observar o comportamento da forma, o conjunto dos elementos unidos e procurando por ajustes necessários. Após esta etapa, passamos a produzir os protótipos dos expositores, utilizando máquinas de corte a laser. Os protótipos foram muito úteis para avaliação do uso do produto, pudemos testar a ergonomia e definir as medidas finais dos expositores.
A concepção dos expositores já estava em curso e começamos a nos dedicar também ao projeto de ambientação, que deveria considerar a distribuição do mobiliário,
posicionamento do bar, o fluxo dos garçons, locais para sentar e o fluxo do público determinado pelas etapas do evento, composto de uma recepção com coquetel no foyer, a apresentação no auditório e retorno ao foyer para o jantar ao estilo fingerfood, sempre com vistas a incentivar os participantes ao fortalecimento da rede profissional na área de embalagens. O posicionamento dos expositores foi determinado pela iluminação, já que utilizaríamos os spots existentes no próprio foyer do Centro de Convenções, os quais conferimos previamente seu potencial luminoso e determinou-se suficiente para destacar os produtos em exposição.
Com o projeto da ambientação do foyer definido, partimos para a ambientação do palco, que contou com definição de arranjos florais e posicionamento de painéis estruturados com treliças do tipo box truss, os quais tencionavam lonas impressas com o logotipo do evento e de seus patrocinadores. No centro
160 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
do palco, montamos uma composição feita com os expositores dispostos de maneira imprevista, mas que criou um elemento visual muito interessante que respondeu muito bem aos efeitos da iluminação.
A montagem foi realizada no dia do evento, iniciando os trabalhos no período da manhã e correndo para que tudo ficasse pronto até às 18h.
O evento aconteceu no dia 17 de outubro de 2023, nossos alunos receberam seus convites e puderam vivenciar seu projeto em uso, aplicado na prática, uma experiência profissional oferecida aos alunos do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac
161 Seção 2:
Panorama extracurricular
Figura 4:
Modelos em escala. Fonte: Acervo dos autores.
162 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
163
Seção 2: Panorama extracurricular
Figura 5: Protótipos. Fonte: Acervo dos autores.
Figura 6: Vista do palco. Fonte: Acervo dos autores.
164 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 7: Montagem do evento. Fonte: Acervo dos autores.
Figura 8: Vista geral do evento. Fonte:Acervo dos autores.
165
Seção 2: Panorama extracurricular
Oficina de modelagem de elementos de sombreamento (cobogós)
Paulo Magri
Walter Galvão
1:
166 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura
Logotipo do Prêmio Grandes Cases de Embalagem. Fonte: https://www. ycar.com.br/vencedores-do-premio-grandes-cases-de-embalagem-2020/ Acessado em 01/03/2024.
Este relato sobre a oficina de modelagem de elementos de sombreamento procura divulgar a atividade realizada entre agosto e setembro de 2023 com alunos do curso Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac. O objetivo da oficina foi expor, na prática, como os arquitetos devem proceder com as questões relacionadas à insolação e sombreamento de espaços interiores, quais ferramentas podem ser utilizadas e quais parâmetros devem ser observados para a atividade criativa formal quando se pretende produzir um elemento desse tipo. Além das questões do conforto, foram tratadas questões da representação desses elementos em escala reduzida, fazendo uso de tecnologia de fabricação digital mesclada a técnicas tradicionais de fundição. Os modelos produzidos foram submetidos a estudo em um heliodon, também conhecido como helioscópio ou solarscópio, proporcionando aos alunos uma experiência ímpar no que diz respeito ao tema.
Tendo o Brasil grande parte de seu território em região tropical, as medidas passivas para minorar os efeitos do calor constante do clima local constituem-se em importantes premissas do projeto das edificações.
Nesse sentido, as medidas de sombreamento dos espaços interiores são ações importantes para dirimir uma das principais fontes de ganhos de calor dos edifícios que é a insolação direta. Tal é a importância dos elementos de sombreamento na arquitetura brasileira que foi criado no nordeste do país um elemento vazado com este fim, o Cobogó, que tem a denominação derivada das Iniciais de seus criadores, a saber, Coimbra, Boeckmann e Góes.
No entanto, numa parte menor do território nacional, particularmente as regiões Sudeste e Sul, ocorrem períodos em que esta insolação direta dos ambientes internos é bem-vinda. Isto demanda um sólido conhecimento de geometria da insolação, para que os elementos de sombreamento sejam meticulosamente dimensionados, de modos que a insolação dos períodos frios passe por eles, porém que seja impedido o sol direto nos ambientes internos.
Em adição, esses elementos de sombreamento têm um forte apelo estético e simbólico na arquitetura. Cada vez mais os desenhos das aberturas dos Cobogós ganham ousadia e originalidade. Assim, a Oficina de Modelagem de Elementos de Sombreamento (Cobogós), procurou a criação de elementos vazados que, não obstante tivessem formas peculiares, também atendessem às recomendações de sombreamento para a cidade de São Paulo. Digno de nota que a capital paulista se insere no contexto de insolação em períodos frios e sombreamento em épocas quentes.
Assim, a oficina iniciou com explanações sobre a Geometria da Insolação e sua importância para o dimensionamento dos elementos de sombreamento que seriam criados pelos alunos. Nesse momento ficou definido que o elemento criado seria para a fachada Norte, sendo utilizada a carta solar para a cidade de São Paulo, ou seja, latitude de 23°54’ Sul.
167 Seção 2: Panorama extracurricular
Para obtenção da carta solar, fizemos uso do aplicativo Analysis SOL-AR, desenvolvido pelo Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE), vinculado ao núcleo de pesquisa em construção do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina.
A seguir, os participantes foram instigados a criar a peça do elemento de sombreamento, baseados em aspectos estéticos e formais. Esses elementos criados eram detalhados e, com base nas suas dimensões eram montadas as peças gráficas chamadas de “máscaras de obstrução de céu” proporcionado por eles. Essas máscaras de obstrução de céu eram sobrepostas nas cartas solares, demonstrando os ajustes dimensionais necessários para o correto desempenho do elemento de sombreamento.
Ato contínuo, foram impressos modelos para a execução dos moldes dos elementos vazados criados pelos estudantes. Iniciou-se pela modelagem virtual dos elementos, gerando um arquivo passível de execução por
impressora 3d SLA baseada em LCD monocromático. Da impressora 3d retiramos os modelos, que foram utilizados para a produção de moldes em borracha de silicone azul. Já estes moldes, foram preenchidos com resina de poliéster cristal pigmentada e catalisada. Esse processo permitiu que produzíssemos diversas cópias do elemento originalmente impresso. O acabamento das peças em resina de poliéster se deu por lixamento com micro retífica e lixas d’água, com o intuito de eliminar rebarbas ou qualquer sobra eventualmente gerada no processo de fundição. Ao final do processo, os elementos produzidos foram colados criando um pequeno trecho modulado a partir do elemento inicial.
Por fim, os modelos foram testados em um heliodon regulado para a latitude da cidade de São Paulo. O critério de análise determinava que, no solstício de inverno, o sol direto deveria passar pelo elemento e nos equinócios não, ou seja, o elemento sombreava os espaços interiores nos períodos quentes do ano.
Os resultados obtidos com o experimento no heliodon foram satisfatórios, porém, ainda pudemos detectar alguns ajustes a serem feitos na forma proposta por alguns alunos que, mesmo com a sobreposição da máscara de obstrução de céu declarando a entrada de luz, optaram por permanecer com seus desenhos pela questão estética ou por desejo pessoal. Mesmo assim, consideramos que os resultados foram positivos, uma vez que o contato com o procedimento e com as técnicas e tecnologias envolvidas preparam o corpo discente do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac para atuação consciente e instrumentada no mercado de trabalho.
168 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
2:
Figura 3:
Seção 2: Panorama extracurricular
Figura 4:
Aluno
Figura 5:
Equipe reunida para simulação no Heliodon.
169
Figura
Professor Walter Galvão e o estudo da carta solar. Fonte: Acervo dos autores.
Modelos dos cobogós desenhados pelos alunos. Fonte: Acervo dos autores.
Vinícius Ortega manipulando a resina. Fonte: Acervo dos autores.
Fonte: Acervo dos autores.
Maquete do edifício COPAN
Walter Galvão
170 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figuras 1 e 2: Maquete do edifício COPAN e contexto.
Como parte das atividades do EMAUD (Escritório Modelo de Arquitetura Urbanismo e Design) foi elaborada uma maquete do edifício COPAN, importante marco arquitetônico da cidade de São Paulo. Baseada nos desenhos do projeto de arquitetura e em plantas urbanas, a maquete demonstra tanto o edifício, assim como os arredores do seu entorno imediato. Digno de nota que este primeiro modelo servirá como base para a elaboração de uma segunda maquete que será entregue à administração do edifício, para que fique exposta permanentemente no local.
171 Seção 2:
Panorama extracurricular
172 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
173 Seção 2:
Panorama extracurricular
Figuras 3, 4 e 5: Maquete do edifício COPAN e contexto.
174 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Cotidiano
21 de agosto
Visita técnica à Ocupação 9 de Julho.
26 de agosto
Visita técnica Faria Lima.
28 de agosto
Visita técnica Escala local.
175 Seção 2:
Panorama extracurricular
29 de agosto
29 de agosto
176 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Visita técnica patrimônio.
Visita técnica patrimônio.
177
Seção 2: Panorama extracurricular
06 de setembro Visita técnica ao Bixiga.
178 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
06 de setembro Visita técnica galerias do centro.
06 de setembro Visita técnica galerias do centro.
179 Seção 2:
Panorama extracurricular
06 de setembro Visita técnica ao Bixiga.
06 de setembro Visita técnica Faria Lima.
06 de setembro Visita técnica Faria Lima.
06 de setembro
Visita técnica Paulista.
18 de setembro
Visita técnica Bienal.
18 de setembro
Visita técnica Formação do Solo Urbano.
180 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
181
Seção 2: Panorama extracurricular
23 de setembro Ocupalar.
30 de setembro
Caminhada com ingressantes.
15 de outubro
Visita técnica São Miguel Paulista.
182 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
183
Seção 2: Panorama extracurricular
184 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
23 de outubro
Visita técnica CCSP.
25 de outubro
Atividade no canteiro experimental.
25 de outubro Estúdio de fotografia.
Panorama extracurricular
25 de outubro Estúdio de fotografia.
185 Seção 2:
25 de outubro
25 de outubro
186 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Visita técnica Sesc Pompéia.
Visita técnica Sesc Pompéia.
187 Seção 2:
Panorama extracurricular
28 de outubro Visita técnica CCSP.
28 de outubro Visita técnica IMS.
30 de outubro Colóquio Internacional ICHT.
11 de novembro
11 de novembro
11 de novembro
188 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Visita técnica Museu do Ipiranga.
Visita técnica Museu do Ipiranga.
Visita técnica Pinacoteca.
11 de novembro
20
20 de novembro
189 Seção 2: Panorama extracurricular
Visita técnica Pinacoteca.
de novembro Caminhada.
Visita técnica CCSP.
Encontro com egressos:
O TCC e o início da vida profissional
25 de agosto a 17 de novembro
190 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
191
Seção 2: Panorama extracurricular
25 de agosto
Filipe Fiaschi
25 de agosto Felipe Francisco
192 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
15 de setembro
Fabiano Garcia e Rafael Pereira
193
Seção
2: Panorama extracurricular
15 de setembro Gabriel Garcia
20 de outubro
20 de outubro
194 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Raquel Tanaka
Thalia Cassia
195 Seção 2:
Panorama extracurricular
20 de outubro
Luiza Azevedo
17
196 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
de novembro
Eduardo Amaro
197
2:
Seção
Panorama extracurricular
17 de novembro
Milena Oliveira
198 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Aula magna: Antonio Carlos Barossi 19 de setembro
199
Seção 2: Panorama extracurricular
02 a 06 de outubro de 2023
200 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figuras 1 e 2: Maquete do edifício COPAN e contexto.
CLEFA 2023 – Bogotá, Colômbia
Ricardo Luis Silva
Os congressos latino-americanos de escolas e faculdades de Arquitetura (CLEFAs) são tradicionais encontros das instituições de ensino de Arquitetura na América Latina, que ocorrem a cada dois anos em distintas cidades do território a cada edição. Nesses encontros são apresentados estudos, levantamentos, reflexões e práticas acerca do ensino da Arquitetura, seus desdobramentos no ofício do arquiteto, nas práticas da profissão, novos paradigmas e desafios contemporâneos.
Nesta edição de 2023, a cidade-sede escolhida foi Bogotá, na Colômbia, e a universidade que assumiu o cargo de organizar e receber todos na cidade foi a Universidad La Gran Colombia. O tema central escolhido para direcionar as mesas temáticas, fóruns de debate e atividades externas foi a perspectiva no campo do ensino de Arquitetura nesse momento de pós-pandemia, juntamente com os desafios que precisam ser assumidos para alcançar identidade, competitividade e eficiência no desempenho profissional dos arquitetos formados pelas escolas de arquitetura na América Latina, tendo como chave de provocação e direcionamento dos debates a necessidade de “refletir sobre a prática profissional do arquiteto latino-americano na esfera global”.
Como costumamos fazer aqui no Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Senac, sempre que possível, enviamos trabalhos desenvolvidos nas disciplinas do curso, ou reflexões sobre procedimentos pedagógicos aplicados durante os semestres, ou experiências peculiares que foram registradas durante os anos de atuação na formação crítica dos nossos estudantes. Uma premissa que sempre tentamos enaltecer em nossas submissões aos encontros do CLEFA é, justamente por perceber um diferencial nos debates latino-americanos, a articulação dialética fundamental entre a Arquitetura e o Urbanismo, ou melhor, considerações sobre as práticas e reflexões no fazer no âmbito do edifício articulado intrinsicamente com o fazer prático e reflexivo no âmbito do espaço urbano. Por incrível que possa parecer, a grande maioria das escolas de arquitetura das Américas não assumem em suas estruturas curriculares os estudos urbanos em larga medida (aparecendo quase sempre como disciplinas pontuais ou especialistas no final das
Figura 1:
Foro 3 CLEFA.
Figura 2:
Praça de Toros
201 Seção 2: Panorama extracurricular
grades dos cursos). Por isso, considerar as práticas pedagógicas que articulam em sua essência a Arquitetura e a Cidade são sempre nosso vetor de contribuição aos debates dos CLEFAs. Prática pedagógicas que sempre são bem recebidas em todas as mesas e debates animados tanto nas salas de apresentação quanto nos corredores e conversas informais. Pensar a “arquitetura urbana”, como alguns nos relatam, se apresenta cada vez mais necessário nas discussões acadêmicas e profissionais, mesmo em locais onde a Arquitetura e o Urbanismo estão apartados em distintos ofícios.
Minha participação nesta edição do CLEFA se deu a partir de um artigo submetido e aprovado para a Mesa Temática 04, que tinha como pergunta orientadora: “Qual é o papel que cumpre a investigação no ofício do profissional em Arquitetura nos diferentes contextos?”. A provocação feita pela comissão organizadora foi além e encaminhou aos trabalhos apresentados a seguinte questão: “O desenvolvimento
da Arquitetura Latinoamericana e seu compromisso com a investigação em âmbito acadêmico, convida a refletirmos sobre o significado e os temas da pesquisa em Arquitetura e como vem sendo construídos esses saberes desde a Universidade.” Com isso, os organizadores da mesa nos colocaram o seguinte objetivo central para os debates: “Assim como o Arquiteto latinoamericado com seu desempenho dentro da sociedade onde intervém pode fazer de maneira mais acertiva quando as soluções se dão a partir dos processos de investigação aplicada, ali pode incluir outros saberes e definir que tipo de relação estabelece com a investigação acadêmica gerada nos tantos diferentes contextos em que atua. Por tanto, esta mesa busca problematizar as maneiras como se investiga/pesquisa em Arquitetura, vislumbrando os procedimentos da investigação na disciplina, como se entende o papel do Arquiteto pesquisador, o impacto que tais investigações apresentam e
suas relações com a Universidade, a Sociedade, a cultura e os territórios.”
Com essas premissas, integrei o Foro 03, realizado no dia 06 de outubro no Salão Vermelho, o auditório principal do evento (quem nos recebeu foi o elegante hotel Tequendama, ícone moderno nas bordas do centro histórico da cidade colonial). No texto intitulado “Duvidando da cidade: uma experiência pedagógica de leituras e apropriações do espaço urbano contemporâneo” apresentei as experiências realizadas durante quase 10 anos nas disciplinas de PI 1 a PI 4 (Noções de Cidade, Espaços Públicos, Leituras Urbanas e Utopias Urbanas). Compartilhei a mesa com os professores Roberto José Londoño Niño da Argentina, Matheus Bonini Machado do Brasil, José del Carmen Palacios do Peru, René Oswaldo Gómez de Honduras e Benjamin Fidel Alva Fuentes do México.
Um debate sempre muito enriquecedor, todos os palestrantes se dedicaram a apresentar e fornecer ao colóquio pontos de vista dos
202 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
procedimentos e formas particulares de observação e formulação de repertórios aos estudantes que, em diversas escalas de atuação e diferentes territórios com variadas complexidades sócio espaciais, se dedicam a aproximar os conhecimentos acadêmicos mais “teóricos” às práticas e dinâmicas cambiantes dentro da citadinidade de cada localidade.
Trocar experiências com diversos pontos da América Latina, percebendo as recorrências e peculiaridades de cada local e cada procedimento cria, certamente, profundas ressonâncias em investigações que estamos promovendo no projeto pedagógico do Senac, tanto das disciplinas mais investigativas quanto das disciplinas mais projetivas.
Além das intensar trocas acadêmicas realizadas nesses 5 dias quase ininterruptos de apresentações, mesas e diálogos entre os mais distintos professores latino-americanos (de universidades públicas a privadas, de países mais desenvolvidos a nações com profundos problemas de
desigualdades políticas, econômicas e sociais, de cidades cosmopolitas a pequenos vilarejos afastados de quase tudo, de locais sem história a espaços prenhes de profundas sobreposições de acontecimentos históricos), ter a oportunidade de explorar a cidadesede é também válido e enriquecedor para um professor caminhante e leitor de práticas e dinâmicas cotidianas nos espaços urbanos, principalmente nas cidades latino-americanas.
Caminhar por Bogotá é experimentar 4 séculos de camadas sobrepostas de histórias e vestígios de aspectos de vidas urbanas. É encontrar os vendedores ambulantes com seus carrinhos de abacate, de cana de açúcar, de reparos de bicicletas, de tinto (o café coado) e biscoitos doces. É encontrar rostos que mesclam fisionomias dos povos incas com sinais da dominação espanhola. É cruzar uma catedral Neoclássica (como a Catedral Primada na Candelaria) e, logo em seguida, encontrar um centro cultural moderno projetado pelo arquiteto
Rogelio Salmona (o espaço cultural mais adorado pro todos bogotanos Centro Cultural Gabriel García Márquez). É sentir constantemente o cheiro da torra do café colombiano, do milho assado. É “tropeçar” nos tijolos e cerâmicas vermelhas que revestem muitos edifícios e calçadas. É estar sempre caminhando por ruas, vielas e avenidas, acompanhado de um Transmilenio (o sistema de transporte de massa da cidade, meio ônibus meio metrô) de um lado e da colossal montanha do Monserrate (que domina toda a paisagem oriental da cidade) do outro lado, fazendo a cidade ser compreendida quase sempre no sentido norte-sul, ou ao longe no sentido oeste.
Enfim, muitas trocas acadêmicas e experiências cotidianas e citadinas com nossos mais que irmãos latinoamericanos. Como se diz por aí: Caminhar é preciso!
203 Seção 2: Panorama extracurricular
204 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 3: Vendedor de abacates.
Figura 4: Arquitetura Colonial.
Figura 5: Centro Cultural Garcia Marques.
205
2:
Seção
Panorama extracurricular
Figura 6: Catedral.
206 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Figura 7: Centro.
Figura 8: Montserrat.
Figura 9: Arquiteura Espanhola.
207 Seção 2:
Panorama extracurricular
Figura 10: Cotidiano.
Figura 11: Taller Bicis.
Figura 11: Apresentação CLEFA.
10a Semana de Arquitetura e Urbanismo: relatos, práticas e reflexões
16 a 18 de outubro
208 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
16 de outubro
Período matutino.
“Urbanismo social, 4 décadas do Programa Mananciais”.
Ana Clara Gurgel e Ana Carolina Mendes
16 de outubro
Período matutino.
“Urbanismo social, 4 décadas do Programa Mananciais”.
Ana Clara Gurgel
Seção 2: Panorama extracurricular
16 de outubro Período matutino. Público.
209
16 de outubro
Período matutino.
“Práticas Projetuais no Programa Mananciais”
Ana Carolina Mendes e Artur Forte Katchborian.
210 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
16 de outubro
Período noturno.
“Caminhar
Letizia Vitale
211
Seção 2: Panorama extracurricular
e parar: o arquiteto na Cidade”
16 de outubro
Período noturno.
“Caminhar e parar: o arquiteto na Cidade”
212 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Ricardo Luis Silva.
213
Seção
2:
Panorama extracurricular
16 de outubro Período noturno.
“Roda de Conversa : Concursos de Arquitetura”
Dani Hirano
16 de outubro
Período noturno.
“Roda de Conversa : Concursos de Arquitetura”
Mariana Rial
214 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
215
Seção 2: Panorama extracurricular
16 de outubro Período noturno. Público.
17 de outubro
Período matutino.
“Desafios do planejamento pós Estatuto da Cidade em São Paulo : instituições e conceitos”
Sarah Feldman
216 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
17 de outubro
Período matutino.
“Concurso Liga Solidária - Projeto Vencedor”
Arqs. Andre Biselli, Dani Hirano e Laura Pardo
217
Seção 2: Panorama extracurricular
17 de outubro
Período noturno.
“Estudo Técnico para Urbanização das Faixas de Dutos”
Jordana Zola e Katia Pestana
218 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
219
Seção 2: Panorama extracurricular
17 de outubro Período noturno.
“Roda de Conversa”
Jordana Zola e Rita Canutti
18 de outubro
Período matutino.
“Centro de Pesquisas para Vacinas - Instituto Butantã “
Sergio Matera
220 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
221
Seção 2: Panorama extracurricular
18 de outubro
Período matutino.
“Projeto para o SESC Limeira”
Adriane de Luca
18 de outubro
Período matutino.
“Paisagismo Sustentável para o Brasil”
Ricardo Cardim
222 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
18 de outubro
Período noturno.
“O projeto de arquitetura como uma construção social coletiva: um olhar histórico sobre a experiência brasileira.”
Prof. Arq. Rodrigo Gutierrez
223 Seção 2: Panorama
extracurricular
18, 19 e 20 de outubro
224 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
Workshop - Estruturas de Aglomeração Rhinocerus, Grasshopper, Fox
Paulo Magri e Rodrigo Queiroz
225
Seção 2: Panorama extracurricular
5o Colóquio Internacional ICHT
Imaginário: Construir e Habitar a Terra
30 de outubro a 01 de novembro
226 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
No segundo semestre de 2023 ocorreu a 5a edição do Colóquio Internacional ICHT « Imaginário: Construir e Habitar a Terra ». O Centro Universitário tem sido um parceiro muito próximo do grupo de pesquisa organizador do evento (RITe CNPQ USP) desde a primeira edição dos encontros bienais, principalmente nós professores e pesquisadores do curso de Arquitetura e Urbanismo. Em todas as edições temos participado ativamente dos comitês científicos, das mesas de debates com artigos submetidos e aprovados, da gestão e organização das atividades diárias do evento com a participação de diversos estudantes como monitores e equipe de apoio e logística, e das proposições de workshops destinados às experimentações práticas de diversos conceitos abordados pelos participantes do Colóquio.
Esta última edição ocorreu entre os dias 30 de outubro a 08 de novembro de 2023. Numa experiência bastante promissora e aproximativa entre os grupos de pesquisa integrantes da comissão organizadora, parte das
atividades do Colóquio aconteceu na cidade de São Paulo, na Sede do SENAC (rua Dr. Vila Nova – Vila Buarque) e outra parte – um interessante desdobramento condensado de oficinas práticas – foram sediadas pela Faculdade de Arquitetura da UFPE, na figura do LIARQ, nas dependências e arredores urbanos do SESC Casa Amarela, em Recife.
E, como ocorre desde 2014, na primeira edição do encontro, houve uma participação bastante ativa de pesquisadores franceses da Université de Lyon (UDL) que, em conjunto com todos os pesquisadores envolvidos – a partir de convites para palestras e seleção de artigos/banners mediante submissão e avaliação por pares, ampliaram e aprofundaram os questionamentos, temas e aprendizados em torno da questão dos imaginários urbanos e suas interações com o construir e o habitar, em contextos de reconhecimento crescente dos “imaginários” associados ao urbano sob o prisma das transições, problemas, dinâmicas e paradigmas do século XXI. Como indicado nas plataformas de divulgação do Colóquio, os principais objetivos do encontro são:
- Refletir sobre as conceituações e expressões dos imaginários;
- Identificar as formas de interação sensível com nosso ambiente urbano produzidas por tais imaginários e como a imaginação organiza, orienta e possibilita tais experiências;
- Analisar as expressões do imaginário como enraizamento, aspirações, projeções ou mesmo como utopias por indivíduos, grupos ou sociedades;
- Identificar como práticas individuais e coletivas, hegemônicas e não hegemônicas, em sua diversidade produzem novos imaginários e/ou enriquecem os imaginários existentes.
Nesse sentido, foram identificados e definidos 3 eixos temáticos onde nosso grupo de professores e alunos pesquisadores de IC se aproximaram: Eixo 1 – imagens contrahegemônicas, eixo 2 – jardins contemporâneos, e eixo 3 – narrativas e imaginários a partir da atuação dos coletivos.
A seguir, alguns depoimentos dos nossos alunos integrantes da equipe de apoio e monitoria das atividades realizadas aqui em São Paulo.
227 Seção 2: Panorama extracurricular
RELATO DE ESTUDANTE
Bruna Numakura
Participei do ICHT como monitora e auxiliei na oficina Jardins Contemporâneos. Foi minha primeira vez participando do evento e foi uma experiência enriquecedora. Compareceram ao evento diversas pessoas com formações e especializações distintas que vieram de regiões diferentes do Brasil para compartilharem seus conhecimentos e aprenderem uns com os outros. No primeiro dia da oficina fizemos caminhadas pela região, fomos a Praça Rotary, Praça Roosevelt e Parque Augusta. E no segundo dia fomos a USP, no Atelier Fraccaroli, para colocar em prática as reflexões do dia anterior, resultando na cultivação de um jardim.
228 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
RELATO DE ESTUDANTE
Gabriela Francisca
Participar do ICHT 2023 - Colóquio Internacional Imaginário: Construir e Habitar a Terra, foi uma experiência marcante, que me proporcionou um contato com o mundo acadêmico que eu nunca havia vivenciado antes, e, a dinâmica adotada pelo congresso para a apresentação dos trabalhos submetidos foi essencial para tornar essa experiência marcante, em conjunto com as oficinas que aconteceram durantes dois dias de congresso. A “Oficina Bom Retiro”, a qual participei, aconteceu através de caminhadas no bairro do Bom Retiro, e me apresentou uma realidade diferente sobre o bairro em questão, no qual eu não conhecia, e ao fim dela, aconteceu uma roda de reflexões referente aos assuntos discutidos e observados durante a caminhada, importante para a formação de um olhar crítico.
hav a v venc ado antes, e, a dinâmica ado ada pelo congresso para a apresentação dos traba hos submet dos fo essenc a para tornar essa exper ênc a marcan e em conjunto com as of cinas que aconteceram durantes do s d as de congresso A “Of cina Bom Re iro”, a qual part cipei aconteceu através de cam nhadas no ba rro do Bom Re iro, e me apresentou uma real dade d feren e sobre o ba rro em questão no qua eu não conhecia, e ao im dela, acon eceu uma roda de ref exões referente aos assuntos d scu idos e observados duran e a cam nhada mportante para a ormação de um olhar crí ico 229 Seção 2: Panorama extracurricular
RELATO DE ESTUDANTE
Karen Mayumi Hinoue
Durante o Colóquio Internacional “Imaginário: Construir e Habitar a Terra”, que aconteceu no final do ano de 2023, atuei como monitora do evento. A nossa função principal como monitores foi o auxílio da organização do espaço e do evento, além de auxílio nas dinâmicas planejadas.
O contato com o evento já foi em si bem rico, por ser uma experiência nova para mim na atuação do backstage de um evento. Além disso, nos foi dada a chance de participar das palestras e oficinas, com convidados que acrescentaram grande bagagem na reflexão do imaginário urbano.
A oficina que participei foi a Oficina Bom Retiro e o Imaginário Urbano da Diversidade, ministrada por Jung Yun Chi e Gabriel Neistein. Nessa oficina, caminhamos pelo bairro do Bom Retiro, onde foram estudadas e analisadas as camadas de tecido urbano, tipo de ocupação
e, principalmente, como a questão cultural na região é um fator essencial para a dinâmica daquele espaço.
As caminhadas ocorreram durante 2 dias, e foram essenciais para a compreensão do tema e reflexões posteriores. Por isso, considero que foi uma experiência muito rica, no sentido de conhecer mais a fundo essas camadas que o bairro proporciona, e muito prática e clara, pela metodologia utilizada.
230 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
231
Seção 2: Panorama extracurricular
RELATO DE ESTUDANTE
Pedro Murata
O colóquio foi um espaço interessante, onde ao longo de diversos dias pudemos além de ajudar a organizar partes vitais de um evento grande, ouvir palestras, ler teses e interagir com profissionais de diversas áreas durante as oficinas. Foi esclarecedor poder relatar e discutir junto à várias pesssoas com carreiras avançadas academicamente, num espaço familiar ao das aulas que os workshops providenciaram e ainda podê-las conhecer melhor, lendo seus trabalhos publicados expostos no evento.
232 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
RELATO DE ESTUDANTE
Sarah Siqueira
O evento do ICHT foi uma experiência deveras enriquecedora, em que pude presenciar discussões aprofundadas acerca do caráter dos espaços urbanos, e de que forma os imaginários refletem e interferem com sua conformação. Assim sendo, é visível que o pensamento arquitetônico busque em uma base multidisciplinar respostas para os problemas de habitar o urbano que extrapolem os aspectos físicos. Tendo por premissa “o que se pretende para o futuro das cidades e de seus cidadãos?”
233 Seção
2: Panorama extracurricular
Semana de Bancas
11 a 15 de dezembro
11 de dezembro
Estratégias de Sustentabilidade Aplicadas ao Edifício de Uso Misto na Barra Funda.
Estudante: Olivia Ferraz.
Banca: Maurício Petrosino (orient.), Walter Galvão e João Paulo de Faria.
11 de dezembro
Um Estudo Sobre Construções com Painéis Monolíticos em EPS.
Estudante: Deborah Faria de Melo.
Banca: Maurício Petrosino (orient.), Walter Galvão e João Paulo de Faria.
234 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
11 de dezembro
Utilização da técnica construtiva Light Steel Frame em terrenos com declive acentuado.
Estudante: Raul Emanuel Scanavino.
Banca: Maurício Petrosino (orient.), Walter Galvão e João Paulo de Faria.
11 de dezembro
Arquitetura e espaço religioso: templo ecumênico em Interlagos.
Estudante: Luana Trivelato Silva.
Banca: João Yamamoto (orient.), Dani Hirano e Maria Julia Herklotz.
Panorama extracurricular
11 de dezembro
Arquitetura e identidade: intervenção entre o Museu das Culturas
Brasileiras e o Pavilhão Japonês.
Estudante: Mariana Tuzaki Barbosa Coutinho.
Banca: João Yamamoto (orient.), Dani Hirano e Maria Julia Herklotz.
235 Seção 2:
11 de dezembro
Urbanização da Favela IV Centenário.
Estudante: Lara Martins Surkova.
Banca: Artur Katchborian (orient.), Mariana Rial e Ana Clara Gurgel.
11 de dezembro
Parque Das Hortênsias: espaço de lazer, cultura e esporte.
Estudante: Leticia Alves Ramos Silva.
Banca: Artur Katchborian (orient.), Mariana Rial e Ana Clara Gurgel.
12 de dezembro
Rudimentos: arquitetura como frente de reparação.
Estudante: Sabrina Martina A. A. Silva.
Banca: Ricardo Luis (orient.), Nelson Urssi e Adriane de Luca.
236 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
12 de dezembro
Projeto expográfico itinerante para a obra escultórica de Tomie Ohtake.
Estudante: Thais Cordeiro Breves de Menezes.
Banca: Ricardo Luis (orient.), Nelson Urssi e Adriane de Luca.
12 de dezembro
Espaço recreativo infantil: arquitetura sensível para o desenvolvimento da primeira infância.
Estudante: Isadora Rodrigues Cruz.
Banca: Artur Katchborian (orient.), Sergio Matera e Maurício Addor Neto.
Panorama extracurricular
12 de dezembro
Escola de educação infantil Montessori.
Estudante: Gabriela Reis Raimundo.
Banca: Artur Katchborian (orient.), Sergio Matera e Maurício Addor Neto.
237 Seção
2:
12 de dezembro
Proposta de uma casa urbana para a cidade de São Paulo utilizando como premissa o consumo zero.
Estudante: Braulo Fagundes Vitorino.
Banca: Walter Galvão (orient.), Alessandro Athie e Ronaldo Calixto.
12 de dezembro
Conjunto Habitacional de Interesse Social em Light Steel Frame.
Estudante: Raquel Zanquini Laurindo.
Banca: Walter Galvão (orient.), Valéria Fialho e Ronaldo Calixto.
12 de dezembro
Centro de Apoio oncológico Infantil.
Estudante: Renata Malosti Iuksz.
Banca: Marcelo Ursini (orient.), Caio Faggin e Valéria Fialho.
238 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
13 de dezembro
Tebas Museu da Libertação.
Estudante: Barbara da Silva Cruz.
Espaço Officinas Vanorden: reinserção do patrimônio industrial.
Arthur Barbosa Breda
Banca: Marcelo Suzuki (orient.), Ana Carolina e Mariana Alves.
13 de dezembro
A Cidade e a Dança: A Intervenção da Dança no Espaço Urbano de São Paulo.
Estudante: Hingrid Brito.
Banca: Maurício Petrosino (orient.), Sergio Matera e Rodrigo Queiroz.
Panorama extracurricular
13 de dezembro
Centro de Atenção Psicossocial III – Dourados, MS.
Estudante: Evelyn dos Santos Ferreira.
Banca: Maurício Petrosino (orient.), Sergio Matera e Rodrigo Queiroz.
239 Seção 2:
13 de dezembro
Materialidade: fabricação digital e experimentos com sobras de materiais.
Estudante: Guilherme Barbosa Wiebbeling.
Banca: Paulo Magri (orient.), Walter Galvão e Myrna Nascimento.
13 de dezembro
Habitação Unifamiliar: conjunto de Casas no Grajaú.
Estudante: Isabelly Ariadne Zillig.
Banca: Valéria Fialho (orient.), Walter Galvão e Roberto Fialho.
13 de dezembro
A percepção da paisagem: uma investigação pela provocação do olhar.
Estudante: Matheus Gabriel M. Barreiros.
Banca: Ricardo Luis (orient.), Rodrigo Gutierrez e Carol Grespan.
240 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
13 de dezembro
Vagão para passageiros: análise e desenvolvimento do espaço interno do vagão de trem da linha 10 Turquesa – CPTM através do Design Thinking e Desenho Universal.
Estudante: Giovanna Yumi F. F. Hazimoto.
Banca: Paulo Magri (orient.), Rodrigo Gutierrez e Ricardo Luis.
14 de dezembro
Centro de tratamento psicólogico infantil.
Estudante: Ana Luiza Ferreira.
Banca: Artur Katchborian (orient.), Marcelo Suzuki e Julia Mattos.
Panorama extracurricular
14 de dezembro
Projeto arquitetônico para escola de música: uma nova sede para a ONG Locomotiva.
Estudante: Elizabeth Yuriko Sinto.
Banca: Artur Katchborian (orient.), Marcelo Suzuki e Julia Mattos.
241 Seção 2:
14 de dezembro
Percursos de um córrego: projeto de requalificação no Alvarenga.
Estudante: Ana Thaisa Moura Rodrigues.
Banca: Rita Canutti (orient.), Jordana Zola e Mariana Rial.
14 de dezembro
Ampliando Possibilidades: A Habitação Evolutiva como alternativa para Diadema.
Estudante: Gabriela Cristina Silva Beletatti.
Banca: Rita Canutti (orient.), Jordana Zola e Mariana Rial.
14 de dezembro
Cenografia para show musical K-pop na Av Paulista.
Estudante: Gabriela Lourenco Martins.
Banca: Nelson Urssi (orient.), Sergio Matera e Adriane de Luca.
242 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
14 de dezembro
Projeto de um pavilhão holístico: a síntese do espaço humanizado.
Estudante: Pollyana de Lima Figueiredo.
Banca: Nelson Urssi (orient.), Sergio Matera e Adriane de Luca.
15 de dezembro
Proposta de uma UBS de construção rápida e modular em Light Steel Frame.
Estudante: Bruna Rodrigues Pereira de Lira.
Banca: Walter Galvão (orient.), Marcelo Suzuki e Rômulo Russi.
Panorama extracurricular
15 de dezembro
New Ro center: centro de referência de doenças neurodegenerativas.
Estudante: Graziela Zanella Oliveira Dalge.
Banca: Walter Galvão (orient.), Marcelo Suzuki e Rômulo Russi.
243 Seção 2:
15 de dezembro
Templo Wicca.
Estudante: Maria Bergonzoni Mascaro.
Banca: João Yamamoto (orient.), Stella Tedesco e Gabriel Pedrosa.
15 de dezembro
Arquitetura e imaginário: tradução intersemiótica de um texto.
Estudante: Jade Grigoletti Spedo.
Banca: João Yamamoto (orient.), Stella Tedesco e Gabriel Pedrosa.
15 de dezembro
Cinema na periferia: proposta para um cinema-escola no bairro do Grajaú.
Estudante: Beatriz Bezerra Silva.
Banca: Ralf Flores (orient.), Stella Tedesco e Gabriel Pedrosa.
244 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 17. Semestrário ArqLab 2023|2.
15 de dezembro
Renovação do espaço público. Avenida Cidade Jardim.
Estudante: Sabrina de Castro Moreira.
Banca: Ricardo Dualde (orient.), Mariana Rial e Carolina Heldt.
15 de dezembro
ATHIS entre a lei e a prática: experiência na ocupação Penha Pietras.
Estudante: Fernanda Ajzen.
Banca: Ricardo Luis (orient.), Letizia Vitale e Marcele Piotto.
2: Panorama extracurricular
15 de dezembro
Arquitetura no afrofuturismo: a construção coletiva de uma utopia.
Estudante: David Samir Medeiros Moraes.
Banca: Ricardo Luis (orient.), Letizia Vitale e Raissa Oliveira.
245 Seção
Tipologia: PMN Caecilia Sans Abril de 2024