LAR2024_Paisagismo Ecológico

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Ficha Catalográfica produzida pelo autor

LAR, Equipe

Laboratório de Arquitetura Responsável - LAR / Equipe LAR - São Paulo (SP), 2024

31f.: il. color.

Orientador(a): Marcella de Moraes Ocke Mussnich, Valéria dos Santos Fialho

Projeto (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2024

.

Reocupa LAR, extensão universitária, espaços públicos I. de Moraes Ocke Mussnich, Marcella (Orient.), II. dos Santos Fialho, Valéria (Orient.) III. Urbanismo Social e paisagem revisitada - Parque Jurubatuba

03.2

FICHA TÉCNICA

© CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

COORDENAÇÃO BACHARELADO EM

ARQUITETURA E URBANISMO

Valéria Cássia dos Santos Fialho

COORDENAÇÃO DE PROJETO

Marcella de Moraes Ocke Müssnich

REVISÃO DE TEXTO

Marcella de Moraes Ocke Müssnich

CAPA E DIAGRAMAÇÃO DO

CADERNO

Eduardo Feitosa dos Santos

EQUIPE LAR

Arthur Gonçalvez

Bárbara Rocha

Beatriz Costa

João Pedro Câmara

Julia Vitoria

Marília Maciel

EQUIPE OFICINA PAISAGISMO

ECOLÓGICO

Amanda Diamantino

Bianca Shaw

Iêda de Medeiros

Luara da Costa

EQUIPE BACHARELADO EM DESIGN

Ana Madella

Eduardo Feitosa dos Santos

Erico Oliveira

Fernanda Mie

Guilherme Sales

Leonardo Aprigliano

Lilla Vasquel

Maira Alves Amparo

Pedro Calazans

EQUIPE JARDINAGEM

Adriano Vieira

Agrisonio Junior

Caio César

Djalma Silva

Júlio Bispo

Nivaldo Gabriel

Ricacio Nunes

Rubens Rodrigues

Wanderly Carvalho

EQUIPE CONSULTORIA AMBIENTAL

Karina Sá Oliveira

Maitê Bueno Pinheiro

Marcela Alonso

AGRADECIMENTOS

Ao Centro Universitário Senac, Campus Santo Amaro que possibilitou o desenvolvimento de análises locais e da implantação do Jardim de Chuva.

Ao grupo de Extensão e Pesquisa e ao SGA por dar suporte às atividades desenvolvidas.

Ao bacharelado em Arquitetura e Urbanismo coordenado pela Dra. Valéria Fialho que envolveu os alunos na oficina de paisagismo ecológico e na implantação do Jardim de Chuva.

Aos alunos do Bacharelado em Design que contribuíram através do projeto extensionista Conviver no desenvolvimento de projeto de totens e bancos para serem colocados no Jardim de Chuva.

Às profissionais especializadas em SBN por compartilhar conhecimento com a equipe LAR.

Aos jardineiros do Centro Universitário Santo Amaro pelos ensinamentos de plantio e valioso auxílio na implantação do jardim de chuva.

À coordenadora do Projeto LAR, Ms. Marcella Ocke, por compartilhar conhecimento, articular as equipes técnicas envolvidas e orientar os alunos no processo de trabalho.

APRESENTAÇÃO

O Senac acredita no poder transformador da educação e na relação ensino, pesquisa e extensão. Dentro deste contexto, o Projeto de Extensão Universitária é um conjunto de ações, com duração determinada, de caráter educativo, social, tecnológico, artístico ou científico, com o objetivo específico a curto e médio prazo, que visa fomentar a relação entre a teoria e a prática, envolvendo comunidade acadêmica e sociedade.

Em 2024 celebramos os 10 anos do projeto com o tema LAR 10 ANOS: Urbanismo Social e Paisagem Revisitada que propôs revisitar o território do entorno do Campus Santo Amaro do Centro Universitário Senac pesquisando as transformações ocorridas na área nesse período e identificando possibilidades de diálogo com a comunidade da região a fim de repensar os espaços urbanos para uma convivência segura, um espaço urbano mais inclusivo e sustentável.

Antes de apresentar a proposta 2024 apresentaremos um breve panorama das ações realizadas nestes 10 anos de projeto.

O primeiro LAR ocorreu em 2014 com estudos e análises para requalificação do Eixo Histórico de Santo Amaro e apresentou levantamento histórico da região, problemas e potencialidades para possíveis intervenções urbanas na área.

Em 2015 a parceria do Projeto LAR foi com a Organização Não Governamental (ONG) TETO que atua na América Latina e no Caribe com a construção coletiva de residências emergenciais juntamente com voluntários e com as próprias famílias que vivem em condições de estrema pobreza em áreas vulneráveis de grandes centros metropolitanos.

No biênio 2016/2017 o LAR trabalhou com problemas urbanos e paisagísticos relativos à requalificação de espaços públicos especificamente no entorno do Campus Santo Amaro do Centro Universitário Senac respondendo à demanda, que partiu não apenas do alunado, mas também da direção da instituição.

Em 2018/2019 a submissão e aprovação do Projeto de Extensão Universitária ARCO (que estudava o PIU Arco Jurubatuba) viabilizou o trabalho conjunto dos dois projetos LAR + ARCO. A Equipe do Projeto LAR realizou pesquisas e análises no entorno do Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro, investigando problemas e potencialidades da região e a equipe do Projeto ARCO desenvolveu duas maquetes e em escalas e de áreas distintas do local de estudo e com a técnica da “Projeção Mapeada” montou dois vídeos que apresentam o resultado do trabalho no biênio 18/19.

O LAR 2020 – CIDADE PARA TODOS avaliou todo o histórico do projeto LAR e considerou o contexto daquele ano, no qual mais da metade da população mundial vivia em cidades para submeter suas atividades. A ideia inicial era discutir sobre como pensar uma cidade para todos para que pudéssemos ter melhores condições de habitabilidade nos centros urbanos. As atividades presenciais iniciaram em fevereiro de 2020 com discussões sobre as cidades e especificamente a região do Arco Jurubatuba onde a área de estudos estava inserida.

Em meados de março daquele ano com a pandemia da Covid-19 e o solamento social o projeto inicial foi reestruturado com a produção de posts e stories para as mídias sociais que reforçavam a importância da convivência nos espaços públicos, mas que evidenciassem a necessidade do isolamento social. Além disso, foram elaboradas colagens especulativas com as possibilidades de retomada do uso dos espaços pós pandemia.

Com a continuidade da pandemia, mas com a perspectiva de um retorno gradual das atividades presenciais o projeto LAR 2021 propôs repensar a ocupação dos espaços do Centro Universitário Senac: espaços expositivos, praças do Campus, jardins internos

As propostas foram desenvolvidas com base em parâmetros de estruturas efêmeras e fáceis de montar e desmontar que pudessem oferecer novas possibilidade de apropriação espacial do campus em pequenos grupos de estudo e atividades.

Em meados de 2021 a equipe LAR tomou conhecimento de comunidades em situação de vulnerabilidade social que poderiam ser beneficiadas com a parceria da academia para pensar de forma coletiva e participativa soluções ligadas à permacultura, bioarquitetura e saneamento básico (banheiro seco).

Essa aproximação foi intermediada pelo Instituto Caça Fome que nasceu em abril de 2020 com uma campanha emergencial para socorrer famílias em situação de risco através da distribuição de cestas básicas emergenciais. A situação das comunidades parceiras apresentavam urgência sanitária e ambiental que era a não existência de banheiros dentro das residências fazendo com que as pessoas usassem rios para banhos e local para suas necessidades fisiológicas.

Assim, o LAR 2022 – Viver em Comunidade desenvolveu a proposta de um modelo de banheiro seco baseado em bioconstrução que poderia ser incorporado dentro ou fora das edificações existentes e os dejetos coletados poderiam se transformar em adubos para hortas domiciliares.

INTRODUÇÃO

O Projeto de Extensão Universitária LAR – Laboratório de Arquitetura Responsável existe desde 2014 e, a cada ano realizou atividades de pesquisa relacionadas com a paisagem urbana, arquitetura do edifício e design por vezes articulados às comunidades ou Organizações Não Governamentais (ONG´s) ou o Poder Público.

A proposta para 2024 intitulada LAR 10 ANOS – Urbanismo Social e paisagem revisitada celebra estes dez anos de atividade e propõe revisitar o território do entorno do Campus Santo Amaro do Centro Universitário Senac pesquisando as transformações ocorridas na área neste período e identificando possibilidades de diálogo com a comunidade da região do entorno do Campus a fim de repensar os espaços urbanos para uma convivência segura, um espaço urbano mais inclusivo e sustentável.

No segundo semestre do ano a equipe LAR se dedicou a pesquisar sobre paisagismo ecológico com um enfoque em Soluções Baseadas na Natureza (SBN) e tipologias de Infraestrutura verde para que possamos projetar cidades mais verdes, resilientes, sustentáveis e saudáveis.

A equipe teve 8 oficinas com profissionais especialistas no tema e desenvolveu estudos para as duas bacias hidrográficas onde o Campus Santo Amaro do Centro Universitário Senac está situado: Bacia do Córrego Zavuvus e Poli. Após essa análise geral, o grupo implantou um projeto piloto de jardim de chuva no Campus Santo Amaro para que fosse um local de ajuda à micro drenagem e um espaço educativo sobre possibilidades de que a paisagem não seja apenas elemento estético, mas principalmente com um caráter ambiental.

01 CAPÍTULO

SOLUÇÕES SISTÊMICAS E ODS

Quais as soluções praticadas para melhoria da qualidade de vida nas cidades? Muitas cidades amplamente urbanizadas, como São Paulo, com seus próprios contextos e históricos, enfrentam diversos desafios referente à urbanização e à relação com a natureza, a exemplo: ilhas de calor, sistemas de drenagem inadequados, solo exposto e degradado, arborização insuficiente, impermeabilização excessiva, contaminação do ar, do solo, da água e baixa qualidade ou inexistência de serviços ambientais.

O crescimento acelerado da população urbana é um fenômeno que prepondera em todo mundo há um bom tempo e, consequentemente, traz consigo inúmeros desafios para as cidades, que precisam atender às demandas tão crescentes de seus habitantes. Portanto, é essencial que o planejamento urbano integre de forma eficiente os elementos naturais e construídos, de maneira crítica e que envolva a população que usufrui a cidade.

Portanto, como fruto de discussões e estudos, catalogaram-se diversas práticas e ferramentas para solucionar, sistemicamente, problemas no âmbito ambiental e/ou ecológico. Práticas que serão abordadas logo em seguida, mas que, de maneira introdutória podem promover não somente a solução formal do problema mas também reconexão com a natureza, conscientização, senso de preservação, trazer benefícios sociais com espaços inclusivos e acessíveis, melhorando a qualidade de vida e promovendo interações comunitárias, melhorar a saúde e bem-estar da população, trazer valorização cultural e identitária, educar, sensibilizar, desenvolver, garantir equidade e justiça ambiental às comunidades vulneráveis e, por último, mas não menos importante, contribuir para a adaptação e resiliência das cidades às mudanças climáticas urgentes.

Na figura 1 destacam-se os ODS mais conectados com o paisagismo ecológico e o trabalho desenvolvido pela Equipe LAR no segundo semestre de 2024.

Figura 1 - Principais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável diretamente referidos pelas soluções sistêmicas baseadas na natureza.

Fonte: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

02 CAPÍTULO

INFRAESTRUTURA VERDE E SOLUÇÕES BASEADAS NA NATUREZA (SBN)

Figura 1 - aplicação de infraestruturas verdes em projeto

Fonte: Material extraído da aula da consultora ambiental Maitê Bueno

Desenvolvidas para contribuir com os diversos indicadores da Organização das Nações Unidas nas cidades pelo mundo, as Soluções Baseadas na Natureza (SBN) funcionam como um guia, apresentando métodos técnicos que, após um diagnóstico e estudos preliminares da área de aplicação, são associados ao meio ambiente, à natureza e à qualidade de vida humana.

A expressão “infraestruturas verdes” e “soluções baseadas na natureza” referem-se a um método integrado em projetos técnicos que contemplam alternativas de soluções com impacto positivo significativo tanto para o meio ambiente como para o meio social. Essas técnicas são diretamente atreladas aos sistemas hídricos e ao solo, como técnicas de escoamento, armazenamento e filtragem de água, bem como a utilização de vegetação nativa da região.

Figura 2 - Infraestrutura Verde chamada Wetland (Ilhas alagáveis)

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/995858/o-que-sao-e-como-funcionam-as-wetlands-artificiais

Essas aplicações estão vinculadas tanto ao setor público quanto ao privado, mas sua adoção pode ser limitada em consequência do investimento e da especialização que os projetistas e especialistas nessas técnicas requerem, especialmente nas etapas iniciais de diagnóstico da área de aplicação, que envolvem a caracterização do local, até a definição final da SBN adequada para a região.

As diretrizes para a implementação das SBNs consistem na análise e avaliação da área em que a técnica será aplicada, considerando informações como as características e permeabilidade do solo, a vegetação existente e a presença de corpos d’água ou bacias hidrográficas na localidade. Essas informações são fundamentais, especialmente para a aplicação de soluções que integrem elementos naturais, com ênfase na vegetação.

Figura 3 - Aplicação das SBN no Córrego Água Podre, São Paulo

Fonte: Material extraído da aula da consultora ambiental Maitê Bueno

Em um segundo momento, é realizada uma consulta com profissionais e usuários locais para identificar as necessidades e deficiências da área, assim como suas potencialidades, visando um diagnóstico mais preciso e a proposição da infraestrutura verde escolhida

Este processo envolve a análise do que já existe, em contraposição ao que será projetado, considerando suas possibilidades e limitações, além de questões relacionadas à legislação vigente, ao contexto econômico, e ao histórico local.

A terceira etapa refere-se à elaboração do projeto, que incorpora as infraestruturas desejadas, bem como a coleta de dados sobre

as espécies vegetais que podem ser introduzidas ou a infraestrutura que será definitivamente aplicada, escolhendo a SBN mais adequada. Para tal, são utilizadas ferramentas como as tabelas contidas no “Catálogo de Soluções Baseadas na Natureza para Espaços Livres” (2023) e no “Guia Metodológico para Implantação de Infraestrutura Verde” (2020), que apresentam as melhores práticas e o maior potencial de cada infraestrutura, além de avaliar o grau de adequação dos dispositivos de SBN ao local.

Na figura 3 é possível ver um exemplo de intervenção na área do córrego Água Podre com as possíveis aplicações de SBNs para melhorar as condições de microdrenagem da região.

Figura 4 - Passo a Passo para aplicação das SBN

Fonte: Material extraído da aula da consultora ambiental Maitê Bueno

Por fim, a etapa final é a implementação da infraestrutura. Esta fase também contempla a manutenção dos dispositivos aplicados e a avaliação do cumprimento das diretrizes estabelecidas no projeto, visando a eficácia não apenas social, mas também ambiental, visando o equilíbrio entre as duas partes. São considerados aspectos econômicos, sociais, culturais e educacionais, com o intuito de qualificar as informações previamente abordadas e determinar quais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram alcançados com a aplicação da infraestrutura, sendo dispositivos criados essencialmente para esse objetivo.

Escalas de aplicação a Infraestruturas verdes: Regional

As soluções verdes de grande escala são de um planejamento e investimento maior. Por se tratarem de projetos maiores demandam cuidados e planejamento mais específico, indo além da grande mão de obra mas também no maior investimento do projeto. Algumas Infraestruturas que atingem escala federal são:

Figura 5 - Exemplo de Parque Urbano com implementação de SBNs Fonte: https://www.archdaily.com.br/br

Parques Urbanos e Áreas de Recreação:

Corredores Ecológicos:

Redes de áreas verdes que conectam habitats naturais, permitindo a movimentação de fauna e flora, além de melhorar a biodiversidade e a proteção dos cursos d’água.

Sistemas de Gestão de Águas Pluviais:

Técnicas como bacias de retenção, infiltração, detenção e retenção, pavimentos ou sistema viário permeáveis que ajudam a controlar o escoamento e a qualidade da água trazendo maior qualidade ao saneamento básico da região e sua bacia hidrográfica.

Criação e manutenção de espaços verdes públicos que proporcionam áreas de lazer, cultura e aprendizado, promovendo a saúde mental e melhorando a qualidade do ar.

Infraestrutura Verde em Rodovias e Ferrovias:

Implementação de vegetação nas margens de estradas e ferrovias, que podem ajudar nos quesitos mais técnicos como na prevenção da erosão, controle da poluição mas também contribuem com o aumento da biodiversidade podendo citar os muros de suporte vivo, muro de contenção e/ou gabiões com vegetação e contenção de taludes em geocélulas.

Escalas de aplicação a Infraestruturas verdes: Regional

As infraestruturas verdes em escala local são soluções de menor escala, e de um planejamento e investimento menor por se situarem em ruas, calçadas e praças. Por se tratarem de projetos menores, ainda demandam cuidados e planejamento específicos, necessitando de mão de obra especializada. Algumas Infraestruturas que atingem escala regional são:

Murais Verdes e Jardins Verticais:

Integração de vegetação nas fachadas de edifícios, que contribuem para a estética urbana e melhoria da qualidade do ar, podendo ser aplicadas espécies nativas principalmente.

Telhados Verdes:

Estruturas que utilizam vegetação em coberturas de edifícios, contribuindo para o isolamento térmico, a redução de escoamento pluvial e a melhoria da qualidade do ar.

Figura 6 - Gabião Vivo

Fonte: https://ecosalix.pt/gabiao-cilindrico

Telhados Verdes:

Estruturas que utilizam vegetação em coberturas de edifícios, contribuindo para o isolamento térmico, a redução de escoamento pluvial e a melhoria da qualidade do ar.

Figura 8 - Esquema de funcionamento do telhado verde.

Fonte: https://www.gov.br/servidor

Figura 9 - Rua completa com vegetação e canteiros verdes Fonte: www.tempo.com/noticias/actualidade/medelin

Ruas completas:

Ruas que integram o meio ambiente e social em equilíbrio. Conciliando a arborização viária com os veículos contribuindo com a diminuição das ilhas de calor. Adicionando ciclovias e até mobiliário urbano na sua composição como um sistema produtivo tornando um lugar seguro para o pedestre. O mesmo pode ter ruas mais permeáveis contribuindo com o escoamento da água para o lençol freático evitando acúmulo de água da chuva.

Uso de Plantas Nativas:

Incentivo ao uso de espécies nativas em paisagismo e arborização urbana, promovendo a adaptação ao clima local e reduzindo a necessidade de irrigação, contribuindo na purificação das águas até o lençol freático. Sendo encontrado principalmente em infraestruturas como jardim de chuva, canteiro pluvial e biovaletas reduzindo ilhas de calor e capturando CO2.

03 CAPÍTULO

APLICAÇÃO DOS ESTUDOS E APRENDIZADO

Para melhor aprendizado dos alunos da Equipe LAR o Projeto de Extensão convidou consultoras especializadas para ministrar uma Oficina de Paisagismo Ecológico onde foram desenvolvidas análises nas bacias hidrográficas do Campus Santo Amaro e um projeto piloto de Jardim de Chuva.

Inicialmente, nas análises das bacias, a equipe foi separada em dois grupos para estudo das duas bacias existentes no terreno do Centro Universitário Senac - Santo Amaro. Sendo duas bacias hidrográficas: Córrego Zavuvus e Córrego Poli. Fazendo análises e estudos aplicados nos locais pelas diretrizes e metodologias aprendidas em aula.

Córrego Zavuvus

Na primeira semana foram analisadas diversas características sobre o local como indicado como primeiro passo da SBN:

Local de Estudo

/ Bacia Hidrográfica:

O córrego Zavuvus tem sua nascente em Americanópolis/Vila Missionária, e corta diversos bairros, margeando importantes avenidas como Yervant Kissajikian, Avenida Interlagos e Marginal do Rio Pinheiros e por fim se junta ao Rio Jurubatuba, em um percurso de aproximadamente, 9 km. O Córrego se situa em uma área que é historicamente industrial.

O bairro Jurubatuba sempre esteve próximo a linha de trem de Santo Amaro, facilitando na instalação e praticidade da indústria no século XX. Se instalando de forma errada ou pouco regulamentado na época, algumas empresas tiveram diversas contaminações de solo, acarretando em problemas para resolução atualmente.

Densidade Demográfica:

O grande adensamento populacional ocorre muito mais na porção Oeste da bacia, predominantemente no Perímetro 2, área inserida no distrito de Cidade Ademar e onde se localizam favelas notórias, como Vila Joaniza e Americanópolis. O perímetro 1, em contramão, abriga conjuntos residenciais de médio a alto padrão que superam 20 andares rodeados por edificações institucionais, industriais ou comerciais que vêm a ocupar mais espaço. Por tal, no mapa abaixo vê-se a diferença gradativa da densidade, conforme se distancia de Santo Amaro.

Hidrografia:

Fazendo análises mais profundas de mapas com a bacia hidrográfica foi percebido a presente de diversas microbacias, contabilizadas em 2 perímetros escolhidos (escolhidos pelas extensas manchas de inundação encontradas em mapas digitais) mais de 50 microbacias em que 90% se encontram impermeáveis ou seja com dificuldade de infiltração da água no solo pela presença de construções irregulares como habitações de favelas, indústrias e ruas completamente asfaltadas.

Figura 10: Densidade demográfica da Bacia do Zavuvus
Fonte: Equipe LAR

Topografia:

A bacia possui grande parte do seu território, senão a parte marginal ao Rio Jurubatuba, com porcentagem de 25 a 60% de declividade. A menor cota presente, considerando-se o perfil natural do terreno, é 725 metros em relação ao nível do mar e a maior é 800 metros. De tal maneira, não há, nesse território, ocorrência de grandes acidentes geológicos, na verdade o perímetro 1 (próximo ao Rio Jurubatuba) se mostra mais plano com solo caracterizado por planície aluvial, ou seja o mesmo é um solo instável pela presença dos alagamentos próximo ao rio. Em segunda instância o perímetro 2 se mostra com uma maior declividade com solo caracterizado por morros baixos e morrotes com solos residuais maduros.

Vegetação

Embora a área do perímetro 1 seja caracterizada por uma considerável cobertura vegetal, com grandes árvores e canteiros centrais em avenidas significativas e de grande circulação, um levantamento realizado por meio de mapas indicou que essa cobertura não representa sequer 10% do território total. A infraestrutura da região foi concebida sem uma consideração adequada para o escoamento das águas pluviais, limitandose à instalação de extensos e contínuos bueiros, que não levam em conta a vegetação local, especialmente por se tratar de uma área próxima ao Rio Pinheiros (local de grande escoamento).

Um exemplo claro dessa situação pode ser observado na Avenida Eusébio Stevaux, onde, apesar da presença de grandes árvores e canteiros centrais, a via enfrenta recorrentes problemas de alagamentos durante chuvas fortes. Essas inundações afetam tanto as ruas quanto as passagens de pedestres nas proximidades do Centro Universitário Senac.

Em contraste, a área próxima à Avenida Yervant Kissajikian (perímetro 2), que apresenta uma vegetação escassa e desordenada, particularmente nas proximidades de córregos a céu aberto, sofre com o descarte inadequado de lixo, agravando ainda mais os problemas ambientais e de drenagem na região.

Características importante ou ressaltadas do local:

Características importante ou ressaltadas do local É relevante destacar diversos aspectos significativos a respeito da bacia hidrográfica em questão. Por se tratar de uma área de grande extensão, observa-se a ocorrência de problemas pontuais em diferentes localidades. Um exemplo disso é a região das Avenidas Eusébio Stevaux e Nações Unidas (perímetro 1), que abrigam diversos lotes industriais, os quais sofreram contaminação do solo devido à ocupação realizada ao longo do século passado.

Figura 11: Propostas perímetro 1 - córrego Zavuvus

Fonte: Equipe LAR

Outro ponto crítico encontra-se nas proximidades da Avenida Yervant Kissajikian (perímetro 2), onde o crescimento desordenado e a ocupação habitacional sem planejamento adequado resultaram no surgimento de áreas propensas a inundações, afetando ainda mais moradores de baixa renda.

Possibilidades de infraestruturas aplicadas no local: A Partir das análises obtidas pela caracterização do local foram usadas as tabelas contidas no “Catálogo de Soluções Baseadas na Natureza para Espaços Livres” (2023) e no “Guia Metodológico para Implantação de Infraestrutura Verde” (2020) para um melhor diagnóstico das possibilidades de infraestruturas nos 2 perímetros, sendo aplicados nos projetos as seguintes soluções:

Perímetro 1

1 - Jardim de chuva:

Contribui no escoamento de água da chuva, telhados e escoamento superficial na região, auxilia na construção de mais áreas permeáveis na região principalmente para alunos e frequentadores das indústrias e do Centro Universitário Senac.

2- Canteiro pluvial e Biovaleta:

Contribui no escoamento da água da chuva, removendo detritos e poluição, principalmente em áreas alagáveis. Os dispositivos ajudam nas áreas permeáveis, auxiliando na diminuição de ilhas de calor na região próxima ao sistema viário, contribuindo na sobrecarga de água no solo.

3- Ruas verdes:

Manutenção nas ruas verdes existentes para ajudarem na diminuição de ondas de calor, aumentando a ventilação natural e valorização da fauna e flora pensada nas águas pluviais e não de forma estética.

Perímetro 2:

1- Hortas comunitárias

Buscando garantir o acesso a alimentos frescos e saudáveis para os moradores de baixa renda, além de promover a saúde física e mental, incentivar a educação ambiental e fortalecer a participação da comunidade.

2- Muro de gabiões com vegetação

Pensando na questão do córrego presente na favela, com descarte incorreto de lixo foi optado por colocar um muro de gabiões para proteção das margens e possibilidade de implantação da horta comunitária sobre o muro.

3- Ruas verdes:

Pensada para trazer mais arborização e qualidade de vida para comunidade, contribuindo com a diminuição de ilhas de calor, ventilação, aproximação da fauna e flora e o bem-estar local.

Figura 12: Perímetro 2 - córrego Zavuvus
Fonte: Equipe LAR

Figura 13: Representação Esquemática de aplicação de infraestrutura

Figura 14: Representação Esquemática de aplicação de infraestrutura

Fonte: Equipe LAR

Córrego

Poli

Local de Estudo / Bacia Hidrográfica

O córrego Poli passa pelos distritos de Santo Amaro e Campo Grande, margeando a avenida Washington Luís. Esse córrego se situa em uma área, anteriormente, muito industrializada. Por conta dessa industrialização, grandes porções do córrego estão poluídas.

Histórico e Acontecimentos

Em 2008, iniciou-se as obras de canalização do córrego, e terminou em meados de 2009. As foram realizadas pela Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana e Obras (SIURB). As primeiras ocupações irregulares começaram em 2015, com a construção de barracos as margens do córrego.

Hidrografia

Córrego com nascente em Santo Amaro, próximo à rua Viscorde de Porto Seguro, possui aproximadamente 3.600 km de extensão, onde mais de 1000km é canalizado e deságua no Rio Jurubatuba, no distrito do Campo Grande. A bacia possui grande parte do seu território, senão a parte marginal ao Rio Jurubatuba, com 50 metros de declividade.

A menor cota presente, considerando-se o perfil natural do terreno, é 725 metros em relação ao nível do mar e a maior é 775 metros. De tal maneira, não há, nesse território, ocorrência de grandes acidentes geológicos, (próximo ao Rio Jurubatuba), porque além da acentuada declividade, existe uma extensa área verde permeável, que é propriedade do Golf Club.

Vegetação:

Na bacia do córrego a vegetação é considerável, pois fazem parte dela o Centro Universitário Senac Santo Amaro, que tem bastante área permeável e variedade de vegetação, e também o Golf Club, que é a maior concentração de área verde dentro da bacia, sendo 670.400m².

Figura 16: Densidade demográfica
Fonte: Equipe LAR

Figura 17: Vegetação Predominante

Fonte: Equipe LAR

Densidade Demográfica:

A densidade demográfica da bacia do córrego Poli, é baixa, tendo predominância de até 90 habitantes por km².

Soluções propostas:

1 - Jardim de chuva: Contribui no escoamento de água da chuva, telhados e escoamento superficial na região, auxilia na construção de mais áreas permeáveis na região principalmente para alunos e frequentadores das indústrias e do Centro Universitário Senac.

2- Canteiro pluvial e Biovaleta:Contribui no escoamento da água da chuva, removendo detritos e poluição, principalmente em áreas alagáveis. Os dispositivos ajudam nas áreas permeáveis, auxiliando na diminuição de ilhas de calor na região próxima ao sistema viário, contribuindo na sobrecarga de água no solo.

3- Zona de Tratamento:

Área com infraestrutura para tratamento da água do córrego e implementação de saneamento básico para habitações próximas.

Figura 18: Densidade demográfica

Fonte: Equipe LAR

CAPÍTULO

JARDIM DE CHUVA: PROJETO PILOTO

Jardim de Chuva é uma depressão topográfica que possui a finalidade de coletar e absorver o escoamento superficial das águas da chuva, telhados, calçadas, ruas e demais superfícies impermeáveis, contribuindo assim para a redução significativa da quantidade de água direcionada ao sistema convencional de drenagem urbana (CORMIER; PELLEGRINO, 2008). Podem ser implantadas nas cidades para trazer diversos benefícios para a sociedade e para a paisagem urbana.

Jardim de chuva aplicado no campus:

Para que o projeto LAR tivesse uma aplicação prática, a equipe escolheu dentro da bacia do Zavuvus uma área onde aconteciam pequenos alagamentos e implantou um projeto piloto de jardim de chuva para resolver os problemas de microdrenagem e também servir como instrumento educativo das SBNs e tipologias de infraestrutura verde.

Inicialmente, os alunos do projeto de extensão: LAR, realizaram estudos e análises sobre como e onde o jardim de chuva poderia ser implantado no Campus Santo Amaro do Centro Universitário Senac, observando quais áreas no campus estavam mais propensas a serem alagadas e que poderiam fazer uso do jardim de chuva, por fim, a área escolhida foi uma parte do terreno próxima ao edifício acadêmico 2 do Centro Universitário.

Diante disso, foram realizados os devidos levantamentos do local onde foi implantado o jardim de chuva: medições na área, medições nas tubulações hidro sanitárias e análise da queda d’água.Também, foram escolhidas as espécies vegetais e foi criado um desenho para o jardim de chuva.

Durante a Semana da Cidadania e Semana da Arquitetura, entre os edifícios do Acadêmico 2 e da Oficina de Design, foi organizado um mutirão de plantio com o objetivo de implementar o jardim no campus.O mutirão contou com a presença dos alunos da extensão LAR, alunos que se inscreveram na oficina de Jardim de chuva, professoras convidadas e funcionários do SENAC responsáveis por cuidar do paisagismo do campus.

Figuras 15 e 16: estudos teóricos e identificação do local de implantação do Jardim de Chuva.

Figuras 17, 18 e 19: trabalho de campo: implantação do jardim de chuva.

Fonte: Equipe LAR

Foram inseridas as seguintes espécies de vegetação no jardim de chuva: Falso írisNeomarica Caerulea; Cavalinha - Equisetum spp; Urucum - Bixa orellana; Ruelia vermelha - Ruellia chartacea (T.Anderson) Wassh e VedéliaSphagneticola trilobata (L.) Pruski.

Figura 20: implantação e corte jardim de chuva

Fonte: Consultores ambientais

Foram inseridas as seguintes espécies de vegetação no jardim de chuva: Falso írisNeomarica Caerulea; Cavalinha - Equisetum spp; Urucum - Bixa orellana; Ruelia vermelha - Ruellia chartacea (T.Anderson) Wassh e VedéliaSphagneticola trilobata (L.) Pruski.

Figuras 22 e 23: Jardim alagado pós chuva Fonte: Equipe LAR
Figura 21: Jardim de chuva finalizado Fonte: Equipe LAR

Espécies vegetais selecionadas para implantação do Jardim de Chuva:

Figura 21: Jardim de chuva finalizado Fonte: Equipe LAR

Figura 24: Falso íris - Neomarica Caerule Fonte: www.https://www.nativoshops.com.br

Figura 25: Urucum - Bixa orellana Fonte: www.https://www.nativoshops.com.br

Figura 26: Ruelia vermelha - Ruellia chartacea

Fonte: www.https://hmjardins.com.br

Figura 27: Cavalinha - Equisetum spp

Fonte: www.https://eic.ifsc.usp.br/cavalinha

Figura 29: Vedélia - Sphagneticola trilobata (L.) Pruski Fonte: www.https://eic.ifsc.usp.br/vedelia

05 CAPÍTULO

ELEMENTOS DE DESIGN: PROJETO CONVIVER

No Bacharelado em design os alunos do Projeto

Extensionista Conviver realizaram atividades específicas para o projeto do Jardim de Chuva. Considerando o Campus como um espaço aberto à comunidade externa, não só acadêmica de alunos e funcionários, os alunos projetaram equipamentos urbanos, dentro do escopo do conviver, que pudessem compor o espaço do jardim e também informar o que é um jardim de chuva. Foram orientados pelos docentes Érico Oliveira e Marcella Ocke que fizeram a integração da graduação com a extensão.

A equipe dos alunos Ana Madella, Fernanda Mie, Lilla Vasquel e Leonardo Aprigliano propôs um totem informativo para facilitar a compreensão do jardim de chuva como uma SBN e seu funcionamento e benefícios para o Campus e para a microdrenagem. Foi projetado um modelo para o Totem em escala 1:5 e o objeto real seria feito em madeira ipê e policarbonato. Na madeira as informações técnicas e no policarbonato um desenho em corte do jardim.

Figura 29: Mockup do Totem feito pelos alunos. Fonte: Alunos do Bacharelado em Design
Figuras 30: Totem, escala 1:5 Fonte: Alunos do Bacharelado em Design.

O aluno Eduardo Feitosa dos Santos projetou um banco para qualificar essa nova área de convivência com uma proposta mais contemporânea e com materiais resistentes às intempéries e baixa manutenção. Com um design mais vazado a estrutura seria em concreto e o assento em ripas de madeira. Foi produzido um modelo em escala 1:4, utilizando a impressora 3D do Laboratório de Design.

Figura 31: Banco em vista oblíqua Fonte: Eduardo F. dos Santos
Figura 32: Banco em vista frontal Fonte: Eduardo F. dos Santos
Figura 33: Desenho do Banco Fonte: Eduardo F. dos Santos

E a equipe dos alunos Guilherme Sales, Maira Alves, Pedro Calazans Também produziram um totem informativo e através do reaproveitamento de materiais no laboratório de design do Campus fizeram um modelo em escala 1:1 com a madeira pinus e o texto impresso na impressora de corte a laser. O uso da madeira trouxe a intenção de usar um material natural e explorar a sustentabilidade utilizando madeira de descarte que pudesse com um acabamento em seladora ficar exposto às intempéries.

Figuras 22 e 23: Jardim alagado pós chuva Fonte: Equipe LAR
Figuras 22 e 23: Jardim alagado pós chuva Fonte: Equipe LAR

CAPÍTULO

06

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades desenvolvidas no Projeto LAR 10 anos - Urbanismo Social e Paisagem Revisitada com foco no Paisagismo Ecológico foram importantes para entender as novas demandas da arquitetura da paisagem. Face os ODS e as questões climáticas que se apresentam, a paisagem atualmente não pode apenas atender requisitos estéticos e funcionais, seu maior papel é ambiental.

Pensar em cidades mais verdes, humanas, resilientes e sustentáveis permeiam as soluções baseadas na natureza e as tipologias de infraestrutura verde são fundamentais nesse novo desenho de paisagem.

É preciso revisitar áreas e atribuir esse novo olhar ecológico nos projetos futuros fazendo uma análise macro, no âmbito regional inicialmente, para poder implementar ações locais efetivas como o que a Equipe LAR experimentou nesta proposta de trabalho.

O Jardim de Chuva piloto, inserido na bacia do Zavuvus, tem sido bastante efetivo desde sua implantação, absorvendo rapidamente as águas pluviais e evitando alagamentos nas áreas próximas à sua implantação. Ele pode ser replicado em demais áreas criando um sistema de espaços livres eficiente na microdrenagem urbana, além do embelezamento da paisagem e a reaproximação da natureza que sempre nos mostrou soluções sustentáveis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORMIER Nathaniel e PELLEGRINO Paulo. Infraestrutura verde: uma estratégia paisagística para a água urbana (2008). Disponível em: https:// doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i25p127-142

OICS (2023). Catálogo de Soluções Baseadas na Natureza para Espaços Livres. Disponível em: https://oics.cgee.org.br/pt/-/cat%C3%A1logobrasileiro-de-solu%C3%A7%C3%B5es-baseadasna-natureza

SOLERA, Maria Lucia (Org.); MACHADO, Aline Ribeiro; CAVANI, Ana Candida Melo; SOUZA, Caroline Almeida; LONGO, Mariana Hortelani Carneseca; VELASCO, Giuliana Del Nero; IKEMATSU, Priscila; AMARAL, Raquel Aguiar Moraes. Guia Metodológico para Implantação de Infraestrutura Verde (2020). Disponível em: https://ipt.br/2021/06/25/guia-metodologicapara-implantacao-de-infraestrutura-verde-livroeletronico/

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