Semestrário 2024 | 01 - v. 9 n. 18 - 2024

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ISSN - 2675-2247

revistas do curso de arquitetura e urbanismo senac | v. 9 n. 18

semestrário fev | jun

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac

v. 9 n. 18

Semestrário ArqLab 2024 | 1 Registro de disciplinas ISSN - 2675-2247

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

Centro Universitário Senac Santo Amaro Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo

Coordenação de curso

Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho

Coordenação e edição

Prof. Dr. Ricardo Luis Silva

Projeto gráfico e edição

Prof. Ms. João Yamamoto

Equipe apoio editorial

Projeto de extensão ARQLAB Senac

Centro Universitário Senac, ARQLAB

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo SENAC – Volume 9 número 18. Semestrário ARQLAB 2024|1.

Centro Universitário Senac - São Paulo (SP), 2024. 252 f.: il. color.

ISSN: 2675-2247

Editores: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva, Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho, Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto

Registros acadêmicos (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário Senac, São Paulo, 2024.

1. Divulgação Acadêmica 2. Produção discente 3. Anuário 4. Graduação 5. Arquitetura e Urbanismo I. Silva, Ricardo Luis (ed.) II. Fialho, Valéria Cássia dos Santos (ed.) III. Yamamoto, João Carlos Amaral (ed.) IV. Título

Corpo docente

Profa. Ms. Adriane De Luca

Profa. Ms. Aline da Silva Escórcio Ribeiro

Profa. Ms. Ana Carolina Mendes

Prof. Esp. Artur Forte Katchborian

Profa. Dra. Beatriz Kara José

Prof. Ms. Caio Luis Mattei Faggin

Prof. Dr. Carlos Augusto Ferrata

Profa. Dra. Carolina Heldt D’Almeida

Prof. Dr. Cassimiro Carvalho Chaves Júnior

Prof. Ms. Dani Hirano

Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto

Profa. Dra. Jordana Alca Barbosa Zola

Profa. Dra. Katia Bomfim Pestana

Profa. Dra. Letizia Vitale

Profa. Ms. Marcella Mussnich Moraes Ocke

Prof. Dr. Marcelo Suzuki

Prof. Ms. Marcelo Luiz Ursini

Profa. Ms. Maria Stella Tedesco Bertaso

Profa. Dra. Mariana Fontes Perez Rial

Prof. Ms. Maurício Miguel Petrosino

Prof. Dr. Nelson José Urssi

Prof. Ms. Paulo Henrique Gomes Magri

Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flôres

Prof. Dr. Ricardo Dualde

Prof. Dr. Ricardo Luis Silva

Prof. Dr. Rodrigo Gutierrez

Profa. Dra. Rita Cássia Canutti

Prof. Dr. Sérgio Matera

Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho

Prof. Dr. Walter José Ferreira Galvão

com contribuições/relatos dos estudantes

1º período - Arthur Araújo Gonçalves, Bianca Hirschmann Branco, Catharina Mota, Geovanna Siqueira, Juliana Soares, Iêda Medeiros, Maria Isabel Fernandes, eThatianne Andrade

3º período - Carlos Amurim, Carolina Sant’Anna, Daniel Inocêncio de Lima, Daniel Muths, Évellyn Rigamonte, Guilherme Morrone, Jéssica Grosse, Laura Drumond, Luciana Housska, Luiza Felix, Luiza Gomes, Maisa Bueno, Maria Eduarda Russo, Marina Oliveira, Pedro Henrique Martins Nunes, Pedro Henriques Pascoal, Rafael Cassiano, Raul Viana, Sabrina de Moura, Samara Barroso Souza, Sarah Siqueira e Victor Henrique Soares Carvalho

4º período - Emerson Carlos da Silva

5º período - Ana Beatriz e Lilian Lima Alencar

7º período - Guilherme Palladini, Heloísa Fos, Karina Fernandes, Matheus Neuber e Tereza Cardoso

Projeto de extensão ARQLAB Senac / Semestrário Carolina Sant’Anna, Diego Gardenal, Luiza Felix, Marina Oliveira, Rafael Cassiano, Raul Viana e Thatianne Andrade

Editorial

Valéria Fialho

Coordenação de Curso

Marcelo Suzuki

Ricardo Dualde

Ricardo Luis Silva

Walter José Ferreira Galvão

Núcleo Docente Estruturante

Este Semestrário, em seu 18º número, traz o registro de nossas atividades acadêmicas entre fevereiro e julho de 2024 (2024|1), apresentando, em formato panorâmico, o elenco das disciplinas ofertadas mesclado a relatos de docentes e alunos sobre as experiências do semestre, seguidos ainda de apontamentos sobre as diversas atividades extracurriculares desenvolvidas.

Nesta edição participaram também da organização e edição do conteúdo a equipe de estudantes do Projeto de Extensão “ARQLAB Senac – Ações de registro e divulgação do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo”. Esta contribuição ativa pretende fomentar ainda mais a desejada relação entre ensino | extensão e promover cada vez mais assertivamente a participação de nossos estudantes neste registro.

Assim, encerramos novamente mais um ciclo, sobre o qual organizamos um olhar não apenas retrospectivo, mas que desenha novos caminhos para o futuro.

Arte: história e expressão

Estudos ambientais aplicados ao urbanismo

Experimentos tridimensionais

Percepção e representação do espaço

Projeto abrigo

1º SEM CURSO 3º SEM 2º SEM PANORAMA

6-23

Compreensão do mundo físico

Formação do solo urbano

Indivíduo e sociedade

Projeto habitação

24-39 40-76

Representação gráfica codificada aplicada ao projeto

Arquitetura e cidade

Estudos Sociais UrbanosPráticas extensionistas

Ferramentas digitais aplicadas ao projeto

Materiais e estruturas

Projeto equipamento institucional

Instalações prediais

Linguagem, imagem e mídia

Patrimônio: conceitos, práticas e intervenções

Projeto edifício multifuncional

Qualificação da cidade: norma, desenho e paisagem

122-151

Eletiva 1

7º SEM

4º SEM 9º SEM

Aspectos da vida urbana

Projeto equipamento cultural 77-93

Conforto ambiental

Escala local e dinâmicas da cidade

Ferramentas digitais avançadas aplicadas ao projeto

Trabalho de conclusão de curso 1

152-171 5º SEM

121

EletivasArquitetura da paisagem / Experimentações projetuais / Projeto espaço objeto / Tecnologia e inovação

Habitação social

Novas tecnologias aplicadas ao projeto

Projeto infraestrutura

Teoria e crítica: método, discurso e valor

Arte: História e Expressão

Gabriel Pedrosa Pedro (diurno)

Ricardo Luis Silva (diurno e noturno)

No escopo da disciplina do primeiro semestre ARTE: História e Expressão, temos uma atividade intitulada CIDADE ESTAMPADA. O exercício consiste numa produção e impressão de cartazes em serigrafia no formato A3, compostos por diferentes matrizes serigráficas e cores disponíveis nas tintas do atelier de Tipografia e Serigrafia do Centro Universitário Senac.

Para a produção das matrizes/telas de serigrafia, os alunos desenvolvem previamente uma pequena coleção de figuras e elementos urbanos anônimos e ordinários na paisagem urbana. Cada um dos estudantes deve captar 10 imagens para montar um pequeno ensaio fotográfico que chamamos de MUSEU É O MUNDO. São 4 imagens de tampas metálicas de caixas de inspeção de infraestrutura urbana, como bocas de lobo, caixas de telefonia, válvulas de incêndio,

1º SEM
Seção 1: Panorama do curso
Figuras 1: Serigrafia - Cidade EstampadaMarcela Sigoli
Figura 2: Serigrafia - Cidade EstampadaTaina Soares

marcas de antigas concessionárias da cidade. Somam-se a elas mais 3 imagens de elementos e/ou mobiliários urbanos, como postes, placas de sinalização, cabines de telefones públicos, hidrantes, lixeiras, bancos, etc. Completando o conjunto/ coleção, mais 3 imagens de pessoas anônimas na cidade, nos seus respectivos cotidianos, com seus gestos, acessórios, interações citadinas com o espaço urbano. Nesse primeiro momento, o interesse está no conjunto compositivo, no olhar atento, na percepção de poética em elementos e momentos banais e “sem qualidades”, na constituição da paisagem da cidade por esses elementos “invisíveis” e “desimportantes”.

De posse de todos os conjuntos fotográficos, os alunos selecionam coletivamente – numa espécie de votação às cegas – 2 imagens mais representativas de cada categoria para serem tratadas graficamente. Cada uma das imagens é interpretada e seus elementos mais marcantes são reforçados e convertidos em figuras em alto contraste para, depois, serem vetorizadas e impressas em fotolito.

Cada uma das imagens é, então, convertida em uma tela serigráfica no laboratório de serigrafia do campus. Munidos das 6 telas, os alunos devem elaborar composições gráficas e cromáticas na construção dos cartazes

CIDADE ESTAMPADA. Nesse momento são debatidos conceitos de composição, linguagem, signos e teoria das cores.

O aprender fazendo é fundamental no processo da atividade, onde o aprendizado sobre as questões teóricas tratadas na disciplina é experimentado a cada nova impressão serigráfica.

No final, cada estudante tem em mãos um conjunto seriado de 3 cartazes impressos em serigrafia, utilizando uma variedade de cores, e assinam a peça gráfica com o acervo de tipos móveis de madeira do laboratório de tipografia.

Estudos Ambientais aplicados ao

Urbanismo

Ana Carolina Mendes (diurno) Ricardo Dualde (diurno e noturno)

A disciplina, que marcou o início da jornada do aluno no curso de Arquitetura e Urbanismo, ofereceu uma visão abrangente sobre a cidade e a complexa rede de características que a compõem. O curso foi desenvolvido a partir de uma abordagem dual, com a introdução ao urbanismo como ciência e a abordagem de temas ambientais, sociais e econômicos no espaço geográfico urbano e, simultaneamente, a abordagem quantitativa com o emprego de softwares que dão suporte à análise urbana.

Além de proporcionar uma visão integrada e complexa, a disciplina procurou auxiliar o aluno a se adaptar ao ensino superior,

desenvolver uma identidade com o curso e com a nova realidade acadêmica. As atividades começaram com a exploração das “cidades escondidas” da Amazônia e do sítio arqueológico de Raimundo Nonato, na Serra da Capivara (PI). Em seguida, foram introduzidos os temas que ilustram a situação urbana propriamente e desenvolvidos em painéis que combinavam elementos conceituais e análise quantitativa através da utilização de dados ilustrativos da diversidade da Cidade de São Paulo.

Na segunda parte do curso, os alunos receberam uma introdução à análise urbana por meio de ferramenta de

Figura 1:
Aula de apresentação parcial dos trabalhos, devolutiva Prof. Dualde.
Figura 2:
Resultado do Exercício de Aplicação. Preparação para exposição.

3:

Exemplos de prancha elaboradas no exercício final, grupo Itaim Bibi (alunas Isabel Lonetta, Isther Sampaio, Luara Nogueira, Maria Isabel Fernandes, Rachel de Oliveira).

geoprocessamento (QGIS). Acredita-se que apesar da introdução precoce desses recursos a abordagem ajudou a integrar diferentes assuntos que posteriormente serão refinados ao longo dos próximos semestres. A realização das análises partiu da escolha de distritos da Cidade de São Paulo, escolhidos pelos alunos com base na proximidade da moradia ou trabalho.

O exercício completo resultou na análise e caracterização dos seguintes temas:

(I) Sítio e características da urbanização; (II) Elementos naturais e sua ocupação; (III) Parcelamento e ocupação do solo; (IV) Densidade e renda; (V) IDH: composição e interpretação, e; (VI) UDH: variações temáticas no distrito.

Figura
Figura 4:
Destaque de prancha elaboradas no exercício final. Grupo Mooca. Alunas: Ariane Aguiar, Cassia Menezes, Melissa Lopes e Pauline Gutierrez.

Experimentos Tridimensionais

Dani Hirano (diurno)

Rodrigo Gutierrez (noturno)

Sérgio Matera (diurno)

1: Panorama do curso

A disciplina “Experimentos

Tridimensionais” ocorre no primeiro semestre do curso e tem uma abordagem prática baseada no uso de maquetes para a realização de experimentos de projeto e estímulo ao reconhecimento de recursos de representação da arquitetura como instrumentos ativos da construção do pensamento.

Um tema importante abordado durante as aulas é a percepção das características dos materiais e suas propriedades físicas, que impactam diretamente na experiência projetual e na própria representação em escala reduzida.

As atividades e experimentos foram desenhados para estimular o diálogo e o compartilhamento, de tal forma que os alunos são convidados a analisar e reconhecer aspectos subjetivos e práticos a partir da observação das maquetes elaboradas.

Os exercícios aumentam em complexidade e escala, tendo conceitos e fundamentos apresentados gradativamente, mas que devem ser abordados sequencialmente agrupados a cada novo experimento.

Figura 1:
Maquetes experimentais exploram a verticalidade, as relações volumétricas e espaciais. Esse exercício foi usado para posterior estudo do desenho de cortes ortogonais.

Figura 2:

Conjunto de maquetes experimentais elaboradas pelos alunos, sendo analisadas e comentadas coletivamente durante as aulas.

Figura 3:

Modelo com material caseiro livre para criação de espaço relacionada a uma escala humana

Figura 4:

Modelo de isopor, construindo quadras abertas relacionando a fruição com lotes vizinhos.

Figura 5:

Modelo de papel paraná ou horle projetando espaços a partir do corte.

Figura 6:

Experimento de espacialidades e volumetrias com módulos. Conjunto exposto para análise orientada e coletiva.

Figura 7: Representação Gráfica do modelo de papel paraná através da técnica de perspectiva cavaleira.

Figura 8 (ao lado):

Modelo de palitos de madeira para construção de um espaço com grande vão alcançado através de treliças planas ou espaciais.

Seção 1: Panorama do curso

Percepção e Representação do Espaço

Artur Katchborian (diurno)

Valéria Fialho (diurno e noturno)

Figuras 1 e 2:
Portfólio Giovanna Varasquim (Noturno)

A disciplina apresenta aos alunos conceitos e técnicas de desenho, ferramenta de linguagem fundamental para o arquiteto e urbanista, buscando o desenvolvimento das habilidades de percepção, investigação, representação e invenção dos estudantes.

Para tanto, se organiza em 2 arcos:

O primeiro arco – instrumental –busca, através de exercícios rápidos e de complexidade crescente, desenvolver as habilidades de percepção, tradução e representação do espaço. Nesta série de atividades, são apresentados aos estudantes conceitos fundamentais como desenho analítico, proporção, representação em perspectiva, entre outros, a partir da exploração dos objetos, dos elementos da natureza, do corpo humano, dos espaços, da arquitetura e da cidade.

A partir da produção deste primeiro conjunto de exercícios, o aluno deve organizar um pequeno portfólio, com 10 trabalhos de sua escolha, sendo assim, também encorajado à prática de registro e curadoria de sua produção.

Figuras 3 e 4:
Portfólio Giovanna Varasquim (Noturno)

O segundo arco – de aplicação – se desenvolve a partir de 2 exercícios mais longos:

Repertório: Neste exercício o aluno deve, a partir de pesquisa de referências (livros, periódicos, portais, sites especializados) eleger objetos de estudo (obras) das seguintes tipologias: habitação unifamiliar, habitação multifamiliar, edifício multifuncional, edifício institucional, pavilhão expositivo. Cada um destes objetos deve ser apresentado/representado com desenhos do aluno. O material produzido é compartilhado com a turma, ampliando assim, o repertório de todos.

Figuras 5 a 7:
Repertório - Ariane Aguiar (Noturno)

Reportagem Gráfica: Neste exercício o aluno deve escolher, de uma lista de 11 obras referenciais da arquitetura paulistana (SESC Pompeia, MUBE, Pinacoteca do Estado de São Paulo e SESC 24 de Maio, Parque Ibirapuera e Memorial da América Latina, FAU USP, Centro Cultural São Paulo, Instituto Moreira Salles e Museu do Ipiranga.), seu objeto de estudo, que deve ser visitado e registrado.

Desta visita e de suas impressões sobre o edifício e, ainda, apoiado por pesquisas complementares (história, iconografia, etc) o aluno deve organizar uma reportagem (textos, imagens e desenhos), com especial atenção no registro de um percurso no conjunto edificado.

1: Panorama do curso

Figura 8: Reportagem Gráfica - Memorial da América Latina - Sophia Nogueira (Diurno)

O desenho livre e pessoal (croqui) é uma importante ferramenta estruturadora do pensamento que permite a transposição daquilo que é um sentimento interior, a percepção, para uma construção que participa uma compreensão de mundo e a revela para os interlocutores mais diversos, assumindo um caráter de limiar entre as diversas possibilidades expressivas e cognitivas.

Este domínio, fundamentado na liberdade expressiva de cada aluno será fundamental para a construção de sua trajetória e é neste contexto que, ao final do primeiro semestre do curso, com a experiência acumulada na disciplina e que é sintetizada no desafio lançado pelo exercício de reportagem, o aluno, de alguma forma, encontrará sua “voz” (ainda que timidamente) e a partir desta vai construir seu percurso de aprendizagem.

Figuras 9 e 10:
Reportagem Gráfica - Memorial da América Latina - Sophia Nogueira (Diurno)

RELATO DE ESTUDANTE

Arthur Araújo Gonçalves | 1o matutino

O desenho é tido como uma linguagem convencionada que, através da visão, pode comunicar ideias e certa concretude através da percepção visual.

Se feito com técnica, ele cumpre a transmissão de formas e ideias, assimilando-as. Essencialmente é uma técnica de representação.

Mas do quê adianta o método sem a incitação?

A técnica não tem vontade própria. Nem se tem imaginação antes de observar (as coisas). Quer dizer, aquilo que se imagina tem origem no que se observa e é (ou não) explorado.

Quando se cria, não é a imaginação o que antevê o desenho?

E não é o desígnio que incita a imaginação?

Esse é um ciclo que, na minha opinião, fundamenta a representação de espaços percebidos ou imaginados. Os percebidos só diferem por já serem concretos, ainda assim o traço é imaginado antes e depois de existir. Essa reflexão foi, em grande parte incentivada, pessoalmente, pelas aulas e atividades propostas que ensinavam a técnica do desenho - para “melhor falar essa língua”.

Figura 1 (página anterior): Exercício de desenho da natureza no campus.
Figuras 2 e 3:
Exercícios de repertório de arquitetura.

Projeto Abrigo

Dani Hirano (diurno e noturno)

Marcelo Suzuki (diurno)

A disciplina introduz metodologias projetuais, dimensionamento e estruturação, bem como as etapas de concepção do projeto arquitetônico (partido e desenvolvimento até a execução).

Figura 1: Exposição dos abrigos no corredor da ala I.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18.

Semestrário ArqLab 2024|1.
Seção 1: Panorama do curso
Figuras 2, 3 e 4: Abrigos para uma pessoa, produzidos com papelão simples

Compreensão do mundo físico

Marcelo Ursini (noturno)

Walter José Galvão (noturno)

Na disciplina foram abordados os conhecimentos relativos à topografia, física aplicada e tecnologia da construção e dos materiais, apresentando as características dos materiais, dos solos e demais elementos formadores do meio ambiente e seu rebatimento na prática de elaboração do projeto arquitetônico.

Assim, primeiramente foram abordados assuntos relativos à cartografia e topografia, mais especificamente o conhecimento e interpretação de mapas, assim como especificidades de localização geográfica de um ponto, como Latitude e Longitude. Também a identificação de pontos cardeais num lugar, a partir do Norte magnético e sua

2º SEM
Seção 1: Panorama do curso
Figura 1: Atividade no canteiro.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figura 2: Atividade no Canteiro Experimental.

diferenciação com o Norte verdadeiro eram comentados.

A seguir eram delineados os preceitos da Planialtimetria necessários para delineação de um terreno, como Azimute e Rumo. Também se abordava o conhecimento básico para a interpretação do seu relevo, como a análise de curvas de nível e sua determinação, assim como os cortes no terreno com a definição de taludes e planificações. Nessa etapa os alunos delinearam as curvas de nível em terreno hipotético, planificando-o e definindo taludes de corte e aterro.

A seguir eram apresentadas todas as normativas, bem como aspectos legais e funcionais para o projeto e implantação do canteiro de obras. Como exercício desta etapa foi feito, em equipe, um projeto de canteiro de obras.

No canteiro experimental, os alunos realizaram atividades práticas de alvenaria. Após receberem orientações, executaram parte de uma parede, utilizando corretamente a argamassa e garantindo o nivelamento das fiadas de tijolos.

Por fim era apresentado o edifício como um sistema, enfatizando os subsistemas da edificação (supra e infraestrutura, vedações, cobertura, fachada e instalações) e os diferentes sistemas construtivos. Era apresentado, teoricamente, as diferenciações entre sistemas construtivos Artesanais, Tradicionais e Inovadores, e detalhados os subsistemas estrutural e vedação, a partir do sistema construtivo tradicional, a saber, concreto armado e alvenarias de tijolos ou blocos (cerâmicos ou de concreto). O trabalho

final constituiu-se numa pesquisa sobre sistemas construtivos considerados inovadores, como Light Steel Frame, concreto PVC, etc.

Formação do solo urbano

Mariana Rial (noturno)

Ricardo Dualde (noturno)

Figura 1: Visita à Av. Paulista.

A disciplina abordou conceitos de morfologia urbana, a história da urbanização de São Paulo e os fundamentos da teoria urbana, contextualizando as transformações das cidades ocidentais a partir do século XIX. As atividades incluíram exercícios de leitura cartográfica, visitas técnicas e discussões em sala de aula sobre textos e temas específicos.

Com base nesse conhecimento teórico e prático, os alunos desenvolveram um projeto urbano na escala da quadra, no bairro do Ipiranga. A delimitação do território foi realizada de forma colaborativa, e as propostas incluíram novos usos para o solo, abertura de vias, definição de tipologias residenciais e projeto da paisagem.

O exercício permitiu avaliar a compreensão dos alunos em relação aos conteúdos abordados, além de desenvolver suas habilidades e competências em projeto urbano.

Figura 2: Seminário intermediário – leitura urbana

Indivíduo e Sociedade

Letizia Vitale (noturno) Ricardo Luis Silva (noturno)

Figura 3: Exemplo de trabalho final – exercício de projeto urbano na escala da quadra.
Figura 1: Cadernos exercício FAZENDO O OUTRO.
Seção 1: Panorama do curso

“O “caráter” é determinado por como as coisas são, e oferece como base de nossa análise os fenômenos concretos do mundo-davida cotidiana. Só assim podemos compreender de modo cabal o genius loci, isto é, o espírito do “lugar” que os antigos reconheciam como aquele “outro” que os homens precisam aceitar para ser capazes de habitar. O conceito de genius loci refere-se à essência do lugar.”

(O fenômeno do lugar, Christian Norberg-Schulz, in Nesbitt, Kate. Uma nova agenda para a arquitetura pg. 449)

Figura 2: Visita etnográfica Mercado Kinjo Yamato.
Figura 3: Mapa Caminhada Bixiga.
Figura 4: Entrega de cadernos dos exercícios Etnografias e Tipos Urbanos.

Projeto Habitação

Katia Pestana (noturno)

Marcelo Ursini (noturno)

1: Casa Estreita: Maquetes e desenhos produzidos pelos alunos no dia da apreciação final do exercício. As maquetes fixadas na altura dos olhos permitiram reflexões muito proveitosas quanto às espacialidades criadas nos projetos.

Seção 1: Panorama do curso

Figura

Foram desenvolvidos dois exercícios durante o semestre: uma casa estreita e habitação coletiva de baixo gabarito e densidade média. A casa estreita deveria ser desenhada em lote de 4x24m com um único alinhamento para uma família multigeracional com pais, filhos e avós. O projeto também deveria contemplar área para bicicletas e espaços de trabalho em home office. A intenção principal do exercício concentrou-se na criação de habitabilidade em tipologia de casa unifamiliar estreita, entre muros, bastante comum no repertório habitacional no mundo todo. Apresentação de projetos de referência, orientações e apreciações coletivas dos estudos

em desenvolvimento enfatizaram as relações entre espaços coletivos e privados, abertos e fechados, espaços ocupados e espaço livre e arranjos no desenho da cobertura como alternativa para prover a habitação de sol, luz e ventilação naturais. Os aspectos dimensionais entre espaços, mobiliários/equipamentos e corpo humano também foram contemplados.

Os primeiros estudos desenvolvidos pelos alunos apontaram soluções baseadas no repertório já vivenciado pelos alunos: adoção de recuos laterais, janelas dispostas para áreas cobertas, domus e claraboias em ambientes de longa permanência e excessiva compartimentação dos espaços. Neste sentido foi

fundamental o estudos de dois

projetos para desnaturalizar a forma da casa reconhecida pelos alunos: a K59 casa e ateliê do K59 atelier do Vietnã¹ e casa da Vila Matilde do escritório paulistano Terra e Tuma². Esse repertório possibilitou que os estudos avançassem para adoção de dois partidos de organização da casa relativos ao desenho do vazio: o jardim/pátio interno descoberto e espaços de articulação, sem necessariamente função programática, cobertos, mas iluminados e ventilados. Outra aquisição importante foi o reconhecimento da continuidade visual /espacial como estratégia de enriquecimento do espaço doméstico normalmente compartimentado e fragmentado.

1 - (https://www.archdaily.com.br/br/924817/k59-casa-e-ateliek59atelier?ad_source=search&ad_medium=projects_tab)

2 - (https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-etuma-arquitetos?ad_source=search&ad_medium=projects_tab)

O projeto de uma habitação coletiva permite, diferentemente ao exercício anterior, a aproximação do olhar dos alunos às questões do desenho da forma da cidade e das relações possíveis entre esses objetos e a vida nos bairros. Definimos como sítio da intervenção o remembramento de vários lotes de uma mesma quadra fazendo frente a uma generosa praça, Horácio Bortz, próxima do campus do SENAC. O rearranjo fundiário proposto definiu cinco novos lotes com área aproximada de 1.000m² todos com frente para a praça. O edifício multifamiliar teve como demanda a construção de prédios com no máximo cinco pavimentos, térreo e mais quatro andares, disposição mínima de 8 unidades, coeficiente de aproveitamento de 1 podendo chegar no máximo a 1,5, adoção de

unidades habitacionais de um, dois e três quartos. Durante as aulas foram construídos repertório e reflexões que identificassem os elementos fundamentais de organização dessa tipologia: geografia do sítio, acessos, circulações coletivas, instalações prediais e modularidade. Complementando o exercício anterior, o vazio coberto ou descoberto, e as

gradações de continuidade visual/ espacial passam a ser entendidos como elementos de demarcações territoriais entre o espaços públicos, coletivos e privados. O resultado final aponta a viabilidade de uma tipologia residencial com densidade média e baixo gabarito já muito utilizada em nossa cidade, mas agora esquecida.

Figura 2 (página anterior):
Habitação coletiva: Maquetes produzidas pela classe dispostas lado a lado conforme nova divisão dos lotes formando uma nova fachada urbana para a praça
Figura 3:
Equipe da disciplina PA Habitação, BAUCAS2NA e professores. No primeiro plano as maquetes finais do segundo exercício do semestre.

Representação

Gráfica Codificada aplicada ao Projeto

Dani Hirano (noturno)

A disciplina de Representação

Gráfica tem como objetivo principal capacitar os alunos a dominarem técnicas de representação gráfica utilizadas na arquitetura, permitindolhes visualizar e comunicar de forma clara e concisa as suas ideias de projeto. Serve como introdução aos alunos ao conhecimento dos principais Elementos Arquitetônicos (sistemas estruturais, vedos e fechamentos de espaços, aberturas por esquadrias –caixilhos – zenitais, coberturas, escadas, rampas e outros elementos) para posterior dimensionamento e adequada

representação gráfica.

Além disso, a disciplina enfatiza a importância da compatibilização entre os diferentes elementos arquitetônicos, buscando otimizar a funcionalidade dos projetos.

1:

2:

dos elementos com codificação e peso gráfico aplicado.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figura
Leitura de desenho de 4 casas de pequeno porte.
Figura
Representação

Seção 1: Panorama do curso

Figura 3: Dimensionamento e desenho de escada dentro do sistema dominó.

Arquitetura e Cidade

João Yamamoto (diurno e noturno)

Rita Canutti (diurno e noturno)

Ao longo do semestre na disciplina “Arquitetura e Cidade”, exploramos a evolução histórica da arquitetura e do urbanismo tendo como ponto de partida os conceitos de construção e arquitetura. A viagem pela história das cidades começou com uma breve contextualização das primeiras civilizações, como a Mesopotâmia e o Egito, onde o conceito de cidade e seus elementos começou a tomar forma, ao mesmo tempo em que fizemos um paralelo com as descobertas recentes de cidades tão antigas nas américas central e do sul. A partir da Grécia e de Roma, pudemos observar a sistematização de um urbanismo que articulava o espaço público, os edifícios monumentais e as infraestruturas essenciais, reflexo do avanço técnico e social da

humanidade. Esses marcos foram contextualizados no desenvolvimento da civilização ocidental, possibilitando o entendimento de como o espaço urbano foi ganhando novos significados e formas ao longo do tempo.

A disciplina enfatizou as relações entre as mudanças sociais e técnicas e as expressões arquitetônicas e urbanísticas. Estudamos as mudanças no modo de vida trazidas pela Revolução Industrial. O Plano de Paris, de Barcelona, as cidades industriais e as transformações que vinham ocorrendo nas cidades dos séculos XVIII e XIX foram objeto de análise, destacando a interseção entre política, tecnologia e o desejo de reorganizar as cidades. Os debates sobre o pensamento moderno foram

Figura 1:
Estudantes do período matutino em caminhada pelo centro de São Paulo.
Figura 2:
Professores e estudantes discutindo o trajeto da caminhada.

particularmente enriquecedores, especialmente em torno das propostas do Movimento Moderno, dos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (CIAMs) e da Carta de Atenas, que influenciaram profundamente as transformações urbanas no século XX. A arquitetura brasileira também teve um papel central nas discussões, assim como a análise do impacto da arquitetura na construção da identidade nacional. Além das aulas teóricas, as atividades práticas incluíram registros individuais das visitas de campo – como as duas caminhadas pelo centro da cidade de São Paulo, a visita à exposição “Paisagem e Poder” no Centro MariAntônia, acompanhados por uma

das curadoras, a arquiteta e professora Paula Dedecca, e a visita à Pinacoteca do Estado de São Paulo –, debates em seminários e a realização de um trabalho final. Este consistiu em um estudo analítico e reflexivo sobre uma obra de arquitetura na cidade de São Paulo, que resultou em uma exposição, sintetizando o aprendizado adquirido ao longo do semestre e gerando uma produção que procurou extravasar o espaço e o tempo da disciplina.

Figura 3:
Estudantes do período noturno em visita à Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Seção 1: Panorama do curso
Figura 4: Visitas técnicas Grandes Obras e Paisagem e Poder.
Figura 5: Visita à exposição Paisagem e Poder no Centro MariAntônia.
Figura 6: Exposição em processo de montagem.

RELATO DE ESTUDANTES

Daniel Muths, Luiza Felix, Luiza Gomes e Marina Oliveira | 3o matutino

Com certeza, esse foi um dos trabalhos mais divertidos e curiosos que já fizemos. Além de termos visitado o edifício em frente ao Copan e descoberto que, exatamente uma semana antes da nossa visita, a sede do Bradesco, que funcionava ali, havia sido fechada, tivemos a oportunidade, durante as pesquisas, de conhecer o acervo da biblioteca da FAU-USP, onde buscamos desenhos, plantas, revistas, livros, artigos e textos relacionados ao Projeto Hotel Copan e ao arquiteto responsável pelo projeto, Henrique Mindlin.

Seção 1: Panorama do curso
Figuras 1 e 2: Pranchas de apresentação do trabalho sobre o edifício Hotel Copan.
Figuras 3 e 4: Visita ao acervo da Biblioteca da FAU-USP
Figura 5: Montagem da exposição dos trabalhos.

RELATO DE ESTUDANTES

Guilherme Morrone, Rafael Cassiano e Raul Viana | 3o noturno

Pesquisa e análise de obra de arquitetura do edifício Esther e edifício Arthur Nogueira, ambos dos arquitetos Adhemar Marinho e Álvaro Vital Brazil. O produto final foi composto por 6 pranchas + 1 maquete volumétrica (produzida com uso da máquina brother).

Seção 1: Panorama do curso
Figuras 1, 2 e 3: Pranchas de apresentação do trabalho sobre os edifícios Esther e Arthur Nogueira.
Figura 4: Maquete volumétrica do conjunto.

RELATO DE ESTUDANTE

Sarah Siqueira | 3o matutino

Esse trabalho se mostrou uma rica experiência, em que cada membro pôde destacar suas habilidades em partes específicas do processo. Como resultado, o bom trabalho em equipe foi evidente em cada etapa, refletindo no produto final entregue. Além disso, o projeto foi extremamente enriquecedor, permitindo-nos explorar novas técnicas e tecnologias em sua produção. Além das pesquisas, tivemos a oportunidade de treinar habilidades práticas na confecção de maquetes e pranchas. O que ampliou nossa compreensão e domínio desses elementos fundamentais para a arquitetura.

Figuras 1, 2 e 3: Maquete e desenhos desenvolvidos para a pesquisa sobre o edifício Japurá, do arquiteto Eduardo Kneese de Mello.

Estudos Sociais

Urbanos - práticas extensionistas

Ana Carolina Mendes (diurno)

Carolina Heldt (noturno)

Mariana Rial (diurno)

A disciplina Estudos Sociais Urbanos - Práticas Extensionistas inaugura no curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac a extensão curricular. Há mais de uma década temos a extensão em prática, porém, pela primeira vez dentro do Projeto Pedagógico ela aparece como uma disciplina obrigatória.

Ofertada no 3° semestre, módulo inicial do curso, compreendemos a função da disciplina a partir de dois objetivos principais: (1) instigar os alunos a pesquisar e criar repertório sobre seu próprio papel no universo da arquitetura e urbanismo e como desdobramento dessa construção e (2) impactar determinado grupo de pessoas da sociedade no entendimento do que esse campo de trabalho é capaz.

A disciplina se dividiu em três momentos: um inicial de apresentação de conteúdos e repertório iniciais; um segundo momento de organização coletiva da Semana de Arquitetura SENAC, já como parte da prática extensionista e; por fim, um terceiro momento de levantamento e produção da pesquisa final. Esta pesquisa foi construída coletivamente ao longo do semestre, e se iniciou com cada aluno entrevistando cinco pessoas sobre o papel do arquiteto urbanista na sociedade e como seu trabalho as impactam no dia a dia. Os entrevistados não poderiam ser do Senac, não poderiam ser arquitetos e urbanistas e deveriam ter, se possível, entre 18 e 30 anos. Para tal, consensuou-se junto à

turma que as questões seriam:

1. O que faz um arquiteto urbanista?

2. Como essa prática interfere no seu dia a dia?

As respostas foram as mais diversas, mas observamos que a maioria entendia o projeto de interiores e edificações como atribuição principal, senão única, da profissão.

Com base nesse retorno, elaboramos o caderno aqui apresentado, como ferramenta de difusão para a comunidade dos tipos de projetos e práticas possíveis de serem concebidos e desenvolvidos por arquitetos urbanistas. Todo o trabalho caminhou de forma coletiva e as categorias e conteúdos foram organizados ao longo de diversas aulas pelos alunos, a partir de pesquisas

orientadas pelas professoras. Estas categorias resultaram da discussão coletiva da sala a partir do conteúdo estudado nas primeiras aulas, a saber: atribuições definidas pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo

– CAU-BR, exemplos iniciais de práticas não convencionais, conceituação de Assistência Técnica para Habitação de Interesse social – ATHIS e vínculos da arquitetura e do urbanismo com os Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável da ONU – ODS/ONU. São, assim, diferentes entre a turma da noite e a da manhã.

Categorias e subcategorias:

1. ARQUITETURA DA EDIFICAÇÃO

1.1 Projetos de infraestrutura

1.2 Arquitetura educacional

1.3 Arquitetura esportiva

1.4 Arquitetura hospitalar

2. ARQUITETURA PAISAGÍSTICA

2.1 Projetos paisagísticos em áreas públicas

2.2 Projetos paisagísticos em áreas privadas

2.3 Projetos paisagísticos em estruturas elevadas

2.4 Reinserção paisagística de estruturas existentes

3. PATRIMÔNIO E RESTAURO

3.1 Restauração e preservação em área pública

3.2 Restauração e preservação em área privada

4. PLANEJAMENTO REGIONAL

4.1 Sistemas de transporte

4.2 Turismo

4.3 Plano Diretor

5. PROJETOS URBANOS

5.1 Requalificação de espaços públicos

5.2 Projetos de habitação em escala urbana

5.3 Praças como conexões

6. PROJETO EFÊMEROS

6.1 Instalações temporáriaspavilhões

6.2 Instalações temporáriasexpografia

6.3 Cenografia - audiovisual

6.4 Cenografia - teatral

6.5 Projetos emergenciaishabitação

6.6 Projetos emergenciais - hospital

7. PESQUISA E CRÍTICA

7.1 Historiografia e crítica

7.2 Teoria e prática

7.3. Cidade e gênero

8. HABITAÇÃO

8.1 Edifícios multifamiliares

8.2 HIS /HMP

8.3 ATHIS

Esse caderno, então, foi reapresentado, na etapa final da disciplina, às mesmas cinco pessoas entrevistadas no início do semestre, as quais foram chamadas a responder se a sua visão sobre a profissão havia se transformado, através de formulário no Google Forms.

A expectativa é que esse produto, para além do grupo entrevistado no âmbito da disciplina, possa ser amplamente divulgado e colabore no entendimento das contribuições possíveis do arquiteto urbanista para a sociedade.

Os link para o caderno completo foi publicados na plataforma ISSUU, página do Arqlab (plataforma de divulgação das Revistas do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac) e plataforma

Seção 1: Panorama do curso

Figuras 1 e 2: Semana de Arquitetura - cartaz de divulgação e auditório com pláteia.
Figura 3: Alunos, professoras e o convidado Nabil Bonduki após sua palestra na Semana de Arquitetura.
Figura 4: Processo de seleção dos temas para o caderno final.
Figura 5: Capa do caderno final.

Blackboard, encontrando-se publicamente acessíveis em: https://issuu.com/arqlabsenac/ docs/au_o_papel_e_as_praticas_esu_m

Em nossa avaliação, o resultado deste trabalho demonstra o engajamento significativo e a comunicação eficaz durante todas as fases do processo de pesquisa realizado.

Pensado principalmente para aqueles que não são da área, com informações e exemplos de projetos para chamar a atenção do leitor, o objetivo de aproximar do público externo temas relacionados aos diversos âmbitos de atuação do arquiteto foi alcançado através de um desenvolvimento coletivo bemsucedido.

A partir da metodologia proposta,

foi possível apresentar cada uma das atividades e práticas profissionais, bem como explorar a regulamentação de certas atividades, a organização por trás de projetos urbanos e projetos habitacionais, quais órgãos públicos participam de algumas dessas atividades e para quem são destinados. O produto procurou sintetizar estes conhecimentos.

O controle do retorno através de um grupo restrito de entrevistados, de idades variadas, porém concentrados na faixa etária dos 19 anos, permitiu mensurar o impacto do material num grupo social externo, quantificando em que medida sua percepção foi transformada a respeito do papel da arquitetura e do urbanismo na sociedade.

O levantamento inicial mostrou

que, para a maioria das pessoas, a atuação do arquiteto se resumia a criar projetos de casas e edifícios e a desenvolver projetos de design de interiores. Após a leitura do material apresentado, pudemos constatar através do retorno dos entrevistados que cerca de 60% responderam que o conteúdo mudou totalmente sua percepção sobre o tema. Para 34%, houve mudança parcial ou enriquecimento do conhecimento sobre as práticas.

O resultado do trabalho foi considerado satisfatório de acordo com a opinião do grupo de controle. A maioria dos participantes destacou a qualidade do produto. Assim, pensamos que o objetivo de “fazer conhecer a profissão” e sua ampla área de atuação foi alcançado, fazendo

“brotar” uma semente de curiosidade pelas áreas apresentadas naqueles que tiveram acesso ao caderno. O resultado é um trabalho abrangente, informativo, refletindo o esforço conjunto e a dedicação compartilhada das equipes.

Figuras 6 e 7:
Exemplos de páginas do caderno final.
Figura 8: Página do caderno final com trechos da enquete.

Ferramentas digitais aplicadas ao projeto

Aline Ribeiro (matutino e noturno)

Paulo Magri (matutino e noturno)

A disciplina apresenta os recursos do desenho assistido por computador necessários para o desenvolvimento de todas as fases de projeto em arquitetura e urbanismo (do estudo preliminar ao projeto executivo), abordando o caráter interdisciplinar dos recursos de computação gráfica, orientando para consulta às normas da ABNT pertinentes à representação em arquitetura. Desenvolvemos habilidades em modelagem bidimensional e tridimensional, capacitando o corpo discente à execução dos desenhos necessários

para produção, interpretação e apresentação dos projetos.

Optou-se por utilizar como referência para execução dos exercícios, a Casa e Estúdio na Vila Romana (2006), projeto do escritório MMBB Arquitetos.

O projeto, construído em concreto armado, está implantado em uma área bastante íngreme, com 10 metros de diferença entre o ponto mais alto e o mais baixo do terreno. O programa está distribuído em três pavimentos mais a cobertura. No pavimento inferior semienterrado estão o estúdio e a garagem, no pavimento térreo, cota mais alta do terreno, se encontra o acesso à casa, os ambientes residenciais estão concentrados no nível superior que é suspenso em relação à rua. Em contraposição a brutalidade do concreto, a casa

possui grandes caixilhos de vidro, brises metálicos e guarda-corpos com desenho simples. A casa dispõe de elementos arquitetônicos que possibilitam amplo desenvolvimento dos alunos no estudo do desenho e da modelagem de arquitetura assistida por computador, como terreno íngreme com planta que possui inclinações e curvas, estrutura em concreto, caixilhos e portas personalizadas. Foram utilizadas como base de referência para as atividades da disciplina os desenhos do projeto executivo, desenhos de publicação, fotografias e textos sobre a casa. Durante o semestre, os estudantes foram incentivados a consultar as diferentes formas de representação para compreensão mais completa da obra.

Figura 1: Desenhos de Planta Baixa do exercício do aluno Pedro Henriques Pascoal.

As atividades da disciplina foram divididas em três etapas, sendo as duas primeiras produzidas em AutoCAD e a última em SketchUp. Na primeira etapa foi avaliada a compatibilidade dos desenhos de planta em relação às bases utilizadas, a organização do arquivo e utilização correta dos recursos de layers, blocos e hachuras. Na segunda etapa foi trabalhado o desenho de corte, a inserção de textos, cotas e símbolos, a formatação de pranchas e ajustes de representação gráfica. Além disso, os estudantes

fizeram a impressão em folha sulfite A3 de uma das pranchas para que pudessem avaliar a representação gráfica configurada no software. A terceira etapa consistiu na modelagem tridimensional da casa, utilizando como base os desenhos produzidos no AutoCAD nas etapas anteriores. Foram avaliadas a compatibilidade do modelo em relação aos desenhos bidimensionais, a aplicação de materiais, a utilização de componentes e a organização do arquivo utilizando o recurso de tags (etiquetas).

RELATO DE ESTUDANTE

Pedro Henriques Pascoal | 3o matutino

Figura 2: Desenhos de Corte do exercício da aluna Luciana Housska.

Aprender Sketchup e modelar essa casa foi assustador no início, mas depois que pegamos o jeito com o software, passamos a vê-los de outra forma. Gostei muito do resultado desse trabalho, pois me esforcei muito para atingi-lo.

Figura 1: Modelagem da Casa Vila Romana no Sketchup.

Materiais e estruturas

Caio Faggin (noturno)

Marcelo Suzuki (diurno e noturno)

Sergio Matera (diurno)

Aproximação com a intuição estrutural, sentimento do caminho das forças e visualização da divisão de componentes da superestrutura até as fundações, noção de reação, o vão e a viga em expressões numéricas e gráficas, o pilar em expressões numéricas e gráficas.

Análise geral de materiais usados nas estruturas e exemplos em concreto armado e protendido; aço; madeira e

estruturas mistas.

Introdução ao conhecimento de solos e trabalhos de contenção e fundações.

Elaboração de exercícios que acompanham os temas: a estrutura de uma casa (tomando como base a casa que os próprios alunos tinham projetado no semestre anterior) e projeto de uma quadra coberta.

Seção 1: Panorama do curso

Figuras 1 e 2:
Exemplos de projetos para uma quadra coberta.
Figura 3:
Desenhos e esquemas de estudo para estrutura de uma casa.

RELATO DE ESTUDANTES

Carlos Henrique Amurim e Douglas de Souza Matos | 3o noturno

A matéria de Materiais e Estruturas trouxe diversas perspectivas diferentes sobre os conceitos, implantações e comportamentos sobre diversos materiais e de como aplicá-los corretamente em nossos projetos. A atividade da Cobertura da Piscina Semiolímpica foi um exemplo crucial de como implantar esses diversos conhecimentos que tivemos ao decorrer do semestre e vê-los sendo colocados em prática através do projeto e maquete.

O projeto traz o uso de tirantes com a cobertura curva sendo inspirados nas ondas do mar, o objetivo do projeto é trazer leveza e equilíbrio com a ausência de pilares internos valorizando o balanço e a paisagem do local. O maior desafio foi o dimensionamento dos tirantes junto ao tamanho do balanço da cobertura, sem deixar de atender as normas e a física que iria manter a cobertura estável.

A experiência em realizar a maquete foi algo muito legal e significativo para nós, a realização com o acrílico fez com que o resultado se tornasse melhor do que imaginávamos, trazendo a transparência e leveza do qual desde o início pretendíamos ter em nosso projeto.

Seção 1: Panorama do curso
Figura 1: Corte AA.
Figura 2: Maquete com os desenhos de projeto fixados na parede.
Figura 3: Maquete na exposição da turma.

RELATO DE ESTUDANTES

Carolina Sant’Anna do Nascimento e Luiza Gomes de Oliveira | 3o matutino

Nosso norte principal para elaboração da estrutura foi garantir uma boa iluminação e ventilação para os jogadores e telespectadores presentes; a inclinação do shad presente na estrutura foi calculada para que a luz solar não entrasse diretamente na quadracausando assim um desconforto visual e térmico na arquibancada. Durante a finalização da maquete percebemos uma inconsistência na estrutura, já que tivemos que apoiar a maquete com garrafas até que estivesse colada, uma vez que a estrutura por si só não era autossuficiente. Apesar do perrengue, serviu como aprendizado para futuros projetos estruturais.

Apesar de não linear - a diversidade de ideias que tivemos atrasou um pouco o início - o processo foi divertido e o resultado muito satisfatório.

Seção 1: Panorama do curso
Figura 1: Planta baixa, Elevação Frontal e Cortes AA e BB.
Figuras 2 e 3: Detahes da maquete em exposição.

RELATO DE ESTUDANTES

Pedro Henrique Martins e Daniel Inocêncio de Lima | 3o matutino

Esse projeto foi muito positivo de se trabalhar, a matéria em si trouxe novos conceitos de estruturas nos quais são extremamente importantes na produção projetual, e podem não ser somente uma sustentação de seu projeto, mas sim a ideia na qual você quer que esse projeto passe. Então baseado nessa reflexão, projetamos uma cobertura com formatos curvos e de grande dimensão, utilizando de uma estrutura que, em si, é bem pesada, porém a cobertura que vem por cima é leve, criando essa impressão de grandiosidade delicada aos olhos externos do projeto, nos desafiamos ao criar um relevo onde não estava previsto no programa original, pois queríamos trabalhar o desenho da estrutura com a visão das pessoas e as sensações que elas teriam ao entrar no volume. Ela cria um segmento de treliças que ao longo do volume vai mudando o angulo, para criar justamente uma aparência de capa e criar um efeito ilusório interessante, tanto internamente, quanto do lado de fora.

Seção 1: Panorama do curso
Figura 1: Desenhos técnicos da cobertura.
Figuras 2 e 3: Maquete representando um par de mólulos da treliça.

RELATO DE ESTUDANTES

Pedro Henriques Pascoal e Maísa Bueno | 3o matutino

Esse projeto foi muito divertido, desde a sua concepção até a construção da maquete final. Buscamos nos empenhar em entender ao máximo a lógica estrutural da forma e partir disso conseguimos avançar dia após dia, com desenhos e maquetes preliminares até finalmente conseguir realizar a maquete final que viria a ser exposta.

Figuras 1, 2 e 3:
Detalhes da maquete de estudo da cobertura de quadra esportiva.

RELATO DE ESTUDANTES

Seção 1: Panorama do curso

Rafael Cassiano de Oliveira e Raul
Lopes Viana | 3o noturno
Figuras 1, 2 e 3: Estudos para o projeto estrutural de uma cobertura para piscina semiolímpica.

RELATO DE ESTUDANTES

Sabrina de Moura, Luciana Housska e Laura Drumond | 3o matutino

O projeto consiste em uma quadra poliesportiva com estrutura tipo Shed nas dimensões de 45x30m. Foi utilizado o sistema de madeira laminada colada(MLC) que garante agilidade na construção e estabilidade na estrutura .

Para vencer o vão de 30m, foram escolhidas vigas mestras em treliça e vigas secundárias meia tesoura do tipo Howe em madeira,apoiadas em pilares do mesmo material.

A cobertura com 3 sheds garante ao local uma entrada maior de luz natural. A vedação consiste em placas cimentícias no lado da arquibancada , caixilhos e painel ripado em madeira nas outras partes da quadra, tendo como objetivo a possibilidade de serem desmontadas e transportadas quando se julgar necessária a ampliação.

A cobertura em Shed, respeita a inclinação de 18% da telha utilizada - metálica sanduíchedirecioda a viga mestra: vencendo o vão de 30m. Espaçamento entre as vigas 15m.

DIMENSIONAMENTO

Viga secundária : espaçamento entre as vigas 7.5m

Terça: espaçamento entre as terças: 2.5m

Altura dos pilares: 7m

CARGAS EXERCIDAS

Cargas Permanentes: peso da própria estrutura.

Cargas Variáveis: vento, chuva e temperaturanando as águas pluviais para as calhas.

Seção 1: Panorama do curso

Figuras 1, 2 e 3: Maquete da cobertura projetada em exposção no corredor da ala G.

RELATO DE ESTUDANTES

Victor Henrique Carvalho | 3o noturno O projeto foi repaginado e alterado por completo, visando uma nova proposta de cobertura para a implantação de um clube aquático. O projeto apresenta abertura solar pelo desnivelamento entre as treliças. Possui um amplo mezanino e 3 vestiários (Masculino, feminino e infantil) com acesso direto à piscina.

Figuras 1, 2 e 3:
Desenhos técnicos e maquete volumétrica da estrutura

Projeto equipamento

institucional

Carlos Ferrata (diurno)

Katia Pestana (noturno)

Letizia Vitale (diurno)

Mariana Rial (noturno)

Matutino

Ferrata e Letizia Vitale

A disciplina de projeto de arquitetura para o terceiro semestre tem como objetivo habilitar o aluno a desenvolver um projeto com uma complexidade programática distinta da que vinha desenvolvendo nos semestres anteriores, que tinha a habitação tema.

O equipamento proposto como exercício foi o projeto de uma Escola de Ensino Infantil, a ser implantada em um terreno de aproximadamente 1200m² (20mx60m) muito próximo ao CAS (Centro Universitário Senac- Santo Amaro) situado entre a rua Professor

Campos de Oliveira e a rua Emb. Pedro de Morais.

Este semestre se iniciou com uma leitura urbana do “lugar” escolhido para o exercício projetual. A visita com levantamento destacou o entorno e reconhecimento da praça como espaço público relevante para o equipamento escolar infantil.

O projeto do equipamento escolar foi desenvolvido durante todo o semestre e para cada fase do trabalho foram enfatizados determinados aspectos. Num primeiro momento, os alunos foram estimulados a analisar as características do programa de necessidades, suas especificidades de uso, o desenho dos ambientes e os elementos que os constituem, suas áreas e as possíveis articulações entre as partes. Paralelamente a essa leitura, deveriam entender o sítio,

suas dimensões, acessos, limites, topografia, orientações e relações com a morfologia do entorno.

Num segundo momento, enfatizamos mais as questões construtivas, modulação, materialidade, vedações, circulações horizontais e verticais, assim como a consolidação ou revisão do que havia sido proposto anteriormente.

Para cada uma dessas etapas, os alunos, em grupos, expunham os trabalhos em painéis, com desenhos em escalas diversas (1:500, 1:200 e 1:100) e maquetes, para que pudéssemos apreciá-los e avaliá-los. Avaliações que foram feitas de modo a estimular a troca e o aprendizado coletivo, no sentido de que cada grupo pudesse aprender com o trabalho do outro.

Noturno

A disciplina trabalhou ao longo do semestre habilidades relativas ao exercício projetual em sua relação com a escala local, na compreensão do programa de necessidades de média complexidade e na aproximação a questões de sítio e topografia. Para tal, o objeto de estudo foi uma escola de educação infantil em lote com 7m de declividade e inserido no tecido urbano em área de uso predominantemente misto, com acesso por duas faces. Esta configuração permitiu aos alunos explorarem acessos e organização espacial da escola considerando sua relação com ambas as faces, uma em avenida e outra voltada para praça pública com a presença de um córrego. As questões técnico-construtivas foram abordadas preliminarmente, com o objetivo de introduzir aos estudantes a questão da escolha de sistemas estruturais desde as decisões de concepção e partido.

A metodologia incluiu exercício preliminar em lote dado e programa simples (pavilhão para ateliê), voltado para a experimentação formal e construção da ideia de partido arquitetônico; apresentação de projetos de referência para construção de repertório, visita a área escolar com programa e inserção urbana semelhante, apresentação de metodologia para o projeto do edifício e orientações em grupo e coletivas. Incluiu também a construção de maquete coletiva com entorno, para incorporação das maquetes de cada equipe no terreno escolhido e respectiva modelagem do terreno. O resultado foi um conjunto bastante satisfatório de projetos que, para o terceiro semestre, mostra a apreensão dos conceitos e métodos por parte dos alunos.

Figura 1: Visita técnica ao CEU Butantã.
Figura 2: Construção da maquete coletiva.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figura 3: Maquetes dos projetos finais.
Figura 4: Encerramento da disciplina.

Aspectos da vida urbana

Seção 1: Panorama do curso

4º SEM
Figura 1: Cartografia Coletiva da Vida Urbana da República.

As aulas da disciplina ASPECTOS

DA VIDA URBANA foram “divididas” em três territórios: VIDA URBANA, TÁTICAS e CARTOGRAFIAS, todas elas têm caráter teórico-reflexivo e também expressivo-experimental. Oscilaremos entre conteúdos apresentados em formato expositivo, seguido de debates e conteúdos que serão tratados de forma agenciadora para experimentos expressivos de especulações e das questões tratadas abstratamente nos debates prévios.

Dentre os exercícios desenvolvidos durante o semestre, vale destacar a produção dos Fascículos da Vida Urbana, uma documentação de aspectos da vida urbana da região da República. A apresentação das observações e registros foi organizada em folhetos dobráveis, num formato 17x22cm e linguagem livre à escolha de cada grupo de alunos.

2024|1.

Figura 2: Detalhe da Cartografia Coletiva da Vida Urbana da República.
Figura 3: Maquete da rua 7 de abril em escala 1:200
Seção 1: Panorama do curso
Figura 4: Caminhada pelas ruas e galerias da República par levantamentos de aspectos cotidianos da vida urbana da região.

Figura 5: Fascículos da Vida Urbana produzidos pelos alunos. Cada grupo registrou e documentos as práticas e dinâmicas cotidianas de locais da região estudada.

do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Seção 1: Panorama do curso

Figura 6:
Fachadas desenhadas pela turma de ambas as “peles” da rua 7 de abril. Na frente, o lado da maquete representando a face ímpar da rua.

Conforto ambiental

Tendo como objetivo a incorporação pelos alunos dos fundamentos do conforto ambiental nas práticas acadêmicas e futuras práticas profissionais de projeto, a disciplina trabalha o conhecimento e uso das tecnologias passivas para prover Conforto Ambiental Térmico, bem como os aspectos da acústica e da luminotécnica e suas aplicações no projeto arquitetônico. Digno de nota que, esse semestre, a disciplina foi ofertada apenas no período noturno.

O produto da disciplina foi separado, tratando-se da primeira parte de uma proposta de ações no projeto arquitetônico (módulo escolar), tendo como premissa a adaptação de uma edificação ao clima onde está

inserida, a partir da determinação da zona bioclimática específica citada na norma brasileira NBR 15220 e a escolha de materiais constituintes das vedações externas, assim como a cor das superfícies exteriores. Estas escolhas são baseadas nos limites máximos preconizados na referida norma, usando indicadores como Transmitância Térmica – U (W/m²K) e absortância (a) de raios solares. Ainda, são dimensionadas as aberturas dos ambientes para privilegiar a ventilação natural e definidos elementos de sombreamento (brise soleil). Também, são determinadas as vedações verticais internas divisórias entre as salas de aula para prover a privacidade de ambientes contíguos. Igualmente são

Figura 1: Trabalho de Avaliação 3 da disciplina.
Figura 2: Trabalho de Avaliação 2 da disciplina.

escolhidos os materiais de acabamento para adequação acústica dos espaços interiores, a partir da regulação do Tempo de Reverberação (TR) adequado. Isso tudo foi apresentado em prancha A1 agregando todas as propostas das equipes de até 3 alunos.

A segunda e última parte do produto, tratava-se de um projeto luminotécnico para uma sala com uso pré-definido, sendo loja de departamentos, escritório, salas de aula, dentre outros. Nesse projeto, necessariamente, era adotada a estratégia de iluminação geral, quando as equipes verificavam e utilizavam as particularidades de cada uso do ambiente.

Escala local e dinâmicas da cidade

“HISTÓRIA, MEMÓRIA E O TEMPO DO PRESENTE E DO FUTURO”

(SOMEKI N.; JUNIOR SIMOES J. (org) “Bixiga em três tempos” São Paulo, Ed. Romano Guerra, 2020)

Expressão que sintetiza a complexidade da área escolhida no distrito Bela Vista: Bixiga.

A didática da disciplina promove diferentes abordagens de modo a compreender e enfrentar a complexa estratificação histórica na produção e reprodução do tecido urbano e social do Bixiga.

-Integração de trabalho, metodologia e referências com a disciplina de Projeto de equipamento cultural.

-Leitura urbana multiescalar promovida da abordagem interdisciplinar, análise do recorte urbano, identificação dos conflitos, levantamento dos condicionantes derivados das especificidades do lócus físico e geográficos.

-Leitura e identificação dos impactos socioeconômicos da obra da nova estação do metrô linha laranja.

-Projeto urbano que enfrenta as complexidades e lança hipóteses para o futuro Bixiga.

3: Maquete de produção coletiva, com topografia e morfologia. Presença volumétrica das intervenções propostas pelos alunos.

Figuras 1 e 2: Caminhada no Bixiga revelando os elementos escondidos: Nascente Saracura.
Figura

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figura 4: Mapa Síntese da leitura e Diretrizes para transformação.
Figuras 5 e 6: Trabalho em grupos e coletivo em sala de aula.

Ferramentas digitais avançadas aplicadas ao projeto

Essa disciplina ocorre no quarto semestre do curso e está focada no uso de recursos digitais como suporte ao projeto e durante o primeiro semestre de 2024 a ferramenta utilizada foi o REVIT 2024.

As aulas ocorreram seguindo duas partes com estratégias didáticas complementares:

1) aulas expositivas com aplicação prática dos fundamentos e lógica do software adotando uma modelagem experimental;

2) aplicação dos fundamentos na modelagem de um projeto de referência, simulando práticas profissionais e apresentação de recursos intermediários e avançados conforme demandas.

Durante a primeira parte os alunos experimentaram o software de forma orientada, seguindo instruções e explicações do professor, já na segunda foi solicitado que cada um escolhesse um projeto com características delimitadas, a saber: metragem, quantidade de pavimentos, tipo de uso e época de produção. Um critério importante foi o acesso a desenhos e informações que viabilizassem a modelagem tridimensional parametrizada em BIM, o que levou aos alunos entrarem em contato com os profissionais/autores dos projetos selecionados para obtenção de informações complementares.

Esses projetos foram usados como referência para validação e consolidação dos fundamentos estudados na primeira parte da disciplina, além de criar tensionamentos críticos quanto às limitações do software e a necessidade de buscar soluções peculiares a cada caso. Além da modelagem da informação tridimensional, foram abordadas ferramentas de publicação procurando estimular a aplicação da linguagem de desenho técnico arquitetônico de forma consistente.

Figura 1: Vistas tridimensionais de modelos BIM gerados a partir de arquiteturas de referência elencadas pelos alunos seguindo critérios previamente estabelecidos como: metragem, época de produção e tipologia.

Projeto equipamento

cultural

Adriane de Luca (noturno)

Jordana Zola (noturno)

Neste semestre, a disciplina Projeto Equipamento Cultural se propôs a trabalhar em conexão com a disciplina Escala Local e Dinâmicas da Cidade, tendo a região do Bixiga como área de estudo e atuação. A proposta esteve fortemente ligada às discussões sobre a preservação da memória afro diaspórica do Bixiga. Quatro terrenos subutilizados da região foram selecionados para o desenvolvimento do Projeto de um Equipamento Cultural “explodido”: terreno 01. Rua São Domingos, 57; terreno 02. Rua Manuel Dutra, 332, terreno 03. Rua São Vicente, 210-222 e terreno 04. Rua Conselheiro Carrão, 107.

O trabalho foi realizado em equipes de 3 e 4 estudantes, tendo cada estudante selecionado um dos terrenos para implantar parte do programa geral do Equipamento Cultural, de acordo com a análise urbana do entorno, o potencial construtivo permitido e a adequação dos usos e atividades previstos às dinâmicas locais. Embora as edificações fossem separadas, distribuídas nos terrenos distintos, pressupunha-se a busca de uma unidade conceitual da proposta pelo grupo.

Figura 1:

Desenvolvimento do projeto em sala de aula.

Figura 2:

Lavagem da Treze de Maio pelo grupo Ilú Obá de Min.

As atividades propostas foram exercícios curtos distribuídos durante o semestre, incluindo um breve exercício inicial de aproximação à expografia e à cenografia. Desta maneira, o produto final, o Projeto Completo, pôde ser desenvolvido através de um processo progressivo continuado, com avaliações através de discussões coletivas e sendo o resultado do somatório dessas sucessivas etapas do processo de investigação.

1: Panorama do

Exercícios propostos

Exercício E01. Visita ao terreno (cortes)

Exercício E02. Exposição Produção Senac

Exercício E03. Programa de Necessidades

Exercício E04. Projeto: Partido (maquete e croquis)

Exercício E05. Projeto: Construção (cortes)

Exercício E06. Projeto Completo

Visitas externas

Ao longo do semestre, foram realizadas 3 visitas externas com o acompanhamento das docentes da disciplina de Projeto Equipamento Cultural e de Escala Local e Dinâmicas da Cidade:

1. Caminhada pela região da Av. Paulista, Bela Vista e Bixiga;

2. Visita ao Centro Cultural São Paulo;

3. Acompanhamento da tradicional Lavagem da Treze de Maio pelo grupo Ilú Obá de Min.

RELATO DE ESTUDANTE

O projeto teve como local de inserção o recorte do Bixiga, na Bela Vista, tecido urbano de grande importância cultural na cidade de São Paulo.

A intenção do projeto seria abrigar um programa com objetivo de ser um lugar que abrace a comunidade local, tenha uma conexão com o tecido urbano e seja palco de diversos eventos, sendo os principais espaços: Teatro/Auditório, Sala Comunitária, Cozinha Comunitária e Área para Eventos. Todo esse programa distribuído em dois blocos com cinco pavimentos ligados por passarelas e rampas, todo esse monumento estruturado em concreto e estruturas metálicas onde se destaca o teatro/auditório com uma abertura ampla para a rua criando assim um plano de fundo para o palco.

O desafio mais interessante desse projeto foi a composição das estruturas, onde se optou tanto por concreto armado como também estrutura treliçada.

Emerson Carlos da Silva | 4o noturno

Figuras 1, 2 e 3: Maquete volumétrica e corte do edifício para compreensão das espacialidades projetadas.

do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Seção 1: Panorama do curso

Istalações Prediais

Maurício Petrosino (matutino)

Walter José Galvão (matutino e noturno)

A disciplina Instalações Prediais tem como objetivo abordar a complexidade das instalações elétricas e hidrossanitárias e a lógica necessária para o cálculo específico do projeto, buscando compatibilizar os projetos de instalações prediais e de arquitetura e urbanismo.

Dessa forma, o produto final da disciplina se divide em três partes. A primeira trata-se de um projeto elétrico de baixa tensão para uma residência, onde o aluno determina, com base no uso dos ambientes, a locação dos equipamentos, dimensionando os circuitos elétricos e escolhendo eletro condutores (fios e cabos elétricos) e disjuntores que atendam aos

5º SEM
Figura 1:
Projeto elétrico de Baixa tensão turma BAUCAS5NA.

princípios de segurança de cada um desses circuitos. A seguir é elaborado um projeto hidrossanitário para uma residência, com a determinação do local e a capacidade dos reservatórios, bem como a definição de tubos para distribuição de água fria. Igualmente são feitas as definições do sistema de esgotamento sanitário. Digno de nota que tudo é baseado em trabalhos

científicos consolidados e de validade reconhecida, bem como as deliberações de normas técnicas vigentes, relativas aos assuntos abordados.

Figura 2:
Projeto de instalação de água fria turma BAUCAS5NA.
Figura 3:
Projeto de sistema de esgoto turma BAUCAS5NA.

Linguagem, imagem e mídia

Adriane de Luca (matutino e noturno)

Cassimiro Carvalho (matutino)

O cerne do curso é a representação do projeto, através dos diversos instrumentos e meios, analógicos e digitais, que amparam seus processos de desenvolvimento e a apresentação de suas diferentes etapas de finalização. Estão inclusos neste domínio: desenhos, diagramas, gráficos, imagens, editoração, fotografia de arquitetura, roteirização e produção de vídeos. As atividades práticas propostas são a base para que os conteúdos previstos sejam percorridos ao longo do semestre, através de discussões coletivas, avalições e autoavaliações sobre os exercícios apresentados pela turma, que são intercaladas pelas exposições teóricas docentes. Busca-se trabalhar

de forma integrada e transdisciplinar, dando suporte ao exercício que é desenvolvido paralelamente na disciplina Projeto de Edifício Multifuncional.

As atividades propostas são exercícios curtos distribuídos durante o curso, desde o primeiro dia, de maneira a que o produto final vá sendo construído de forma progressiva e continuada por essas etapas sucessivas.

-- Exercícios (noturno)

Exercício E01. Minibio

Exercício E02. Estudo de caso

Exercício E02B. Estudo de caso: autoavaliação

Exercício E03. Ensaio fotográfico

Exercício E04. Projeto: partido (diagramas)

Exercício E05. Portfolio

Exercícios (matutino)

Exercício E01. Minibio

Exercício E02A. Estudo de caso

Exercício E02B. Estudo de caso: autoavaliação

Exercício E03. Discussão ‘arquitetura e mídia’

Exercício E04. Vídeo ‘arquitetura e cotidiano’

Exercício E05. Projeto: partido (diagramas)

Exercício E06. Portfolio

-- Exercício Estudo de caso (noturno e matutino)

É uma atividade coletiva de investigação em que cada grupo escolhe um exemplo de Edifício Multifuncional para estudar o projeto e criar uma apresentação sintética da leitura crítica sobre este Estudo de caso.

-- Exercício Ensaio fotográfico (noturno)

Nesta atividade, o grupo faz uma proposta de projeto fotográfico do Edifício Multifuncional escolhido, com especial atenção para os tópicos levantados em seu estudo, usando as técnicas indicadas em aula.

São selecionadas 3 fotografias por integrante para compor a apresentação do Ensaio Fotográfico.

Figura 1 (página anterior): Aula no estúdio de fotografia do Senac
Figura 2:
Exercício Estudo de caso: Conjunto Nacional. Brenda Teixeira e Larissa Bonin (matutino).
Figura 3:
Exercício Ensaio fotográfico: Condomínio Centro Comercial Bom Retiro. Lilian de Lima (noturno).

-- Exercício Portfolio (noturno e matutino)

Este último exercício se dá paralelamente ao Projeto de Edifício Multifuncional. Ele começa a ser elaborado no exercício anterior, intitulado Projeto: partido (diagramas), em que cada grupo cria 3 diagramas que sintetizem o partido adotado no projeto que estão desenvolvendo. Em seguida, as atividades em aula se debruçam na orientação sobre os desenhos técnicos de projeto.

A entrega final simula um Portfolio profissional parcial, composto por uma apresentação pessoal dos integrantes da equipe e uma apresentação sintética do projeto trabalhado. Este portfolio também inclui os retratos dos estudantes e as fotografias das maquetes físicas dos projetos, feitos em uma aula especial, nos estúdios de fotografia do Senac, contando com o apoio docente e a colaboração de estudantes do curso de fotografia.

Figura 4:
Exercício Portfolio: Esther Ferreira e Juliana Prado (noturno).
Figura 5:
Exercício Portfolio: Amanda Diamantino e Kathryn Mendes (matutino).

Visita externa: Estúdio do fotógrafo Nelson Kon

A presente edição do curso Linguagem, Imagem e Mídia contou com uma atividade especial: a visita ao estúdio do fotógrafo Nelson Kon. Durante uma manhã de sábado, reunindo as turmas dos dois períodos, noturno e matutino, o mais importante profissional da área, precursor da Fotografia de Arquitetura no Brasil, compartilhou suas experiências e mostrou os equipamentos e as técnicas que vem utilizando e aprimorando nos seus quase 40 anos de carreira.

Figura 6:
Visita ao estúdio do fotógrafo Nelson Kon.

RELATO DE ESTUDANTE

Desenvolver este trabalho foi, de certa forma, uma experiência muito especial. Aplicar os conhecimentos adquiridos nas aulas de fotografia nos permitiu explorar lugares, às vezes conhecidos, com um olhar totalmente novo, curioso e até mesmo empático. Fotografar o Shopping Bom Retiro, que funciona como uma galeria, foi uma experiência incrível para mim. Embora seja um dos atalhos que mais utilizo na região, nunca tinha me permitido apreciá-lo de verdade.

Apesar de não ser um local “novo”, o Shopping desempenha de maneira exemplar sua função de conectar ruas e, ao mesmo tempo, enriquecer a experiência de quem passa por ali, oferecendo uma imersão em diferentes culturas através dos diversos estabelecimentos presentes. A orientação da Professora Adriane na seleção das fotografias foi fundamental, tanto pela sua experiência quanto pela sua visão aguçada, capaz de perceber aspectos que, muitas vezes, nós mesmos não conseguimos enxergar.

Lilian Lima Alencar | 5o noturno

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figuras 1, 2 e 3: Ensaio fotográfico no Centro Comercial Bom Retiro.

Patrimônio: conceitos, práticas e intervenções

Maurício Petrosino (matutino)

Ralf Flôres (matutino e noturno)

Propomos, como estrutura para o processo de aprendizagem da disciplina, um momento introdutório de estudo sobre referências teóricas fundadoras da cultura patrimonial e “da memória”, contextualizadas geográfica e historicamente. Apresentamos, panoramicamente, a História da Arquitetura Brasileira para, em seguida, focarmos no processo de construção de uma identidade nacional brasileira e seu reflexo na preservação e gestão dos patrimônios arquitetônico e urbano do país. Simultaneamente, abordamos obras de intervenção em patrimônio, da escala do edifício ao espaço público e urbano, nacionais e estrangeiras, de modo a alimentar repertório crítico e projetual. Somadas às aulas expositivas tradicionais, trabalhamos com leituras de textos icônicos sobre a temática patrimonial, debatidos coletivamente e em grupos, através de seminários dirigidos.

Por fim, com o objetivo de reunir o conteúdo da disciplina através de aplicação experimental em processos de projeto, desenvolvemos um exercício com foco em estudo formal e volumétrico, através da proposição de um anexo, em duas versões, para uma obra arquitetônica tombada. O desafio para a apresentação destas duas versões estava no posicionamento crítico e a defesa do caráter das intervenções propostas, oralmente e em memorial – algo a ser recuperado e exercitado no sexto semestre do curso, na disciplina de projeto arquitetônico. A primeira das intervenções deveria orientar-se, em princípio, para um volume de caráter sólido e opaco; a segunda, respeitando a mesma forma, deveria trabalhar com leveza e transparência, de modo a entender as orientações das Cartas Patrimoniais e a bagagem teórica e projetual da disciplina, sintetizada em seu título: Patrimônio: Conceitos, Práticas e Intervenções.

Figura 1:

Estudo e experimentações projetuais para intervenção em patrimônio.

Estudantes Camilla Camargo, Kathryn Mendes e Sofia Trindade.

Figura 2:

Estudo e experimentações projetuais para intervenção em patrimônio.

Estudantes Ayki Nakada, Carla Acacio e Jasmine Allonso.

Figura 3:

Estudo e experimentações projetuais para intervenção em patrimônio.

Estudantes João Miguel Mourelo e Vinicius Ortega.

Figura 4:

Estudo e experimentações projetuais para intervenção em patrimônio.

Estudantes Ana Beatriz Sales e Lillian de Lima.

Figura 5:

Estudo e experimentações projetuais para intervenção em patrimônio.

Estudantes Miguel Moreira, Pedro Asson e Vinicius Rodrigues.

Figura 6:

Estudo e experimentações projetuais para intervenção em patrimônio.

Estudantes Giovanna Poleto, Jessica Angelini e Yasmim Silva.

RELATO DE ESTUDANTE

O exercício de intervenção na Chácara Lane foi uma experiência bastante distinta do que estamos habituados. Normalmente, o desenvolvimento de um projeto está relacionado a um programa específico e a resolução do mesmo em uma planta. No entanto, nesta atividade, tivemos a oportunidade de iniciar o processo a partir da nossa criatividade. Utilizando apenas alguns materiais, propusemos intervenções de diferentes intensidades: invisível, neutra e agressiva. Em seguida, escolhemos a opção que mais nos interessava para prosseguir.

A partir disso, lapidamos a ideia, avaliando qual solução faria mais sentido, quais materiais construtivos utilizar, a quantidade de pavimentos e as aberturas necessárias. Nossas decisões foram guiadas pelas cartas patrimoniais estudadas ao longo do semestre.

Lilian Lima e Ana Beatriz | 5o noturno

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figuras 1, 2 e 3: Maquetes de apresentação do trabalho final.

Projeto edifício multifuncional

Carlos Ferrata (matutino)

Katia Pestana (noturno)

Marcelo Suzuki (matutino)

Marcelo Ursini (noturno)

Matutino

Carlos Ferrata e Marcelo Suzuki

Neste semestre, como já experimentado no primeiro semestre do ano de 2023, estabelecemos um vínculo com a disciplina de desenho urbano do semestre anterior, que teve como objeto de estudo um recorte urbano do bairro da Bela Vista em São Paulo. Partimos do pressuposto de que o edifício que seria desenvolvido no semestre seria feito justamente no mesmo recorte estabelecido anteriormente. Para tanto, organizamos o trabalho em três etapas.

Figura 1:
Ceno do atelier no dia da apresentação final dos trabalhos.

DEFINIÇÃO DO LUGAR DE INTERVENÇÃO

A partir de conjunto de oito perímetros previamente estabelecidos, a turma, dividida em duplas, escolhia três áreas de interesse a partir do conhecimento prévio e da visita técnica e as apresentava, justificando as ecolhas.

ESTUDOS DE VIABILIDADE

Para cada uma das três áreas escolhidas a equipe desenvolvia um estudo de viabilidade, considerando o programa de necessidades (um edifício multifuncional, com habitação serviços e comérciio, na proporção de cinquenta, trinta e vinte por cento cada) e os parâmetros

urbanísticos (como taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamenteo, dentro outros). O produto exigido nesta etapa foi um conjunto de pranhas com implantação e volumetria, para que pudéssemos verificar as relações entre o conjunto edificado e a morfologia urbana. O edifício como parte indissociável da cidade.

Figura 2: Perspectiva eletrônica do trabalho das alunas Brenda Teixeira e Larissa Bonin.
110 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

ESTUDO PRELIMINAR

A partir da apresentação e do debate sobre os resultados obtidos na etapa anterior, definia-se a melhor opção para ser desenvolvida em nível de um estudo prelimiar de arquitetura para um edifício multifunional que, para além de atender as demandas específicas do programa de necessidades e dos parâmetros urbanísticos, tinham que estabelecer uma relação com o entorno edificado, buscando relações com as edificações remanescentes, a rua, os vazios, a topografia, as relações visuais, a orientação solar... Enfim, tudo que precisa ser pensado quando se tem um projeto dessa natureza para ser desenvolvido e implementado na cidade.

Para além das demandas mencionadas acima, a ênfase era a de também fazer com que se pudesse denvolver um edifício com toda a complexidade necessária. Era preciso pensar a estrutura, a materalidade, a setorização e diferenciação dos acessos e das circulações. Era preciso desenhar o chão, diferenciando as áreas pavimentadas e verdes ou ajardinadas (permeáveis ou não). Era preciso pensar a interface do edifício com a calçada e a rua, a organização programática, a definição e desenho das prumadas de circulação e prumadas hidráulicas, o desenho dos apartamentos, a expressão do edifício, o estacionamento, até o ático.

Noturno

A disciplina é apresentada para o 5º semestre do curso em um momento em que as habilidades e ferramentas de projeto já estão de algum modo apreendidas pelos alunos. Essa experiência prévia nos permite avançar para programas mais complexos e desafios que abordam outras variáveis que conformam a produção do edifício na cidade. Nesse semestre, escolhemos o bairro da Bela Vista. E mais do que o bairro, nos aproximamos dos terrenos a partir de sua legislação / zoneamento.

Figura 3: Maquete de apresentação do trabalho das alunas Camila Camargo e Sofia Trindade.
Katia Pestana e Marcelo Ursini

Nesse exercício, ler e compreender os parâmetros impostos pelos índices urbanísticos estabelecidos pelo Plano Diretor, Zoneamento e Código de Obras, estabeleceram quais seriam os limites e as alternativas possíveis para a escolha da solução.

Metodologicamente, escolhemos dois terrenos com frente para Av Rui Barbosa –um terreno em ZEU e um terreno e ZEIS.

O PROGRAMA

A ocupação do terreno previa 50% da área com uso habitacional, 30% com uso corporativo e 20% com uso comercial. E garagem. A intersecção entre o térreo, a estrutura do edifício e a solução da garagem também representou um desafio para a solução dos projetos propostos.

Os incentivos dados pela legislação – como as fachadas ativas e a fruição pública fizeram parte da costura entre o passeio público e a cidade.

OS TERRENOS

Os dois terrenos escolhidos tinham o vínculo com a avenida Rui Barbosa e apresentavam uma declividade moderada, que poderia ser aproveitada para a organização do térreo. O primeiro exercício propôs um ESTUDO DE VIABILIDADE em cada um dos terrenos, enfrentando a principal provocação da disciplina: solucionar o térreo – os fluxos, os diferentes usos e os espaços livres.

A escolha pelo bairro da Bela Vista acrescentou ainda mais complexidade à solução, na medida que é um bairro com características peculiares, com muitos

imóveis tombados (ZEPEC - Zona Especial de Preservação Cultural) e particular interesse ambiental e cultural.

OS PROJETOS

Os projetos desenvolvidos pelos alunos procuraram enfrentar essas dificuldades: o alto potencial construtivo do zoneamento vigente e, portanto, edifícios de muitos pavimentos; a complexidade do bairro da Bela Vista, procurando preservar a condição e a ambiência específica do lugar; a fruição dos pedestres, distinguindo os fluxos entre passantes e moradores, além da solução das unidades habitacionais, corporativas e a planta da garagem. Devido à alta complexidade do exercício, as equipes, de maneira geral, acabaram por resolver partes dessas perguntas que a disciplina propôs. De qualquer forma, o semestre foi de muito aprendizado de todos, alunos e professores.

Figura 4: Visita ao bairro da Bela Vista.
Figura 5: Maquete do projeto dos alunos Henrique Fiori Camilo, Luiz Raphael Loreno da Silva e Vinicius Batista Trindade.
Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.
Seção 1: Panorama do curso
Figura 6: Discussão coletiva do estudo de viabilidade.
Figura 7: A turma.

Qualificação da cidade: norma, desenho e paisagem

Ana Carolina Mendes (matutino)

Carolina Heldt (noturno)

Jordana Zola (noturno)

Marcella Ocke (matutino)

Matutino

Ana Carolina Mendes

Marcella Ocke

A disciplina Qualificação da Cidade: Norma, Desenho e Paisagem tem a ampla missão de abordar a legislação urbanística e sua aplicação prática, tanto no espaço edificado quando nos sistemas de espaços livres. Percorre-se extenso percurso, compreendendo que o Zoneamento da cidade de São Paulo, muito além de índices a serem seguidos dentro do lote, tem sua gênese em uma noção mais ampla de cidade, via Plano Diretor, que por sua vez se origina em uma visão de nação, via Estatuto da Cidade.

Figura 1: Visita técnica – Vila Madalena a Faria Lima.

Esse longo caminho é construído com aulas expositivas no primeiro terço do semestre, precedidas por leituras de textos críticos selecionados, e culmina em um projeto urbano, construído no segundo e terceiro terços do semestre, em duas etapas. Entre os dois momentos, após o módulo de aulas expositivas e leituras, realizamos visita técnica com os alunos, percorrendo desde a Estação Vila Madalena (linha verde do metrô) até a estação Faria Lima (linha amarela do metrô) identificando as transformações na paisagem decorrentes das mudanças no zoneamento e o contraste com tipologias e territórios que sofrem pouca alteração, também decorrência da legislação urbana.

O local da visita é variável, reavaliado a cada semestre, de acordo com as dinâmicas de transformação da cidade; especificamente este percurso têm se mostrado bastante eficaz nos últimos semestres, dada a intensa transformação impulsionada pela zona de uso ZEU (Zona de Estruturação

Urbana) neste valorizado trecho da cidade. Torres altas, contrastando com trechos residenciais de gabarito mais baixo, fachadas ativas, fruições públicas, passagens públicas, praças, culminando no Largo da Batata. É simbólico que a visita termine na borda de uma Operação Urbana, que será tema de estudo do 6° semestre, instigando a percepção dos alunos de que além do zoneamento, há também áreas de exceção, com incentivo construtivo ainda maior.

O exercício projetual, por sua vez, seleciona quatro trechos da cidade (recortes escolhidos pelas professoras): Pinheiros, Vila Sônia, Perdizes e Tatuapé. Tais territórios (variáveis a cada semestre) caracterizam-se por variedade de zoneamentos, mas tem em comum a ZEU como elemento transformador da paisagem. Propositalmente foram escolhidos territórios com diferentes temporalidades e características. Pinheiros com altíssima adesão por parte da iniciativa privada, praticamente não tem mais terrenos disponíveis para

construção. Vila Sônia, na continuidade do eixo da linha amarela, ainda pouco transformado, parece ser um território na expectativa de transformações.

Perdizes, por sua vez, já tem seus potenciais praticamente esgotados, mas com usos residenciais de alto padrão, caracterizando paisagem diversa dos demais locais. Tatuapé em um lugar intermediário quando comparado a aqueles territórios, já contando com grandes edificações como aposta do mercado, porém convivendo com lugares menos adensados e valorizados. Em todos, em comum o fato de os sistemas de áreas verdes livres serem pouco explorados.

A reflexão da cidade que queremos permeia o semestre, seja na visita fundamentada pelo conhecimento adquirido em sala, seja no projeto urbano, oportunidade de seguir ou questionar os modelos de cidade propostos pelo Zoneamento.

em um dos trechos do perímetro de intervenção, considerando projeto de edificações e áreas livres.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figura 2: Grupo Perdizes: Amanda Diamantino, Brenda Teixeira, Larissa Bonin, Loretta Lilla e Marília Maciel. Implantação

Noturno

Carolina Heldt

Jordana Zola

Figura 3:

Seção 1: Panorama do curso

Neste semestre, a disciplina Qualificação da Cidade: Norma, Desenho e Paisagem se propôs a trabalhar algumas áreas de intensa transformação urbanística identificadas em São Paulo. O objetivo da disciplina é instrumentar os alunos para a percepção do impacto da regulação urbanística na paisagem e habilitá-los a refletir criticamente sobre a normatização urbana, considerando o desenho e a cidade que produz. A disciplina é orientada a partir de exercícios práticos de leitura e proposição, bibliografia de referência, visitas de campo e aulas expositivas. Inicialmente, a turma realizou um exercício individual de análise de um recorte urbano que fosse familiar a cada

Grupo Perdizes: Amanda Diamantino, Brenda Teixeira, Larissa Bonin, Loretta Lilla e Marília Maciel. Ampliação da Avenida Sumaré, com proposta de ampliação e qualificação das calçadas.

aluno, procurando destacar aspectos morfológicos e apontando processos de estagnação ou transformação urbana. Na segunda e mais longa parte do curso, o exercício Projeto Urbano, realizado em grupo e em áreas selecionadas pelos alunos, dedicou-se a avaliar os impactos e as condicionantes da legislação urbanística que incentiva a transformação urbana e o adensamento construtivo. Alterações na paisagem e na morfologia, no uso e nas dinâmicas de fluxo foram avaliadas em um exercício de reflexão crítica sobre a regulação urbana, a partir da qual os diferentes grupos propuseram adequações para a normatização incidente e novos desenhos urbanos para as áreas em transformação.

Figura 4: Visita conjunta turmas matutino e noturno ao bairro de Pinheiros.
Figura 5: Exercício 01, de Vinicius Trindade.
Figura 6: Exercício 02, de Miguel Moreira de Oliveira, Pedro Rodrigues Asson e Vinicius Rodrigues.

Exercícios propostos

Exercício E01. Análise urbana e morfológica (individual e em grupo)

Exercício E02. Projeto Urbano Parte 01: Análise (em grupo)

Exercício E03. Projeto Urbano Parte 02:

Proposta de Intervenção (em grupo

Visitas externas: Ao longo do semestre, foram realizadas 2 visitas externas: na primeira, as turmas do matutino e do noturno percorreram o bairro de Pinheiros para avaliar o impacto da legislação urbana pode interferir na paisagem da cidade e em suas dinâmicas socioterritoriais. Em seguida, a turma, dividida em diferentes grupos de trabalho, foi visitar as respectivas áreas de estudo para análise e posterior projeto de intervenção urbanística (Projeto urbano partes 1 e 2). Foram selecionadas áreas diversas, em centralidades da cidade que estão gravadas como Zonas de Estruturação Urbana pelo Plano Diretor vigente e onde se pode observar processos intensos e recentes de transformação da paisagem.

Eletivas: Arquitetura da Paisagem

Carolina Heldt (noturno)

Marcella Ocke (matutino)

Experimentações Projetuais

Paulo Magri (matutino)

Rodrigo Gutierrez (noturno)

Projeto Espaço Objeto

Jordana Zola (noturno)

Marcelo Suzuki (matutino)

Tecnologia e Inovação

Nelson Urssi (matutino)

Ricardo Dualde (noturno)

As disciplinas, de caráter eletivo, foram desenvolvidas de forma conjunta e articulada, conforme previsto no PPC 2021 e ministradas em sua primeira edição. Esta abordagem multidisciplinar contou com a participação de oito docentes. As contribuições ocorreram a partir da expertise específica e em suporte às propostas oferecidas pelos alunos.

Em comemoração ao aniversário de 20 anos do Centro Universitário Senac, o engajamento dos docentes possibilitou que as propostas se concentrassem no espaço do Campus Santo Amaro e áreas adjacentes. Essas áreas incluíram pontos chave de mobilidade como estações e áreas de acesso aos trens, ônibus e ciclovias, além de circulação peatonal. Nas propostas dirigidas à área externa do campus foi dada ênfase à potencialidade de instalação de um parque linear no canteiro central da Av.

Nações Unidas e espaços verdes livres de edificação na Ponte do Socorro.

A área de “Arquitetura da Paisagem” deu foco a abordagens à escala dos espaços livres, através da integração e contextualização dos edifícios, seus usos e potencialidades ao contexto urbano em que a área de estudo está inserida. Desse modo objetivou a integração eficaz entre fluxos e equipamentos.

A disciplina de “Experimentos Projetuais” explorou o uso de tecnologias digitais e recursos inovadores na representação e elaboração de projetos, estimulando novas abordagens na aplicação tecnológica para as proposições trazidas pelos alunos.

Em “Projeto Espaço Objeto”, foram examinadas as relações entre o projeto, o espaço e os objetos, com incentivo à análise e a experimentação espacial no campus e nas áreas adjacentes incentivadas a partir da apresentação de

estudos de caso.

Por fim, em “Tecnologia e Inovação”, foram promovidas atividades focadas na experimentação e na aplicação de tecnologias, incluindo a “projeção mapeada”, baseada em pesquisas e projetos anteriores desenvolvidos em semestres anteriores pelos docentes e que facilitaram o acesso a recursos tecnológicos no laboratório.

Figura 1: Experimento projetual com Projeção Mapeada - Proposta Praça D. Francisco de Sousa.

Figura 2: Proposta de infraestrutura verde aliando tecnologia e arquitetura da paisagem.

Figura 3: Desenho do objeto com Equipamentos Urbanos para a Av. Nações Unidas.

RELATO DE ESTUDANTE

Karina Fernandes | 7o noturno

Construção paramétrica de um abrigo no Rhino 8 com posterior corte na Brother. Formado a partir de uma elipse plana, cujos pontos de referência foram deformados na vertical (z) para criação de um arco irregular, e no plano horizontal (x,y) com o intuito de aumentar a área de projeção (sombra).

Posteriormente aplicou a superfície o código Glasshopper FOLDED PLATE, criando ao todo 30 planos.

Seção 1: Panorama do curso

Habitação Social

Na disciplina de Habitação Social, o processo de ensino foi estruturado por meio de aulas expositivas, debates, seminários e exercícios práticos, permitindo aos alunos uma compreensão aprofundada do quadro histórico e atual da habitação social, especialmente, em São Paulo. A partir desse embasamento teórico, os estudantes analisaram como as políticas habitacionais evoluíram ao longo do tempo, explorando as transformações no cenário urbano e os desafios contemporâneos para a provisão de moradia digna. Os debates estimularam reflexões sobre o impacto das desigualdades sociais e econômicas no acesso à moradia no contexto brasileiro.

A avaliação dos problemas relacionados à habitação social e seu entorno foi outro ponto central da disciplina. Em grupos, os alunos analisaram situações concretas, identificando os principais entraves à melhoria dessas áreas, como precariedade de infraestrutura e questões ambientais. Essas discussões proporcionaram uma visão crítica das dificuldades enfrentadas por moradores das favelas objeto de estudo e das possibilidades de atuação para solucionar tais desafios. O desenvolvimento de seminários ajudou a aprofundar o debate, trazendo diferentes perspectivas sobre políticas públicas e intervenções urbanísticas.

Nos exercícios práticos, os (as) estudantes tiveram que propor soluções técnicas que garantissem a permanência da maior parte dos moradores em condições mais seguras e ambientalmente favoráveis. Sendo destacado como um grande desafio pelos (as) alunos (as) o exercício de prever como seria a implantação da infraestrutura básica em áreas com relevo acidentado e contenção das áreas em situação de risco de escorregamento.

Com base no levantamento de dados e nas análises de cada favela, cada grupo desenvolveu um projeto preliminar de urbanização que buscou conciliar a melhoria da infraestrutura com soluções sustentáveis.

O trabalho desenvolvido pelos (as) alunos (as) Guilherme Palladini, Heloisa Fos, Matheus Neuber e Tereza Cardoso para a favela Jardim Helga, no Campo Limpo, em São Paulo.

O trabalho desenvolvido pelas alunas Giovanna Marques, Karina Fernandes e Samanta de Souza para a favela Jardim Guerreiro, em São Paulo, buscou, entre outros aspectos, superar a barreira da faixa de domínio da linha de transmissão que corta a favela com a proposta de criação de uma área de lazer.

1: Panorama do curso

Figura 1: Mapa da situação atual e cortes e Mapa de Diretrizes. Alunos: Guilherme Palladini, Heloisa Fos, Matheus Neuber e Tereza Cardoso.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figuras 2, 3 e 4:
Mapa das remoções, Mapa de Diretrizes/propostas e corte esquemático. Alunos: Giovanna Marques, Karina Fernandes e Samanta de Souza.

RELATO DE ESTUDANTES

Guilherme Palladini, Heloísa Fos, Matheus Neuber e Tereza Cardoso | 7o matutino

Novas Tecnologias aplicadas ao Projeto

Artur Katchborian (matutino)

Paulo Magri (noturno)

Rodrigo Gutierrez (matutino)

Matutino

Artur atchborian e Rodrigo Gutierrez

A disciplina visa apresentar as tecnologias digitais nos processos de projeto nas diversas escalas presentes no campo da arquitetura e do urbanismo, traçando percursos cognitivos que acompanhem a trajetória de processos projetuais entre experimentação, projeto e prototipagem. Iniciando pelo partido projetual (experimentação e gênese) explorando a escala do objeto e o desenho de fabricação. Aborda o Projeto como meio de investigação e produção de conhecimento. Para

Figura 1: Aluno em experiência imersiva.

que isso fosse possível, amparamonos aos conceitos apresentados por Greg Lynn no artigo de 1993 intitulado

Curvilinearidade arquitetônica: o dobrado [folded], o maleável [pliant] e o flexível [supple], a partir do qual realizamos leituras de projetos de arquitetos consagrados como Frank Gehry, Peter Eisenman e outros. Com a conceituação estabelecida, geramos desenhos com geometria complexa parametrizados no plugin Grasshopper 3D e iniciamos a produção de modelos físicos e digitais direcionados a ferramentas tecnológicas disponíveis, que eram uma impressora 3D de resina líquida para os modelos físicos e óculos de realidade virtual para os modelos virtuais.

Procurou-se desenvolver experimentos de caráter tecnológico projetual que permitissem explorar as possibilidades de aplicação de tecnologias digitais nos processos de projeto em diversas escalas, visando abrir e ampliar a discussão

Figura 2: Código Grasshopper.
Figura 3:
Modelo tridimensional experimental resultante do processo de aplicação de design generativo e prototipagem rápida usando equipamentos CNC.

multidisciplinar sobre o tema.

Entender os procedimentos que se utilizam da experimentação e da utilização de tecnologias digitais como ponto de partida para a ação projetual com desdobramentos e ressonâncias no campo da arquitetura e urbanismo, da engenharia e do design.

A disciplina foi composta por 03 exercícios, iniciando pela produção de um seminário no qual os alunos buscaram identificar os escritórios que fazem uso da modelagem paramétrica para geração de geometrias complexas, a princípio com a proposta de se fazer uma busca na cidade de São Paulo, mas como o tema é pouco explorado no Brasil, acabamos por abranger todo o território nacional.

A conceituação estava definida e as referências estudadas quando lançamos o segundo exercício da disciplina, que foi a primeira proposta de experimentação projetual e consistiu na criação de um penetrável, fazendo uso do plugin grasshopper 3d

para gerar uma geometria complexa que fosse possível de se imprimir na impressora de resina UV e, ao mesmo tempo, preparamos os arquivos para realizarmos a experiência imersiva nos óculos de realidade virtual.

O terceiro exercício da disciplina foi integrado à disciplina Projeto de Arquitetura – infraestrutura e o tema proposto aos alunos foi o desenvolvimento de um terminal intermodal. A disciplina funcionou como um apoio para o desenvolvimento do projeto, utilizamos a impressão 3d de resina UV para imprimir detalhes construtivos das estruturas propostas pelos alunos e, ao final do projeto, todos tiveram a oportunidade de experimentar a imersão em realidade virtual em um projeto próprio, abrindo novos horizontes para a forma de visualização, apresentação e estudo do próprio projeto.

Figura 4: Estudante experimenta o modelo digital em desenvolvimento conjuntamente com a disciplina de projeto. O recurso acrescenta potencialidades de análise e percepção da proposta, resultando em impactos no processo projetual.

Noturno

Durante o primeiro semestre de 2024, essa disciplina presente no sétimo semestre do curso buscou estabelecer um diálogo alinhado com a disciplina de projeto, introduzindo o tema das “tecnologias emergentes” e seus impactos na produção da arquitetura contemporânea e a partir do reconhecimento desse campo, já com um significativo lastro de referências e aplicações em todo o mundo, buscou-se estimular a apropriação de conceitos, procedimentos e especificações na produção das

propostas de arquiteturas na disciplina de projeto.

As atividades da disciplina foram desenvolvidas a partir de três estratégias didáticas: organização de repertório, experimentação de ferramentas e produção projetual. Para a construção do repertório os professores apresentaram conceitos, fundamentos e expressões que auxiliaram na busca por referências, aproximando os alunos da produção recente de arquitetura em escala global: arquitetura digital, design paramétrico, biomimética, design generativo, arquitetura cinética, documentação digital de ambientes construídos, fabricação digital e prototipagem rápida, realidade mista/ aumentada digitalmente, foram algumas das expressões exploradas.

Os alunos foram convidados a identificar exemplos de projetos que se enquadrassem nesses conceitos, mas com um recorte territorial em São Paulo, e eventualmente no Brasil o que culminou na inauguração de um

mapa digital temático e colaborativo com artistas, arquitetos, objetos e empresas que atuam aplicando esses conceitos. A partir desse mapeamento fizemos aproximação com um dos escritórios identificados: Zero Máquina, do arquiteto Victor Paixão; e uma visita técnica em suas instalações foi realizada para conhecer os processos aplicados e algumas de suas obras.

Durante as aulas foram realizados experimentos com software de design generativo Grasshopper + Rhinoceros e ficou estabelecido que os experimentos deveriam contemplar o processo “do digital ao material” culminando sempre em modelos físicos, que foram produzidos nas máquinas de prototipagem rápida disponíveis no campus Santo Amaro: impressoras 3D e máquinas de corte CNC.

Também foi possível experimentar os modelos digitais, de forma imersiva, desenvolvidos em conjunto com a disciplina de projeto usando óculos de

Paulo Magri

Realidade Aumentada no contexto de uma pesquisa de Iniciação Científica em andamento. Para isso os alunos fizeram a conversão dos arquivos para a plataforma imersiva e puderam “andar” digitalmente/virtualmente pelos projetos, experimentando suas propostas de uma forma complementar às demais ferramentas de representação adotadas: desenhos e maquetes físicas. É importante destacar uma percepção dos professores acerca da necessidade de disponibilidade dos equipamentos e do laboratório de modelos conjuntamente da presença de uma professor responsável, além de técnicos, pois o aprofundamento do debate acerca das tecnologias emergentes fica potencialmente mais aprofundado e consistente, o que foi crucial para o sucesso das aplicações e a qualidade dos debates resultantes de todo o processo.

Figura 5: Abrigo impresso em resina UV.

Projeto Infraestrutura

Artur Katchborian (matutino)

Sergio Matera (matutino e noturno)

Penúltima disciplina da sequência de projeto do curso de arquitetura e urbanismo, desenvolve discussões sobre a infraestrutura urbana por meio de um exercício de projeto referenciado em aulas expositivas.

Neste semestre o tema do projeto desenvolvido no exercício semestral foi de um equipamento público de transportes, especificamente a estação intermodal de ônibus e balsas nas margens da Represa Billings (Aquático São Paulo). A definição do tema buscou estabelecer um objeto de estudo que permitisse desenvolver as atuais discussões em relação à mobilidade urbana, novos modais de transporte e questões ambientais na Região Metropolitana de São Paulo.

Como complementação do programa de necessidades, foi solicitada a integração de

Figura 1: Maquete de desenvolvimento dos projetos da estação intermodal.
Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

usos comerciais, configurando um projeto que demanda soluções de conexão urbana e inserção no sistema metropolitano de mobilidade junto às áreas de estar, espera e lazer em espaços livres. O objetivo foi trabalhar em diferentes escalas, da inserção urbana dos usos citados e suas articulações por meio de espaços públicos às proposições construtivas, que solicitam soluções não convencionais como estruturas que vencem grandes vãos e são determinantes de volumetrias e formas arquitetônicas.

A estrutura pedagógica da disciplina foi organizada em atividades práticas de projeto e aulas expositivas com embasamento teórico. As aulas expositivas ocorreram nas duas semanas posteriores a cada uma das entregas (atividades / avaliações), durante as duas primeiras horas aula do dia, com conteúdos teóricos e técnicos que seriam incorporados na nova fase de desenvolvimento do projeto. A dinâmica em classe ocorre pela discussão de projetos referenciais

(uso, escala, programa, construção) e o desenvolvimento de um exercício prático em grupos de três alunos e apresentado mensalmente em discussões coletivas, variando o suporte: ora em desenhos impressos, ora em maquetes físicas, ora por meios digitais.

Atividades / Avaliações

Exercício de projeto que trabalha o projeto na escala de infraestrutura e os desdobramentos no tecido urbano e no contexto regional.

Av. 1 - Estudo de viabilidade: peso 1

Av. 2 - Estudo preliminar: peso 2

Av. 3 - Corte: peso 2

Av. 4 - Anteprojeto (equipe): peso 3

Av. 5 - Anteprojeto (individual): peso 2

Figuras 2 e 3: Maquete de desenvolvimento dos projetos da estação intermodal.

4 e 5:

técnicos de desenvolvimento dos projetos das estações intermodais.

Seção 1: Panorama do curso

Figuras
Desenhos

RELATO DE ESTUDANTES

Guilherme Palladini e Heloísa Fos | 7o matutino

Seção 1: Panorama do curso

Figuras 1, 2 e 3: Desenho da relação de níveis propostos no projeto e Maquete de apresentação.

Teoria e Crítica: método, discurso e valor

Stella Tedesco (matutino)

Valéria Fialho (noturno)

Figuras 1, 2 e 3: Exercícios de análise do território: alunas Adriely de Sousa, Karina Fernandes e Samanta Fernandes, respectivamente.

A disciplina promove o estudo das principais teorias e metodologias de desenho e composição nos projetos arquitetônicos e urbanos, da antiguidade clássica ao contemporâneo. Recupera criticamente os condicionantes históricos, culturais e técnicos dos processos de projeto tradicionais. Trabalha a pesquisa, análise e comparação entre propostas projetuais exemplares para a história da arquitetura e do urbanismo, levando o aluno ao estudo, problematização e reflexão sobre sua produção projetual.

Na fase inicial da disciplina os estudantes, através de leituras, aulas expositivas e exercícios de aplicação, entram em contato com diversos métodos de análise - CHING, CLARK , CULLEN, LYNCH, PAUSE, SCOTT BROWN, VENTURI , entre outrosproduzindo textos e diagramas de análise de projetos e territórios.

Em um segundo momento, a disciplina trabalha a capacidade de desenvolvimento de uma postura crítica do aluno a partir da leitura e interpretação de textos e da análise de obras referenciais na história da arquitetura e do urbanismo, propondo 4 atividades:

1. Projeção do filme “A Nascente” (1949), dirigido por King Vidor, baseado na obra homônima da filósofa Ayn Rand (1943). A partir da análise do filme e da caracterização de seus personagens principais (o arquiteto, o crítico, o dono do jornal) pretende-se discutir questões como

momentos de ruptura, integridade profissional e influência da mídia, entre outras.

2. Leitura do livro “Inquietações teóricas e estratégia projetual na obra de oito arquitetos contemporâneos”, de Rafael Moneo (Cosac Naify, São Paulo, 2008). A partir desta leitura a turma se divide em 8 grupos que devem selecionar e apresentar análises críticas sobre obras selecionadas dos arquitetos apresentados por Moneo: James Stirling, Robert Venturi, Aldo Rossi, Peter Eisenmann, Álvaro Siza, Frank Gehry, Rem Koolhaas e Herzog & De Meuron. Os alunos devem, ainda, realizar um caderno de anotações, de formato e linguagem autoral, com o registro de suas reflexões sobre cada um dos arquitetos apresentados.

3. Leituras programadas que subsidiam a produção de textos críticos. Desta forma o aluno constrói seu próprio arcabouço de referências.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Seção 1: Panorama do curso

4. Seminário e Ensaio Crítico sobre uma obra arquitetônica brasileira, realizada nos últimos 10 anos. O exercício pretende não apenas fomentar uma reflexão sobre a produção contemporânea, mas também, instrumentar o aluno para a produção de textos sobre seu próprio trabalho.

O trabalho final da disciplina combina um exercício de análise a um exercício projetual. Os alunos são desafiados a projetar uma pequena capela, adotando como ponto de partida um elemento de inspiração (discurso) de sua escolha.

Desta maneira, aplicam os métodos praticados a partir do arcabouço constituído pelas leituras e análises e desenvolvem não apenas a retórica projetual, mas, ainda, estabelecem parâmetros e juízos de valor sobre a prática projetual.

Figuras 4 e 5 (páginas anteriores): Caderno de Anotações da aluna Tereza Cardoso.
Figura 6: Estudos de Caso: Capelas. Aluna Giovanna Barsotti.
Figura 7: Projeto da Capela. Aluna Andressa Moreira.

RELATO DE ESTUDANTE

Karina Fernandes | 7o noturno

Templum Ego: A atividade consistia em interpretar as crenças de uma determinada religião ou filosofia, buscando aplicar esses conceitos no partido e estética de um edifício. Para sair um pouco fora da caixinha e tentar fazer algo distinto, escolhi uma crença satanista moderna não-teísta. Com o trabalho tive a oportunidade de conhecer a filosofia e buscar aplicar em um templo. “Templum Ego” em latim significa o “Templo do Eu”.

Figuras 1, 2 e 3:
Desenhos e perspeciva do projeto.
Panorama

Eletiva: Desenvolvimento sustentável: desafios e perspectivas para as cidades

Maurício Petrosino (matutino e noturno)

Aulas expositivas dadas pelo professor e seminários presenciais dos alunos, leitura de textos e “fichamentos” de filmes também indicados pelo professor, além de estudos de casos de edificações com soluções realistas e práticas de uma arquitetura ecologicamente correta, economicamente sustentável e inseridas no contexto e ambiente urbano de uma cidade do porte de São Paulo, por exemplo, formaram o lastro do Planejamento das aulas desta disciplina, tudo isso compreendia o arcabouço teórico para as discussões temáticas em grupo na sala de aulas. Essa dinâmica na compreensão dos temas discutidos em aulas pelos alunos atingiu níveis excelentes no final do semestre. O peso maior foi dado, então, às atividades de leitura de textos pelos alunos e discussão coletiva nos encontros

9º SEM

na sala de aulas, além de palestras ou documentários, que foram assistidos pelos alunos como atividades orientadas extra aulas para fichamento e posterior discussão em classe.

As tarefas dadas aos alunos e iniciadas com pesquisa, estudo, compreensão e apresentação de seminário sobre os 17 ODS da ONU, mais as partes teóricas, continuaram a ter referência de importantes filmes ou trabalhos específicos sobre cidades sustentáveis, “smart cities” e estudos de casos reais existentes no Brasil ou no exterior, além da bibliografia específica.

Estudos de casos de propostas arquitetônicas sustentáveis foram analisados em projetos de edificações

ou propostas urbanísticas para avaliação do sucesso de iniciativas para a sustentabilidade, entendida de maneira global e geral, em cidades contemporâneas.

As discussões de estudos de casos enriqueceram o repertório dos alunos para as inúmeras possibilidades de enfrentamento desse tema contemporâneo para arquitetos e urbanistas. O rebatimento de questões pertinentes à sustentabilidade na construção civil de edificações nas cidades inteligentes, alternativas de baixo custo e complexidade, de escala ainda pequena, como a permacultura, foram igualmente abordadas.

Cidade sustentável, o exemplo em Dubai, EAU (https://www.thesustainablecity.ae/ inside-the-city/)

1: Panorama do

Figuras 1, 2 e 3: Imagens do trabalho do aluno Paulo Mesquita Filho.

Trabalho de Conclusão de

Curso 1

Artur Katchborian (matutino e noturno)

Beatriz Kara (matutino)

João Yamamoto (matutino e noturno)

Marcella Ocke (matutino)

Marcelo Suzuki (matutino)

Maurício Petrosino (matutino)

Nelson Urssi (matutino e noturno)

Paulo Magri (noturno)

Ralf Flôres (noturno)

Ricardo Dualde (noturno)

Ricardo Luis Silva (matutino e noturno)

Rita Canutti (noturno)

Rodrigo Gutierrez (noturno)

Walter José Galvão (matutino e noturno)

Matutino

Aline Lopes da Silva

Anyelle Guimarães Azevedo

Beatriz Pereira Costa

Bianca Monteiro

Breno Vieira Bogoni

Bruna Arissa Aoyagui Numakura

Diane Anastácio

Fernando Marcell

Gabriella Francisca Alves da Silva

Giovanna Arias Theodoro dos Santos

Giovanna Ramalho dos Santos

Isabel Wanser

Karen Mayumi Hinoue

Larissa Ordoñez de Salles Maciel

Mariana Abreu

Mariana Duma

Paulo Roberto Gomes

Pedro Garcia Ibanes Morins

Pollyana Caroline da Silva Teodoro

Stephane Queiroz Nogueira

Thainá Sousa Rastello

Thais Akemi Sato da Silva

ESPAÇO DE NASCER

A interação do Branding, Visual Merchandising e padronização em lojas de shopping: Um

Seção 1: Panorama do curso

Noturno

Ana Beatriz Pereira dos Reis

Ananda Isaias Paula

André Carvalho

Bárbara Barbosa Fernandes

Barbara Grangeiro

Beatriz Natsumi Hirata

Caroline Morais de Alencar

Caroline Ramos

Debora Liberatori Fernandes

Francini Melo dos Santos

Giovana Tanaka Terentowicz

Isabelle Carla de Mattos

Jean Carlos

João Pedro Correia Macedo

Larissa Rua Gonçalves

Leonardo Alves Rodrigues Macedo

Leticia Montemagni Pereira

Livian Ferreira da Conceicao

Lucas Chausse Lima

Melissa Silva Franca

Michel Camurça Ferreira

Pedro Silva Ivencao

Rafaella Beatriz Ozaki

Renata Ramaldes Coelho

Sabrina Ferreira Costa

Thais Reimberg Maia Dos Santos

Vanessa de Oliveira da Silva

Vinicius Alves Portugal

Vitor Alves Correa

Yasmin Bitencourt da Silva

A busca pela história das residências do bairro de Pinheiros

Libertas Domus

Bárbara

CENTRO DE PESQUISA E PRODUÇÃO

Projeto expográfico sobre as obras de Tarsila do Amaral

CONTEXTUALIZAÇÃO

Imagem 01 Relação entre efeitos de projetos de transporte A viabilidade econômica possui a função

de vida e, consequentemente na valorização da terra FISCHMANN 2000

Seção 1: Panorama do curso

RENOVANDO VIDAS: HUMANIZANDO A ARQUITETURA HOSPITALAR

1 8 2 2

Projeto

Reconectando Natureza e Urbanidade: Requalificação do Parque Municipal Praia do Sol

O condom n o nc u rá áreas de azer cobertas e descobertas, uma vaga de estac onamento por apa tamento sa ão de jogos e sa ão de estas

Fo elaborado um f uxograma para or entar a setor zação Em segu da o rea izada uma aná se vo umét ica para determ nar a á ea aprove táve do ter eno untamente com uma vo umetr a de se or zação para inic ar a def n ção do ayout

CONCLUSÃO

A ap icação da arqu tetura modu ar na hab tação de nteresse soc a ut l zando pré-fabr cação apresenta-se como uma so ução ef caz para os desaf os hab tac ona s no Bras l Esta abordagem pode reduz r custos e prazos melhora a qua idade das mo ad as e promover a sustentab idade con orme demons rado por estudos de caso e um p o eto conceitua Ass m a arqu tetura modu ar surge como uma a ternat va viáve e p om ssora para atende à demanda por hab tação soc al de qua idade

Para a requalificação do Parque Praia

Quadras

Estudos de Caso

P q g q n d o am d d mo o u ú p ne d

RAFAELLA OZAKI

Um

centro cultural RAÍZES

Com o novo pro e o de mudança da s gove namen a para a eg ão centra de Pau o o Museu das Fave as segue nc u do programa de desaprop ação á que o Pa á será a nova sede governamental no uga Palác o dos Bande ran es Numa n c a va de manter v vo e mov men o cu tu a o proposto um N Museu e Cen ro Cu ura pa a ampl ar as a v dades oferec das atua mente e man e preservadas h stó as tão mpor antes que um d a oram apagadas e valorza e promove o ncen vo a cu tu a per ér ca

Aven da Càsp r L b ro 56 O terreno escolh do pa a a ntervenção tem o uso atua de um estac onamento e está próx mo da P naco eca P na Con emporânea Casa da Luz e Museu da L ngua bras e ra e a Es ação da Luz

TH S E MBE G MA DO S NT S

Clinica para pessoas com TEA (Trantorno de Espectro Autista)

Seção 1: Panorama do curso

EXTRACURRICULAR

LAR - Laboratório de Arquitetura Responsável

Maquete 20 anos do Campus Centro Universitário Senac Santo Amaro

Workshop Design Weekend 2024 - Metrópole Extraordinária

03 de março - Visita técnica ao bairro da República e suas galerias

13 de março - Visitas técnicas Paulista e Bela Vista, entorno do Campus Santo Amaro

17 de março - Bate papo sobre o workshop Metrópole Extraordinária

23 de março - Caminhada Centro Histórico

26 de março - Aula de desenho na sala de aula

06 de abril - Visita etnográfica Mercado Kinjo Yamato e Mercado Municipal, Visita Vila Madalena

15 de abril - Visita técnica CEU Butantã, Exposição das Involtórias

15 de abril - Colação de grau BAU 2019-1

16 a 18 de abril - Semana de Arquitetura e Urbanismo

20 de abril - Visita técnica Pinacoteca do Estado

20 de abril e 07 de maio - Visitas técnicas: tecnologias emergentes aplicadas na Arquitetura

22 a 26 de abril - Viagem de estudos para Minas Gerais

25 de abril - Visita técnica Anhangabaú, Reunião do EMAU, Exposição MariAntônia

26 de abril - Visita técnica Casa de Vidro, Visita escritório Nelson Kon

11 de maio - Visita técnica Casa Nadyr de Oliveira

13 de maio - Evento Lavagem das Escadarias do Bixiga, Atividade no Canteiro Experimental

15 e 16 de maio - Ações do EXPERIMENTE SENAC

21 de maio - Visita técnica Floresta Nacional de Ipanema FLONA

06 de junho - Aula Magna Roberto Aflalo Filho

Exposição pranchas síntese TCC 1

LAR Laboratório de Arquitetura Responsável

LAR 10 ANOS – Urbanismo Social e paisagem revisitada

Marcella de Moraes Ocke Mussnich (coordenação)

Introdução

O Projeto de Extensão Universitária

LAR – Laboratório de Arquitetura

Responsável existe desde 2014 e, a cada ano realizou atividades de pesquisa relacionadas com a paisagem urbana, arquitetura do edifício e design por vezes articulados às comunidades ou

Organizações Não Governamentais (ONG´s) ou o Poder Público.

A proposta para 2024 intitulada

LAR 10 ANOS – Urbanismo Social e paisagem revisitada celebra estes dez anos de atividade e propõe revisitar o território do entorno do Campus Santo Amaro do Centro Universitário Senac pesquisando as transformações ocorridas na área neste período e identificando possibilidades de diálogo com a comunidade da região do entorno do Campus a fim de repensar os espaços urbanos para uma convivência segura, um espaço urbano mais inclusivo e sustentável.

No primeiro semestre do ano a equipe LAR se dedicou a pesquisar um trecho do Plano de Intervenção Urbana (PIU) Jurubatuba, local bastante próximo ao Campus, e que está no cerne de uma discussão urbana com a proposta da Prefeitura do Município de São Paulo (PMSP) de Prolongamento de uma das importantes vias de fluxo da cidade, a Marginal do Rio Pinheiros.

O prolongamento da via é justificado pela PMSP pela necessidade de melhorar a mobilidade urbana na Zona Sul da cidade, muito embora

reforce o modelo rodoviarista implantado em grandes centros urbanos e favoreça o transporte individual motorizado. Além destes aspectos, a via seria implantada em área determinada legalmente como ZEPAM (Zona Especial de Proteção Ambiental) tanto na Lei de Uso e Ocupação do Solo (LPUOS) quanto no próprio PIU Jurubatuba. O instrumento urbano do PIU considerava a área de estudos com uma proposta de Parque Urbano.

Esta diretriz de Parque Urbano tem sido desenvolvida através de propostas de projetos de arquitetura da paisagem desde 2013 no Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo e na Pósgraduação em Arquitetura da Paisagem do Centro Universitário Senac que, além de considerar o Zoneamento local (ZEPAM) identificou a enorme potencialidade da área como Parque; e entende este local como parte de um Sistema de Espaços Livres (SEL) dentro do PIU Jurubatuba.

Para identificar os prós e contras deste projeto, a equipe LAR realizou um

levantamento histórico do local seguido do levantamento da legislação vigente para área e depois analisou a proposta de prolongamento da via Marginal e as possíveis propostas da implantação de Parque Urbano na região desenvolvidas nos cursos supracitados.

Histórico do Local

A área da possível criação do Parque Jurubatuba em conflito com o prolongamento da Marginal Pinheiros está inserida na Zona Sul de São

Paulo no distrito da Capela do Socorro administrado pela Subprefeitura de mesmo nome. O interesse pela Capela do Socorro aconteceu nas primeiras décadas do séc. XX, após a construção da Barragem Light em 1907. Após 20 anos, alguns loteamentos residenciais surgiram na porção norte do distrito. Em 1940 começaram a surgir em Santo Amaro loteamentos industriais, e a população achou mais acessível morar na Capela do Socorro. Nas décadas de 50 e 60, São Paulo passa pelo processo

de expansão industrial e o número de estabelecimentos comerciais ao longo do canal do Rio Jurubatuba cresce e a região passa a acomodar parte do crescimento urbano, porém a região próxima ao rio continua sem ocupação.

Em 1975 a região passa a ser legalmente subordinada à lei de proteção de mananciais e à legislação de zoneamento industrial, no entanto, o distrito continuou sendo urbanizado, mas a área de estudo dessa pesquisa continuou sem ocupação. E mesmo nos anos 2000, com uma expressiva expansão urbana, a área próxima ao rio foi especificada como ZEPAM pela LPUOS.

Figura 1:

Largo do Socorro em 1936

Fonte: https://www.saopauloinfoco.com.br/a-capela-do-socorro/

Figura 2:

Guarapiranga em 1907

Fonte: https://www.guarapiranga.org/historia

Conforme estabelece o PDE - Lei 16.050/2014 – o município de São

Paulo está dividido em duas grandes macrozonas para toda a cidade de São Paulo: uma denominada Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana e outra denominada Macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental.

A área de estudos está na primeira macrozona que se caracteriza pela

Seção 2: Panorama extracurricular

Figura 3: Alameda Santo Amaro, 1936 Fonte: https://www.gazetasp.com.br/ estado/memoria-santo-amaro-ja-foi-municipio-e-lutou-por-%20 emancipacao/1110622/

Figura 4: mapa de 1988 (área de estudos em vermelho) Fonte: https://geosampa.prefeitura.sp.gov.br

Figura 5: mapa de 2020 Fonte: https://geosampa.prefeitura.sp.gov.br

existência de vias estruturais, sistema ferroviário e rodovias que articulam diferentes municípios e polos de empregos da Região Metropolitana de São Paulo, onde se verificam processos de transformação econômica e de padrões de uso e ocupação do solo, com a necessidade de equilíbrio na relação entre emprego e moradia.

O local é marcado por diversos cursos d’água, chamando mais atenção aos afluentes do Rio Guarapiranga e ligada diretamente à área de estudo, sendo o Rio Jurubatuba, afluente do Rio Pinheiros. Outro fator importante registrado por mapas digitais é que o local conta com extensas áreas alagáveis registrando a antiga várzea do rio antes da sua canalização e retificação.

A área apresenta baixa e média para alta cobertura arbórea, arbóreoarbustiva (focos de árvores e arbustos) e/ ou arborescente, vegetação herbácea-arbustiva (focos de arbustos e plantas pequeno porte) além de locais específicos de média e alta cobertura arbórea.

Em termos de mobilidade, diversas propostas de leito carroçável foram feitas em 2017 com alternativas dadas pelo PDE para melhorar a região. Nestas melhorias são citadas conexões viárias, como a Conexão Avenida Atlântica

e a Marginal Pinheiros, dando maior mobilidade para região do Bairro de Veleiros, locais estes com bastante afinidade com a área de estudo. O próprio PIU Jurubatuba traça algumas diretrizes de conexão como possíveis alternativas para o sistema viário. A malha cicloviária não se estende até a área de estudos, terminando no sentido bairro na Ponte do Socorro, e continuando no sentido centro ao longo da malha sob trilhos.

A área de estudos é dotada de mobilidade sob trilhos estando próxima a uma linha de trem (Linha 9 Esmeralda) e a uma linha de metrô (Linha 5-Lilás), e o prolongamento na Marginal não estabelece nenhuma conexão com essa teia de mobilidade o que possibilita o compartilhamento transporte público, ciclista e pedestre. E ainda poderia ter

alguma conexão com o ônibus aquático que iniciou funcionamento em meados de 2024 percorrendo um caminho de 15 quilômetros de transporte público.

PIU Jurubatuba

Para entender o que é um Plano de Intervenção Urbana (PIU) é importante destacar os mecanismos legais que possibilitam esse instrumento.

Inicialmente temos o Estatuto da Cidade¹ que é um conjunto de normas jurídicas que surgiu como projeto de lei em 1988. O surgimento do estatuto está ligado à preocupação com o desenfreado crescimento urbano desde a segunda metade do século XX, marcado por uma distribuição de terra irregular. Essa lei existe em favor de quatro aspecto fundamentais: o bem da coletividade, segurança, bem-estar dos cidadãos e equilíbrio ambiental

O Plano Diretor Estratégico (PDE)² é uma lei municipal que orienta o crescimento e desenvolvimento urbano de todo o município. É um pacto social

que define os instrumentos de planejamento urbano para reorganizar os espaços da cidade e garantir a melhoria da qualidade de vida da população.

Os Planos de Intervenção Urbana (PIU)³ são estudos técnicos necessários para promover ordenamento e reestruturação urbana em áreas subutilizadas e com potencial de transformação na cidade de São Paulo. São elaborados pelo poder público e originados a partir do Plano Diretor Estratégico e tem como objetivo criar mecanismos urbanísticos que melhor aproveitam a terra e a infraestrutura urbana, aumentando densidades demográficas e construtivas, permitindo o desenvolvimento de atividades econômicas, criação de empregos, produção de habitação de interesse social e equipamentos públicos.

Atualmente existem alguns PIUs aprovados e um deles é o PIU Arco Jurubatuba proposto pelo Poder Público com objetivo de:

construir uma nova frente fluvial articulada aos demais territórios de seu perímetro, que apresentam grande diversidade na forma de uso e ocupação do solo. A região é caracterizada ora por centralidades históricas, imóveis tombados e sua área envoltória, como o antigo mercado de Santo Amaro, ora por centro comercial ativo, servido por equipamentos e infraestrutura de transporte que demandam requalificação. Existem ainda as ocupações industriais – algumas ativas que merecem modernização e outras subutilizadas que necessitam de processo de transformação. Essa região ainda apresenta grande número de áreas contaminadas, pois foi um dos polos de indústria pesada de São Paulo. (PMSP, 2023)4

Com uma população de 150.000 habitantes (1,25% da população paulistana), o território do Arco Jurubatuba (ACJ) tem área de 2.158 hectares, 1,41% do município. É caracterizado ora por centralidades históricas, ora pelo centro comercial ativo, que são servidos por equipamentos de transporte que necessitam requalificação. Existem também ocupações industriais, que necessitam modernização ou transformação, e por conta

Notas:

1 _ https://blog.ipog.edu.br/direito/estatuto-da-cidade/

2 _ https://planodiretorsp.prefeitura.sp.gov.br/o-que-e-o-plano-diretor/

3 _ https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/estruturacaoterritorial/piu/#:~:text=Os%20Planos%20de%20

Interven%C3%A7%C3%A3o%20Urbana,na%20cidade%20de%20 S%C3%A3o%20Paulo

4 _ https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/piu-arco-jurubatuba/

dessas ocupações, essa região, que já foi um grande polo industrial, apresenta muitas áreas contaminadas. Também estão presentes territórios residenciais monofuncionais que necessitam de requalificação para integra suas porções socialmente e economicamente díspares. Há ainda grande potencial ambiental desta área, como Zonas de Preservação Ambiental – ZEPAM, que serão gradativamente transformadas em parques públicos.

Considerando a proximidade da Represa essa pesquisa também analisou o Programa Mananciais da Secretaria Municipal de Habitação SEHAB5. Iniciado em meados dos anos 1990 por meio do Programa Guarapiranga, com ações de urbanização e regularização fundiária de assentamentos precários na região da bacia hidrográfica Guarapiranga.

Atualmente, o Programa tem por campo de atuação as regiões da bacia hidrográfica Guarapiranga e a bacia Billings, localizadas na zona sul de São Paulo e espera-se beneficiar aproximadamente 31 mil famílias com

as obras de urbanização e 8 mil famílias com unidades habitacionais e ao menos 1,7 milhão de metros quadrados de implantação de parques e áreas de lazer. Dentre os objetivos do Programa, para este estudo, é importante ressaltar

o 5º. Que propõe por meio das obras de qualificação urbanística, contribuir também para a proteção ambiental das áreas de mananciais da zona sul da cidade de São Paulo, em especial a proteção de áreas verdes e de nascentes e o saneamento das sub-bacias hidrográficas.

Projeto prolongamento da Marg. Pinheiros

O projeto visa estender a via Marginal Oeste do Rio Pinheiros em 8 km, iniciando após a Ponte João Dias, no encontro com a Avenida Guido Caloi, e se estendendo até a conexão com a Avenida Jair Ribeiro da Silva. De acordo com São Paulo Obras – SPObras (2023): “além de ampliar a infraestrutura viária, o empreendimento busca melhorar o

sistema existente, garantindo maior segurança e fluidez no tráfego e nas conexões entre as vias”.

Além da extensão da via, o novo sistema viário incluirá interligações com todas as pontes ao longo do percurso, começando pela ponte Transamérica, seguindo pela Ponte do Socorro, Ponte Jurubatuba e Ponte Vitorino Goulart da Silva, na Av. Jair Ribeiro da Silva, além de acessos aos bairros. A iniciativa também envolverá a construção de novas pontes e viadutos.

Ainda de acordo com SPObras (2023), a via proposta terá três faixas de rolamento, cada uma com 3,50 metros de largura, acompanhadas por faixas de segurança de 1 metro de largura em ambos os lados, e uma ciclovia compartilhada no lado mais próximo do Rio Jurubatuba.

Os principais pontos do projeto são a conexão com a ponte Transamérica, ponte sobre o Rio Guarapiranga, viaduto sobre a ponte Socorro, elevado longitudinal (sobre interferências), ponte Vitorino Goulart da Silva. E,

ainda de acordo com o documento apresentado pela SPObras (2023) este prolongamento contaria com os seguintes acessos: Vila Socorro e complexo Bayer, Avenida Olívia Guedes Penteado, Avenida Rio Bonito e Jardim Satélite.

Os argumentos apresentados pela SPOBras (2023) ressaltam os benefícios da ampliação tais como a melhoria significativa na fluidez do tráfego e a eliminação de conflitos viários. Além disso, contempla a restauração e construção de nova pavimentação, oferece soluções de drenagem para prevenir alagamentos e promove melhorias na mobilidade urbana sustentável, com a inclusão de ciclovias e ciclofaixas resultando na redução do tempo de deslocamento e dos custos operacionais, proporcionando uma série de vantagens para a cidade. Apesar de alguns argumentos favoráveis à mobilidade verde (ciclovias) os principais pontos da proposta ressaltam apenas a infraestrutura cinza de pontes, viadutos e acessos que a obra propõe

que cruzariam de forma dura a área e inviabilizariam o projeto de um parque urbano sem avenidas.

Na imagem 7, que se trata de apenas um dos trechos da intervenção, em cinza estão as novas áreas pavimentadas, em amarelo os trechos em viadutos, em vermelhos pequenos trechos fragmentados compartilhados de pedestres e veículos e em azul vários muros que desconectaram a paisagem fluvial da via de circulação. Essa proposta segue o modelo de via atualmente implantado pelas marginais onde as estruturas construídas se sobressaem à paisagem natural e a via de mobilidade de leito carroçável de transporte individual motorizado é priorizada acima de tudo, mesmo em área de Proteção Ambiental sobrepondo a diretriz do Estatuto da Cidade de equilíbrio Ambiental, melhoria de qualidade de vida prevista no PDE e uma possível frente fluvial articulada aos demais territórios que poderia ser articulada por um Parque Urbano e não por vias, pontes e viadutos.

Ponte Transamérica. Em amarelo, indicam setores elevados, em cinza setores novos, em laranja setor de aterro armado e em vermelho locais de compartilhamento com pedestres e ciclistas

Ponte projetada ga. Em amarelo, dos, em cinza setor de aterro locais de compartilhamento pedestres e

Figura 6: Mapa mostrando o trecho de conexão da Marginal com a Ponte Transamérica. Fonte: caderno da SPObras (2023)

Notas:

5 _ https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/habitacao/ secretaria_executiva_do_programa_mananciais/noticias/index. php?p=332560

Um Parque sem Avenidas

A discussão sobre a implantação de um parque urbano na área de estudos cronológica e legalmente ocorreu da seguinte forma:

1. 11/01/24 – criação do abaixo assinado através do site change.org Iniciado pelo arquiteto Dimitre Gallego. O documento havia reunido até 16/05/2024 23.862 assinaturas.

2. 31/01/24 - Ocorreu a criação do Instagram @parquejurubatuba”, que divulga informações sobre a criação do parque para toda a população da cidade6.

3. 26/02/24 - No dia 26 de fevereiro, foi publicado o artigo da arquiteta e urbanista Raquel Rolnik na coluna Cidade Para Todos, do Jornal da USP7 intitulado como: “Prolongamento da Marginal Pinheiros Destruirá umas das Últimas Áreas Verdes de São Paulo”. No artigo, ela critica o projeto de prolongamento da marginal e defende a criação do parque para a população.

4. 01/03/24 - O grupo de pessoas que defendem a criação do Parque e são contra a extensão da Marginal Pinheiros, mandou uma carta aberta ao prefeito Ricardo Nunes pedindo que interrompesse o processo de construção da marginal, de acordo com o que está previsto no planejamento da cidade.

5. 03/03/24 – A população que era contra a ampliação da marginal se reuniu junto com um grupo de ciclistas no local onde estava programada a construção para protestar contra a extensão.

6. 19/03/24 - O Projeto de Lei 01 -001 158/2024 do Vereador Professor Toninho Vespoli (PSOL), usa como base o Plano Diretor, planos regionais e uma ideia de planejamento urbano mais sustentável para defender a criação do parque, que será uma área verde para toda a população.

7. Audiências da publicização do EIA/RIMA 24/04/2024 - 08/05/2024 - 15/05/2024 (vale ressaltar que na apresentação do caderno da SPObras não havia o Estudo EIA/RIMA.

Figura 7: Manifestação do dia 03/03/24. Fonte: Mila Maluhy

Notas:

6 _ https://www.change.org/p/em-defesa-da-%C3%BAltima-%C3%A1reaverde-sem-avenidas-nas-margens-do-canal-do-rio-pinheiros

7 _ https://jornal.usp.br/radio-usp/prolongamento-da-marginal-pinheirosvai-custar-uma-grande-area-de-lazer-para-a-cidade/

Estudos e Propostas de ex-alunos do Centro Universitário Senac para o possível Parque Jurubatuba

Desde 2013 que a área de estudos vem sendo investigada pelos alunos do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac e várias propostas de parque surgiram tanto em disciplinas quanto em trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) impulsionados pelas atividades das disciplinas a assumir a área para um trabalho final do curso. A seguir, algumas boas ideias selecionadas nestes 11 anos de exercícios.

TCC Mauricio Elias de CarvalhoParque da Estação - Uma aproximação às águas paulistanas - 2015

Neste TCC, as premissas do projeto do parque, é de conexão com os bairros no entorno, criação de passarelas exclusivas para pedestres com integração à ciclovia já existente na margem do rio, variedade de vegetação

e espelhos d’água prezando o bemestar de quem frequenta. Com isso, consequentemente surge também a demanda de despoluição do rio.

2: Panorama extracurricular

Figura 8: Desenho do Parque da Estação - proposta de TCC. Fonte: Mauricio Elias de Carvalho.

- Do Dominado ao Desejado - O Parque Fluvial Como Estratégia para a Reinserção de Rios na Paisagem Urbana - 2018

O projeto de Laís tem como objetivo apresentar a concepção de um parque urbano em formato linear às margens do Rio Pinheiros, como uma ferramenta de aplicação dos conceitos de infraestrutura verde e um instrumento de reaproximação da população com os cursos d’água urbanos.

Figuras 9 e 10:
Desenho do Parque Fluvial - proposta de TCC. Fonte: Laís Caroline Ferreira.

TCC Bruna Nishi Ribeiro - Parque

Linear - Rio Jurubatuba - 2018

Neste TCC, a ex-aluna Bruna Nishi Ribeiro propõe através da criação do parque uma requalificação urbana daquele espaço, no qual muitas vezes é desvalorizado e usado até mesmo como lixão em algumas partes.

Seção 2: Panorama extracurricular

Figuras 11 e 12: Desenho do Parque Linear Rio Jurubatuba, proposta de TCC. Fonte: Bruna Nishi Ribeiro.

Nestes três exemplos é possível ver a potencialidade da área para criação de um parque que atenda requisitos ambientais, melhore as condições de vida dos moradores da região, atenda às determinações legais já aprovadas e possa ser elemento de mobilidade conectando pedestres, ciclistas e usuários do transporte público de ônibus, e transporte sob trilhos já existentes na região.

Considerações finais

A Equipe LAR, academicamente, apresenta uma postura analítica que precisaria ser discutida com equipes multidisciplinares, mas que objetiva trazer os pontos para o debate.

Pontos positivos do prolongamento da Marginal Pinheiros:

1. Melhoria na fluidez do tráfego: A ampliação da via e a inclusão de novas estruturas viárias têm o potencial de melhorar significativamente o

fluxo de veículos na região, reduzindo congestionamentos e tempos de deslocamento do transporte individual motorizado. Pode-se especular que, se o transporte público estiver conectado à essa nova via, este também poderá ser beneficiado. Devemos ressaltar que os documentos analisados não apresentam as possíveis conexões dos fluxos de transporte de massa (ônibus, Metrô, trem) nem pesquisas OD (origem/ destino) para mapear se o grande fluxo da zona sul é de carros.

2. Redução de conflitos viários:

A eliminação de pontos de conflito e a implementação de acessos mais eficientes podem contribuir para uma circulação mais segura e fluida no local.

3. Infraestrutura renovada: A restauração e construção de nova pavimentação, juntamente com soluções de drenagem para prevenir alagamentos, representam melhorias importantes na infraestrutura urbana.

4. Mobilidade sustentável: A inclusão de ciclovias e ciclofaixas na ampliação da via proposta promove

uma mobilidade mais sustentável, incentivando o uso de meios de transporte alternativos e contribuindo para a redução da emissão de gases poluentes.

5. Impacto positivo na qualidade de vida: Essas melhorias têm o potencial de proporcionar uma experiência de deslocamento de carros mais eficiente e segura para os residentes locais (desde que os mesmos comprovadamente utilizem o modal como principal em seus deslocamentos viários), contribuindo para uma melhor qualidade de vida na região.

Pontos negativos do prolongamento da Marginal Pinheiros:

1. Impacto ambiental: A construção de novas vias e estruturas pode resultar em impactos ambientais, como a perda de áreas verdes, interferência nos ecossistemas locais e aumento da poluição sonora e do ar.

A proposta prevê uma continuidade ao que vem sendo feito na cidade

de São Paulo com a priorização do sistema viário e transporte individual motorizado e negando o sistema fluvial da cidade, além de impermeabilizar as poucas áreas de várzea existentes.

No primeiro documento publicado da SPObras não havia o EIA/RIMA e no momento de produção desse relatório a Equipe LAR estava acompanhando as audiências públicas de publicização do estudo.

2. Custos e prazos: Projetos de infraestrutura desse porte geralmente envolvem altos custos e prazos longos de execução, o que pode representar desafios financeiros e logísticos para as autoridades responsáveis. A previsão de gastos preliminares é de 1.7 Bilhões de Reais, que precisariam ser avaliados em termos de custo/benefício.

3. Deslocamento de comunidades: Em alguns casos, a implementação de grandes projetos de infraestrutura pode levar ao deslocamento de comunidades locais, gerando preocupações quanto à justiça social e ao impacto nas populações afetadas. Na audiência de

08/05/2024 uma comunidade que seria diretamente impactada, se manifestou contrária ao projeto. E, além dessa comunidade, outras seriam impactadas direta ou indiretamente pela obra, em termos ambientais e de qualidade de vida.

4. Manutenção futura: A expansão da infraestrutura viária também implica em custos contínuos de manutenção e operação, que devem ser considerados a longo prazo para garantir a sustentabilidade do projeto.

5. Viadutos: Conforme parte do projeto aqui apresentado, vários trechos da ampliação, seriam em viadutos o que, além do custo de execução dessas grandes infraestruturas, há um impacto muito negativo na construção da paisagem com elementos construídos em vários níveis que priorizam o viário em detrimento ao ambiental e paisagem natural.

6. Número de pessoas efetivamente beneficiadas com a ampliação: Nos estudos pesquisados não foi apresentada uma Pesquisa

2:

OD nem a quantidade de pessoas residentes na Zona Sul que utilizam o transporte individual motorizado (carro) que seria fundamental para verificar se o deslocamento diário moradia/estudo/ trabalho é feito com o uso do carro.

Em resumo, embora o prolongamento da via Marginal Oeste do Rio Pinheiros ofereça várias vantagens em termos de mobilidade e qualidade de vida, é importante abordar cuidadosamente os desafios e preocupações associados, garantindo uma abordagem equilibrada e sustentável para o desenvolvimento urbano.

Pontos positivos da implantação do Parque Jurubatuba:

1. Questão ambiental: A principal abordagem que justifica a criação de um parque público na atualidade é o aspecto ambiental. Estamos vivendo uma crise climática sem precedentes onde os conceitos urbanos de desenhar a cidade precisam ser revistos. Quanto

mais vias de automóveis, mais carros nas cidades e maior a emissão de CO2. O aumento de áreas impermeáveis dificulta a absorção das águas, ainda mais em uma área de várzea beira rio configurada como ZEPAM pelo zoneamento da cidade. Muito tem se falado em “cidades esponja” e “Parques esponja” e a implantação de um parque público beira rio seria extremamente adequado para este propósito. A área pode contar com um projeto de arborização que melhores questões de umidade do ar e possibilidade melhorias no sistema de infraestrutura verde/azul auxiliando na drenagem urbana.

2. Um parque sem avenidas: A ideia da Avenida Marginal com uma grande estrutura cinza (vias, viadutos) e uma “sobra” verde é um paradigma que deve ser revertido pensando em cidades mais verdes, humanas e resilientes. Este modelo de construir a via primeiro e depois estruturar o parque com o remanescente da urbanização está ultrapassado em cidades mais desenvolvidas. O parque, além de

espaço de lazer, pode e deve ser também um elemento de “mobilidade verde” que possa priorizar os pedestres, ciclistas e até o transporte público.

3. Espaço de qualidade de lazer: A zona sul da cidade de São Paulo carece de espaços de lazer mais qualificados que beneficiariam grande parcela da população. O investimento em áreas públicas de qualidade também poderia potencializar investimentos privados trazendo mais trabalho para a região, o que poderia aproximar moradia do trabalho e reduzir tempos de deslocamentos periferia-centro.

4. Instrumentos legais: O parque respeita os instrumentos legais propostos na LPUOS, como a área de Zepam e as determinações do PIU Jurubatuba que entende a área de estudos como espaços de parques.

Referências

https://blog.ipog.edu.br/direito/estatuto-da-cidade/ - acesso em abril/2024.

https://capital.sp.gov.br/web/obras/w/sp_obras/noticias/359645 - acesso em maio/2024.

https://diariooficial.prefeitura.sp.gov.br/md_epubli_visualizar.php?wTTqxIQPF4V7UvwafiQUL-8MEN2OucopCKUELYCc17J8hJddsC39F75Hsb93z6zLMyluiYEnpRo_muO3__xY6qO50JRNn1RQrOD2TWU3lFVv0OcXV2_Xpum3D3hzUt - acesso em março/2024.

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https://geosampa.prefeitura.sp.gov.br - acesso em março/2024.

https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/estruturacao-territorial/piu/#:~:text=Os%20Planos%20de%20Interven%C3%A7%C3%A3o%20Urbana,na%20cidade%20de%20 S%C3%A3o%20Paulo - acesso em abril/2024.

https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/piu-arco-jurubatuba/ - acesso em abril/2024.

https://issuu.com/ausenac/docs/lais_fernandes__do_dominado_ao_dese - acesso em maio/2024

https://issuu.com/ausenac/docs/tcc_-_bruna_nishi_ribeiro

https://issuu.com/senacbau_201101/docs/mauricio_carvalho_parque_da_esta___ - acesso em maio/2024

https://jornal.usp.br/radio-usp/prolongamento-da-marginal-pinheiros-vai-custar-uma-grande-area-de-lazer-para-a-cidade/ - acesso em abril/2024.

https://jornal.usp.br/radio-usp/prolongamento-da-marginal-pinheiros-vai-custar-uma-grande-area-de-lazer-para-a-cidade/ acesso em abril/2024.

https://planodiretorsp.prefeitura.sp.gov.br/o-que-e-o-plano-diretor/ - acesso em abril/2024.

https://www.change.org/p/em-defesa-da-%C3%BAltima-%C3%A1rea-verde-sem-avenidas-nas-margens-do-canal-do-rio-pinheiros - acesso em maio/2024.

https://www.gazetasp.com.br/estado/memoria-santo-amaro-ja-foi-municipio-e-lutou-por-%20emancipacao/1110622/

https://www.guarapiranga.org/historia - acesso em março/2024.

https://www.noticiasdaregiao.com.br/grupo-de-moradores-contra-o-prolongamento-da-marginal-pinheiros/ - acesso em abril/2024.

https://www.noticiasdaregiao.com.br/grupo-de-moradores-contra-o-prolongamento-da-marginal-pinheiros/ - acesso em maio/2024.

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/habitacao/secretaria_executiva_do_programa_mananciais/noticias/index.php?p=332560 acesso em março/2024.

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/obras/sp_obras/noticias/?p=359645 - acesso em maio/2024.

https://www.saopauloinfoco.com.br/a-capela-do-socorro/ - acesso em março/2024.

Seção 2: Panorama extracurricular

Maquete 20 anos do Campus Centro Universitário Senac Santo Amaro

Paulo Henrique Gomes Magri

Valéria Cássia dos Santos Fialho e alunos

Daniel Inocêncio, Diego Aguiar, Heloísa Loureiro, Henrique Fiori, Julia de Castro, Kathryn Mendes, Nathália Gomes e Pedro Martins

Figura 1: Vista geral da maquete (fotografias da prof. Bebete Viegas)

Há 10 anos, em decorrência da comemoração pelos 10 anos do Centro Universitário Senac Santo Amaro, os professores do curso Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo foram solicitados a executar uma maquete do Campus. Naquela ocasião, optamos por realizar a representação do terreno da maquete na cor do MDF (Medium Density Fiberboard) cru, apenas marcado na máquina de corte e gravação a laser, o que o configurou em uma cor parda, similar a um papelão, com os elementos representativos riscados a laser, com a aparência de linhas desenhadas em um projeto. Esta decisão ocorreu talvez pela euforia destacada, à época, pelo uso da tecnologia a laser, criando um resultado ímpar para a maquete.

10 anos se passaram e, em comemoração pelos 20 anos do campus do Centro Universitário Senac, fomos solicitados a executar a renovação da maquete. O Senac adquiriu novos terrenos adjacentes com edificações instaladas, uma delas atualmente já reformada e ocupada pela equipe da graduação à distância e nosso novo desafio era transformar a antiga maquete em comemoração aos 10 anos em uma nova maquete, muito maior e com novas edificações.

Neste novo desafio, optamos por construir uma maquete volumétrica, conceitual, toda feita em acrílico branco, mantendo a escala da primeira maquete. Desta forma, aproveitamos algumas edificações que já haviam sido executadas no mesmo material. A nova maquete traz uma característica muito marcante que é o terreno representado em branco, fazendo uso da gravação a laser para diferenciar o piso entre áreas secas e áreas molhadas. A escolha deste material como protagonista sugere a sensação de pureza e simplicidade.

Em 2014, algumas esculturas instaladas em nosso campus haviam sido representadas por meio de impressão 3D baseada em pó. Nesta nova versão da maquete, estes elementos foram impressos em impressora 3d de resina líquida, o que conferiu um resultado diferente da primeira experiência. Ambas as tecnologias se mostraram adequadas para a realização desta representação, porém, a condição tecnológica foi

determinante para esta escolha, uma vez que a impressora baseada em pó não tem mais suporte e nem matéria-prima disponível no mercado. Por isso, optamos por utilizar uma tecnologia condizente com a realidade contemporânea e imprimimos em resina UV não tóxica, lavável em água.

Em 2024, mais uma vez, selecionamos alguns alunos para desenvolver os desenhos e executar a maquete do campus, no formato de ação extensionista ligada ao projeto de extensão Escritório Modelo de Arquitetura e Design (EMAU+D), mas não exclusivo aos alunos participantes do escritório, abrindo a oportunidade para outros alunos que tivessem interesse em participar do projeto. Por fim, tivemos oito alunos participantes e seus nomes são Daniel Inocêncio, Diego Aguiar, Heloísa Loureiro, Henrique Fiori, Julia de Castro, Kathryn Mendes, Nathália Gomes e Pedro Martins, aos quais deixamos aqui nosso profundo agradecimento à dedicação e cuidado que tiveram na execução desta nova

maquete.

A maquete foi desenvolvida na escala 1:250 e é composta por uma base feita em metalon 70x30cm, o que conferiu leveza e robustez ao conjunto. Sobre a base metálica, apoiamos o quadro da maquete produzido em MDF 18mm. Sobre o quadro da maquete, colamos as curvas de nível produzidas em MDF 2.5mm, o que conferiu a altura de 1m para cada curva de nível e, devido à extensão da área ocupada pelo Centro Universitário, acabamos por representar parte do Golf Clube de São Paulo, que é vizinho ao campus. Apoiado sobre a curva de nível correspondente à área ocupada, desenvolvemos o terreno do campus em acrílico branco com as gravações das áreas secas e molhadas. Sobre o terreno, foram posicionadas as edificações produzidas em placas de acrílico branco cortadas a laser.

Após a montagem, foi realizada a construção de uma cobertura de proteção em acrílico transparente impedindo o acúmulo de poeira sobre a obra.

O resultado deste trabalho é uma maquete volumétrica que representa uma abordagem contemporânea e minimalista para a concepção espacial. O uso do acrílico branco confere uma estética limpa e sofisticada, ao mesmo tempo que permite uma leitura clara das formas e volumes sem interferências de cor ou textura.

A maquete explora a interação entre espaço, luz e forma através da composição de volumes geométricos que se inter-relacionam. A superfície lisa do acrílico cria um contraste sutil entre luz e sombra, realçando a geometria intrínseca dos elementos.

Em termos de funcionalidade, a maquete serve tanto como um modelo de estudo quanto como uma peça de apresentação. Sua clareza visual facilita a compreensão da distribuição dos espaços e a interação entre diferentes volumes, proporcionando uma visão direta e objetiva do projeto conceitual. Este modelo volumétrico com suas formas definidas e acabamentos sutis, oferece uma representação

fiel das intenções arquitetônicas e do impacto espacial conferido ao conjunto das edificações, permitindo uma análise detalhada e um diálogo efetivo sobre a proposta arquitetônica original do escritório Aflalo & Gasperini em conjuntura com as edificações posteriormente adquiridas pelo Centro Universitário Senac Santo Amaro.

A maquete fica em exposição permanente e aberta à visitação pública no prédio Acadêmico 2, ala J, andar térreo do Centro Universitário Senac Santo Amaro.

Seção 2: Panorama extracurricular
Figura 2: Primeiros testes em Papel Paraná
Figura 3: Alunos preparando e testando a montagem da maquete.

194 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Seção 2: Panorama extracurricular

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

(páginas anteriores)
Figura 4: Vista do Acadêmico 2.
Figura 5: Vista do Prédio das Coordenações.

(páginas seguintes)

Seção 2: Panorama extracurricular
Figura 9: Vista do edifício do Laboratório do Design.
Figura 6: Vista do Golf Clube.
Figura 7: Portaria 2, Praça de Alimentação 3 e Laboratório do Design.
Figura 8: Acadêmico 1 e Centro de Convenções.

198 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Seção 2: Panorama extracurricular

Workshop Design Weekend 2024Metrópole Extraordinária

Paulo Magri

Ricardo Luis Silva

Rodrigo Gutierrez

Valéria Fialho com o arquiteto convidado

Rodrigo Queiroz e depoimentos da Equipe Projeto de Extensão ARQLAB

1: Módulos G e P das estruturas montadas com o princípio da

Figura
tensegridade.

Workshop desenvolvido no mês de março com a participação dos seguintes alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Design, Audiovisual e Multimídia:

Arthur Araújo Gonçalves

Beatriz Pereira Costa

Bianca Hirschmann Branco

Carolina Sant’anna do Nascimento

Catharina Mota Basaglia

Esther Gonzaga Fernandes

Evellyn Souza Santos

Fernanda Mari Enjo

Fernando Barros Ribeiro do Carmo

Gabriela Giroto Da Silva

Gustavo Barbosa de Sousa

Helena Bergamaschi Chagas da Silva

Isther Rocha Sampaio dos Santos

João Pedro Pugliesi Câmara

Laura Drumond

Luara Nogueira da Costa

Lucas Arlindo Silva Sá

Luciano Leandro Correia

Luiza França Ferreira Ignácio

Luiza Gomes de Oliveira

Maria Isabel da Silva Fernandes

Sarah Rodrigues de Siqueira

Sophia Caldeira Nogueira

Thatianne Andrade de Oliveira

Thiago Vettorazzo Costa

Figura 2: Relações corporais e espaciais geradas pela combinação dos diferentes módulos.
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Seção 2: Panorama extracurricular

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figura 3, 4 e 5: Experimentações de interação entre os módulos e entre módulos e corpos.

Thatianne Andrade de Oliveira

Participar do Workshop da DW foi uma experiência muito importante para a minha carreira e evolução pessoal. Aprendi sobre o conceito de tensegridade, no qual eu nunca havia ouvido falar. Consiste em um tipo de sistema estrutural com a característica de possuir elementos submetidos à compressão e a tração pura, sendo os membros comprimidos - geralmente barras - enquanto a tensão se dá por cabos fixados em suas extremidades formando um sistema pré-tensionado estável. Quando começamos a oficina, achei bem complexo e complicado montar as estruturas, afinal elas são resistentes e difíceis de montar, a não ser que montássemos em duplas. Essa foi a parte mais legal: poder trabalhar em equipe, conhecer pessoas de outras áreas e que estão em um nível acima do meu me ajudou a amadurecer, além de poder conhecer mais a fundo sobre a complexidade da área de Arquitetura e a diversidade de estruturas possíveis que podem ser construídas, fora as que não conhecemos ainda. Fico muito grata por essa oportunidade e de poder produzir obras para serem expostas em uma galeria tão renomada como a Galeria Metrópole, no Centro de São Paulo.

Figura 6: Aluna Thatianne Andrade de Oliveira.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figura 7: Aluno Arthur Araújo Gonçalves.
Figura 8: Aluna Sarah Rodrigues de Siqueira.
Figura 9: Aluno Fernando Barros Ribeiro do Carmo.
Seção 2: Panorama extracurricular
Figura 10: Dia de montagem na Galeria Metrópole.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

a 14:

Figuras 11
Momentos da montagem/ocupação da Galeria Metrópole na abertura dos eventos da DW 2024.

Carolina Sant’anna do Nascimento

Acompanhar o desenvolvimento de um projeto do início para algo tão importante para o cenário do Design e da Arquitetura foi muito gratificante e enriquecedor para a minha formação profissional e pessoal. Entretanto, o processo foi também desafiador, participar de uma edição importante para a parceria Senac + DW - que comemorou 10 anos.

Foi uma honra poder participar desta edição de comemoração - tanto nas frentes de desenvolvimento como cobertura e registro das atividades, é muito gratificante como aluna da instituição, saber que o Senac possibilita essas experiências para os estudantes.

Luíza Felix Reis Macedo

Ingressar na extensão me abriu portas para novas experiências. Participar das experimentações e soluções, trabalhar em grupo e ter a oportunidade de estar em um evento como o da “Design Weekend” é com certeza muito enriquecedor. Estar junto de professores

e alunos de outros semestres é sempre muito curioso. Captar suas perspectivas e repertórios, em debates onde estão sempre dispostos a ouvir e discutir suas ideias, ampliaram meu conhecimento.

Com o intuito de “contaminar” o espaço da galeria através dos elementos tridimensionais espalhados pela mesma, testar e organizar as suas disposições, além de registrar esse processo, foi muito prazeroso e necessário para o meu crescimento acadêmico e pessoal, que ficará na minha memória.

Maria Eduarda Russo

Participei da montagem da DW! onde o foco principal foi a instalação de estruturas de tensegridade. Foi uma experiência super rica e desafiadora, porque essa técnica mistura de forma única a compressão e a tensão, criando formas que chamam muita atenção e parecem até mágica. Ver tudo se concretizando, com as pessoas interagindo e se surpreendendo com as peças, foi muito recompensador. Saber que fiz parte disso, de algo tão criativo

e diferente, foi uma sensação incrível.

Estar envolvida na montagem do evento e ver ele acontecer me marcou.

Marina Oliveira da Cruz

Me inscrever no ARQLAB foi uma das melhores decisões que tomei no semestre. Sempre gostei de enquadrar pessoas, paisagens e registrar momentos, o que me trouxe a oportunidade de colaborar nos bastidores da DW!, produzindo conteúdo sobre o curso e permitindo o acesso dos futuros alunos às criações que fizemos anteriormente. Trouxemos uma nova forma de vida para a Galeria Metrópole, espalhando as tensegridades pelo ambiente como forma de integrar o cotidiano de todos que frequentam o local. Ter meu nome nos créditos finais e saber que fiz parte disso junto da equipe, por meio do nosso esforço e dedicação, é muito prazeroso e gratificante, abrindo caminho para novas experiências e vivências que farão parte da minha memória e trajetória acadêmica.

Samara Barroso Souza

Juntamente com meus professores, Ricardo Luis e João Yamamoto, colegas da extensão Arqlab, estudantes colaboradores e a coordenadora do curso, Valéria Fialho, realizamos uma exposição de Tensegridade, em uma das maiores galerias de São Paulo. Foram semanas produtivas, na qual tive oportunidade de participar em registros, conversas, análises e montagem. O desenvolvimento da Tensegridade foi um período de muito aprendizado, onde utilizamos elásticos e madeiras possuindo tração e compressão de forma combinada para que houvesse estabilidade. As madeiras utilizadas, eram grandes e médias (para que houvesse variações de tamanhos), e foram confeccionadas na oficina da própria faculdade. A princípio, houve muitos moldes em tamanhos pequenos. Em dias de fotos em estúdio, pegamos equipamentos do Senac, e pessoas modelos para fotografar junto a tensegridade. As fotos tinham o intuito de mostrar uma conexão com o corpo

e o objeto tracionado, seguindo esse raciocínio, nas fotos, pedíamos para que os modelos fizessem movimentos, tocassem, carregassem em suas mãos e etc.

Dias antes do evento, estivemos na Galeria Metrópole, para a montagem final de todas as tensegridades. Portanto, espalhamos os objetos por todo o andar delimitado.

Na terça-feira, dia 16 de março, às 13h deu início ao evento para nossa exposição. Obteve diversos relatos de professores e alunos, contando experiências, dificuldades e aprendizados. Tive oportunidade de conhecer e ouvir os promotores do Evento, que nos contaram um pouco de toda a trajetória e desenvolvimento dele.

Foi um evento rico em informações, em que pude aprender muito com meus colegas. Adorei participar de cada equipe colaborativa desse evento, e estarei sempre disposta a colaborar novamente.

Figuras 15 e 16:
Equipe ARQLAB nos bastidores da DW 2024.
Figura 17:
Equipe completa preparada para a ação de abertura da DW 2024.
Seção 2: Panorama extracurricular
do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

para assistir o video produzido especialmente para a DW 2024 acesse o link do perfil do ARQLAB no YouTube

Figuras 18:

Evento de abertura oficial das atividades da Arena Senac e Metrópole Extraordinária na Galeria Metrópole.

Figura 19: Módulo pendente no vão central da Galeria Metrópole.

Figura 20:

Frame do video sobre o workshop e desenvolvimento das tensegridades nos módulos que ocuparam a Galeria Metrópole durante a DW 2024.

https://youtu.be/5-AQgmHJxgY?

Seção 2: Panorama extracurricular

Cotidiano

do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

02 de março
Visita técnica ao bairro da República e suas galerias comerciais com a turma do quarto período e o professor Ricardo Luis Silva.

Seção 2: Panorama extracurricular

13 de março
Visita técnica à Avenida Paulista e Bela Vista com o quarto período noturno e as professoras Adriane de Lucca, Jordana Zola e Letizia Vitale.

13 de março

Visita técnica ao entorno do Campus Santo Amaro com a turma do sétimo período matutino e os professores Paulo Magri, Marcella Ocke, Marcelo Suzui e Nelson Urssi.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

17 de março

Bate papo e apresentação do desenvolvimento do workshop Metrópole Extraordinária, na Arena Senac da DW 2024. Prof. Ricardo Luis Silva, arq. Rodrigo Queiroz e as alunas Sofia Caldeira e Esther Gonzaga.

23 de março
Caminhada pelo Centro Histórico com os alunos do primeiro semestre matutino e noturno e os professores Gabriel Pedrosa e Ricardo Luis Silva.
26 de março Aula de Desenho com professora Valéria Fialho e a turma noturna dos ingressantes.

06 de abril

Visita etnográfica ao Mercado Kinjo Yamato na região da 25 de março com os alunos do segundo período noturno e os professores Ricardo Luis Silva e Letizia Vitale.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

06 de abril

Visita técnica ao bairro da Vila Madalena com as turmas matutino e noturno do quinto período, guiados pelas professoras Ana Carolina Mendes, Carolina Heldt, Jordana Zola e Marcella Ocke

15 de abril

Seção 2: Panorama extracurricular

15 de abril

Montagem da exposição das Envoltórias produzidas pelos alunos do primeiro semestre na disciplina Projeto Abrigo.

Visita técnica ao CEU Butantã com as professoras Katia Pestana e Mariana Rial e os alunos do terceiro semestre noturno.

20 de abril

terceiro

20 de abril

Visita ao escritório ZERO Máquina com alunos do sétimo período matutino e noturno e quarto semestre noturno, juntamente dos professores Paulo Magri e Rodrigo Gutierrez.

Visita à Pinacoteca do Estado de SP com a turma do
semestre noturno e o professor João Yamamoto.

25 de abril

Visita técnica região da República e Vila Buarque com a turma do terceiro semestre matutino e as professoras Jordana Zola e Rita Canutti.

25 de abril

Reunião de trabalho da equipe do EMAU na sala g408.

Seção 2: Panorama extracurricular

25 de abril

Visita da turma do terceiro semestre matutino e as professoas Jordana Zola e Rita Canutti à exposição Paisagem e Poder: construções do Brasil na ditadura, no espaço da MariAntônia USP.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Visita ao escritório e conversa com o fotógrafo Nelson Kon, organizada pelos prof. Adriane de Lucca e prof. Kazé Carvalho para os alunos do quinto semestre matutino e noturno.

26 de abril
Visita guiada à Casa de Vidro com professor Marcelo Suzui.

11 de maio

Visita técnica à Casa Nadyr de Oliveira com os alunos das turmas do terceiro semestre matutino e sétimo semestre noturno, juntamente com os professores Artur Katchborian e Sergio Matera.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

13 de maio

Seção 2: Panorama extracurricular

Turma do terceiro semestre noturno e professoras Adriane de Lucca e Jordana Zola acompanhando a Lavagem da Escadaria do Bixiga pelo Ilú
Obá de Min.
13 de maio
Atividade do segundo semestre noturno no Canteiro Experimental com os professores Marcelo Ursini e Walter Galvão.

Colação de grau

turma BAU 2019-1

15 de abril

11a Semana de Arquitetura e Urbanismo: o papel

e as práticas do arquiteto urbanista na atualidade

16 a 18 de abril

do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figura 1: Auditório cheio para as palestras da primeira noite.
Figura 4: Palestra da Arq. Camila Moreno, presidenta do CAU-SP
Figura 2: Palestra do Historiador Rodrigo da Silva.
Figura 5: Palestra da Prof. Arq. Giselly Barros.
Figura 3: Palestra da Arq. Camila Moreno, presidenta do CAU-SP.
Figura 6: Palestra da Arq. Raquel Furtado, presidenta do IAB-SP.

para assistir o video com o depoimento do Historiador Rodrigo da Silva, acesse o link do perfil do ARQLAB no YouTube

https://youtu.be/93dcyQAxZ5E?

para assistir o video com o depoimento da Arquiteta Tainã Dorea, acesse o link do perfil do ARQLAB no YouTube

https://youtu.be/bAHOH0L5KSY

para assistir o video com o depoimento do Prof. e Arquiteto Nabil Bonduki, acesse o link do perfil do ARQLAB no YouTube

https://youtu.be/ELKJ5-NazFo

Figuras 7, 8 e 9:
Frames dos videos de depoimentos dos palestrantes da Semana de Arquitetura e Urbanismo.

Visitas Técnicas: Tecnologias emergentes na Arquitetura

20 de abril e 07 de maio

Durante o primeiro semestre de 2024, no contexto da disciplina “Novas tecnologias aplicada ao projeto”, iniciou-se um mapeamento digital e colaborativo, com participação dos alunos, sobre a produção da arquitetura brasileira, e mais especificamente de São Paulo nas quais o uso de tecnologias emergentes e digitais está altamente relacionada com três aspectos fundamentais:

1) o processo de produção do pensamento/projeto;

2) o processo de fabricação/transformação material do mundo;

3) o aspecto formal em si do objeto estudado, como resultante inalienável da aplicação tecnológica empregada.

A partir desse mapa, foram realizados contatos com os representantes das empresas e escritórios identificados culminando em visitas técnicas envolvendo professores e alunos.

O objetivo dessas visitas foi o de aproximar o curso de Arquitetura do Senac

Seção 2: Panorama extracurricular
Figura 1: 20 de abril - Visita à Oficina Zero Máquina.

à realidade do mercado, na qual profissionais atuam de forma exemplar, investindo no campo das tecnologias emergentes, e dessa forma fomentar e fortalecer a pauta das tecnologias no curso e aplicar os campos de atuação em potencial dos alunos.

A primeira visita realizada foi na oficina Zero Máquina com a participação dos alunos da disciplina acima, com o acompanhamento dos professores Rodrigo Gutierrez, Paulo Magri e Artur Katchborian. O arquiteto Victor Paixão, responsável pela empresa, nos recebeu e explicou os processos de produção empregados, trajetória da empresa, aspectos do mercado, sobre parcerias com outros escritórios emblemáticos da área como o do arquiteto Guto Requena. Pudemos contar com a participação do arquiteto Rodrigo Queiroz que é ex-aluno do Senac e direciona sua produção para o campo das tecnologias emergentes em seus projetos.

A segunda visita realizada com o mesmo objetivo foi à construtora ITA Engenharia em Madeira, organizada

pelo aluno Rafael Victal, com o acompanhamento do professor Rodrigo Gutierrez, na qual o Engenheiro Daniel Salvatore, sócio da empresa, nos permitiu conhecer os processos automatizados/generativos de projeto e cálculo das estruturas, assim como visitar as instalações da fábrica na qual pudemos ver etapas de fabricação digital com máquinas CNC de grande porte.

As duas visitas possibilitaram a ampliação do repertório e iniciaram o estreitamento do curso com escritórios e profissionais com atuação nesse campo específico vislumbrando uma agenda futura de pesquisas e atividades relacionadas às tecnologias emergentes.

Visita 2:
07 de maio - Visita à Construtora ITA Engenharia.
Seção 2: Panorama extracurricular

Viagem de estudos para Minas Gerais 22

a 26 de abril

Ralf Castanheira Flôres e depoimento da aluna Bianca Hirschmann Branco

Ouro preto, Belo Horizonte e Inhotim foram os lugares visitados nesta viagem maravilhosa! A viagem foi muito bem organizada, com um roteiro incrível para que pudéssemos aproveitar cada momento nas cidades.

Começamos o percurso por Ouro Preto, onde ficamos hospedados no Grande Hotel, projetado por Oscar Niemeyer e localizado no topo da cidade, proporcionando uma vista panorâmica dela. Passamos dois dias na cidade, fazendo de tudo para conseguir conhecer todos os lugares possíveis. Conhecemos igrejas coloniais, minerações, museus, teatros e a arquitetura única de uma cidade colonial. Caminhar por Ouro Preto foi

como caminhar em um livro de história

brasileira. Além de caminhar pela cidade, tivemos uma conversa com o pessoal do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), na qual pudermos entender um pouco da história e do tombamento da cidade. Depois partimos para Belo Horizonte, e chegamos tendo uma ampla vista da cidade na Praça do Papa, podendo observar o relevo, e como a cidade foi planejada. Passamos dois dias em BH conhecendo praças, museus, casarões, igrejas, e parques da cidade. Passeamos por lugares marcantes, como a Praça da Liberdade e seus museus, a lagoa da Pampulha, a casa de Juscelino Kubitschek, os mercados Velho e Novo.

Além das cidades, também visitamos o Instituto Inhotim, um parque na cidade de Brumadinho que conta com muitos pavilhões com exposições de vários artistas contemporâneos. Foi realmente uma experiência fantástica de imersão sensorial!

Além da experiência de conhecer lugares maravilhosos, estávamos entre pessoas de todos os semestres do curso de Arquitetura. Além de toda a vida urbana, conseguimos aproveitar juntos também a vida noturna de cada cidade, podendo mergulhar ainda mais nessa viagem. Contamos com a presença do nosso professor de patrimônio Ralf que deixou nossa viagem bem mais divertida e intensa.

Como aluna do primeiro semestre, essa viagem foi extremamente importante para começar a olhar o mundo de uma nova maneira, poder conversar com outros alunos dos semestres futuros também me ajudou a entender que minha trajetória na Arquitetura e no Senac está apenas começando.

Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figuras 1 e 2: Pampulha, em Belo Horizonte.
Seção 2: Panorama extracurricular
Figuras 3 e 4:
Cidade Histórica de Ouro Preto.

238 Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

Figuras 5 e 6: Instituto INHOTIM, em Brumadinho.
Figura 7: A turma.
Seção 2: Panorama extracurricular

EXPERIMENTE Senac

15 e 16 de maio

Ricardo Luis Silva

Rodrigo Gutierrez

Valéria Fialho

Walter Galvão

1:

Pequenas estruturas montadas com tensegridade durante os encontros com alunos do Ensino Médio.

Figura 2:

Prof. Valéria apresentando o conceito de estruturas com tensegridade.

Figura 3:

Estudantes participando do Experimente e posando para fotos com os módulos produzidos para o evento da DW.

Seção 2: Panorama extracurricular
Figura

Patrimônio – Floresta Nacional de Ipanema

21 de maio

João Yamamoto

Kátia Pestana

Marcelo Suzuki

Ralf Flores

Rodrigo Gutierrez

Valéria Fialho

A FLONA - Floresta Nacional Ipanema, fica localizada quase integralmente no município de Aperó-SP, com acesso pelas Rodovias Castello Branco e Raposo Tavares, à aproximadamente 120km da capital. Além da área de preservação ambiental, também abriga uma unidade do ICMBio, sítios arqueológicos e edificações históricas como as remanescentes da antiga Real Fábrica de Ferro de São João do Ypanema.

Integrado às parcerias institucionais do Senac, o curso de arquitetura realizou visita técnica à FLONA, com alunos e professores, para o reconhecimento do local e fomento à educação patrimonial.

O objetivo da visita foi de estimular proposições no contexto de disciplinas como “Projeto Patrimônio”, que adotará o local como tema de reflexões projetuais e das atividades de extensão como as realizadas no “Escritório Modelo”.

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Seção 2: Panorama extracurricular
Figura 1:
Grupo reunido no grande hall da Casa das armas brancas, um dos edifícios presentes na FLONA Ipanema.
Figuras 2 e 3:
Vista geral e fachada externa da Casa das armas brancas.
Figura 4: A foto oficial da visita técnica.

Aula magna:

Arq. Roberto Aflalo Filho

06 de junho

do curso de Arquitetura e Urbanismo Senac - Volume 9 número 18. Semestrário ArqLab 2024|1.

1: Flyer de divulgação da aula magna.

Figura 2: Arq. Roberto apresentando o projeto do Campus Santo Amaro no Auditório 1.

Figura
Seção 2: Panorama extracurricular

Exposição pranchas

síntese TCC 1

Seção 2: Panorama extracurricular
Figura 2: Turma do nono semestre matutino montando a exposição de pranchas síntese dos TCC 1.
Figura 3: Turma do nono semestre noturno montando a exposição de pranchas síntese dos TCC 1.
Figura 1: Exposição das pranchas síntese de TCC 1 das turmas 2020-1 matutino e noturno nos corredores da ala F.
Tipologia: PMN Caecilia Sans
Outubro de 2024

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