Literatura fav 2015

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Oito poetas e um romancista em Tiradentes

Edição 2015 do Festival Artes Vertentes reapresenta a portuguesa Matilde Campilho e traz pela primeira vez ao Brasil o esloveno Drago Jančar Fiel ao propósito de oferecer ao público espetáculos de alto nível artístico, representativos dos diversos campos da arte, a edição 2015 do Festival Internacional de Artes de Tiradentes – Artes Vertentes – apresenta uma consistente programação nas áreas de artes cênicas, dança, música, artes visuais, literatura e cinema. Entre os dias 10 e 20 de setembro próximo, músicos, atores, escritores de diversas origens e o público promovem um diálogo intenso, participando de concertos, espetáculos de dança e teatro, filmes, exposições e recitais literários. Em 2015, o Festival tem o patrocínio do Itaú, EBrasil, Gasmig e Cemig. A programação na vertente literatura traz ao Brasil oito poetas e um romancista, o esloveno Drago Jančar. O maior escritor esloveno da atualidade acompanhará o lançamento do seu livro “Desejo debochado”, traduzido pela primeira vez para português. Entre os poetas, destacam-­‐se Tomas Venclova, da Lituânia; e a portuguesa Matilde Campilho (que também marcou presença na edição do ano passado), cujo livro, “Joquei", publicado recentemente no Brasil pela editora 34, foi o mais vendido na FLIP deste ano. Também fazem parte da programação de literatura do Festival Artes Vertentes 2015 os poetas mexicano Luis Felipe Fabre; o catalão Josep Pedrals ; o inglês Johannes Frank e os brasileiros William Zeytounlian e Ricardo Domeneck. Os poemas destes autores estarão reunidos numa antologia poética, a ser lançada durante o Festival. Nas últimas edições do Artes Vertentes, a programação literária trouxe pela primeira vez ao Brasil alguns dos maiores nomes da cena poética mundial, tais como Harryette Mullen, uma das mais respeitadas escritoras experimentais dos Estados Unidos; o brasileiro Leonardo Fróes e o esloveno Tomaž Šalamun, que realizou uma das suas últimas leituras no Festival Artes Vertentes, pouco antes do seu falecimento, em dezembro de 2014. Também levaram seus trabalhos à Tiradentes, a convite do Festival, jovens de maior destaque em seus países, como o prosador e poeta ucraniano Andriy Lyubka; o catalão Eduard Escoffet; e a mexicana Paula Abramo. Entre os brasileiros, destacaram-­‐se os poetas Ricardo Aleixo, Reuben da Cunha Rocha e Ricardo Domeneck. A programação busca fomentar a participação de autores brasileiros na comunidade literária internacional. “Passando cerca de 10 dias juntos na cidade de Tiradentes, os autores participam de leituras, palestras, e mesas-­‐redondas com o público, trocando linguagens, experiências e particularidades culturais. Uma novidade da edição de 2015 é a realização de pequenos workshops para interessados em poesia, entre os dias 14 e 17 de setembro”, diz Luiz Gustavo Carvalho, Diretor Artístico do Festival. Os autores estrangeiros levam para seus países um conhecimento maior e mais claro da literatura brasileira, assim como do país em geral, e os autores nacionais têm contato com novas formas de expressão, ligadas a outras línguas e culturas.


Mais sobre os participantes: Drago Jancar nasceu em Maribor, na Eslovênia, em 1948. Trata-­‐se do escritor esloveno mais conhecido no país e no exterior. Estudou Direito, trabalhou como jornalista, editor e escritor freelancer. Como presidente do Centro Esloveno P.E.N, entre os anos de l987 a 1991, o escritor esteve envolvido no processo de ascensão da democracia na Eslovênia e na Iugoslávia. Ele tem sido descrito como "o sismólogo de uma história caótica". Os seus romances e contos foram traduzidos e publicados em vários idiomas europeus e nos EUA. Seus textos dramáticos também foram publicados em diversos países. Em l993, recebeu o Prêmio Preseren, considerado o mais importante prêmio literário de seu país. Josep Pedrals nasceu em Barcelona, em 1979. Desde 1997, o poeta leva a poesia para os palcos, trabalhando especialmente com a fisicalidad sonoridade do verso. Pedrals já se apresentou em diversas localidades na Europa, Ásia e América, realizando recitais em vários festivais e círculos literários. O trabalho do artista é centrado na divulgação da poesia, ofertando palestras e cursos sobre o assunto em escolas, faculdades e universidades. Pedrals também já escreveu várias peças teatrais (como Estat major, Entremès, Ecs!...) e o show transdisciplinar Wamba va! (Mercat de les Flors, Barcelona, 2005) com Gerard Altaió, Eduard Escoffet e Martí Sales. Em junho de 2013, foi premiado com o Lletra d'Or, prêmio dedicado ao melhor livro publicado em catalão. Em dezembro de 2014, Josep Pedrals recebeu o prêmio "Time Out" como o melhor artista criativo em Barcelona. Luis Felipe Fabre (1974), poeta e crítico, vive na ciddade do México. O artista já publicou um volume de ensaios, Leyendo agujeros: Ensayos sobre (des)escritura, antiescritura y no escritura, e as coleções de poesia Cabaret Provenza, La sodomía en la Nueva España e Poemas de terror y de misterio. Ele é autor de duas antologias da nova poesia mexicana: Divino Tesoro, La Edad de Oro e Arte & Basura, uma antologia com poemas de Mario Santiago Papasquiaro. Fabre foi curador do Festival Poesia en Voz Alta e Todos los originales serán destruídos, uma exposição de arte contemporânea organizada por poetas. Luiz Felipe Fabre é membro do Sistema Nacional de Criadores de Arte. Matilde Campilho nasceu em Lisboa em 1982. Morou no Rio de Janeiro entre 2010 e 2013. Publicou poemas nos jornais "O Globo" e "A Folha de São Paulo", assim como nas revistas online "Modo de Usar & Co." e "Cais". Seu livro "Jóquei" foi publicado em Portugal em maio de 2014, estando já na segunda edição. Em 2015 o livro Jóquei foi publicado no Brasil pela editora 34. Ricardo Domeneck nasceu em Bebedouro (SP), em 1977. Lançou os livros Carta aos anfíbios (Bem-­‐Te-­‐Vi, 2005), a cadela sem Logos (Cosac Naify/7Letras, 2007), Sons: Arranjo: Garganta (Cosac Naify/7Letras, 2009), Cigarros na cama (Berinjela, 2011) e Ciclo do amante substituível (7Letras, 2012). É coeditor das revistas Modo de Usar &Co. e Hilda. Seus poemas foram traduzidos para o alemão, inglês, castelhano, catalão, francês, holandês, esloveno, sueco e árabe. Apresentou leituras e performances em Buenos Aires, Cidade do México, Paris, Bruxelas, Madri, Barcelona, Liubliana e Dubai, entre outras. Trabalha com vídeo e a fronteira textual entre o oral e o escrito, apresentando este trabalho em espaços como o


Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), Museo Reina Sofía (Madri), Museo Experimental El Eco (Cidade do México) e Akademie der Künste (Berlim). Vive e trabalha desde 2002 em Berlim, na Alemanha, onde foi publicada, em 2013, uma antologia de seus poemas, Körper: einHandbuch, traduzidos para o alemão por Odile Kennel, pela editora Verlagshaus J. Frank de Berlim. Na Espanha, foi lançada a tradução completa de seu último livro, sob o título Ciclo del amante sustituible (Barcelona: Kriller71 Ediciones, 2014), com tradução de Aníbal Cristobo. Encontra-­‐se no prelo uma antologia de seus poemas em tradução para o holandês, por Bart Vonck, a sair pela StichtingPerdu (Amsterdã). Tomas Venclova nasceu em 1937 em Klaipeda (Lituânia), na família de um escritor de esquerda, Antanas Venclova. Em 1960, graduou-­‐se pela Universidade de Vilnius. Participou do movimento dissidente e foi forçado a emigrar em 1977. Depois de se mudar para os Estados Unidos, ensinou no Departamento de Línguas Eslavas, da Universidade de Yale, onde atualmente é professor emérito. Principal autor de seu país natal, escreve poesia e ensaios. Seus poemas foram traduzidos para mais de vinte línguas. Recebeu prêmios literários nacionais e internacionais, incluindo o Prêmio Petrarca. William Zeytounlian (1988) é de São Paulo. Mestre em História pela Universidade Federal de São Paulo, desenvolve pesquisas em torno de práticas de silêncio e formas literárias (moralismo e pornografia) nos séculos XVII e XVIII. Desde 2013, é assistente no clube literário Hussardos, ao lado de Vanderley Mendonça. Ainda inédito, seu primeiro livro, Diáspora, será publicado este ano. Serviço: As leituras acontecem diariamente em diversos lugares da cidade durante a programação do Festival Artes Vertentes, assim como durante os concertos, realizados na Igreja da Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e na Matriz Santo Antônio. Os ingressos para os concertos são vendidos a R$ 20,00( inteira) e R$ 10,00 (terceira idade e estudantes). Crianças até 5 anos não pagam. Matriz de Santo Antônio -­‐ Rua Jogo de Bola, 215 Igreja do Rosário – Rua Direita Centro Cultural Yves Alves/SESI FIEMG -­‐ Rua Direita, 168 Sobrado Quatro Cantos -­‐ Rua Direita, 5. Mais informações: www.artesvertentes.com Assessora de Imprensa: Bárbara Chataignier (21) 99738-­‐1243 – bchataignier@gmail.com


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