Revista Arte Brasileira

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Capa


Sumário

Indicações Músicas:

Página 1 - indicações Página 2 - Crônica (Ritmo da vida)

As rosas não falam (Cartola)

Página 3 - Poesia (Meu pequeno compasso)

Viajando (Ventania)

Página 4 e 5- Artigo (A inspiração) Nocturno (Chopin)

Página 6 - poesia (Soneto da véspera) Página 7 - Crônica (Tudo que vicia comoeça com C)

Como eu quero (Kid Abelha)

Página 8 - Poesia (A perfeição)

Refrão de um bolero (Engenheiros do Hawaii)

Página 9 - Análise semiótica (Será que eu vou virar bolor) A hora do trem passar (Raul seixas

Página 10 - Poesia (Amo) Página 11 e 12 - Artigo (A grande indústria farmaceutica)

Livros:

Página 13 - poesia (Olhos verdes, olhos castanhos. O que importa) Página 14 e 15 - Artigo (Brasil, um país explorado) Página 16 - Poesia (mudo surdo)

Cem anos de solidão (Gabriel García Márquez) Assim falou Zaratustra (Friedrich Nietzsche)

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Meu pequeno compasso

Crônica:

Ritmo da vida De Flávia Frota Cavalcanti

S

empre gostei e dei valor ao passado, às pessoas de idade, sua sabedoria acumulada e maneira de viver sem pressa. Sem pressa, meu pai repete constantemente que o homem tem que andar com calma para conseguir ver as oportunidades. Segundo ele, quem vive apressado, corre o risco de esbarrar em um saco de dinheiro e passar direto, porque não tem tempo para enxergar. Esta lição está consolidada em minha mente, e o simbólico “saco de dinheiro” tem um significado profundo e subjetivo. Semana passada, encontrei um parente distante, senhor com quem nunca tive muito contato e há tempos não via. Parei para cumprimentá-lo e percebi que um problema de saúde o havia deixado com dificuldade na fala. Ele tentava conversar, mas apesar do esforço, só conseguia balbuciar poucas palavras. Apesar disso, conseguimos nos comunicar bem, em um diálogo onde os sentidos e a expressão corporal transmitiram a mensagem de emoção, gentileza e um certo encantamento. Enquanto eu falava pausadamente, para me fazer entender, ele parecia estar extremamente feliz com aquele encontro inesperado. Senti-me bem com isso, compreendi que na verdade quem estava sendo beneficiada era eu, e naqueles poucos minutos, pude exercitar a generosidade e a fraternidade, doando um pouquinho de tempo, atenção e cortesia. Como na vida tudo que se faz, se recebe de volta, eu saí dali reconfortada, feliz, com a sensação de ter ganhado o dia. Ele não fez grande

coisa por mim, nem eu por ele, mas devido à empatia e o carisma algo muito bom pairou naquele momento e cheguei a sentir a presença de nossos antepassados dividindo conosco lembranças e experiências. A vida é assim mesmo, a felicidade está nas pequenas coisas, nos gestos descompromissados e gentis. Eu poderia ter passado direto e perdido a oportunidade de fazer feliz e ser alegrada também. Minha sorte foi a sensibilidade que insiste em fazer parte da minha alma. Sensibilidade que inspirou a crônica de hoje, e me faz refletir: devagar se vai ao longe…

Enfraquece a vida De uma forma natural São os tubarões que aparecem no litoral Com certeza há uma chance Na avenida principal As falhas no sistema Insistem em continuar Olhos transparente Enxergam a imensidão do mar mas o ronco do gato Vem para desconfiar Minhas horas molhadas Aladas afiadas Meu andar atropelado Mimado Cansado São minhas perturbações Que me atrasam Meu pequeno compasso

Matheus Luzi

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Artigo:

A inspiração De Matheus Luzi

Aquilo que te motiva e te fascina, muitas vezes é a inspiração, a causadora; ela é fundamental para a sociedade e para o meio artístico. Sem inspiração, não há criação. A arte é um dos indícios principais quando se trata de cultura, por isso a arte compõe o cenário mundial. Dessa forma, a inspiração, a que causa a criação, que é de extrema importância para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade, estimula também crianças a se aperfeiçoarem no que tem mais afinidade. A inspiração é um meio de comunicação entre o inspirado e as ideias, que surgem de forma aleatória ou como consequência do conhecimento adquirido. Além disso, a inspiração é uma luz, que abre portas para o inspirado, que acaba escrevendo, compondo, pintando, etc. A inspiração é também, o que da forma ao pensamento humano, e exprime a alma. Mas de onde vem a inspiração? A resposta é simples, porém que causa indagações. Ela surge do nada, como se fosse um estralo, ou uma solução para as dores e alegrias da alma. Assim, ela também pode aparecer quando uma pessoa ouve uma frase, uma palavra, escuta ou vê algo. Muitas vezes, acontece que a pessoa só consegue alcançar a inspiração quando se senta para criar, já em outras, quando se está parado, sem fazer nada. Dessa forma, percebe-se que o tédio é um dos grandes causadores da inspiração. Atualmente, uma pesquisa cientifica comprovou isso, fazendo entrevista com pessoas que passam tédio, e o resultado foi que essas pessoas faziam maior uso da inspiração. Outro ponto interessante é que em algumas ocasiões, a inspiração é mais frequente, como andar de ônibus e ficar olhando pela janela, fazer uso de drogas, dirigir, estar apaixonado, estar magoado, ouvir música, e etc. Essas situações inspiram porque a mente está em movimento, e se distraindo de forma inspiradora, ou seja, a mente relaxa e abre espaço para novas ideias.

Ao contrário do que se pensa, quando alguém está inspirado, não está somente rodeado de ideias novas, mas pode estar também alegre ou motivado. Estar inspirado pode ser sinônimo de alegria, pois a inspiração alegra alma e a sossega. Tudo tem consequência, inclusive a inspiração; tais consequências podem ser a arte, e a cultura, tanto para bons produtos como para produtos ruins. A parte boa disso, é que com a inspiração, o mundo conquista uma identidade forte e um florescimento da literatura, música, entre outros. Com isso, a arte conquista o coração do povo, e o da alegrias e oportunidades de sentirem o espírito ser tocado. A parte ruim é que nem toda inspiração é incrível, portanto, pode-se criar inspiradamente coisas ruins.

roupas, os cabelos, as drogas e a ideologia. Enfim, a inspiração é um presente natural que devemos cultivar todo dia, para que ela possa nos mudar para o bem, e nos ajudar a construir a nossa estrada com muita utilidade e consciência.

“Sem a música, a vida seria um erro”, segundo Nietzsche. Essa frase explica bem que a vida sem a arte seria muito chata, e sem graça, mas para ter arte é preciso antes da inspiração, nada se cria sem inspiração. A sociedade sem a arte seria uma sociedade morta e sem rumo; as pessoas não teriam condições de expor o que sentem e provavelmente o número de suicídio seria muito maior. A inspiração tem o poder incrível de mudar o humor e a paz dos seres humanos, pois ela é a fonte da expressão artística e da alma. O poder é tão forte que a maioria de nós somos viciados nela; na academia tem que ouvir música pra estimular, andando de carro também, e etc. Até mesmo o modo de viver do ser humano é modificado com a arte e com a inspiração; elas trazem um ar de alivio e de tranquilidade as pessoas, e mudam suas formas de viver como as

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Soneto da véspera Quando chegares e eu te vir chorando De tanto te esperar, que te direi? E da angústia de amar-te, te esperando Reencontrada, como te amarei? Que beijo teu de lágrimas terei Para esquecer o que vivi lembrando E que farei da antiga mágoa quando Não puder te dizer por que chorei? Como ocultar a sombra em mim suspensa Pelo martírio da memória imensa Que a distância criou - fria de vida Imagem tua que eu compus serena Atenta ao meu apelo e à minha pena E que quisera nunca mais perdida... Vinicius de Moraes

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Crônica:

Tudo que vicia começa com C De Luis Fernando Veríssimo

P

or alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei, pensei e, de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C! De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê. Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê. Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também - adivinha - começa com a letra c. Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum. Impressionante, hein? E o computador e o chocolate? Estes dispensam comentários. Os vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana. Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma dro-

ga musical chamada “créeeeeeu”. Ficou todo

o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade... cinco. Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o “ato sexual”, e este é denominado coito. Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura...

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A perfeição O que me tranqüiliza É que tudo o que existe, Existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça dealfinete Não transborda nem uma fração de milímetro Além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe Com essa exatidão Nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós Como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, A perfeição.

Clarisse Lispector

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Análise semiótica da letra da música de Arnaldo Baptista SERÁ QUE EU VOU VIRAR BOLOR “Hoje eu percebi Que venho me apegando às coisas Materiais que me dão prazer O que é isso, meu amor? Será que eu vou morrer de dor O que é isso, meu amor? Será que eu vou virar bolor? Venho me apegando ao passado E em ter você ao meu lado Não gosto do Alice Cooper Onde é que está meu rock’n’roll? Eu acho, eu vou voltar pra Cantareira Venho me apagando aos meus sonhos E à minha velha motocicleta Não gosto do pessoal da Nasa Cadê meu disco voador? Onde é que está meu rock?” Logo de inicio percebe-se que o eulírico se apega as coisas materiais e vai deixando seu rock de lado, e isso o causa dor, e o faz questionar “o que é isso, meu amor?”. Com isso, o eulírico se pergunta se vai embolorar pois não tem muito contato com o rock como gostaria de ter. O rock para ele é acima de tudo, um meio de se comunicar com os amores e uma passagem para as drogas, pois se indigna ao não ver mais seu disco voador, que é visto a base do LSD. No entanto, quando ele fala que não gosta do pessoal da Nasa, ele quer dizer que não gosta de muitas coisas, como o imperialismo norte americano. Enfim, a realidade dessa música é que o eulírico tem medo de embolorar, pois não encontra a essencia do rock.

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Amo Amo por que não tenho opção É amar sob pena da tristeza em meus dias Amo teu sorriso Um jogar de cabelos Para os lados, As unhas pintadas cada Qual, de uma cor, que nunca Sei ou percebo, mas amo Até o mau humor Necessário para que Nem tudo sejam flores Pois delas vivem abelhas E não os homens que Precisam de amor O acordar ao meu lado Recados ao meio dia O beijo que às vezes devo Pelo correr das horas Mas amo, E não desejo outra opção Adifa

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Artugo:

A grande indústria Farmaceutica

De Matheus Luzi

É

possível que muitas doenças já tenham cura definitiva, porém algo muito maior do que essas doenças impede que essa cura seja publicada e utilizada. Esse algo é a indústria farmacêutica, que lucra milhões em cima de remédios para tratar de doenças crônicas. É evidente que se uma doença tiver uma cura, os remédios e tratamentos para cuidar dela não serão mais necessários a longo prazo. Além disso, especula-se também que algumas doenças tenham sido criadas pelo homem, para mais tarde se lucrar com a compra de remédios e de tratamentos viáveis. Se isso for verdade, é bem provável que quem financie isso seja os empresários, donos de grandes marcas/nomes de remédios e de hospitais particulares. No entanto, isso não passa de especulação, ainda. Porém é muito estranho a forma como as doenças ganharam

vida, como a AIDS que começou a ser vinculada no final do século passado. Com isso, o mundo presenciou um arrastão em relação a doença e a devastação da sociedade em nome da AIDS. Anos mais tarde, já havia remédias e tratamentos que vieram para ficar, e ajudar o doente a se manter vivo, porém doente, ou seja, vive, mas não vive totalmente bem. Apesar de tudo, não é somente os empresários que lucram com tudo isso, mas sim os próprios médicos, que são visitados por doentes de todo tipo em busca de tratamentos. A questão de que hoje, não se pode mais se auto medicar pegando remédios sem receita na farmácia, levou os médicos a serem mais requisitados e por isso ganharem dinheiro também. Por outro lado, os médicos não fazem parte diretamente da industria farmacêutica, pois essa é comandada

pelos grandes empresários. O interessante é que pouco se fala nesse assunto, e muito pouco é revelado sobre. Os vestígios disso pode estar nos laboratórios espalhados pelo mundo. Por outro lado, é extremamente difícil encontrar pistas ou marcas deixado pelos pesquisadores da área. Outro ponto importante a ser lembrado, é que se alguém cria uma cura, para a esquizofrenia, por exemplo, esse alguém lucraria muito com a descoberta, porém a industria farmacêutica pode simplesmente pagar para o pesquisador para que ele não se manifeste. Em congressos, o pesquisador pode se encontrar com o empresário e ambos podem ter uma conversa satisfatória,

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Olhos verdes, olhos castanhos. O que importa? Continuação

Olhos verdes, uma bebida qualquer, acima de tudo olhos verdes. Dourados pela sala, que contrastam uma escuridão imensa. tanto para o pesquisador, como para o empresário. A industria farmacêutica, além de lucrar com humanos, também tira dinheiro dos donos de animais domésticos, que também precisam de tratamentos e remédios. Esse lado da industria farmacêutica é tão lucrativa quanto a destinada aos humanos. Contudo, os péssimos hábitos, como o sedentarismo, alimentação exagerada e gordurosa, o uso de bebidas, cigarros e outras drogas podem ser que sejam uma projeção da industria farmacêutica para que as pessoas fiquem doentes e venham a fazer uso da medicina. Péssimos hábitos são culturais e manipulados, desde que somos pequenos, como por exemplo, as crianças que bebem diariamente o refrigerante, que tem comerciais na TV constantemente, e é um produto que faz muito mal, podendo causar até diabetes.

Portanto, o único objetivo dos grandes empresários da indústria farmacêutica é o lucro financeiro, e não a cura e melhora de pacientes doentes. Essa indústria cresce cada vez mais. Assim, crescem também os doentes e os que com isso lucram.

Olhos castanhos, de um luto qualquer, luto pode ser de castanho. Um copo de whisky, um cigarro que odeio. Vejo um livro em branco na mesa, e uma vela negra acesa. Cheira a cera queimada. O cheiro da cera é macabro, fantástico, intensifica toda a pouca cor, todo o pouco brilho.

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E os olhos fecham, os olhos abrem. As pupilas dilatam com a vista fantástica sobre a serra. Reparo como me apetece matar-te, como me apetece por termo à vida. Mas esta vista impede-me, este whisky é bom, esta vela cheira a cera, este sofá é meu, e o cigarro que odeio está a terminar. Afinal não me apetece por termo à vida. Afinal apetece-me escrever. Afinal sou uma espécie de raio de luz que não morre assim.

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Artigo:

Brasil, um país explorado De Matheus Luzi H

á dois tipos de colonização, a de POVOAMENTO, e a de EXPLORAÇÃO. A segunda foi a predominante no Brasil, e introduziu sérios problemas no país, que refletem até hoje no comportamento dos brasileiros e no modelo social em foco. Já a América do Norte (E.U.A e Canadá), foram vítimas da colonização de povoamento, que foi em verdade, um movimento de moradia, onde os colonizadores iam para o país para estabilizar uma vida social em meio a um lugar novo para se morar, e dessa forma, prosperar suas famílias, seu imperialismo e sua nacionalidade. Esse tipo de colonização foi estável e gerou uma sociedade diferente do Brasil, pois o tipo de coloonização foi outro. Ainda assim, os Estados Unidos, por exemplo, receberam a herança linguística e cultural de seus colonizadores, do mesmo modo os brasileiros também receberam. Por isso, o brasileiro é vidrado na cultura européia, na qual reflete-se isso no comportamento, nas roupas, na arte, e em tudo que pode-se manifestar-se culturalmente. Assim, o pensar do cidadão brasileiro é voltado aos moldes culturais do europeu. Desse modo, quando o Brasil se ergueu como nação, ele ainda era totalmente inspirado nos europeus, pois ainda não havia brasileiros nascidos no país, e os que estavam nascendo, ou era escravo ou filho dos burgueses europeus e os que eram nativos no país eram indígenas que eram forçados a se adequar a ideologia católica e européia, ou seja, não havia uma população brasileira significativamente e ati-

va culturalmente e financeiramente. Com o tempo, o brasileiro começou a criar sua identidade, através de uma mistura entre indígenas, africanos (escravos), e europeus, e isso passou a ser possível quando as etnias existentes no país começaram a cruzar seus caminhos. Mais tarde, esse processo se alastrou com a libertação dos escravos, e a chegada de estrangeiros, que passaram a se manifestar de forma artística, criando ritmos musicais, artes variadas e misturas culturais. Por outro lado, o brasileiro manteve um vinculo cultural muito extenso e forte com a Europa, seguindo seus passos e adotando suas perspectivas de vida e do que é ser um ser humano digno. A dignidade em si que o brasileiro tem em mente, é uma visão européia, que traça até hoje nosso senso comum. Dessa forma, os cidadãos do Brasil não percebem que são influenciados desde o berço pelos os que o rodeiam, e que esses que o rodeiam foram influenciados diretamente e indiretamente pela força intimidadora colonial. Ao contrário dos Estados Unidos, o Brasil perdeu muito com a colonização sofrida, pois é por causa dela, que hoje, o brasileiro sofre tan-

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to, com a educação, a saúde, a segurança e outros problemas variados do dia-dia brasileiro. A educação desde cedo foi vetada pelos colonizadores, pois era mais fácil – e continua sendo – roubar e enganar um povo ignorante, pois o estudo e o aperfeiçoamento da intelectualidade ajudam no senso crítico. No século passado, antes, durante e depois da ditadura de 64, o governo tirou dos estudantes – que eram poucos – o direito de ter aulas de filosofia, sociologia, e história, que são matérias que ajudam no comportamento crítico e auxilia no desvelamento da história. Essa ditadura militar de 64, defendia interesses de empresários capitalistas, ou seja, estava do lado dos Estados Unidos e de países Europeus que financiaram tal momento histórico. Com isso, percebe-se claramente que o estudo de matérias que abordam e compreendem a dialética foram vetadas por interesses de minorias. Ainda assim, muitos brasileiros não notaram tal estratégia que estava por .de trás da ditadura; apenas os universitários, intelectuais e militantes daquele período se manifestaram e foram as ruas reivindicar pela liberdade de ex-

pressão e outro direitos. Enfim, com o pensamento correto de que o estudo atrapalha na manipulação governamental e de empresários capitalistas, as escolas no Brasil são de péssima qualidade, e em alguns lugares praticamente nem há escolas. A colonização de exploração de Portugal sobre o Brasil também influenciou nisso, e continua influenciando ainda que de forma indireta. Acima de tudo, o cristianismo foi a principal arma dos colonizadores para controlar e manipular as pessoas da época, pois a religião tem valores, ética, e normas, que se aplicadas a uma população, ela seguirá a religião como verdade absoluta, e dessa forma, fica-se fácil de ser sujeito a manipulação vinda de cima. No período colonial, as pessoas eram submetidas a lavagens cerebrais, que fazia com que a mesma seguisse as regras da religião. Até nos dias atuais, a religião tem grande influencia sobre os cidadãos. O cristianismo foi importante e continua sendo um meio de conseguir dinheiro. Desde sempre, a religião foi um portal para conseguir-se dinheiro e poder e hoje não é diferente, basta tomar como base as igrejas protestantes que acumulam demasiado dinheiro com seus fiéis. No entanto, o Brasil conseguiu escapar um pouco, bem pouco, dos problemas trazidos com a colonização. Apesar dessa grande evolução, o brasil ainda é um escravo dos europeus.

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Mundo Surdo Tudo mudo no barulho do mundo Todo mundo esta surdo no mudo E o topo do mundo é ver isso tudo E o mundo é só um espaço no todo. Todo espaço é um vácuo surdo que é tudo Todo vácuo é mudo, e o mundo é um surdo Esse surdo não vê, esse tudo num todo.

M. André

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Um amor platônico não é um amor impossível ou que não se pode dizer. O amor platônico é um amor idealizado, ou seja, a pessoa que tem esse tipo de amor idealiza outra pessoa, imaginando que ela é algo que na verdade não é. O amor platônico pode ser de filho para pai, de amigo para amigo, de namorado para namorado, etc. Esse termo foi inspirado em Platão.

Tem muita gente por aí se auto intitulando classe média, por ter um ou dois carros bons, por ter uma casa bonita e por andar bem vestido, mas não é bem assim que as coisas funcionam. Segundo os sociólogos, para ser considerado classe média é preciso ter um lucro anual de 400.00 mil reais. Isso é o que pensam os sociólogos, mas para mim, pobre é todo aquele sujeito que recebe salário de um patrão, pois se perder o emprego, perde toda sua renda. Ou seja, depende do patrão e do emprego.

*Ave de Ave Maria significa livre. Ou seja, ave Maria é livre Maria. O que de certa forma, se torna algo contraditório.

Para quem gosta de uma cervejinha, ou alguma outra bebida que contenha álcool, fique sabendo que não se pode misturar com energético, e se assim fizer, pode causar até mesmo a morte.

Com finalidades financeiras para os chefões da igreja católica, os padres foram proibidos de casar, pois se assim fizessem teriam filhos e dessa forma, passariam bens materiais da igreja para seus filhos. Apesar de tudo, esse não foi o único motivo que fez com que padres não se casassem, pois na bíblia há versos como esse: “É bom para o homem abster-se da mulher”. Além disso, no início, os padres decidiram por conta própria não terem relações amorosas ou sexuais com mulheres. Fato que influenciou até hoje na vida dos padres.

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Loucura, desonfio

Campanha: Escreva o que sua alma pede... Liberte-se!

rev

Olhos de sonhadora fixados no vazio, Brilhantes diamantes que falam tudo sem proferir um pio... Mente alargada, Lógica apagada Noites a fio, Corpo tremente, Pista já sem gente, Loucura, desconfio...

deixe fluir o que há dentro de você. Escrever alivia as dores e nos leva a compreende-las. Revista Arte Brasileira - página 18

Revista Arte Brasileira - págna 19


Artigo::

:

O sonho de consumo: a propriedade De Matheus Luzi

Sempre, tudo foi sinônimo

de propriedade, inclusive o nome, e os documentos. No entanto, a busca por ela cresceu junto com o tempo, e chegou a ultrapassar limites e fronteiras, que hoje a vista longa são meros obstáculos. Em toda história das sociedades humanas, a propriedade foi e continua sendo um fator de desigualdade social, pois poucos dominam a maior parte das terras, enquanto a maioria divide migalhas que lhes restam. Ainda assim, um pobre pode alcançar tal território, firma, etc, se tiver oportunidades e muita sorte, porém, isso quase não acontece no nosso sistema dominante: o capitalismo. Se pararmos para refletir sobre a origem da propriedade privada, teremos que analisar a arvore genealógica de uma fazenda, por exemplo. “Marcos comprou a fazenda Milagre de Júlio, que comprou de José, que comprou de Antonio, mas e Antonio, comprou de quem?”; chega num certo momento em que há um ponto de interrogação nisso tudo, não se sabe como Antonio conseguiu tais terras, e como as dominou como sendo dele. Para explicar esse fenômeno, basta dizer que as terras não eram de ninguém, até que alguém a avistou e a tomou posse, que seria o caso do Antonio.

, mas e Antonio, comprou de

quem?”; chega num certo momento em que há um ponto de interrogação nisso tudo, não se sabe como Antonio conseguiu tais terras, e como as dominou como sendo dele. Para explicar esse fenômeno, basta dizer que as terras não eram de ninguém, até que alguém a avistou e a tomou posse, que seria o caso do Antonio. No entanto, isso parece ser muito fácil e simples, e é. Acontecia assim, terra que não tinha dono, recebia um, ou seja, aquele que a avistasse primeiro. Para dar um efeito de que as terras eram realmente de quem a achasse, um papel com as escrituras era feito, e deixado por um dia debaixo de grilos, que urinavam no papel e o mastigava, o que causava o efeito de que as escrituras eram antigas. Dessa forma, muitos homens se tornaram donos de grandes terras, e alí propagavam sua propriedade, cuidando de gados, da plantação e até de escravos (na época da escravidão, no Brasil). Quase que dessa mes-

ma maneira, os portugueses chegaram a América do sul, e como o continente “não tinha dono”, eles a colonizaram como sendo deles, ainda que os indios abitassem o novo mundo. A propriedade é tudo. Pode ser um nome, um diploma ou uma casa. O que realmente tem valor é a busca por essas propriedades. Tods querem, poucos têm

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A questão A vida? Um dia anda Noutro desanda Escrevo a tinta Se borrar pinta Sei lá! Essa coisa de artista To tentando me acostumar Murilo André

Revista Arte Brasileira - pagina 21


Flora Flora... Nos conhecemos nos jardins da escola Jardim 3 Eram rosas, tulipas, beg么nias Tudo flor Flores para Flora Na aurora Vem, outrora a gente volta Tem muita gente invejando Pondo olho. grande Secando nossas flores Flora. Pedro Mansur

Revista Arte Brasileira - p谩gina 22


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