Fim de Semana ARTESP - edição 47

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EDIÇÃO 47 – 11 DE MARÇO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105


09.03.2016

IPCA desacelera alta em fevereiro a 0,90% com alívio nos alimentos e transportes Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

(Reuters) - A alta dos preços de alimentação, transportes e habitação mostrou algum alívio em fevereiro e a inflação oficial brasileira desacelerou para o nível mais baixo em quatro meses, em um reflexo da recessão que pode ajudar o Banco Central na tarefa de domar o avanço dos preços. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,90 por cento em fevereiro, após avançar 1,27 por cento no mês anterior, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, a alta acumulada do índice até fevereiro foi a 10,36 por cento, desacelerando sobre os 10,71 por cento de janeiro. Em ambos os casos, os resultados são os mais baixos desde outubro do ano passado, quando o IPCA avançou 0,82 por cento na base mensal e 9,93 por cento em 12 meses, última vez em que ficou abaixo dos dois dígitos. Assim, os números começam a dar algum fôlego às expectativas de que os preços começariam a ceder depois de a economia brasileira ter registrado o pior desempenho em 25 anos no ano passado. "A queda da atividade econômica, com o aumento da taxa de desemprego, tem esse efeito sobre a inflação, e já observamos essa dinâmica", destacou o economista da Austin Rating Wellington Ramos. Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 1,0 por cento na comparação mensal e de 10,47 por cento em 12 meses. ALIMENTOS O maior destaque em fevereiro ficou para Educação, com alta de 5,90 por cento como reflexo dos reajustes de início de ano, após avançar 0,31 por cento em janeiro. Já Alimentação e Bebidas desacelerou o avanço em fevereiro a 1,06 por cento, de 2,28 por cento. "Itens importantes como refeição fora de casa, carne e café moído estão apresentando decréscimo. O que vemos é...uma limitação do consumo por conta da conjuntura econômica", destacou a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos. Apesar do alívio nos preços dos alimentos, que tem importante peso sobre a renda das famílias, esse grupo mais Educação responderam por 60 por cento do IPCA do mês, ou 0,54 ponto percentual. Também apresentaram desaceleração importante Transportes, para uma alta de 0,62 por cento sobre 1,77 por cento em janeiro, e Habitação, cujos preços passaram a cair 0,15 por cento depois de subirem 0,81 por cento no primeiro mês do ano.


Ajudou nesse resultado de Habitação o recuo de 2,16 por cento nas contas de energia elétrica diante da redução no valor da bandeira tarifária vermelha. "A energia vai começar a ajudar a inflação uma vez que em março a bandeira passou para amarela e em abril a bandeira tarifária será verde", completou Eulina. Apesar da forte recessão que o país enfrenta, a inflação deve terminar 2016 bem acima do teto da meta --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos-- pela segunda vez. A expectativa em pesquisa Focus do BC é de alta do IPCA de 7,59 por cento no final do ano. Mesmo com a fraqueza da economia, diante da inflação elevada, o BC manteve a Selic em 14,25 por cento ao ano pela quinta vez seguida, deixando claro que não deve cortar a taxa básica de juros tão cedo. A expectativa agora gira em torno da divulgação da ata dessa reunião, na quintafeira. Mas o resultado do IPCA levou as taxas dos contratos de juros futuros a recuarem com força nesta sessão, já que a desaceleração da inflação alimenta expectativas de corte na taxa básica de juros para estimular a economia. "Vemos o BC terminando este ano com redução da Selic pelo fato de a recessão segurar a inflação", disse Ramos, da Austin Rating, calculando a Selic em 11,50 por cento ao final de 2016. Já a pesquisa Focus aponta para Selic a 14,25 por cento no final do ano.

04.03.2016

ANTT aumenta pedágio em trechos explorados pela concessionária Rodovia do Aço A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o aumento da Tarifa Básica de Pedágio (TBP) da BR-393/RJ, trecho Div. MG/RJ – Entr. BR-116 (Via Dutra), explorado pela concessionária Rodovia do Aço. Com a decisão, a TBP passará de R$ 5 para R$ 6 nas praças de pedágio de Sapucaia, Paraíba do Sul e Barra do Piraí, todas no Rio de Janeiro. Os novos valores entram em vigor a partir da zero hora deste sábado.


10.03.2016

Refinanciamento de dívidas não é efetivo, afirmam caminhoneiros e agricultores Representantes de entidades de caminhoneiros e de agricultores reclamaram que a Medida Provisória (MP) 707/15 não está resolvendo o problema de renegociação de dívidas dos setores, na primeira audiência pública da comissão especial que analisa a matéria, que ocorreu nesta quarta-feira (9). A MP 707/15 autoriza a prorrogação até 30 de junho do prazo para a formalização de refinanciamento de empréstimos contraídos por caminhoneiros para a aquisição de caminhões, carretas, reboques, carrocerias e outros bens semelhantes. A MP também suspende, até 31 de dezembro de 2016, a cobrança judicial de dívidas relativas a empreendimentos rurais na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) contratadas até 31 de dezembro de 2006, no valor original de até R$ 100 mil. A MP proíbe ainda que, até essa data, essas dívidas sejam inscritas na Dívida Ativa da União. Por fim, suspende a prescrição dessas dívidas até a mesma data. Autorização O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, disse que a MP não está resolvendo o problema do refinanciamento das dívidas dos caminhoneiros. Segundo ele, a medida apenas autoriza, e não determina a prorrogação do prazo de refinanciamento. Conforme ele, há resistência dos agentes financeiros da área privada em fazer a prorrogação, e só o Banco do Brasil vem possibilitando esse adiamento. Para ele, isso deveria ser obrigatório também para os agentes financeiros da área privada ou deveria ser autorizada a migração dos empréstimos para o Banco do Brasil. Dificuldades O coordenador-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf/Brasil), Marcos Rochinski, também reclamou da efetividade da MP, pela não adesão dos agentes financeiros à medida. “O agricultor familiar muitas vezes não tem condições de acesso, não tem condições de chegar aos agentes financeiros para renegociar as suas dívidas”,


ressaltou. Além disso, ele pediu a inclusão na medida provisória das dívidas de cooperativas de agricultura familiar. Pequenos agricultores O assessor da secretaria de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Paulo de Oliveira, também destacou que esse tipo de medida muitas vezes não é efetiva para pequenos agricultores, em lugares distantes dos centros urbanos. Ele salientou que os agricultores familiares muitas vezes não têm assistência técnica e não ficam nem mesmo sabendo da possibilidade de prorrogação do prazo para refinanciamento da dívida. Para ele, uma medida desse tipo deveria garantir de imediato a prorrogação para os agricultores familiares, sem necessidade de ele procurar o agente financeiro para a renegociação. Nordeste O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Paraíba, Mário Borba, ressaltou que o problema dos agricultores da região do Nordeste é permanente, porque a seca ocorre todos os anos, e as sucessivas medidas provisórias sobre prazo para renegociação de dívidas dos agricultores da região lidam de forma paliativa com a questão, sem a resolver definitivamente. “Precisamos, na realidade, de um crédito diferenciado para o semiárido”, defendeu. “Se for decretado estado de emergência no município, o crédito tem que ser prorrogado imediatamente”, opinou. Emendas Durante a audiência, o deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS) pediu que fosse incluído na medida provisória adiamento do prazo para cadastro ambiental rural. Ele apresentou emendas com esse objetivo. Ao todo, a MP 707/15 recebeu 93 emendas. O presidente da comissão especial, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), informou que ainda serão realizadas uma série de audiências públicas para discutir a MP, antes da apresentação do parecer sobre a medida pelo relator, deputado Marx Beltrão (PMDB-AL). Na próxima sexta (11), será realizada audiência em Petrolina (PE), seguida de audiências em Fortaleza (CE) e em Arapiraca (AL). Já o relator da medida disse que espera fazer um relatório que atenda aos anseios dos agricultores. “Todo agricultor está com dificuldade, com dívida no banco”, afirmou Beltrão. O prazo de vencimento da MP é 1º de abril. A partir de 18 de março, ela começará a trancar a pauta de votações.


08.03.2016

Justiça Federal proíbe renovação de pedágio no Paraná sem licitação Em decisão liminar, a Justiça Federal do Paraná proibiu o governo do Estado de renovar, sem licitação, os contratos de concessão com as atuais empresas que exploram o pedágio. Para o juiz federal Rogério Cangussu Dantas Cachichi, existem evidências de que a administração estadual tem a intenção de obter junto à União a renovação dos convênios de delegação de rodovias para, na sequência, manter no Anel de Integração as atuais concessionárias. Os contratos junto ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) vencem no ano de 2021. O governo estadual solicitou, no ano passado, à União, autorização para renovar a delegação das estradas federais, que representam mais da metade dos 2,5 mil quilômetros do trecho com pedágio no Paraná. Ainda não houve uma resposta oficial, porém, o secretário de Gestão de Programas de Transportes do Ministério dos Transportes, Luciano de Souza Castro, disse à FOLHA antes da sua primeira reunião com o governador Beto Richa (PSDB), no mês de agosto, que havia recebido um pedido para renovação, também, das concessões do pedágio. “Vieram e solicitaram a renovação da delegação e também dos contratos das concessionárias”, informou à época. De acordo com o magistrado, a participação direta das empresas nas negociações entre Estado e União sobre os convênios de delegação representa risco aos interesses do cidadão. “A prorrogação do convênio há de ter em mira exclusivamente o interesse público entre os entes políticos envolvidos, numa racionalidade comunicativa livre da interferência do poder econômico das empresas privadas”, escreveu Cachichi. A decisão foi proferida depois dos primeiras discussões sobre o tema, em 2015, em ação civil pública apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), em Jacarezinho (Norte Pioneiro). União e DER apresentaram agravo de instrumento contra a liminar no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), mas o recurso foi negado pelo desembargador federal Cândido Alfredo S. Leal Jr. Segundo ele, não há risco iminente de prejuízo às concessionárias e nem à sociedade que possa justificar a suspensão imediata da liminar. “Os réus não estão proibidos de adotar toda ou qualquer medida para verificar ou estudar a viabilidade da prorrogação dos contratos (a liminar foi clara quanto a isso, limitando-se a determinar abstenção quanto a qualquer ato de renovação dos convênios ou acordo de prorrogação de prazo)”, anotou o desembargador. Agora, o caso deverá ser analisado pelo colegiado do tribunal. OUTRO LADO O secretário Chefe da Casa Civil do Paraná, Eduardo Sciarra, confirmou o interesse nas renovações dos convênios de delegação e dos contratos de concessão. Segundo ele, o procedimento pode ser feito sem licitação. “Não é ilegal porque o contrato original prevê renovação (com as concessionárias).” Sciarra


afirmou que o governo deve realizar audiências públicas se houver o aval do Ministério dos Transportes para decidir sobre a permanência das atuais empresas de pedágio. “Formalmente não tem nenhuma negociação em curso. É evidente que o governo tem interesse na delegação, necessária para renovar agora ou daqui a cinco, seis anos. Quem está fazendo estudo para eventuais prorrogações é o governo federal e se ele se convencer que vai ter desconto grande na tarifa e incremento de obras, isso pode avançar.” Não estão descartadas a renovação direta de alguns contratos e a abertura de licitações em outras regiões. O DER, no entanto, informou por meio da assessoria de imprensa que tem cumprido a decisão judicial e que não está pleiteando a prorrogação de contratos de pedágio. Segundo o órgão, o pedido feito ao governo federal foi motivado por entidades do setor produtivo. “O governo do Paraná tem feito estudos para avaliar o cenário em caso de prorrogação da delegação de concessão, que permite ao Paraná definir o que fazer com os contratos de pedágio. Esta discussão sobre a delegação foi motivada por pedidos de federações e associações do setor produtivo (como Fecomércio, Fetranspar e Faep)”, diz o DER, em nota. A reportagem procurou também o governo federal para repercutir o tema, mas não houve retorno.

11.03.2016

TRF da 4ª Região cancela multas de R$ 5.000,00 aplicadas pela ANTT por evasão de balança Em decisão unânime, Turma dá provimento à apelação de empresa transportadora da região Sul do país Após autuação de infração de evasão de balança em 2013, empresa transportadora entrou com apelação por incoerência na fiscalização. De acordo com a empresa, mesmo que se comprovasse a evasão, a infração é tipificada como violação ao CTB, Código de Trânsito Brasileiro, com pena de multa de R$ 127,69, e deve ser prevista nesse dispositivo legal, e não conforme disposto na Resolução 3056/09 da ANTT, de multa de R$5.000,00. A empresa argumentou ainda que não houve evasão, pois as balanças rodoviárias onde foram aplicadas as multas estavam fechadas com cones impedindo a passagem do caminhão no local indicado, constituído prova de que não houve culpa do motorista.


11.03.2016

Controle de caminhões é falho O acidente com um caminhão no bairro São Bento, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, que deixou dois mortos e um ferido, nesta quarta, expõe a deficiência da fiscalização de veículos pesados no trânsito da capital mineira. Dos 382 radares da cidade, só dois são exclusivos para esse tipo de transporte, e não há previsão de instalação de novos equipamentos. A inexistência de operações específicas para esse contexto – criticada por especialistas – deixa as abordagens restritas ao flagrante ocasional da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Belo Horizonte tem restrição de tráfego de caminhões em 19 corredores, além de todo o perímetro da avenida do Contorno. Outras 108 vias também têm trechos limitados. Apesar das proibições, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) mantém apenas uma base estática para fiscalizar e impedir que caminhoneiros desrespeitem a sinalização. Uma equipe fica 24 horas no início da avenida Nossa Senhora do Carmo, no trevo do Belvedere, para abordar os motoristas. O órgão informou não haver previsão de expansão para outros pontos. Flagrantes. De acordo com a BHTrans, no ano passado foram abordados 4.288 caminhões na avenida Nossa Senhora do Carmo, uma média de 11 por dia. Ainda assim, muitos desses motoristas seguem na via e são flagrados pelo radar existente logo após o trevo do Belvedere. O equipamento, junto com o aparelho instalado no tobogã da avenida do Contorno, no bairro Funcionários, na mesma região, somou, em 2015, 1.111 autuações. O número é 12% maior que em 2014, quando foram 984 flagrantes. As autuações feitas pelos dois radares representam 0,19% das multas aplicadas por fiscalização eletrônica em BH em 2015, que totalizaram 580.450 infrações. A BHTrans informou que as duas últimas licitações para novos equipamentos não contemplavam mais radares de caminhões e também que não há previsão para outras expansões. Conforme a empresa, seus agentes não podem multar os caminhoneiros, apenas abordar e orientar. Além disso, os locais com restrição estão sinalizados por placas. Procurado, o Batalhão de Trânsito da PM não se posicionou. A Guarda Municipal informou que não tem ações específicas para caminhões. Restrições Regiões. A região Centro-Sul tem o maior número de vias com restrição para caminhões de BH, mas a BHTrans não informou o número. Em seguida vem a região Oeste, com 37 trechos. Mão única


Recusa. Mesmo com o acidente e o pedido de moradores para mudança no trânsito da rua Centauro, no bairro São Bento, a BHTrans informou que não há previsão de alterar a via para mão única. Projeto. Segundo o órgão, desde setembro de 2015 foi elaborado um projeto para a revitalização do trecho, desde a praça das Constelações até a rotatória com a avenida Cônsul Antônio Cadar. O plano prevê redução de velocidade, estreitamento da via e implantação de faixas de estacionamento. A promessa é fazer tudo até o fim do primeiro semestre de 2016. Palavra de especialista Falha. O especialista em transporte e trânsito da Fumec Márcio Aguiar diz que, devido a Belo Horizonte ser uma cidade com topografia irregular, a fiscalização de tráfego de caminhões em locais proibidos é insuficiente. Para ele, muitas ações podem ser realizadas, como aumento de radares, orientação de transportadoras e abordagens com equipes na rua. Planejamento. “Se há a proibição na avenida Nossa Senhora do Carmo, a BHTrans precisa descobrir quais as rotas alternativas que os caminhoneiros estão fazendo e tomar uma atitude. Não é possível deixar um radar estático, mas uma fiscalização pode ser feita por amostragem”, analisa o especialista. Conscientização. Márcio Aguiar diz que uma pesquisa poderia levar até o ponto de origem das cargas e os pontos de comércio, para instruir os motoristas dos veículos. “Esse acidente já estava demorando para acontecer. Não foi coisa pontual”. Condutor que atropelou e matou menino recebe pena alternativa A Justiça condenou a três anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, o motorista de um caminhão que atropelou e matou um garoto de 12 anos, em setembro de 2013. No entanto, a pena de Joel Jorge da Silva, 58, dada nesta semana, foi substituída por prestação de serviço à comunidade, em uma instituição a ser escolhida. A vítima andava de bicicleta na orla da lagoa da Pampulha, na companhia dos pais e de um amigo, quando foi atingida pela carreta no canteiro de uma rotatória. Segundo a mãe do menino, responsável por ajuizar a ação, o motorista agiu de forma negligente, pois não teve cuidado ao iniciar uma manobra de conversão. Além disso, ele fugiu do local sem oferecer socorro. Além de prestar serviços à comunidade, Silva deverá pagar à família uma indenização de dez salários mínimos. Ele também teve a carteira de habilitação suspensa por cinco meses.


10.03.2016

Detrans e ANTT debatem implantação do SINIAV Detrans do Brasil levaram à Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) demandas sobre a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos – o SINIAV. O presidente da Associação Nacional dos Detrans (AND), Marcos Traad, diretor do Detran do Paraná, representou as autarquias em audiência realizada em Brasília nesta quarta-feira, 9. Traad expôs a preocupação com a validação dos contratos de arrendamento e a instalação dos chips nos veículos de carga. “ São questões práticas, que exigem a participação direta dos Detrans”, disse. A reunião teve a participação do diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos, do superintendente de Serviços de Transportes Rodoviários Multimodal de Cargas, Tito Lívio Pereira Queiroz Silva, e do diretor de Tecnologia e Desenvolvimento do Detran, Marco Aurélio Araújo Barbosa. Cronograma A ANTT divulgou no Diário Oficial da União (DOU) as datas de instalação obrigatória do chip que identificará de forma eletrônica o veículo por meio de antenas específicas nas ruas, avenidas e rodovias. Ao passar por uma das antenas, o caminhão enviará um código com os dados à central do Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários e sua localização será apontada. O governo federal busca com o SINIAV a redução do roubo de veículos e cargas no país. Automaticamente, deve reduzir também o valor pago nos seguros. Além disso, o chip permite a busca eletrônica por veículos com queixas de roubo, bem como a fiscalização tributária. Datas para instalação de chip em caminhões, conforme o final da placa: 1 – de 28/08/2016 a 06/10/2016 2 – 07/10/2016 a 15/11/2016 3 – 16/11/2016 a 25/12/2016 4 – 26/12/2016 a 03/02/2017 5 – 04/02/2017 a 14/03/2017 6 – 15/03/2017 a 22/04/2017 7 – 23/04/2017 a 31/05/2017 8 – 01/06/2017 a 10/07/2017 9 – 11/07/2017 a 19/08/2017 0 – 20/08/2017 a 28/09/2017 Após 31/12/2016 até 2020: 1 e 2 – 28/09/2017 a 28/10/2017 3 e 4 – 29/10/2017 a 25/11/2017 5 e 6 – 26/11/2017 a 26/12/2017 7 e 8 – 27/12/2017 a 25/01/2018 9 e 0 – 26/01/2018 a 25/02/2018


09.03.2016

A experiência positiva dos simuladores de direção no Rio Grande do Sul Há mais de dois anos sendo utilizados nos processos de formação de condutores no Rio Grande do Sul, os simuladores de direção consolidam o caminho para assegurar um aprendizado atrás do volante mais seguro e eficaz. Em boa parte do país, a obrigatoriedade da inserção do equipamento ainda tem causado discussões acaloradas. A aposta genuína do Detran/RS nesse poderoso instrumento pedagógico resulta da confiança de que a ferramenta contribui amplamente para melhor preparar o condutor aprendiz a enfrentar a realidade das vias, sem expor a si mesmo e aos demais usuários a riscos. A técnica de simulação é empregada no mundo todo, em diferentes áreas, desde a aviação, navegação, fórmula 1, até a própria habilitação e qualificação de motoristas de veículos e motociclistas. Aqui no Brasil, além do Rio Grande do Sul, Acre, Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas e outros Estados já adotaram a tecnologia. O objetivo é que o candidato experiencie o manuseio de um veículo ANTES de partir para as aulas práticas na via. Dessa forma, quando chegar às ruas, já estará familiarizado tanto com os equipamentos do veículo (pedais de freio, acelerador, embreagem, sinalizadores, painel, luz alta) como com as regras de circulação e conduta, com a antecipação das dificuldades vivenciais (aquaplanagem, tipos de pistas, animais na pista, força centrífuga, distância de seguimento, distância de reação e frenagem) e as medidas prevencionistas a serem adotadas pelo condutor. Nesse espaço virtual é possível errar para aprender. No mundo real, o condutor não terá a segunda chance. Ensinamos para a vida e não apenas para a aprovação no exame prático. A discussão que inflama os outros Estados já foi ultrapassada por aqui. São 353 simuladores de direção distribuídos nos 272 Centros de Formação de Condutores do Rio Grande do Sul. Atingimos, em 2016, a marca de dois milhões de aulas com simuladores no Estado, contribuindo para a sensibilização do futuro condutor gaúcho e buscando a melhoria dos índices de aprovação. Reduzimos a acidentalidade e sinistralidade no percentual de 17% de acidentes e as mortes no trânsito em 14,7%. Resultados que, em apertada síntese, contém uma fatia de participação desse instrumento pedagógico, didático, moderno e evoluído para refrear a violência do trânsito. Estamos convictos de que os custos que envolvem a implantação do equipamento tornam-se ínfimos perante o incalculável: a proteção da vida. Ildo Mário Szinvelski - Diretor-geral do Detran/RS


10.03.2016

Ônibus urbanos perderam 900 mil passageiros por dia no país em 2015 ADAMO BAZANI

A perda anual de passageiros de ônibus urbanos em todo o país registrada na última década aumentou ainda mais em 2015. De acordo com dados da NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, que reúne em torno de 500 viações, no ano passado, os ônibus deixaram de transportar 900 mil passageiros por dia em 15 das principais cidades do país e uma região metropolitana, incluindo as maiores capitais, que somam quase dois terços da demanda dos passageiros de ônibus em todo o país. O número significa uma queda de 4,2% em relação aos patamares de 2014. É o quarto ano de perda seguida e a maior registrada nesta década. De acordo com o levantamento da NTU, se anteriormente o motivo da redução do número de passageiros foi a concorrência com outras formas de deslocamento, como carros e motos que receberam incentivos especiais do Governo Federal, desta vez segundo a entidade patronal, a crise econômica é que explica esta queda maior. Segundo os empresários, a situação faz com que mais pessoas se desloquem a pé e também com desemprego, menos pessoas usam diariamente os ônibus para se deslocarem ao trabalho. Mesmo que saiam para procurar emprego, o número de viagens tende a ser menor que a rotina anterior.


As piores perdas, de acordo com este levantamento da NTU, divulgado a parte da imprensa, foram nas cidades de Curitiba e Goiânia com que de 8% e 7,9% respectivamente no número de passageiros em 2015. Em São Paulo, a queda foi de 0,9%, conforme adiantou o Blog Ponto de Ônibus. Veja em:https://blogpontodeonibus.wordpress.com/2016/02/02/onibus-de-saopaulo-deixaram-de-transportar-26-milhoes-passageiros-em-2015/ Rio de Janeiro, Maceió e São Paulo foram as cidades com as reduções menores de passageiros. Para tentar reverter o quadro, a NTU sugere uma série de incentivos para o transporte público, como a criação de uma taxa por litro combustível para reduzir os aumentos nas tarifas. Confira as cidades ou regiões metropolitanas pesquisadas pela NTU: – Grande Porto Alegre: queda de 6,1% – Joinville: queda de 4,3% – Curitiba: queda de 8% – Londrina: queda de 4,7% – São Paulo: queda de 0,9% – Rio de Janeiro: queda de 0,1% – Belo Horizonte: queda de 6,5% – Goiânia: queda de 7,9% – Salvador: queda de 4,1% – Aracaju: queda de 5,9% – Maceió: queda de 0,8% – Recife: queda de 5,2% – Natal: queda de 5,2% – Teresina: queda de 7,8% – Fortaleza: queda de 2,2%


10.03.2016

Itapemirim pede recuperação judicial A empresa de transporte rodoviário Itapemirim, fundada em 1953, protocolou ontem pedido de recuperação judicial, na 13ª Vara Cível Especializada Empresarial de Vitória (ES). A dívida é de R$ 336,5 milhões. O pedido envolve as empresas Viação Itapemirim; Transportadora Itapemirim; ITA, Imobiliária Bianca; Cola Comercial e Distribuidora; e a Flecha Turismo Comércio e Indústria. “É uma empresa com 60 anos de história que está sofrendo com a crise, e que quer resolver a situação e continuar servindo o país”, disse ao Valor o advogado Gilberto Giansante, sócio da Giansante Advogados Associados, contratada para o processo de recuperação judicial da Itapemirim. A companhia tem, a partir da decisão de juiz que avaliará se aceita ou não o pedido de recuperação judicial, 60 dias para apresentar o plano de recuperação aos credores – que deve ser votado em assembleia em seis meses. O processo é comandado pelo presidente da Itapemirim, Camilo Cola Filho.Da dívida de R$ 336,5 milhões, uma fatia de R$ 42,7 milhões são dívidas trabalhistas, R$ 124 milhões são compromissos com garantia real (como imóveis, por exemplo), outros R$ 166 milhões de credores comuns (sem garantia) e ainda R$ 3,5 milhões devidos a micro e pequenas empresas. Em nota, a Itapemirim afirmou que “a medida foi tomada principalmente pelo agravamento da conjuntura financeira e econômica pela qual passa o país e considerada a melhor decisão em razão do quadro atual”.A Itapemirim e as empresas da família Cola empregam 1,6 mil pessoas. Em 2014, a empresa transportou 3,2 milhões de passageiros, atendendo dois mil municípios em 22 Estados. Desde meados daquele ano, a companhia enfrenta a retração nos negócios. Em junho de 2015, a empresa vendeu 40% da frota e transferiu mais da metade das linhas em operação para a Viação Kaissara, também do Espírito Santo, ficando com as 68 linhas atuais.Segundo a Associação Brasileira de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), a demanda pelo transporte interestadual de passageiros encolheu 7,8% em 2015 em relação a 2014. O número de recuperações judiciais requeridas no primeiro bimestre de 2016 foi 116,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo a Serasa Experian. Foram 251 ocorrências – o maior para o acumulado do primeiro bimestre desde 2006.


09.03.2016

ANTT divulga revisão da Agenda Regulatória A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a revisão ordinária da Agenda Regulatória para o biênio 2015/2016. O processo de revisão da Agenda foi participativo, envolvendo consulta às unidades organizacionais e consulta externa, por meio da Tomada de Subsídio nº 009/2015, que contou com a participação da sociedade em geral. Vena na íntegra clicando aqui. A ferramenta está organizada em cinco Eixos Temáticos, que contemplam os temas correlatos e prioritários para discussão. Os eixos estão organizados da seguinte forma: ·Eixo Temático 1: Temas Gerais (projetos que envolvem mais de uma superintendência) ·Eixo Temático 2: Exploração da Infraestrutura Rodoviária Federal ·Eixo Temático 3: Serviços de Transporte de Passageiros ·Eixo Temático 4: Transporte Ferroviário de Cargas ·Eixo Temático 5: Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas Agenda – Como um instrumento de planejamento e organização, a Agenda Regulatória da ANTT tem a finalidade de direcionar as ações da Agência para temas considerados prioritários na regulação do transporte sob sua responsabilidade. Essa prioridade é definida levando-se em conta as necessidades apontadas pelos usuários, pelas áreas técnicas e pelos servidores da Agência e respeitando as regras regulatórias vigentes. Com esse instrumento, a ANTT busca conferir eficiência, efetividade, previsibilidade e transparência às suas ações, de modo a promover o cumprimento de sua missão e de seus objetivos institucionais, além de fortalecer-se como instituição reguladora. Revisões - Por se tratar de um instrumento de melhoria da qualidade regulatória, a Agenda não é uma ferramenta estática, uma vez que os cenários são constantemente alterados por motivos diversos. Em função disso, o documento passa por uma revisão ordinária, que ocorre anualmente, e pode ser submetido a revisões extraordinárias, a qualquer tempo, por decisão da Diretoria da ANTT ou por determinação judicial, do Ministério Público ou do TCU.


09.03.2016

Brasil pode perder competitividade nos portos Lançamento de navios cada vez maiores com tanta rapidez traz para a logística brasileira a necessidade de mudanças na mesma velocidade. Maiores calados, terminais cada vez maiores e mais preparados para receber essas embarcações. Junto a isso, a infraestrutura brasileira precisa melhorar e dar lugar aos modais que parecem cada vez mais esquecidos, a exemplo, a malha ferroviária brasileira, que além de sucateada e pequena, é diferente de uma região para outra. Além disso, a burocracia, as altas tarifas, os muitos anúncios de investimentos e poucas ações propriamente ditas, causam pânico e desânimo para um setor que carece cada vez mais de atitude. Traçando um panorama do cenário do setor portuário, o Diretor Presidente da ABTP (Associação Brasileira de Terminais Portuários), Wilen Manteli, conversou com exclusividade com o Guia Marítimo e apontou que tantos fatores negativos impactam de forma importante o setor, “justamente aumentando o chamado Custo Brasil”. Manteli comenta ainda sobre a importância do modal ferroviário quanto do modal hidroviário, “essenciais para o desenvolvimento econômico e social de qualquer país”. E que, segundo ele, é possível ver apenas olhando a experiência dos países desenvolvidos. Sobre melhorias, trabalhos realizados ou que ainda precisam ser colocados como prioridade, altos custos, necessidades de mudanças e as expectativas para 2016, Manteli destacou a necessidade de mais e melhores investimentos na ampliação e modernização dos terminais portuários e foi enfático: “O excesso de intervenção do Estado nas atividades portuárias, o excesso de burocracia, o processo errático de regulação, a não modernização da relação do capital e trabalho. Tudo isso fere a livre iniciativa e ora inibe, ora encarece os investimentos”. Entrevista:

GM – Qual a situação da infraestrutura portuária brasileira hoje? Manteli –Destaco os importantes investimentos privados na infra e superestrutura em terminais privados e arrendados – tanto em instalações de terra, equipamentos, cais e até acessos terrestres e aquaviários. O problema centra-se nos investimentos que dependem do governo, notadamente nos acessos


aos portos em terra e na água, especialmente no aprofundamento dos canais para permitir a entrada e saída de grandes navios e na manutenção dos aprofundamentos. Portos competitivos dependem de águas profundas. Neste último caso, o governo está andando de lado. GM – Quais as maiores dificuldades enfrentadas no transporte de cargas no País? Manteli – Historicamente, o maior entrave dos nossos portos são a governança da atividade portuária e a estrutura burocrática. São tantos os órgãos públicos que interferem na atividade portuária que isso gera insegurança jurídica para aqueles que investem no setor. Somado a isso, a excessiva burocracia nas operações de importação e exportação resulta num tempo improdutivo nos terminais. Esse tempo improdutivo é caríssimo. No setor portuário, para mudar esse quadro de burocracia e de excesso de intervenções regulatórias e de insegurança jurídica, não precisamos de investimentos públicos, mas de vontade política: seriedade, espírito público e uma forte e inarredável atenção voltada para as verdadeiras necessidades brasileiras – geração de riqueza e de empregos. GM – Por que os custos de transporte são tão altos? Manteli – O excesso de intervenção do Estado nas atividades portuárias, o excesso de burocracia, o processo errático de regulação, a não modernização da relação do capital e trabalho. Tudo isso fere a livre iniciativa e ora inibe, ora encarece os investimentos. Por essa governança confusa e pouco contemporânea, pagamos todos um preço. Esse é o chamado Custo Brasil. Por isso insistimos: apenas com mais e melhores investimentos na ampliação e modernização dos terminais portuários, seremos capazes de praticar preços mais competitivos e atender as permanentes e crescentes exigências do comércio internacional. Sem esses investimentos, inibidos pelas amarras que temos hoje, nossos preços vão se manter altos e o país, pouco eficiente. GM – As rodovias têm um papel de destaque no transporte de mercadorias, mas ainda não possuem infraestrutura adequada. Como esses novos investimentos do governo podem ajudar? Qual a importância de uma parceria público-privada? Manteli – As rodovias são estratégicas para o escoamento da produção e para o transporte de pessoas. O que está faltando é uma verdadeira integração dos modais de transporte. As PPPs se constituem no desfazimento desse nó que impede o País de se desenvolver. Elas são a solução. GM – A malha ferroviária brasileira, além de sucateada e pequena, é diferente de uma região para outra. Como isso impacta no escoamento das mercadorias e como podemos mudar esse cenário?


Manteli – Impacta de forma importante, justamente aumentando o chamado Custo Brasil. Tanto o modal ferroviário quanto o modal hidroviário são essenciais para o desenvolvimento econômico e social de qualquer país. Isso não se discute, basta olhar a experiência dos países desenvolvidos. No que depende do setor portuário, temos visto melhorias na integração rumo a um transporte intermodal no país. Porque é preciso entender que quando falta integração, todos perdemos – e a malha ferroviária brasileira é um exemplo disso. Em muitos portos já há planejamento entre produtores, transportadores, porto e armadores. GM – Como a cabotagem pode ajudar? Manteli – A cabotagem ajuda e muito. Os armadores estão se associando e pensando em ganhos de escala. Estão construindo navios com grande capacidade de carga, tanto de contêineres como de granéis. Teremos na costa brasileira, em futuro breve, três ou dois portos concentradores (hub port), enquanto os demais se transformarão em portos auxiliares (feeders). Isso exigirá o crescimento de nossa cabotagem. Agora cabe adotar as medidas necessárias (fiscais, financeiras, adaptação de cais, entre outras) para viabilizar as empresas que operam nesse segmento. GM – Quais as expectativas com os novos investimentos anunciados? Manteli – São boas. Teremos agora no final do mês os leilões de quatro áreas nos portos do Pará. O ministro dos portos, Helder Barbalho, já disse que vai lançar mais 20 editais para licitar cerca de 93 áreas portuárias. A despeito da crise, o setor portuário tem grande potencial e está atraindo investidores. Há uma forte demanda dos setores produtivos, voltados para o comércio internacional. GM – Quais as perspectivas para 2016? Manteli – Quero olhar do ponto de vista positivo. Temos oportunidades para avançar em 2016. Mas o Brasil precisa romper com a excessiva intervenção estatal no setor portuário, com legislação e normas infralegais que afetam negativamente as empresas uma vez que tornam precárias as condições contratuais e geram insegurança jurídica para os agentes econômicos. Temos hoje uma verdadeira inflação de atos normativos, sem base legal. Ora, democracia econômica significa democracia de mercado. Precisamos fazer valer, no dia a dia do setor, fazer valer o primado da livre iniciativa e da livre concorrência, estabelecido na Constituição Brasileira. Isso é realmente urgente.


08.03.2016

Membro do alto escalão do PCC liderava a máfia dos transportes em São Vicente Foram 126 policiais civis mobilizados e 31 mandados cumpridos em oito cidades Apontado como líder da Máfia das Lotações de São Vicente e com passagens por roubo, corrupção de menor, tráfico de drogas e associação para o tráfico, Levi da Silva é citado como “membro de alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC)”, conforme dossiê feito sob o crivo do delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Nesta segunda-feira, (7), a Operação Martim Afonso desmantelou a quadrilha que lucrava com o setor de transportes da cidade. Capturado em casa, em Mogi das Cruzes, Levi comandaria as ações da diretoria da Cooperativa de Trabalho e Serviços de Transporte Alternativo de São Vicente (Cooperlotação) para atingir todos os seus objetivos ilícitos. Uma das metas da quadrilha seria criar dificuldades para impedir, quem não fosse do bando, de continuar operando o transporte alternativo de passageiros, que já virou oficial. Para isso, o líder da organização coordenou a corrupção de membros do Poder Público municipal, editando regras. Como o lobista, estaria o vereador Eronaldo José de Oliveira, o Ferrugem (SD).


Além de impor condições que só os envolvidos no esquema poderiam cumprir, Levi determinou que os micro-ônibus a serem usados no transporte alternativo, conforme as especificações do decreto, só poderiam ser adquiridos, mediante consórcio, em uma única concessionária da Volkswagen em São Bernardo do Campo. Diretor-presidente da empresa, João Alves Neto, também integra a relação de suspeitos capturados, junto com os vendedores Ricardo Hannuch e Ricardo Monteiro Siqueira.

Núcleos de investigação Para individualizar as condutas dos suspeitos detidos dentro da engrenagem criminosa, a DIG os dividiu em cinco núcleos (veja imagem acima): Cooperlotação, Concessionária, Pagamento informatizado de tarifa, Administração Pública e Operador. Porém, o dossiê da equipe do investigador Paulo Carvalhal frisa que “os investigados agem de comum acordo, cada qual no seu ramo de atividade, visando dominar o sistema de transporte alternativo da cidade de São Vicente”.


10.03.2016

Ex-secretário de Transporte e outras cinco pessoas são denunciadas por fraude em licitação Ministério Público denunciou envolvidos no processo licitatório iniciado em 2011 que mudou o sistema de transporte. Na CPI do Transporte, na Câmara Legislativa, deputados aprovaram a convocação do atual secretário de Mobilidade, Marcos Dantas O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou seis pessoas envolvidas na polêmica licitação do transporte público do DF iniciada em 2011. Entre os denunciados, estão o ex-secretário de Transporte José Walter Vazquez e o advogado e consultor do certame Sacha Reck. Todos vão responder por fraude à competitividade, advocacia administrativa em licitações e usurpação da função pública. A mudança na frota do DF é alvo de uma CPI na Câmara Legislativa. Na manhã desta quinta-feira (10/3), os distritais aprovaram a convocação do atual secretário de Mobilidade do DF, Marcos Dantas. A denúncia foi apresentada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) na terça (8). Segundo os promotores, “o advogado Sacha Reck, consciente e voluntariamente contando com a participação de gestores públicos, atuou na elaboração do edital da concorrência, com a fixação de todos os parâmetros necessários para atender aos benefícios de sua clientela, em especial da empresa Viação Marechal”. No documento, os representantes do MPDFT afirmam que Reck contou com o auxílio de Vazquez, do ex-coordenador da Unidade de Gerenciamento do Programa de Transportes Urbanos José Augusto Pinto Júnior e do então


presidente da Comissão Especial de Licitação Galeno Monte. “Além disso, a investigação criminal comprovou a advocacia administrativa na licitação, em que os denunciados Sacha Reck, José Walter Vazquez, José Augusto Pinto Júnior e Galeno Monte, agindo em concurso de pessoas, patrocinaram, direta e indiretamente, interesse privado perante a Administração Pública”, afirma o MPDFT. Convocação Durante encontro da CPI do Transporte desta quinta (10), os deputados aprovaram a convocação do atual secretário de Mobilidade do DF, Marcos Dantas. Segundo os integrantes da comissão, o depoimento de Dantas é importante para esclarecer o motivo de o GDF não ter respondido até agora uma carta de recomendação que a CPI encaminhou ao Executivo no ano passado. A data em que ele será ouvido ainda não foi marcada, mas deve ser este mês. Justiça Em janeiro deste ano, o juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, da 1ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, suspendeu os contratos da licitação do transporte público do DF. A decisão afeta a Viação Piracicabana, a Viação Pioneira, a Auto Viação Marechal, a Expresso São José e o consórcio formado pela HP Transportes Coletivos e a Ita Empresa de Transportes. O magistrado acatou os argumentos da ação pública que apontou supostas irregularidades na concorrência 01/2011, com o objetivo de explorar o transporte público do DF. A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), foi uma das autoras do processo movido contra o Governo do Distrito Federal (GDF). Na sentença, o magistrado respaldou as alegações segundo as quais “a condução do certame deu-se de forma viciada, tudo a beneficiar certo conglomerado empresarial detentor de grande fatia do transporte público distrital”. Esse grupo responde por 60% dos ônibus em circulação na capital da República. Operação Dois dias depois de a Justiça suspender a licitação, no dia 27 de janeiro, a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap), da Polícia Civil, cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de José Walter Vazquez e na Câmara Legislativa. O foco das investigações são denúncias de irregularidades na licitação e o pedido judicial para que fossem realizadas as buscas e apreensões foi feito pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). A delegacia abriu dois inquéritos para investigar as denúncias de fraude na concorrência. Até esta publicação, o Metrópoles não tinha conseguido contato com os denunciados pelo MPDFT.


09.03.2016

Passageiros com o Cartão Metrocard já podem ter acesso à internet. Também é estudado o uso de cartão de crédito e débito. ADAMO BAZANI

Passageiros que possuem o cartão Metrocard, usado nas linhas metropolitanas integradas e não integradas, já podem ter acesso à internet grátis por meio de redes Wi-Fi em terminais de ônibus e estações-tubo. Dependo dos trajetos, os usuários já têm o serviço disponível nos principais pontos de deslocamento. Para os passageiros das linhas da Leblon e da Nobel, por exemplo, os pontos de acesso à internet estão no terminal Fazenda Rio Grande e nas estações-tubo PUC Paraná e Carlos Gomes, em Curitiba. O acesso, de acordo com a Metrocard, que reúne as empresas operadoras das linhas metropolitanas, é bastante simples e destinado apenas para quem possui o Cartão Metrocard. Basta por meio do smartphone ou tablet localizar a rede Metrocard pelo Wi-Fi. Depois é necessário informar o CPF, a data de nascimento e aceitar as condições de uso do serviço. A conexão é automática. Todos os usuários dos cartões Metrocard têm à disposição 30 minutos por acesso para consulta de horários, usando o aplicativo Ônibus +, ou para consultar a páginawww.cartaometrocard.com.br. Passageiros que utilizam o cartão Metrocard há pelo menos 60 dias também podem acessar rede sociais, como Facebook, Twitter, além de consultar e-mails. Até a metade deste ano deve ser disponibilizado também para os passageiros um novo aplicativo, o Metrocard App, que vai ser integrado ao Google Street View e oferecer novas funções como o tempo de viagem programado e informar a previsão de quando o ônibus deve demorar para passar pelo ponto onde a pessoa está. O aplicativo também vai sugerir as linhas de ônibus mais próximas da localização selecionada pelo usuário. De acordo com a Metrocard, têm sido realizados testes para que até junho, o sistema de ônibus metropolitanos de Curitiba também aceite pagamento de passagens por meio de cartões de crédito e débito. Sistema semelhante começou a ser implantado em linhas municipais de Jundiaí, no interior paulista.


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No caso da região metropolitana de Curitiba, o sistema terá parceria da Mastercard e vai calcular a diferença das tarifas metropolitanas das municipais em caso de integração. A possibilidade de pagamento pelo cartão de crédito ou débito será para os passageiros na modalidade comum, o vale-transporte pago pelas empresas empregadoras só será possível pelo cartão Metrocard. O Metrocard para modalidade comum também continua. Até o final do ano também devem estar disponíveis nos terminais, máquinas de autoatendimento para carga e recarga de créditos de transporte. As máquinas serão semelhantes aos caixas eletrônicos e vão possibilitar a inserção de valores para o pagamento das tarifas. A Metrocard também estuda a possibilidade de oferecer serviço de Wi-Fi dentro dos ônibus. Acompanhe abaixo as estações e terminais onde já é possível acessar gratuitamente a internet pelo cadastro do cartão Metrocard Terminal Fazenda Rio Grande (terminal novo) Estação Tubo Carlos Gomes Estação Tubo PUC – Paraná · Terminal do Maracanã (Colombo) · Terminal Cachoeira · Terminal Central de São José dos Pinhais · Terminal do Guaraituba · Terminal Central de Araucária · Terminal de Pinhais · Estação Tubo 19 de Dezembro · Estação Tubo Camilo Di’Lellis · Estação Tubo Rui Barbosa Próximos locais que devem oferecer acesso gratuito à internet · Estação Tubo Autódromo · Estação Tubo Paulo Kissula · Estação Tubo Pastor Manoel Virgílio de Souza · Estação Tubo Vila Nova · Estação Tubo Ferrari · Estação Tubo Aeroporto · Terminal de Almirante Tamandaré · Terminal Maria Angélica · Terminal do Roça Grande · Terminal do Jardim Paulista · Terminal de Quatro Barras · Terminal de Piraquara · Terminal Velho da Fazenda Rio Grande · Terminal de Campo Largo


07.03.2016

Reino Unido testará caminhões sem motoristas em estradas O governo do Reino Unido irá realizar testes com caminhões sem motoristas nos próximos meses em uma estrada do noroeste da Inglaterra, informou neste domingo o jornal “The Sunday Times”. De acordo com o jornal, o governo financiará um teste com um comboio de caminhões automatizados que avançarão em conjunto por uma estrada em Carlisle, no noroeste do país, uma região tranquila onde é possível analisar a tecnologia sem causar riscos. A expectativa é que o anúncio do teste seja feito pelo ministro da Economia, George Osborne, durante a apresentação do orçamento geral do governo, marcada para ocorrer no dia 16 de março. Até dez caminhões automatizados de grande porte seguirão um primeiro veículo conduzido por um motorista, que controlará eletronicamente a evolução de todo o grupo, segundo o jornal. Apenas o primeiro veículo terá um condutor. No entanto, outros motoristas estarão nas cabines dos caminhões, inicialmente controlados por um computador, para casos de emergência. O governo britânico já investiu 19 milhões de libras (24,5 milhões de euros) em outros programas piloto para testar carros sem motorista na Inglaterra. De acordo com o “The Sunday Times”, a vantagem desse tipo de veículos é que eles podem viajar com uma menor distância de segurança entre eles, o que reduz o uso de combustível e diminui a poluição. Outros benefícios, indica o jornal, são que eles são flexíveis quanto às rotas utilizadas, o que pode contribuir para evitar congestionamentos e acidentes. O presidente da Automobile Association (AA), a maior do Reino Unido, Edmund King, afirmou, no entanto, que esse uso desse tipo de caminhão não faz sentido já que as estradas estão sobrecarregadas. “As vantagens dessa tecnologia podem ser notadas nas estradas desertas da Austrália, mas temos rodovias lotadas no nosso país, nas quais os motoristas estão constantemente tentando entrar e sair. Eles só vão obstruir a passagem dos carros”, avaliou King.


[ 11.03.2016

Com mais de 4 meses de atraso, ônibus turístico de dois andares começa a circular neste sábado em São Paulo ADAMO BAZANI

A partir deste sábado, 12 de março de 2016 a cidade de São Paulo, começa a ter um serviço de ônibus turístico de dois andares que vai percorrer onze pontos históricos. A previsão inicial era para outubro do ano passado. Para o serviço serão usados ônibus de dois andares Volvo carroceria Marcopolo elétricos híbridos, com motores a diesel e elétricos funcionando juntos, do mesmo modelo já usado em outras regiões do país, como o Parque Nacional das Cataratas do Iguaçu. As partidas serão às 9h00, 12h40 e 16h00. Aos domingos e feriados, os horários são 10h, 13h40 e 17h. Excepcionalmente aos domingos, devido ao programa Rua Aberta, ou em dias de manifestação, as saídas serão nos mesmos horários, mas os ônibus não passarão ou terão paradas na avenida Paulista. Mas é bom prepara o bolso, a passagem é R$ 40, válida por 24 horas, ou seja, a pessoa pode descer no ponto turístico que quiser e depois continuar o passeio no mesmo dia. Para isso, o passageiro receberá um cartão que dará direito à


gratuidade em espaços culturais como no Catavento Cultural e Educacional, Estação Pinacoteca, Museu de Arte Moderna (MAM), Museu Afro Brasil, Museu de Arte Sacra, Museu do Futebol e Pinacoteca do Estado. As vendas só ocorrem dentro do ônibus. No interior do veículo, o pagamento poderá ser feito em dinheiro, cartões de crédito ou débito. O Bilhete Único comum não vai operar na “Circular Turismo Sightseeing SP”, e o ingresso da linha turística não poderá ser utilizado no sistema comum.O trajeto vai contemplar a Estação da Luz, Mercado Municipal, República, Pacaembu, Av. Paulista/MASP, Av. Paulista/Casa das Rosas, Ibirapuera, Centro Cultural de São Paulo, Liberdade, Patteo do Collegio e Theatro Municipal.O passageiro deve embarcar nos pontos de parada do “Circular Turismo Sightseeing SP” que têm a mesma estrutura de um ponto de parada convencional. A diferença são as cores, em amarelo e vermelho, com um totem que apresenta o nome do local e seu número no roteiro turístico.A viagem dura até três horas e os ônibus podem usar faixas e corredores dos ônibus urbanos comuns.Um sistema de som dentro do veículo, com guias, vai passar as informações sobre os pontos turísticos em espanhol, inglês e português. O ônibus de dois andares é da Sambaíba e vai ser guiado por motoristas mulheres.

AGENDA 2016 Março MÓDULO 3 “Formações em Mobilidade a Pé”: O PEDESTRE NA LEI 12.03.2016 - em São Paulo Associação Nacional dos Detrans (AND) discute o exame toxicológico de larga janela de detecção para motoristas profissionais. 15 e 16 de março- em São Paulo 69ª Reunião Geral da FNP- Frente Nacional de Prefeitos- Tema: Estratégias para o financiamento do sistema de transporte coletivo urbano e barateamento da tarifa 23 e 24 de março- no Rio de Janeiro 87ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana 28 de março - em Curitiba


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