Fim de Semana ARTESP - edição 78_

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EDIÇÃO 78– 27 DE OUTUBRO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105


27.10.2016

Transporte coletivo e a nova política de preços da Petrobras A Petrobras anunciou uma nova política de preços do diesel e da gasolina. A política baseia-se em dois fatores: na paridade com os preços do mercado internacional e na margem praticada para remunerar riscos inerentes à operação. A empresa pretende ainda reavaliar mensalmente o preço dos combustíveis considerando a tendência do mercado internacional, podendo ocasionar manutenção, redução ou aumento nos preços praticados nas refinarias. O preço que o consumidor final observa na bomba é diferente do preço da refinaria. Essa diferença dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis. Projeções da companhia apontam que, se o ajuste feito for integralmente repassado ao consumidor, o diesel e a gasolina cairiam respectivamente em 1,8% (cerca de R$ 0,05 por litro) e 1,4% (R$ 0,05 por litro). Os preços desses combustíveis impactam toda a cadeia de transportes. A gasolina é o principal combustível dos carros e motos - veículos utilizados no transporte individual motorizado, que representam 31% dos deslocamentos nas cidades. O diesel, por sua vez, é o principal combustível usado no transporte rodoviário de cargas, representando 61% do total de cargas transportadas, e em ônibus, que é o modo de transporte responsável por 25% de todos os deslocamentos nas cidades. Destaca-se que o peso do combustível nos custos das empresas de ônibus é de aproximadamente 20%. É possível esperar, portanto, que a medida anunciada tenha impactos relevantes na dinâmica de preços do setor. A revisão do preço do diesel deve acarretar uma queda de 0,28% no valor da tarifa de ônibus, um bom resultado em todos os aspectos. Já a variação da gasolina, em especial, tem dois efeitos. Por um lado, a queda do preço pressiona para baixo a inflação; por outro, o barateamento do uso do carro pode


gerar um efeito negativo que é o incentivo ao uso do transporte individual em detrimento do coletivo. Um indivíduo que troca o transporte coletivo pelo transporte individual (carro próprio) contribui para o aumento da poluição e do congestionamento nas vias públicas, entre outras externalidades negativas. A teoria econômica sugere que as atividades que gerem externalidades negativas devem ser tributadas, como forma de colocar sobre os seus usuários o ônus dos efeitos gerados para toda a comunidade. No caso do setor de transportes, deve-se então tributar o uso do transporte individual e subsidiar o coletivo. Operacionalmente, essa medida poderia ser implementada por meio do aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina, destinando-se as receitas adicionais arrecadadas para reduzir (subsidiar) a tarifa do transporte coletivo. Nesse sentido, trata-se de um subsídio cruzado do transporte individual em favor do transporte coletivo. Uma proposta complementar à nova política de preços do diesel e da gasolina em linha com o que é sugerido pela teoria econômica seria aumentar o valor da Cide somente sobre a gasolina em valor proporcional à queda do preço anunciada. O recurso arrecadado seria transferido para subsidiar a tarifa do transporte coletivo. Em linhas gerais, enquanto a política adotada melhora a vida de quem usa transporte individual, mantendo inalterada a situação do passageiro de transporte coletivo, a política alternativa tem lógica inversa, mantendo inalterada a situação do consumidor de transporte individual e melhorando para o passageiro do transporte coletivo. O resultado macroeconômico sobre a inflação da proposta alternativa também é mais atraente. A aplicação do subsídio-cruzado poderia causar até R$ 0,11 de alívio no valor das tarifas de ônibus urbano (considerando uma tarifa média nacional de R$ 3,47), ocasionando desinflação de 0,08%, medida pelo IPCA. Como o peso da gasolina no IPCA é de 3,89%, a redução do preço da gasolina anunciada pela Petrobras gera um impacto inflacionário esperado de -0,05% (-1,4% x 3,89%); ou seja, sob a ótica do principal índice de preços da economia, a política alternativa de incentivo ao transporte coletivo tem melhores resultados desinflacionários. Por fim, destaca-se que a política de desonerar o transporte coletivo por meio de um imposto sobre a gasolina ainda aumenta o bem-estar das famílias de mais baixa renda, que são os principais usuários do serviço. A construção de novas infraestruturas de transporte urbano, como ampliação da cobertura de trens e metrô ou novos viadutos e túneis, demanda investimentos de grande porte e normalmente com financiamento público, cenário improvável na atual conjuntura de crise econômica e fiscal. A urgente melhora da mobilidade urbana nas grandes cidades depende então do uso da infraestrutura atual com mais eficiência. Uma estratégia seria otimizar o uso do espaço, priorizando modos que ocupem menor espaço relativo nas vias e emitam menos poluentes. Sinal de preços adequado é uma das soluções, mas não pode ser a única. Uma segunda estratégia também necessária é melhorar a eficiência operacional do serviço prestado, atraindo o usuário do transporte individual oferecendo um serviço com mais conforto, rapidez e confiabilidade. Samuel Pessôa é pesquisador associado de Economia Aplicada do FGV/Ibre Edmilson de Siqueira Varejão é pesquisador do FGV/CERI.


24.10.2016

Agências começam a retomar autonomia Nos próximos dias, o presidente Michel Temer deverá assinar um decreto que faz duas alterações no dia a dia das agências reguladoras. Primeiro, vai permitir que os funcionários possam viajar a serviço sem depender de autorização do ministro da área. O texto vai garantir ainda às agências autonomia para firmar contratos na área administrativa, como os de limpeza e serviços terceirizados. Parece pouco, mas a mudança dará mais fluidez para o funcionamento desses órgãos. Segundo fontes, as agências operavam assim antes, mas foram alvo de um progressivo aumento de controle a partir do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. “Era uma dificuldade inacreditável, pedir para o ministro autorizar cada viagem”, comentou um ex-dirigente de agência reguladora. “Era uma coisa muito Dilma.” A ex-presidente era conhecida, nos bastidores, por seu estilo centralizador e detalhista, apelidado de “dilmismo”. Técnicos que atuavam no governo à época dizem que ela via um excesso de autonomia nas agências reguladoras desde que assumiu o Ministério de Minas e Energia, em 2003. Essa visão teria levado o governo de Luiz Inácio Lula da Silva a propor, em 2004, uma nova lei para as agências reguladoras. O texto, cujo resultado principal seria a transferência de poderes das agências para os ministérios setoriais, ficou anos parado. Após idas e vindas, o projeto foi bastante modificado. A versão que aguarda votação no Senado antes de seguir para a Câmara dos Deputados, ajustado aos objetivos do atual governo, mantém as atribuições regulatórias das agências, procura profissionalizar sua gestão e lhes garante maior autonomia. O decreto que está em elaboração no Planalto, que trata de viagens e contratos, apenas antecipa alguns pontos dessa maior liberdade. Segurança. Com a nova lei, o governo espera garantir um ambiente mais seguro para as concessões em infraestrutura, negócios que envolvem investimentos elevados e contratos de longo prazo. A instabilidade de regras e a debilidade das agências são queixas recorrentes dos empreendedores no setor privado. “Queremos converter as agências em órgãos de Estado, e não de governo como elas se tornaram”, disse um interlocutor de Temer. “Na medida em que a agência fica vinculada ao titular do Executivo e seu partido político, suas ideologias, ela pode sofrer interferência indevida na regulação de contratos.” Além do funcionamento das agências, o atual governo elimina, das concessões rodoviárias que pretende leiloar, itens que foram marcas do Programa de Investimentos em Logística (PIL), uma vitrine do primeiro governo de Dilma. As concessões do PIL privilegiavam a menor tarifa possível e exigiam elevados investimentos. A conta era, teoricamente, equilibrada com financiamentos generosos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A modicidade tarifária e uma forte presença do Estado na economia eram outras manifestações do “dilmismo”.


27.10.2016

Moreira Franco descarta indexação em concessões O secretário-executivo do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Moreira Franco, descartou ontem qualquer possibilidade de o governo vir a adotar a indexação como solução para proteger os investidores estrangeiros do risco cambial nas concessões de infraestrutura. Segundo ele, o governo despertou para a necessidade de encontrar mecanismos financeiros para reduzir o risco cambial após viagens ao Japão e Inglaterra. Estamos mobilizando nossos companheiros do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], Banco do Brasil e Caixa Econômica para enfrentarmos a questão do risco cambial. Temos que encontrar outra solução para o risco cambial que não seja a indexação, que nos trouxe experiências catastróficas [no passado]. Temos que usar toda a imaginação e conhecimento [para encontrar a solução], disse Moreira Franco, na Rio Oil & Gas, evento do setor petrolífero, no Rio de Janeiro. O secretário-executivo do PPI acrescentou que o objetivo do governo é fortalecer o setor de óleo e gás como um todo, e não somente a Petrobras. O setor está assim [em crise] porque, ao invés de a política ter se voltado para fortalecer o setor, foi focada em uma empresa [a Petrobras] e o setor foi obrigado a viver os problemas dessa empresa. O objetivo do governo é fortalecer o setor. A Petrobras é fundamental para o país e a recuperação é vital [para a economia, mas é o setor que deve ser fortalecido. É com o fortalecimento do setor que a Petrobras terá vitalidade. Para uma plateia de executivos da indústria petrolífera, o secretário disse que o governo está atento à agenda das petroleiras e que as medidas que são pleito do setor serão atendidas e encaminhadas.


26.10.2016

Governo define ajustes finais na nova lei de licenciamento O governo federal está fazendo os últimos ajustes no texto que deve definir a nova lei do licenciamento ambiental antes de enviar a proposta ao Congresso. O projeto de lei visa atender aos pleitos do setor produtivo de desburocratizar e dar mais agilidade ao processo de concessão das licenças, sem, contudo, eliminar exigências atualmente previstas. O texto-base é o substitutivo aprovado na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, com relatoria do deputado federal Ricardo Trípoli (PSDB-SP), e vem sendo discutido desde junho em reuniões que envolveram todos os Ministérios, com coordenação da Casa Civil. A expectativa do governo é de que a proposta seja encaminhada ao Congresso até o final do ano. Entre as mudanças previstas, o texto define em 12 meses o prazo máximo para análise dos pedidos de licença prévia (LP) aos projetos de infraestrutura e seis meses para a licença de instalação (LI). Outra novidade é a classificação dos empreendimentos conforme o potencial de causar dano ambiental, levando em conta porte, grau de relevância ambiental da área em que está localizado e o impacto da atividade. Pela nova regra, empreendimentos localizados em regiões de menor relevância ambiental podem ter o licenciamento simplificado, com a possibilidade de dispensa da apresentação de estudos de impacto ambiental (EIA-Rima). No entanto, a lei não deve detalhar processos de licenciamento específicos, como de uma hidrelétrica ou indústria. Segundo o Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que está conduzindo o processo, será uma lei ampla, com normas gerais, que serão aplicadas ao licenciamento realizado pelo Ibama, quanto pelos Estados e municípios. A proposta foi capitaneada pelo ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, com o objetivo de fazer frente a outros projetos que tramitam no Congresso que visam flexibilizar as exigências do licenciamento ambiental. Um deles, que chegou a ser colocado na pauta para votação este mês, é o projeto de lei (PL) 3.729/2004, de relatoria do deputado Mauro Pereira (PMDB-RS), que dispensa o licenciamento para várias atividades do agronegócio e prevê ainda um licenciamento autodeclaratório, por cadastro eletrônico, sem a exigência de checagem por parte dos órgãos ambientais. O projeto de Pereira tem o apoio da bancada ruralista e de entidades como a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mas é rechaçado por ambientalistas, que o consideram um desmonte da legislação atual.


“Essa proposta flexibiliza excessivamente o licenciamento ambiental, o que pode levar a insegurança jurídica e aumentar o risco de tragédias como a de Mariana”, afirma Maurício Guetta, advogado do Instituto Socioambiental (ISA). A proposta de nova lei do licenciamento que está sendo conduzida pelo governo ainda não foi apresentada às ONGs, mas Guetta acredita que aspectos técnicos do processo de licenciamento serão preservados, já que a proposta foi encampada pela presidente do Ibama, Suely Araújo, e recebeu contribuições de vários ministérios. “O texto que vem sendo discutido na Casa Civil não elimina o licenciamento em três fases para os grandes empreendimentos de infraestrutura, mas poderá simplificar o processo para obras de menor impacto. O que não podemos aceitar é o auto-licenciamento”, diz Guetta. Para Mário Mantovani, diretor de políticas públicas da SOS Mata Atlântica, a proposta do governo deve se posicionar no meio do caminho entre os pleitos do setor produtivo e as expectativas dos ambientalistas. “Esse texto deve evitar um mal maior, que é a aprovação pela Câmara de uma proposta que não visa trazer nenhuma contribuição para modernizar o licenciamento, e sim facilitar as coisas para o agronegócio”, diz Mantovani. Para o setor de infraestrutura, a principal demanda é de mais agilidade na emissão das licenças ambientais, pois o atraso em muitos casos chega a comprometer obras e elevar os custos dos empreendimentos. “Há projetos que dependem do regime de chuvas, como na região amazônica. Se há um atraso na aprovação das licenças, as obras só podem ser iniciadas no ano seguinte, o que compromete todo o cronograma”, afirma Venilton Tadini, vice-presidente executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). A entidade tem afinidade com o projeto de nova lei de licenciamento do governo federal e aguarda a definição do texto da proposta. “As discussões sobre o projeto foram bem técnicas, tanto no Ministério do Planejamento quanto na Casa Civil. A expectativa é que o projeto aponte para a racionalização do rito de licenciamento e fortalecimento dos órgãos ambientais”, diz Tadini. A Abdib defende algumas medidas para facilitar o processo de obtenção das licenças: entre elas, a criação de um banco de dados nacional sobre a biodiversidade e patrimônio cultural, que sistematize e permita a consulta de informações sobre fauna, flora e patrimônio de áreas já estudadas em outros processos de licenciamento. Outra sugestão da associação é a simplificação do rito do licenciamento, com a instituição de uma licença única – um só documento traria um atestado da viabilidade ambiental do empreendimento e a autorização para o início da obra por parte do empreendedor.


24.10.2016

Preço do diesel permanece estável no mês de setembro, segundo o IPTL De acordo com a pesquisa, o custo médio do litro do combustível, teve uma queda de 0,10% em relação a agosto O IPTL (Índice de Preços Ticket Log) do mês de setembro exibiu variações pouco representativas nos preços do diesel nas rodovias do Brasil. De acordo com a pesquisa, o custo médio do litro do combustível, teve uma queda de 0,10% em relação a agosto, permanecendo na média de preço de R$2,98. Os custos por litro mais elevados do mês continuam sendo na BR 163, nos trechos do Mato Grosso (R$3,35) e Mato Grosso do Sul (R$3,23). O preço médio do diesel também foi expressivo na BR 262, também no trecho de Mato Grosso do Sul (R$3,20) e na BR 316, no trecho de Pernambuco (R$3,11). A variação média da BR163 e da Rodovia dos Bandeirantes permaneceram completamente estáveis. Na BR101, uma das rodovias de maior extensão no País, o índice de preço do diesel permaneceu praticamente estável, com pequena variação de 0,01% em comparação com o mês de agosto. Os trechos com maiores valores do preço por litro do combustível foram registrados no Rio de Janeiro (R$3,09), Rio Grande do Norte (R$3,06) e Pernambuco (R$3,04). Mudança de nomenclatura – Com o recente lançamento da Ticket Log, a partir da aliança de Ticket Car e Ecofrotas, o antigo Índice de Preços Ticket Car (IPTC) passa a se chamar Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Apesar da mudança de nomenclatura, a metodologia do estudo de preços de combustíveis continua a mesma.


21.10.2016

Multas de trânsito ficarão até 66% mais caras Renato Lobo

O senado Federal aprovou alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e então infrações deverão ficar mais caras já a partir do próximo dia 1º de novembro. Algumas delas serão agravadas, como o uso do celular ao volante, por exemplo, que agora é interpretado como “dirigir com apenas uma das mãos”, que passará a ser de infração média para gravíssima, com multa de R$ 293,47, e 7 pontos na carteira de habilitação. A nova regra também vale para o motorista que apenas manusear o aparelho, para trocar mensagens por exemplo. Já os motoristas apressados que forem flagrado por radares em velocidade 50% maior do que o previsto, deverá desembolsar agora multa de R$ 880,41. Vale lembrar que a grande maioria dos acidentes é causado por distrações e imprudência dos motoristas. Confira as alterações no CTB: + Leve (3 pontos): de R$ 53,20 para R$ 88,38 + Média (4 pontos): de R$ 85,13 para R$ 130,16 + Grave (5 pontos): de R$ 127,69 para R$ 195,23 + Gravíssima (7 pontos): de R$ 191,54 para R$ 293,47 + Gravíssima x3 (21 pontos): de R$ 574,62 para R$ 880,41 + Gravíssima x5 (35 pontos): de R$ 957,70 para R$ 1.467,35 + Gravíssima x 10 (70 pontos): de R$ 1.915,40 para R$ 2.934,70


26.10.2016

Governo volta a discutir direitos e deveres no transporte aquático

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) reabriu consulta e audiência públicas, no período de 24 de outubro a 25 de novembro, para o envio de propostas sobre os direitos e deveres dos usuários, dos agentes intermediários e das empresas que operam nas navegações de apoio marítimo, apoio portuário, cabotagem e longo curso. As minutas jurídicas e os documentos técnicos referentes à proposta de norma já estão disponíveis no site da agência. Segundo a Antaq, somente as sugestões que tratem da minuta em questão serão levadas em conta. As contribuições poderão ser dirigidas à Antaq até as 23h59 do dia 25 de novembro, exclusivamente por meio do formulário on-line. No caso de sugestões que incluam imagens – como mapas, fotos, plantas etc. – estas devem ser encaminhadas pelo email: anexo_audiencia62016@antaq.gov.br, mediante identificação do contribuinte e no prazo estipulado. Além disso, a Antaq fará uma audiência pública presencial no auditório da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) no dia 7 de novembro de 2016, com início às 14h30 e término quando da manifestação do último credenciado, sendo 17h o seu horário limite. O credenciamento será realizado no local da audiência, das 14h às 15h. A sede da Fiesp fica na Avenida Paulista, nº 1313, 4º Andar.


25.10.2016

Aeroportos têm aprovação recorde de 89% dos passageiros

No 3º trimestre de 2016, os índices de satisfação do passageiro consagraram 15 aeroportos dentre os mais movimentados do Brasil, com a aprovação de 89% dos passageiros. É o que aponta pesquisa trimestral do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, feita desde 2013 para medir a satisfação dos viajantes com os terminais que movimentam 80% deles no país. São 38 indicadores de serviços, atendimento, infraestrutura e gestão aeroportuária. Em uma escala de 1 a 5, a média de satisfação nos aeroportos pesquisados chegou a 4,24 – ante 4,16 no trimestre anterior –, registrando o maior valor do indicador desde que a nota 4 foi alcançada, no 2º trimestre de 2015. Significa que 89% dos passageiros consideram o serviço “bom” ou “muito bom”. O aeroporto de Curitiba teve o melhor resultado de Satisfação Geral já pontuado na pesquisa: 4,68. Dos 15 aeroportos pesquisados, 14 melhoraram os resultados em comparação com o mesmo trimestre de 2015 e 13 obtiveram notas acima de 4. Cerca de 80% dos indicadores pesquisados conquistaram médias acima da meta 4, sendo que 63% registraram as melhores notas da série histórica. O desempenho coloca o Brasil no patamar de satisfação conquistado por aeroportos asiáticos, considerados modelos mundiais pela ACI (Airports Council International): Changi, em Cingapura; Incheon, na Coreia do Sul; e Deng Xiaoping, na China. “O maior valor de uma pesquisa como esta é que podemos trabalhar com precisão sobre falhas, medir avanços no curto, médio e longo prazos e aprimorar estratégias


que maximizem conforto, segurança e a atenção ao passageiro”, afirmou o ministro dos Transportes Maurício Quintella. “O maior valor de uma pesquisa como esta é que podemos trabalhar com precisão sobre falhas, medir avanços no curto, médio e longo prazos e aprimorar estratégias que maximizem conforto, segurança e a atenção ao passageiro”, afirma o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. O trimestre repete o “efeito Copa” nos terminais: houve uma leve queda na avaliação imediatamente antes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, perto da entrega das obras, seguido da retomada da curva de ascensão. Com as obras entregues, melhora a percepção dos passageiros. Foi o que aconteceu com os três principais aeroportos da Rio 2016: Galeão (RJ), com plena operação do novo píer; Santos Dumont (RJ), com início das operações do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e funcionamento de todos os atrativos do Bossa Nova Mall; e Guarulhos (SP), com a conclusão das obras do Terminal 3 e na renovação dos terminais 1 e 2. Em comparação com o trimestre da Copa (3º de 2014), a nota de Satisfação Geral é 13% melhor. APROVADAS NOVIDADES NA INSPEÇÃO DE SEGURANÇA – Os passageiros gostaram dos novos procedimentos de inspeção de segurança implementados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a partir dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O tempo de fila e a cordialidade na inspeção de segurança alcançaram as melhores notas relacionadas aos indicadores de infraestrutura aeroportuária: 4,48 e 4,46, respectivamente – junto com disponibilidade de assentos na sala de embarque (4,47). SANTOS DUMONT SUBINDO – A média dos indicadores de percepção do passageiro no terminal carioca foi a que mais evoluiu em relação ao 3º trimestre de 2015: passou de 3,90 para 4,38. Já a nota da Satisfação Geral mantém, desde o trimestre anterior, o patamar dos 4,40. Com isso, o Santos Dumont obteve o maior crescimento verificado no trimestre: +10,2%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Somente 3 indicadores avaliados em terminais de uso doméstico ficaram abaixo da média 4. O tempo de fila no totem de autoatendimento ganhou a nota máxima: 5. Os passageiros reconheceram os benefícios da operação do VLT e do Bossa Nova Mall. A disponibilidade de transporte público no aeroporto alcançou a sua melhor média na série histórica (4,40) e a quantidade e qualidade de estabelecimentos comerciais se mantêm acima de 4 desde o 2º trimestre deste ano – desta vez emplacou média 4,12, ante 3,67 no 3º trimestre de 2015. O TRUNFO DE CUIABÁ – O terminal da capital mato grossense foi o segundo que mais cresceu no trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado: +8%. Esta foi sua segunda melhor nota de Satisfação Geral na série histórica: 3,55. Desde julho, o aeroporto desfruta de novas salas de embarque doméstico e de embarque remoto. A obra é parte da nova infraestrutura prevista por convênio com o governo do Estado. Entre as benfeitorias, estão a melhoria do fluxo operacional do terminal e a diminuição das filas de raio-x.


O 3º trimestre, a maior nota no terminal foi 4,40 para a cordialidade e prestatividade dos funcionários do check-in, o tempo de fila na inspeção de segurança ficou com 4,28 e a limpeza com 3,98. GALEÃO E O DESAFIO DOS JOGOS RIO 2016 - O crescimento do Galeão combinou com a entrega da nova infraestrutura para atender a alta demanda dos Jogos Rio 2016. A satisfação geral do passageiro alcançou a nota máxima do terminal na série histórica: 4,16. Os serviços realizados por órgãos públicos no aeroporto obtiveram a média mais alta por grupo de indicadores: 4,56. Aí estão indicadores relacionados à aduana, emigração e imigração. A renovação comercial do Galeão também teve impacto direto na opinião do passageiro: 4,23, bem melhor que os 3,60 do mesmo trimestre de 2015. É a primeira vez que o indicador ultrapassa a média 4. No aeroporto-referência dos Jogos, os novos procedimentos de inspeção de segurança não afetaram a satisfação do passageiro ao passar pelo terminal. O tempo de fila na inspeção de segurança ficou em 4,57, média mais alta do indicador, para o Galeão, na série histórica. A facilidade de embarque no meio-fio, primeiro contato do passageiro com o aeroporto, também melhorou significativamente: passou de 3,59 para 4,25 (em comparação com o mesmo período do ano anterior), um crescimento de 18%. Desde a primeira rodada da pesquisa, a qualidade da wifi está 50% melhor, na avaliação do passageiro. É a maior evolução registrada para um indicador do aeroporto. A nota passou de 2,58 (1º trim. de 2013) para 3,85 (3º trim. de 2016). MELHORES DO TRIMESTRE – O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba (PR), manteve-se no posto de melhor terminal do País, com nota 4,68. O Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) ficou em segundo lugar, com 4,46; seguido por Recife (PE), com 4,43; Santos Dumont (4,40) e Viracopos/SP (4,39). A maior evolução foi verificada nos aeroportos Santos Dumont, que cresceu 10,2% em relação ao desempenho do mesmo trimestre de 2015; e Cuiabá, que registrou o seu maior crescimento na série histórica, apesar de não ter superado a meta 4: melhorou 8%. Salvador também progrediu, passando de 3,66 em 2015 para 3,86 em 2016. Ao todo, foram realizadas 13.721 entrevistas nos meses de julho, agosto e setembro de 2016. Desde que o estudo começou a ser realizado, em 2013, mais de 238 mil pessoas foram ouvidas. O levantamento é realizado pela Praxian – Business & Marketing, responsável pela pesquisa de campo, e o nível de confiança do estudo é de 95%, com margem de erro de 5%.


20.10.2016

Curitiba reduz acidentes após diminuição de velocidades em vias Renato Lobo

Após a implantação das chamadas “Área 40″ em Curitiba, o Batalhão de Polícia de Trânsito da cidade constatou uma redução de 17% no número de acidentes, de 596 ocorrência no ano passado, contra 397 nos primeiros dez meses do início do projeto. Além da redução de casos, a gravidade nas ocorrências também foi menor. No primeiro período analisado, foram 83 feridos, uma média de sete por mês. Já após a implantação do projeto, o número caiu para 51 – uma média de cinco feridos ao mês. O projeto “Área 40″ se trata da redução do limite de velocidades em vias da capital paranaense para 40 kh/h, em trechos com concentração de pedestres. Já os dados de acidentes em toda a cidade, tendo como base informações do BPTran, em 2014, foram 7.054 ocorrências com 61 óbitos. No ano passado ocorreram 5.963 acidentes de trânsito com 48 mortes. As quedas são de 15% e 21%, respectivamente.


27.10.2016

Cresce letalidade de acidentes com ônibus em estradas e vias urbanas As seis mortes ocorridas no acidente envolvendo um ônibus fretado por turistas de Belo Horizonte que voltavam de um fim de semana no Rio de Janeiro, no domingo, chamaram a atenção para uma realidade preocupante para quem depende do transporte coletivo: a violência dos desastres vem aumentando, seja no ambiente rodoviário, seja no perímetro urbano. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, de janeiro a agosto do ano passado, Belo Horizonte registrou 5.016 acidentes com envolvimento de ônibus em geral (sistema público, particulares, escolares e de turismo), soma que no mesmo período deste ano caiu para 4.272. No entanto, os óbitos aumentaram de 21, em 2015, para 23, em 2016. Seis pessoas morreram no último domingo em batida entre ônibus e carreta na BR040, perto de Juiz de Fora (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação) O mesmo movimento se verifica quando se considera o território mineiro como um todo, em vias urbanas e estradas. O total de desastres caiu de 12.256 (janeiro a agosto de 2015), para 10.855 (mesmo período de 2016), enquanto o número de pessoas que perderam a vida saltou de 88, no ano passado, para 115 (veja arte). Para a assessora de comunicação organizacional do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária, tenente Grazielly Oliveira, a principal causa dos acidentes envolvendo ônibus nas estradas estaduais é o fator sono. Para ela, é preciso que haja revezamento de condutores, que devem estar descansados antes de pegar a estrada. A oficial lembra ainda outros fatores decisivos, como falta de manutenção dos veículos, principalmente dos freios e em relação aos pneus, ultrapassagens proibidas, imprudência de outros motoristas e outras formas de desrespeito às normas de trânsito. Os passageiros, segundo a militar, também devem ficar atentos ao comportamento do motorista de ônibus. “De vez em quando, é bom se levantar e olhar se o motorista está em condições de dirigir, reclamar se ele estiver correndo muito ou fazendo ultrapassagens em locais proibidos. O passageiro deve denunciar, acionar a Polícia Militar pelo 190 ou a Polícia Rodoviária Federal, pelo 191. A gente aborda o veículo e verifica as condições do condutor”, orienta a tenente Grazielly. A oficial da PM alerta ainda que veículos clandestinos costumam estar em péssimas condições de manutenção, muitas vezes sem condições de rodar. “É muito arriscado. Observamos casos de pneus lisos, freios quase inexistentes e falta de cintos de segurança. Antes de viajar, os passageiros devem pesquisar a legalidade das empresas de ônibus. É melhor pagar um pouquinho a mais e circular com segurança”, orienta.


27.10.2016

Comissão da Câmara aprova “anjo da guarda” para ônibus em todo o país

Popularmente chamado pelo setor de transportes de “anjo da guarda”, os dispositivos que impedem a partida dos ônibus com as portas abertas não são obrigatórios em todo o país. Apenas as cidades ou estados podem fazer a exigência nos editais de licitação, o que nem sempre acontece. Mas o projeto de lei 2889/2015, do deputado Augusto Coutinho, quer tornar obrigatória a instalação do dispositivo em todos os sistemas de ônibus no país, municipais, suburbanos ou metropolitanos. Já com parecer favorável dado pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, em agosto, o projeto recebeu aprovação nesta semana da Comissão de Desenvolvimento Econômico. Além de deixar os transportes mais seguros, a comissão acredita que a obrigação em todo país do dispositivo também poderia criar uma escala de mercado, reduzindo os preços e tornando dispositivo interessante para fabricantes nacionais. A proposta ainda terá de passar pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. O caráter da análise é conclusivo, ou seja, não será necessário o debate no plenário. Se passar pelas duas comissões que restam, o projeto seguirá para o Senado e, finalmente, para o Executivo.


25.10.2016

Roubo e furto de cargas crescem 60% em São Paulo

O índice de roubo e furto de cargas no Estado de São Paulo no mês de agosto cresceu 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Boletim Econômico Tracker-Fecap, elaborado pelo Grupo Tracker e a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) – referência na área de Gestão de Negócios. “A variação percentual do número de ocorrências de cargas roubas em comparação com o mesmo mês do ano anterior (agosto) evidencia o crescimento surpreendente para os meses de junho 34%, julho 36% e agosto 60%. O que torna o roubo de carga um crime preocupante”, afirma o afirma Frederico Lanzoni, do setor de Inteligência Competitiva do Grupo Tracker.


Os mesmos dados, analisados pelo método de valores acumulados dos últimos doze meses e corrigidas as possíveis flutuações sazonais, mostram um crescimento contínuo a partir de junho de 2016, sendo que agosto de 2016 registrou um crescimento recorde de 3,95%. As transportadoras estão denominando as cargas dependendo do valor segurado e frequência de roubo. São catalogadas como Carga Ouro (valor transportado acima de R$ 700.000,00), Prata (R$ 400.000,00) e Bronze (valores entre R$ 100.000,00 e R$ 200.000,00). “Algumas transportadoras estão aumentando os valores de seus fretes ou recusando levar as cargas OURO. Os veículos roubados junto com as mercadorias aparecem alguns dias depois em regiões muito afastados totalmente saqueados, sem rodas, sem pneus e com o painel de instrumentos destruídos, gerando uma enorme perda de tempo e manutenção para a transportadora”, relata o executivo.


26.10.2016

Passageiros da região metropolitana de Curitiba têm wi-fi em mais terminais e novo aplicativo Passageiros que utilizam ônibus na região metropolitana de Curitiba já contam a partir deste mês com maior cobertura da rede de wi-fi nos seguintes terminais: Fazenda Rio Grande (novo), Fazenda Rio Grande (velho), Pinhais, Maracanã, Araucária (Terminal Central) e Angélica. Com a ampliação dos pontos de emissão de sinal, as áreas destes terminais passam a ter 100% de cobertura de wi-fi. O acesso, de acordo com a Metrocard, que reúne as empresas operadoras das linhas metropolitanas e realizou os investimentos, é bastante simples e destinado apenas para quem possui o Cartão Metrocard. Basta por meio do smartphone ou tablet localizar a rede Metrocard pelo Wi-Fi. Depois é necessário informar o CPF, a data de nascimento e aceitar as condições de uso do serviço. A conexão é automática. Todos os usuários dos cartões Metrocard têm à disposição 30 minutos por acesso. NOVO APLICATIVO: A Metrocard disponibilizou neste mês também um novo aplicativo de celular para os passageiros que utilizam os 1135 ônibus das 18 empresas que atendem 219 linhas da Região Metropolitana de Curitiba. Com o nome App Metrocard, o aplicativo, segundo a entidade, traz informações em tempo real sobre o posicionamento dos ônibus nas linhas, as vias atendidas e previsão de quando o ônibus passará nas estações, pontos e terminais, permitindo que o passageiro programe melhor a viagem. Uma novidade é que o dispositivo permite que o passageiro se comunique em tempo real com a central de atendimento da Metrocard para registrar reclamações, sugestões e tirar dúvidas. Tudo por meio do celular, gratuitamente. “Para carregar a ferramenta, o usuário deve buscar o aplicativo na Apple Store (em aparelhos iOS) ou Play Store (para aparelhos com sistema Android) de seu smartphone e autorizar a instalação. Pronto: informações de mais de 200 linhas que compõem a rede de transporte coletivo metropolitano, cidades e horários de saída nos dias úteis, sábados e domingos, rotas dos veículos e muito mais, tudo isso na palma da mão. O Aplicativo Metrocard garante o melhor uso do transporte público, além de inúmeras vantagens para os passageiros como, por exemplo, a redução do tempo de espera nos pontos de ônibus. Também é possível tirar dúvidas em tempo real com atendentes do contact center e conectar aos 25 pontos de Wi-Fi ofertados gratuitamente pela Metrocard em terminais e estações-tubo.” – diz a Metrocard em nota enviada ao Diário do Transporte.


26.10.2016

Em Salvador, motoristas de ônibus recebem treinamento em relação a ciclistas

ADAMO BAZANI

Motoristas de ônibus de Salvador recebem até esta quinta-feira, 27 de outubro de 2016, um treinamento chamado o “Motorista Vá de Boa”, uma iniciativa do movimento “Salvador Vai de Bike”, que pretende melhorar a relação entre os condutores de veículos grandes e pesados com os ciclistas. Desta vez, a capacitação envolve os trabalhadores da OTTrans. Inicialmente, o treinamento terá uma palestra com a representante das organizações Mobicidade e Bike Anjo, Márcia Menezes, que vai falar sobre o compartilhamento entre ônibus e bicicletas nas vias, cada vez mais comum hoje em dia. Logo em seguida, haverá um treinamento prático de como dirigir próximo às bicicletas. O objetivo é fortalecer a regra de que o condutor deve manter uma distância mínima lateral de 1,5 metro da bicicleta e reduzir a velocidade. Buzinar só se for necessário e sem esquecer a mão na buzina. Os motoristas também serão colocados em bicicletas fixas na garagem e perto delas passará o ônibus em alta velocidade para eles sentirem a sensação de medo e fragilidade que os ciclistas têm quando se aproxima um veículo grande e pesado. O programa é vinculado à empresa Salvador Turismo e já capacitou mais de mil motoristas de ônibus na capital baiana em dois anos


25.10.2016

Rodovias brasileiras mantêm papel de vilãs, mas até quando? Quatro experientes motociclistas, jornalistas especializados em motocicletas, partiram de Manaus no começo de outubro. O objetivo era chegar a São Paulo pilotando a edição comemorativa dos 40 anos de produção da mais vendida motocicleta fabricada no país, a Honda CG. Menos de duas semanas depois as quatro motos ingressaram no hall da sede da Honda na capital paulista tendo rodado exatos 5.982 quilômetros sem apresentar problema. O mesmo não pode se dizer de dois dos quatro condutores. Apesar das décadas de guidão, da inquestionável habilidade em conduzir motocicletas de qualquer tipo ou tamanho, ambos tiveram que pagar o preço do absoluto descaso com a pavimentação das rodovias brasileiras. O primeiro a dar baixa foi vítima de uma cratera escondida no que parecia uma reles poça d’água. Moto e condutor rolaram metros e metros pela pista. Saldo? Uma clavícula quebrada e adeus à expedição. No dia seguinte, outra baixa. Desta vez no lugar da água a armadilha foi a areia e, mais uma vez, o “preço” foi a clavícula. A dor para ambos não foi apenas física, mas a da frustração de não poderem completar uma odisseia histórica para a qual se prepararam com profissionalismo — eles foram substituídos por dois colegas que levaram ao cabo a missão. Josias Silveira, decano do jornalismo automotivo brasileiro, realizou este mesmo percurso no final dos anos 1970 com a Honda CG 125 de primeira leva. Presente na largada da atual expedição, constatou que as quatro décadas passadas contribuíram enormemente para que o modelo best-seller da Honda ganhasse não apenas centímetros cúbicos em seu motor, mas também melhores suspensões, pneus e freios. No entanto, a qualidade das estradas parece ter se estagnado, aliás, retrocedido. Asfalto para quê? Na época da pioneira viagem de Josias quem se aventurasse a partir de Manaus por via terrestre tinha poucos quilômetros de via pavimentada à disposição. A estrada de terra, poeirenta na estação seca ou enlameada e praticamente intransponível na época chuvosa, era o padrão. Agora o asfalto cobre a maior parte do trajeto que liga a capital do Amazonas à paulista, mas a falta de manutenção associada a outros problemas — como a má realização de obras e uso de matériaprima ruim — torna tudo pior. Muitos motoristas que percorrem as vias localizadas nos mais remotos cantos do país dizem ser preferível uma estrada sem pavimentação a uma mal asfaltada ou


sem manutenção. As crateras que se formam sem que nenhuma providência seja tomada martirizam motoristas em qualquer tipo de veículo, tornando as viagens uma loteria de resultado incerto, na qual chegar com poucos danos materiais ou físicos é vitória. Estudos realizados em diferentes épocas e locais do mundo são unânimes em apontar defeitos na pavimentação como elemento que faz proliferar acidentes e potencializa suas más consequências. Os quatro que saíram de Manaus com as CG 160 sabiam disso e, mesmo assim, pagaram o preço pelo descaso do Estado e o problema do mau estado de rodovias afetou dois deles, por sorte de forma relativamente branda, Mas não é sempre que buraco, areia, falta de sinalização ou sujeira na pista causam consequências reversíveis. A particular dinâmica de uma motocicleta implica em equilíbrio tênue. Apesar da forte evolução tecnológica, uma moto, qualquer que seja ela, grande ou pequena, sempre terá área de contato com o solo mínima. Ter consciência desta condição é algo que o motociclista deve obrigatoriamente incorporar logo nos primeiros metros de sua vida ao guidão. Outra atitude primordial é aprender a “ler” o piso que virá pela frente, observar atentamente onde vai colocar as rodas e exercitar uma espécie de sexto sentido para antever o pior. Mesmo assim fazendo o risco sempre existirá, que o diga a dupla da clavícula quebrada. O Brasil é com certeza um dos piores lugares do planeta em termos de pavimentação de ruas e estradas. Péssimas na região norte ou nordeste do Brasil, menos ruins no sudeste e sul, mas sempre abaixo do aceitável. O custo desse descaso é alto, prejudica a todos, mesmo aqueles que mal saem de casa e, quando o fazem, se locomovem a pé: no preço dos produtos está embutido o estrago que más estradas causam no tempo de transporte e na manutenção dos veículos de carga. O grande número de acidentados drena verbas da saúde trazendo prejuízo ao combate de outras “epidemias” que não a causada pelos acidentes de trânsito decorrentes do chão ruim. A beleza de um país de dimensão continental, com grande vocação turística e no qual a motocicleta pode ser utilizada por doze meses no ano poderia se tornar uma grande fonte de rendimento caso o mototurismo pudesse ser estimulado. Infelizmente, explorar o Brasil sobre duas rodas requer mais do que habilidade e conhecimento de pilotagem. Exige uma sorte que poucos estão dispostos a verificar se têm. O acidente com os dois motociclistas da expedição CG 40 anos não abalou a comemoração de aniversário de quatro décadas da moto que ensinou a grande maioria dos brasileiros a ser motociclista. Mais de 20 milhões de unidades fabricadas e a grande evolução técnica justificam festejar o modelo, mas é inevitável constatar que as condições para o uso de motocicletas, pelo menos do fundamental ponto de vista da condição das ruas e estradas, estão bem aquém do mínimo aceitável. O MOTOCICLISTA Roberto Agresti, editor da Revista da Moto! desde 1994, volta a escrever para UOL Carros. Sua estreia na imprensa automotiva foi em 1984, com passagens pelas revistas Motoshow (atual Motor Show) e Motor 3. Atualmente, é comentarista da rádio CBN/CBN MOTO e colaborador do site AutoEntusiastas desde 2011.


25.10.2016

Toyota quer produzir frota de ônibus a Hidrogênio

RENATO LOBO

A Toyota, fabricante japonesa de automóveis, agora está empenhada na produção de uma frota de 100 ônibus movidos a célula de hidrogênio, para operar na região metropolitana de Tóquio, com foco nos Jogos Olímpicos, que será realizado em 2020. A tecnologia já foi empregado pela empresa em automóveis, mas no projeto para o transporte coletivo, a Toyota aposta na alta potência de auto-geração de energia, que servem como uma fonte de emergência. A montadora tem a intenção de apresentar o veículo protótipo no próximo ano, assim como iniciar as vendas para os operadores. O projeto contempla em cada veículo um equipamento de 10 tanques capazes de armazenar até 600 litros de hidrogênio em alta pressão, que por sua vez permitem produzir 235 kWh de energia, ou autonomia de quase três vezes das baterias.


26.10.2016

Emissões de gases de efeito estufa aumentam 3,5% no Brasil, diz Observatório do Clima ADAMO BAZANI

O Observatório do Clima divulgou nesta quarta-feira, 26 outubro de 2016, que entre 2014 e 2015, as emissões de gases de efeito estufa no Brasil cresceram 3,5%. O Observatório reúne 40 organizações da sociedade civil em prol do meio ambiente. Em 2014, foram emitidas 1,861 bilhão de toneladas de toneladas de gás carbônico – CO2, ante 1,927 bilhão de toneladas em 2015. O item que mais contribuiu para esta elevação foi o desmatamento. De acordo com o levantamento, as mudanças no uso da terra cresceram 11,3% em 2015. O desmatamento representa 46% das emissões brasileiras. Neste ano, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, mostrou um aumento de 25% na taxa de desmatamento da Amazônia em 2015 na comparação com 2014. Já o setor de energia, que envolve os transportes, foi responsável por 24% das emissões de efeitos de gases de efeito estufa, registrando queda de 5,3% das emissões em 2015 na comparação com 2014. O Observatório apresenta duas causas para este fato: a redução no nível de atividade econômica por causa da crise, que fez com que o número de viagens,


principalmente de cargas, fosse reduzido; e também o aumento do uso de combustíveis como etanol. No caso da crise, o observatório mostra uma queda de 7,1% no consumo de óleo diesel, em especial pelos caminhões. O balanço mostra que a gasolina tem sido substituída aos poucos pelo etanol. Foi registrado aumento de 18,6% uso de combustível a base de cana e queda de 9,4% no consumo de gasolina. As emissões relacionadas ao uso de combustíveis caíram 7,4% de 2014 para 2015, aponta o levantamento. A agropecuária, a terceira maior responsável pelas emissões do Brasil, com 22% do total de gás carbônico lançado no ar, teve variação de 0,6% entre 2014 e 2015. As emissões industriais representam 5% do total de CO2 lançado no ar, com queda de 1,2% no ano passado. Já a poluição por causa de resíduos depositados em solos e rios, representa 3% do gás carbônico no ar, com alta de 0,3% no período entre 2014 e 2015.


AGENDA 2016 DEZEMBRO Simpósio Segurança, Operação e Manutenção de Túneis 06 e 07 de dezembro - São Paulo


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