Fim de Semana ARTESP - edição 54

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EDIÇÃO 54 – 06 DE MAIO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105


05.05.2016

Setor industrial defende novo modelo para destravar infraestrutura SÃO PAULO - A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) inicia hoje uma empreitada para tentar destravar os investimentos em infraestrutura - praticamente parados por causa da crise político-econômica e também pela Operação Lava Jato. Na lista de propostas desenhadas pela entidade e que será entregue ao governo (atual ou a um eventual governo de Michel Temer), estão medidas como a volta dos leilões pelo valor de outorga e a retomada da capacidade de gestão das agências reguladores. No comando da associação desde janeiro deste ano, o economista Venilton Tadini quer tratar de problemas que afastaram investimentos no setor nos últimos anos. Na opinião dele, o Brasil perdeu a capacidade de planejar e passou a viver de espasmos, fazendo licitações aqui e acolá, sem uma lógica de integração nacional. “Numa concessão de rodovia, por exemplo, é preciso mostrar as vantagens, a redução do frete, para onde vai, etc. Tem de justificar que não sai do nada e vai para lugar nenhum.” Ex-diretor de infraestrutura e planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tadini tem no currículo uma dezena de privatizações realizadas na década de 90. Depois disso, virou presidente do banco Fator, onde ficou durante 20 anos. Exímio conhecedor dos meandros da infraestrutura e do crédito para o setor, ele crítica o modelo financeiro adotado pelo governo Lula e Dilma Rousseff nas concessões rodoviárias, que limita taxa de retorno para o investidor. Na opinião do executivo, o governo tem de criar um plano de negócio, com o volume de investimento necessário e uma tarifa de pedágio. Cada investidor vai calcular sua taxa de retorno e fazer as propostas dentro das condições estabelecidas no edital, diz ele. A proposta da Abdib - que atende a uma enorme insatisfação dos investidores nos últimos anos - vai na direção do que o possível governo de Michel Temer tem sinalizado para as futuras concessões. Outro ponto levantado pela Abdib refere-se ao enfraquecimento das agências reguladores, que recentemente tem perdido espaço para o Tribunal de Contas da União (TCU). “Para readequar a capacidade dos reguladores, é preciso ter orçamento, plano de carreira e respaldo jurídico para os profissionais tomarem as medidas necessárias sem medo de punições. O regulador não pode ficar refém de outros órgãos (leia-se TCU e Ministério Público).”


02.05.2016

Brasil investiu R$ 26,6 bi em infraestrutura de transporte em 2015 Os investimentos em infraestrutura no País somaram R$ 26,6 bilhões no ano passado, entre recursos do setor público e privados relativos aos contratos de concessão, informa o Caderno de Transportes 2015. O balanço de atividades de 2015 foi publicado nesta segunda-feira (2) pelo Ministério dos Transportes, demonstrando os avanços do setor no período. Entre os anos 2011-2014, o setor de infraestrutura apresentou evoluções importantes, também a partir das parcerias entre os setores público e privado, promovendo o aumento da capacidade das vias, atraindo maior competitividade para o setor em âmbitos nacional e internacional. De 2012 a 2013, especificamente, os investimentos do Ministério dos Transportes subiram de R$ 15,5 bilhões para 16,3 bilhões. Destaque para a duplicação de investimentos em ferrovias, em relação ao ano anterior: de R$ 1,04 bilhão para R$ 2,5 bilhões. Rodovias Em 2015, os recursos disponíveis foram utilizados para a duplicação, adequação e construção de rodovias administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Os investimentos no modal por meio de recursos públicos totalizaram R$ 6,3 bilhões. No exercício, foi possível a conclusão de 391 obras, com a realização de 329,81 quilômetros de duplicações, além do início de outras 146, em razão da assinatura de Termos de Ajuste de Conduta (TAC), entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e as concessionárias, promovidas em 2013. A partir do setor privado, foram investidos R$ 5,8 bilhões. Destacam-se também 42.765,30 quilômetros da malha rodoviária federal que foram atendidos por meio dos Programas de Contratação, Restauração e Manutenção por Resultados de Rodovias Federais Pavimentadas (PROCREMA), aliados às obras de restauração e serviços de conserva rotineira. Ferrovias Entre 2011 e 2014, foram concluídos 913,7 quilômetros de ferrovias. A expansão da malha ferroviária, fundamental para a cadeia logística do País, registrou em 2013 a execução de trechos da Ferrovia Norte-Sul com investimentos de R$ 6,04 bilhões. Outros R$ 4,23 bilhões foram investidos na Ferrovia de Integração OesteLeste (Fiol) e mais R$ R$ 7,53 bilhões na construção da Nova Transnordestina. No ano passado, houve o investimento pelas concessionárias de R$ 7.658 milhões. O transporte por ferrovia atingiu a marca de 485,4 milhões de toneladas úteis (TU) no ano.


Pelo Programa de Aceleração do Crescimento, destacaram-se as execuções de 15% da Ferrovia Norte Sul (FNS) – Extensão Sul, trecho Ouro Verde/GO – Estrela d’Oeste/SP (682,0 km); 15% da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), trecho Ilhéus/BA – Caetité/BA (537 km) e mais 8% da FIOL no trecho Caetité/BA – Barreiras/BA (485 km). A Ferrovia Nova Transnordestina registrou avanços em sua execução: foram lançados 599,5 km de superestrutura.

Hidrovias Foram executadas ações em mais de 6 mil quilômetros de hidrovias para garantir a navegabilidade. Dentre as intervenções realizadas estão sinalização, adequação de pontes, adequação de canais, melhorias em eclusas, retiradas de obstáculos e dragagens de manutenção. Foram realizadas obras de adequação e melhoria nos corredores das hidrovias do Paraná, Paraguai e Brasil – Uruguai, com destaque para as dragagens de manutenção no tramo norte do rio Paraguai e no rio Taquari e para a manutenção da sinalização das hidrovias do Paraguai e do Paraná. Além dessas intervenções, também deve ser ressaltado o apoio aos melhoramentos na Hidrovia do Tietê, com a continuidade da obra de ampliação do vão da ponte ferroviária Ayrosa Galvão e com o início das obras do atracadouro de espera da eclusa de Bariri.


06.05.2016

Produção de ônibus no Brasil amarga queda acumulada de 39,2%, diz Anfavea ADAMO BAZANI

A crise econômica persiste, o que afeta diretamente os setores que expressam o nível de investimento de diversos seguimentos do país, como a produção de ônibus e caminhões. De acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira, 5 de maio de 2016, pela Anfavea -Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a produção de ônibus no Brasil entre janeiro e abril deste ano teve recuo de 39,2% em relação ao mesmo período de 2015, que já registrou números negativos expressivos De acordo com o balanço, nesse período, foram produzidos em 2016, 5.924 chassis de ônibus contra 9.747 de janeiro a abril de 2015. Como a crise econômica e fiscal atinge diretamente os cofres públicos, afetando assim os investimentos em mobilidade urbana, o setor de ônibus urbanos foi o que mais registrou queda, de acordo com a Anfavea. A produção de janeiro a abril de 2016 recuou 43,4% em relação ao mesmo período de 2015. Foram fabricados neste ano 4.338 chassis de ônibus urbanos ante 7.659 do período de janeiro a abril de 2015. Estes números são refletidos na prática nos planejamentos de fabricantes de chassis e carrocerias de ônibus.


Nesta terça-feira, 3 de maio de 2016, em teleconferência com analistas de mercado, a Marcopolo anunciou que admite a possibilidade de estudar o fechamento de plantas de fabricação de carrocerias, sendo as plantas de ônibus urbanos no Rio de Janeiro, tanto da marca como da Neobus, as mais cotadas para um eventual fechamento. Relembre neste link: http://wp.me/p18rvS-6mv. Outras fabricantes de ônibus também encerraram as atividades de plantas fabris por causa da crise econômica brasileira. No dia 28 de janeiro, a Comil anunciou o encerramento da produção de ônibus urbanos na fábrica de Lorena, no interior de São Paulo. Em torno de 200 trabalhadores foram demitidos. A empresa concentra agora toda a produção na sede em Erechim, no Rio Grande do Sul. No dia 5 de fevereiro foi a vez da Ibrava – Indústria Brasileira de Veículos Automotores anunciar o encerramento temporário das atividades na planta de Feliz, no Rio Grande do Sul. Foram demitidos inicialmente 70 funcionários. A empresa é especializada na fabricação de micro-ônibus, a maior parte deles para linhas urbanas. A produção de ônibus rodoviários também registra expressiva queda, porém menor que a dos ônibus urbanos. Entre janeiro e abril de 2016, foram produzidos 1.586 chassis de ônibus rodoviários contra 2.088 no mesmo período de 2015, o que representa queda de 24%.

MARCAS E LICENCIAMENTOS: Se a produção cai, os licenciamentos acompanham situação semelhante. De acordo com balanço da Anfavea, divulgado nesta quinta-feira 5 de maio, os licenciamentos de ônibus de janeiro a abril de 2016 tiveram queda de 46,3% em comparação ao mesmo período de 2015, somando 3.636 unidades ante 6.767 de 2015. Confira: 1º) Mercedes-Benz – 1.844 ônibus – queda de 44,4% 2º) MAN/Volkswagen Caminhões & Ônibus – 697 ônibus – queda de 54,2% 3º) Agrale – incluindo minionibus Volare – 635 ônibus – queda de 29,3% 4º) Volvo – 224 ônibus – queda de 50,3% 5º) Iveco – 146 ônibus – queda de 70,7% 6º) Scania – 84 ônibus – alta de 40%


29.04.2016

Pedágios da BR-153 serão reajustados de novo e alta acumulada chegará a 108% O preço do pedágio em todo o trecho paulista da BR-153 (Rodovia Transbrasiliana) deverá ser reajustado pela segunda vez em menos de seis meses. A tarifa básica para carros saltará para R$ 7,70, uma alta de mais de 108% em relação ao que era cobrado até o final do ano passado. A informação foi confirmada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) durante a audiência pública que debateu o projeto de duplicação da estrada. O evento foi realizado na última terça-feira (26) em São José do Rio Preto e contou com a presença de quase 50 pessoas. No final do ano passado, a valor da tarifa subiu de R$ 3,70 para R$ 4,30. De acordo com o superintendente de exploração de infraestrutura rodoviária do órgão federal, Luiz Castilho, uma nova alta deverá acontecer ainda neste primeiro semestre, com a taxa aumentando mais R$ 3,40 de uma só vez. Em nota, a ANTT explicou que o contrato de concessão firmado com a concessionária Triunfo Transbrasiliana prevê a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro através de reajustes no preço do pedágio ou aporte de recursos. Esse novo aumento, porém, é condicionado a aprovação de projetos para duplicação de trechos da rodovia, realização de audiência pública e análise das propostas colhidas durante o encontro. As obras somam 88 quilômetros. AS OBRAS Responsável pelo trecho de 321,6 quilômetros da rodovia federal, entre Ourinhos e Icém, ou seja, da divisa dos estados Paraná/São Paulo até a divisa São Paulo/Minas Gerais, a Triunfo Transbrasiliana deseja a duplicação da BR-153 entre o quilômetro zero e o km 51,7, denominado Lote 01, e entre o km 162 e o km 195, chamado Lote 03. O projeto da concessionária prevê, entre outros pontos, a construção de um anel viário da base da PRF (Polícia Rodoviária Federal) até o entroncamento com a SP333. Atualmente a BR-153 sofre descontinuidade no trecho entre a Avenida Jóquei Clube - em frente à Polícia Federal - e o Posto Gigantão. Quem vai sentido norte, por exemplo, precisa trafegar pela SP-294 e SP-333 até acessar novamente a rodovia federal. Já o Lote 02, que prevê a duplicação do trecho urbano de Rio Preto, foi excluído por conta de um contrato assinado em 2014 com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), outro departamento do Ministério dos Transportes, no valor de R$ 186,9 milhões. O prazo de concessão da Triunfo Transbrasiliana termina em 2033. Até o dia 6 de maio, a ANTT recebe, via internet, sugestões e críticas a cerca das obras. O endereço é o www.antt.gov.br.


04.05.2016

Novo modelo de concessão de rodovias gaúchas é freado no Legislativo Se proposta for aprovada, concessionárias terão contratos de 30 anos de exploração comercial de rodovias Proposta do Governo do Rio Grande do Sul de privatizar rodovias perdeu força na Assembleia Legislativa. A discussão foi retirada da pauta na sessão plenária desta terça-feira, 3, pela própria base governista, pressionada pela oposição. Outro ponto polêmico, a alteração da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), foi aprovado por 36 votos a 13. Ambos os projetos movimentaram a sessão do Legislativo. Parlamentares contrários argumentam que a medida não gera benefícios aos usuários das estradas estaduais e questionam a ausência de discussão com setores envolvidos. Além disso, observam que não há contrapartidas ao Estado nas concessões, o que é considerado um retrocesso na gestão das rodovias. Irônico, o deputado Luiz Fernando Mainardi, líder da bancada do PT, disse que os gaúchos sentirão saudades da política adotada na gestão do ex-governador Antonio Brito (PMDB), na qual os regimes de concessão tinham validade de 15 anos renováveis por período igual. Já a atual proposta prevê que a concessionária vencedora de licitação assuma a rodovia por 30 anos e sem marco regulatório, o que retiraria o direito do Poder Legislativo de analisar as concessões. “Pela proposta de Sartori, a iniciativa privada ficará com o ‘filé’, num negócio em torno de R$ 24 bilhões, tocando à EGR a ‘carne de pescoço’. “Não há transparência, é esvaziado o poder de fiscalização dos usuários e retira-se o poder deliberativo do Legislativo”, explicou Mainardi. Emendas Em torno do debate acalorado, Sergio Peres (PRB), apresentou quatro emendas ao projeto em discussão. Entre elas, parlamentar sugere um novo modelo de cobrança do pedágio. A proposta é determinar a distância mínima de 100 km entre um posto de pedágio e outro. O parlamentar também sugere isenção de tarifa para pessoas com doenças graves e degenerativas. Já a emenda nº 12 prevê a extinção do artigo 11, o qual tira da Assembleia Legislativa a participação na análise das licitações de concessão para exploração rodoviária. “É papel do Parlamento gaúcho fiscalizar os atos do Executivo e tirar essa prerrogativa é


violar a missão dos deputados de representar e defender os interesses da sociedade gaúcha”, avalia. Uma emenda coletiva, proposta com os deputados Álvaro Boessio (PMDB), Marcel Van Hattem (PP) e Missionário Volnei (PSC), estabelece a compensação dos valores pagos nas praças de pedágio no Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). De acordo com a matéria, a medida será válida para veículos com registro no estado e o desconto será autorizado mediante apresentação dos recibos expedidos pelas concessionárias. EGR Já o projeto que muda a EGR, considerada empresa pioneira no Brasil e modelo de gestão de pedágio, prevê profundas alterações, a começar pela formação de um novo conselho administrativo. Importantes órgãos do Conselho da EGR, como a FAMURS (Federação das Associações dos Municípios do Estado), a Associação de Usuários de Rodovias Concedidas do Estado do Rio Grande do Sul, o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga, o Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas do RS), o Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do RS) e a Assurcon (Associação dos Usuários de Rodovias Concedidas do RS) devem ficar de fora do Conselho, que será reduzido de 13 para sete integrantes. “Isto é um golpe contra o bolso do cidadão. Esse governo incompetente que se instalou no Palácio Piratini, que nesses dois anos e meio não foi capaz de apresentar nenhum projeto decente para o estado do Rio Grande do Sul, agora se prepara para repetir aquilo que o Antônio Britto já fez, que foi inviabilizar o Rio Grande do Sul”, disse Nelsinho Metalúrgico (PT). A administração da EGR sobre os pedágios gerou uma redução de até 70% nas tarifas de pedágio no Rio Grande do Sul. Além disso, a distribuição dos recursos para investimentos em infraestrutura é feita de forma adequada. “A proposta do governo Sartori é um cheque em branco para o governador. A EGR vai ter outro papel, que não é aquele para o qual foi criada. Esta pauta é um atraso para o Rio Grande do Sul”, comentou o deputado Zé Nunes (PT). Para o diretor-presidente da EGR, Nelson Lidio Nunes, a gestão da empresa será mais eficiente, pois poderá ampliar sua receita com o mesmo quadro de pessoal. “A empresa deixa de existir para a cobrança de pedágios e passa a ter foco na administração de rodovias”, explica. Segundo ele, a mudança no número de conselheiros também reduzirá custos. “Com a possibilidade de administrar toda a faixa de domínio de suas rodovias, a empresa pode explorar espaços comerciais, que é outra inovação da lei.” A EGR tem sob sua responsabilidade 14 praças de pedágio e 892 quilômetros de rodovias que recebem um volume de tráfego de mais de 40 milhões de veículos por ano.


05.05.2016

Governo inclui 16 novos trechos de rodovias para leilão Grande parte das ofertas de concessões de estradas planejadas pelo governo terá de sofrer uma forte revisão de modelo para sair do papel O governo brasileiro publicou esta semana a inclusão no Programa Nacional de Desestatização (PND) dos 16 trechos de rodovias que pretende conceder à iniciativa privada. Agora, só falta combinar com o mercado. Seja com Dilma Rousseff ou com Michel Temer na presidência, o fato é que grande parte das ofertas de concessões de estradas planejadas pelo governo terá de sofrer uma forte revisão de modelo para sair do papel. “O modelo atual de concessão está esgotado. Os melhores trechos já foram repassados à iniciativa privada. Se continuarmos com as mesmas regras, teremos pedágios com preços inviáveis, e a população tem reagido a isso”, diz Carlos Campos, economista e especialista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os 16 trechos de estradas foram anunciados pelo governo em junho de 2015, mas até hoje não foi possível leiloar nem um trecho sequer. O cronograma original previa cinco leilões de rodovias em 2015 e outros 11 este ano, mas, nenhum aconteceu. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está com dois editais prontos para licitar a chamada Rodovia do Frango, em Santa Catarina, e a BR-163, no Pará. No entanto, será preciso aguardar, porém, o desfecho político do país. Nos últimos meses, as duas estradas tiveram suas propostas completamente alteradas para tentar despertar o interesse dos investidores.


04.05.2016

ANTT vai conceder incentivos fiscais a concessionárias por obras rodoviárias Agência concederá incentivos fiscais em obras de infraestrutura A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai habilitar concessionárias de rodovias e ferrovias ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura – Reidi. Trata-se da desoneração fiscal para a execução de projetos de infraestrutura. As diretrizes para a emissão dos atestados de habilitação das concessionárias para exploração da infraestrutura e dos serviços de transporte constam na Resolução nº 5.082, divulgada no Diário Oficial da União (DOU) de 2 de maio e estão dentro do que trata a portaria nº 124 do Ministério dos Transportes. A agência emitirá, dentro de 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período, documento declarando que o benefício do Reidi foi considerado no cálculo do preço do projeto no âmbito dos contratos de concessões ferroviárias, ou se foi considerado o cálculo da tarifa dos contratos de concessões da infraestrutura rodoviária. Depois de concluído o prazo, ou após o término do projeto enquadrado no Reidi e com o recebimento de pedido da concessionária, a ANTT emitirá em até 15 dias, contados da data da solicitação, atestado de execução parcial ou integral da entrada em operação do empreendimento. O Reidi foi criado pela Lei nº 11.488/2007, como forma de ampliar as implantação de projetos de infraestrutura. É beneficiária do regime a pessoa jurídica que tenha projeto aprovado para implantação de obras de infraestrutura nos setores de transportes, portos, energia, saneamento básico e irrigação. O incentivo fiscal do Reidi consiste na suspensão da incidência das contribuições para PIS (1,65%) e Cofins (7,6%) sobre as receitas decorrentes de aquisições destinadas à utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao seu ativo imobilizado.


05.05.2016

Passagem da tocha olímpica pelas rodovias federais concedidas terá apoio das concessionárias Com a chegada do fogo olímpico ao solo brasileiro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) organizou a passagem do comboio responsável pela chama no percurso pelas rodovias federais concedidas. O símbolo das Olímpiadas de 2016 vai viajar por todo o Brasil, durante cerca de 90 dias, passando por mais de 300 cidades. A ANTT é responsável por apoiar as autoridades envolvidas e garantir a segurança, conforto e fluidez dos segmentos sob sua competência. O comboio principal é composto por 31 veículos. Além disso, a Agência vai disponibilizar uma viatura caracterizada, um veículo administrativo da concessionária em cada trecho, uma ambulância e um guincho leve para evitar qualquer circunstância negativa. ANTT nas Olimpíadas – A tocha olímpica chegou à capital federal nesta terçafeira, onde começa a trilhar seu caminho rumo ao Rio de Janeiro, sua parada final. A primeira rodovia federal concedida por onde passará, no dia 6/5, será a BR153/GO, sob a administração da Concebra. As unidades regionais da ANTT providenciarão o apoio necessário para cada trecho percorrido, por meio dos Centros Integrados de Comando e Controle, sob coordenação da Secretaria Especial para Grandes Eventos (SESGE). A Agência participou de todas as etapas da organização do evento, fazendo parte dos grupos da Secretaria Especial para Grandes Eventos (Ministério da Justiça), Tocha Olímpica (Presidência da República) e Geolímpiadas e Parolimpíadas (Ministério dos Esportes).

29.05.2016

Rio terá pelo menos 100 carros elétricos para aluguel; licitação sai amanhã A Prefeitura do Rio publicou hoje, no Diário Oficial, o aviso de licitação do sistema de aluguel de carros elétricos. Amanhã, sai o edital. Funcionará assim: a empresa que ganhar a licitação terá de colocar à disposição no mínimo 100 carros para serem alugados, que poderão ser carregados em 50 estações, no Centro e na Zona Sul, em locais como a Praça Mauá, o campus da UFRJ na Praia Vermelha e a Av. Bartolomeu Mitre, em Ipanema.


05.05.2016

EMTU rompe contrato com construtora por atraso nas obras do corredor de ônibus da região de Campinas ADAMO BAZANI

A EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos informou na tarde desta quinta-feira, 5 de maio de 2016, que rompeu o contrato com a construtora Estacon Engenharia S/A, responsável por parte das obras do corredor BRT Noroeste, da região de Campinas, no interior de São Paulo. Segundo a gerenciadora de transportes metropolitanos, deve ser realizada uma nova licitação. Na versão da EMTU, o rompimento de contrato ocorreu porque a construtora não cumpriu os prazos estipulados para as obras. Já a empreiteira disse que o rompimento ocorreu porque o valor previsto no início do contrato não deu cobertura para todo o serviço. Segunda empresa, o valor inicial era de R$ 141 milhões e foi reajustado para R$ 169 milhões. Mesmo assim, ainda de acordo com a construtora, não teria sido suficiente. A EMTU ainda informou que aplicou seis multas à construtora no valor de R$ 1 bilhão e 75 milhões. A empreiteira diz que as multas somam R$ 300 mil e que recorreu. O corredor Metropolitano Biléo Soares deve ter 47,4 km ligando Campinas aos municípios de Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa, Monte Mor, Americana e Santa Bárbara D’Oeste. A obra completa deveria ter sido entregue em janeiro deste ano. Mas agora, a nova previsão é para 2017. A partir do próximo sábado, dia 7, começa a operação parcial do Terminal Metropolitano de Americana, na região de Campinas, no interior de São Paulo, que faz parte do sistema. Serão 48 linhas no local, sendo 15 metropolitanas e 33 municipais.


02.05.2016

Excesso de carga aumenta risco de acidentes nas estradas Um caminhão com excesso de carga tem a eficiência dos freios reduzida pela metade. É o que aponta o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) no primeiro dia da campanha “31 Dias para mudar o trânsito”, que começa nesta quarta-feira (4), como parte das atividades do Maio Amarelo. Segundo o último anuário estatístico do Detran, que compila informações das Polícias Rodoviárias Federal e Estadual, Polícia Militar e prefeituras, em 2014 foram 5.063 acidentes com vítimas envolvendo caminhões no Estado. “O problema é que quando o motorista precisa acionar os freios em uma situação inesperada, de forma brusca, o veículo está preparado tecnicamente para suportar o peso. Assim, além de colocar a própria vida em risco, acaba arriscando a segurança dos demais companheiros de estrada”, comenta o diretor-geral do Detran, Marcos Traad. Dados da Seguradora Líder, responsável pelo Seguro DPVAT, mostram que das indenizações pagas em todo Brasil, 38% envolviam pagamentos por morte de motoristas, 38% de pedestres e 24% de passageiros. “O sistema de frenagem está ajustado para um determinado peso que, se não corresponde ao que o veículo está transportando, derruba pela metade a eficiência dos freios”, explica o engenheiro da Transtech Engenharia e Inspeção Ltda, Rubem Melo. Estradas Outro problema causado pelo excesso de carga é o desgaste das estradas. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), um caminhão com 50% de excesso de carga causa 10 vezes mais danos ao pavimento do que se estivesse com o peso normal. Campanha O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) criou uma estratégia diferente para chamar a atenção para a prevenção de acidentes e redução do número de vítimas no trânsito. Como parte das ações do movimento Maio Amarelo, a autarquia criou 31 pequenas campanhas publicitárias, com duração de um dia cada uma, sobre atitudes que podem fazer a diferença. Os vídeos mostram depoimentos baseados em fatos reais e serão exibidos, um por dia, no site www.detran.pr.gov.br/maioamarelo e nas redes sociais do Detran.


06.05.2016

EXCLUSIVO: São Paulo poderá ter paralisações de ônibus a partir da próxima ADAMO BAZANI

Quem depende de transporte por ônibus na cidade de São Paulo pode enfrentar problemas a partir desta terça-feira, 10 de maio de 2016. Já os moradores do ABC Paulista podem sofrer com greve parcial de ônibus na segunda-feira. O Sindmotoristas – Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo informou em primeira mão ao Blog Ponto de Ônibus que a partir de terça, a categoria deve realizar paralisações espalhadas na cidade e que, na próxima sexta-feira, dia 13 de maio, será realizada uma greve que afetaria todas as empresas de ônibus, incluindo as viações do subsistema estrutural e as ex-cooperativas, do subsistema local. Os veículos sairiam nos primeiros horários, mas ainda na parte da manhã parariam no meio do trajeto, afetando também o trânsito. Os terminais seriam fechados. O motivo, segundo a entidade trabalhista, é que ainda não houve acordo com as empresas de ônibus a respeito do reajuste salarial de motoristas, cobradores e demais funcionários dos transportes. A categoria pede reposição da inflação acumulada mais aumento salarial real de 5%. Além disso, os trabalhadores querem R$ 2000 de PLR – Participação nos Lucros e Resultados e vale-refeição de R$ 25. Segundo o sindicato, na próxima terça-feira às 11h, haverá uma reunião com os empresários na Secretaria Municipal de Transportes com a presença de representantes da prefeitura para tentar por fim ao impasse. No entanto, se não houver acordo, ainda segundo o sindicato, as primeiras paralisações devem ocorrer logo em seguida. O sindicato diz que não recebeu nenhuma proposta das empresas de ônibus sobre a campanha salarial que está em andamento.


Greve de ônibus no ABC pode afetar 90 mil na segunda-feira Passageiros que dependem de 40 linhas de ônibus no ABC Paulista e em parte da capital podem enfrentar dificuldades na próxima segunda-feira, dia 9 de maio. Trabalhadores de sete empresas de ônibus ameaçam cruzar os braços alegando atrasos nos pagamentos. As empresas que devem ser afetadas são EAOSA- Empresa Auto Ônibus Santo André, Viação São Camilo, Urbana Santo André, Viação Ribeirão Pires, Viação Riacho Grande, Viação Triângulo e Viação Imigrantes. As viações operam na Vila de Paranapiacaba e nos municípios de Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e São Paulo. As companhias atendem em torno de 90 mil passageiros por dia. De acordo com o sindicato que representa os rodoviários no ABC, as empresas do grupo de Baltazar José de Sousa atrasaram o pagamento de cerca de 2 mil funcionários. O empresário, que é considerado pela Justiça o maior devedor individual da União, com débitos de impostos que somam R$ 1 bilhão, propôs pagamento escalonado até quarta-feira, dia 11. A proposta foi rejeitada pelos rodoviários. Baltazar alega que não recebeu da EMTU –Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, gerenciadora das linhas intermunicipais, R$ 4,3 milhões referentes a gratuidades e descontos de meia passagem. O empresário ainda reclama que a gerenciadora reteve R$ 1,5 milhão, cobrando taxas e que repassou do total R$ 93 mil até agora para as empresas. A EMTU não se manifestou sobre os valores. Estas empresas de Baltazar atuam na área 5, correspondente ao ABC Paulista, a única das regiões metropolitanas do Estado onde as empresas operam sem contratos de licitação, apenas com permissões precárias, pelo fato de os empresários da região esvaziarem as seis tentativas de licitação pela EMTU desde 2006. A gerenciadora cogita na licitação prevista para este ano extinguir a área 5 e anexar os serviços às outras quatro áreas operacionais da região metropolitana de São Paulo. Se a paralisação prometida ocorrer mesmo nesta segunda-feira, também devem ser afetadas as linhas de ônibus municipais do lote 05 do Consórcio União Santo André, operadas pela Empresa Urbana Santo André.


04.05.2016

Prefeitura abriu Ciclovia Tim Maia sem ver cálculo da obra RIO - A Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, foi inaugurada em janeiro sem que a prefeitura tivesse um documento considerado fundamental para a checagem de sua segurança. Fontes ligadas à investigação do desabamento que, no último dia 21, provocou a morte de duas pessoas, informaram ao GLOBO que o consórcio Contemat-Concrejato fez a obra sem entregar à Fundação Geo-Rio a chamada memória de cálculo, na qual estão todas as contas que embasaram o projeto executivo da estrutura, elaborado pelo grupo de empresas. Segundo especialistas, é praxe as empresas responsáveis por uma construção, a pedido do contratante (no caso, o município), apresentarem o documento. Técnicos da Geo-Rio alegam terem pedido várias vezes a memória de cálculo ao consórcio. A memória de cálculo é considerada muito importante porque permite detectar problemas no planejamento de uma obra. De acordo com a Norma 7.187 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): “O memorial de cálculo deve ser iniciado com uma indicação clara do modelo estrutural adotado, com as dimensões principais, características dos materiais, condições de apoio, hipóteses de cálculo e outras informações que sejam necessárias para defini-lo”. MATERIAL É INDISPENSÁVEL O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Reynaldo Barros, diz que o documento é indispensável para qualquer projeto. Uma memória de cálculo, por exemplo, fez parte do projeto básico da ciclovia elaborado pela Geo-Rio. — Você precisa ter todos os cálculos necessários para definir como o projeto executivo será realizado. O normal é a memória ser fornecida de imediato. O contratado deve ter essas informações. Se não tem, é um erro — disse Barros. Professor da Uerj, o engenheiro elétrico Alexandre Rojas destacou que a ausência do documento é mais um sinal de que a obra da ciclovia apresentava lacunas: — Se a prefeitura não exigiu, foi uma falha da contratante. A licitação não prevê essa obrigatoriedade (da entrega da memória de cálculo), mas a documentação pertence ao dono da obra. Em nota, a Secretaria municipal de Obras afirmou que “os cálculos são feitos durante o projeto executivo, que ficou a cargo do consórcio” e que “tais documentos já foram disponibilizados, a pedido da Geo-Rio, pelo consórcio a todos os órgãos que investigam o incidente”. Já o grupo Contemat-Concrejato disse que só vai se pronunciar após o fim das investigações.


06.05.2016

Começa prazo para envio de sugestões sobre concessão de quatro aeroportos Começa hoje (6) a audiência pública para colher sugestões sobre o edital de concessão de quatro aeroportos internacionais: o de Salvador, Deputado Luís Eduardo Magalhães; o de Porto Alegre, Salgado Filho; o de Florianópolis, Hercílio Luz; e o de Fortaleza, Pinto Martins. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a audiência vai durar 45 dias, com sessões presenciais nas cidades onde estão os terminais a serem leiloados. Segundo dados da Anac, o aeroporto de Salvador apresenta a maior movimentação anual: 9 milhões de passageiros. Em seguida vem o de Porto Alegre, com movimentação de 8,4 milhões; Fortaleza, com 6,3 milhões de passageiros; e, por último Florianópolis, com 3,7 milhões de passageiros. Somados, são mais de 27 milhões de pessoas que equivalem a 11,6% dos passageiros de todo o Brasil. O edital prevê ainda a possibilidade de o mesmo grupo econômico vencer a disputa para mais de um aeroporto, desde que não estejam na mesma região geográfica. O valor mínimo para aquisição da concessão do aeroporto de Salvador é R$ 1,490 bilhão, o segundo maior investimento, ficando atrás do de Fortaleza, que tem lance mínimo superior a R$ 1,5 bilhão. O lance mínimo para operacionalização do terminal de Porto Alegre se aproxima dos R$ 729 milhões e o de Florianópolis é de R$ 328 milhões. Somando os valores dos quatro aeroportos em processo de desestatização, o montante ultrapassa R$ 4 bilhões. Por indicação do Tribunal de Contas da União, os novos operadores deverão garantir o emprego dos funcionários da Infraero, que já trabalham nos aeroportos leiloados, até o dia 31 de dezembro de 2018. Além das obras de grande porte, os vencedores das concessões devem tomar ações imediatas como a melhoria das condições de utilização dos banheiros e fraldários do aeroporto, disponibilização de internet wifi gratuita de alta velocidade, melhoria do sistema de iluminação no acesso aos terminais, melhoria nos sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes, elevadores, esteiras de bagagens e correção em infiltrações, fissuras, manchas e desgastes nas estruturas. Todas essas ações devem ser concluídas até o término da transição operacional do aeroporto.


29.04.2016

UberPool traz compartilhamento de corrida entre estranhos para SP Um ano e oito meses após o Uber liberar o compartilhamento de carros e da conta por mais de um usuário em San Francisco, na Califórnia, metade das viagens passou a ser feita assim. Chamada de UberPool, a modalidade mais barata para os usuários e rentável para motoristas estreia nesta sexta-feira (29) em São Paulo. A chegada de um dos serviços mais populares do Uber à capital paulista ocorre dois dias depois de vereadores municipais adiarem a votação de uma lei que regulamentaria aplicativos de carona e compartilhamento de carros. "A ideia é colocar mais gente dentro do carro", explica Fabio Sabba, porta-voz da empresa no Brasil. "Quanto mais gente sentado, mais você consegue tirar carro da rua e pagar menos." Depois de a cidade californiana ser a primeira a receber o UberPool, o serviço se tornou uma porta de entrada para novos usuários por ser "cool" e cobrar menos. Desde então, 3 milhões de pessoas começaram a usar o Uber atraídos por essa opção. Quando os usuários optam pelo compartilhamento, o app analisa se há alguém em seu caminho que vai para o mesmo destino ou que possa ficar no meio do caminho. Se elas estiverem relativamente próximas, de modo que pegar a segunda não vá atrapalhar muito a viagem da primeira, pronto, está feito o "match" (para quem estranhou o termo, associado às combinações do Tinder, não se assuste, pois é assim mesmo que o Uber trata a ação: "Quando a gente fala 'match' aí é mais no sentido de casar [o destino] de duas pessoas", brinca Sabba.). Depois disso, o sistema mostra ao motorista qual roteiro seguir, considerando todas as escalas. Para Sabba, sentar-se ao lado de um desconhecido não será incômodo. "Eu não acho que isso seja um problema, porque você fica ao lado de estranhos mais


vezes do que imagina. No cinema, fica duas horas com um cara que você não conhece do seu lado e acha normal." As tarifas não são exatamente rateadas igualmente entre os vários passageiros. Ainda assim, a conta fica mais leve porque um desconto de 10% a 40% é aplicado sobre o valor total. Os motoristas também saem ganhando. Em vez dos 25% recolhidos pelo Uber, destinam 10% do preço final quando não há "matches". Quando há combinações, a fatia do Uber sobe para 30% -- nesses casos, porém, o valor pago é maior por haverem mais pessoas no carro. Apesar de o Uber operar em 413 cidades no mundo todo, só em 34 é possível rachar o pagamento com estranhos. A capital paulista é apenas a segunda na América Latina em que a empresa oferece a opção de serviço. "Só funciona quando você tem uma quantidade razoável de usuários e motoristas. A gente acredita que São Paulo agora tem essa densidade", explica Sabba. "A cidade é gigante e tem muita gente usando. Segundo, tem um trânsito considerável. Ou seja, tem um desafio de mobilidade." O executivo prefere não comentar quais outras cidades brasileiras podem receber o UberPool. Por mês, o Uber cresce 30% no Brasil (em números de motoristas e usuários) -- a empresa tinha 10 mil motoristas e um milhão de usuários no Brasil, quando estava em oito cidades em janeiro. De lá pra cá, Salvador e Recife entraram na conta. Nesta sexta, é a vez de Fortaleza.

28.03.2016

Teste do VLT revela figura do 'varredor de trilhos' RIO - Mais um teste do VLT no Centro do Rio, feito nesta quarta-feira, colocou em cena dois tipos cariocas. Um deles é bem conhecido, o "tranca cruzamento". Já o outro era até então desconhecido na cidade: o "varredor de trilhos". É que para que o veículo pudesse passar, funcionários da obra iam na frente do trem, varrendo as folhas que caíram sobre os trilhos, como mostra o vídeo acima. Enquanto isso, o VLT seguia as vassouras em velocidade reduzida. A imagem lembra o esporte de inverno curling, que ganhou o gosto dos brasileiros nas transmissões pela televisão. Na modalidade, um atleta atira uma pedra sobre uma pista de gelo, enquanto outros vão "varrendo" a pista para que o objeto deslize mais ou menos até o alvo. Outro problema que ficou evidente no teste foi o hábito carioca de motoristas de ônibus e também de carros particulares de fechar os cruzamentos. Para que o VLT pudesse passar durante o teste, na esquina das avenidas Rio Branco e Almirante Barroso na manhã desta quarta, foi preciso que seis operadores de trânsito da CET-Rio tentassem insistentemente livrar o cruzamento dos veículos que o obstruíam com o engarrafamento. A previsão da prefeitura é que o VLT seja inaugurado no dia 22 de maio. A primeira linha ligará a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont, com 18 paradas e um tempo de percurso estimado em 30 minutos.


05.05.2016

App ajudará cariocas e turistas a usarem os transportes públicos na Rio 2016 As Olimpíadas estão chegando e com ela um número enorme de turistas e, certamente, cheio de dúvidas de como usar os transportes públicos da cidade e os cariocas também. Dia destes estive na Presidente Vargas e não achava o ônibus para voltar para casa, acabei pegando um táxi…. sério… Uma das formas de retirar estas dúvidas é o uso da tecnologia, então como parte integrante do Plano Olímpico de Mobilidade, será possível planejar viagens em qualquer modal da cidade, utilizando aplicativo de smartphone. Para que isso fosse possível, a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), padronizou e unificou dados de todos os transportes disponíveis no Rio — ônibus, BRT, VLT, trens, metrô, vans, barcas e teleféricos. O banco de dados Data Rio, que ficará de legado após os Jogos, foi disponibilizado para aplicativos do mercado. O Moovit foi o primeiro aplicativo oficial de transporte público homologado por atender os requisitos exigidos pelo município. Ao todo, são mais de 50 km de linhas e novos serviços mapeados, interligando o sistema de transporte às regiões de competição – na Barra, Deodoro, Maracanã e Copacabana. Por meio do app, o usuário terá informações sobre trajetos de linhas de ônibus e serviços dos demais modais, indicações dos locais de competição, além das rotas olímpicas. Com isso, o passageiro poderá planejar viagens


utilizando diferentes tipos de transporte e tendo conhecimento prévio sobre a disponibilidade dos serviços. Além disso, durante os Jogos Rio 2016, um integrante do Moovit acompanhará os trabalhos do Comitê Olímpico de Mobilidade – que reúne representantes de vários órgãos da Prefeitura – no Centro de Operações Rio (COR), de onde as informações sobre trânsito e transporte serão monitoradas em tempo real. Associando dados oficiais às informações de usuários na comunidade do app, o Moovit poderá indicar os trajetos mais rápidos ou curtos aos passageiros. O banco de dados Data Rio, elaborado pelo Comitê de Mobilidade, formado pela Secretaria Municipal de Transportes, Governo Estadual, Centro de Operações Rio e Iplan Rio, reúne informações em tempo real sobre os transportes da cidade: itinerários, localização de pontos e estações, tempo de intervalos, entre outros. Acessibilidade para todos

Para garantir que as informações estejam disponíveis ao maior número de pessoas, o Moovit está disponível em 35 idiomas, incluindo português, inglês, espanhol e francês. Outra importante novidade é que, atendendo a um dos requisitos da Prefeitura, o app também conta com recursos de acessibilidade que permitem sua utilização por pessoas com deficiência visual – opção disponível para celulares equipados com os sistemas iOS e Android. Integrado às funcionalidades VoiceOver e TalkBack (para iOS e Android, respectivamente), o Moovit têm todas as suas telas acessíveis. Essas funcionalidades permitem que o usuário pressione seu dedo na tela do celular e, então, ouça qual botão ou ícone está sendo visualizado, facilitando a navegação e permitindo que deficientes visuais planejem suas viagens e rotas com mais facilidade. O Moovit estará disponível também em versão web no site oficial para o turista, o www.visit.rio, que indica as melhores opções de lazer, gastronomia e locomoção pela cidade. Pelo app, os usuários poderão ainda compartilhar rotas e trajetos com seus contatos via e-mail e redes sociais.


02.05.2016

Faixas exclusivas são aposta das cidades para resolver o trânsito. Mas será que são eficazes? Para parte dos motoristas de automóveis particulares, ficar parado no trânsito enquanto o ônibus, a bicicleta e até o pedestre a ultrapassa em faixas exclusivas pode parecer uma injustiça. Mas a segmentação da via pública por diferentes modais vem sendo uma medida recorrente em grandes cidades para resolver congestionamentos. Priorizando o transporte coletivo e a bicicleta, gestores públicos acreditam que diminuirão a quantidade de automóveis particulares no dia a dia das metrópoles. Com um histórico de vias segregadas ao transporte coletivo, Curitiba dá os primeiros passos na implantação das faixas. Essa estrutura mais simples de priorização do ônibus, com tinta e tachões, já está disseminada em cidades populosas como Londres, São Paulo, Rio de Janeiro e Bogotá e até em municípios médios como Juiz de Fora (MG) e a paranaense Londrina. Luiz Carlos Mantovani Néspoli, superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), explica que as faixas e os corredores segregados devem ser projetos complementares. “Cada projeto se adapta para o perfil da via onde ele está sendo implantado”, disse Néspoli. A canaleta, por exemplo, é perfeita para vias com características expressas como a Linha Verde ou a Avenida das Torres (quando já não houver mais torres). Mas já não é a melhor solução para vias arteriais, como as ruas XV de Novembro e Conselheiro Laurindo -- ambas com projetos já implementados. A segregação das vias e o estímulo ao transporte coletivo surgem como alternativas ao alargamento do sistema viário, modelo que se mostrou pouco eficaz no médio prazo. Paulistanos que o digam. Em 2010, o então prefeito José Serra concluiu uma obra de R$ 1,5 bilhão para alargar a Marginal Tietê. Cinco anos depois, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgou que os congestionamentos por ali aumentaram, em média, 80%. Mas especialistas apontam que a implantação da faixa tem de vir acompanhada de outras medidas. “Precisa haver racionalização da frota coordenada com a demanda. Em São Paulo, a impressão inicial era de que as faixas não davam certo. Mas hoje já não há mais questionamentos”, defendeu Lincoln Paiva, presidente do Instituto Mobilidade Urbana. A capital paulista conviveu com um fenômeno comum pós-implantação das faixas. Como os ônibus circulavam mais rapidamente, eles chegam antes ao destino e passavam a ficar mais tempo parados no ponto final. Por isso, há a necessidade de adequar as tabelas de horários de partidas nas linhas beneficiadas com os corredores exclusivos. São Paulo ganhou 410 quilômetros de faixas exclusivas nos últimos três anos. Até então, havia 90 quilômetros. No ano passado, a prefeitura divulgou que a velocidade média do transporte coletivo na cidade aumentou 67,5% – passando de 12,1 Km/h para 20,3 Km/h. Também no ano passado, a pedido da Gazeta do Povo,


a Urbs apresentou dados que mostraram redução no tempo de viagem das linhas que trafegavam nas faixas já instaladas em Curitiba. Salvador suspendeu faixas por ter congestionado linhas de ônibus Crítica comum feita por motoristas de automóvel particular, o congestionamento causado pela implantação de faixas exclusivas de ônibus fez a prefeitura de Salvador rever a implantação de duas faixas na capital baiana. Em novembro de 2013, as avenidas Juracy Magalhães Júnior e ACM chegaram a ganhar esses corredores. Mas dias depois da implantação, a fiscalização foi suspensa.?À época, a justifica do município foi de que a via acabou congestionando o tráfego dos ônibus que circulavam por ali porque havia muitas linhas. A promessa era de que mais estudos fossem feitos no local para a retomada da priorização. Mas até hoje as faixas permanecessem desativadas, apesar de outras terem sido implantadas em outras vias de Salvador. Apesar de defender a política de priorização do transporte coletivo como um todo, o arquiteto e urbanista Lucio Gomes Machado afirma ser um “mito” imaginar a extinção dos automóveis particulares nas grandes cidades.”É claro que o transporte coletivo tem de crescer. Mas São Paulo, por exemplo, é caracterizada por uma diversidade de serviços e as pessoas precisam estar em vários lugares da cidade durante um mesmo dia, microcapilaridade que o transporte coletivo não consegue fazer. Então , vamos ter que continuar resolvendo problemas viários, especiais e de estacionamento.”, afirma.


AGENDA 2016 JUNHO XI Seminรกrio Nacional Metroferroviรกrio 14 de junho - Rio de Janeiro


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