Fim de Semana ARTESP - edição 55

Page 1

EDIÇÃO 55 – 13 DE MAIO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105


09.05.2016

Frota circulante no Brasil cresceu 2,5% O Relatório da Frota Circulante elaborado com dados até 2015 apontou um total de 42,6 milhões de veículos em uso e aumento de 2,5% no número de veículos do Brasil na comparação com 2014. O crescimento foi menor que o de anos anteriores como reflexo da menor entrada de veículos novos no mercado. Como comparação, de 2011 para 2012 a alta registrada foi de 7,4%. Os novos números foram elaborados pelo Sindipeças, entidade que reúne fabricantes de componentes automotivos. Os automóveis atingiram 35,3 milhões de unidades e cresceram 2,5% assim como a frota total. A maior alta, 3,2%, ocorreu para os comerciais leves, que atingiram 5,05 milhões de unidades em 2015. O menor crescimento, 0,4%, ocorreu com para a frota de ônibus, que totalizou 389,1 mil veículos no ano passado. Foram registrados também 13,6 milhões de motocicletas nas ruas em 2015, número 1,3% maior que o obtido no ano anterior. A idade média de todos os segmentos analisados subiu. A dos automóveis passou de oito anos e nove meses para nove anos. Segundo o Sindipeças, 37% da frota total de veículos tem entre um e cinco anos de idade. Outros 44% têm entre seis e 15 anos. Veículos com 16 a 20 anos respondem por 13% do total. Chama a atenção o envelhecimento gradativo das motos, que em 2011 tinham em média de cinco anos e um mês e em 2015 passaram a seis anos e seis meses, um reflexo direto da queda sucessiva nas vendas do setor desde 2012. O estudo por combustível aponta que de 2014 para 2015 os veículos flex passaram de 54,3% para 57,2% e aqueles a gasolina recuaram de 34,3% para 31,7%. Os modelos a diesel mantiveram participação estável em 9,8%. Os carros movidos exclusivamente a etanol eram 1,2% do total até o fim do ano passado.


11.05.2016

Fluxo de veículos pesados em rodovias concedidas cai quase 5% neste ano O movimento de veículos pesados nas rodovias administradas por concessionárias no Brasil caiu 4,9% entre janeiro e abril deste ano, na comparação com o mesmo período de 2015, outro resultado do enfraquecimento da atividade econômica no país. O trânsito de veículos leves também diminuiu, 1,4%. Já os resultados do fluxo total de veículos no quadrimestre apontam queda de 2,3%. Os dados são da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias),

em parceria com a Tendências Consultoria. Já o Índice ABCR de atividade de abril, na comparação com março apresentou alta de 0,2%, considerando dados livres dos efeitos sazonais. No período, o fluxo de veículos leves registrou aumento de 0,3% e o de pesados cresceu 0,9%, nessa mesma base de comparação. “Apesar de ser uma variação positiva, ainda é uma elevação moderada. O fluxo de veículo pesados, por exemplo, não reverte a queda registrada no mês anterior. A retração esperada para as atividades industrial e comercial fundamentam uma evolução ainda desfavorável para o fluxo de pesados nos próximos meses”, afirma Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria. “O mesmo acontece com os veículos leves. Apesar da elevação na base mensal, a tendência ainda é de retração já que o processo de deterioração dos indicadores de emprego e rendimentos limitam os deslocamentos de passeio”, completa. Em relação a abril de 2015, o índice total apresentou queda 4%. O fluxo de veículos leves recuou 4,3%, enquanto o fluxo de pesados teve queda menos intensa, de 2,9%.


09.05.2016

Nova lei modifica Código de Trânsito e aumenta valores de multas Uma nova lei publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5) promove diversas mudanças no CTB (Código de Trânsito Brasileiro). Entre elas, está o aumento dos valores das multas aplicadas por infrações de trânsito. A pontuação continuará a mesma: - Leves: passarão de R$ 53,20 para R$ 88,38 (3 pontos); - Médias: passarão de R$ 85,13 para R$ 130,16 (4 pontos); - Graves: passarão de R$ 127,69 para R$ 195,23 (5 pontos); - Gravíssimas: passarão de R$ 191,54 para R$ 293,47 (7 pontos). As novas regras começam a valer em 180 dias. Estacionamento e celular Conforme o texto, quem falar ao celular ou manusear o equipamento enquanto estiver dirigindo cometerá infração gravíssima (R$ 293,47 e 7 pontos). O mesmo valerá para quem estacionar irregularmente em vagas destinadas a pessoas com deficiência. Nesse último caso, além disso, o condutor terá o veículo removido. Excesso de peso As mudanças também tratam do excesso de carga. Até então, o Código de Trânsito estabelecia um adicional à multa, conforme o peso excedente, em Ufir (Unidade Fiscal de Referência). Com as alterações, os valores passam a ser especificados em reais, o que facilita o entedimento. Então, o infrator deverá pagar R$ 130,16, por estar cometendo uma infração média, mais a sanção equivalente ao peso da carga excedente: - R$ 5,32 até 600 kg; - R$ 10,64 de 601 kg a 800 kg; - R$ 21,28 de 201 kg a 1.000 kg; - R$ 31,92 de 1.001 kg a 3.000 kg; - R$ 42,56 de 3.001 kg a 5.000 kg; - R$ 53,20 acima de 5.001 kg.


Teste para detectar consumo de álcool e drogas O motorista que se envolver em acidente e, após determinação das autoridades de trânsito, se negar a fazer o teste do bafômetro, exame clínico ou perícia para identificar consumo de álcool ou drogas, cometerá infração gravíssima. A multa, acrescida de dez vezes, será de R$ 2.934,70 e o condutor terá o direito de dirigir suspenso por um ano. Suspensão do direito de dirigir O novo texto ampliou, ainda, os prazos mínimos de suspensão do direito de dirigir. Por exemplo, o motorista que somar 20 pontos da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) no período de um ano, ficará de seis meses a um ano sem poder conduzir um veículo. Se houver reincidência no período de 12 meses, perderá esse direito por, no mínimo, oito meses e, no máximo, dois anos. Antes, os tempos mínimos eram de um mês e, para reincidentes, de seis meses. Para as infrações que preveem, como punição, a suspensão do direito de dirigir, o prazo será de seis meses a um ano. Se houver reincidência em 12 meses, a suspensão vigorará de oito meses a um ano e meio. Motoristas habilitados nas categorias C, D ou E que trabalham com transporte poderão optar por participar de um curso preventivo de reciclagem sempre que, no período de um ano, atingirem 14 pontos. Os artigos que tratam desses temas ainda precisarão ser regulamentados pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Reajustes e publicidade Outra novidade é que os valores das multas poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran, respeitado o limite de variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação. Porém, o órgão deverá divulgar a alteração, pelo menos, 90 dias antes de entrar em vigor. O texto prevê, também, que o órgão responsável deverá publicar, na internet, a arrecadação anual com multas e a destinação dos recursos.


10.05.2016

Transporte rodoviário tem demissões por dia em MG

média

de

mais

de

100

Os transportadores rodoviários de cargas de Minas Gerais tiveram uma redução de cerca de 20% na demanda nos primeiros quatro meses de 2016, em relação ao mesmo período de 2015. Os efeitos da recessão econômica têm sido cada vez mais preocupantes para o setor: sem serviços, não há receita e nem é possível manter o quadro de funcionários, gerando cortes de pessoal. Conforme o presidente da Fetcemg (Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais), Vander Costa, cerca de 130 demissões por dia têm sido registradas. “ O empresário segurou tudo o que pôde, porque é mão de obra qualificada que se perde. Mas como a economia não reagiu, teve que cortar, para salvar a empresa”, diz ele. Dados da entidade apontam, também, que há de 12 mil a 15 mil caminhões parados no estado. “Com o mercado em recessão, não há nem quem queira comprar os caminhões. Nem o banco, nos casos de financiamento, quer retomar, porque não tem onde colocar o caminhão retomado. A situação está muito difícil”, explica Vander Costa. Entre os principais fatores para isso está a queda na atividade industrial e no transporte de minério. “O estrago feito na economia, até maio deste ano, é irreversível”, diz o presidente da Fectemg. A reversão desse cenário, avalia ele, passa por alterações significativas na política nacional: “O que esperamos é que haja uma mudança no governo e que o novo presidente venha com a capacidade para recuperar a credibilidade do mercado. O fundamental é ter credibilidade. Recuperar a economia não será fácil. Mas se as medidas certas forem tomadas, podemos ter resultados melhores em 2017”, complementa. Outro agravante é a falta de investimentos. De acordo com dados compilados pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), para 2016 o governou cortou em 11,8% os recursos destinados para infraestrutura de transportes. Enquanto isso, a má qualidade das rodovias brasileiras faz aumentar, em média, 25,8% o custo operacional do transporte, segundo a Pesquisa CNT de Rodovias 2015.


10.05.2016

Governo prepara privatização de estradas catarinenses Rodovias federais do Estado de Santa Catarina que serão concedidas à iniciativa privada terão, nos próximos dias os estudos de viabilidade técnica das empresas interessadas concluídos. O chamamento foi feito pelo Ministério dos Transportes em publicação na edição de 4 de maio do Diário Oficial da União (DOU). Serão entregues para exploração comercial os trechos da BR-163/282/SC, entre o entroncamento com a BR282/386 (São Miguel do Oeste) e a divisa Santa Catarina com o Paraná, e entre o entroncamento com a BR-480/SC-156 e a fronteira Brasil-Argentina; e BR-282/SC, entre o entroncamento com a BR-101 (Palhoça) e o entroncamento com a BR-470. Interessados deverão encaminhar os requerimentos ao Ministério dos Transportes até o final de junho. Ao final, as empresas selecionadas e autorizadas a realizar os trabalhos deverão apresentar os estudos em até 240 dias. Manutenção A estrada BR-222, no Maranhão, passa por obras de recuperação. A Superintendência Regional do DNIT no Maranhão realiza serviços de tapa buracos, revestimento asfáltico e recapeamento no trecho da rodovia que vai de Vargem Grande a Itapecuru-Mirim. “Quando os buracos são superficiais é realizada a operação tapa buracos. O remendo profundo é feito quando os buracos atingem a camada de solo. Já o recapeamento da capa asfáltica melhora a aderência da pista, proporcionando mais segurança aos usuários”, explica o engenheiro Elias Waquim, chefe da Unidade Local do DNIT em Pedrinhas. As obras estão em execução desde maio de 2015 e fazem parte do CONTRATO Nº UT-15.0342 /2015-00, de manutenção, conservação e recuperação na BR 222/MA, contemplando o trecho que vai da cidade de Chapadinha ao povoado Outeiro, com 142,60 Km de extensão. O Investimento da Autarquia é


11.05.2016

Justiça acata liminar da Fiep e fixa multa para quem bloquear rodovias O Poder Judiciário do Estado do Paraná fixou multa de R$ 250 mil por hora de bloqueios para “pessoas incertas e não sabidas”, que de “maneira autônoma e voluntária” se envolvam em eventuais novos bloqueios nas rodovias estaduais. A penalidade foi fixada a partir de uma limitar deferida em ação protocolada pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e tem como finalidade garantir que novos protestos, como os ocorridos nesta terça-feira (10), não impeçam a passagem dos veículos das indústrias. A decisão foi deferida ontem (10) e passa a valer imediatamente. Publicidade A liminar é extensiva a membros de movimentos sociais, simpatizantes ou pessoas que possam “impedir, obstaculizar ou dificultar a passagem” de caminhões e carros que estejam trafegando por conta e ordem de indústrias associadas a sindicatos filiados à Fiep nas rodovias estaduais do Paraná. Além disso, a liminar fixa multa “sem prejuízo das penalidades impostas no caso de crime de desobediência”. Solicita ainda a autorização de requisição de força policial para cumprimento das decisões. A ação protocolada pela Fiep cita os bloqueios relacionados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento Popular por Moradia contra a votação do impeachment ocorridos em abril e considera a eminência da votação do processo no Senado. O Poder Judiciário acatou os argumentos da Fiep de que os bloqueios comprometem o setor produtivo e decidiu que “em nosso país, o principal meio de transportes de cargas e produtos se dá por rodovias e, por seguinte, o bloqueio destas acaba por prejudicar o regular fluxo da atividade econômica, aquisição/ fornecimento de produtos/mercadorias/ matérias-primas, em âmbito intermunicipal ou interestadual, acabando por prejudicar a sociedade como um todo, ainda mais nesse momento de grave instabilidade política e séria crise econômica”.


12.05.2016

VERGONHA: Só 15 de 329 obras do PAC da Mobilidade ficaram prontas, diz balanço do Ministério das Cidades

Prefeito Fernando Haddad vistoriando obra de corredor de ônibus em São Paulo. Recursos do PAC estão atrasados. – Foto Arquivo

ADAMO BAZANI Com Gazeta do Povo / O Estado de São Paulo / O Globo / Arquivo Blog Ponto de Ônibus O número é impressionante, mas do ponto de vista negativo. De acordo com balanço feito em março pelo Ministério das Cidades, foram entregues apenas 15 obras de Mobilidade Urbana dos 329 projetos contratados com recursos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Outros 79 ainda estão em obras. Quase todos já deveriam ter sido concluídos, de acordo com os cronogramas iniciais. A grande maioria sequer saiu do papel, ou seja, 235 projetos de corredores simples de ônibus, BRTs- Bus Rapid Transit – corredores com maior capacidade, Veículos Leves sobre Trilhos e metrô, que poderiam ajudar o ir e vir das pessoas. Muitos estão sem qualquer previsão. Neste número, estão parte dos 173,4 quilômetros de corredores de ônibus prometidos pela gestão Fernando Haddad, em São Paulo, até o final de 2016, e a Linha Verde de corredores de ônibus e vias em Curitiba que só começaram a ganhar forma porque a prefeitura desembolsou pagamentos no lugar do governo federal que depois deve liberar a contrapartida.


Ao todo a Linha Verde deve custar R$ 277,3 milhões, sendo que R$ 179 milhões deveriam vir do PAC. O Legado da Copa do Mundo também foi apenas publicidade. Outro balanço, desta vez do Ministério do Esporte sobre o mundial revela que de 44 obras de mobilidade urbana previstas e que custariam R$ 22,68 bilhões, metade não estava concluída até o final de 2015. Os motivos são os mais diversos para estes números vergonhosos. O principal deles é a crise econômica que se originou com o descontrole das contas públicas. O quadro resultou na queda de arrecadação pela diminuição das atividades econômicas e do contingenciamento dos recursos do PAC. No ano passado, ao cortar de R$ 69,9 bilhões do Orçamento, no ajuste fiscal ao reconhecer o descontrole das contas públicas, o Governo Federal retirou R$ 27,6 bilhões de projetos da segunda fase do PAC, o que representa 37% do total de cortes. Há também localizados como, por exemplo, a difícil relação entre o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o TCM Tribunal de Contas do Município, que barrou a licitação de vários corredores de ônibus, suspeitas de erros na escolha do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos de Cuiabá e também, de uma maneira geral, erros em projetos por falta de capacitação técnica de estados e municípios, que impede a liberação de recuros. Das verbas destinadas para as obras do PAC de Mobilidade, que somariam R$ 143,5 bilhões, alguns modais receberam quase metade dos valores previstos, como os metrôs em diversas regiões do país, e outros tiveram parcelas pouco significativas, como corredores de ônibus e trens urbanos. Confira: – Corredores de ônibus: 134 que somam 2079 quilômetros de extensão – 14% dos valores previstos foram destinados de fato. – Corredores de ônibus – BRT: 50 que somam 898 quilômetros de extensão – 11% dos valores previstos foram destinados de fato – Metrô: 20 que somam 291 quilômetros de extensão – 47% dos valores previstos liberados de fato – Monotrilhos: 5 que somam 92 quilômetros de extensão – 12% destinados dos valores previstos. – VLTs – Veículos Leves sobre Trilhos: 17 que somam 274 quilômetros – 7% dos valores previstos foram liberados de fato. – Trens Urbanos/Metropolitanos: 5 que somam 257 quilômetros de extensãoapenas 4% dos valores previstos foram liberados de fato. – Aeromóvel: 2 que somam 13 quilômetros de extensão -receberam apenas 1% do valor previsto. – Corredores fluviais: 2 que somam 21 quilômetros de extensão – não receberam um centavo. – Estudos e projetos de mobilidade: 86 que receberam 4% dos valores previstos – Sistemas de mobilidade: 8 que também não receberam um centavo sequer do PAC


08.05.2016

VLT do Rio será aberto dia 22 em meio a polêmicas RIO - O primeiro trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no centro do Rio, entrará em operação no dia 22, ligando, de modo inédito, a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont. Especialistas em planejamento urbano e em transportes têm opiniões diversas sobre a novidade. Por um lado, o modal é elogiado por ser ecológico e de alta capacidade; por outro, criticado por desvirtuar o projeto original da Avenida Rio Branco, aberta há 111 anos. Obra vinculada à Olimpíada, o VLT é desaprovado por urbanistas ouvidos pelo Estado por ignorar a vocação da Rio Branco de ligar a Baía de Guanabara, da Praça Mauá (seu início), do lado do Porto, à Avenida Beira-Mar, junto ao Aterro (onde termina). O arquiteto e urbanista Luiz Fernando Janot, que representa o Rio no Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo, acha que o traçado deveria ter passado por consulta pública. “É equivocado e imediatista. Desvirtua um símbolo da história do Rio. As cidades são construídas paulatinamente por meio do diálogo com a sociedade.” Janot afirmou estranhar o fechamento do trânsito para a criação de um calçadão entre as Avenidas Nilo Peçanha e Presidente Wilson, trecho sem vida comercial, mas de importantes equipamentos culturais: Teatro Municipal, Biblioteca Nacional, Museu Nacional de Belas Artes e Centro Cultural da Justiça Federal. Ali, será criada uma ciclofaixa. Pedestres dividirão o espaço com ciclistas. O arquiteto e historiador Nireu Cavalcanti, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), questiona o fato de o trilho passar sobre o centro histórico da cidade – escavações no período das obras mostraram trechos de calçamento do século 19. “Não cabe interromper essa concepção belíssima, mudar o sentido urbanístico da avenida, que é um patrimônio nosso. Os governos são movidos pelos eventos, agora é a Olimpíada. O VLT é bonito? É. Mas é um equívoco.” Circunscrito ao centro, o VLT é tratado pela prefeitura como “símbolo da mudança na dinâmica social e econômica vivida pela cidade”. O fato de não fazer uso de cabos aéreos para captar energia elétrica (a alimentação é feita pelo trilho) é ressaltado como dado de modernidade. O modal se insere no contexto da revitalização da zona portuária. Os testes vêm sendo feitos desde o ano passado. A inauguração será em esquema de “soft opening”, ou seja, só por algumas horas por dia. Futuramente, o VLT funcionará 24 horas. Para o segundo semestre é aguardada a entrega do segundo trecho de trilhos, da estação ferroviária Central do Brasil à Praça 15, de onde partem as barcas para Niterói. Serão seis linhas, 28 quilômetros e 31 paradas. A tarifa custará R$ 3,80, o mesmo que os ônibus cariocas. Mas a estreia dos bondes, cujos trilhos vêm sendo instalado há dois anos, incluindo as escavações, suscita dúvidas quanto à segurança dos pedestres.


Embora o VLT tenha aviso sonoro, o costume dos cariocas de atravessar as ruas fora da faixa preocupa. Outra expectativa é com relação aos calotes. Como não haverá catracas, o usuário validará o bilhete por conta própria. Fiscais deverão estar nos bondes. Quem não tiver pago a tarifa será multado em R$ 170. Em caso de reincidência, o valor subirá para R$ 255.

Resgate. Especialista em engenharia de transportes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Alexandre Rojas vê no VLT um “ótimo modal”, mas que será necessário um tempo de adaptação da população tanto na questão da segurança quanto do pagamento. Ele acha “uma bobagem” críticas à sua implementação na Rio Branco. “O bonde existiu dos anos 20 aos 60, então também é um resgate da Rio Branco do passado”, afirmou.


11.05.2016

Porto de Santos ganha novo pátio de caminhões Enquanto o poder público tenta resolver a questão dos estacionamentos de caminhões no Porto de Santos, a iniciativa privada sai na frente e começa a pensar na qualidade e na segurança de caminhoneiros que atuam no transporte de produtos no cais santista. Na última semana, uma central de triagem e estacionamento particular começou a funcionar em um terreno na retroárea do complexo marítimo, em Cubatão. A iniciativa é da Raízen, empresa criada a partir de uma parceria entre o grupo sucroalcooleiro Cosan e a multinacional do setor energético Shell e que se tornou a principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do País, uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil e a maior exportadora individual de açúcar de canal no mercado internacional. No Porto de Santos, movimenta granéis líquidos – etanol (exportação) e combustíveis derivados de petróleo (importação). O novo pátio de triagem e estacionamento de caminhões da empresa foi instalado numa área de 22 mil metros quadrados na Estrada de Pilões, no bairro Fabril. E oferece uma estrutura básica para caminhoneiros. “Queríamos dar uma atenção aos motoristas e caminhões, tirá-los da frente do terminal, manter o motorista e a carga em segurança. Não queríamos ficar aguardando o poder público e resolvemos tocar o assunto”, explica o gerente de operações de Transporte da companhia, Eduardo Lucena. O executivo conta que a implantação deste centro foi motivada pela falta de organização na recepção aos motoristas no Porto. “Havia uma desorganização muito grande e condições ambientais não adequadas para esses trabalhadores. Queríamos uma operação melhor desenvolvida”, explicou. Para resolver o problema, o novo centro de triagem conta com um espaço para o estacionamento de 100 veículos de carga, além de vestiário e refeitório. A estimativa é de que passem pela instalação caminhões-tanques capazes de transportar 1,6 bilhão de litros de produtos por ano. O local ainda terá uma área administrativa, com escritório e espaço para cursos de capacitação profissional, e vigilância 24 horas por dia. “Estamos criando uma estrutura de agendamento, para definir os melhores caminhos e fazer a melhor operação”, afirmou Eduardo Lucena.


13.05.2016

Novas regras devem agilizar despacho de navios na cabotagem

Com o objetivo de agilizar o despacho de embarcações na navegação de cabotagem, a DPC (Diretoria de Portos e Costas) alterou, no dia 4 de maio, por meio da Portaria n°135, as Normas da Autoridade Marítima para Tráfego e Permanência de Embarcações em Águas Jurisdicionais Brasileiras – NORMAM-08. A novidade, o “Despacho por Período”, permite acelerar o procedimento nos despachos dos navios, que poderão ser realizados a cada 90 dias, ao contrário do procedimento utilizado anteriormente, o “Porto a Porto”, feito sempre quando da chegada da embarcação a um porto diferente. A NORMAM-08 estabelece os procedimentos administrativos para o tráfego e permanência de embarcações de bandeiras brasileira e estrangeira em nossas águas, visando à segurança da navegação, à salvaguarda da vida humana e à prevenção da poluição no meio aquaviário. As normas estabelecem como são os processos de despacho, realizados pelas capitanias dos portos, delegacias e agências subordinadas, mediante verificação de documentos da embarcação, com intuito de liberar sua saída de um porto ou terminal aquaviário. Ao agilizar o despacho de navios na cabotagem, a DPC aprimora a NORMAM-08, no sentido de melhorar a competitividade desse importante segmento do transporte marítimo nacional, que é a navegação realizada entre portos ou pontos do território brasileiro, utilizando a via marítima e as vias navegáveis interiores.


09.05.2016

Começa prazo para envio de sugestões sobre concessão de quatro aeroportos Começou a audiência pública para colher sugestões sobre o edital de concessão de quatro aeroportos internacionais: o de Salvador, Deputado Luís Eduardo Magalhães; o de Porto Alegre, Salgado Filho; o de Florianópolis, Hercílio Luz; e o de Fortaleza, Pinto Martins. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a audiência vai durar 45 dias, com sessões presenciais nas cidades onde estão os terminais a serem leiloados. Segundo dados da Anac, o aeroporto de Salvador apresenta a maior movimentação anual: 9 milhões de passageiros. Em seguida vem o de Porto Alegre, com movimentação de 8,4 milhões; Fortaleza, com 6,3 milhões de passageiros; e, por último Florianópolis, com 3,7 milhões de passageiros. Somados, são mais de 27 milhões de pessoas que equivalem a 11,6% dos passageiros de todo o Brasil. O edital prevê ainda a possibilidade de o mesmo grupo econômico vencer a disputa para mais de um aeroporto, desde que não estejam na mesma região geográfica. O valor mínimo para aquisição da concessão do aeroporto de Salvador é R$ 1,490 bilhão, o segundo maior investimento, ficando atrás do de Fortaleza, que tem lance mínimo superior a R$ 1,5 bilhão. O lance mínimo para operacionalização do terminal de Porto Alegre se aproxima dos R$ 729 milhões e o de Florianópolis é de R$ 328 milhões. Somando os valores dos quatro aeroportos em processo de desestatização, o montante ultrapassa R$ 4 bilhões. Exigências Por indicação do Tribunal de Contas da União, os novos operadores deverão garantir o emprego dos funcionários da Infraero, que já trabalham nos aeroportos leiloados, até o dia 31 de dezembro de 2018. Além das obras de grande porte, os vencedores das concessões devem tomar ações imediatas como a melhoria das condições de utilização dos banheiros e fraldários do aeroporto, disponibilização de internet wifi gratuita de alta velocidade, melhoria do sistema de iluminação no acesso aos terminais, melhoria nos sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes, elevadores, esteiras de bagagens e correção em infiltrações, fissuras, manchas e desgastes nas estruturas. Todas essas ações devem ser concluídas até o término da transição operacional do aeroporto.


10.05.2016

Inaugurado novo terminal de passageiros do aeroporto de Goiânia (GO) Após onze anos do início das obras, foi inaugurado, nessa segunda-feira (9), o novo terminal de passageiros do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO). Com as instalações, que receberam investimentos de R$ 467,4 milhões, o terminal passa a ter capacidade para receber 6,5 milhões de passageiros por ano, o dobro da movimentação registrada em 2015. A edificação, de dois andares e 34,1 mil m², tem novas pontes de embarque, balcões de check-in, elevadores, escadas rolantes, esteiras de restituição de bagagem e canais de inspeção (raio-x e detector de metal). Também fazem parte dos investimentos obras nas redes externas de pista de taxiamento e do pátio de aeronaves, vias de serviço internas e acesso viário, além de estacionamento de automóveis com 971 vagas. A Infraero já iniciou o trabalho de transição com as empresas aéreas e com os órgãos públicos do Aeroporto de Goiânia para o novo espaço. Isso inclui teste de equipamentos, da rede de comunicações e treinamento de funcionários. A estrutura deve entrar em funcionamento ainda neste mês, após a homologação pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Obras As obras do novo terminal de passageiros, iniciadas em 2005, ficaram paralisadas entre 2007 e 2013. Entre os motivos, estiveram irregularidades encontradas em auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), como sobrepreço. A retomada dos trabalhos ocorreu após a atualização dos projetos pela Infraero e pelo consórcio construtor, com parecer favorável do Tribunal.


13.05.2016

Ônibus de BH vão transportar bicicletas ADAMO BAZANI

A prefeitura de Belo Horizonte publicou no Diário Oficial desta sexta-feira, 13 de maio de 2016, a portaria 063/ 2016 que autoriza o transporte de bicicletas nos ônibus da cidade. No entanto, há algumas restrições. Dentro dos ônibus municipais do tipo convencional, só serão permitidas bicicletas dobráveis com aro de até 20 polegadas. A bicicleta deve ficar preferencialmente no box para cadeira de rodas ou cão-guia desde que não estejam no veículo passageiros que necessitam de acompanhamento do cão ou usem cadeira de rodas. Nos ônibus articulados do sistema MOVE BH e nas estações de integração, as bicicletas também podem ser não dobráveis. No entanto, elas só podem ser transportadas nos veículos que contenham suportes internos de segunda a sextafeira após as 20h30 e aos sábados após as 14h. Aos domingos e feriados a circulação é livre o dia todo. De acordo com a portaria assinada pelo presidente da BHTrans, Ramon Victor César, a medida é experimental por três meses SÃO PAULO PERMITIRÁ EM SUPERARTICULADOS: Já na Capital Paulista, dentro de seis meses, entra em vigor a Portaria nº 032/16, assinada pelo secretário de transportes, Jilmar Tatto, que autoriza o transporte de bicicletas em ônibus superarticulados do sistema de transporte coletivo municipal. Os ônibus superarticulados são aqueles de 23 metros de extensão que possuem duas rodas após a articulação, fabricados pela Mercedes-Benz. Atualmente, são 830 veículos deste tipo dentre os quase 15 mil ônibus em circulação na cidade de São Paulo. Nos dias úteis, será possível levar a bicicleta nos ônibus das 10h01 às 15h59 e entre 19h01 às 5h59. Aos sábados, a partir das 14h. Já aos domingos e em feriados o embarque será liberado em qualquer horário.


10.05.2016

Produção de carro a diesel no país: a quem interessa este retrocesso? Diante de um cenário onde o Congresso parece ter foco exclusivo em um só tema, caminha a passos largos a aprovação de um projeto de lei que pretende autorizar a produção e comercialização, em grande escala, de veículos leves movidos a diesel (PL 1013/2011). É intrigante observar a movimentação em torno desse projeto. Seja em função dos danos à saúde, passando pela poluição do meio ambiente e pelos impactos econômicos decorrentes da importação de diesel, a aprovação do projeto representará um retrocesso para o desenvolvimento sustentável do país. É essencial lembrar que os motores a diesel são as principais fontes de emissão de partículas finas e de óxidos de nitrogênio, que são altamente prejudiciais à saúde, uma vez que penetram facilmente no sistema respiratório, causando graves doenças. Em 2013, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou as partículas finas do diesel como substâncias que podem contribuir para a ocorrência de câncer. Além disso, os óxidos de nitrogênio causam inflamações respiratórias e reagem com outros poluentes na atmosfera formando substâncias como o ozônio e nitratos, que são danosos ao meio ambiente e a saúde. Estudos internacionais atribuem às partículas finas do diesel cerca de 3% dos óbitos globais causados por doenças cardiovasculares, 5% dos cânceres de pulmão e 3% das mortes em crianças até cinco anos de idade, totalizando cerca de 800 mil óbitos prematuros e 6,4 milhões de anos de vida perdidos por morte prematura. Não bastassem os danos à saúde, o diesel é altamente emissor de gases de efeito estufa (GEEs), especialmente óxido nitroso, que tem alto poder de aquecimento global. Como o diesel é restrito aos caminhões, ônibus, tratores e transporte marítimo, as emissões decorrem da produção e refino do petróleo e do uso do diesel, categorizadas no setor de energia. Mas a liberação dos veículos leves a diesel deverá aumentar as emissões do subsetor de transportes, o que contraria as metas brasileiras de mitigação. A frota de veículos brasileira em 2014 era de 54,3% veículos flex, 34,3% gasolina, 9,8% diesel e 1,5% somente álcool. Reduzir emissões no setor de transportes é um desafio global, e o Brasil tem um diferencial enorme ao ter construído uma matriz de transporte de veículos leves a base de etanol, que reduz em até 90% as emissões comparadas à gasolina. A despeito do conteúdo energético do diesel, que poderia ser um argumento favorável ao projeto, os custos para reduzir emissões do diesel são caríssimos. Na União Europeia e nos Estados Unidos, fraudes nos sistemas de monitoramento de


emissões no diesel motivam mudanças severas nas regulamentações sobre veículos leves a diesel. Estudo publicado em 2015 pelo renomado King's College de Londres estima que a poluição do ar por partículas finas e óxidos de nitrogênio do diesel resulta em cerca de 9.500 mortes prematuras por ano e custos para a saúde de pelo menos 1,4 bilhão de libras (cerca de US$ 2 bilhões) naquela capital. Paris, Londres, Madri, dentre outras capitais europeias, registraram altos níveis de partículas finas e óxidos de nitrogênio oriundos da queima do diesel na atmosfera, o que vem exigindo medidas e investimentos emergenciais para preservar a saúde de milhões de pessoas. Os impactos econômicos também contrariam a aprovação do projeto. O aumento da demanda, com oferta interna insuficiente, geraria a necessidade de ampliar ainda mais a importação do combustível fóssil. Em 2014, a importação de diesel chegou a 12 bilhões de litros, com um impacto negativo de quase US$ 9 bilhões na balança comercial. De acordo com o Plano Decenal de Energia, em 2024, a importação de diesel representará 17% do consumo doméstico. Se ocorrer a liberação de veículos leves, esse número deverá crescer, gerando pressão pela importação de diesel, sujando a matriz de transportes e aumentando o déficit na balança comercial. No dia 22 de abril, 174 países mais a União Europeia assinaram o Acordo de Paris em uma cerimônia de alto nível nas Nações Unidas. O evento sinaliza uma tendência global em direção à economia de baixo carbono. Limpar a matriz energética e investir nos biocombustíveis são metas do Brasil perante o Acordo de Paris. Fomentar a criação de uma frota de veículos leves a diesel, que geraria demanda cativa por este combustível por décadas, não parece ser uma estratégia de reduzir emissões no setor de transportes. Enquanto a União Europeia e os Estados Unidos apertam suas regras sobre o uso de diesel nos veículos leves e estimulam a adoção de carros elétricos e híbridos, novas gerações de biocombustíveis,o Congresso está na iminência de liberar carros leves a diesel. Reduzir impactos à saúde, minimizar emissões de GEEs, fomentar energias renováveis e o desenvolvimento de novas tecnologias são elementos que compõem o que se chama de desenvolvimento sustentável. Aprovar carros leves a diesel demonstra a vanguarda das estratégias de transporte que o Brasil pretende seguir? Ou ilustra um retrocesso diante dos desafios do desenvolvimento de baixo carbono, onde tecnologias renováveis, melhorias na saúde, especialmente em grandes cidades, geração empregos verdes e incentivos a uma matriz de transporte cada vez mais limpa? A quem interessa a produção de carros a diesel no Brasil? Caso os carros a diesel sejam aprovados, o Brasil será um comprador e disseminador de tecnologias que estão com os dias contados nos países que buscam trilhar o desenvolvimento de baixo carbono no setor de transportes. É uma escolha: ou consumimos um padrão tecnológico defasado, impondo custos sociais e ambientais altíssimos, ou investimos em tecnologias como o etanol, e suas novas gerações, associado aos carros elétricos e híbridos e à geração de bioeletricidade. Está nas mãos do Congresso Nacional escolher qual rumo seguir. Rodrigo C. A. Lima é diretor geral da Agroicone


13.05.2016

Caminhões movidos a etanol reduzem em 91% emissão de CO2 Scania vendeu os primeiros modelos na América Latina à Clariant, fabricante de produtos químicos A Clariant, fabricante de produtos químicas, adquiriu, em meados de 2015, três caminhões da Scania (modelo P270 4X2) movidos a etanol, os primeiros comercializados pela montadora na América Latina. Chamados de Ecotrucks, os veículos rodam dentro da Clariant carregando tanques com 25 mil litros. Após um ano de utilização, os caminhões confirmaram uma redução de 91% nas emissões de CO2 (gás carbônico), na comparação com os motores a diesel utilizados anteriormente pela Clariant. Eles atendem aos requisitos do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar Por Veículos Automotores) sem usar Arla 32 – reagente utilizado para reduzir quimicamente as emissões de CO2 – e utilizam motor diesel de 8,9 litros adaptado para rodar com 95% de etanol e 5% de Master Batch 95, um aditivo com propriedades antidetonantes e antioxidantes fabricado no Brasil pela empresa química. O exemplo da Clariant está levando ao interesse de outras empresas, que já consultam a Scania sobrea solução, revela Celso Mendonça, gerente de desenvolvimento de negócios da montadora no Brasil. “Acreditamos em uma matriz energética mista, com o uso de diversas fontes que possibilitem economia de combustível e redução de CO2. O caminhão a etanol é uma solução para empresas comprometidas em diminuir os impactos ambientais de suas operações de transporte. É uma opção 100% viável.” Já reconhecida como provedora de soluções a etanol na Europa, a Scania anunciou em 2007 o início dos testes com ônibus movidos com o combustível no Brasil. Após um período de demonstrações em São Paulo, foram anunciadas as primeiras vendas de ônibus a etanol da história do País. A Viação Metropolitana, atual MobiBrasil, comprou 50 unidades, e a Tupi Transportes adquiriu 10 veículos, para operação pública urbana. Em outubro de 2011, durante a Fenatran (Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga), a Scania lançou o primeiro caminhão a etanol da América Latina. A montadora oferece produtos movidos a combustíveis alternativos como biogás, gás natural, gás liquefeito, biodiesel, bioetanol, híbrido diesel e eletricidade, híbrido com ultracapacitor, híbrido etanol com bateria e híbrido Euro 6 diesel e biodiesel. No Brasil, além do etanol, a marca oferece chassi para trólebus e ônibus movido a biometano/GNV.


13.05.2016

Novo estudo da OMS mostra que 80% da população urbana em todo o mundo correm grave risco por causa da poluição

Santa Gertrudes, no interior de São Paulo, foi considerada pela OMS a cidade brasileira com maior concentração de poluentes. Foto: Mussio – Panoramio

Transportes públicos e incentivos aos deslocamentos não motorizados estão entre as principais soluções apontadas pelo órgão mundial ADAMO BAZANI Com Agências Internacionais A Organização Mundial da Saúde divulgou nesta quinta-feira, 12 de maio de 2016, um relatório sobre a situação da população urbana mundial em relação à poluição. Os números não são nada positivos. De acordo com o levantamento, 80% da população mundial que vive em áreas urbanas estão expostos a poluentes no ar em quantidade bem superior aos limites recomendados. O estudo avaliou a qualidade do ar em mais de três mil cidades em 103 países de diferentes características. A situação, entretanto, é mais grave em populações urbanas de países pobres ou em desenvolvimento por vários fatores. Um dos motivos é que são insuficientes os investimentos em mobilidade urbana, com prioridade ao transporte público, como corredores de ônibus e rede metroferroviária, que são colocados pela OMS entre as principais soluções para o


problema. Redes cicloviárias e deslocamentos a pé com qualidade também devem ser considerados pelas cidades. Não bastasse isso, nas cidades dos países em desenvolvimento, são insuficientes as formas de monitoramento da poluição. A OMS levou em conta as concentrações de material particulado com diâmetro menor que dez micrômetros (PM 10) e menor que 2,5 micrômetros (PM 2,5) por metro cúbico. O PM 2,5 é o mais perigoso porque as partículas são tão finas que podem chegar mais fundo ao sistema respiratório e gerar problemas cardiovasculares graves. Além disso, são mais difíceis de serem filtradas. Um dos grandes problemas é que a maioria das cidades dos países pobres ou em desenvolvimento, contando o Brasil, monitora somente o PM 10. Por causa disso, a OMS estimou a proporção de PM 2,5 dentro da medição do PM 10. O nível máximo tolerado no caso do PM 10 é de 20 microgramas por metro cúbico de ar na média anual. Já para o PM 10, o limite recomendado pela OMS é de 10 microgramas por metro cúbico na média anual. AS CIDADES MAIS POLUÍDAS DO MUNDO: A cidade com maior concentração de poluentes em todo o mundo, segundo a OMS, é Zabol, no Irã, com o equivalente a 217 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico de ar na média anual. Em segundo vêm Gwalior, na Índia, com 176 microgramas. A terceira mais poluída é Allahabad, também na Índia, com 170 microgramas. A Índia é o país que mais que tem cidades poluídas do mundo, com 13 municípios entre 30 com pior qualidade do ar, levando em conta esses parâmetros da OMS. A China reúne cinco cidades com maior concentração de poluentes. CIDADE DO INTERIOR DE SÃO PAULO É A QUE POSSUI MAIOR CONCENTRAÇÃO: O Brasil encontra-se numa posição intermediária no ranking de países com cidades ou regiões mais poluídas, de acordo com levantamento da OMS. A cidade brasileira com a maior concentração de poluição é Santa Gertrudes, no interior de São Paulo, perto de Limeira, levando em conta o parâmetro de PM 2,5 por metro cúbico. Região Metropolitana de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro também aparecem na relação. Santa Gertrudes – SP, é a primeira com 44 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico. Em segundo vem Cubatão – SP com 31 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico, seguida de Rio Claro – SP que tem 26 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico. A região metropolitana de São Paulo só aparece em sexto lugar com 19 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico, figurando à frente do Rio de Janeiro, com 16 microgramas, e Curitiba, com 11.


11.05.2016

Programa brasileiro analisará tecnologias e combustíveis menos poluentes Já está em andamento o PCVE (Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veiculares e Emissões), iniciativa que tem o objetivo de analisar a influência dos combustíveis e das tecnologias veiculares da frota brasileira nas emissões de poluentes. O programa segue o mesmo modelo do Auto Oil, desenvolvido em países da Comunidade Europeia, Japão e Estados Unidos. Por meio dele, são realizados testes e simulações, cujos resultados formarão um banco de dados científicos. Essas informações ajudarão a aprimorar o monitoramento da qualidade do ar e projetar as ações necessárias para que haja menos poluição e mais eficiência. “As simulações desenvolvidas permitem identificar quais são as tecnologias veiculares ou os combustíveis que precisam ser introduzidos no mercado brasileiro, para resolver problemas daqui em termos ambientais”, explica o presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), Edson Orikassa. Um exemplo é a ampliação da mistura de biocombustíveis ao diesel e à gasolina. Segundo Orikassa, o programa permite identificar possíveis impactos que isso causa nos veículos que estão em circulação no Brasil ou a necessidade de adequação dos sistemas, para garantir menos poluição e mais eficiência. Por outro lado, ajuda a prever a necessidade de se ofertar combustíveis diferenciados devido à adoção de novas tecnologias, como o caso dos motores Euro 5, que exigem diesel de baixo teor de enxofre. Ele ressalta a importância de ter uma base de dados nacional sobre o tema: “hoje, o Proconve [Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores] utiliza informações de outros países. Mas as condições das estradas e dos combustíveis, por aqui, são diferentes. Daí a necessidade de se fazer um levantamento de dados científico para as condições brasileiras”. Conforme a AEA, embora o programa tenha entrado oficialmente em vigor neste mês, com a publicação do acordo de cooperação técnica no Diário Oficial da União, o trabalho já era executado sob o título provisório de Auto Oil. Por meio dele, foram feitos 1.174 ensaios, em 50 veículos, 23 motocicletas e nove motores, o que representa 89% dos testes previstos. São responsáveis pelo Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veiculares e Emissões) o Ministério de Minas e Energia, Ministério do Meio Ambiente, ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Ibama (Instituo Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Petrobras e a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva.


08.05.2016

Champs-Elysées será exclusiva para pedestres no primeiro domingo de cada mês A avenida dos Champs-Elysées de Paris, a via mais transitada da cidade principalmente pelos turistas - ficou reservada neste domingo para os pedestres, e estará a partir de agora no primeiro domingo de cada mês. O fechamento ao trânsito de veículos nos 1.600 metros da Champs- Elysées, valerá até às 20h em uma decisão tomada com amplo consenso entre a prefeitura e os comerciantes. A iniciativa já tinha experimentado com sucesso, em junho de 2015, e depois em 27 de setembro, pelo Dia sem Carros. A ideia, que está sendo avaliada desde 2014, se sustenta na constatação de que na realidade menos de um quarto das pessoas que passeiam pelo Champs-Elysées o fazem para comprar, e para a maior parte - especialmente para os turistas - é um lugar de passeio.


AGENDA 2016 JUNHO XI Seminรกrio Nacional Metroferroviรกrio 14 de junho - Rio de Janeiro


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.