Fim de Semana ARTESP - edição 62

Page 1

EDIÇÃO 62 – 08 DE JULHO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105


08.07.2016

Governo prepara regras para licença ambiental Está redigida no Ministério do Meio Ambiente a minuta da proposta do governo para regularizar o licenciamento ambiental no país. A linha-mestra da iniciativa é incluir no processo a variável de localização do empreendimento. A ideia é corrigir distorções que hoje exigem os mesmos estudos de impacto de uma indústria na região metropolitana de São Paulo e de outra, de igual porte e atividade, mas em área ambientalmente tão vulnerável quanto o Pantanal. A minuta tem 37 páginas, 8 capítulos e é datada de 23 de junho. O Valor teve acesso a ela com exclusividade. A proposta estabelece prazos para o licenciamento, simplifica o processo para empreendimentos considerados de pouco impacto e não libera do licenciamento setores integralmente. Inclui três anexos que estruturam o potencial de degradação ambiental de empreendimentos de pequeno, médio e grande porte. Por essas matrizes, um projeto de grande porte, com "alto impacto ambiental" e situado em área com "grau de relevância ambiental" considerado "muito alto", terá que passar pelo chamado licenciamento trifásico - receber as licenças prévia, de instalação e de operação e apresentar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), já que seu potencial de degradação ambiental é significativo. Contudo, um projeto igualmente de grande porte em uma região considerada ambientalmente de baixa relevância e com impacto tido como baixo, pode ter licenciamento simplificado sem exigência de EIA. O texto também dá espaço para a manifestação de órgãos importantes ao processo de licenciamento, como a Fundação Nacional do Índio (Funai) no caso de impacto em terras indígenas, ou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por exemplo. Mas diz claramente que a palavra final cabe ao órgão ambiental. A proposta do governo, ainda não definitiva, tem mensagem política clara. A iniciativa, capitaneada pelo ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, é tentar neutralizar projetos sobre a questão que tramitam no Congresso, vários deles em


regime de urgência, e ambientalmente nocivos. A pasta costura a iniciativa com os ministérios da Agricultura, Indústria, Comércio Exterior e Serviços e Casa Civil. A ideia é ouvir outros ministérios e apresentar a proposta de governo o mais rápido possível. Um dos projetos mais delirantes em tramitação no Congresso é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 65/2012, que acaba com o licenciamento ambiental - prevê que a mera apresentação do EIA de um empreendimento implicará sua autorização e que a partir daí não pode ser cancelado. Outro é o projeto de lei do senador Romero Jucá (PMDB-RR), o PLS 654/2015, que define um prazo de, no máximo, oito meses para o licenciamento de grandes obras consideradas estratégicas pelo governo, como hidrelétricas e estradas. Não prevê audiências públicas e elimina fases essenciais do licenciamento. Foi batizado de "licenciamento a jato" pelos ambientalistas. A tentativa dos técnicos do Ministério do Meio Ambiente é de dar eficiência ao processo de licenciamento equilibrando uma equação difícil - exigir os estudos ambientais quando realmente necessários e reduzir demandas excessivas. Pelas regras em vigor, por exemplo, empreendimentos de petróleo precisam de licenciamento - tanto faz se o que está em foco é uma grande refinaria ou um posto de abastecimento de combustível. Como o posto segue padrões (distâncias mínimas para casas ou escolas, por exemplo), e tem impactos mais previsíveis, a intenção é que o licenciamento seja diferenciado, mais simples e mais rápido que o da refinaria. Há consenso que o país precisa organizar o licenciamento ambiental, hoje previsto na Política Nacional de Meio Ambiente e detalhado em grande número de resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). É uma regulamentação dispersa e muito questionada. O projeto liderado por Sarney Filho, ainda em construção, é um substitutivo ao Projeto de Lei 3.729, de 2004, que já tem 15 projetos apensados. O texto-base é o substitutivo aprovado na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, com relatoria do deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP).


08.07.2016

Espanhóis se preparam para nova rodada de concessões no Brasil O presidente da espanhola Ferrovial, Alejandro de la Joya, afirmou que a companhia está pronta para a disputa pelos quatro aeroportos que o Brasil pretende privatizar, mas cobrou agilidade do governo brasileiro na definição do modelo de concessão. O executivo disse que não pretende entrar como sócio minoritário dos terminais. "Para nós, só faz sentido investir em um consórcio com mais de 40% de participação ou mais de 50%", disse. "Essa participação vai depender das regras do edital e ainda estamos esperando para definir nossa estratégia. O que asseguro é que não faz parte dos nossos planos sermos sócios investidores [minoritários]." Hoje, a Ferrovial é responsável pela gestão do aeroporto de Heathrow, de Londres —um dos maiores do mundo—, administra rodovias em nove países e registrou faturamento de € 8 bilhões em 2015. No passado, a Ferrovial criticou os indicadores de desempenho da economia brasileira que foram considerados no cálculo dos lances para os aeroportos de Guarulhos. Naquele momento, já questionava as taxas de crescimento do PIB e o lance mínimo de R$ 3,2 bilhões. Em um consórcio com a construtora Queiroz Galvão, a empresa deu lance de cerca de R$ 6 bilhões, mas perdeu para a Invepar, da OAS, que pagou R$ 12 bilhões. O presidente da Ferrovial negou a intenção de comprar fatias das empreiteiras nos aeroportos Guarulhos ou Viracopos. A fatia da OAS em Guarulhos (24,4%), que hoje pertence aos credores da construtora, está avaliada em cerca de R$ 1,6 bilhão. A UTC, que tem 23% de Viracopos, pede cerca de R$ 560 milhões. Joya afirmou que a empresa também avalia investir em concessões rodoviárias. No Brasil, a Ferrovial só presta serviços para a concorrente espanhola Abertis, que duplica a Rodovia do Café (BR 116) e a rodovia Fluminense (BR 101). O diretor financeiro da Abertis, José Aljaro, afirmou que o grupo pretende destinar até € 1,2 bilhão em novos investimentos às rodovias que já administra no Brasil. Ele disse ainda que a empresa tem interesse na nova fase de concessões. "Tudo vai depender das condições [da nova etapa]. O secretário do Programa de Parcerias e Investimentos do Brasil, Moreira Franco, não compareceu ao evento alegando que precisava concluir a nova política de concessões junto com o presidente interino, Michel Temer. As declarações foram dadas durante o XV Encontro Santander América Latina.


08.07.2016

Espanhola Ferrovial se prepara para disputar leilão de aeroportos no País MADRI e SÃO PAULO - O presidente da Ferrovial Agroman, Alejandro de la Joya, disse nesta quinta-feira, 7, em Madri, que a empresa espanhola está interessada na concessão dos quatro novos aeroportos no Brasil. O executivo do grupo, que tem uma construtora e opera terminais na Europa, afirmou que eventual participação da companhia nos leilões será “ativa” nos consórcios. Segundo apurou o ‘Estado’, a espanhola vem para reforçar o interesse nas concessões. De acordo com fontes próximas ao processo, a lista já inclui outros estrangeiros, a maior parte deles da Europa. “Estamos interessados e acompanhamos essas quatro privatizações. Não há decisão, todavia, em função da composição com os sócios que conseguiremos e onde pode haver maior sinergia”, disse de la Joya, durante palestra realizada no 15.º Encontro Santander América Latina, na capital espanhola. O governo já anunciou que oferecerá à iniciativa privada os terminais de Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador. O executivo reconheceu que a frágil situação do setor de construção no Brasil pode gerar espaço para a entrada mais forte de construtores e operadores estrangeiros. “Mas preferimos que as empresas locais tenham boa forma”, disse a jornalistas, após painel sobre a infraestrutura na América Latina. De la Joya nega que a empresa esteja avaliando algum empreendimento já concedido à iniciativa privada e que esteja procurando novo sócio. O executivo citou, porém, que “neste momento não temos nenhuma concessão de rodovias, mas sempre estamos de olho”. Tempo. Apesar de o projeto de privatizações ser prioritário para reforçar o caixa do governo, a expectativa é de que falte tempo para conseguir realizar o leilão dos aeroportos ainda este ano. Na melhor das hipóteses, disse uma fonte do setor, o edital deverá ser lançado este ano, com o evento ficando para janeiro de 2017. No discurso oficial, no entanto, o governo planeja fazer a licitação ainda no segundo semestre. O processo de audiência pública sobre o tema foi concluído no último dia 20. Apesar do interesse estrangeiro, o fator impeachment ainda pesa contra o andamento do processo, uma vez que o afastamento da presidente Dilma Rousseff ainda é temporário. “Os olhos (dos investidores) estão abertos, mas há receio por causa da instabilidade política”, disse Ricardo Medina, especialista em infraestrutura do L.O. Baptista-SVMFA. Para Medina, a conclusão do processo será determinante para o retorno dos investimentos do País: “É o turning point (ponto de inflexão), porque o Brasil passa a ter um navegador definido.


08.07.2016

BB, Caixa e BNDES discutem concessões Os presidentes dos três maiores bancos públicos do país - Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal - decidiram ontem criar um grupo que reúna técnicos das três instituições com o objetivo de aprimorar ferramentas financeiras que ajudem na retomada do crescimento do país. O primeiro foco das discussões será o financiamento à infraestrutura. A decisão foi tomada em uma reunião na sede do Banco do Brasil, em Brasília. Estiveram presentes Paulo Caffarelli (BB), Maria Silvia Bastos Marques (BNDES) e Gilberto Occhi (Caixa), além do secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton, e do secretário adjunto do Ministério do Planejamento, Esteves Pedro Colnago Júnior. No encontro, foram discutidos o equacionamento financeiro de projetos atuais e futuros de infraestrutura, o financiamento de micro, pequenas e médias empresas e o aprimoramento da operação BNDES. A ideia é alinhar as visões dos três bancos sobre os temas e usar o corpo técnico das instituições para desenvolver propostas que aprimorem os instrumentos envolvidos nessas operações. Não está definida a periodicidade das reuniões desse fórum. Segundo executivo que participou do encontro, a ideia é envolver os bancos privados nas discussões. O financiamento à infraestrutura é um dos principais temas em discussão no governo interino de Michel Temer. Na semana passada, o Valor noticiou a intenção das autoridades em mudar as regras de financiamento para as próximas concessões de infraestrutura. O plano envolveria descontar, de forma automática, da receita da concessionária a parcela destinada a pagar os empréstimos bancários.


08.07.2016

Luz baixa nas rodovias é obrigatória a partir de hoje Pesquisas constataram uma redução entre 5% e 10% das colisões frontais com a adoção da medida

Todos os motoristas em tráfego pelas rodovias brasileiras precisam manter a luz baixa acesa durante o dia, a partir de hoje, 8 de julho. O objetivo é melhorar o nível de visibilidade dos veículos em circulação. De acordo com o Ministério das Cidades, pesquisas constataram uma redução entre 5% e 10% das colisões frontais com a adoção da medida. Além disso, estudos apontam que a maioria das colisões frontais é causada pela não percepção do outro veículo por parte do motorista em tempo hábil para reação. A maioria dos estudos sobre o tema conclui que a presença de luzes acesas reduz significativamente o número de colisões entre veículos durante o dia, especialmente colisões frontais. São consideradas rodovias, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, as ligações interurbanas, que ligam uma cidade à outra, com limites mais altos de velocidade em relação às vias urbanas. O condutor deve usar farol baixo em rodovias estaduais e federais. Mas também deve ficar atento ao trafegar por rodovias que cortam perímetros urbanos, como por exemplo, no Rodoanel Mario Covas em São Paulo (SP), no Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo em Belo Horizonte (MG), ou o caso da BR 116 que corta diversos munícipios do país.


Ele só pode desligar os faróis se estiver em uma avenida que, apesar de ser uma continuação da rodovia, tem o tráfego ordenado pelo órgão de trânsito municipal. A orientação da Polícia Rodoviária Federal é que o motorista preste atenção ao nome da via e à placa de sinalização. Se for, por exemplo, SP ou BR e tiver uma placa dizendo que é “sob jurisdição e domínio do DER ou do DNIT” tem que manter o farol ligado. O descumprimento da nova regra resultará em infração média e os condutores serão penalizados com multa de R$ 85,13 e perda de 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Tipos de faróis O uso de faróis baixos ou de faróis de rodagem diurna (DRL) é suficiente para o cumprimento da lei e estão regulamentados pela Resolução CONTRAN nº 227/2007. Vale ressaltar que faróis de neblina, de milha, ou luz de posição não cumprem a função exigida pela lei. Veja a diferença entre eles: Faróis altos – Têm facho de luz do veículo destinado a iluminar a via até uma grande distância do veículo. Faróis baixos – Além de serem obrigatórios durante o dia, seu facho de luz também é destinado a iluminar a via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que venham em sentido contrário. Luz de posição (ou farolete) – É o facho de luz do veículo destinado a indicar a presença e a largura do veículo. É obrigatória para manobrar durante a noite, sob chuva em qualquer horário do dia e ao parar o carro para embarque ou desembarque. Faróis de neblina - Têm facho de luz largo, com cobertura de 70 a 120 graus com um corte plano e abrupto na parte superior par, e alcance curto — geralmente imediatamente à frente do carro. São projetados para iluminar a via por baixo da neblina, que se forma a pouco mais de 30 cm do chão. Faróis de milha - Têm facho estreito e de longo alcance (por isso são tecnicamente chamados de “faróis de longo alcance”). No Brasil, são permitidos apenas onde não há iluminação pública, nem motoristas à frente ou no sentido contrário. Luz de LED O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) informou que irá aceitar que veículos transitem em rodovias durante o dia com a luz diurna de LED acesa em vez do farol baixo. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) solicitou a inclusão da luz de LED, uma faixa de lâmpadas logo abaixo do farol, que equipa alguns modelos de carros mais novos. Também conhecida pela sigla DRL (de "daytime running lamp"), a luz diurna de LED será aceita de dia nas estradas, mas não vale para todas as outras situações em que o farol baixo é exigido, como circulação à noite ou em túneis.


08.07.2016

Uso de farol baixo reduz acidentes nos Estados Unidos e na Europa O uso do farol baixo nas rodovias, durante o dia, já é lei há muito tempo em vários países. Na Europa, a chamada Lei do Farol Baixo existe há mais de quarenta anos. O país pioneiro foi a Finlândia, que estabeleceu a obrigatoriedade em 1972. Em seguida, a norma foi adotada na Suécia (1977), na Noruega (1985), Islândia (1988) e Dinamarca (1990). No Canadá e nos Estados Unidos a história é um pouco diferente. O governo canadense definiu, em janeiro 1990, que os carros deveriam ser fabricados com as chamadas daytime running light, ou drls, que são faróis acionados automaticamente quando o carro é ligado. Nos Estados Unidos, as leis são estaduais. Estados como Alabama, Florida, Lousiana e Mississipi tornaram obrigatório o uso do farol baixo durante o dia nas estradas. Em outros,como a Georgia, a opção ficou com os motoristas. Alguns acendem faróis baixos, de dia, até dentro das cidades. Essas medidas são polêmicas nos Estados Unidos. Existe até uma associação de motoristas que faz campanhas contrárias ao uso dos faróis automáticos. A associação mantém campanha de boicote às montadoras que adotam o modelo de acendimento automático. Para a associação, a medida não é tão eficaz na redução de acidentes e ainda aumenta o consumo de combustível. Apesar das críticas, os números provam o contrário. Pesquisas apontam que tanto na Europa quanto na América do Norte, houve uma redução de 25% nos acidentes com morte. Principalmente nos que envolvem colisões frontais, pedestres e ciclistas. Só aqui, nos Estados Unidos, os atropelamentos tiveram queda de 12%, desde que a recomendação do uso diurno de faróis foi adotada.


08.07.2016

Carro usado vira opção na crise e venda dispara Enquanto o mercado de carros zero quilômetro acumula queda de 25,4% no primeiro semestre em comparação a igual período de 2015, as vendas de modelos seminovos, com até três anos de uso, seguem trajetória inversa, com crescimento de 23,6%. Quem compra o seminovo é o consumidor que compraria o zero, mas está trocando um pelo outro”, afirma Ilídio dos Santos, presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). Segundo ele, diante da crise econômica, o veículo usado se encaixa melhor no orçamento dos consumidores. “Além da vantagem do preço, muitos modelos com até três anos ainda estão na garantia”, diz Santos. O desempenho positivo não se repete em veículos mais velhos. As vendas de carros com quatro a oito anos de uso caíram 12,9% no primeiro semestre e as de nove a 12 anos, 12,4%. A redução para aqueles com mais de 13 anos foi de 17,2%. Ao todo, foram vendidos de janeiro a junho 4,786 milhões veículos usados, incluindo caminhões e ônibus. O número é 3,8% menor que o do mesmo intervalo do ano passado. Do total, 2,266 milhões são modelos com até três anos de uso, ou 47,3% das vendas. O mercado de veículos zero quilômetro somou 983,5 mil unidades na primeira metade do ano, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Significa que, para cada novo, foram comercializados quase cinco veículos usados. Somente em junho, as vendas de veículos usados cresceram 2,4% em relação a maio, mas foram 2,7% menores do que as de igual mês de 2015. Em falta. Na loja de veículos seminovos Trans Am Faraj, na zona norte de São Paulo, os negócios cresceram, até agora, 12%, informa o proprietário Munir Faraj. Modelos na faixa de preço de até R$ 100 mil, como Toyota Corolla e Honda Civic estão em falta, informa Faraj. Também carros compactos em versões mais equipadas, como Hyundai HB20 e Chevrolet Onix estão difíceis de serem encontradas. De acordo com Faraj, boa parte dos modelos vendidos nas loja é adquirida de concessionárias de montadoras mas, com a queda nas vendas de novos, o usado fica escasso. “Grande parte dos consumidores deixa o usado como parte do pagamento de um zero, mas, com a situação econômica atual, essa troca não está ocorrendo”, diz. Segundo ele, muitos dos negócios feitos atualmente envolvem a troca do automóvel mais novo por outro mais velho para sair da loja com algum dinheiro para pagar outras dívidas. A venda de motos usadas caiu 2,3% na primeira metade do ano na comparação com o primeiro semestre de 2015 – para 1,336 milhão de unidades. Já o mercado de motos novas recuou 17,7% no mesmo período, para 547 mil unidades.


08.07.2016

Montadoras demitiram 2,1 mil funcionários no primeiro semestre As montadoras eliminaram 244 postos de trabalho no mês passado, segundo balanço divulgado hoje pela Anfavea. No total, a indústria automobilística, junto com as fábricas de tratores agrícolas, terminou junho com um quadro de 127,7 mil trabalhadores. Foram eliminadas 2,1 mil vagas desde o início do ano, ou um total de 31,9 mil postos extintos desde que o setor iniciou o ciclo de ajuste de mão de obra, em novembro de 2013. Segundo o presidente da Anfavea, Antonio Megale, o número do mês passado, com redução nos cortes, mostra uma estabilização no nível de mão de obra. Apesar disso, ele afirmou que o setor ainda opera com excesso de trabalhadores. De acordo com a Anfavea, 26 mil funcionários do setor estão ou em “layoff”, com contratos de trabalho suspensos, ou em regime de proteção ao emprego, no qual a jornada de trabalho é reduzida, assim como os salários. “Esperamos diminuir esse gap (excesso de mão de obra) com a retomada do mercado a partir do fim deste ano”, comentou o executivo.


08.07.2016

Quadrilhas mudam foco e cargas menores são mais visadas na região de Campinas Assaltantes procuram cargas com menos segurança nas rodovias. Número de roubos aumentou 17,5% nos cinco primeiros meses deste ano. Quadrilhas especializadas em roubo de cargas mudaram o foco nas rodovias que cortam Campinas (SP) nos últimos meses, segundo dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Os assaltantes estão atacando caminhões com cargas menores e com menos segurança. O delegado Ronei Barbosa Lima, da Delegacia de Insvestigações Gerais (DIG), afirma que as ações se tornaram mais comuns com cargas menores, já que as grandes empresas e transportadoras têm investido em novas formas de coibir essas situações, com maior segurança. "Nós temos percebido alguns roubos de cargas de bebidas, então os criminosos roubam essas cargas e levam para mercadinhos e pequenas mercearias e as vendem com facilidade", explica o delegado. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o número de casos desse tipo de roubo aumentou 17,5% nos cinco primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2015. No ano anterior, foram registrados 91 casos, contra 107 deste. De todos os meses, março foi o de maior registro, com 35 notificações. Assalto Nesta quinta-feira (7), assaltantes tentaram levar cargas de bicicleta e eletrônicos de dois caminhões, em Campinas. A ação teve início na Rodovia Adalberto Panzan (SP-102), onde os assaltantes renderam os motoristas de duas carretas. Uma delas foi encontrada abandonada no acostamento. A outra estava na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348). Quando os policiais chegaram, dois suspeitos estavam tentando desinstalar o equipamento que pode rastrear o veículo, mas eles fugiram pela linha do trem. Foram encontrados também celulares e ferramentas. Chip No final do ano passado, um instituto de tecnologia avançada de Campinas desenvolveu um chip que promete combater fraudes e roubo de carga. O dispositivo, que já está no mercado, funciona como um "DNA" eletrônico do produto e faz o rastreamento das mercadorias transportadas. A tecnologia foi desenvolvida no Instituto Wernher Von Braun após sete anos de pesquisa e um custo de R$ 50 milhões. O equipamento é feito de grão de areia, tem 1 milímetro quadrado e a largura de um fio de cabelo. Ele funciona por radiofrequência e tem programação criptografada, que gera em tempo real a localização do produto, desde as etapas de produção até a entrega ao consumidor.


08.07.2016

Conheça projetos para melhorar o asfalto que vão além do tapa-buraco Trafegar sobre um asfalto que toca música de acordo com a velocidade do veículo, gera luz própria e esquenta para evitar a neve já é uma realidade para motoristas de países como Estados Unidos, Japão e Holanda. Ainda que em escala experimental em alguns casos, essas tecnologias já estão sendo empregadas em estradas, estacionamentos e vias internas de grandes empresas e são a aposta parta melhorar a segurança viária – principalmente em estradas. As estradas musicais existem na aldeia de Futami, em Okinawa, no Japão, desde 2007. São três ao todo, um delas desenhada para tocar Futami Jowa – uma canção da década de 1920. Se o motorista acelerar além dos 40 km/h, limite para as vias, o atrito entre o pneu e as ranhuras do asfalto produzem um som distorcido e incômodo. Velocidades muito baixas também não reproduzem fielmente as canções. Publicações locais dão conta de que a ideia teria sido criada pelo engenheiro Shizuo Shinoda. Mas ela teria sido aperfeiçoada pelo Hokkaido Industrial Research Institute. E a ideia de Shinoda de usar o próprio asfalto para criar elementos de segurança viária que não sejam apenas tinta e obstáculos tem evoluído para algo mais sofisticado. No final do ano passado, o Departamento de Transporte dos Estados Unidos, por exemplo, firmou seu terceiro contrato com a empresa Solar Rodways para avançar os estudos sobre um sistema de painéis de vidro temperado que armazenam o calor. Fixadas no asfalto, essa placas geram energia para iluminar a sinalização viária e aquecer a pista nos meses com neve. O custo de implantação ainda não é divulgado pela empresa. Mas um dos contratos de financiamento que


ela conquistou rendeu U$$ 750 mil ao projeto (o que equivalente a R$ 2,475 milhões na cotação atual). A Solar Rodways foi fundada em 2006, pelo casal Scott e Julie Brusaw, em Sandpoint, Idaho. Em um primeiro momento, os projetos estão sendo voltados para espaços menores, como estacionamentos e calçadas. Mas os fundadores dizem no site da companhia que esse terceiro contrato permitirá leva-lo para rodovias.

Pelo mundo Captar energia no asfalto e gerar mais segurança para a população não é exclusividade da Solar Rodways. Isso está presente também na cidade Holandesa de Brabant desde 2013. Lá, a empresa Heijmans implantou um sistema de placas que absorva o calor solar para gerar energia. Essa tecnologia é utilizada para aquecer o asfalto, evitando a formação de gelo, e para emitir sinalização horizontal na pista se a temperatura asfáltica estiver alta demais ou baixa demais a ponto de atrapalhar o motorista. Essa cidade também tem um projeto para implantar um sistema de wireless no afasto ativado pela presença do carro. Em Israel, o projeto é para gerar eletricidade no afasto a partir de cristais piezo elétricos. Mas esse é para 2020.


08.07.2016

Recife testa ônibus sem cobrador por questões de segurança RENATO LOBO

O Grande Recife Consórcio de Transportes, responsável pelo gerenciamento do sistema de ônibus na Região Metropolitana de Recife, deve iniciar a retirada dos cobradores na primeira linha (901 – TI Abreu e Lima / TI Macaxeira) na próxima segunda-feira, 11 de julho de 2016. A medida, segundo o consórcio, será feita por questões de segurança, possibilitando a redução drástica na circulação de dinheiro, e consequentemente de assaltos. A forma de cobrança deve ser em caráter de teste. De acordo com o Grande Recife, a operadora se comprometeu a realocar todos os cobradores para outras funções, como motoristas ou despachantes. O acesso à linha será feito por meio do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM), sendo o os VEM’s Trabalhador, Estudante, Livre Acesso e Comum. Além de ajudar na segurança, o medida deve dar agilidade às partidas dos coletivos, evitando filas antes das catracas, e por consequência, aumentando a velocidade na linha.

08.07.2016

ANTT autoriza operação de Maria Fumaça de Santa Catarina A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou a operação da Maria Fumaça, passeio a ser realizado na malha concedida à América Latina Logística Malha Sul (ALL), no trecho de Corupá a Rio Natal, no Estado de Santa Catarina. A prestação desse serviço de transporte ferroviário de passageiros de caráter não regular e eventual será realizada em comemoração ao aniversário do Município de Corupá, nos dias 9 e 10/7, das 14h às 16h30 e das 9h30 às 12h, respectivamente. O percurso é de aproximadamente 34 quilômetros e está a cargo da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária - Regional Santa Catarina (ABPF). A fim de garantir a segurança no passeio, a ABPF deverá cumprir determinações como respeitar o limite máximo de 18 Km/h em todo o trajeto; ter acompanhamento de equipe de socorro; entre outras. À associação ficam submetidas as normas e os regulamentos do transporte ferroviário de passageiros e a Resolução nº 359/2003.


08.07.2016

Zona Azul poderá ser paga por aplicativo de celular a partir de 2ª A partir da próxima segunda-feira, o pagamento por vagas de zona azul poderá ser feito por aplicativos de celular. A longo prazo, a ideia da gestão Fernando Haddad (PT) é dar fim aos cartões de estacionamento de papel. Um decreto que autoriza a cobrança digital será publicado no "Diário Oficial" da cidade nesta sexta-feira (8). O usuário do sistema poderá comprar o equivalente a um CAD (cartão azul digital) –R$ 5 a hora, mesmo preço do modelo de papel usado hoje– ou vários créditos que podem ser abatidos à medida que vão sendo usados. Já os fiscais da CET vão dispor de um sistema que informará, por meio do número da placa, se o veículo pagou pela hora de estacionamento na rua. Para a prefeitura, além de modernizar a cobrança, o novo modelo evita, por exemplo, pagamentos acima da tabela, praticados por flanelinhas que chegam a cobrar R$ 8 pelo bilhete. Segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, entre os aplicativos, há dois que funcionam somente pelo sistema Android e um pelo Android e também pelo iOS (iPhone). As plataformas foram criadas por três empresas (Sertell, Estapar e Digipare), que ficarão com 10% da receita de cada cartão eletrônico vendido.


Os três aplicativos tem funcionamento parecido. Após baixá-lo no celular, o motorista deve fazer um cadastro no qual informará o número de celular, os números de placas de carros que usarão o serviço e o cartão de crédito como forma de pagamento. RAIO-X DA ZONA AZUL Prefeitura pretende cobrar de motocicletas e implantar sistema de cobrança via aplicativo Com o cadastro feito, o dono do carro pode comprar os créditos. No momento do estacionamento, ele terá que acionar o aplicativo, fazer a opção de placa e liberar o uso do crédito pelo tempo determinado. Por mensagem de texto, o dono do carro será avisado que o tempo de estacionamento já está perto de vencer, recebendo um "alarme" para nova ativação ou retirada do veículo do local. Não haverá, por enquanto, a cobrança fracionada. Ou seja, são cobrados os mesmos R$ 5, independentemente de a vaga ser usada por dez minutos ou uma hora. Pelo menos um dos aplicativos prevê oferecer a opção de desconto de 10% para os clientes que comprarem 10 cartões eletrônicos. Todos mostrarão o histórico de compras e terão mapas indicativos das ruas. Para atuarem, as empresas terão que fazer uma compra mínima de 30 mil CADs. PONTOS DE VENDA Outra mudança será a instalação de pontos de vendas digitais de zona azul. Segundo a diretora financeira da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Maria Lucia Begalli, a previsão é que isso ocorra em aproximadamente 20 dias. Nesse modelo, o motorista poderá comprar créditos num estabelecimento comercial –banca de jornal, por exemplo– que fará o registro eletrônico, sem que seja necessário deixar o bilhete no carro, como é hoje. "São estratégias para acabar com o papel de vez", disse o secretário.


08.07.2016

Planejado para automóveis, Distrito Federal agora sofre com poluição extrema, diz relatório oficial ADAMO BAZANI

Brasília é uma cidade planejada, mas para os carros, e hoje as pessoas sentem ainda mais esta realidade pelos congestionamentos e poluição. O plano de Juscelino Kubitschek que “revolucionaria” o Brasil teve obviamente sua importância e não deve-se deixar de lado os méritos do considerado pioneiro da arquitetura modernista brasileira, Lúcio Costa, autor do projeto urbanístico do Plano Piloto de Brasília, que começou em 1956. A cidade foi inaugurada oficialmente em 21 de abril de 1960, um projeto de governo do então presidente Juscelino Kubitschek, desde sua posse em janeiro de 1956. Apesar de sim, representar modernidade para a época, Brasília é algo que as cidades não precisam ser hoje em dia. Nesta semana, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, divulgou o inédito Inventário de Emissão por Fontes e Remoção por Sumidouros de Gases de Efeito Estufa do Distrito Federal. Os resultados são surpreendentes pelos números, mas não pela lógica. Praticamente metade das emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono entre 2005 e 2012, período do estudo, no ar do Distrito Federal vem justamente pelo segmento de transporte.


E pelo tipo de combustível, o grande vilão da poluição é justamente o automóvel, responsável por praticamente 70% das emissões dentro do segmento de transportes. O estudo faz um alerta para a necessidade de ampliação das redes de transportes públicos, com o crescimento da malha de metrô e de corredores de ônibus, que com espaço privilegiado na cidade, ganham eficiência e capacidade, podendo assim convencer mais pessoas a deixarem os automóveis em casa no dia a dia. O relatório é bem claro ao mostrar que o maior crescimento de emissões pelos veículos ocorreu justamente no período que a indústria automotiva recebeu benefícios fiscais do Governo Federal. Se por um lado, houve planejamento em Brasília, mesmo que privilegiando os carros em vez das pessoas, por outro lado as cidades do Distrito Federal sofrem com a falta de infraestrutura e com crescimento desorganizado ao longo da história, o que impacta também na necessidade de criação de uma malha para os transportes públicos pensando em toda a região e na integração com os municípios próximos que ficam em Goiás. Inauguração de Brasília, na mesma época que era implantada a cultura do carro como status no Brasil. O Distrito Federal possui uma das maiores relações de veículos por habitantes. São 55 automóveis para um grupo de 100 habitantes. O problema não é apenas a taxa de motorização, mas o uso que se faz do automóvel. Isso inclui as viagens diárias que poderiam ser feitas em redes de transportes públicos eficientes e até mesmo os pequenos deslocamentos, que deveria ser não motorizados. O decreto 7390, de 9 de dezembro de 2010, da Presidência da República, determina que até 2020 todas as unidades da Federação reduzam em ao menos 40% as taxas de emissões de gases de efeito estufa. Os transportes coletivos devem estar nos planos para que esta meta seja alcançada.


08.07.2016

Carros elétricos chineses desembarcam no Ceará Um programa inédito de compartilhamento de automóveis lançado no início desta semana em Fortaleza (CE) abriu as portas do país a carros elétricos de origem chinesa. Dois modelos importados da China - o pequenino Zhi Dou, do pouco conhecido Xindayang Group, e o crossover E6, um hatch com características de perua produzido pela BYD - foram escolhidos para compor a frota do serviço, que começa com cinco veículos, mas que, conforme o cronograma do projeto, já terá 20 unidades rodando na capital cearense a partir de setembro. Responsável pela iniciativa, a Hapvida, maior operadora de saúde no Nordeste, investe R$ 7 milhões no que é o primeiro serviço público de carros compartilhados na América Latina, reproduzindo no Brasil um modelo implementado em Londres e Paris. A intenção do grupo não é fazer do "carsharing" - como o serviço é conhecido em inglês - um novo negócio, mas sim divulgar e vincular seu nome a uma alternativa de mobilidade sustentável, estampando sua logomarca em veículos de emissão zero. A operação, ainda em fase de demonstração, começou na segunda-feira. A ideia é alcançar 50 mil usuários no primeiro ano. O projeto prevê 12 estações onde eles poderão retirar e entregar os carros. A distância média entre as estações, que também servem de postos de recarga das baterias, é de sete quilômetros. Para gerenciar a operação, a Hapvida contratou a Serttel, a mesma empresa responsável por administrar o compartilhamento de bicicletas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Interessados no serviço precisam se cadastrar no sistema e, após habilitado, baixar o aplicativo por onde conseguem reservar e obter uma "chave virtual" para destravar e travar os veículos. É cobrada uma taxa de adesão mensal de R$ 40,00, que pode ser revertida em crédito para aluguel dos automóveis. O usuário paga R$ 20,00 para utilizar o carro por até meia hora. No que passar disso, são cobradas taxas, descontadas do cartão de crédito, que variam de R$ 0,40 a R$ 0,80 por minuto de uso. A receita gerada pelo serviço fica com a Serttel. Há pouco mais de três meses, a General Motors (GM) começou a testar o modelo de compartilhamento de carros com funcionários de sua fábrica no ABC paulista. A ideia da montadora é, até o fim deste ano, levar o serviço a um condomínio residencial de São Paulo. Segundo um estudo da consultoria Boston Consulting Group (BCG), o número de adeptos do "carsharing" vai saltar de 5,8 milhões para 35 milhões de pessoas em todo o mundo até 2021. O impacto nas vendas de veículos novos, no entanto, deve ser inexpressivo, na avaliação da casa, já que a maioria dos motoristas não deve abdicar totalmente de ter o carro próprio. Ao mesmo tempo, cerca de um terço das vendas perdidas será compensada pela própria demanda vinda das frotas de automóveis compartilhados em grandes centros urbanos.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.