Fim de Semana ARTESP - edição 64_

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EDIÇÃO 64 – 22 DE JULHO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105


22.07.2016

Programa de concessões será mais modesto -BRASÍLIA- O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, disse ao GLOBO que, ao contrário do que se esperava anteriormente, o Programa de Parceria de Investimentos (PPI) será mais modesto. O governo decidiu que, na primeira carteira de investimentos, que será anunciada no início de agosto, além dos quatro aeroportos (Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis), estarão na lista a renovação antecipada de duas concessões de rodovias que beneficiam o Estado do Rio. Uma é a Nova Dutra, em que o concessionário vai duplicar o trecho na Serra das Araras; a outra é a BR-101, no trecho RioSantos. A contrapartida para a renovação são investimentos imediatos pelas concessionárias. Também estarão na lista a Ferrovia Norte-Sul e dois terminais portuários de passageiros, em Fortaleza (CE) e Recife (PE). A expectativa inicial da carteira do PPI contemplava 15 rodovias, além de ferrovias e áreas portuárias em Belém (PA), Santos (SP) e no Rio. O ministro justificou que agora não se pode mais contar com o BNDES como antes e que os modelos da concessão estão sendo revistos para atrair os investidores, sobretudo no caso de rodovias. Por isso, a ideia é adiar novas concessões do setor e só antecipar a renovação dos contratos atuais. — O anúncio vai ser dividido pela maturidade dos processos — disse, acrescentando que os projetos selecionados estão maduros, e as concessões devem ocorrer ainda este ano, com exceção da Norte-Sul, prevista para o segundo semestre de 2017. ARCO METROPOLITANO- Quintella disse que o governo do Rio quer que a União estadualize o Arco Metropolitano. O Rio quer conceder a via ao setor privado para melhorar suas receitas. Segundo o ministro, não há como a concessão da Rio-Santos ser viável sem o Arco. Ele disse que conversaria com o governador interino, Francisco Dornelles: — O governo do Rio passa por dificuldades de caixa muito grandes e precisa de outorga, mas, se você separar o Arco da Rio-Santos, você pode até ter outorga, mas vai inviabilizar a concessão da Rio-Santos. O que fazer? Conceder o Arco com a RioSantos, fazer uma única concessão para viabilizar os dois. O que o Ministério quer é conceder tudo. Ele argumentou que, no caso da concessão de duas rodovias que beneficiariam o Rio, a ideia é gerar investimentos a curto prazo, em um momento em que o país precisa, e o governo não tem dinheiro para investir. Destacou que serão mais de R$ 3 bilhões em investimentos. Quintella confirmou que o governo trabalha em uma medida provisória para justificar a renovação antecipada das concessões.


— São trechos antigos que foram concedidos, que têm gargalos e não têm previsão de investimentos — completou o ministro. No caso da Dutra, o concessionário ficaria responsável pela construção da nova subida da Serra das Araras e por fazer uma série de intervenções ao longo da rodovia (como vias marginais e viadutos). O projeto foi desenvolvido pela própria concessionária Nova Dutra e prevê o aumento do prazo de concessão, que termina em 2021, em 16 anos e nove meses. Os investimentos somam R$ 3,4 bilhões. O ministro disse não concordar com a declaração do prefeito do Rio, Eduardo Paes, de que a Olimpíada é uma oportunidade perdida para o Brasil. Para Quintella, o evento deixará um legado de mobilidade urbana na cidade e, em consequência, no Brasil: — O Eduardo Paes estava aborrecido nesse dia. Não acho que seja uma oportunidade perdida para o Brasil. Vai ficar um legado na parte de equipamentos esportivos no Rio e também espalhado por todo o país. Foram feitos investimentos em equipamentos para treinamento de atletas, para preparação. O maior legado de todos é o espírito esportivo, o incentivo a toda uma geração, que participará cada vez mais de esportes e de esportes que o brasileiro só vê pela televisão. Sobre as críticas sobre a demora na entrega de obras como a Linha 4 do metrô, ele lembrou a crise política e econômica: — Mesmo que a obra do metrô fique pronta dentro de apenas quatro dias, o Brasil conseguiu superar as dificuldades e está preparado para as Olimpíadas, do ponto de vista de mobilidade urbana, dos seus aeroportos, portos, segurança. A grande parte das obras foi inaugurada com antecedência.


21.07.2013

Régis Bittencourt registra redução de 31% no número de vítimas fatais em 2016 Os primeiros seis meses de 2016 apresentam melhorias dos indicadores de segurança viária do trecho sob concessão da Autopista Régis Bittencourt, entre São Paulo e Curitiba. Na comparação com o primeiro semestre de 2015, houve redução de 31% no número de vítimas fatais, de 23% no número de acidentes com fatalidades; e queda de 3% no número total de acidentes e de 7% no número de feridos. Entre janeiro e junho de 2016 foram registrados 36 óbitos decorrentes de acidentes na rodovia, frente os 52 verificados no mesmo período de 2015. Houve redução também no número de acidentes que resultaram em fatalidades, de 47 em 2015 para 36 em 2016. O número de vítimas feridas recuou de 1.011 para 937. Quanto ao número de vítimas fatais, os dados de reduções são registrados pelo quarto ano consecutivo neste período (veja tabela). Em relação ao primeiro semestre de 2011, em que historicamente os números apresentaram os dados mais elevados após o início da concessão – foram 112 vítimas fatais – a redução chega ao patamar de 67% em 2016.

Acidentes Fatais Vítimas fatais

1º 1º 1º 1º Redução SEM/2013 SEM/2014 SEM/2015 SEM/2016 2015/2016 74 57 47 36 23% 85

64

52

36

31%

Radares No mês de junho de 2016 completou um ano a operação de multas dos radares fixos instalados ao longo da rodovia Régis Bittencourt, implantação realizada em apoio à fiscalização da Polícia Rodoviária Federal. Após esta ação, se compararmos o período de julho a junho 2014/2015 e, posteriormente, 2015/2016, o número de vítimas fatais reduziu na ordem de 32%, de 118 para 80. A queda de acidentes também ficou em 3% no período.


Na região de Campina Grande do Sul (PR), em especial no km 33 (Curva da Cigana) onde o número de acidentes era mais significativo, houve diminuição de 83%, passando de 12 ocorrências entre julho de 2014 a junho de 2015, para 2 nos 12 meses seguintes. Também nesta região, próximo à Represa Capivari, houve redução de 67%, passando de 12 para 4 acidentes registrados. Em São Paulo, na região da Barra do Turvo e Cajati, a concessionária registrou queda na ordem de 40% em dois pontos onde há os equipamentos. Cabe ressaltar que, nesses trechos, também houve melhorias para o reforço na sinalização vertical e horizontal, e alguns pontos também com a implantação de iluminação. “O radar é uma das ações que contribuem para o nosso programa de redução de acidentes. Podemos afirmar que são esforços coordenados de melhorias estruturais, fiscalização e conscientização” explica o gerente de tráfego, Francisco Pires. Investimentos e conscientização “A Autopista Régis Bittencourt tem feito investimentos permanentes na recuperação, conservação e manutenção da rodovia, o que se reflete em melhores condições de trafegabilidade, sinalização mais eficiente e novos dispositivos de segurança. Até o final de 2015, mais de R$ 2 bilhões foram investidos em obras e na operação da BR-116 SP/PR”, afirma o diretor executivo, Nelson Segnini Bossolan. A concessionária trabalha no tratamento dos pontos considerados críticos na rodovia. Como exemplo, houve a eliminação de um ponto de conflito com a construção de um retorno em desnível no km 292, na região de Itapecerica da Serra (SP), concluído no final de 2015, em que os acidentes preponderantes eram as colisões laterais e transversais envolvendo caminhões, tendo como principal causa o retorno em nível existente, e que foi fechado após a nova obra. Mais dois retornos em desnível devem ser concluídos nos próximos meses, no km 288, também em Itapecerica da Serra (SP), e no km 322, em Juquitiba (SP). As ações educativas e de fiscalização, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, são fatores importantes para a redução de acidentes de fatalidades. Em junho de 2016, a Autopista Régis Bittencourt promoveu mais uma edição do Saúde na Boleia, com atividades voltadas ao bem-estar e conscientização dos caminhoneiros. A Operação Serra Segura é outro exemplo de ação conjunta da Concessionária e a PRF. A iniciativa tem o objetivo de orientar caminhoneiros quanto aos riscos de acidentes devido ao excesso de velocidade e falta de manutenção dos veículos, entre outros. Periodicamente são realizadas as campanhas institucionais da Arteris, como o Viva Motociclista, Passarela Viva e Viva Ciclista com o incentivo à segurança no trânsito. Somado a tudo isso, está o empenho das equipes que prestam serviços de atendimento aos usuários na rodovia, 24 horas por dia, para garantir a segurança viária.


21.07.2016

Rodovia Fernão Dias tem queda de 39% nas vítimas fatais em acidentes Pesquisa feita pelo GERAR mostra ainda que 40,5% dos acidentes se dá por perda de controle do veículo. Grupo estratégico realiza ações desde 2013 para reduzir os índices de acidentes. A Autopista Fernão Dias, empresa do Grupo Arteris, registrou no primeiro semestre 2016 uma redução de 39% nas vítimas fatais no BR-381, entre Contagem/MG e Guarulhos/SP, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O estudo foi conduzido pelo GERAR (Grupo Estratégico de Redução de Acidentes) da concessionária, em parceria com a área de operações da empresa. O levantamento também apontou que houve uma redução de 8% no número total de acidentes, o que representa 337 casos a menos. No trecho do Sul de Minas, entre Extrema e Santo Antônio do Amparo, o total de vítimas fatais e feridas apresentou queda de 32,3% e 25,2%, respectivamente. Já o total de acidentes caiu aproximadamente 5,4%. Esta redução se deu, em grande parte, pelo trabalho desenvolvido pelo GERAR desde 2013, ano em que foi o órgão foi criado. O grupo atua em estudos com o objetivo de reduzir as ocorrências ao longo da rodovia. A equipe reúne gestores e colaboradores da Autopista Fernão Dias, de forma multidisciplinar, que se dedicam a definir ações que serão realizadas pelo grupo para reduzir em 50% o número de mortes na rodovia até 2020. “O GERAR faz um trabalho constante, com metas, plano de ação e muito planejamento”, destaca o diretor superintendente da concessionária, Helvécio Tamm de Lima. Um dos trechos que recebeu várias ações foi o Km 921, em Camanducaia. No local foram implantadas linhas de estímulo à redução de velocidade e placas de advertência que alertam os motoristas sobre curvas, declive e limite de velocidade. Além disso, no trecho também foi instalado radar e sistema de iluminação. Após as mudanças, o total de vítimas fatais foi reduzido a zero e o número de acidentes saiu de 67 em 2013, para sete em 2016. Quanto aos índices de acidentes, levando em conta as causas prováveis, 40,5% se deu por perda de controle do veículo, 22,3% por descuido do motorista e 4,8% por dormir ao volante. “Estamos muito otimistas para alcançarmos a meta de redução de acidentes. No trecho da Autopista Fernão Dias vem sendo feito um trabalho intenso em conjunto com a engenharia e operações para aumentar a segurança dos nossos usuários e também realizamos campanhas e ações educativas que contribuem para a conscientização”, explica José Carlos de Oliveira, coordenador do GERAR da Autopista Fernão Dias. “Quando se analisa a causa, fica fácil perceber que a maioria dos acidentes poderia ser evitado”, acrescenta


21.07.2016

Quantidade de mortes no trecho da Triunfo Concepa caiu 47% no primeiro semestre No primeiro semestre deste ano, se comparado com o mesmo período do ano passado, a quantidade de mortes nos 121 quilômetros administrados pela Triunfo Concepa caiu 47%. Se no primeiro semestre de 2015 foram 17 mortos, neste período deste ano foram nove vítimas que perderam a vida em acidentes na estrada. Seguindo a mesma tendência, também houve redução, de 36%, na quantidade de acidentes com vítimas fatais de janeiro a junho deste ano. Os acidentes que causaram apenas danos materiais também reduziram: foram 11% a menos neste ano. Os dados levantados pela Triunfo Concepa refletem uma realidade também constatada pela Polícia Rodoviária Federal gaúcha, que recentemente divulgou levantamento que aponta que nas rodovias federais que ficam no Estado, também de janeiro a junho deste ano, houve redução de quase 20% na quantidade de mortes e de cerca de 30% na quantidade de acidentes. Embora tanto os números do trecho administrado pela concessionária quanto os de todas as rodovias federais no Estado sejam positivos, nas rodovias administradas pela Triunfo Concepa constata-se que estão aumentando as ocorrências relacionadas com manutenção dos veículos. As panes elétricas aumentaram 29% no período, as panes mecânicas, 14%, e as panes secas – ou seja, veículos que ficaram sem combustível ao longo da viagem – aumentaram 33%. As ocorrências em decorrência de aquecimento excessivo do motor aumentaram 39%. Veja resumo dos principais dados do semestre 2016/1: Tipo de1º sem 2015 ocorrência Mortes 17 Acidente com679 danos materiais Acidente com107 vítima Acidente com14 vítima fatal Pane elétrica 661 Pane mecânica 11.161 Pane seca 771 Aquecimento do979 motor

1º semVariação no período 2016 9 - 47% 602 -11% 131

22,4%

9

- 36%

852 12.783 1.025 1.362

29% 14,5% 33% 39%


22.07.2016

Mudança da Ceagesp deve exigir transformação na zona norte de SP Com um consumo de água de quatro shoppings Ibirapuera, um tráfego de 12 mil veículos e 50 mil pessoas por dia, a Ceagesp exigirá uma transformação estrutural em Perus, na zona norte de São Paulo, caso avance a proposta de remanejamento do maior entreposto da América Latina para essa região. O bairro periférico se tornou foco das atenções após a gestão Fernando Haddad (PT) se unir a um grupo de comerciantes para defender a saída do entreposto de alimentos da Vila Leopoldina (zona oeste) e a sua realocação em um terreno de Perus, a mais de 20 km do centro. Inicialmente rejeitada pela nova direção da Ceagesp, a ideia acabou recebendo aval de Blairo Maggi, ministro da Agricultura do governo Temer (PMDB), e a prefeitura discute dar benefícios à União, responsável pela companhia, caso a mudança ocorra em até cinco anos. A implantação do novo empreendimento, porém, enfrentará gargalos urbanísticos ligados tanto ao sistema de abastecimento como à infraestrutura viária de Perus, que tem população próxima de 80 mil habitantes. Os terrenos adquiridos pelo Nesp (Novo Entreposto de São Paulo), que reúne os produtores favoráveis à mudança, estão divididos ao meio pela rodovia dos Bandeirantes –com um pedágio adiante. Será preciso uma via de acesso para interligá-los. Além disso, embora a proximidade rodoviária seja um facilitador, serão necessárias intervenções na malha viária local, estreita e com a presença de residências e comércios. Outro entrave deverá ser redimensionar a atual estrutura de saneamento local. A região não tem tubulações e reservatórios suficientes para a demanda extra de 40 milhões de litros mensais de água-volume destinado atualmente pela Sabesp ao espaço na Vila Leopoldina. Os defensores do remanejamento, no entanto, avaliam ser possível contornar esses e outros obstáculos com investimentos de R$ 5 bilhões -que dependeriam, porém, de recursos dos próprios comerciantes e produtores. A Arena Corinthians, por exemplo, custou R$ 1,6 bilhão. "A ideia é que haja uma oferta diária 50% maior [de produtos e valores negociados] do que está hoje [na Vila Leopoldina]", afirma João Crestana, porta-voz do Nesp. O grupo de permissionários que se opõe à ideia diz temer pelos gastos com uma "aventura". "Estou aqui há 16 anos, já devo ter investido R$ 2 milhões com reformas e ponto comercial. Vou ter que sair e ainda investir em outro local?", questiona Eduardo Innocente, permissionário que diz exigir uma indenização para sair da Vila Leopoldina.



O urbanista Renato Cymbalista, da USP, considera que a mudança da Ceagesp para qualquer outro ponto da cidade naturalmente traz impactos na infraestrutura. Mas, para ele, a proximidade com a rodovia dos Bandeirantes, Anhanguera e Rodoanel são um trunfo do novo endereço. Antonio Carlos Sant'Anna, professor do Mackenzie em urbanismo, diz que uma mudança do tipo precisa ser acompanhada de atenção do Estado em diversos setores. "É necessário que se considere quantos empregos serão gerados e se há necessidade de criação de habitação popular, como CDHU, para viabilizar essa mão-de-obra ou se há capacidade de locomoção de transporte de massa ao local", afirma. Decio Zylbersztajn, engenheiro agrônomo e professor do departamento de administração da USP, avalia que a tecnologia existente no agronegócio pode levar ao enfraquecimento do atual modelo da Ceagesp. "Por um sistema informatizado, o produto não precisaria vir até São Paulo, iria direto para o seu comprador", defende ele. ANTIGO ENDEREÇO Para os urbanistas ouvidos pela Folha, a saída do Ceagesp da Vila Leopoldina abriria um enorme potencial para a cidade de São Paulo. "Seria ótimo a construção de um bairro de uso misto, com diferentes camadas sociais, que não fique refém do mercado imobiliário", disse Sant'Anna. Cymbalista tem a mesma visão sobre a área remanescente. "Não pode acontecer uma nova Barra Funda, onde os galpões deram lugar apenas para condomínios de alto padrão. Enquanto, a gente não tiver um bom plano para a Vila Leopoldina, acho que o Ceagesp não tem que sair de onde está". TEMORES DE PERUS Em Perus, na zona norte de São Paulo, muitos moradores temem que o entreposto traga poluição e trânsito para uma região considerada tranquila e com muitas áreas verdes. "Perus é bem calmo, com vários parques. De repente vai chegar um monte de caminhão, com poluição e barulho, e transformar tudo aqui", afirma Gerson Marques, 27. Ele trabalha na administração da Escola Estadual Brigadeiro Gavião Peixoto, que fica ao lado do terreno do Nesp. Mesmo assim, Marques não sabia do projeto. Sua colega, a funcionária Josiane Teixeira, 35, tampouco. Ela se preocupa com o impacto do entreposto no bairro onde mora e trabalha."Perus já tem muito trânsito, imagina com caminhões", diz. Apesar disso, a funcionária reconhece que faltam empregos no distrito, que tem um dos IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixos da cidade. "A maioria das pessoas aqui trabalha no centro. Se tivesse mais emprego, seria bom." A opinião é compartilhada por Simone Rocha, 39, moradora de Vila Caiuba, um bairro de vielas e casas sem reboco. Da sua janela, Simone tem a vista do terreno do Nesp. "Não sei se é bom, esses lugares são muito sujos, com caminhão", diz ela, que já tinha ouvido falar do projeto. Assim como outros moradores do bairro, Simone usa o terreno como área de lazer. "Fazemos piqueniques, as crianças andam de bicicleta. Ali você só escuta passarinhos", diz.


20.07.2016

Tarifa aérea média em 2015 tem recuo de 9% em relação a 2014 Brasília, 20 de julho de 2016 – A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) divulga hoje o 34º Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas que compreende o 2º semestre de 2015. No período de janeiro a dezembro de 2015, a Tarifa Aérea Média Doméstica Real foi de R$334,50, representando redução de 9,0% em relação a 2014, quando a Tarifa Aérea Média Doméstica Real foi de R$ 367,53. No mesmo período, o Yield Tarifa Aérea Médio Doméstico Real (valor médio que o passageiro paga por quilômetro voado em território brasileiro) foi de R$ 0,30264, valor 11,7% menor do que no ano anterior. Das tarifas aéreas comercializadas ao público em geral, em 2015, 57,5% foram a valores abaixo de R$ 300,00 e 11,4% abaixo de R$ 100,00. Tarifas acima de R$ 1.500,00 corresponderam a 0,6% do total. Desde o 1º semestre de 2015, o Relatório de Tarifas também contempla informações sobre as tarifas por unidade da federação e por pares de regiões do país. Observou-se no ano, que entre as unidades da federação, o estado do Espírito Santo teve a menor tarifa média real, com R$ 257,73. Já a maior tarifa média foi apurada no estado do Acre, com valor de R$ 551,74. Ainda no âmbito regional, observou-se queda no Yield médio de todas as unidades da federação, com exceção de Mato Grosso do Sul, onde o indicador subiu 2,9% de 2014 para 2015. Nas ligações entre as regiões geográficas, não foi verificado nenhum aumento nas médias do ano, sendo que a maior queda foi nas ligações entre as regiões Norte e Sul (-25%) e a menor foi nas ligações entre Centro-Oeste e Sudeste (-1,3%). No 2º semestre de 2015, foi possível observar uma retração do mercado, com quedas tanto na demanda quanto na oferta do setor. Nesse contexto, a Tarifa Aérea Média Doméstica no 2º Semestre de 2015 foi de R$ 365,41. No 2º semestre de 2014 o índice registrava tarifa média de R$ 366,06.


22.07.2016

Caio fornece ônibus de aço inox para o Chile RENATO LOBO

A cidade de Rancagua, região central do Chile, recebe novos ônibus produzidos aqui no Brasil pela Caio Induscar, no modelo Apache Vip. Os veículos prestarão serviços transportando funcionários de empresa de extração de cobre. A novidade é que o modelo possuí estrutura e revestimentos em aço inox, já que os ônibus operam em zonas de mineração, sendo áreas que possuem muita poeira e resíduos altamente corrosivos. Outro cuidado com a estrutura foi a vedação especial e proteção anticorrosiva em vários itens da carroceria. Devem chegar a 530 o número de novos ônibus que a Caio fornecerá ao país. No passado a empresa com sede em Botucatu, no interior de São Paulo, forneceu ônibus para a Buses Metropolitana, que opera no sistema Transantiago. Entre os veículos adquiridos está o modelo Mondego HA sobre chassi O500 UA (articulado) e Mondego H sobre chassi O500U (sem articulação), ambos de piso baixo, totalizando 640 unidades.


21.07.2016

Câmeras instaladas nas estradas auxiliam o monitoramento de cargas Programar e monitorar a chegada de cargas através dos modais rodoviário e ferroviário no Porto de Santos é a principal atribuição da Supervisão de Acesso Terrestre da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). O setor faz parte da Gerência de Acesso Terrestre e Aquaviário (Getaq) e tem como objetivo garantir que a chegada de mercadorias não cause transtornos às demais atividades portuárias. O trabalho é feito com o auxílio de câmeras instaladas ao longo dos acessos ao Porto de Santos, além dos sites de acompanhamento de informações em tempo real, como o da Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes (SAI). O setor também acompanha o cumprimento do agendamento de caminhões através do Sistema de Gestão de Tráfego de Caminhões (SGTC), desenvolvido pela Codesp para o regramento dos acessos terrestres ao complexo santista. De hora em hora a situação dos pátios reguladores é avaliada, assim como a quantidade de caminhões que deixam essas instalações seguem em direção aos terminais portuários. O trabalho é feito para evitar o excesso de veículos na entrada da Cidade e no trajeto até seu destino, inclusive aos finais de semana e feriados. O setor também elabora relatórios do desempenho operacional do tráfego de veículos e composições ferroviárias em direção ao Porto de Santos. Esta supervisão é gerida por um administrador especialista portuário e sete técnicos. Todos estão localizados no prédio do Tráfego da Codesp, que fica na antiga Diretoria de Operações (Dirop) da estatal. O principal setor da empresa com relacionamento direto é a Guarda Portuária (Gport), que promove o controle efetivo do tráfego rodoviário no complexo. Também é obrigatório o relacionamento direto com entidades como a Ecovias, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos e a Portofer, concessionária ferroviária do Porto de Santos. O setor trabalha no desenvolvimento o sistema Portolog, que será responsável por gerir e organizar a quantidade de cargas, trens e caminhões que atendem à demanda ferroviária e rodoviária do Porto de Santos. O objetivo é monitorar o transporte de cargas desde a sua origem até o cais santista. O projeto está em fase final.


14.07.2016

Nova lei: Detran.SP orienta sobre o uso correto das luzes Conduzir veículo com o sistema de iluminação irregular, utilizando as luzes de forma incorreta ou mesmo deixando de acioná-las pode gerar diversos transtornos no trânsito para os motoristas, entre eles acidentes e multas. Por isso, o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) alerta os condutores sobre a importância de manter o sistema de iluminação sempre regular e acionar na situação certa cada tipo de luz. É importante reforçar que desde sexta-feira, 8 de julho, o uso do farol baixo durante o dia nas rodovias se tornou obrigatório para todos os veículos, conforme estabeleceu a Lei Federal nº 13.290. A exigência de se manter a luz baixa acesa ocorre em outras duas situações: à noite e nos túneis com iluminação pública, em qualquer horário. Em túneis sem iluminação deve-se usar a luz alta. O motorista deve sempre ter em mente que é fundamental ver e ser visto no trânsito. Por isso, o proprietário do veículo precisa ficar atento às condições do sistema de iluminação, que deve estar sempre devidamente regulado, com lâmpadas em bom estado. Confira como utilizar de forma correta as luzes do veículo: Luz baixa (farol baixo) – É a luz destinada a iluminar a via diante do veículo sem causar incômodo aos motoristas que trafegam em sentido contrário. É permitido conduzir com a luz baixa acionada durante todo o dia, o que torna o veículo mais visível. A partir do dia 8 de julho de 2016, o motorista deverá utilizar o farol baixo


em rodovias mesmo durante o dia. Além disso, permanece obrigatório manter a luz baixa acesa durante a noite; e nos túneis com iluminação pública, em qualquer horário.Já veículos de transporte coletivo de passageiros, circulando em faixas a eles destinadas, e motocicletas devem manter a luz baixa acesa sempre, de dia e de noite. O motorista que infringir essas regras poderá ser autuado e receber quatro pontos na habilitação, além de multa de R$ 85,13, pois é infração média. Luz alta (farol alto) – Tem o objetivo de iluminar a via até uma grande distância do veículo. Só deve ser utilizada em vias não iluminadas. Em túneis sem iluminação também deve-se usar a luz alta. Precisa ser desligada quando um veículo em sentido contrário estiver se aproximando ou quando ficar atrás de um veículo trafegando no mesmo sentido. Nessas situações, o motorista precisa trocar momentaneamente a luz alta pela baixa. Porém, piscar os faróis, alternando as luzes baixa e alta, é permitido só em dois casos: 1) para indicar ultrapassagem; 2) para alertar sobre riscos na via. Transitar com o farol desregulado ou com o facho de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor é infração grave e gera multa de R$ 127,69 e cinco pontos na habilitação. Já usar luz alta em vias com iluminação pública ocasiona multa de R$ 53,20 e três pontos no prontuário por ser infração leve. Fazer uso da luz alta e baixa, piscando os faróis, de forma inapropriada gera multa de R$ 85,13 e quatro pontos porque é infração média. Luz de posição (lanterna ou farolete) – É a luz do veículo destinada a indicar a presença e a largura do veículo. Deve ser acionada em duas situações: 1) à noite, somente quando o carro estiver imobilizado para embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias; 2) sob chuva forte, neblina ou cerração (nessas condições a luz de posição pode ser substituída pela luz baixa). Deixar de manter a luz de posição acessa nesses casos é infração média e o motorista pode receber quatro pontos na habilitação e multa de R$ 85,13. Luz indicadora de direção (seta) – Destinada a indicar com antecedência aos demais usuários da via que o veículo mudará de direção ou de faixa de circulação para a direita ou para a esquerda. Precisa ser acionada obrigatoriamente antes de iniciar qualquer manobra que acarrete o deslocamento lateral do veículo, como por exemplo: ultrapassagem, mudança de faixa, conversão à direita ou à esquerda e retornos. Não utilizar a seta é infração grave. O motorista é penalizado com multa de R$ 127,69 e cinco pontos na habilitação. Pisca-alerta – Luz intermitente utilizada em caráter de advertência. Deve ser usada para indicar aos demais usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação de emergência, como em casos de imobilização por problemas mecânicos, atropelamento, parada muito abrupta, a fim de evitar um engavetamento, entre outras situações. Também precisa ser acionada quando a regulamentação da via assim determinar (em vagas de estacionamento com a informação de que se pode estacionar desde que por um breve período de tempo, com o pisca-alerta ligado). Não é permitido acionar o pisca-alerta por causa de congestionamento ou em situações de neblina, por exemplo. O motorista que desrespeitar essas regras poderá ser multado em R$ 85,13 e receber quatro pontos na habilitação, pois é infração média.


21.07.2016

Exame toxicológico em caminhoneiros volta a ser obrigatório em SP O exame toxicológico para motoristas de ônibus e caminhões voltou a ser obrigatório no Estado de São Paulo. A liminar que autorizava o Detran (departamento de trânsito) a não obedecer a medida foi derrubada na última sextafeira (15). A Procuradoria Geral do Estado tenta reverter a decisão. Enquanto isso, o sistema federal de habilitação vai impedir a emissão de CNHs nas categorias C, D e E (para caminhão, ônibus e carreta, respectivamente) no Estado, caso não conste a aprovação no exame, feito na rede credenciada pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Vigente em todo o território nacional desde o início de 2016, a obrigatoriedade estava suspensa em ao menos 12 Estados, incluindo São Paulo, a pedido dos departamentos de trânsito estaduais. Segundo o Detran de SP, existem no Estado aproximadamente 5,2 milhões de carteiras de habilitação nas categorias afetadas. A exigência do exame é válida apenas para renovar ou obter a CNH nessas categorias –quem já possui carteira válida não precisa fazer o teste. A relação da rede de coleta credenciada por ser encontrada no site do Denatran e o custo do exame varia entre R$ 295 e R$ 380. O laudo, que demora em média 15 dias úteis para ficar pronto, deve ser apresentado no Detran, no momento de renovação da habilitação e também na avaliação médica. Motoristas que forem reprovados no exame terão que aguardar três meses para fazer uma nova tentativa. Discordância Entre os argumentos para a exigência está a alta incidência do uso de drogas em profissionais desses setores, que procuram se manter acordados para trabalharem por mais horas, já que ganham por produtividade. Essa prática é vista como temerária, pois pode causar acidentes em estradas. Em abril, a então delegada responsável pelo Detran em Minas Gerais, Rafaela Gigliotti, questionou esse argumento. “Não existe comprovação científica de que [essa medida] reduz acidentes, porque o exame detecta o uso de drogas nos 90 dias que o antecedem e, para a fiscalização, o que é importa é o momento da condução do veículo.” Minas é um dos Estados em que a exigência foi barrada. O Denatran sustenta o exame, mas o diretor à época, Alberto Angerami, fez a ressalva de que “o exame deveria ser feito no momento da fiscalização nas estradas, porque seria mais eficaz para reduzir acidentes”. O teste é obrigatório em setores como a aviação civil e em concursos públicos para policiais militares, civis e federais.


21.07.2016

Motorista submetido à jornada extenuante tem direito à indenização Afastado do convívio familiar em consequência da jornada excessiva de trabalho, um motorista de Jundiaí conquistou o direito de ser indenizado por dano existencial. Em decisão unânime, os desembargadores da 11ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região condenaram uma transportadora a pagar R$ 20 mil ao empregado. Ao analisar o processo, eles constataram que a transportadora submetia o trabalhador a uma jornada que o afastava do convívio social e contribuía para desestruturar sua família. Além da transportadora, também foi condenada subsidiariamente uma indústria, para quem o motorista prestava serviços. O motorista trabalhou para a transportadora por quatro anos, com jornadas diárias de doze horas e alternância semanal de turnos. Por quatro dias seguidos, ele trabalhava das 5h30 às 17h30, folgava dois dias e, na sequência, laborava por mais quatro dias das 17h30 às 5h30. No pedido apresentado à Justiça do Trabalho, o motorista afirmava que a jornada excessiva o impedia de ter momentos de lazer e de desfrutar da convivência familiar e social. “A jornada excessiva afasta o trabalhador do convívio social, desestrutura sua família, acarreta doenças e, por outro lado, presta-se a um aumento tresloucado de lucro que raramente é repassado ao empregado”, afirmou o desembargador-relator João Batista Martins César. Ele também destacou que a limitação da jornada de trabalho é uma conquista histórica de movimentos operários, responsáveis por impulsionar a criação de outros regramentos trabalhistas. A empresa contra-argumentava dizendo que a jornada de 4×2, com turnos alternados, estava prevista em convenção coletiva. Na decisão, o desembargador João Batista Martins César explicou que são inválidas normas coletivas que estabeleçam jornada superior a oito para turnos de revezamento. De acordo com a Orientação Jurisprudencial 360 do Tribunal Superior do Trabalho, o trabalhador que exerce as atividades em turnos alternados (diurnos e noturnos) tem direito à jornada especial de seis horas. Além da indenização por dano existencial, o motorista receberá horas extras, com pagamento de adicional de 50% calculados sobre as horas que excederem a sexta diária.


22.07.2016

Tesla anuncia plano para caminhões e ônibus elétricos e carro compartilhado DO "FINANCIAL TIMES" Elon Musk, o presidente-executivo da Tesla Motors, delineou uma visão exaltada e futurista para sua montadora de carros elétricos, em um esforço para retomar a iniciativa depois dos revezes recentes que alguns de seus mais ambiciosos planos sofreram. Escrevendo no blog da empresa na quarta-feira (20), Musk definiu o que descreve como uma atualização no "plano mestre" para a Tesla que ele divulgou dez anos atrás. O plano envolve expandir a Tesla para que ela produza uma linha ampla de carros, caminhões e ônibus elétricos, bem como um aplicativo para smartphones por meio do qual os donos de Teslas poderão, um dia, ganhar dinheiro alugando a terceiros os seus carros autoguiados. Ainda que boa parte do plano pareça vaga, ecoando o hábito de Musk de despertar o interesse por meio de novas ideias muito antes que estas possam entrar em produção, ele revelou que a Tesla estava "nos estágios iniciais de desenvolvimento" de caminhões de carga pesados e de uma nova forma de "transporte urbano com alta densidade de passageiros", dois projetos que provavelmente serão revelados no ano que vem. Com sua mistura característica de ambição, autojustificativa e imprecisão, o desenho oferecido por Musk para o plano de dez anos parecia destinado a atrair reações céticas, em um momento no qual a Tesla enfrenta crescentes desafios.


"Como é típico, Elon Musk delineou um plano grandioso para o futuro sem cronograma e com poucos detalhes específicos, e sem menção de quando e como a Tesla se tornará lucrativa", escreveu Michelle Krebs, analista sênior da "Autotrader", uma revista de automóveis norte-americana. CRÍTICAS O post da quarta-feira surgiu um mês depois que Musk esbarrou em uma muralha de ceticismo ao fazer uma oferta pela aquisição da SolarCity, empresa de instalação de painéis solares da qual ele é presidente do conselho, pagando com ações da Tesla em valor de cerca de US$ 3 bilhões. Os investidores se preocuparam que isso distrairia a empresa em um momento crítico, enquanto ela luta por corrigir problemas de produção persistentes, e para acelerar em dois anos a produção em massa de seu próximo carro, o Modelo 3. A decisão de Musk de lançar uma versão rudimentar da tecnologia da empresa para carros autoguiados também atraiu críticas generalizadas, depois da notícia, no mês passado, de que uma colisão havia causado a morte do primeiro motorista ao volante de um carro autoguiado. Em seu post, Musk ofereceu mais uma defesa inflexível da decisão da Tesla de lançar a tecnologia, conhecida como Autopilot, ainda que esta tenha sido descrita como "beta", ou seja, em estágio de teste. Ele afirmou que a tecnologia de autocondução, "se usada corretamente", já é mais segura que um motorista humano, o que torna "moralmente reprovável postergar o lançamento por simples medo de uma reação adversa da mídia, ou por algum cálculo mercantil quanto à responsabilidade jurídica". Ele também reiterou seus argumentos em favor de uma combinação entre a Tesla e a SolarCity, para que a nova empresa possa vender "um produto que combine painéis solares e baterias e simplesmente funcione, transformando cada indivíduo em usina de energia pessoal, e ampliando a escala dessa experiência até que atinja o mundo". Foi "em larga medida um acidente histórico" que as duas empresas tenham sido criadas em separado, para começar, ele acrescentou. PARTE DOIS O post, intitulado, "Plano Mestre, Part Deux", ecoava um artigo que Musk escreveu dez anos atrás no qual ele primeiro delineou seu plano de combinar painéis solares e carros elétricos em uma só empresa, e ajudar o mundo a deixar para trás a dependência quanto ao carbono e se tornar "uma economia solar-elétrica". Além de reiterar suas esperanças de adquirir a SolarCity e definir uma meta de tornar a tecnologia de autocondução 10 vezes mais segura que um motorista humano, Musk revelou pela primeira vez seu plano para uma linha mais ampla de veículos elétricos Tesla. Eles incluiriam um "futuro esportivo utilitário compacto e um novo tipo de picape", para acompanhar o atual sedã Modelo S e o Modelo 3, ele afirmou. Além disso, Musk acrescentou que esperava um dia produzir ônibus autoguiados que, por não terem motoristas, teriam maior capacidade de passageiros em um veículo menor. "O mais recente [plano da] Tesla inclui expandir sua linha de veículos elétricos para cobrir todos os segmentos importantes em um momento no qual ela não consegue cumprir as metas de produção da limitada linha de produtos que tem agora e pelos próximos dois anos", disse Krebs.


21.07.2016

“Uber dos caminhões” capta R$ 49 milhões em duas rodadas de investimentos A CargoX, empresa que oferece serviços de transporte para empresas, anunciou a captação de R$ 35 milhões por meio de segunda rodada de investimentos (Série B), para garantir que a empresa acelere o desenvolvimento de sua tecnologia. O banco Goldman Sachs liderou a rodada, que contou com a permanência da participação do fundo de investimentos Valor Capital Group, LLC e dos investidores existentes, Oscar Salazar (Co-fundador do Uber), Hans Hickler (ex-CEO da DHL Express US), Agility Logistics e Lumia Capital. A operação se deu em sequência à primeira rodada de investimentos (Série A) da CargoX, no valor de R$ 14 milhões, liderada pelo Valor Capital Group, LLC, totalizando a captação de R$ 49 milhões. A CargoX utiliza tecnologia de ponta e excelência na ciência de dados para reduzir os custos de transporte ao usar a capacidade excedente existente dos caminhões e melhorar a visibilidade do frete. Segundo a empresa, sua equipe conta com os melhores, mais competentes e comprometidos profissionais do Brasil, Rússia, Argentina e dos EUA. Por conta da escassez significativa de opções ferroviárias e das poucas opções de transporte aéreo e marítimo no Brasil, a economia do país é altamente dependente dos caminhões, de modo que 65% da carga transportada no país é levada por caminhões. A expectativa é que o impacto geral na economia deverá ser relevante se a CargoX conseguir reduzir os custos de transporte.


“Nós acreditamos que a CargoX sabe usar de seu domínio da tecnologia para promover mudanças de grande escala no setor”, diz Hillel Moerman, codiretor da Goldman Sachs Private Capital. De acordo com Federico Vega, CEO da CargoX, “trata-se de alavancar tecnologia de ponta e design de alto nível para que a CargoX possa permanecer conectada a uma rede de milhares de caminhoneiros em tempo real”. “A nova rodada de investimentos permitirá que aprimoremos a nossa plataforma para continuar a escalonar as nossas atividades e revolucionar o transporte de carga, trazendo inovações e uma cultura fortemente pautada na meritocracia para um dos maiores e mais tradicionais setores da nossa economia”. “A CargoX está mudando a forma como as pessoas pensam sobre a indústria de transporte, além de gerar um impacto positivo ao reduzir estes custos na economia brasileira, de forma geral”, afirmou Oscar Salazar, co-fundador do Uber. Para Clifford M. Sobrel, ex-embaixador dos EUA no Brasil e Diretor Executivo do Valor Capital Group, LLC, “a CargoX é a primeira transportadora a criar e expandir o acesso a uma plataforma tecnológica de alto nível no setor de logística do país, e nos orgulhamos de ter feito a ponte entre a CargoX e os principais parceiros financeiros e estratégicos dos EUA”. Os caminhões brasileiros circulam vazios em 40% do tempo – como resultado, a quilometragem rodada sem carga, em um ano, seria suficiente para dar a volta ao mundo 300.000 vezes. Ao utilizar a capacidade excedente disponível nos caminhões, evitando, assim, que eles circulem vazios, a CargoX poderá reduzir as emissões de CO2 em até 15,6 milhões toneladas por ano, o equivalente às emissões de CO2 produzidas por 6.724.137 residências com quatro pessoas e um veículo no período de um ano. Hillel Moerman, codiretor do Goldman Sachs Private Capital, também fará parte do conselho da CargoX, juntamente com os membros atuais, incluindo Oscar Salazar (co-fundador do Uber), Hans Hickler (ex-CEO da DHL Express US) e Michel Nicklas, do Valor Capital. A CargoX – http://www.cargox.com.br – é a primeira transportadora do Brasil sem frota própria, baseada em tecnologia e inovação, operando conectada em tempo real por meio de um aplicativo próprio, a uma rede de mais de 100 mil motoristas autônomos. Lançada oficialmente em março deste ano e considerada como a “Uber dos caminhões”, a empresa é pautada pelas diretrizes agilidade, flexibilidade e qualidade na experiência do contratante do serviço, além de responsabilidade pelas cargas transportadas. A CargoX começou a ser estruturada em meados de 2015 por Federico Vega, CEO da companhia. Atualmente atende todas as regiões do país e com crescimento médio de 57% ao mês, espera faturar no primeiro ano de atuação cerca de R$ 50 milhões.


21.07.2016

Novas tecnologias podem contribuir para redução de carros nas ruas

Renata Cardarelli

Novos modelos de negócio no âmbito da mobilidade podem gerar, até 2025, uma economia de R$ 650 bilhões em infraestrutura viária e remover 20 milhões de carros das ruas. Os dados são da pesquisa Environmentally Sustainable Innovation in Automotive Manufacturing and Urban Mobility, divulgada por companhias britânicas especializadas em tecnologia da comunicação (BT e Frost & Sullivan). Não é novidade que os métodos tradicionais de transporte estão mudando graças às novas tecnologias, como por meio de aplicativos de demanda de taxis ou carros e caronas coletivas, como Uber, Blablacar ou Uber Pool. A novidade que a pesquisa traz é que poluição, congestionamentos e questões ligadas à segurança no trânsito podem ser mitigadas por meio do uso de novas tecnologias tanto no setor de manufatura quanto nos usos cotidianos das redes de mobilidade urbana. Segundo o relatório, em nove anos, as emissões de gás carbônico seriam reduzidas em 56 Mt referentes ao menor uso de carros e 121 MtCO2e referentes à cadeia de manufatura, por meio do uso das novas tecnologias. “As NTIC (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) são centrais para o futuro de uma mobilidade inteligente. Se o transporte é a força vital da cidade, a tecnologia está se tornando o seu sistema nervoso”.


Manufatura A tecnologia aliada à manufatura desenvolve um novo paradigma chamado de “indústria 4.0”, alavanca as NTIC, a integração da cadeia de suprimentos e a economia circular. “Como a quantidade de dióxido de carbono gerada na fase de manufatura é igual ou maior (dependendo do modelo) da quantidade emitida na fase de uso, o potencial para reduzir o número total de veículos necessários pode contribuir significativamente com a sustentabilidade”. No mercado globalizado, as companhias são obrigadas a procurar formas de minimizar riscos e otimizar os custos da cadeia produtiva, requerimentos regulatórios, reputacionais e comerciais. Nos últimos dez anos, por exemplo, a economia circular já trouxe benefícios, de acordo com dados da ACEA (Association des Constructeurs Européens d’Automobiles ou Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, em português). Entre os aspectos positivos estão: – Redução de 12,4% no consumo de energia por automóvel produzido; – Redução de 39,2% no consumo de água por automóvel produzido; – Redução de 25,4% nas emissões de dióxido de carbono por automóvel produzido; – Redução de 5,4% do lixo gerado a cada automóvel produzido. Muitas empresas eram relutantes com relação à sustentabilidade, porém o tema tem se tornado uma oportunidade de negócio para muitos fornecedores, que se valem da “ecoinovação” para buscar avanços com relação ao desenvolvimento sustentável. Algumas montadoras começam a usar, por exemplo, os chamados “materiais verdes”, como plásticos reciclados e matérias-primas recicláveis. O uso de polímeros recicláveis tem ajudado as companhias a minimizarem a emissão de dióxido de carbono. Outra opção apontada pelo estudo é a remanufatura, que consiste em “retornar um produto para, pelo menos, sua performance original, com a garantia de que ele será equivalente ou melhor do que um novo produto manufaturado”. O processo de remanufatura de peças compostas por alumínio e aço, evitaria o lançamento de 2 toneladas de CO2e, a cada carro produzido. Por meio do uso das novas tecnologias, a indústria pode inovar no design, melhorar a eficiência operacional dos veículos e maximizar a produtividade. Como exemplo, a pesquisa cita a o StreetScooter, veículo elétrico desenvolvido pela Universidade de Aachen, na Alemanha, que usou uma plataforma digital para integrar ideias de 30 fornecedores, facilitando o estabelecimento de uma rede colaborativa para a concretização do projeto. As empresas também terão que aprimorar a habilidade em responder às demandas do mercado por novos produtos por meio de um processo de produção dinâmico e flexível. A montadora chinesa South East (Fujian) Motors usou uma plataforma de gerenciamento para encontrar uma solução integrada sobre o ciclo de vida dos produtos, passando por todas as etapas, desde a idealização até a produção. O modelo contribuiu para dar celeridade ao atendimento da empresa à demanda do mercado, além de gerar economia de R$ 6,3 milhões.


Usuários Com relação às preferências dos consumidores, a pesquisa indica que há evoluções do atual modelo de posse para soluções baseadas em acessibilidade à rede de transporte. “Os novos serviços de mobilidade estão começando a prosperar em alguns centros urbanos, oferecendo aos usuários menores custos, flexibilidade e alternativas multimodais aos automóveis particulares, além de oferecer às cidades redes de locomoção sustentáveis, atualizadas e controladas”. Há opções de carros híbridos ou elétricos, cujos preços devem cair em 60% até 2025 e, entre as alternativas ao carro privado – que já começaram a prosperar -, o documento lista transporte público, sistema de estacionamento inteligente (smart parking), ciclovias e serviços sob demanda ou compartilhados e os seguintes benefícios: – Serviços sob demanda podem gerar economias de 46 bilhões de libras para os usuários e tirar 10 milhões de carros das ruas, evitando a emissão de 15 MtCO2; – Compartilhamento de carros tem potencial de economia de 40 bilhões de libras e de remover 7 milhões de automóveis das ruas, evitando a emissão de 13 MtCO2; – Sistemas de estacionamento inteligente podem gerar economias de 49 bilhões de libras e 23 MtCO2, como resultado de menos gasto de tempo e de combustível. A “mobilidade inteligente” pode ser alcançada por meio de dados e análises que contribuam para entender a rede de transportes. O mercado global do sistema de gestão de informação integrada (Intelligent Transport Systems) deve se expandir e saltar dos 140 bilhões de libras (2015) para 900 bilhões de libras, até 2025. Algumas ações estão sendo colocadas em prática para desenvolver a tecnologia e aliá-la à infraestrutura urbana e ao open data (dados abertos), como na cidade de Milton Keynes, na Inglaterra. Em andamento desde 2013, a iniciativa prevê uma central de dados, com a integração de 440 fontes como redes de transporte, energia e água, sensores de temperatura e informações colaborativas por meio de mídias sociais. O objetivo é fazer com que a população mude seus hábitos relacionados ao transporte, além de reduzir o número de carros particulares nas ruas. Diante de um cenário de aumento da população global e da urbanização – que em 2014 era de 54% e deve chegar a 66% em 2050 –, a pesquisa ressalta a urgência da melhora na infraestrutura existente, especialmente nos países emergentes. As soluções e serviços apresentados na pesquisa demonstram a importância da conectividade e das NTIC com relação ao desenvolvimento da mobilidade. Por meio dessas soluções, os usuários se beneficiarão com uma rede mais segura, sustentável e barata.


20.07.2016

Aviação geral terá medidas adicionais de segurança durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 Todas as aeronaves da aviação geral que planejam acessar os aeroportos da cidade do Rio de Janeiro e das cidades-sede do futebol – Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Salvador (BA) e Manaus (AM) – durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 deverão cumprir algumas medidas de segurança. Esses aeroportos estão localizados em áreas de exclusão do espaço aéreo, que estão classificadas como "Restrita" (Área Amarela). Por conta disso, para ingresso em um desses terminais, as aeronaves da aviação geral deverão, obrigatoriamente, cumprir alguns procedimentos em um dos aeroportos-hub (centro de conexões de vôos) e por uma das respectivas empresas habilitadas. As informações relativas aos períodos de ativação das áreas de exclusão e as regras específicas para a circulação aérea estão publicadas na Circular de Informação Aeronáutica - AIC N 07/16, "Alterações temporárias no Espaço Aéreo Brasileiro durante a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016", do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). A lista dos aeroportos-hub nacionais com empresas privadas habilitadas a realizar estas medidas foi aprovada pela Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (CONAERO). Cada empresa selecionada possui um Plano Operacional de Segurança que engloba os procedimentos de inspeção em aeronaves, tripulantes, passageiros, bagagens e cargas.


20.07.2016

EFEITOS DA POLUIÇÃO DO AR NA SAÚDE, NO TOTAL DE MORTES PRÉ-MATURAS E NA ECONOMIA

ADAMO BAZANI

Dizer que a poluição mata e que as medidas atualmente tomadas pelas cidades em todo mundo são insuficientes não é coisa dos popularmente chamados “ecochatos” e parece até algo óbvio. No entanto, é sempre bom ter dados que comprovem que a poluição é muito mais nociva do que muita gente pensa e que a ampliação das redes de transportes, tanto por trilhos como por ônibus é essencial para a preservação da vida humana. Não existe catastrofismo nestes estudos, mas levantamentos de dados reais. Pelo contrário, em muitos casos, há possibilidade de números subestimados. Por isso, o Blog Ponto de Ônibus traz nesta reportagem especial, alguns dos principais estudos nacionais e internacionais que alertam para o problema e, não somente isso, mas mostram soluções para gestores públicos, para a iniciativa privada, para os operadores de serviços como de mobilidade urbana e toda a população. São extensos trabalhos importantes para as discussões dos problemas e também para servir de base para outros estudos. Este é o intuito da reportagem do Blog Ponto de Ônibus: reunir pelo menos alguns dos materiais importantes do vasto universo acadêmico para contribuir assim na busca para que as cidades ofereçam uma vida melhor a todos.


Além do estímulo ao transporte público, os estudos mostram a necessidade da mudança da matriz energética, não dependendo apenas de combustíveis fósseis, em especial o óleo diesel, para movimentar os ônibus: ônibus híbridos, trólebus, ônibus elétricos a bateria, o ônibus a gás natural, ônibus a etanol, biodiesel, biocombustível, diesel de cana de açúcar… enfim, alternativas não faltam. Não existe uma fórmula mágica e seria ingenuidade depender apenas de uma alternativa. Os estudos mostram que o ideal é haver uma frota com “mix” de tecnologias para reduzir dependências econômicas e sociais em relação a fabricantes de insumos e veículos.

Os investimentos em sistemas de trilhos também são essenciais para que as cidades sejam mais amigáveis dos pontos de vista de mobilidade urbana, de ocupação de solo e ambiental. A exemplo dos ônibus, também não existe uma fórmula mágica: metrô de alta capacidade subterrâneo, monotrilho, VLT- Veículos Leves Sobre Trilhos, entre outras soluções, são bem-vindas desde que estudos isentos e técnicos comprovem que sejam adequadas para as demandas e ligações a que são propostas. Nos investimentos, deve haver respeito com dinheiro público, não esbanjar recursos em sistemas extremamente caros com capacidade limitada, mas deve-se pensar também no futuro e na projeção de aumento de demanda. Assim, é importante constatar se o modal metroferroviário proposto vai nascer saturado ou se daqui a alguns anos sua ligação não será tão mais importante.


AIE DIZ QUE 36 MIL PESSOAS PODEM MORRER NO BRASIL POR CAUSA DA POLUIÇÃO: Estudo denominado Energy and Air Pollution -Energia e Poluição do Ar, da AIE – Agência Internacional de Energia, divulgado em 27 de junho de 2016, mostra que 6,5 milhões de pessoas morrem por ano em todo o mundo devido à poluição do ar. O setor de transportes está entre os principais culpados. “Cerca de 18 000 pessoas morrem a cada dia, como resultado da poluição do ar. De facto, o número de mortes atribuídas à poluição do ar é a cada ano – 6,5 milhões de mortes -, de acordo com a Organização Mundial da Saúde Organization (WHO), muito maior do que o número de HIV / AIDS, a tuberculose. A poluição do ar também traz grandes custos para a economia e danos ao meio Ambiente. A produção e utilização de energia é a mais importante fonte de poluição do ar proveniente de atividade humana e, portanto, por estas razões, a AIE tem – pela primeira vez – empreendeu um importante estudo sobre o papel da energia na poluição do ar.” – mostra o estudo logo em sua abertura. A estimativa é que atualmente 22 mil pessoas perdem a vida prematuramente por ano, em média no Brasil, por exposição a poluentes fora de casa, em especial no ambiente urbano. Em 2040, 36 mil pessoas podem morrer no Brasil por causa da má qualidade do ar, considerando apenas a expansão da economia, sem contar novas formas de uso de combustíveis fósseis, como em carros a diesel, hoje em debate no Congresso. Se as medidas adequadas forem tomadas agora, como ampliação das redes de transportes públicos e a redução da dependência do petróleo, o número de mortes em 2040 pode ser reduzido para 13 mil ao ano, que é considerado ainda muito alto, mas não deixando de ser um patamar bem inferior ao projetado sem as ações indicadas. Veja tabela que se encontra originalmente na página 89 do estudo


Na página 25, do estudo da AIE, é demonstrado que o setor de transportes é um dos principais responsáveis pela emissão de Óxido de Nitrogênios e monóxidos de carbono, substâncias altamente cancerígenas.

Na página 27, o mesmo estudo mostra que na América Latina os transportes dependentes do Petróleo são responsáveis por mais da metade das emissões de óxidos de nitrogênio.

O relatório ainda mostra que a oferta insuficiente de transportes de massa (ônibus e metrô) aliada a densidade populacional nas áreas urbanas e os volumes de tráfego do transporte individual são fatores de riscos para aumentar a poluição – na pagina 29 “As cidades fornecem meios eficientes para melhorar o acesso a serviços a uma grande população, mas isso também pode apresentar desafios, como o congestionamento do transporte rodoviário e da emissão concentrada de poluentes do ar em uma área densamente povoada. Redes rodoviárias densas e elevados volumes de tráfego, oferta insuficiente de transporte de massa, densidade de construção e altura dos edifícios, dinâmica topográficas e meteorológicas podem ser fatores de risco de poluição do ar.”


O Brasil aparece entre os países do mundo onde há mais mortes por causa da poluição. O número é de aproximadamente 30 pessoas a cada 100.000 habitantes, segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde. É bem inferior ao que ocorre na China e na Geórgia, por exemplo, mas está acima de nações com desenvolvimento industrial elevado, como Estados Unidos e França, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas de 2012

DIESEL É UM DOS PRINCIPAIS VILÕES PARA O AR: Os dados do estudo da AIE, considerado um dos mais completos que relacionam poluição à energia, mostram que o uso do diesel tem causado grande impacto nas emissões de poluição. Mesmo com as tecnologias que deixam o combustível mais limpo, no Brasil, por exemplo, a relação entre frota e emissões, mostra que o total de poluentes lançados no ar por veículos a diesel é proporcionalmente mais de três vezes maior que a participação no total da frota brasileira. – página 51


O diesel mais limpo pode ter efeitos positivos, mas insuficientes. De acordo com o estudo, onde houve a mudança dos padrões do diesel Euro 5, em 2009, para Euro 6, em 2014, havia uma previsão de queda de 55% nas emissões de óxido de nitrogênio – NOx, substância que pode ser cancerígena e até matar animais e vegetais. No entanto, a queda real foi de menos de 25%. Além disso, as emissões reais podem ser de cinco a sete vezes mais altas do que os testes realizados nos laboratórios. Já os carros movidos à gasolina poluíram 20% mais, mesmo com o combustível mais limpo. Os hidrocarbonetos que compõem a gasolina são mais leves do que aqueles que compõem o óleo diesel por serem formados por moléculas de menor cadeia carbônica (normalmente cadeias de 4 a 12 átomos de carbono), com isso a gasolina se torna menos poluente do que o diesel. Estudo realizado pela Universidade da Califórnia, em 2012, mostra que o óleo diesel, mesmo nas suas formas mais limpas, pode produzir sete vezes mais aerossóis orgânicos secundários (AOS). Os aerossóis são partículas sólidas ou líquidas nocivas à saúde. Os primários são emitidos diretamente pelo escapamento de um automóvel. Já os secundários são formados na atmosfera a partir dos gases liberados pelo cano de descarga de um carro ou de um ônibus, por exemplo.


ÔNIBUS ELÉTRICOS PODEM EVITAR GRANDES EMISSÕES DE DIESEL: A operação dos cerca de 200 trólebus que ligam a região Central à zona Leste da cidade reduziu a emissão de gás carbônico na Capital Paulista. “Em 2013, por causa dos trólebus deixaram de ser lançadas no ar 13 mil 814 toneladas de CO₂. Além disso, os ônibus elétricos pouparam 5,3 milhões de litros de diesel. No ano passado (2013), os trólebus operados pela Ambiental Transportes percorreram 9 milhões 975 mil 971 quilômetros. Em nota à imprensa, o engenheiro e coordenador do Grupo de Trabalho de Trólebus da União Internacional de Transporte Público Divisão América Latina (UITP-DAL), Roberto Bartolomeu Berkes, diz que hoje os ônibus elétricos possuem soluções tecnológicas que reduzem as ocorrências de problemas nos sistemas. “Os novos trólebus já dispõem de sistema autônomo (a baterias), que permitem ao veículo continuar a operação sem interrupção do serviço mesmo que haja um problema de rede ou de fornecimento de energia elétrica”, ressalta Berkes. “A operação de trólebus no Corredor Metropolitano ABD em 2013 possibilitou que deixassem de ser queimados 4,31 milhões de litros de óleo diesel. O levantamento foi feito pela empresa operadora do sistema, Metra, a pedido da reportagem, e revela a importância da manutenção e expansão da frota de ônibus elétricos. De acordo com planilhas internacionais seguidas pela ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, cada litro queimado do diesel S-50, hoje usado pelos ônibus convencionais, libera na atmosfera 2,1 quilos de gás carbônico.


Com isso, a presença dos trólebus no Corredor possibilitou que no ano passado deixassem de ser emitidas na atmosfera aproximadamente 9 mil de toneladas de CO2, um dos principais causadores de doenças respiratórias e do efeito estufa. A OMS – Organização Mundial da Saúde divulgou em 24 de março de 2014 um novo relatório sobre o efeito da poluição do ar na saúde das pessoas. De acordo com o organismo internacional, por ano as más condições do ar são responsáveis pela morte de 7 milhões de pessoas.” – MAIS DE QUATRO MIL MORTES SÓ NA CAPITAL PAULISTA E QUASE 100 MIL MORTES NO ESTADO EM CINCO ANOS:

A poluição mata em média 4 mil pessoas na cidade de São Paulo e 17 mil em todo o Estado. Levando em conta o período entre 2006 e 2011, morreram cerca de 100 mil pessoas no Estado de São Paulo por causa da poluição. É o que aponta estudo de 83 páginas do Instituto Saúde e Sustentabilidade assinado pelo médico Paulo Nascimento Saldiva, membro do Comitê de Qualidade do Ar da Organização Mundial de Saúde e pesquisador do Departamento de Saúde Ambiental da Universidade de Harvard; Evangelina da M. P. A. de Araujo Vormittag, médica, especialista em Patologia Clínica e Microbiologia, Doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Cristina Guimarães Rodrigues, bacharel em Ciências Econômicas e Doutora em Demografia pela Universidade Federal de Minas Gerais e Pós-doutorado pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo; Marina Jorge de Miranda, Geógrafa, Mestre em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Doutoranda em Geografia (Geografia Física)na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas daUniversidade de São Paulo (FFLCH/USP); Júlia Affonso Cavalcante, Graduanda do curso de Bacharelado em Gestão Ambiental na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP); Renan Rodrigues da Costa, Graduando no curso de Bacharelado em Gestão Ambiental da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP; Camila Acosta Camargom,


graduada em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas na Escola de Comunicações e Artes da USP “Em relação à mortalidade atribuível a poluição, o Estado de SP possui 17.443 mortes, Região Metropolitana de SP 7.932 e a capital paulistana, 4.655 óbitos. Se considerarmos as mortes atribuíveis no Estado de SP para todos os anos do estudo 2006 a 2011, a partir da publicação do Guia da OMS com os novos padrões a serem seguidos, temos 99.084 mortes, o mesmo que dizer uma cidade de 100 mil habitantes dizimada em seis anos.” – diz a apresentação dos trabalhos. “Caso todos os ônibus a diesel passassem a usar o etanol, haveria a redução de 4.588 casos de internações hospitalares e 745 casos de mortes por ano, o que equivaleria a uma redução de gastos de US$ 145 milhões por ano (SALDIVA et al., 2010)” – reitera o trabalho em sua página 18. Os ganhos para a saúde pública seriam ainda maiores se parte desta frota fosse composta por ônibus elétricos com bateria, trólebus e ônibus híbridos. O estudo mostra também o alto impacto da poluição nos custos da saúde pública. É uma média de 68,5 mil internações relacionadas à poluição, com base nos dados de 2011. A maior parte por causa de doenças cardiovalsculares. Considerando a distribuição das causas no Estado de São Paulo, a figura 25 mostra que o maior percentual de internações atribuíveis à poluição corresponde a doenças respiratórias em adultos (38%), seguida das doenças cardiovasculares, com 33%. Para todas as outras regiões consideradas, o percentual de internações atribuíveis à poluição foi maior para as doenças respiratórias, exceto para a Baixada Santista e na RMSP, cujo percentual foi maior para as doenças cardiovasculares (36% para ambos). Esses valores refletem, de modo geral, a representatividade das doenças em cada região considerada. , diz o levantamento em sua página 60


PROCONVE É IMPORTANTE, MAS NÃO SUFICIENTE, DIZ PAULO SALDIVA:

O médico patologista, professor universitário, pesquisador brasileiro, membro do Comitê de Qualidade do Ar da Organização Mundial de Saúde e pesquisador do Departamento de Saúde Ambiental da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, Paulo Saldiva, fez em 2013, uma análise técnica sobre os ganhos da evolução do Proconve, programa que se propõe a diminuir a poluição pelos veículos automotores, do Ministério do Meio Ambiente. Ele afirmou o programa trouxe diversas vantagens, mas ainda as emissões de material particulado e ozônio continuam por causa da queima deste combustível. “O Proconve foi eficiente no sentido de reduzir significativamente os níveis dos poluentes atmosféricos na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). No entanto, dois poluentes ainda representam problemas a serem combatidos – material particulado e ozônio. Como veremos a seguir, os últimos conhecimentos científicos demonstram que estes dois poluentes promovem danos à saúde humana em concentrações inferiores às atualmente existentes na RMSP.” A indústria e os veículos são responsáveis por quase a totalidade das emissões de materiais particulados, mesmo com os avanços do Proconve:


O DIESEL DOS ÔNIBUS NA CAPITAL E GRANDE SÃO PAULO:

Com base em dados da CETESB, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, a ANTP Associação Nacional dos Transportes Públicos, ao elaborar o “Simulador de Emissões de Ônibus Urbanos”, mostrou em junho de 2016, que para a realidade da região metropolitana de São Paulo, o diesel representa ainda grande parcela das emissões de óxido de nitrogênio e de materiais particulados contando o MP 10 e o MP 2,5 advindo do aerossol secundário.


O simulador indica os principais modelos de ônibus disponíveis no mercado com tecnologia alternativa à tração unicamente por óleo diesel, entre os quais estão trólebus, ônibus elétricos a bateria, híbridos, à etanol e à gás natural. As considerações técnicas podem ser conferidas em: OS CUSTOS DA POLUIÇÃO:

Além do aspecto humano, a poluição deve ser vista sob a ótica financeira. E nesse caso, ela também tem um efeito devastador, como confirmou um estudo do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas, Universidade Federal de São Paulo, de 2014, assinado pelos professores Simone Georges El Khouri Miraglia e Nelson Gouveia. Segundo o levantamento, em 29 Regiões Metropolitanas, que registraram 20.050 óbitos relacionados à poluição, o Brasil perde por ano US$ 1,7 bilhão por causa da má qualidade do ar. O dado é apresentado logo na abertura do artigo acadêmico. Levando em conta que o quilômetro de metrô custa em média R$ 700 milhões e de corredores de ônibus BRT de alta capacidade e velocidade para este tipo de modal custa em torno de R$ 35 milhões, vale muito mais a pena do ponto de vista financeiro investir em mobilidade urbana, o que poderia reduzir e muito este prejuízo do Brasil com a poluição. As regiões analisadas foram: Regiões Metropolitanas (RM) de Agreste, Aracaju, Baixada Santista, Belém, Belo Horizonte, Campina Grande, Campinas, Carbonífera, Cariri, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Grande São Luis, João Pessoa, Londrina, Macapá, Maceió, Maringá, Mato Grosso, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Sudeste Maranhense, Vale do Itajaí e Vitória. De acordo com o levantamento, entre os gêneros, os maiores custos são com mulheres de idades entre 30 e 59 anos e os homens com mais de 80 anos.


Os pesquisadores enfatizam a necessidade de investimentos em transportes públicos. “Políticas públicas empreendidas no sentido de melhorar a qualidade do ar, como, por exemplo, o uso de combustíveis mais limpos, a melhoria dos sistemas de transporte públicos, entre outras, trarão benefícios à população, que sofrerá menos efeitos em sua saúde, resultando em menores taxas de internações hospitalares e menores índices de mortalidade, além de poupar os recursos financeiros destinados à saúde. Adicionalmente, é importante haver um equilíbrio em termos de justiça ambiental de forma que exposições ambientais não acarretem padrões desiguais de saúde. Uma possível forma de avaliar as injustiças ambientais em padrões de saúde é através de indicadores de eficiência de serviços de saúde no Brasil, analisando-os frente a parâmetros ambientais. Ressalta-se que a redução na emissão de poluentes atmosféricos, além do benefício imediato na saúde da população, traz também benefícios de longo prazo por meio da mitigação das mudanças climáticas que também estão associadas à poluição atmosférica.” Em janeiro de 2015, um estudo divulgado pela Universidade de Stanford, mostrou que os custos causados pela emissão de gases do efeito estufa chegam a US$ 220 por tonelada. O número é quase seis vezes maior que o previsto pelo governo americano, que estimava em US$ 37 o valor da tonelada de gás carbônico liberada na atmosfera. Sobre o dado, em entrevista ao jornal O Globo, o especialista em finanças ambientais e economia de baixo carbono, Luiz Serrano, afirma que o poder público e a iniciativa privada, devem considerar os custos da poluição e das mudanças climáticas nos investimentos. “No mundo empresarial, as mudanças climáticas devem ser incorporadas na avaliação de riscos e oportunidades de um negócio — ressalta Serrano, gerente de negócios da empresa de soluções sustentáveis KeyAssociados. — No ambiente público, mais ainda, pois pode impactar na geração de dívidas, nos projetos nacionais e em temas relevantes para a população.”


No Seminário Internacional sobre Desestímulo ao Uso do Automóvel, realizado em setembro de 2014, pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente, o professore Nelson Gouveia, falou sobre a evolução da poluição nas cidades e das pesquisas sobre o tema. TRANSPORTE INDIVIDUAL É RESPONSÁVEL POR 85% DOS CUSTOS DOS DESLOCAMENTOS, MAS É O TRANSPORTE PÚBLICO QUE LEVA MAIS PESSOAS:

A ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos divulgou em 2014, relatório do SIM – Sistema de Mobilidade Urbana da ANTP referentes aos dados de 2012. O trabalho foi bem extenso e levantou os dados referentes aos sistemas de transportes de cidades com 60 mil habitantes ou mais, o que representa 438 municípios que somam 119 milhões de habitantes – 61% da população brasileira. De acordo com o levantamento, contanto os próprios deslocamentos e as externalidades (poluição, acidentes de trânsito, uso de estrutura viária, etc), a mobilidade para 61% da população em todo o País custa R$ 205,8 bilhões. Os transportes individuais motorizados consomem R$ 174 milhões, o equivalente a 85% de todos os custos. Mesmo pesando muito no bolso, os transportes individuais não atendem à maioria da população. De acordo com o levantamento, “as viagens a pé e em bicicleta foram a maioria (25,1 bilhões = 40% do total), seguidas pelo transporte individual motorizado – carros e motocicletas (19,4 bilhões = 31% do total) – e pelo transporte coletivo (18,2 bilhões = 29% do total), sendo que o transporte coletivo é responsável


por percorrer 57,2% das distâncias nas viagens habituais. Os carros são usados apenas em 31% das distâncias. Ainda segundo o estudo, apesar de representar mais custos e atender a minoria, o transporte individual recebe pelo menos três vezes mais recursos que o transporte coletivo ou para a melhoria dos deslocamentos a pé e por bicicleta, como construção de calçadas melhores e ciclovias realmente seguras.

ÔNIBUS REPRESENTAM A GRANDE MAIORIA DOS DESLOCAMENTOS POR TRANSPORTE PÚBLICO:

Enquanto os carros e motos recebem a maior parte dos estímulos diretos e indiretos, são os ônibus os responsáveis pela maior parte dos deslocamentos em transportes públicos. Os dados mostram a necessidade de o transporte por ônibus receber prioridade e investimentos para que a maioria da população brasileira seja atendida com mais qualidade. “O relatório informa que do total das viagens realizadas em transporte coletivo (18,2 bilhões) nas cidades brasileiras com mais de 60 mil habitantes, 70% delas aconteceram em ônibus municipais, 17% em ônibus metropolitanos e 13% em trilhos” – diz a ANTP em nota.


TRANSPORTE PÚBLICO AINDA GASTA MAIS TEMPO DAS PESSOAS: Os estudos ainda mostram outra complicada realidade. Apesar de realizar mais da metade das distâncias em todo o País, o transporte público, ao não receber prioridade no espaço urbano e nas políticas para a mobilidade, faz com que as pessoas percam mais tempo nos ônibus, trens e metrô. “Nestes deslocamentos os habitantes das cidades que formam o universo da pesquisa (com mais de 60 mil moradores) gastam, por ano, 22,4 bilhões de horas para deslocar-se. A maior parte do tempo é gasta nos veículos de transporte público (49%), seguido pelas viagens a pé (25%). O usuário de transporte coletivo está sujeito, assim, a tempos médios de viagem superiores – gastam mais tempo, portanto, em seus deslocamentos. Conclusão: o transporte coletivo representa 29% do total das viagens, mas consome 49% do total de tempo na mobilidade.” – dia a ANTP EXTERNALIDADES E CUSTO DE ENERGIA: Os carros também podem ser considerados os grandes vilões em relação aos impactos ambientais e o consumo de energia para os deslocamentos. Além disso, o transporte individual tem custos de externalidades bem superiores ao transporte público: seis vezes mais em relação a acidentes de trânsito e quatro vezes mais a respeito da poluição, como detalha nota da ANTP: “Energia. Na questão ambiental tem-se que os automóveis são os grandes vilões no consumo de energia. Por dia as pessoas que usam transporte individual consomem 75% da energia (72% carros e 3% motos), ao passo que os usuários de transporte coletivo consomem apenas 25%. No ano de 2012 os custos individuais da mobilidade são estimados em R$ 184,3 bilhões – desse montante o transporte individual responde por 79%. Já os custos sociais (arcados pelo poder público) são estimados em R$ 10,3 bilhões por ano. De novo o transporte individual é o maior gastador: 77%. Quando se comparam as despesas individuais por habitante, vemos que elas crescem de R$ 2,53 por dia nas cidades menores para R$ 7,20 por dia nos municípios maiores. Ou seja, quase triplica. Custos das externalidades Outro dado importante e ao mesmo tempo assustador: o custo total da emissão de poluentes e dos acidentes de trânsito é de R$ 21,5 bilhões por ano: cerca de R$ 6,3 bilhões referem-se à poluição atmosférica e R$ 15,2 bilhões aos acidentes de trânsito. Nestes indicadores mais uma vez se nota o prejuízo à sociedade causado pelo transporte individual (motorizado): o transporte coletivo responde por um gasto de R$ 2,2 bilhões por ano em acidentes de trânsito, enquanto o transporte individual consome mais de 6 vezes este valor: R$ 13 bilhões. No custo da poluição outra relação desfavorável para a maioria dos habitantes: enquanto o transporte coletivo provoca um custo de R$ 2,3 bilhões /ano, o transporte individual responde por quase o dobro, R$ 4 bilhões.” Sendo assim, não investir em transporte público, além de ser o continuísmo de uma política que não dá valor às vidas, pode ser considerado do ponto de vista econômico e social uma tremenda falta de inteligência por parte daqueles que estão no poder e só pensam de forma imediatista: no voto de uma sociedade apaixonada por carro, apesar de sofrer por causa dele.


21.07.2016

Segunda via da carteira de motorista pelo celular Sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está em mau estado de conservação ou foi perdida, furtada ou roubada e você precisa da 2ª via para continuar a dirigir? Peça seu novo documento com apenas alguns toques na tela do celular ou tablet. Essa facilidade é oferecida pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) por meio do seu aplicativo de serviços. O app do Detran.SP está disponível gratuitamente para smartphones e tablets com sistema operacional iOS ou Android. Para baixar é só acessar as lojas virtuais Apple ou Google Play e digitar “Detran.SP” na busca. Depois de fazer o download, o acesso ao serviço online “Pedir 2ª via da CNH” pelo app é feito com o mesmo login e senha de cadastro do portal do Departamento de Trânsito. A 2ª via da habilitação também pode ser solicitada pelo próprio portal www.detran.sp.gov.br. Para receber o documento em casa, após fazer o pedido eletrônico basta pagar a taxa de emissão de R$ 38,86, e o custo de envio pelos Correios de R$ 11 em agências, caixas eletrônicos ou pelo internet banking das instituições conveniadas. A entrega é feita em até sete dias úteis depois da emissão, no endereço em que a CNH está registrada. Por isso, é imprescindível que o endereço esteja atualizado. No próprio app é possível acompanhar se o documento já foi emitido e obter o código de rastreamento da entrega. “Temos investido muito em tecnologia para facilitar o acesso aos serviços de trânsito, dando mais comodidade aos cidadãos. Pouco a pouco, a procura pela emissão online de documentos vem crescendo. Em 2015, mais de 90 mil pessoas pediram a 2ª via da CNH sem precisar ir até uma unidade de atendimento. Só no 1º semestre deste ano, já recebemos 74 mil solicitações online do documento”, afirma a diretora-vice-presidente do Detran.SP, Neiva Aparecida Doretto. Serviços eletrônicos No portal do Detran.SP, o cidadão pode realizar 27 serviços de trânsito relacionados a Carteira Nacional de Habilitação (como 2ª via e CNH definitiva), veículos (pesquisa de débitos e restrições) e infrações (consulta de multas e solicitação de recurso de penalidade), entre outros. Basta fazer cadastro e criar login e senha, que garantem a segurança dos dados pessoais. O Detran.SP oferece, ainda, três aplicativos gratuitos para tablets e smartphones, com diversas funcionalidades, como: solicitar 2ª via da CNH e acompanhar a emissão do documento; consultar multas do próprio veículo; treinar para a prova teórica; além do jogo educativo do Clube do Bem-te-vi. Os aplicativos estão disponíveis para as plataformas Android e iOS.


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