Fim de Semana ARTESP - edição 65_

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EDIÇÃO 65 – 29 DE JULHO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105


27.07.2016

Senador propõe mudanças na Lei do Farol A recente alteração no Código de Trânsito que obriga os motoristas a usarem faróis baixos durante o dia nas rodovias brasileiras motivou a apresentação de outro projeto de lei no Senado (PLS 262/2016). O texto, do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), busca eliminar a necessidade de acender os faróis durante o dia em vias urbanas e liberar do uso do farol baixo os veículos equipados com luzes diurnas. De acordo com o texto, o uso dos faróis baixos durante o dia será obrigatório nas vias rurais, que compreende estradas e rodovias. Nas vias urbanas, ainda que sejam consideradas rodovias, o uso será dispensado. De acordo com o autor da proposta, em condições de tráfego pesado, com a presença de motociclistas, manter todos os faróis acesos pode piorar as condições de segurança. Valadares também lembra que, embora não seja um item obrigatório, muitos veículos em circulação no país já são equipados com luzes de circulação diurna, que servem para deixar o veículo mais visível. “O equipamento cumpre exatamente a mesma função para a qual tornou-se obrigatório o acendimento da luz baixa”, explicou. O texto, apresentado em junho, vai ser analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Ainda não foi designado relator para o projeto. Lei A Lei 13.290/2016, que determina o uso obrigatório de farol baixo durante o dia em rodovias, teve origem no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 156/2015, do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), aprovado no Senado no final de abril. Durante a análise pelo Senado, a medida, instituída para aumentar a segurança nas estradas, foi defendida pelo relator da matéria, senador José Medeiros (PSDMT), que atuou como policial rodoviário federal por 20 anos. Para ele, trata-se de um procedimento bastante simples que deve contribuir para a redução das mortes nas rodovias.


26.07.2016

ANTT aprova alteração de tarifa de pedágio de três rodovias federais A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, hoje (26/7), a alteração das tarifas de pedágio das rodovias BR-116/RJ/SP, BR060/153/262/DF/GO/MG e BR-040/DF/GO/MG. As alterações têm o objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos firmados entre a ANTT e as concessionárias. BR-060/153/262/DF/GO/MG – A partir da próxima quarta-feira (27/7), a praça de Goianápolis/GO terá seu pedágio reduzido em R$ 0,10 (dez centavos). A tarifa de categoria 1 passa de R$ 3,20 para R$ 3,10. As demais praças do trecho concedido à concessionária Concebra mantêm inalterado o valor do pedágio. A Resolução 5.142/2016 aprova, também, alterações tarifárias vinculadas ao cumprimento de condicionantes estabelecidas no texto do regulamento. Apresentação e aprovação de projetos executivos e de estudos de viabilidade técnica de obras são algumas das condições estabelecidas para novo reequilíbrio contratual da Concebra. As obras descritas na resolução são: o viaduto de interligação ao aeroporto de Goiânia e os contornos rodoviários de Goiânia e de Campo Florido. BR-040/DF/GO/MG – A rodovia administrada pela concessionária Via 040 terá sua tarifa de pedágio alterada a partir da zero hora do dia 30/7. O valor para veículos da categoria 1 passa de R$ 4,60 (quatro reais e sessenta centavos) para R$ 4,80 (quatro reais e oitenta centavos), nas praças de pedágio de Cristalina/GO, Paracatu/MG, Lagoa Grande/MG, João Pinheiro/MG, Canoeiras/MG, Felixlândia/MG, Curvelo/MG, Sete Lagoas/MG, Itabirito/MG, Conselheiro Lafaiete/MG e Juiz de Fora/MG. BR-116/RJ/SP – Também conhecida como Rodovia Presidente Dutra, a BR116/RJ/SP terá seu pedágio alterado de R$ 12,70 (doze reais e setenta centavos) para R$ 13,80 (treze reais e oitenta centavos) nas praças de pedágio de Moreira César, Itatiaia e Viúva Graça; de R$ 3,10 (três reais e dez centavos) para R$ 3,40 (três reais e quarenta centavos) nas praças de pedágio de Arujá, Guararema Norte e Guararema Sul; e de R$ 5,60 (cinco reais e sessenta centavos) para R$ 6,10 (seis reais e dez centavos) na praça de pedágio de Jacareí. Esses valores referem-se à categoria 1 de pedágio e a mudança entra em vigor à zero hora do dia 1º/8. Concessão – A ANTT, criada em 2001, regula e fiscaliza a exploração de infraestrutura e prestação de serviços de transporte terrestre, inclusive contratos já celebrados antes da sua criação, resguardando os direitos das partes e o equilíbrio econômico-financeiro dos respectivos acordos. A BR-116/RJ/SP foi concedida à iniciativa privada em 1995 para exploração da infraestrutura pelo período de 25 anos. A concessão das rodovias BR040/DF/GO/MG e BR-060/153/262/DF/GO/MG ocorreu em 2014, para exploração por 30 anos.


27.07.2016

Governo definirá lista de prioridades do PAC para finalizar obras O governo federal quer concentrar esforços para a conclusão de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que estão paralisadas ou inacabadas. Para isso, os ministérios apresentarão, em 20 dias, uma lista de prioridades, projetos que ainda não foram concluídos e têm saldo remanescente de até R$ 10 milhões. O anúncio foi feito pelo Ministério do Planejamento nessa terça-feira (26). Segundo a pasta, são cerca de duas mil obras que podem aparecer nessa relação, com um custo total estimado em R$ 2 bilhões. A orientação do presidente em exercício Michel Temer é que os recursos sejam concentrados em ações de menor valor, mais relevantes para as comunidades onde estão localizadas e que possam empregar mão de obra local. Além disso, devem ser priorizadas aquelas que não estão embargadas ou com problemas de licenciamento. Ainda de acordo com o Ministério do Planejamento, podem ser beneficiadas obras em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, de urbanização, de eletricidade e de mobilidade, incluindo todos os setores de infraestrutura contemplados no PAC. O Programa de Aceleração do Crescimento tem 854 empreendimentos previstos para infraestrutura de transportes e mobilidade urbana. Desse total, 284 estão na fase de obras, a maioria em rodovias (124) e mobilidade nas cidades (84). Os recursos serão realocados dentro da previsão orçamentária já existente para os ministérios.


29.07.2016

Alternativa ao transporte é caminhão mais eficiente Os transportadores rodoviários terminaram 2015 com uma defasagem média de 12,9% nos fretes, uma queda de faturamento de 8,9% e um aumento de custos operacionais de 9,46%, segundo dados da NTC&Logística. Esse cenário impactou diretamente as vendas de caminhões no primeiro semestre de 2016, que apresentaram recuo de 32% em relação ao mesmo período de 2015, segundo a Federação Nacional de Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave). Para enfrentar essa conjuntura desfavorável, as montadoras de caminhões apostam em inovações que geram maior eficiência nos veículos e produtividade para as transportadoras. “Nosso foco em inovação é dirigido à demanda de hoje, que envolve soluções que reduzem custos e agregam valor aos negócios dos nossos clientes”, diz Leandro Siqueira, diretor de desenvolvimento de produto da MAN Latin America. É da montadora a linha de caminhões mais vendida no mercado brasileiro há sete anos, a VW Constellation. Os caminhões da linha foram os primeiros a saírem de fábrica com um sistema de rastreamento e gerenciamento remoto de frota e itens que geram mais conforto e silêncio na cabine, além de estabilidade de carga. Em 2011 foi incorporado o motor MAN D08 com EGR, que reaproveita os gases de exaustão através de controle eletrônico e em 2013 os veículos passaram a contar com a tecnologia Smart Ratio, que automatiza a troca de marcha. No momento, segundo Siqueira, a equipe de P&D da MAN em Resende (RJ) trabalha na adequação para caminhões da tecnologia de recuperação de energia cinética, como os KERS utilizados nos carros de Fórmula 1. A eficiência energética também é prioridade na Iveco. “O gasto com combustível é uma parcela grande do custo do transportador. A característica comum das inovações nesse ano em nossas linhas de caminhões é a redução desse custo”, diz Darwin Viegas, diretor de engenharia da Iveco. A companhia já trabalha com a versão 2017 do veículo leve Daily, que conta com um motor de três litros da FPT Industrial, os pesados Stralis e HiWay, que receberam modificações técnicas que ampliam o torque e a economia. Philipp Schiemer, CEO da MercedesBenz América Latina, diz que a prioridade da companhia em sua linha de caminhões é aliar conforto, segurança e economia. O principal foco de inovação no grupo hoje é o conceito Intelligent Drive, que utiliza uma série de ferramentas avançadas e sensores que monitoram o ambiente e dão suporte ao condutor.


26.07.2016

Vale-pedágio propostos

obrigatório

não

cumpre

os

objetivos

Incompatível com a realidade do setor de transporte rodoviário de cargas, dispositivo legal impacta todos os agentes envolvidos: transportador, embarcador/contratante, operadores de rodovias com praças de pedágio e fornecedores do vale Em um momento de crise sem precedentes na história econômica do país, é natural questionar se o conjunto de regras que regula o funcionamento do setor de transporte rodoviário de cargas tem contribuído para reduzir ou amplificar os efeitos da instabilidade sobre as operações do segmento. Neste contexto se insere o vale-pedágio obrigatório, por meio do qual os embarcadores são responsáveis pelo pagamento antecipado do pedágio e fornecimento do respectivo comprovante ao transportador rodoviário. Instituído pela Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001, ele não atende ao principal objetivo que levou à sua criação: desonerar o transportador, eliminando-se a possibilidade de embutir o custo do pedágio no valor do frete contratado, prática utilizada, com frequência, quando o pagamento era feito em espécie. Em total descompasso com a realidade deste ramo de atividade, a complexidade de aplicação deste dispositivo legal impacta todos os agentes envolvidos: transportador, embarcador/contratante, operadores de rodovias com praças de pedágio e empresas habilitadas pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) para fornecer o vale. A lei estabelece, por exemplo, que o vale-pedágio não deve ser embutido no frete, não sendo considerado, portanto, receita operacional ou rendimento tributável. Embora tratar-se de mero reembolso de despesa, alguns Estados não reconhecem sua validade e cobram ICMS sobre o dispositivo. Outra distorção. Para fornecer o vale-pedágio, antecipadamente, o embarcador precisa ser informado sobre a quantidade de eixos do veículo e praças de pedágio. Mas é importante ressalvar que a carga pode sofrer transbordo (troca de


veículos em face da logística com aproveitamento de outros veículos), situação que pode mudar tanto o itinerário, como o número de eixos. Também requer atenção a operação Milk Run, coleta diária de mercadorias em que o remetente não é o contratante do frete e sim o destinatário. Neste caso, o percurso e o veículo são definidos no momento do carregamento e mesmo o itinerário poderá ser alterado. “As operações de transporte se caracterizam pela agilidade, velocidade e flexibilidade. Porém, a legislação trata o assunto de maneira simplista, impondo regras que impactam no resultado e nos custos”, alerta o advogado Marco Aurélio Guimarães Pereira, da Paulicon Contábil. Ele complementa: “como se toda operação envolvesse um único veículo; uma programação atencipada de um ou dois dias; desconsiderando que operações ocorrem, inclusive, fora do expediente comercial normal (noite, madrugada, domingos e feriados, etc.). Não é tudo. Aspectos burocráticos para fornecer o vale-pedágio também dificultam o cumprimento da legislação. Se for cupom, tem que ser impresso no mesmo instante que o veículo estiver retirando a carga, procedimento impossível, caso o contratante não seja o remetente. Já, o cartão vale-pedágio deve ser abastecido pelo embarcador para o frete designado, tendo que constar do documento fiscal o número do cartão e da operação de abastecimento. Levandose em consideração que o veículo não passa pela empresa, só será possível conhecer o itinerário, após a emissão da NF e geração do CT-e. Soma-se o fato de que tanto com o cupom, como com o cartão, o veículo tem que parar na praça de pedágio impactando no trânsito. Por sua vez, o Sem-Parar ValePedágio deve ser abastecido pelo embarcador no dispositivo do caminhão, sendo necessário saber qual o valor a ser praticado e creditado. Os custos operacionais para sua manutenção são enormes e sem qualquer praticidade da operação. Logo, impactando no processo logístico. Importante registrar que a obrigatoriedade do vale-pedágio, nos últimos 15 anos, onerou o custo do frete, pois as empresas que fornecem o dispositivo cobram um percentual por este serviço. E, na quase totalidade dos casos, os clientes não aceitam que seja cobrado um valor diferente do pedágio, muito menos os impostos. Para piorar ainda mais, a ANTT montou uma frente de fiscalização e autuação eletrônica com o aproveitamento do MDF-e (documento que resume toda a operação do transporte) com a identificação se a lei está sendo aplicada ou não. E, para se ter uma ideia do prejuízo, a multa é de R$ 550,00 por CT-e sem a validação do vale-pedágio. Não às interferências - Diante deste panorama, Marco Aurélio Guimarães lamenta que muitos transportadores – que nunca fizeram nada para atender estas prerrogativas – estejam praticando custos de frete aviltantes, enquanto as que trabalham, dentro dos parâmetros legais, enfrentam dificuldades imensas para demonstrar para o embarcador o seu custo operacional (chamado custo invisível). O executivo da Paulicon Contábil salienta que o setor de transporte rodoviário de carga é carcaterizado pela agilidade e não pode ficar refém do cumprimento de obrigações acessórias fiscais, tributárias e procedimentais que, na realidade,


inviabilizam sua operação. Por isso, assinala a importância de os legisladores conhecerem e levarem em conta todo o arcabouço do processo de transporte rodoviário de cargas, que contempla pontos complexos como o dimensionamento da carga, o veículo, a roteirização, o carregamento, a verificação dos aspectos tributários, como a documentação legal prevista para o trajeto e licenças conforme a carga. Soma-se a verificação do procedimento, quando no trajeto houver praças de pedágio para rodovias estaduais e federais. Para atenuar os equívocos que emperram a efetividade do vale-pedágio obrigatório, Marco Aurélio Guimarães defende a formação de uma frente – por meio das entidades que representam o setor – cujo um dos pleitos seria o restabelecimento do Regime Especial que autorizava que o embarcador/cliente, em vez de antecipar, pagasse o pedágio junto com o CT-e, desde que tivesse contrato entre as partes validando este procedimento. “Assim, o transporte poderia agir de forma normal, praticando a melhor logística. E, neste caso, haveria a possibilidade de excluir o pedágio do ICMS e dos tributos federais, tornando o frete menos oneroso”, conclui.

27.07.2016

Marco regulatório do transporte rodoviário de cargas será debatido em Brasília O marco regulatório do transporte rodoviário de cargas será o tema central do XVI Seminário Brasileiro do Transporte de Cargas, que será realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). O evento ocorrerá no dia 31 de agosto. A definição de novas regras para a regulação do segmento já está proposta no projeto de lei 4860/2016, que atualmente está em análise por uma Comissão Especial na Câmara. Pela complexidade e polêmica em torno do assunto, ele deve centralizar o debate nesta edição do seminário. O marco regulatório tem como objetivo consolidar legislações e desburocratizar o setor, além de criar condições para desenvolvimento com sustentabilidade e aumento da segurança. O evento é realizado pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, com apoio da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) e da Fenatac (Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas).


29.07.2016

Rio investiu R$ 15 bilhões em transporte para Jogos O investimento no sistema de transporte do Rio depois que a cidade foi escolhida sede da Olimpíada supera R$ 15 bilhões. Entre as metas negociadas com o Comitê Olímpico Internacional (COI) estava entregar um serviço de trens renovado, um sistema de metrô reformado e três novos corredores de BRT. Embora com atraso, boa parte disso será feita. A ampliação do metrô em direção à Barra da Tijuca absorveu mais da metade dos R$ 15 bilhões e ficou sob responsabilidade do Estado, que enfrenta graves problemas financeiros. A prefeitura investiu R$ 5 bilhões em três corredores de ônibus expressos (BRT), já inaugurados. Constrói também outro BRT, de R$ 1,5 bilhão, para ficar pronto em 2017. Para a Olimpíada, 160 novos ônibus articulados foram comprados pela prefeitura. A cada 30 segundos, um ônibus sairá do Parque Olímpico em direção aos terminais de integração, como o da nova estação do metrô, na Barra. Investimento em sistema de transportes supera R$ 15 bi O investimento no sistema de transporte do Rio depois que a cidade foi escolhida sede da Olimpíada de 2016 supera R$ 15 bilhões. Entre as metas acordadas pelo Brasil com o Comitê Olímpico Internacional (COI), estava entregar um sistema renovado de trens, um metrô reformado e três novos corredores de ônibus expressos (BRT). Embora com atraso, boa parte disso será feita. A ampliação do metrô em direção à Barra da Tijuca, principal região de competições, absorveu mais da metade dos R$ 15 bilhões valor e ficou sob responsabilidade do governo do Estado, que enfrenta graves problemas financeiros. A prefeitura investiu cerca de R$ 5 bilhões em BRT (bus rapid transit), já inaugurados. Também está construindo o quarto BRT, com custo de quase R$ 1,5 bilhão - ele vai cruzar a avenida Brasil, uma das principais artérias da cidade. Deve ficar pronto em 2017. O Parque Olímpico da Barra, a mais de 30 km do centro da cidade, será o principal palco dos Jogos. Para chegar até lá, na zona leste do Rio, o público poderá usar os três BRTs já prontos, o metrô e o Elevado do Joá, principal ligação com a zona sul e que foi ampliado. Para a Olimpíada, quase 160 novos ônibus articulados foram comprados pela prefeitura. A cada 30 segundos um ônibus sairá do Parque Olímpico em direção aos terminais de integração, como o da nova estação do metrô, na Barra.


Três dias irão exigir atenção redobrada da prefeitura. São os dias 12, 16 e 17 de agosto, quando estão marcadas competições em diferentes pontos da cidade. A estimativa da prefeitura é receber cerca de 450 mil turistas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O maior desafio é a expansão da Linha 4 do metrô. A previsão atual é que seja entregue faltando apenas cinco dias para a abertura da Olimpíada, em 5 de agosto. A obra, tocada pelo governo estadual, enfrentou dificuldades ao longo dos últimos sete anos - desde desafios de engenharia até a crise financeira que levou o governo a decretar estado de calamidade pública. Até o fim da Olimpíada, o novo trecho do metrô, de 16 km, será restrito ao público dos Jogos, que só embarcará com a apresentação dos ingressos ou de credencial específica. Somente depois da Paralimpíada, que termina em 18 de setembro, é que a Linha 4 será aberta à população. O custo total da expansão do metrô chega a R$ 9,7 bilhões. Cerca de R$ 8,5 bilhões são bancados pelo governo do Rio e o restante é de responsabilidade da Concessionária Rio Barra, que constrói a Linha 4. No centro da cidade, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) já entrou em operação. Apesar de problemas no sistema de pagamento e de reclamações de lentidão na viagem, turistas elogiam o VLT. O paulista César Corradi, presidente da Associação Brasileira de Tecnologia Têxtil, se sentiu confortável. "Eu usaria de novo, me senti confortável. E o sistema de pagamento é o mesmo utilizado lá, você mesmo paga", disse Corradi. A rede do VLT tem 28 km e integra, no centro e na região portuária da cidade, barcas, metrô, trem, ônibus, rodoviária, aeroporto, teleférico, terminal de cruzeiros marítimos e, futuramente, a quarta linha de BRT. Passa também por novos pontos turísticos da cidade como o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR). A obra do VLT deve custar R$ 1,157 bilhão. A advogada Tamina Brandão trabalha no Rio há três anos e diz que "o VLT vai facilitar muito o nosso dia a dia". Pelo menos três vezes na semana, quando embarca para Vitória para ministrar aulas de direito penal no Tribunal de Justiça do Espírito Santo, Tamina usa o VLT para sair do centro e chegar ao aeroporto Santos Dumont. Especialista em transporte urbano da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ronaldo Balassiano diz que o sistema será suficiente para os Jogos, mas lembra que, para a população da cidade, é "um ponto de partida para um transporte melhor". "Houve um ganho, mas é preciso um plano estratégico". A Olimpíada tirou do papel projetos de mobilidade engavetados há décadas, mas a principal crítica é que o foco dos investimentos está nos locais de realização de jogos ou em pontos turísticos, o que é restrito para as necessidades de transporte da população. Deodoro, outro importante polo de competição a 30 km do Parque Olímpico da Barra, ganhou recentemente a Transolímpica - este corredor BRT ligará as arenas da Barra aos estádios em Deodoro. Foi inaugurado com apenas 6 das 17 novas estações previstas. As obras foram iniciadas em julho de 2012 e contam com investimento de R$ 2,2 bilhões. As linhas de BRT Transoeste e Transcarioca já estão funcionando e também servirão ao público dos Jogos.


26.07.2016

Número de vítimas de acidentes cai 17% no Trecho Sul do Rodoanel A Concessionária SPMAR, responsável pela gestão dos Trechos Sul e Leste do Rodoanel paulista, chega ao meio do ano com uma significativa melhora nos índices de acidentes. Neste primeiro semestre, o Trecho sul do Rodoanel registrou 113 vítimas de acidentes contra 136 no mesmo período de 2015, uma redução de 17%. O número de vítimas fatais caiu ainda mais, 33%, de 6 para 4 nestes seis primeiros meses. Estes índices vão de encontro à meta traçada pela ONU, que declarou, com base em estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS), a necessidade de baixar à metade o número de mortes em acidentes de trânsito entre 2010 e 2020, período proclamado como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. E desde o início de sua atuação, a SPMAR mantém, em parceria com a ARTESP (Agência de Transportes do Estado de São Paulo) através do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, o Programa de Redução de Acidentes (PRA), que tem como meta reduzir o índice de mortes nas rodovias. Como resultado do Programa, de janeiro a junho deste ano, houve 2,60 acidentes a cada 100 mil veículos que passaram pelo Trecho Sul do Rodoanel, contra um índice de 2,96 em 2015, redução de 12,44%. No total, foram 475 acidentes em 2016 contra 539 no mesmo período de 2015. Para a Concessionária, os resultados são fruto de uma política de investimento constante focada na prevenção e mitigação de acidentes. “Desde o início de nossa atuação em 2011, investimos em ações direcionadas à segurança viária e redução de acidentes, aprimorando e modernizando os dispositivos de sinalização, de segurança e fiscalização, além de atuarmos de forma continua na conscientização do motorista”, comenta o Diretor Executivo da SPMAR, Marcos Abreu Fonseca. Nos primeiros 182 dias do ano, a Concessionária realizou diversas ações de comunicação com o objetivo de alertar o motorista sobre a importância de obedecer a sinalização e evitar acidentes. Entre os assuntos abordados estavam o respeito aos limites de velocidade, a necessidade de manter distância do veículo da frente, a importância do motorista realizar a manutenção preventiva, o uso do cinto de segurança, o perigo da combinação de álcool e direção e do uso do celular ao dirigir. A neblina e a importância de redobrar a atenção nos trechos onde a visibilidade é reduzida também foram temas de campanha, assim, como as ações específicas direcionadas para pedestres e ciclistas. No segundo semestre já estão programadas ações para a Semana Nacional do Trânsito a quinta Campanha Vida nos Eixos que através de um Pit Stop de ações de saúde atendeu mais de 1.500 caminhoneiros. Contribuindo com a logística paulista


O Centro de Controle Operacional da Concessionária (CCO) registrou, no primeiro semestre de 2016, a passagem de 23.257.094 de veículos pelos Trechos Sul e Leste do Rodoanel. Isso significa que diariamente 127.786 veículos optaram usar as duas vias expressas, ao invés do transito das ruas e avenidas da Região Metropolitana de São Paulo. Com isso, o Rodoanel contribuiu diretamente para a redução de congestionamento nas cidades por onde passa, cooperando inclusive com a queda de níveis de poluição e melhorando para a logística municipal. E o motorista que elegeu o Rodoanel como trajeto, pode economizar na sua viagem, pois além de ganhar tempo, evitou os semáforos ou cruzamentos urbanos, o que permitiu manter a velocidade constante, sem freadas e trocas de marcha, gerando economia de combustível e dos demais componentes, como pneus e freios e em muitos casos de tempo. Pelo Rodoanel o motorista ainda conta com a equipe de operação da concessionária a disposição para atendê-lo no caso de uma eventualidade, 24 horas por dia. Serviço que não é encontrado em outras vias municipais como a Jacu Pêssego, as Marginais Tietê e Pinheiros e a Avenida dos Bandeirantes. Nestes primeiros seis meses a equipe de operação da Concessionária atendeu a 43.311 ocorrências na rodovia, desde a sinalização de obras de melhoria na rodovia até o acompanhamento de cargas especiais que passaram pelas pistas. Destas, mais de 26,2% (11.356) foi relacionada à retirada de detritos e limpeza da pista. Houve 9.596 atendimentos (22%) a veículos com pane mecânica, 3.830 com pneu furado (8,8%), 2.918 com pane seca (6,7%) e 1.334 com pane elétrica (3%). Os colaboradores da SPMAR ainda orientaram e socorreram mais de 1.624 usuários da rodovia que estavam parados no acostamento (3,7%) e atuaram em 958 transportes de carga especial (2,2%). Trecho Leste completa um ano de operação com menos de um acidente por dia Em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), através do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, a SPMAR entregou, em julho de 2015, o trecho final de uma das maiores obras viárias da última década no Brasil: o Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas, fazendo com que, pela primeira vez na história, todas as rodovias que chegam à região Metropolitana de São Paulo estejam interligadas por vias expressas. A construção teve investimentos superiores a R$ 4,5 bilhões, feita e custeada exclusivamente pela iniciativa privada, sem um centavo de orçamento público. Neste primeiro ano de operação completa, ligando o Trecho Sul do Rodoanel até a Rodovia Presidente Dutra, passaram mais de 9,7 milhões de veículos, sendo 26% pesado. A média diária – 26,6 mil veículos – ainda está 41% abaixo da expectativa prevista no momento de sua inauguração, causada principalmente pela ausência de regras de restrição de caminhões nos municípios vizinho ao Rodoanel. A boa notícia fica para o número de acidentes do novo trecho. O Rodoanel Leste registrou, no seu primeiro ano de plena operação, um índice de 0,75 acidentes por dia, ou um acidente a cada 31 horas 42 minutos. Cerca dos 91% dos 277 acidentes registrados tiveram vítimas ilesas e houve apenas uma vítima fatal.


29.07.2016

Licitação dos transportes em SP deve sair após as eleições RENATO LOBO

O novo edital de licitação dos transportes da capital paulista deve ser assinado somente após as eleições. A informação é do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em sabatina promovida pelo portal UOL, Jornal Folha de São Paulo e o SBT. Segundo Haddad, a assinatura do contrato as vésperas de eleição soaria como uma medida antidemocrática. “O TCM [Tribunal de Contas do Município] levou quase um ano para avaliar um edital. Não vou assinar um contrato de 100 bilhões de reais faltando 60 dias para uma eleição. Penso que está em desacordo com a democracia. Eleito, toco o edital. Não eleito, alguém com legitimidade toca o edital”, afirmou o prefeito. Perguntado sobre uma eventual perseguição do TCM, Haddad afirma que houve uma mudança de jurisprudência. “Acho que mudou para melhor”, afirma o prefeito. A licitação deveria ter sido assinada em 2013. Porém, com as manifestações ocorridas naquele ano, a prefeitura decidiu por adiar a concorrência pública para adequar as regras o mais próximo do apelo popular. Lançada o edital, o processo ficou travado por um ano pelo Tribunal de Contas, até que a administração municipal respondesse a dúvidas.


29.07.2016

Brasil será maior mercado do Uber na região Um dos aplicativos mais populares e polêmicos da internet, o Uber está apostando alto no Brasil e quer chegar à Região Norte do país até o fim do ano. Além disso, a companhia americana, que já tem dez mil motoristas cadastrados no Brasil, pretende ultrapassar os 50 mil até outubro deste ano. Com mais de um milhão de clientes, o país vai ultrapassar o México e se tornar até dezembro a maior operação da companhia na América Latina. Guilherme Telles, gerente-geral do Uber no Brasil, lembra ainda que o Uber pretende lançar primeiro no país uma tecnologia que vai permitir a motoristas e usuários trocarem mensagens de texto pelo próprio aplicativo. Telles participou ontem do seminário “Site O Globo 20 anos: a evolução da mídia na era digital”, promovido pelo GLOBO na sede do Senac Rio, no Flamengo, no Rio de Janeiro. — Hoje, estamos em 21 cidades do Brasil. E a meta é continuar crescendo. Essa é a primeira Olimpíada do Uber e ocorre no Rio de Janeiro. Por isso, montamos um lounge no Aeroporto Santos Dumont. Buscamos ter os melhores recursos do mundo, com a vinda de mais de 20 pessoas de nossos escritórios, como China, Estados Unidos e México — informou Telles. O executivo destacou ainda que a empresa vem investindo em novas soluções, como o uso compartilhado do carro, que reduz o preço em até 40% — já lançado no Rio — o uso do porta-malas para levar mercadorias,como o serviço existente nos Estados Unidos e na França, e o transporte de documentos, como já ocorre em Nova York. Ele até brincou sobre uma parceria com o Tinder, aplicativo de relacionamento: — Aí, a pessoa pode escolher se quer compartilhar o carro com aquela pessoa (risos). São inovações que fazem o uso mais racional do carro. O objetivo do Uber é ser complementar. Em relação às polêmicas envolvendo taxistas, Telles afirmou que tudo é um processo e comparou o momento atual ao da chegada do Facebook. — Quando veio o Facebook, muito se falou sobre quem tinha o direito proprietário das fotos. Aí, veio o Marco Civil da Internet. A legislação precisa suportar o progresso e não barrá-lo. Em São Paulo, já há uma regulamentação. Em Vitória, também tem legislação (no Rio, ainda não há uma lei) — ressaltou, acrescentando que a maior dificuldade é a contratação de motoristas.


29.07.2016

Drogas estão cada vez mais presentes nas estradas Diversos estudos realizados no Brasil mostram ao longo dos anos que o uso de drogas por motoristas profissionais prejudicam o desempenho no volante, causando acidentes graves e mortes. Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Trânsito, as drogas agem no sistema nervoso central do motorista, alterando a concentração, coordenação motora e percepção. O motivo do uso das substâncias é a necessidade de se manter acordado por muito tempo, visando trabalhar de uma maneira mais rápida. Este pensamento é crucial para a saúde dos motoristas, colocando em risco a própria vida e a vida de outras pessoas. Em 2010, um estudo feito nas 27 capitais brasileiras avaliou o uso de álcool e drogas por motoristas profissionais e particulares. 3.398 pessoas tiveram sua saliva coletada e analisada, mostrando que 4,6% (150 pessoas) haviam consumido drogas como cocaína (2,1%), cannabis (1,5%), anfetamínicos e benzodiazepínicos (1%). Entre 2008 a 2011, outro estudo analisou a urina de 993 motoristas brasileiros. 5,4% usavam anfetaminas, 2,6% usavam cocaína e 1,0% usava cannabis – concluindo que quanto mais longa a viagem, mais anfetaminas eram usadas. O que estas substâncias causam? Anfetaminas: sensação de bem-estar e disposição, também causam alucinações, delírios, convulsões, fadiga, torpor, sonolência e inibição mental. Cocaína: estimulante que causa euforia. Parece melhorar a disposição do motorista, mas causa nervosismo, irritabilidade, agressividade, paranoia e alucinações, causando perda do controle do veículo, colisões, direção agressiva e desatenta. Cannabis (maconha): relaxamento dos membros e euforia. Prejudica a condução de um veículo porque compromete a memória, atenção, tempo de reação, capacidade de aprendizado, coordenação motora, percepção de profundidade, visão periférica, percepção de tempo e detecção de sinais. Exames toxicológicos A Lei 13.103 exige os exames para prevenir e diminuir o índice de acidentes e mortes nas estradas. Os exames servem para detectar no corpo a presença de drogas consumidas até 90 dias antes do teste, melhorando a confiança entre a empresa e seus motoristas.


28.07.2016

Porto de Santos bate recorde de exportações das últimas décadas O Porto de Santos foi responsável por quase um terço da movimentação da Balança Comercial Brasileira do primeiro semestre de 2016. Já no começo do ano, em janeiro, o complexo portuário respondeu por 28% da movimentação, crescendo, em fevereiro, para 30,7%, em março para 30,8%, em abril para 30,1%, em maio atingiu 29,4% e, em junho, 29%. No primeiro semestre, a movimentação do porto, em valores, atingiu US$ 45,6 bilhões, 29% do total do Brasil (US$ 156,9 bilhões). As exportações somaram US$ 26,8 bilhões, 29,7% do total do país (US$ 90,3 bilhões) e as importações chegaram a US$ 18,8 bilhões, 28,2% de tudo o que foi comprado no exterior (US$ 66,6 bilhões). Os cinco países dos quais o Brasil mais importou, através do Porto de Santos, foram a China (19,7%), os Estados Unidos (17,6%), a Alemanha (10,5%), o Japão (4,8%) e a Coréia do Sul (4,3%). Já os principais destinos das exportações brasileiras foram a China (19,5%), os Estados Unidos (11,0%), a Argentina (6%), os Países Baixos (4,6%) e o México (3,1%). Entre as cargas mais importadas aparecem o gasóleo (óleo diesel), vindo dos Estados Unidos, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos, que representaram 1,6% das importações; seguido de outras caixas de marchas, provenientes do Japão, Indonésia e Coréia do Sul, com participação de 1,3%, e outras partes para aviões ou helicópteros, vindas do Japão, Estados Unidos e Espanha, com 1,2%. Nas exportações sobressaíram-se a soja, embarcada para China, Tailândia e Irã, com participação de 17%; o açúcar, para a China, Argélia e Índia, com 9,38%, e o café, para os Estados Unidos, Alemanha e Japão, com 6,7%. Já a movimentação, em toneladas, atingiu o maior movimento de cargas de sua história para um primeiro semestre, somando 57,7 milhões t, registrando seis recordes mensais sucessivos. O número supera em 4,7% o recorde registrado de janeiro a junho de 2015, que foi de 55,1 milhões t. Açúcar, soja e milho responderam por 41,5% do total movimentado. As exportações também foram recorde, com 43,2 milhões t, ficando 11,1% acima do volume embarcado nesse período do passado (38,94 milhões t). As importações (14,51 milhões t) recuaram 10,7% em relação a 2015 (16,25 milhões t).


29.07.2016

Ferrovia: Renovação da malha paulista da Rumo é a primeira que deve sair A Rumo Logística será a primeira concessionária de ferrovia a ter um contrato renovado de forma antecipada pelo atual governo. A renovação será da chamada malha paulista, que integra o "corredor Norte", entre Rondonópolis (MT) e o porto de Santos (SP) - onde a companhia tem participação ou opera terminais portuários para exportar a carga que transporta pelos trilhos. A empresa pede mais prazo para poder amortizar os R$ 8 bilhões que promete investir. Atualmente a Rumo e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) discutem as regras para a renovação por mais 30 anos da exploração desse traçado. O prazo atual expira em 2028. Com a extensão, vai até 2058. "É o que está mais maduro para sair", disse ontem o superintendente de Infraestrutura e Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas da ANTT, Alexandre Porto, ao ser questionado em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo sobre os principais projetos que estão para sair entre este semestre e o primeiro trimestre de 2017. Além da renovação da Rumo, citou as licitações da Ferrogrão e da Ferrovia Norte-Sul. Com a injeção de recursos, as tarifas poderão ser mais "atrativas", disse o presidente da Rumo Logística, Julio Fontana, devido à geração de eficiência e ganhos de produtividade. "Tenho de concorrer com essa logística, com toda a expansão que está tendo para o Norte", afirmou o executivo ao Valor. "É o maior projeto logístico em desenvolvimento hoje no país, que propõe elevar o volume de 30 milhões de toneladas para 65 milhões de toneladas em 2025. Isso vai reduzir o custo Brasil". Em relação à Ferrovia Norte-Sul, o governo decidiu unir em um só lote dois trechos que originalmente seriam licitados de forma separada no Programa de Investimento em Logística (PIL), da presidente afastada Dilma Rousseff. Serão unidos o trecho sul da ferrovia, de Anápolis (GO) a Estrela D'Oeste (SP), que não despertou o interesse da iniciativa privada; e o trecho norte, de Anápolis a Porto Nacional (TO), considerado mais estratégico. A ideia é fazer uma única concessão verticalizada de Porto Nacional até Estrela d'Oeste, acessando os portos de Santos e Itaqui (MA) em mesma bitola Já a possibilidade de a licitação da ferrovia incluir áreas portuárias, conforme o governo cogitou para tornar o negócio mais atraente, perdeu força nos últimos dias, apurou o Valor. Não existe consenso jurídico de que se possa realizar uma só licitação envolvendo os dois modais no atual marco regulatório. Contudo, isso já foi feito no Brasil. A Ferronorte é um exemplo considerado bem-sucedido, cuja concessão dos trilhos no acesso ao porto de Santos previu também a exploração de uma área de 100 mil metros quadrados no cais.


26.07.2016

Temer veta controle total brasileiras por estrangeiras

de

companhias

aéreas

Lei que altera algumas regras do setor aéreo foi publicada nesta terça-feira O governo federal publicou, nesta terça-feira (26), a lei que muda regras do setor aéreo. Mas o presidente em exercício, Michel Temer, vetou o trecho que permitia que estrangeiras controlassem empresas de aviação no Brasil. Atualmente, até 20% do capital das companhias pode estar nas mãos de empresas de outros países. O veto segue um acordo feito entre o Palácio do Planalto e os senadores, que queriam mais tempo para debater a matéria. Conforme o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, o tema merece ser mais debatido, como querem os parlamentares. Mas ele diz que o governo manterá a posição de que é necessário liberar o controle de companhias aéreas por empresas de outros países. “A abertura do capital para 100% é fundamental para que empresas possam captar recursos do exterior, outras companhias venham se instalar no Brasil, e possamos melhorar o ambiente de competitividade. Apesar de serem empresas estrangeiras operando voos aqui no país, a regulação será feita pelo Brasil, os impostos serão pagos no Brasil”, disse o ministro, recentemente, em entrevista coletiva. A ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) já defendeu que o limite passe dos atuais 20% para 49%, como estava no texto da medida provisória que deu origem à lei, enviada ao Congresso Nacional pela presidente afastada, Dilma Rousseff, em fevereiro. Quando passou pela Câmara dos Deputados é que o dispositivo foi modificado. No Senado, houve resistência, porque os parlamentares consideram o tema complexo e queriam mais tempo para discutir a matéria. Mas eles aprovaram a lei integralmente, para que alguns pontos importantes da lei continuassem valendo. Ela traz, entre outras coisas, mudanças consideradas importantes para a recuperação econômica da Infraero, que está no vermelho desde as concessões de alguns dos maiores aeroportos do Brasil. Também prevê que operadores aeroportuários poderão remover equipamentos abandonados que estejam prejudicando as operações nos terminais, como é o caso de aviões de empresas que faliram.


29.07.2016

Demanda e oferta domésticas mantêm recuo em junho Índices estão em queda há onze e dez meses, respectivamente

Brasília, 29 de julho de 2016 - A demanda (em passageiros-quilômetros pagos transportados – RPK) por transporte aéreo doméstico de passageiros registrou queda de 6,3% em junho de 2016, comparada com o mesmo mês de 2015, enquanto a oferta (em assentos-quilômetros oferecidos – ASK) apresentou redução de 6,8% no mesmo período. Com o resultado de junho de 2016, a demanda doméstica apresentou o décimo primeiro mês consecutivo de retração. Já a oferta doméstica apresentou a décima baixa sucessiva do indicador. Com o resultado de junho, a demanda doméstica acumulou queda de 6,6% no ano e a oferta acumulou redução de 5,8% no mesmo período. Entre as principais empresas aéreas brasileiras, apenas a Avianca apresentou crescimento na demanda doméstica em junho de 2016, quando comparada com o mesmo mês de 2015, da ordem de 17,9%. Latam, Azul e Gol registram retração de 11,2%, 7,0% e 6,6%, respectivamente.


O número de passageiros pagos transportados no mercado doméstico em junho de 2016 atingiu 6,8 milhões, caindo 8,8% em relação a junho de 2015 e completando onze meses consecutivos de retração. No período de janeiro a junho de 2016, a quantidade de passageiros transportados acumulou redução de 8,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos operados por empresas brasileiras (RPK/ASK) em junho de 2016 foi da ordem de 78,0%, que representou aumento de 0,5% em relação ao mesmo mês de 2015. A quantidade de carga paga transportada no mercado doméstico foi de 28,0 mil toneladas em junho de 2016, o que representou aumento de 3,2% com relação a junho de 2015. No período de janeiro a junho de 2016, a carga paga doméstica transportada acumulou redução de 6,1% em relação ao mesmo período de 2015, tendo atingido 160,2 mil toneladas. Transporte Internacional A demanda (em RPK) do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras registrou queda de 11,85%, em comparação ao mês de junho de 2015, enquanto a oferta internacional (em ASK) apresentou redução de 7,5% no mesmo período. Com o resultado de junho de 2016, a demanda internacional registrou o quarto mês consecutivo de queda, após período de 24 meses de crescimento. Já a oferta internacional apresentou a quarta redução após encerramento da sequência de 19 elevações consecutivas do indicador. No acumulado de janeiro a junho de 2016, a demanda internacional diminuiu 2,7% em relação ao mesmo período de 2015. A oferta internacional diminuiu 1,8% no período. Latam e Gol registraram queda na demanda por transporte aéreo internacional de passageiros em junho de 2016, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, da ordem de 13,5% e 11,6%, respectivamente. A Azul registrou alta de 9,1%. A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos internacionais de passageiros operados por empresas brasileiras (RPK/ASK) foi de 77,2% em junho de 2016, contra 80,9% no mesmo mês de 2015, representando uma variação negativa de 4,6%. O número de passageiros pagos transportados por empresas brasileiras no mercado internacional em junho de 2016 atingiu 534,4 mil. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o indicador apresentou queda de 2,4%. O indicador está em retração há três meses. Os dados estão disponíveis no Relatório Demanda e Oferta do Transporte Aéreo, divulgado hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O relatório Demanda e Oferta do Transporte Aéreo é elaborado com base nas operações regulares e não regulares das empresas brasileiras de serviços de transporte aéreo público de passageiros. *Principais empresas aéreas brasileiras: foram consideradas aquelas que registraram participação de mercado superior a 1%, em termos de RPK. ** Foi aberto um processo administrativo para apuração de infração de prestação de informação inexata pela Map Linhas Aéreas, referente aos dados de abril de 2016, assegurado o direito de ampla defesa e contraditório.


28.07.2016

Dnit libera dados recentes da contagem de tráfego em rodovias federais O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) disponibilizou, para consulta, os dados mais recentes do PNCT (Plano Nacional de Contagem de Tráfego). Os números foram obtidos por meio de 228 equipamentos instalados em rodovias federais, administradas pela autarquia, entre abril de 2014 e março de 2016. Os números são considerados fundamentais para o planejamento de ações de manutenção e ampliação de rodovias, além de auxiliar na identificação dos principais eixos rodoviários e das intervenções prioritárias malha. Estão divulgados dados de volume médio diário mensal e volume total diário. A consulta pode ser feita por estado e rodovia. As informações também contemplam 11 categorias veiculares, por sentido da via. Ao todo, o PNCT prevê a implantação de 320 postos de contadores, que funcionarão ininterruptamente por um período de três anos. Também integra o Plano Nacional de Contagem de Tráfego a Pesquisa Origem e Destino. O levantamento está fazendo um diagnóstico socioeconômico das viagens em rodovias federais. Executada com apoio do Exército Brasileiro, ela vai traçar o perfil dos usuários das estradas e os fluxos de veículos em diversas categorias. O levantamento dos dados ocorrerá em quatro fases. Ele teve início no começo de julho e seguirá até 2017.


21.07.2016

Seminário faz lançamento dos Indicadores de Melhoria da Qualidade da Regulação A Associação Brasileira de Agências de Regulação – ABAR promoverá no próximo dia 16 de agosto de 2016, na sede da ENAP em Brasília, um Seminário nacional para o lançamento do documento intitulado “Qualidade Regulatória no Brasil: Dimensões e Indicadores para o Monitoramento e Avaliação da Atividade Regulatória”, que tem por objetivo oferecer bases em evidências para promover a reforma e a melhoria da qualidade da regulação no Brasil. De suma importância, o evento contará com a presença de representantes de parceiros que trabalham direta ou indiretamente com o tema da regulação: agências reguladoras federais, estaduais, do DF e municipais, órgãos e entidades da Administração Pública das três esferas de governo, Poder Legislativo, Tribunal de Contas da União – TCU, Ministério Público – MP, Fórum Nacional das Entidades de Defesa do Consumidor, Confederação Nacional da Indústria – CNI, Câmara Americana de Comércio Brasil – Estados Unidos – Amcham, além de outros vinculados à academia e pesquisadores. A título de informação, em março de 2012, foi criado um Grupo de Trabalho – GT para discutir e propor indicadores de qualidade regulatória para a Administração Pública brasileira. O GT contou com a participação de servidores representantes de agências reguladoras e a colaboração de profissionais e especialistas em regulação oriundos de entidades públicas e privadas. A metodologia de trabalho do GT contou com reuniões periódicas para apresentação e discussão da experiência internacional e de casos das próprias agências brasileiras; uso de bibliografia e referências sobre qualidade regulatória; consenso sobre caráter voluntário de adesão aos indicadores, abrangência da maior parte das instituições reguladoras brasileiras, tendo sido produzido coletivamente. A proposta original formulada pelo GT contou com mais de 60 (sessenta) indicadores. Como resultado, chegou-se a uma proposta com 25 (vinte e cinco) indicadores, estruturados em cinco dimensões relacionadas à governança regulatória: 1) Ambiente Institucional do Sistema Regulatório (5 indicadores); 2) Arranjo Institucional (6 indicadores); 3) Formulação Regulatória e Processo Decisório (7 indicadores); 4) Eficácia e Efetividade Regulatória (4 indicadores); 5) Participação Social, Prestação de Contas e Transparência (4 indicadores).


29.07.2016

Scania trabalha para produzir chassi de fibra de carbono RENATO LOBO

Uma parceria entre a Scania e o Instituto Real de Tecnologia de Estocolmo, na Suécia, visa a implementação de fibra de carbono em chassis e plataformas de veículos comerciais médios e pesados. Em fase de pesquisa, a medida visa a redução do peso, e aumentar a rigidez estrutural. Os profissionais querem criar uma estrutura mais leve e resistente em comparação com o chassi comum, constituído de aço. Então, ônibus e caminhões de distribuição de encomendas seriam bem mais eficientes energeticamente. Estima-se que o projeto pode reduzir o peso de um veículo em até 40%. A fibra de carbono permite moldar chassi ou plataforma possibilitando menor arrasto aerodinâmico e aumentar a versatilidade de emprego do caminhão médio ou ônibus urbano. A Scania AB é uma empresa sueca fabricante de caminhões, ônibus, e motores diesel (marítimos e estacionários). Com sede em Södertälje, na Suécia, empresa mais de 28.000 funcionários, e possui operações na Europa, América Latina, Ásia, África e Oceania. Sua atuação estende-se por mais de 100 países no mundo.


26.07.2016

Avião movido a energia solar chega a Abu Dhabi e conclui volta ao mundo O avião Solar Impulse 2, modelo movido exclusivamente a energia solar, completou uma volta ao mundo ao pousar em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, na madrugada da terça-feira, 26 de julho (noite de segunda, no Brasil). Com isso, concluiu mais de 43 mil quilômetros percorridos e 558 horas de voo sem utilizar qualquer quantidade de combustíveis fósseis. A última etapa do voo foi concluída pelo piloto Betrand Piccard, que dividiu a jornada com o parceiro de projeto André Borschberg. “Emoções, lágrimas, alívio , alegria é o que todos nós estamos sentindo agora depois de completar o primeiro voo solar ao redor do mundo da história”, escreveu Piccard, depois de concluir a travessia entre Cairo, no Egito, e Abu Dhabi. A volta ao mundo no Solar Impulse 2 começou em março de 2015, na capital dos Emirados Árabes. Mas o projeto já é desenvolvido há 13 anos, liderado por Piccard e Borschberg, juntamente com uma equipe de 90 pessoas, que inclui engenheiros, técnicos e controladores. “Eu queria uma demonstração crível que a energia renovável pode alcançar o impossível. Nós temos isso agora”, escreveu Piccard, antes da fase final. Segundo ele, a conclusão da volta em torno da Terra não encerra o projeto. “Pelo contrário, tudo vai continuar com mais força e paixão”, garantiu. A ideia é aproveitar o conhecimento adquirido e avançar no desenvolvimento de novas tecnologias, para além do Solar Impulse.


AGENDA 2016 AGOSTO Seminário “Qualidade Regulatória no Brasil: Dimensões e Indicadores para o Monitoramento e Avaliação da Atividade Regulatória” 16 de agosto – sede da ENAP –Brasília XVI Seminário Brasileiro do Transporte de Cargas 31 de agosto – Câmara dos Deputados- Brasília



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