Fim de Semana ARTESP - edição 67_

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EDIÇÃO 67 – 12 DE AGOSTO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105


12.08.2016

Colisões frontais caem 36% no primeiro mês de vigência da lei do farol No primeiro mês de vigência da lei que obriga que, durante o dia, motoristas trafeguem com o farol baixo aceso em rodovias, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) registrou queda de 36% nas colisões frontais em BRs. Entre 8 de julho, quando a norma entrou em vigor, e 8 de agosto de 2016, foram 117 acidentes desse tipo, contra 183 do mesmo período de 2015. O balanço foi divulgado nesta sexta-feira (12). Para a PRF, ainda é cedo para atribuir a queda nas estatísticas à nova legislação. Apesar disso, o assessor nacional de comunicação do órgão, Diego Brandão, analisa que é um indicativo do impacto positivo da medida: “um mês é um período curto para fazer uma inferência tão concreta, mas é um indício. A simples mudança da legislação, lógico, não vai mudar esse cenário. Tem fiscalização, educação para o trânsito, reengenharia. Tudo faz com que a gente tenha uma mudança. Mas é uma tendência”. Segundo Brandão, manter o farol aceso melhora a visibilidade e, com isso, há aumento na segurança. “Acreditamos que essa inovação de legislação é importante, porque há um reflexo direto em visibilidade, e qualquer coisa que ajude na redução de acidentes é válido”, analisa. As colisões frontais são o tipo de acidente mais grave, pois causam, proporcionalmente, o maior número de óbitos em rodovias federais. Nos


acidentes registrados entre 8 de julho e 8 de agosto, 39 pessoas morreram e 67 ficaram gravemente feridas, respectivamente 56% e 41% menos que no mesmo período do ano passado, quando houve 88 óbitos e 113 feridos graves. Os números também apontam redução de 34% nos atropelamentos: 86 registrados em 2016, contra 131 de 2015, considerando apenas os acidentes ocorridos durante o dia em BRs. Nesses atropelamentos, houve queda no número de mortos – 10 óbitos em 2016 e 16 em 2015 – e de feridos graves – 43 feridos graves em 2016 e 63 em 2015. Mais de quatro mil multas por dia Na média, a PRF flagrou mais de quatro mil motoristas por dia desrespeitando a regra no primeiro mês de vigência da lei. Entre os dias 8 de julho e 8 de agosto, foram emitidos 124.180 autos de infração. O descumprimento da lei federal é considerado infração média, com quatro pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 85,13. A partir de novembro, o valor passará para R$ 130,16. Goiás, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina foram os estados com mais flagrantes de motoristas conduzindo durante o dia com os faróis apagados. Em Goiás, foram 14,6 mil multas; no Paraná, foram registrados 12,9 mil flagrantes; em Minas, 12,6 mil; no Rio, a PRF contabilizou 11,1 mil infrações; em Santa Catarina, 10,7 mil condutores foram autuados.

11.08.2016

Apresentado texto preliminar do novo Código de Trânsito A comissão especial da Câmara dos Deputados que estuda alterações no CTB (Código de Trânsito Brasileiro), está recebendo sugestões da sociedade sobre as mudanças na legislação. O texto preliminar foi apresentado em reunião da comissão, nessa terça-feira, pelo relator, deputado Sérgio Brito, segundo a “Confederação Nacional do Transporte”. O PL 8085/14 também tem outros 159 projetos de lei apensados a ele, pois também tratam da legislação de trânsito. Esses projetos abordam temas como aulas de direção em simuladores, campanhas educativas sobre o risco de dirigir falando ao celular, exigência de equipamentos obrigatórios em veículos, sinalização e transporte individual, público e privado, de passageiros. Os comentários a respeito do novo texto serão analisados pelo relator para a elaboração do parecer que será submetido à comissão. Leia o texto preliminar do novo CTB: http://cms.cnt.org.br/Imagens%20CNT/PDFs%20CNT/Not%C3%ADcias/NOVO %20CTB%20-%20Relat%C3%B3rio%20preliminar.pdf


11.08.2016

Lucro da CCR cai 20,7% no 2º tri, com queda no tráfego e dívida mais cara Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A CCR viu seu lucro líquido do segundo trimestre cair 20,7 por cento sobre um ano antes, refletindo queda no tráfego das rodovias administradas pela companhia e maior custo de serviço da dívida. De abril a junho, o lucro da concessionária somou 145,7 milhões de reais. O tráfego nas rodovias da CCR foi 2,6 por cento menor do que em igual etapa de 2015. Operacionalmente, a companhia obteve um avanço anual de 13,6 por cento no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), para 960,2 milhões de reais, refletindo em parte maior controle de custos. E a margem Ebitda ajustada subiu 0,7 ponto percentual, para 60 por cento. Mas o aumento do custo médio da dívida, reflexo de uma Selic média mais alta, num momento de consumo intenso de recursos para investimentos em concessões como o Metrô Bahia, o BH Airport e a MSVia pesaram na última linha. Segundo o gerente de relações com investidores da CCR, Marcus Macedo, os custos financeiros mais elevados devem ser compensados em parte na segunda metade do ano por maiores receitas desses projetos. No trimestre, a CCR investiu o equivalente a 1,2 bilhão de reais. O plano de investir 5,8 bilhões de reais em 2016 está mantido e mais da 50 por cento desse montante deve ser consumido na segunda metade do ano. "O segundo semestre deve ter cronograma de investimentos mais pesado por razões sazonais", disse Macedo à Reuters. A receita líquida da companhia no trimestre subiu 12,3 por cento sobre um ano antes, para 1,6 bilhão de reais. Segundo o executivo, dados mais recentes de atividade nas rodovias mostram uma estabilização do tráfego, em parte devido a maior movimento de veículos comerciais envolvidos com exportação e o agronegócio. "Talvez ainda seja cedo para dizer que se trata de uma tendência, mas não temos visto uma deterioração adicional do tráfego", disse o executivo. De acordo com Macedo, a CCR tem interesse em participar nos leilões dos aeroportos de Fortaleza (CE), Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), que o governo federal tem sinalizado que vai licitar. "Vamos olhar tudo", disse.


11.08.2016

Anfavea revela automobilística

desempenho

de

julho

da

indústria

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou, em São Paulo, o resultado da indústria automobilística brasileira em julho e no acumulado do ano. O licenciamento no sétimo mês de 2016 registrou 181,4 mil unidades, o que significa aumento de 5,6% em relação as 171,8 mil de unidades de junho. Sobre o mesmo mês do ano passado, que registrou 227,6 mil unidades, houve queda de 20,3%. Na soma dos sete meses transcorridos de 2016 foram comercializadas 1,16 milhão de unidades – baixa de 24,7% contra as 1,54 milhão do ano passado. Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, a estabilização nos licenciamentos anima: “Ainda não é possível afirmar que atingimos um ponto de inflexão, mas o fato é que a indústria encontra estabilidade nos últimos meses e alguns indicadores começam a mostrar sinais positivos. Notamos alguma melhora na confiança do consumidor e do investidor, mas é preciso esperar um pouco mais para avaliar se essa retomada terá reflexos nas vendas. Acredito que esse cenário se tornará mais evidente após as definições do cenário político”. A produção registrou alta de 4,7% em julho: foram 189,9 mil unidades contra 181,4 mil em junho. No comparativo com as 224,1 mil unidades de julho do ano passado a indústria apresentou contração de 15,3%. O total de unidades


fabricadas no acumulado está 20,4% inferior se comparado com o mesmo período de 2015, com 1,20 milhão de unidades este ano e 1,51 milhão no ano passado. As exportações seguem tendência de alta: 45,6 mil unidades foram enviadas para outros países em julho, crescimento de 5% frente as 43,4 mil unidades de junho e de 61% se comparado com as 28,3 mil unidades de julho do ano passado. A exportação em 2016 chegou a 272,2 mil unidades, elevação de 20% contra as 226,7 mil de 2015. Caminhões e ônibus As vendas de caminhões em julho, com 4,7 mil unidades, subiram 11,5% frente as 4,2 mil unidades comercializadas em junho, mas diminuíram 27,9% se defrontado com as 6,5 mil de julho do ano passado. O licenciamento no acumulado ficou menor em 30,9% quando comparadas as 30,3 mil unidades deste ano com as 43,8 mil do ano passado. A produção recuou 8,6% – foram 5,1 mil unidades deste último mês contra 5,6 mil em junho. Na análise com mesmo período do ano passado, quando 6,6 mil unidades deixaram as linhas de montagem, a retração é de 22,9%. Até julho 36,4 mil unidades foram fabricadas, o que representa queda de 24,5% ante as 48,2 mil do ano anterior. As exportações registram baixa de 5,9% ao se comparar as 11,3 mil unidades deste ano com as 12 mil de 2015. Na análise mensal, as 1,9 mil unidades negociadas em julho com outros países apontam crescimento de 9,4% frente a junho, com 1,7 mil unidades, e de 6% ante as 1,8 mil de julho do ano passado. No segmento de ônibus a comercialização encerrou o mês com elevação de 73,2%, ao defrontar as 1,7 mil unidades do sétimo mês com as 982 de junho, e de 19,4% ante as 1,4 mil unidades vendidas em julho do ano passado. O licenciamento no período acumulado do ano – 7,4 mil unidades – recuou 33,4% frente as 11,1 mil unidades registradas no mesmo período de 2015. A produção fechou o mês com 1,6 mil chassis, o que significa diminuição de 10,4% ante as 1,8 mil unidades de junho. Na análise contra julho do ano passado o resultado ficou 13,7% abaixo, com 1,9 mil unidades. No acumulado a retração é de 31%: 10,9 mil unidades este ano e 15,8 mil no ano passado. As exportações de chassis para ônibus cresceram 23,2% no acumulado, com 4,9 mil unidades este ano e 4 mil em 2015.


04.08.2016

Crise paralisa parte da frota de mais de 60% das transportadoras de cargas A demora na recuperação da economia, com enfraquecimento da demanda pelos serviços de transporte, mantém o cenário de dificuldades no setor. Conforme dados divulgados pela NTC&Logística (Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística), 65,4% das transportadoras de cargas estão com caminhões parados. A média é de 11,2% da frota que está sem rodar. Além disso, no primeiro semestre de 2016, 77% dos empresários relataram queda no desempenho financeiro da empresa. O problema é que as perdas são permanentes. “A frota está parada, mas tem custos fixos com os quais tem que se arcar, como licenciamento, seguro. Tem a depreciação do caminhão, que continua perdendo valor, além do capital imobilizado, ou seja, o veículo está parado, em alguns casos as prestações ainda sendo pagas, e não tem mercado para que ele possa ser revendido”, explica Lauro Valdivia, assessor técnico da entidade. Isso gera outra conta preocupante: caminhões parados representam cortes de pessoal nas empresas. Os dados não são oficiais, mas Valdivia estima que, se a frota paralisada está, na média, em 11,2%, as demissões devem ter chegado a 20% do efetivo. O estudo, elaborado pelo Conet (Conselho Nacional de Estudo em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado), ainda aponta defasagem expressivas do frete, que chega a 9,8% para a carga fracionada e a 22,9% para a lotação. A análise é feita com um comparativo entre os preços praticados no mercado e os custos da atividade, ou seja, desconsidera, inclusive, o lucro das empresas. Segundo Valdivia, na atual realidade de mercado, os transportadores tentam diminuir os preços para que os serviços sejam contratados. Ele esclarece que, no caso da carga fracionada, a defasagem é inferior porque a margem para diminuição dos preços também é menor, já que envolve diferentes pontos de coleta e distribuição. Na lotação, por sua vez, há mais flexibilidade para mexer nos custos. No curto prazo, será difícil recuperar essas perdas. Mas Valdivia alerta que os transportadores devem recompor os preços para, ao menos, cobrir a inflação. Outro problema, alerta o assessor técnico da NTC, é que a situação de dificuldades se prolonga desde 2014. Com dificuldades, empresas fecharam as portas e aquelas que continuaram operando cortaram recursos físicos e humanos. Lauro Valdivia prevê que, quando a economia se recuperar, os efeitos disso serão impactantes. “Quem necessitar do transporte, passará apuros, porque até as empresas se recomporem, com trabalhadores e espaço para atender à demanda, quando voltar a crescer, vai levar um tempo”, diz.


11.08.2016

Uso de drogas nas estradas continua causando acidentes Sempre que uma nova exigência legal entra em vigor é comum discussões sobre o seu objeto e efeitos que dela decorrem. No caso da Portaria MTPS 116/2015, regulamentadora da Lei n.º 13.103/2015, que determina a realização de exames toxicológicos na pré-admissão, a cada dois anos e meio, e na demissão de profissionais, contratados no regime CLT, a situação não foi diferente. Desde o final de abril, para a emissão e renovação das CNHs categorias C, D e E, todos os motoristas profissionais, empregados e autônomos também deverão se submeter ao exame toxicológico. O exame analisa a queratina coletada de amostras de cabelo, pelos ou unha do profissional e constata se, nos 90 dias anteriores à coleta, o motorista consumiu substâncias psicoativas como: maconha, cocaína, mazindol, crack, femproporex, ecstasy, heroína, metanfetaminas ou anfepramona. Em 2014, por exemplo, mais de mil caminhoneiros morreram nas estradas brasileiras em razão de excesso de jornada, pressão para entregar o mais rápido possível e o uso de drogas. A cada dia, assistimos a diversas matérias nos meios de comunicação mostrando índices alarmantes. Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais com condutores de veículos de carga no Ceasa Contagem, na Grande Belo Horizonte, revelou que 50,9% dos condutores de cargas que se acidentaram faziam uso das drogas conhecidas como rebites, conforme aponta estudo do SOS Estradas. Além disso, surge outro agravante: o usuário da droga pode se tornar traficante a qualquer momento, principalmente porque os motoristas estão diariamente nas rodovias que ligam grandes centros consumidores em todo o Brasil. Ou seja, o problema é maior do que imaginamos. “O que é importante, diante desse cenário, é avaliar o lado positivo dos exames toxicológicos. Diversos segmentos econômicos já incorporaram os testes às rotinas, como o setor aéreo, no qual os pilotos são obrigados a periodicamente se submeter ao exame”, explica Luis Henrique Soares, diretor jurídico do Grupo Buonny. No caso dos motoristas de caminhões e ônibus é importante que haja essa consciência, pois não é uma legislação que trará dificuldades ao exercício da profissão, ao contrário, assim como outras que já vieram antes, como a jornada de trabalho do motorista ou o teste de álcool por meio do bafômetro, a questão dos exames toxicológicos veio para tornar a atividade ainda mais segura e eficiente a todos os envolvidos na cadeia de transporte.


12.08.2016

Implementos rodoviários: queda nas vendas para de crescer As vendas de implementos rodoviários recuaram 31,1% no acumulado de janeiro a julho deste ano em comparação com mesmo período de 2015, ao totalizar 37.429 unidades, entre leves e pesados, de acordo com balanço divulgado na quintafeira, 11, pela Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários. Para a entidade, o desempenho aponta para estabilidade da queda dos emplacamentos, uma vez que tecnicamente está no mesmo nível que o registrado no primeiro semestre, quando as vendas diminuíram 30,6. “Acredito que chegamos a um ponto de inflexão na curva de queda”, explica Alcides Braga, presidente da Anfir. “Diante dos sinais de volta da confiança na economia poderemos observar nos próximos meses um início de recuperação que reduziria o resultado negativo do setor”, completa. O segmento leve – que corresponde a carroceria sobre chassis – continua exercendo a maior influência negativa do setor: nos sete meses completos do ano, as vendas ficaram 38% abaixo da registrada há um ano, passando de 36,6 mil para 22,7 mil unidades. “A parte da economia ligada ao comércio e serviços nas cidades ainda não apresentou qualquer sinal de recuperação da crise o que explica a queda generalizada em todos os setores no segmento carroceria sobre chassis”, afirma Mario Rinaldi, diretor executivo da Anfir. Em pesados – reboques e semirreboques -, dos 15 setores pesquisados pela associação, apenas os ligados ao agronegócio como graneleiro/carga seca e canavieiro registraram variação positiva, de 1,18% e 23,1%, respectivamente. Apesar disso, o resultado não foi suficiente para conter a queda anual de 16,9% do segmento pesado, que passou de 17,6 mil unidades nos primeiros sete meses de 2015 para 14,7 mil unidades neste ano.


12.08.2016

Ônibus urbanos no Brasil perdem por dia 3,2 milhões de passageiros ADAMO BAZANI

Os ônibus urbanos em todo Brasil perderam 3,2 milhões de registros de passagens por dia entre os anos de 2014 e 2015. É o que aponta novo levantamento divulgado nesta sexta-feira, 12 de agosto de 2016, da NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, que reúne em torno de 500 viações em todo o país. Segundo os dados, a queda na demanda de passageiros entre 2014 e 2015 foi de 9%, um dos maiores da série histórica do levantamento realizado desde 1994. Em 2014, foram registradas 382 milhões passagens de ônibus em média por mês. No ano passado, este número caiu para 348 milhões. Mesmo assim, o ônibus é responsável pela maior parte dos deslocamentos do país: 87% dos usuários de transporte público utilizam o ônibus como principal meio de locomoção. Como as linhas metroferroviárias não avançam nas principais áreas urbanas do país, o dado da perda de passageiros de ônibus é preocupante e revela diversos aspectos, como o fato de mais pessoas deixarem de se deslocar porque perderam emprego devido à crise econômica e, principalmente, o fato de ainda o transporte público não receber prioridade devida nos investimentos, prejudicando a sua qualidade e fazendo com que mais pessoas optem pelo automóvel particular ou moto, ampliando assim os níveis de congestionamento e poluição nas cidades. Para que o transporte público seja interessante, ele precisa ser confiável, rápido, ter valores de passagens acessíveis e conforto. Isso só é possível com políticas públicas de financiamento e geração de recursos para barateamento de tarifas; ampliação da infraestrutura adequada para o transporte público, como aumento de linhas de trem e metrô e corredores de ônibus que oferecem eficiência e, também, um poder público que estimule o empresário de ônibus que quer investir, mas aja com rigor para aquele que não opera bem o transporte coletivo. Políticas externas ao transporte coletivo também podem auxiliar a mudança deste quadro. A NTU citou como exemplo a questão da política sobre o óleo diesel, que força o aumento das tarifas e faz com que os ônibus percam passageiros. Entre 2000 e 2015, de acordo com a entidade, o preço do óleo diesel para o setor de transportes por ônibus aumentou 52,7%.


11.08.2016

Haddad libera 44 faixas exclusivas para ônibus fretados A partir de agora os cerca de 6.000 ônibus fretados que circulam na capital paulista vão poder trafegar por faixas exclusivas de ônibus de 44 ruas e avenidas. Ao todo, o sindicato das empresas de fretados calcula que a permissão chega a 140 km. A lista das vias liberadas pela gestão Fernando Haddad (PT) deverá ser publicada hoje do "Diário Oficial" da Cidade. De acordo com o secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, os 506,2 km de faixas exclusivas de ônibus foram divididos em três blocos. O primeiro, liberado hoje, ficará em estudo por 120 dias. "Nesse período nós vamos analisar o impacto. A partir daí vamos começar o estudo do segundo bloco." As 44 vias liberadas inicialmente são as que possuem menos tráfego de coletivos, como as avenidas Zaki Narchi e Caetano Álvares (zona norte) e Nordestina (zona leste). Os táxis já são autorizados a circular nas faixas com ou sem passageiro em qualquer horário e dia da semana. O presidente do Transfretur (sindicato ligado à federação dos fretados), Jorge Miguel dos Santos, disse que foi solicitado à prefeitura a liberação de 350 km de faixa para a circulação dos veículos que transportam cerca de 300 mil passageiros por dia. "A prefeitura vai liberar a utilização de 140 km e outros 60 km já estão sendo estudados", disse. As novas regras alteram a forma como são aplicadas as multas para os motoristas infratores (veja ao lado). Para ter direito a usar as faixas, a empresa terá de fazer cadastro na secretaria e informar por quais vias vai trafegar. Segundo nota divulgada pela prefeitura, "a medida foi tomada após estudos realizados pela SPTrans e CET para o atendimento desse público específico. O critério para sua execução é o de não interferir no desempenho operacional do transporte coletivo feitos por ônibus". O especialista em transporte de trânsito Flaminio Fichmann analisa positivamente a liberação das faixas exclusivas. Segundo ele, é uma alternativa de atrair mais passageiros para esse tipo de transporte. "Nos últimos anos houve redução no número de pessoas no transporte coletivo privado, que, consequentemente, migram para o individual", disse Fichmann. Confira a lista das vias com faixas liberadas: 1 - Av. Brás Leme, entre Ponte da Casa Verde e R. Marambaia, sentido bairro; 2 - Av. Eng. Caetano Álvares, entre R. Pe. João Gualberto e R. Domingos Torres, ambos os sentidos; 3 - Av. Imirim, entre R. Quirinópolis e Pça. Lions Clube, ambos os sentidos; 4 - Av. Imirim, entre R. José de Oliveira e Av. Eng° Caetano Álvares, sentido bairro; 5 - Av. Luís Dumont Villares, entre Av. General Ataliba Leonel e Av. Tucuruvi, sentido bairro;


6 - Av. Zaki Narchi, entre Av. Moysés Roysen e Av. Cruzeiro do Sul, sentido centro; 7 - Av. Zaki Narchi, entre Av. Moysés Roysen e Pça. Orlando Silva, sentido bairro; 8 - R. Cel. Sezefredo Fagundes, entre R. Monte D'Ouro e Av. Tucuruvi, sentido centro; 9 - Av. Boturussu, entre Av. São Miguel e Av. Paranaguá, ambos os sentidos; 10 - Av. Cangaíba, entre Av. Penha de França e Av. Alfredo Ribeiro de Castro, ambos os sentidos; 11 - Av. Dr. Assis Ribeiro, entre Av. Gabriela Mistral e R. Reverendo José de Azevedo Guerra, ambos os sentidos; 12 - Av. Dr. Assis Ribeiro, entre R. Reverendo José de Azevedo Guerra e R. Serra do Itaqueri, sentido bairro; 13 - Av. Nordestina, entre R. Coleirinha e R. Manuel da Silva Leão, ambos os sentidos; 14 - Av. Nordestina, entre Av. Marechal Tito e Av. Pires do Rio, sentido bairro; 15 - Av. Paranaguá, entre Av. São Miguel e Av. Boturussu, ambos os sentidos; 16 - Av. Pe. Olivetanos, entre R. Maria Carlota e Av. Amador Bueno da Veiga, sentido bairro; 17 - Estrada de Mogi das Cruzes, toda extensão, ambos os sentidos; 18 - R. Alvinópolis, entre R. Maria Carlota e R. Antônio Lamanna, sentido centro; 19 - R. Embira, toda extensão, ambos os sentidos; 20 - R. Ver. Cid Galvão, entre R. Rodovalho Júnior e Av. Aírton Pretini, ambos os sentidos; 21 - R. Maria Carlota, entre Av. Amador Bueno da Veiga e R. Alvinópolis, sentido centro; 22 - Vd. Carlos de Campos, toda extensão, sentido centro; 23 - Av. Adriano Bertozzi, entre R. John Speers e Av. Jacu Pêssego /Nova dos Trabalhadores, ambos os sentidos; 24 - Av. Antônio Estevão de Carvalho, entre R. Dr. Luiz Ayres e Av. Conde de Frontin, ambos os sentidos; 25 - Av. Aricanduva, entre R. Júlio Colaço e Av. Conde de Frontin, sentido centro; 26 - Av. Aricanduva, entre R. Júlio Colaço e Av. Itaquera, sentido bairro; 27 - Av. Jacu Pêssego / Nova Trabalhadores, entre R. São Francisco do Piauí e Av. Ragueb Chohfi, ambos os sentidos; 28 - Av. José Pinheiro Borges, toda extensão, ambos os sentidos; 29 - Av. Nagib Farah Maluf, toda extensão, sentido bairro; 30 - Av. Osvaldo Pucci, entre Av. Afonso de Sampaio e Souza e R. John Speers, ambos os sentidos; 31 - Av. Prof. João Batista Conti, toda extensão, sentido bairro; 32 - R. Antônio de Barros, entre R. Honório Maia e Av. Celso Garcia, sentido centro; 33 - R. Augusto Carlos Bauman, entre R. Sabbado D'Ângelo e R. Antônio de Moura Andrade, ambos os sentidos; 34 - R. Cesário Galero, entre Av. Celso Garcia e R. Honório Maia, sentido bairro; 35 - R. Honório Maia, entre R. Cesário Galero e Vd. Cons. Carrão, sentido bairro; 36 - R. John Speers, entre R. Osvaldo Pucci e R. Adriano Bertozzi, ambos os sentidos; 37 - Vd. Conselheiro Carrão, toda extensão, ambos os sentidos; 38 - Av. Sgto. Geraldo Santana, entre Av. Professor Guilherme Belfort Sabino e Av. Interlagos, sentido centro; 39 - Av. Dr. João César de Castro, toda extensão, sentido bairro; 40 - Av. Afrânio Peixoto, toda extensão, ambos os sentidos; 41 - Av. Valdemar Ferreira, toda extensão, ambos os sentidos; 42 - R. Ari Aps, entre R. Augusto Farina e Av. Mal. Fiuza de Castro, sentido bairro; 43 - R. Emérico Richter, entre Av. Nossa Sra. do Sabará e Estrada do Alvarenga, ambos os sentidos; 44 - Av. Nossa Sra. do Sabará, entre Av. Interlagos e R. Emérico Richter, ambos os sentidos.


12.08.2016

14 mil têm CNH suspensa por mês em SP; Prefeitura atrasa transferência de pontos Por mês, 14 mil motoristas, em média, têm a carteira nacional de habilitação (CNH)suspensa em São Paulo. O número, recorde, é 194% maior do que o registrado em 2013, primeiro ano da gestão Fernando Haddad (PT), que teve média mensal de 4,7 mil suspensões. As punições por excesso de multas avançam desde o ano passado, quando a Prefeitura reduziu os limites de velocidade, o que já leva a 12 autuações por dia – como o Estado mostrou nesta quinta-feira, 11. Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e não incluem motoristas que perderam a habilitação por embriaguez ao volante. A carta é suspensa quando se atinge 20 pontos. Ao longo de 2013, houve 55 mil suspensões. Neste ano, até junho, foram 81 mil. Em 2014, a média mensal foi de 6,9 mil, saltando para 13,1 mil em 2015 – quando a redução de velocidade das Marginais foi implementada. Há 4,5 milhões CNHs na capital. O crescimento das autuações ainda criou uma dificuldade extra na capital paulista. O Departamento de Operações do Sistema Viário (DSV), órgão da Prefeitura, vem perdendo prazos para envio ao Detran de solicitações para indicação de condutor quando uma pessoa é multada dirigindo o carro de outra. Assim, os pontos estão indo para proprietários que não cometeram infrações. Faz tantos meses que o metalúrgico Leonardo Alves, de 31 anos, enviou pelos Correios um pedido de transferência de multa da sua CNH que ele não se lembra da data da infração. “Sei que foi no ano passado”, disse. Alves emprestou o veículo para um amigo e, ao receber a notificação de penalidade em casa, reuniu documentação e enviou por correspondência. “Tinha mandado por carta e estava tranquilo. Tomei um susto quando chegou uma correspondência informando que a minha carteira seria suspensa. Tive de vir pessoalmente no Detran para resolver”, afirmou. Na terça-feira, o metalúrgico aguardou por mais de quatro horas e passou por três setores até concluir o processo. A Prefeitura, que admite o problema, não informa o total de prejudicados. “Posso passar o número dentro de 15 dias”, diz o diretor do DSV, Afonso Alonso. Segundo ele, após contato com o Detran, as multas de trânsito da cidade estão sendo reprocessadas e os motoristas que perderam pontos que deveriam ser transferidos serão avisados por correio da falha – e da correção do problema. “Também reforçamos as equipes.” Infratores Na quarta, em entrevista à TV Estadão, o prefeito Haddad lembrou que cerca de 5% dos motoristas são responsáveis por 50% das multas de trânsito aplicadas na capital paulista e defendeu as políticas de redução de velocidade e aumento da


quantidade de radares, destacando a redução de acidentes e de vítimas – cerca de 9 mil acidentes e 250 mortes a menos no último ano, segundo ele. O professor de engenharia de trânsito Creso de Franco Peixoto, da Fundação Educacional Inaciana (FEI), concorda com a iniciativa como forma de reduzir os acidentes. Para ele, no entanto, “a quantidade alta de infrações é resultado do fato de que o dinheiro arrecadado (com as multas) não está sendo usado na educação de trânsito”. O professor acredita que, se fossem educados sobre os riscos do excesso de velocidade, os infratores tirariam o pé do acelerador. Na terça-feira, a Justiça determinou que a gestão deixe de usar as verbas do Fundo Municipal do Desenvolvimento de Trânsito de São Paulo para pagamento de despesas operacionais e de custeio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), “inclusive folha de pagamento dos funcionários”. Para a juíza Carmen Cristina Oliveira, “a receita com as multas deve ser empregada exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação”. O QUE FAZER? Segundo o advogado Maurício Januzzi, especialista em trânsito, caso o motorista receba notificação de infração sobre multa que não cometeu, ele deve: Indicar o condutor O motorista tem de respeitar o prazo informado na notificação para a indicação correta do condutor. Para isso, basta preencher a notificação com os dados corretos do infrator e anexar cópia da CNH da pessoa que de fato cometeu a infração. Depois, deve-se enviar a documentação por carta ou apresentá-la em um dos postos do órgão que aferiu a multa. Juntar provas “O motorista deve juntar provas de que fez a indicação no prazo”, alerta o advogado. Para isso, pode guardar cópia da documentação enviada e/ou manter o registro do Aviso de Recebimento (AR), caso a documentação tenha sido mandada pelos Correios, ou o protocolo de atendimento, caso tenha ido ao posto. Propor ação Se o órgão não processar a solicitação corretamente e se recusar a fazer a transferência, e se isso causar qualquer prejuízo ao motorista - como perder a carta injustamente -, o advogado recomenda que se procure diretamente a Justiça, propondo ação civil com pedido de liminar para que o órgão de trânsito repare o dano. Na sequência, pode-se buscar indenização por eventuais prejuízos que se tenha sofrido e, eventualmente, por danos morais.


12.08.2016

Rodovias da morte -

Rodrigo Makarios

Experimente digitar no Google as palavras “rodovia da morte” seguidas de algum estado, qualquer um. Troque os estados, repare nas notícias que aparecem. Você verá tragédias em diversas rodovias estaduais e federais. BR-101 e BR-116 conseguem ser “da morte” em quase todos os estados que atravessam, de norte a sul do país. No Paraná, BR-376, PR-092, PR-323, PR-445, além da tradicional BR116, já foram agraciadas com a nada honrosa alcunha. Mas qual merece o título infame? Ora, todas elas. Não se pretende aqui desculpar os maus motoristas. A imprudência, a imperícia e a negligência são causas diretas de boa parte dos acidentes. Mas quando uma estrada se torna conhecida como “Rodovia da Morte”, deve existir algum motivo relacionado à própria estrada para o alto índice de acidentes fatais em um determinado ponto. Manutenção deficiente ou falta de sinalização, por exemplo. Alto volume de tráfego em pista simples também contribui. Um aspecto pouco abordado diz respeito ao traçado, à geometria da estrada. Nossas principais rodovias foram projetadas e construídas há 50, 60 anos, considerando as limitações econômicas e tecnológicas, o volume de tráfego e os veículos da época. Mas elas ficaram velhas, incapazes de oferecer segurança e conforto e de suprir as necessidades de transporte de pessoas e mercadorias. As duas rodovias que vão de Curitiba para o litoral – BR-277 para Paranaguá e BR376 para Garuva e Guaratuba – estão completamente defasadas. Os trechos de serra de ambas foram projetados por mulas no século 18. Literalmente, já que para estabelecer uma trilha e transpor uma serra, os antigos utilizavam os animais de carga para encontrar um caminho viável. Os traçados foram melhorados com o tempo, mas os pontos críticos permanecem, e nas duas rodovias há trechos muito sinuosos e com alta declividade. Somando-se a isso o tráfego intenso e pesado, tem-se a receita para a tragédia. Uma rápida pesquisa mostra que os acidentes mais graves ocorrem justamente no final da descida da serra. Entre 2011 e 2015 aconteceram 1.768 acidentes no trecho mais crítico da BR-376 (km 664 ao 683), com 73 mortos e 688 feridos. No


pior trecho da BR-277 (km 32 ao 46) foram 1.021 acidentes, 33 mortos e 402 feridos no mesmo período. Em janeiro de 1993 perdi meu bom amigo e colega de faculdade Roberson em colisão frontal – o mais mortífero dos tipos de acidentes – com uma carreta na BR153, entre Santo Antônio da Platina e Jacarezinho. As outras três pessoas que estavam no carro que ele dirigia também morreram. O trecho, de apenas 15 km em pista simples, que liga as duas importantes cidades do Norte Pioneiro tem longas retas e algumas curvas muito perigosas em declive, especialmente na saída (ou chegada) de Santo Antônio. O tráfego é intenso: carretas, caminhões de cana, pessoas que moram em uma cidade e trabalham ou estudam em outra, comerciantes, fazendeiros, ônibus, além de pessoas e cargas indo do interior de São Paulo para Curitiba ou Paranaguá. A estrada já deveria ter sido duplicada e ter tido seu traçado corrigido há muito tempo. Atualmente em regime de concessão, está com a pista em bom estado e com a sinalização razoável (o que é o mínimo que se deveria esperar), mas não houve nenhuma melhora substancial na segurança viária. No último mês de julho ocorreram pelo menos 4 mortes nesse mesmo trecho. Passados 23 anos, nada mudou. A partir dos anos 1960, a ideia de forgiving highways (rodovias que perdoam) passou a ser desenvolvida e aplicada, primeiro nos Estados Unidos e depois na Europa. Consiste, basicamente, em assumir que motoristas cometerão erros e que veículos apresentarão falhas e, a partir dessa realidade, adaptar a rodovia de modo a evitar acidentes ou minimizar suas consequências. Separação física de pistas de sentido contrário, alargamento das faixas de rolamento, construção de áreas de escape, correções de traçado com a eliminação de rampas íngremes e de curvas fechadas, instalação de barreiras e defensas em trechos adjacentes a ribanceiras, remoção de árvores e postes próximos à pista, são algumas das medidas a serem aplicadas. O número de mortes nos EUA caiu de 51 mil em 1966 para 35 mil em 2015, uma redução de mais de 30% em 40 anos. No mesmo período a população americana aumentou em 64% e a quilometragem percorrida pela soma dos veículos mais que triplicou. Uma redução notável, causada especialmente pelo incremento da segurança nas rodovias. Nem é preciso dizer que o conceito de forgiving highways é praticamente desconhecido ou ignorado no Brasil. Tirando raras medidas pontuais, como a área de escape de caminhões construída na BR-376, não se vê qualquer iniciativa ampla com a intenção de aumentar a segurança das estradas de forma consistente e continuada. Os órgãos responsáveis pelas rodovias preferem colocar a culpa dos acidentes apenas nos motoristas, enquanto tomam medidas paliativas (e arrecadatórias) como a instalação de lombadas eletrônicas em pontos de risco. E assim, qualquer erro pode e será fatal. As rodovias da morte brasileiras não perdoam ninguém. Rodrigo Makarios é engenheiro civil.


08.08.2016

Rio 2016: pontualidade atinge 95,6% nos aeroportos e sela recorde Na primeira semana de movimentação olímpica, a aviação brasileira opera com o melhor índice de pontualidade já registrado em uma operação especial do setor no País. A marca atingiu 95,6% no período entre 31 de julho e 6 de agosto, considerado um dos picos de demanda aeroportuária durante o megaevento esportivo. Nos nove aeroportos que concentram maior volume de chegadas e saídas para a Rio 2016, foram transportados cerca de 2,87 milhões passageiros, dos quais aproximadamente 595 mil nos dois aeroportos do Rio. Só o aeroporto de Guarulhos movimentou mais de 715 mil passageiros na primeira semana do evento. As estatísticas operacionais são apuradas diariamente pela Sala Master de Comando e Controle da Aviação Civil para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, localizada no Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea. O patamar de atrasos de 4,4% está acima da excelência prevista no planejamento do setor de aviação para o período da Rio 2016. O governo brasileiro, por meio da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), trabalha com a meta de manter abaixo de 15% os atrasos de até 30 minutos do horário da partida dos voos. “Em cinco anos de realização de eventos alta demanda, nunca se viu índices tão baixos como este em tão complexo tipo de operação. Chegamos a registrar 0% em alguns aeroportos, o que aproxima operação da perfeição técnica”, analisa o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. Para efeito de comparação, durante a Copa o atraso médio medido foi de 8,8%. O principal indicativo de reconhecimento da qualidade do serviço aeroportuário no Brasil é a opinião do passageiro. Nesse período analisado pela Secretaria de Aviação Civil, a experiência de chegada e saída dos terminais manteve o padrão de excelência oferecido em dias comuns nos aeroportos do País. Em uma escala de 1 a 5, a média de satisfação apurada chega a 4,19, o que representa a consolidação de melhorias de infraestrutura e perfeita adequação da atividade dos terminais a picos de demanda. Em aeroportos como o Galeão, portão de referência para chegadas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a nota da primeira semana do evento é, inclusive, melhor que a média apurada em momentos de normalidade operacional: 4,16, diante de 3,91 no último trimestre e 3,79 na Copa do Mundo, representando uma melhora de quase 10%. O aeroporto de Guarulhos, com média 4,61, está no topo do ranking de satisfação do período considerado; já o aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, ficou com 4,24.


O DESEMPENHO EM NÚMEROS – Considerando os nove aeroportos monitorados pela pesquisa, no período, o tempo médio de fila no check-in doméstico no guichê foi 11 minutos, enquanto no check-in internacional a fila durava cerca de 5 minutos. A inspeção de segurança (doméstica e internacional) estava livre de filas, o que fez com que o passageiro fosse liberado em, em média, 1 minuto. A bagagem doméstica foi restituída em 24 minutos e a internacional em 55 minutos (tempo decorrido entre o calço da aeronave e a chegada da última bagagem na esteira). Já os procedimentos de imigração e emigração demoraram em torno de 10 e 3 minutos, respectivamente. O número total de partidas programadas nos nove aeroportos, no período, foi de 9.250. Santos Dumont e Galeão, juntos, somaram 2.133, enquanto o aeroporto de Guarulhos (SP), sozinho, teve 2.022. Foram registrados 72 voos VIPs e realizado atendimento a 42 chefes de Estado, além de chefes de governo e autoridades internacionais. MANUAL DE PLANEJAMENTO – A Secretaria de Aviação Civil – vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil – coordenou a elaboração do Manual de Planejamento do Setor Aéreo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O manual foi construído após cerca de 400 horas de debates, análises técnicas, revisão de procedimentos, ações de alinhamento e cooperação para as Olimpíadas e Paralimpíadas e carimbado pelos 27 órgãos que compõem o Comitê Técnico de Operações Especiais da Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias). Entre os pontos de destaque estão o planejamento de fluxo dos terminais de passageiros e ocupação de pátios e pistas, questões de segurança e defesa aérea, reforço de recursos humanos, administração da capacidade de operação dos aeroportos, gerenciamento de prioridades de tráfego aéreo e acessibilidade. Todos esses itens são verificados desde 2015, em simulados e eventos-teste. OPERAÇÕES ESPECIAIS DO SETOR – A operação aeroportuária no Brasil ganhou, em 2012, o Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE). Criado pela Secretaria de Aviação Civil, consiste em um fórum de planejamento e gestão com a missão de colocar o Brasil no calendário dos grandes eventos internacionais sob a marca da eficiência no transporte aéreo. O primeiro trabalho foi a Rio+20, com adequada administração da alta demanda e operação especial de tráfego aéreo para chefes de Estado. Depois, vieram a Copa das Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo, com altos índices de pontualidade, trabalho que resulta em grande expertise para a execução do planejamento de aeroportos durante a Rio 2016. O desafio do Comitê é manter o setor de Aviação Civil do Brasil como referência no mundo em áreas como pontualidade e segurança, postos já reconhecidos por consultorias e entidades internacionais do setor. PONTUALIDADE EM ALTA – Segundo o relatório Liga Mundial da Pontualidade 2015 feito pela consultoria britânica OAG, especializada em inteligência de mercado de aviação, seis aeroportos brasileiros estão entre os seis mais pontuais do mundo. A pesquisa foi realizada com 900 companhias aéreas, 50 milhões de voos e quatro mil aeroportos.


12.08.2016

Chineses querem retomar projeto do trem-bala entre SP e RJ Empresas chinesas estão interessados em retomar o projeto do trem-bala entre os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, obra que nunca se viabilizou diante de dúvidas de investidores, segundo a agência de notícias “Reuters”. O embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, disse ao presidente interino Michel Temer na quarta-feira que empresas chinesas estão interessadas no projeto, cujas estimativas de investimentos variavam entre cerca de R$ 35 bilhões, por parte do governo, e R$ 50 bilhões, na visão do mercado. Temer foi convidado para um passeio de trem de alta velocidade na China, de Xangai para Hangzhou, durante a reunião em setembro de líderes do G20, em que ele vai discutir o projeto com o presidente chinês Xi Jinping, em reunião bilateral. “Os chineses querem muito vender esse projeto ao Michel (Temer)”, disse uma fonte palaciana que pediu anonimato porque não estava autorizado a falar publicamente. “O Brasil não comprou ainda, mas a ideia é vista com simpatia”, completou.

Fontes do governo Temer dizem que, dada a situação fiscal do país, uma condição para o projeto do trem-bala ser retomado é as empresas interessadas bancarem sozinhas os custos, sem participação de recursos públicos. Técnicos do governo defenderam várias vezes alternativas para ajudar a pagar a conta do projeto. Além das tarifas dos passageiros, poderia haver exploração imobiliária nos arredores das estações de embarque e desembarque. Empresas chinesas acreditam que o projeto seja economicamente viável, mas querem que o governo brasileiro proponha um novo modelo de concessão, disse uma autoridade chinesa familiar às discussões, sob a condição de anonimato.


12.08.2016

Testes com ônibus elétrico começam nesta sexta em BH

do

serviço

suplementar

A BHTRANS começa a partir desta sexta-feira, em caráter experimental, a operação de um ônibus elétrico em linhas do transporte coletivo suplementar de passageiros de Belo Horizonte. Os novos veículos serão usados inicialmente nas linhas nas linha S51 (Circular Pampulha De acordo com a BHTrans, o ônibus é 100% elétrico, alimentado por baterias de fosfato de ferro, a mais limpa e segura tecnologia de baterias existentes no mundo, ambientalmente responsável, sem poluição e com emissão zero. Os motores, embutidos nas rodas, proporcionam piso baixo e manutenção simplificada. O sistema de carga permite o carregamento do veículo em apenas três horas e possui menor custo de manutenção do que o de um ônibus a diesel. “Isso porque tem poucas partes móveis e de desgaste, como caixa de câmbio, embreagem, filtros e lubrificantes. Assim, além do custo de manutenção ser menor, o ônibus exige poucas revisões e reparos”, informou a BHTrans. O coletivo tem 22 assentos e o calculo é para mais 20 pessoas em pé. O veículo já foi testado em Belo Horizonte, Campinas (SP), Goiânia, Brasília, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Joinvile (SC), Porto Alegre, Piracicaba (SP), Sorocaba (SP) e Palmas. A BHTrans promovew hoje um teste no ônibus elétrico do serviço suplementar na Avenida Engenheiro Carlos Goulart, 900, no Bairro Buritis.


04.08.2016

Detran faz campanha para alertar jogadores de Pokémon Go no Rio Depois de uma longa espera, muita expectativa e até mesmo um apelo do prefeito Eduardo Paes, a febre mundial Pokémon Go finalmente chegou ao Rio na noite da última quarta-feira (3). E o Detran-RJ já está se mobilizando para evitar que a distração causada pelo jogo de realidade aumentada, em que o jogador caça os monstros conhecidos como Pokémon nos caminhos por onde passa, acabe causando acidentes e atropelamentos, como mostrou a coluna de Ancelmo Góis, no Jornal O Globo desta quinta (4). Segundo a assessoria de imprensa do Detran, há uma série de relatos envolvendo segurança em todo o mundo. Um caso da polícia de Baltimore, nos EUA, em que há três policiais conversando do lado de fora de uma viatura, chamou atenção do órgão. Nas imagens, o agente que estava com a câmera no corpo registra o momento em que um carro bate no carro deles. O menino sai do veículo falando que estava caçando Pokémon no celular.


Na campanha, batizada de PokeStop, o Detran alerta o público para que se divirta muito, porém, brinque com cuidado e oriente seus filhos a se divertirem com atenção e segurança. Em seu informe, o órgão lembra ainda do jovem Gabriel Leão, que morreu atropelado na Tijuca, na Zona Norte, aos 16 anos, quando jogava outro jogo de realidade aumentada, o Ingress, para ressaltar o perigo de atravessar sem atenção. Ainda de acordo com o Detran, os dados de acidentes com o celular são subestimados, muitas pessoas não falam que bateram porque estavam usando o celular. Para os que estavam ansiosos pela chegada, no entanto, o clima é só de alegria. O funcionário público Glauber Rosa, de 28 anos, já havia baixado o jogo antes dele ser bloqueado no país e, ontem, correu para baixar a versão liberada. “Peguei só dois porque não saí de casa, mas hoje vou visitar meus pais em Campo Grande e, como moro na Tijuca, vai ter muito Pokémon pelo caminho, até porque é bem longe. Da primeira vez peguei uns 20, mas fui assaltado perto de casa à noite e perdi todos. Fiquei com medo de jogar de noite por isso, mas acho que de dia vai ser mais tranquilo”, diz ele. No volante, atravessando a rua ou na Olimpíada: “temos que pegar”, mas com cuidado.


09.08.2016

Apps do Detran permitem várias facilidades aos usuários

O número de consultas e transações feitas nos aplicativos de serviços e simulado de prova teórica do Detran.SP para smartphones e tablets está em crescimento. No comparativo do total de acessos em julho deste ano e em julho de 2014, o aumento foi de 743%. Foram quase cinco milhões de pesquisas apenas no mês passado. Os serviços mais procurados via mobile são: pesquisa de débito e restrições, simulado de prova e consulta de pontos na CNH. Mas também é possível ver dados do veículo, detalhe das multas, solicitar a 2ª via da CNH e receber em casa e acompanhar o andamento do serviço. Serviços eletrônicos No portal do Detran.SP, o cidadão pode realizar 27 serviços de trânsito relacionados a Carteira Nacional de Habilitação (como 2ª via e CNH definitiva), veículos (pesquisa de débitos e restrições) e infrações (consulta de multas e solicitação de recurso de penalidade), entre outros. Basta fazer cadastro e criar login e senha, que garantem a segurança dos dados pessoais. O Detran.SP oferece ainda três aplicativos gratuitos para tablets e smartphones, com diversas funcionalidades, como: solicitar 2ª via da CNH e acompanhar a emissão do documento; consultar multas do próprio veículo; treinar para a prova teórica; além do jogo educativo do Clube do Bem-te-vi. Os aplicativos estão disponíveis para as plataformas Android e iOS.


10.08.2016

Rodovias concedidas possuem atendimento especial para usuários a caminho da Rio 2016 Muitos torcedores preferiram pegar as estradas para acompanhar os jogos olímpicos na cidade do Rio de Janeiro. Com o aumento do tráfego de veículos nas rodovias federais concedidas que dão acesso à cidade olímpica, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) chama atenção para os serviços disponíveis nas rodovias para que os usuários tenham uma viagem mais tranquila e sem problemas. O contrato firmado entre a agência reguladora e as concessionárias prevê a implantação de uma série de serviços pensados para garantir a segurança e o conforto dos usuários em todo o trecho concedido. Os serviços devem estar disponíveis 24 horas por dia, inclusive sábados, domingos e feriados, e são gratuitos para todos os que trafegam nas rodovias federais concedidas. Serviços - Guinchos, troca de pneus e atendimento a veículos acidentados são alguns dos serviços disponíveis para socorro mecânico. As unidades móveis das concessionárias removem os veículos para locais preestabelecidos, onde os usuários terão condições de segurança e meios de comunicação para providenciar recursos próprios adequados. Há também o socorro médico, que é realizado de duas formas: resgate, que atende urgências pré-hospitalares e UTI Móvel, destinada ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco. Para inspeção de tráfego, veículos circulam continuamente no trecho concedido, prestando auxílio aos usuários, detectando ocorrências e acionando os recursos necessários ao atendimento. As rodovias concedidas também possuem pontos de apoio, as bases de atendimento, que contam com comunicação direta com a concessionária, além de estacionamento, banheiros, fraldários, água, área de descanso e telefones públicos. Para maior segurança, as vias são monitoradas 24 horas por dia pelos Centros de Controle Operacionais (CCOs), que coordenam, monitoram e acionam os recursos operacionais da concessionária por meio de câmeras, que captam imagens das rodovias e as transmitem em tempo real. Os usuários podem utilizar os canais gratuitos de comunicação que todas as rodovias reguladas e fiscalizadas pela ANTT possuem para solicitação de serviços, sugestões, reclamações ou elogios. Os números são divulgados ao longo dos trechos rodoviários e nos sites das concessionárias. Para registro de demandas, os usuários também podem entrar em contato com a Ouvidoria da ANTT pelo número 166 ou pelo e-mail ouvidoria@antt.gov.br.


12.08.2016

Festival em São Paulo terá filmes e debates sobre violência no trânsito Começa nesta sexta-feira (12) o 1º Festival Brasileiro de Filmes Sobre Mobilidade e Segurança Viária, o Mobifilm. O evento foi idealizado pelos produtores Eduardo Abramovay e Leonardo Khedi para estimular um debate sobre a questão da violência no trânsito no país. A programação terá 80 filmes sobre o tema. Também serão realizados dois seminários com especialistas na área de segurança e mobilidade. Em 2015, 37 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito no Brasil. Outras 495 mil sofreram algum tipo de invalidez permanente, quando há perda irreversível de funcionalidade de membros do corpo. Os dados são do DPVAT, seguro obrigatório responsável pela indenização das vítimas. "É como se caísse todo dia no Brasil um avião", diz Abramovay. "Temos medo de andar pela cidade. Nossa legislação de trânsito é ineficaz. Ninguém é preso por acidente de trânsito no Brasil. Discutir o tema é importante para encontrar soluções, por isso criamos o festival". Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o acidente de trânsito é a maior causa de mortalidade por fatores externos no mundo, superando guerras ou suicídios. A OMS estima que eles causem a morte de 1,2 milhão de pessoas todo o ano. A previsão do órgão é que o número chegue a 2 milhões/ano até 2020. Por


isso, a ONU (Organização das Nações Unidas) decretou, em 2010, que o período entre 2011 e 2020 seria a "Década de ações para a segurança no trânsito" O Mobifilm será divido em duas partes. Na sexta-feira (12), serão promovidos seminários em torno de dois eixos temáticos: mobilidade urbana e segurança viária. O destaque é a palestrante Anna Ferrer. A pedagoga espanhola dirigiu o Observatório Nacional de Segurança Viária na Direção Geral de Trânsito da Espanha. Em seus oito anos de gestão, as fatalidades no trânsito espanhol caíram de aproximadamente 5.000 para 2.000 por ano, recuando aos níveis registrados nos anos 50 e situando o país no ranking das dez nações com menores índices de acidentes fatais no mundo. Entre as políticas adotadas na Espanha estão campanhas permanentes de educação viária, infraestrutura de qualidade e fiscalização rigorosa do trânsito. Nos dias 13 e 14, serão exibidos 80 filmes sobre o tema. Os destaque são o documentário "Bike versus Carros" (2015), coprodução brasileira e sueca que conta a história da instalação de ciclovias na avenida Paulista, e "Luto em Luta", dirigido por Pedro Serrano, sobre a morte de seu amigo Vitor Gurman, atropelado em São Paulo por um Land Rover desgovernado em 2011. Após o acidente, a família de Gurman criou o movimento Não Foi Acidente, que propõe o endurecimento da lei e a modificação do Código de Trânsito Brasileiro, aumentando para cinco a oito anos a pena para homicídio culposo praticado sob influência de bebida alcoólica, como nos casos de atropelamento seguido de morte. O júri do festival concederá prêmios para as melhores produções. Os ganhadores levarão para casa um troféu e uma bicicleta. -

MOBIFILM O que? Festival sobre mobilidade e segurança viária promoverá seminários e exibirá 80 filme temáticos Quando? Nos dias 12, 13 e 14 de agosto Horários Sexta-feira de 10h às 16h; sábado de 14h às 20h30 e domingo de 14h às 16h30 Onde? No Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo


AGENDA 2016 AGOSTO Seminário “Qualidade Regulatória no Brasil: Dimensões e Indicadores para o Monitoramento e Avaliação da Atividade Regulatória” 16 de agosto – sede da ENAP –Brasília XVI Seminário Brasileiro do Transporte

de Cargas 31 de agosto – Câmara dos Deputados- Brasília OUTUBRO

IX Conferência Internacional de Engenharia Costeira e Portuária em Países em Desenvolvimento (PIANC-COPEDEC) 16 a 21 de outubro- Rio de Janeiro.


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