Fim de Semana ARTESP - edição 69_

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EDIÇÃO 69 – 26 DE AGOSTO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105


26.08.2016

Renovações de Dutra e Concer ficarão de fora de 1º lote de concessões BRASÍLIA - O governo interino desistiu de incluir no primeiro lote de concessões no Programa de Parceria de Investimentos (PPI), a ser anunciado no dia 13 de setembro, duas renovações antecipadas de rodovias que passam pelo Rio: a Nova Dutra (BR-116/RJ-SP) e Concer (BR 040/Juiz de Fora-Petrópolis). Apesar da urgência dos investimentos e da situação crítica nos trechos das vias que passam pelo estado, a prorrogação dos contratos encontra resistência do Tribunal de Contas da União (TCU), sob alegação de que as concessionárias não cumpriram as metas previstas. Em resposta, o Executivo trabalha na edição de uma Medida Provisória para dar respaldo legal a alternativas que visam a resolver a problemas nas concessões realizadas pelo governo anterior, sobretudo rodovias e aeroportos. O objetivo é criar condições para dar continuidade aos contratos. Atualmente, as diferentes agências têm normas específicas para a prorrogação de contratos, mas essas leis se deparam com questionamentos do TCU e da Justiça, daí a MP para fechar esse “vácuo legal” existente hoje. No caso da renovação antecipada da Nova Dutra e Concer, não há consenso no governo sobre como fazer o processo, apesar de a primeira já ter sido alvo de audiência pública da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Os contratos vencem em 2021, mas o governo avalia que seja impossível esperar esse prazo para promover melhorias na serra de Petrópolis (caso da BR-040) e na Serra das Araras (NovaDutra), por conta do elevado número de acidentes. No caso da NovaDutra, por exemplo, a intenção do Executivo é prorrogar o contrato por mais 16 anos, com o compromisso de que a concessionária investirá R$ 3,4 bilhões na via (nova pista na subida da Serra das Araras e intervenções ao longo da estrada, como viadutos, vias marginais e terceira faixa). Na BR-040, o compromisso é construir uma nova pista na serra de Petrópolis. Na lista do PPI a ser deliberada em setembro, está o terminal de Trigo do porto do Rio. Há expectativas de que a concessão da Cedae também faça parte do pacote. Os outros ativos já certos a serem incluídos no programa são quatro aeroportos (Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis), duas rodovias (BR 364/365 e relicitação da Concepa no Rio Grande do Sul, com a inclusão de outras estradas adjacentes; duas ferrovias (Norte-Sul e Ferrogrão), três áreas em portos do Pará e duas renovações de arrendamento de terminais portuários (Salvador e Paranaguá), além de blocos de petróleo (14ª rodada de concessão). No dia do anúncio da primeira carteira de projetos do PPI serão divulgadas as novas regras para as concessões do governo interino.


26.08.2016

Presidência da República nomeia dois novos diretores para a ANTT A Presidência da República nomeou, nesta sexta-feira (26/8), Elisabeth Braga e Mário Rodrigues Júnior para compor a Diretoria da ANTT. Ambos os mandatos irão até 18/2/2020. Os novos indicados vão se juntar ao diretor-geral, Jorge Bastos, e aos diretores Marcelo Vinaud e Sérgio Lobo para completar o colegiado da instituição. Elisabeth Braga – O presidente em exercício, Michel Temer, indicou Elisabeth Braga em 20/7. Na sabatina da Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, a indicada relatou sua jornada profissional durante 32 anos de serviço público e ressaltou a importância do papel da ANTT no processo de concessões rodoviárias e ferroviárias para o desenvolvimento do país. O nome de Elisabeth foi aprovado na comissão e confirmado pelo plenário do Senado no dia 24/8. Elisabeth Braga é economista e especialista em Finanças Públicas e Orçamento Governamental. Possui 32 anos de atuação em diversas áreas do setor público e é servidora de carreira do ciclo de gestão, no cargo de analista de Planejamento e Orçamento (APO) do quadro permanente do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP). Foi secretária de Logística e Tecnologia da Informação e Diretora do Departamento de Logística e Serviços Gerais do MPOG, bem como secretária de Administração Geral substituta e coordenadora-geral de Planejamento, Orçamento e Finanças do extinto Ministério da Infraestrutura. Nos últimos oito anos, tem desempenhando suas atribuições como superintendente de Gestão da Agência. Mário Rodrigues Júnior – O presidente em exercício encaminhou à casa legislativa o nome de Mário Rodrigues Júnior no dia 7/7. Durante a sabatina, realizada no dia 16/8, o indicado destacou que a sua experiência profissional vai colaborar muito com a nova modelagem de concessões, definida pelo governo. O parecer favorável da comissão foi submetido à votação e aprovado no plenário do Senado na noite do mesmo dia 16/8. Mário Rodrigues Júnior é engenheiro, atual diretor-presidente da Valec e já foi diretor da ANTT, de 2008 a 2012. Trabalhou de 2000 a 2007 no Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER), ocupando os cargos de diretor técnico de Licitações e Contratos, diretor de Engenharia e superintendente.


26.08.2016

Crise empurra o brasileiro do serviço privado para o público Quase metade dos entrevistados passou a usar mais o transporte público neste ano, diz CNI A crise econômica tem levado os brasileiros a mudar seus hábitos de consumo. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a atual situação econômica fez com que 24% das pessoas vendessem bens para pagar dívidas e 19% mudassem de casa para reduzir o custo com habitação. O estudo também retrata como o brasileiro está trocando serviços particulares por públicos. Quase metade, 48%, passou a usar mais o transporte público, 34% deixaram de ter plano de saúde, e 14% mudaram os filhos da escola privada para a pública. A engenheira Ana Beatriz Corrêa está sem plano de saúde desde 2014. Atualmente ela não está trabalhando para nenhuma empresa e, quando precisa de atendimento médico, recorre ao posto de saúde: “Eu contribuo há muitos anos para o INSS. Agora estou exercendo meu direito de usufruir dos serviços pelos quais a gente paga antecipadamente. Por causa da situação do país, eu tenho visto muita gente da minha faixa etária, de 50 anos, que não conseguiu recolocação no mercado de trabalho e está usando o serviço público”. Na casa de Ana Beatriz, o marido e os dois filhos agora também recorrem ao posto de saúde quando precisam. “Comparando com a época em que eu tinha plano, posso dizer que na maioria das vezes é até melhor. A gente faz a triagem e depois volta com hora marcada. No particular, já aconteceu de eu chegar com meu filho e esperar três horas para sermos atendidos”, lembra. Para situações emergenciais, a engenheira usa um aplicativo que direciona um médico para a casa do usuário. A consulta custa R$ 200, com direito a retorno. “Mesmo quando eu conseguir voltar ao mercado de trabalho, não pretendo retomar o plano, pois é um gasto muito elevado que precisamos ter todo mês. Essa combinação do serviço público com o aplicativo tem me atendido muito bem”, avalia Ana Beatriz.


Clínicas populares. A perda do plano de saúde não só aumenta a procura pelo serviço público, mas faz crescer a demanda por clínicas populares, que oferecem atendimento nas mais variadas especialidades cobrando baixos preços pelas consultas. “O paciente que não tem condições de pagar plano de saúde ou de esperar a saúde pública agora tem uma excelente alternativa”, diz o médico Alexandre Pimenta, da clínica Saúde Plena, que funciona na região de Venda Nova. A unidade foi inaugurada em fevereiro, e, desde estão, o volume de pacientes vem crescendo 30% ao mês. Para agosto, a expectativa é que o aumento da demanda ultrapasse 40%. A consulta custa em média R$ 80. Renda menor. Para o presidente da CNI, Robson Andrade, medidas mais simples ocorrem em todas as faixas de renda, mas as atitudes mais extremas, como mudar de casa para cortar gastos, são tomadas principalmente pelas famílias de menor renda Está acontecendo com você também? Com a alta do desemprego e da inflação – que corrói a renda –, o poder de compra continua diminuindo: 40% verificaram grande redução nos últimos 12 meses. 67% têm dificuldades para pagar suas contas e compras a crédito. Chega a 30% o percentual dos que não conseguem pagar em dia seu aluguel ou a prestação da casa própria. Para contornar essa situação, 80% disseram que estão trocando seu local de consumo habitual por estabelecimentos mais baratos. NOVOS HÁBITOS O jeito é trocar produto por similar Brasília. Os dados do estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostraram que a turbulência econômica afeta as escolhas dos consumidores: 78% passaram a trocar produtos por similares mais baratos; 80% agora esperam as liquidações para comprar bens de maior valor; e 78% começaram a poupar mais para o caso de necessidade. Também foi verificado um maior sacrifício para quitar débitos. A pesquisa mostrou que 67% estão com dificuldades de pagar as contas ou as compras a crédito. O desemprego também tem afetado as famílias. De cada cem entrevistados, 57 disseram que alguém da família ficou sem emprego desde o início da crise. O volume é maior que o verificado na pesquisa anterior, de 44%. Segundo a CNI, 80% dos entrevistados disseram que se preocupam, muito ou pouco, com a possibilidade de perder o emprego, ficar sem trabalho ou ter que fechar o negócio nos próximos 12 meses; e 84% se preocupam em perder o atual padrão de vida. Mais da metade dos brasileiros, 56%, já buscam trabalho extra para complementar a renda.


26.08.2016

Tarifa poderia ser reduzida a 1/4 se transporte público tivesse prioridade A criação de mecanismos para tarifar o uso do carro no meio urbano e a priorização efetiva do uso das ruas para o transporte público poderia reduzir 25% o valor das tarifas cobradas dos passageiros nas cidades brasileiras. O cálculo foi apresentado por Ailton Brasiliense, presidente da ANTP no primeiro painel do Seminário da Associação Nacional dos Tranportes Urbanos (NTU), que começou hoje (23) em Brasília, sobre o tema "Transporte Público como Direito Social. E agora?". Brasiliense tomou como referência a cidade de São Paulo, mas em sua visão o impacto seria ainda muito maior em cidades como Rio de Janeiro e Brasília. O especialista em transportes lembrou que em 1950, quando a cidade de São Paulo tinha cerca de 2,2 milhões de habitantes e havia apenas 70 mil carros circulando nas ruas, a tarifa dos bondes equivalia a R$ 1,90 - em valores de 2014 - e o tempo médio de viagem era de 10 minutos. "As pessoas saíam do trabalho, íam almoçar em casa e ainda tinham tempo para uma soneca", diz Brasiliense. Hoje a tarifa é de R$ 3,90 e o tempo de viagem médio é de 70 minutos, completou o presidente da ANTP. Aílton Brasiliense lembrou um trabalho elaborado em 1998 pela ANTP em parceria com o Ipea, que contabilizava os impactos negativos gerados pelo uso irracional do automóvel, incluindo ocupação de espaços públicos, poluição atmosférica e doenças geradas, acidentes de trânsito e principalmente a paralisia dos veículos de transporte coletivo em meio ao caos dos congestionamentos. O debate procura responder aos desafios criados pela recente inclusão do Transporte Público entre os direitos sociais previstos no Artigo 6º da Constituição Federal, conforme a Emenda Constitucional 90, de 2015. A questão é o tema central do Seminário iniciado hoje (23). Taxa sobre combustíveis de carros privados Os debatedores desse primeiro painel - Otávio Vieira da Cunha Filho, Júlio Lopes, Marco Ferrari e Antonio Pannunzio, além de Brasiliense, concordaram sobre a necessidade de que o usuário do carro financie o transporte coletivo por meio de taxas e impostos. A ideia da CIDE (contribuição sobre combustíveis) municipalizada foi defendida como forma de viabilizar tarifas mais baixas com transporte de alta qualidade. Pannunzio, que é prefeito de Sorocaba-SP e presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), lembrou a necessidade de reduzir e racionalizar o transporte, por exemplo com a redução do pessoal de operação. "Para que serve o cobrador, depois que foram introduzidos os cartões de integração, que o próprio usuário carrega, sem a necessidade de dinheiro a bordo?, questionou o prefeito.


25.08.2016

Nomeados três novos diretores para o DNIT O Diário Oficial da União publicou, nesta quinta-feira (25), três nomes para compor a Diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT): Gustavo Adolfo Andrade de Sá, diretor de Administração e Finanças; Halpher Luiggi Mônico Rosa, diretor Executivo; e André Martins de Araújo, diretor de Planejamento e Pesquisa. O engenheiro Gustavo Adolfo nasceu em Aquidauana (MS), em 1956, e tem mais de 30 anos de experiência em engenharia rodoviária, com quase toda a vida profissional ligada ao DNIT. Ele ingressou no antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), hoje DNIT, em 1984. Ocupou vários cargos no órgão e, desde o ano passado, ocupava o cargo de diretor Executivo. Servidor de carreira da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), o engenheiro Halpher Luiggi Mônico Rosa, nasceu em Colatina (ES), em 1974. Graduado em Engenharia Civil e especialista em logística de transportes, Halpher já ocupou o cargo de superintendente Regional do DNIT e de diretor-Geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Espírito Santo (DER-ES). André Martins de Araújo, servidor de carreira do DNIT desde 2006, onde ocupou os cargos de coordenador-Geral de Construção de Rodovias e coordenador de Análise de Riscos, é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba, com cursos de formação complementar, como Projetos Estruturais de Pavimentos; Análise de Projetos e Avaliação e Restauração de Pavimentos.

26.08.2016

Valor de pedágio na BR-040 vai ficar mais caro na próxima sexta-feira A partir da próxima sexta-feira (26/8), a tarifa básica de pedágio na BR-040, trecho Juiz de Fora-Petrópolis/Rio de Janeiro (Trevo das Missões) e respectivos acessos, será reajustada em 12,5%. Dessa forma, o valor cobrado para automóvel, caminhonete e furgão passa de R$ 11,20 para R$ 12,60. Já quem dirige caminhão leve, ônibus, caminhão trator e furgão terá que pagar R$ 25,20 no lugar dos atuais R$ 22,40. A resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi publicada hoje (24) no Diário Oficial da União. O trecho é explorado pela Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora - Rio S.A.


23.08.2016

80% aprovam o transporte público como direito social A inclusão do transporte como direito social previsto na Constituição Federal traz expectativas de melhorias significativas na prestação do serviço no país. Uma pesquisa encomendada pela NTU (Associação Nacional de Transportes Urbanos), feita junto a deputados, senadores, representantes dos governos federal, estaduais e municipais, especialistas e pesquisadores, aponta que aproximadamente 80% aprovam a emenda à Constituição. Entre os membros do Congresso Nacional, a percepção é positiva para 82,3% dos entrevistados. Para os demais, 78%. Alguns dos impactos esperados são: mais recursos para investimento (23%), melhoria no serviço (14%), melhoria na qualidade de vida (12%) e mais respaldo na formulação de políticas públicas (11%). Assim, espera-se a reversão de um quadro de dificuldades crescentes para o setor, que enfrenta a falta de prioridade ao transporte coletivo, investimentos aquém do necessário, o custeio operacional feito a partir das tarifas pagas pelos passageiros e, simultaneamente, a redução cada vez maior na demanda (30% em 22 anos e 9% somente entre 2014 e 2015). Conforme o presidente executivo da NTU, Otávio Vieira da Cunha Filho, isso gera um círculo vicioso cada vez mais nocivo: menos passageiros resulta em menos recursos para o setor, que implica em redução de qualidade ou aumento de preços. "Essa redução no número de passageiros tem implicação direta no preço da passagem. O transporte público é insumo da produção econômica. Não é justo que esse custo seja repassado exclusivamente para quem usa. É preciso que toda sociedade de sua contribuição", defende Otávio. Na avaliação dos entrevistados, isso precisa mudar. Entre os congressistas, 72% defendem maior participação dos orçamentos dos entes federados e das empresas empregadoras. Já para os especialistas e pesquisadores, 82% citam que a fonte de recursos deve ser, primeiro, de usuários de automóveis, depois de orçamentos públicos e, em terceiro, das empresas empregadoras. "O custo deve ser dividido entre poder público, sociedade e tarifas. E há pressão permanente da sociedade contra aumento da passagem, porque ela é cara para quem paga. Mas a qualidade pelo valor que é pago é o que podemos oferecer. Estamos num ciclo vicioso que não avançamos", complementa o presidente executivo da NTU. No que se refere às gratuidades, a pesquisa aponta que a maioria dos entrevistados acredita que o custeio, hoje arcado pelos usuários, seja de responsabilidade do poder público. O passe estudantil pelo orçamento da educação; e a passagem dos idosos, pela assistência social. A pesquisa foi apresentada durante o Seminário Nacional NTU 2016: Transporte público como direito social. E agora?, promovido pela Associação Nacional de Transportes Urbanos. O evento ocorre em Brasília, nesta terça (23) e quarta-feira (24).


23.08.2016

Exportação de veículos chega a maior nível desde 2007 De toda a produção nacional de carros, ônibus e caminhões fabricados de janeiro a julho, 22% foram comercializados para o exterior. Esse é o maior nível de exportação desde 2007. O último balanço positivo em relação a exportação de veículos no Brasil havia ocorrido entre 2003 e 2007, quando o setor conseguiu ter mais de 20% da produção destinada a exportações. Os dados são da Anfavea. As exportações de veículos no Brasil vêm caindo desde a crise financeira internacional de 2008, quando a demanda externa enfraqueceu e o real se valorizou até meados de 2012, ano que a produção de veículos bateu recorde. Naquele ano apenas 13% das unidades foram para o mercado externo. Em 2014, as exportações caíram ainda mais, chegando a 10% da produção somado a queda das vendas domésticas. Com esse cenário as montadoras perceberam que era preciso aumentar as vendas externas para compensar o enfraquecimento no mercado interno. A Anfavea destaca em nota a importância dos acordos comerciais firmados com outros países, como Argentina, México, Peru, Colômbia e Uruguai e o câmbio favorável como fatores para o aumento das exportações. Além do esforço das montadoras em negociar com outros países, mesmo os quais não temos acordo. O efeito do empenho pode ser averiguado já em 2015. Enquanto a produção teve queda de 22,9% e as vendas internas retrocederam 26,6%, as exportações cresceram 24,9%. Com isso, o mercado externo passou a representar 17% do volume produzido.


26.08.2016

Acidentes com vítimas no trânsito de SP caem 15%

SÃO PAULO - O número de acidentes de trânsito com vítimas – mortos e feridos – na capital caiu 15,2% em 2015, na comparação com 2014. O dado final, revisado, consta no Relatório de Acidentes de Trânsito de 2015 da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), obtido pelo Estado. A queda é de 23,5 mil para 20,2 mil acidentes. Já o número de vítimas passou de 28,6 mil para 24,2 mil – dos quais 992 morreram. O ano de 2015 registrou o menor número de mortes por acidente de trânsito desde 1979, segundo a CET. O Relatório Anual de Acidentes da CET é feito com base nos dados do Sistema de Informação Criminal (Infocrim) da Secretaria Estadual da Segurança Pública, nos registros do Instituto Médico-Legal (IML) e nos dados próprios da CET sobre o local dos acidentes de trânsito. Apesar das quedas apontadas, o perfil das pessoas vítimas de acidentes na capital paulista ainda se mantém o mesmo observado nos últimos dez anos. Um terço das vítimas é composta por condutores ou garupa de uma motocicleta, com idades entre 20 e 39 anos. Os homens, vale destacar, também são 85,7% dos condutores de veículos que se envolveram em batida entre veículos, colisões com objetos parados ou atropelamentos no ano passado. A zona leste mantém a liderança nos acidentes: 11 dos 15 cruzamentos mais perigosos da cidade estão nessa região. E o pedestre ainda é a maior vítima dos acidentes fatais: 419 das 992 mortes no trânsito é de gente que não estava em nenhum veículo. Outro ponto trazido no estudo mede o tempo de sofrimento de vítimas e familiares: 5% das mortes só ocorreram 30 dias após o acidente – mas 63% morreram na hora.


As sextas-feiras são o dia de maior média diária de ocorrências, ainda segundo os dados do relatório – com 48 acidentes registrados. O domingo, dia menos violento, tem média de 36 casos. Foi na manhã de sábado, vindo de um bar em que estava desde a noite anterior, que o estudante de engenharia Caio Kensei Kaneshiro, de 27 anos, virou uma das vítimas de acidente do ano passado. Ele havia ido direto do trabalho para a faculdade, no ABC e, depois, para um bar com amigos. Na volta para casa, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, ele não aguentou: dormiu no volante. Acordou com o carro batido em um poste. “Eu me machuquei na mão, foi uma luxação”, conta. Mas não foi necessário internação. “Agora, prefiro sair acompanhado ou vou de Uber”, conta. Campanha. Especialistas em segurança viária destacam que a redução poderia ser maior se ações educativas e de fiscalização não tivessem sido deixadas de lado. “Essa queda se justifica pela redução dos limites de velocidade e só. Temos a informação de que as blitze da lei seca da Polícia Militar ocorrem uma vez a cada dez dias. Não temos nenhum sistema adequado de educação para o trânsito nas escolas até hoje e se abandonaram as campanhas educativas”, diz o médico Dirceu Rodrigues Júnior, diretor da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). “A redução dos limites de velocidade, com consequente redução nos números de acidentes, é uma tendência mundial. Vem ocorrendo reduções em locais da França, dos Estados Unidos, que não vivem uma situação econômica ruim como a nossa. Ao contrário, passam por aumento da frota. Assim, a melhor explicação é a redução dos limites, especialmente nas Marginais”, diz. Marginais. Juntas, as Marginais Tietê e dos Pinheiros são as vias que mais tiveram redução de acidentes. Ali, a queda foi de 35%, de 1.175 para 762 ocorrências com vítimas.


25.08.2016

Acidentes com moto quase triplicam em três anos As motocicletas vêm, ao longo do tempo, ocupando as ruas das principais cidades brasileiras. Um meio de transporte rápido, que evita as filas de trânsito, facilita o deslocamento e o estacionamento e é mais fácil de ser adquirido. Entre 1990 e 2011, as vendas no Brasil alcançaram a marca de 2,1 milhões de unidades. No mesmo período, o faturamento do setor ascendeu de US$ 741 milhões para cerca de US$ 8,7 bilhões. Mais de 24,3 milhões de motos circulam pelo Brasil, de acordo com dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) de 2015, equivalente a 29% de todos os veículos em circulação no país. Mas o aumento da frota e o sucesso comercial trouxeram uma trágica estatística. Somente entre os anos de 2000 e 2012, mais de 220 mil pessoas morreram no Brasil e 1,6 milhão ficaram permanentes inválidas em razão de acidentes de trânsito, segundo levantamento da seguradora Líder, responsável pelo DPVAT (seguro obrigatório). Dados do Ministério da Saúde de 2015 mostram que, em dez anos, o número de mortes provocadas por acidentes de moto aumentou 280%. São 12 mil vítimas por ano. Esse tipo de ocorrência foi responsável por um aumento de 115% no número de internações em hospitais públicos. Por ano, elas custam quase R$ 30 milhões para o SUS (Sistema Único de Saúde). Em 2014, apenas em São Paulo, 20 mil motociclistas foram parar nas salas de cirurgia. Atualmente, 19% da frota de veículos da capital paulista é composta por motos, sendo que 74% dos pedidos de indenização por morte ou invalidez no trânsito foram por acidentes com motocicletas. Outro dado mostra que, entre 2011 e 2014, quando o governo federal adotou a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a indústria automotiva, o número de acidentes anuais de motos saltou de 194 mil para 497 mil – alta de 156% em todo o país. Para tentar entender essa tragédia, foi lançado, neste mês, o livro Risco no Trânsito, Omissão e Calamidade - Impactos do Incentivo à Motocicleta no Brasil. De autoria do engenheiro e sociólogo Eduardo Vasconcellos, especialista na análise de dados sobre o trânsito nas cidades e assessor da ANTP (Associação Nacional dos Transportes Públicos), o livro aborda os impactos que a entrada da motocicleta causou no trânsito brasileiro, principalmente o acréscimo de acidentes e de mortes. Em entrevista à Agência CNT de Notícias, Eduardo falou sobra o problema que está levando a vida de milhares de brasileiros. Houve uma falta de preparação para a inclusão da motocicleta no Brasil? Sim, e isto foi agravado pela vulnerabilidade inerente aos usuários de motocicletas (semelhante ao que acontece com os ciclistas). Tanto os pretendentes a usar a motocicleta quanto os demais participantes do trânsito não foram adequadamente capacitados a dividir o espaço viário de forma segura. A capacitação dos motociclistas foi primária e os demais participantes do trânsito não foram avisados


sobre a entrada em cena de outro veículo no trânsito, rápido e difícil de localizar pelos espelhos retrovisores dos automóveis, ônibus e caminhões. Pedestres e ciclistas igualmente foram ignorados em relação ao alerta sobre a presença do novo veículo e as cautelas requeridas. Cerca de 220 mil pessoas morreram e 1,6 milhão recebem indenização por invalidez permanente. Como estancar essa sangria? Em todo processo de introdução de um novo produto na sociedade, que tem algum potencial de dano às pessoas (remédios, ferramentas, brinquedos infantis, equipamentos, veículos), se nada for feito para alertar as pessoas, ocorrerá um grande número de acidentes durante algum período (normalmente vários anos), até que a quantidade de acidentes comece a diminuir, seja por ação das pessoas, seja por ação do governo. Este período é (de forma infeliz) chamado de "curva do aprendizado". No caso da motocicleta no Brasil, essa curva trágica ainda é ascendente e foi agravada pela precariedade da fiscalização. Se nada for feito, a curva, um dia, começará a regredir, deixando como resultado um número de vítimas ainda maior do que o já registrado. A única forma de fazer a curva regredir, já, é adotando procedimentos radicais na área da circulação das motos, dos equipamentos de segurança, da velocidade do trânsito, da capacitação dos motociclistas e das pessoas em geral, e da fiscalização. Como preparar as cidades para a convivência com a motocicleta? A fragilidade inerente aos usuários de motocicletas torna difícil encontrar formas seguras de circulação em um ambiente de trânsito de velocidades altas e presença de grandes veículos. Não é à toa que em todas as sociedades a periculosidade no uso da motocicleta (mortes por cem mil quilômetros rodados) é a maior dentre todas as formas de transporte. A experiência internacional mostra que a segurança dos usuários de motos só melhora quando a velocidade do trânsito é moderada, os usuários são bem treinados e usam capacete e roupas apropriadas e a motocicleta não fica muito exposta à circulação de veículos grandes. Nossos motoristas estão preparados para conviver com o motociclista? Nenhum dos participantes do trânsito foi bem preparado para que as motocicletas fossem incluídas nas vias. Um aspecto muito grave é que os condutores de veículos pesados têm grande dificuldade de perceber a aproximação de uma motocicleta. Em muitos locais, o pavimento é de péssima qualidade, colocando em risco os usuários de motos. A circulação das motos entre os carros aumenta o risco de acidentes? Sim. Relatório da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) de São Paulo (Boletim Técnico 53, 2012), que estudou 249 colisões fatais de motocicletas, mostrou que mais de um terço ocorreu por colisão lateral, típica do tráfego das motos entre filas de veículos. Como reduzir o número de acidentes? É preciso, do ponto de vista institucional, um grande esforço de capacitação dos usuários de motos e dos demais usuários das vias, e um grande esforço de fiscalização do uso das motos (em algumas regiões do país mais de 50% dos motociclistas não têm carteira de habilitação). Do ponto de vista técnico, a motocicleta deve circular a velocidades moderadas (por exemplo, 30 km/h em vias locais e no máximo a 50 km/h em vias de grande tráfego) e deve ser mantida afastada de veículos de grande porte.


26.08.2016

Comissão rejeita cobertura obrigatória de telefonia celular em rodovias federais A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta terça-feira (23), o Projeto de Lei 465/11, do deputado Roberto Britto (PP-BA), que torna obrigatória a cobertura da telefonia celular ao longo das rodovias federais. Pelo texto, as operadoras deverão compatibilizar, entre si, as tecnologias necessárias para promover a cobertura. O parecer do relator, deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), foi contrário à matéria. De acordo com ele, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Ministério das Comunicações já se manifestaram contrários à proposta. “Um dos problemas apontadas pelo ministério foi a possibilidade de se impactar no equilíbrio econômico e financeiro das empresas e resultar em aumento de preço do serviço”, disse. “A obrigação de roaming entre as empresas, por si só, não resolverá o problema, uma vez que em grande parte das estradas federais não há cobertura satisfatória de nenhuma operadora”, complementou o parlamentar. Roaming é o serviço que permite ao usuário receber e fazer ligações em regiões fora de cobertura da companhia contratada, utilizando-se de operadora local. Na visão de Lippi, o esforço financeiro e técnico necessário para a cobertura de todas as estradas federais “terminaria por prejudicar inúmeras outras iniciativas de ampliação da cobertura da infraestrutura mais prementes, como aquelas relacionadas à banda larga”.


26.08.2016

Empresas de ônibus se unem contra as ‘vans 2.0’ SÃO PAULO - Empresas de ônibus estudam medidas jurídicas e mudanças na operação para evitar que o setor, que movimenta R$ 33 bilhões por ano, seja afetado por modelos de transporte coletivo similares ao Uber. O sinal amarelo foi aceso no começo do ano, com o anúncio de um modelo de transporte compartilhado que usa vans, em Porto Alegre. O serviço de transporte coletivo por aplicativo segue a lógica do que, na capital, ocorre com o UberPool: pessoas que querem viagens baratas chamam a corrida pelo app e compartilham um mesmo veículo. Só que, em vez de carro, essa viagem é feita com vans ou ônibus. Vários modelos de negócio com o mesmo princípio pipocam pelo mundo, com operações em Portugal, Ucrânia, Finlândia e China. A primeira reação do setor de transporte regular foi comparar o serviço ao de lotações clandestinos. É o que defende, por exemplo, o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense. “A concorrência com operações clandestinas já se mostrou muito ruim”, diz. Por outro lado, segundo o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, impedir que passageiros tenham essa opção de transporte pode colocar os usuários contra as empresas de ônibus. "Por demanda”. O parecer, do jurista Vitor Schirato, se apoiou na alteração do Artigo 6.º da Constituição, que tornou o transporte público um direito social. “O transporte coletivo tem algumas premissas: universalidade, preços módicos, continuidade. Ou seja, tem de estar em todas as regiões e horários que o poder público determina, e a preços acessíveis. Isso é possível porque há um equilíbrio. As linhas mais lucrativas, com maior demanda, compensam as deficitárias. Se o transporte público tem concorrência, esse equilíbrio não é possível”, argumenta o jurista. Cunha Filho, por outro lado, defende que serviços “por demanda” podem ser uma proposta interessante se forem pensados como uma ação complementar ao transporte regular. E é isso que a concessionária goiana HP Transportes, que opera o transporte coletivo por lá, anda fazendo. “Nosso contrato de concessão tem uma cláusula que prevê o uso de novas tecnologias”, diz o diretor da empresa, Eduardo Pinheiro. O modelo goiano se baseia em um serviço de ônibus especial que já existe, o Citybus, que consiste em tarifa mais alta e veículos mais confortáveis. Lá, a concessão inclui a operação tanto na capital quanto nas 18 cidades da região metropolitana. “Defendemos que as empresas não podem se fechar para novas tecnologias, mas aprender como melhorar o serviço com elas”, afirma Pinheiro. A empresa trabalha com startups e desenvolvedores para formatar um aplicativo até o fim do ano. E transformar o Citybus em um ônibus sob demanda em até seis meses.


26.08.2016

Apple planeja incluir Apple Pay em transporte público Os planos de expansão da Apple para o seu sistema de pagamento eletrônico continuam e a empresa está prestes a dar um grande passo: permitir que as pessoas usem o Apple Pay para pagar a passagens de ônibus e trens. Por enquanto, o projeto está destinado somente ao Japão; mesmo assim, o país conta com mais de 1,9 milhão de leitores digitais para liberação das passagens, o que significa um aumento significativo na base da Apple. Para que o projeto saia do papel, a gigante da tecnologia irá instalar chip sem contato Felica RFID da Sony nas futuras versão do iPhone. O sistema de pagamento mobile japonês é alimentado pelo chip Felica e funciona em todos os meios de transporte público do país, bem como em lojas de conveniência e restaurantes fastfood. O pagamento via Felica e outros chips RFID semelhantes trabalham de uma forma um pouco diferente da Apple Pay. O serviço da Apple é mais lento, porque a autorização precisa passar por várias etapas, através de sistemas dos bancos e empresas de cartões como a MasterCard e a Visa. Já sistemas de circuito fechado como Felica conseguem processar o pagamento entre o leitor e cartão em 0,1 segundo, além de serem mais adequados para o uso em transporte público, onde as pessoas precisam aproximar o cartão ou celular e atravessar as portas rapidamente e em alto volume.


26.08.2016

Prestes a sediar a Paraolimpíada, Rio tem apenas ilhas de acessibilidade Prestes a sediar a Paraolimpíada, a partir do dia 7 de setembro, o Rio ainda está longe de se tornar cidade acessível para pessoas com deficiência. Áreas turísticas e transportes como BRT, VLT e metrô se tornaram mais acessíveis, mas transitar de um ponto a outro por meio de um sistema de ônibus convencional ainda são grandes desafios. Coordenadora do núcleo Pró-Acesso da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que estuda o tema, a arquiteta Regina Cohen considera que o município perdeu a oportunidade, gerada pelos Jogos, de se tornar plenamente acessível. Melhorias foram realizadas em pontos turísticos, transportes e instalações esportivas, mas precisavam ser feitas de forma mais ampla em toda a cidade, diz. A Folha acompanhou o cego Vítor Marques, 70, e o cadeirante Ubirajara Carvalho, 46, em passeios pelo Rio, para testar a acessibilidade de pontos como o Boulevard Olímpico e Copacabana. Professor do Instituto Benjamin Constant, dedicado aos deficientes visuais, Vítor tem dificuldades para sair da Lapa, onde reside, em direção à Cinelândia, também na região central, para pegar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Ele é obrigado a desviar de buracos em calçadas com pouca conservação e sofre com a ausência de semáforos sonoros no trajeto –há apenas sete deles na cidade. O acesso ao novo bonde elétrico que leva ao Boulevard Olímpico, porém, foi elogiado pela plataforma no mesmo nível da composição. O boulevard, no entanto, peca pela ausência de piso tátil de alerta na beira do cais. A intervenção só está no entorno dos trilhos do VLT. Os problemas do cadeirante Ubirajara Carvalho, 46, também começam na porta de casa. Fotógrafo e morador do Complexo da Maré, ele precisaria pegar um ônibus em direção à Copacabana na avenida Brasil, que margeia o conjunto de favelas. Mas os os ônibus convencionais, equipados com elevadores para cadeirantes, não são solução. Mesmo com a obrigatoriedade do elevador, muitos estão quebrados ou os motoristas não sabem operar direito, diz. Com isso, Ubirajara anda de cadeira de rodas por cerca de 25 minutos até a estação de BRT mais próxima. No percurso, uma das maiores dificuldades é a inclinação das rampas nas passarelas. Eu chamo essa aqui de Kilimanjaro, só consigo subir com a ajuda de alguém, diz, apontando para a passarela da estação BRT Maré. Responsável pelos ônibus do Rio, a Fetranspor diz que 91% da frota é equipada com elevadores e que, em caso de quebra, os veículos são recolhidos para reparo. Para experts, a melhor saída é o ônibus com chassi rebaixado. Ubirajara diz que a acessibilidade do sistema BRT e do metrô tornam a viagem mais confortável, mas o tempo de trajeto aumenta em ao menos 90 minutos.


24.08.2016

Lei para combater roubo de cargas em SP ainda aguarda regulamentação Mais de um ano e meio depois de sancionada, a lei 15.315/2014 de São Paulo, que pretendia combater o roubo de cargas ao penalizar estabelecimentos flagrados comercializando produtos oriundos dessa prática criminosa, ainda não pode ser aplicada no estado. Isso porque, até agora, a norma não foi regulamentada. São Paulo lidera em número de cargas roubadas no Brasil: 44,1% das 19,2 mil ocorrências, em 2015, foram no estado. A norma foi elaborada para ser mais uma ferramenta no enfrentamento às ações criminosas contra os transportadores. Ela prevê a cassação, por cinco anos, do registro do ICMS a quem adquira, distribua, transporte, estoque, revenda ou exponha qualquer produto que tenha sido fruto de descaminho, roubo ou furto. Sem o ICMS, o estabelecimento não tem como continuar com as atividades. O texto foi sancionado em janeiro de 2014 pelo governador Geraldo Alckmin e gerou expectativa no setor transportador. A avaliação foi de que, ao ter os receptadores como alvo, o interesse em produtos de cargas roubadas cairia, assim como as ações dos bandidos. Mas, sem a regulamentação, não é possível efetivar a sanção administrativa. O governo de São Paulo disse, por meio da assessoria de imprensa, que a lei “está em processo de regulamentação”. A minuta foi elaborada pela Secretaria Estadual de Fazenda e, agora, está sob análise jurídica. Por isso, conforme a assessoria, não há prazo para que a norma comece a vigorar. O agravamento das penalidades por receptação é apontado, pelo setor, como uma das medidas essenciais para coibir o crime. “As pessoas só roubam e furtam cargas porque sabem que vai ter quem pegue essa carga e coloque no mercado”, diz o assessor de segurança da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), coronel Paulo Roberto de Souza. Na esfera criminal, a pena por receptação de cargas é de um a quatro anos de reclusão, que pode ser substituída por penas alternativas. “Isso é um problema gravíssimo, porque qualquer receptador de cargas não vai ficar preso e vai ficar com a sensação de que a lei não alcança. Dá uma sensação de impunidade”, complementa coronel Souza. Conforme dados da entidade, o índice de roubo de cargas no Brasil cresceu 10% entre 2014 e 2015. A sensação de impunidade, segundo ele, é um dos fatores que motiva a expansão da estatística, ano a ano.


26.08.2016

Roubos e furtos de veículos se estabilizam O primeiro Boletim Econômico Tracker-Fecap, um estudo elaborado pelo Grupo Tracker – maior empresa de rastreamento e localização de veículos do Brasil com cerca de 350 mil clientes – e a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP– aponta uma estabilidade nos índices de roubo e furto de automóveis, caminhões e motocicletas no Estado de São Paulo. “Com o levantamento de informações sobre essas ações criminosas, será possível traçar um panorama geral do funcionamento efetivo da Economia do Crime e o quão impactante ela é para o país e para a vida dos brasileiros. O Boletim figura como uma ferramenta analítica, capaz de orientar o empresariado brasileiro dos setores de transporte e automotivo nas tomadas de decisões”, explica o coordenador de Marketing e Produtos do Grupo Tracker, Rodrigo Rufca. Os números O Boletim é composto pelo Índice Tracker-Fecap, que representa as ocorrências mensais de roubo e furto de veículos, tendo como base os veículos monitorados pelo Grupo Tracker; pelo Índice mês/mês, que compara o mês com o anterior; pelo Índice base fixa mensal, que compara o mês de referência com o período base


(junho de 2014); e pelo Índice Mensal, comparação entre as ocorrências de roubo e furto do mês de referência do índice em relação a igual mês do ano anterior. Junho Com base nos indicadores observa-se que no mês de junho, o ÍNDICE MÊS/MÊS TRACKER-FECAP se manteve estável, com ligeira queda de -0,6% no volume de ocorrências em relação ao mês de maio. O ÍNDICE MENSAL registrou um aumento no número de roubos e furtos na ordem de 2%. O ÍNDICE DE BASE FIXA, tendo por base o mês de junho de 2014, registrou um decréscimo de 18,5%. A mesma comparação é efetuada com registros de ocorrências da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Hipóteses Para os estudiosos da economia do crime, o criminoso nada mais é do que o empresário de um mercado ilegal que tem suas ações guiadas pelas oportunidades, pelo risco e pela lucratividade. Sendo assim, do ponto de vista econômico, o que poderia explicar a possível redução no número de roubos e furtos?  Migração dos empresários do crime de roubo e furto de veículos para outras atividades mais lucrativas do mercado ilegal, como o tráfico de drogas;  Aumento do risco e do custo da atividade ilegal em decorrência da lei que regula os desmanches de carros;  Redução da demanda de peças e acessórios de veículos, explicados pela queda na atividade econômica;  Queda da lucratividade na venda de peças e acessórios roubados, explicada pela redução dos preços praticados pelas autopeças e concessionárias de veículos;  Mudança na estrutura demográfica com redução na proporção de pessoas entre 16 a 25 anos (perfil predominante entre os empresários do crime);  Inovações tecnológicas para inibição ou recuperação de veículos como rastreadores, câmeras, alarmes e blindagem;  Crescimento do exército de segurança particular monitorando ruas e condomínios;  Aumento na força policial e nos avanços do sistema de inteligência pública;  Mudança na estrutura de concorrência do mercado ilegal, número menor de microempresários do crime, maior concentração e especialização em decorrência do domínio do crime organizado;  Mudanças de preço, preferências e disponibilidades, choques externos no mercado de entorpecentes. O Boletim Econômico Tracker-Fecap irá, nas próximas edições, averiguar cada uma das hipóteses, traçando um panorama mais detalhado sobre o assunto e, assim, avançando no entendimento a respeito do Mercado do Crime. “Com o aumento da relevância da área de Inteligência de Mercado dentro das empresas, cada vez mais é necessária a fusão entre a Academia e o Mercado, trazendo como resultados, informações úteis para a formação de cenários, que vão desde o dimensionamento de custos com segurança até a identificação de grandes oportunidades. A área de Inteligência de Mercado do Grupo Tracker e o Núcleo de Pesquisa Econômica da FECAP – NECON vão trabalhar arduamente para desmistificar um cenário de extrema importância para a economia nacional”, analisa Frederico Lanzoni, do setor de inteligência competitiva do Grupo Tracker.


26.08.2016

Empresas de ônibus se unem contra as ‘vans 2.0’ SÃO PAULO - Empresas de ônibus estudam medidas jurídicas e mudanças na operação para evitar que o setor, que movimenta R$ 33 bilhões por ano, seja afetado por modelos de transporte coletivo similares ao Uber. O sinal amarelo foi aceso no começo do ano, com o anúncio de um modelo de transporte compartilhado que usa vans, em Porto Alegre. O serviço de transporte coletivo por aplicativo segue a lógica do que, na capital, ocorre com o UberPool: pessoas que querem viagens baratas chamam a corrida pelo app e compartilham um mesmo veículo. Só que, em vez de carro, essa viagem é feita com vans ou ônibus. Vários modelos de negócio com o mesmo princípio pipocam pelo mundo, com operações em Portugal, Ucrânia, Finlândia e China. A primeira reação do setor de transporte regular foi comparar o serviço ao de lotações clandestinos. É o que defende, por exemplo, o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense. “A concorrência com operações clandestinas já se mostrou muito ruim”, diz. Por outro lado, segundo o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, impedir que passageiros tenham essa opção de transporte pode colocar os usuários contra as empresas de ônibus. "Por demanda”. O parecer, do jurista Vitor Schirato, se apoiou na alteração do Artigo 6.º da Constituição, que tornou o transporte público um direito social. “O transporte coletivo tem algumas premissas: universalidade, preços módicos, continuidade. Ou seja, tem de estar em todas as regiões e horários que o poder público determina, e a preços acessíveis. Isso é possível porque há um equilíbrio. As linhas mais lucrativas, com maior demanda, compensam as deficitárias. Se o transporte público tem concorrência, esse equilíbrio não é possível”, argumenta o jurista. Cunha Filho, por outro lado, defende que serviços “por demanda” podem ser uma proposta interessante se forem pensados como uma ação complementar ao transporte regular. E é isso que a concessionária goiana HP Transportes, que opera o transporte coletivo por lá, anda fazendo. “Nosso contrato de concessão tem uma cláusula que prevê o uso de novas tecnologias”, diz o diretor da empresa, Eduardo Pinheiro. O modelo goiano se baseia em um serviço de ônibus especial que já existe, o Citybus, que consiste em tarifa mais alta e veículos mais confortáveis. Lá, a concessão inclui a operação tanto na capital quanto nas 18 cidades da região metropolitana. “Defendemos que as empresas não podem se fechar para novas tecnologias, mas aprender como melhorar o serviço com elas”, afirma Pinheiro. A empresa trabalha com startups e desenvolvedores para formatar um aplicativo até o fim do ano. E transformar o Citybus em um ônibus sob demanda em até seis meses.


26.08.2016

Aprovado projeto de lei que remunera ciclistas em SP Restando ainda sanção do prefeito Fernando Haddad, o projeto que renumera ciclistas como meio de incentivar o deslocamento foi aprovado em segunda e definitiva votação na Câmara Municipal. O “Programa Bike SP” possibilita o ciclista em acumula créditos em seu “Cartão Ciclista”, que podem ser resgatados em dinheiro ou trocado por serviços. O valor será de no mínimo de R$ 50, onde são calculados a economia proporcionada pelo ciclista à Prefeitura, baseada na distância, no local e no horário percorrido. O projeto visa o uso do recurso para custear a manutenção ou no aluguel de bicicletas, ou no débito de contas de água e luz. O autor do projeto, o vereador José Police Neto (PSD), disse na Câmara que o projeto incentiva o uso da bicicleta como meio de transporte não poluente. A previsão é que o sistema comece a valer em 2017 e seria coordenado pela Secretaria Municipal de Transportes, com apoio da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.


26.08.2016

SP cria cadastro de bicicletas roubadas para tentar frear aumento de crimes Para tentar frear o aumento de casos de roubos e furtos de bicicleta, a Secretaria da Segurança de São Paulo anunciou nesta quinta (25) a criação de um banco estadual de bicicletas levadas pelos criminosos. O anúncio foi feito pelo secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, durante a apresentação mensal dos dados estatísticos sobre violência. Segundo ele, esse banco será abastecido pelos proprietários das bicicletas que forem vítimas desses tipos de crimes. "Aquele que tiver um infortúnio de ter sua bicicleta furtada ou roubada, quando ele for registrar a ocorrência, ele fornece aquele número que está lá gravado no quadro da bicicleta", disse ele. Aqueles veículos que tiverem a numeração raspada poderão ser levados para uma unidade policial para dar explicações, segundo Barbosa Filho. "A troco de que vai apagar a numeração de uma bicicleta? Porque não gostou do número? Claro que não, né. Está querendo evitar que seja identificada", disse.Assim, ainda de acordo com secretário, esse dado ficará nos cadastros da polícia e poderá ser acessado pelas patrulhas quando elas se depararem com alguma bicicleta que acreditem ser produto de crime. Barbosa Filho disse que essa medida está sendo adotada em razão do aumento do número de crimes envolvendo ciclistas, como ocorreu no último dia 10 com a relações-públicas e ciclista Thaís Gramani Serra, 27. Ela diz ter sido agredida e teve sua bicicleta elétrica levada durante um roubo na ciclovia da avenida Sumaré (zona oeste). Ela ficou com o rosto machucado após receber uma pancada. "Em São Paulo, o uso da bicicleta está ficando cada vez mais comum. [Queremos] oferecer um pouco mais de segurança para os usuários das ciclo faixas, não só da Sumaré, mas de todas as ciclo faixas de toda a cidade de São Paulo", disse o secretário. A pasta não informou a quantidade de bicicletas furtadas ou roubadas neste ano, em comparação a outros anos. Também não há data exata para o sistema começar a funcionar. O secretário disse ainda que não será obrigatório a apresentação desse número no registro do boletim, ao contrário do que ocorreu no ano passado nos registros de furtos e roubos de celulares que era exigido o IMEI (identificação internacional de equipamento móvel, em português). Ele disse ainda que serão feitas campanhas para divulgação da novidade até para que as pessoas passem a anotar esse número da bicicleta que funciona como uma espécie de chassi dos veículos automotores.


24.08.2016

Governo vai investir em 176 aeroportos da Aviação Regional O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil vai investir em 176 aeroportos regionais. Desses, 53 são prioritários e já vão receber investimentos de R$ 300 milhões a partir de 2017 para que estejam todos operando até 2020. A lista dos aeroportos prioritários ainda deverá ser aprovada pelo presidente Michel Temer. Fora esses 53, a área técnica recomenda investimentos em mais 123 terminais, totalizando 176. Esse total vai compor uma carteira de projetos do ministério. Os investimentos nesses aeroportos serão feitos de acordo com a disponibilidade financeira. Está garantido que todos os 176 terão seus projetos concluídos. Outros nove já operam e não vão receber investimentos federais. Os critérios para a escolha dos aeroportos da carteira de projetos foram baseados em indicadores como terminais importantes para o tráfego aéreo que já estão com restrição de capacidade; os localizados em regiões remotas, caso da Amazônia Legal; rentabilidade do operador aeroportuário; cobertura da população em até 120 minutos de deslocamento (100 km); interesse das companhias aéreas; e proximidade de grandes aeroportos ou capitais. Dentro dos critérios da área técnica, o ministro Quintella também negociou as escolhas da carteira de projetos com os governos e bancadas estaduais. “Todos os estados foram contemplados nas negociações”, afirma. Só Roraima, Amapá, Sergipe e Distrito Federal preferiram outros investimentos nas negociações conduzidas por Quintella. O Amapá, por exemplo, preferiu que sejam concluídas as obras da Ponte Brasil-Guiana Francesa - Ponte Binacional que liga Oiapoque, no Amapá, a SaintGeorges, na Guiana Francesa. Após estudos, a Secretaria de Aviação Civil identificou que 85 terminais não possuem viabilidade para entrar na malha regional brasileira, em virtude da proximidade de alguns aeroportos preferenciais, baixa demanda de passageiros e falta de interesse de operação das companhias aéreas. Desse modo, havendo interesse, estado ou município podem assumir os investimentos nesses terminais, que teriam como uso exclusivo a aviação executiva, sem recursos do governo federal. Os nove restantes já receberam investimentos Até 2020 o Programa de Aviação Regional deve receber R$ 1,2 bilhão em investimentos, R$ 300 milhões por ano a partir de 2017. São fundos do FNAC (Fundo Nacional de Aviação Civil), composto por taxas e outorgas da aviação, e que só pode ser investido no próprio setor. as contas do governo até que o reequilíbrio fiscal seja atingido. A previsão de receita é de R$ 8 bilhões até o fim deste ano.


25.08.2016

Aeroportos brasileiros superam expectativas durante Jogos Olímpicos Dados divulgados pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil mostram avaliação positiva com relação aos aeroportos do Brasil durante a realização da Olimpíada no país. O índice de pontualidade, de 94,8%, foi o melhor já registrado em uma operação especial do setor de aviação civil. Durante a Copa do Mundo, realizada em 2014, a pontualidade dos voos foi de 91,2%. Com relação aos atrasos, o índice (5,2%) durante os jogos revela queda de 59%, quando comparado à Copa (8,8%). São consideradas pontuais as partidas realizadas até 30 minutos depois do horário programado. Esse é o critério oficial adotado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para medir o cumprimento dos horários planejados para os voos. Aprovação dos usuários Uma pesquisa realizada diariamente pela Secretaria de Aviação Civil nas áreas restritas dos aeroportos revelou um índice de satisfação perto da unanimidade. Nove em dez passageiros aprovaram os aeroportos pesquisados, nos quesitos qualidade na oferta de serviços, atendimento e gestão e organização dos terminais. A experiência de chegada e saída dos terminais manteve o padrão de excelência oferecido em dias comuns nos aeroportos do país – em alguns casos, até melhor. Em uma escala de 1 a 5, a média de satisfação apurada chegou a 4,24. O aeroporto de Guarulhos (SP), com média 4,55, ocupa o topo do ranking de satisfação do passageiro. Circulação de passageiros Em 22 dias, cerca de 7,9 milhões de passageiros foram transportados, o equivalente à população da Suíça. Somente em 22 de agosto, dia seguinte ao encerramento do evento, cerca de 90 mil pessoas passaram pelo Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio. O tempo médio de fila no guichê de check-in doméstico foi de 10 minutos, enquanto no check-in internacional a fila durou cerca de 5 minutos. A inspeção de segurança (doméstica e internacional) estava livre de filas, o que fez com que o passageiro fosse liberado em 1 minuto, na média. A bagagem doméstica foi restituída em 23 minutos e a internacional em 48 minutos (tempo decorrido entre o calço da aeronave e a chegada da última bagagem na esteira). Já os procedimentos de imigração e emigração demoraram em torno de 10 e 2 minutos, respectivamente. Foram monitorados nove aeroportos (Galeão, Santos Dumont, Guarulhos, Congonhas, Viracopos, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Manaus), de 1 a 22 de agosto.


24.08.2016

O que acontece quando você bebe álcool a bordo de um avião? Ingerir bebida alcoólica pode ser usado por muitos passageiros para poderem enfrentar as longas viagens de avião, relaxar durante o voo, ou até em alguns casos para vencer o medo. No entanto, os viajantes devem ficar atentos a um detalhe que pouca gente sabe: as altas atitudes podem potencializar o efeito do álcool no organismo, é o que diz uma publicação da companhia Aérea KLM. Quando ingerimos bebidas deste tipo, a taxa de álcool no sangue leva entre 30 e 60 minutos para atingir seu máximo efeito no organismo. Quando o álcool atinge o cérebro, atua como um sedativo e retarda as transmissões e impulsos entre as células nervosas que controlam a sua capacidade de pensar e se mover. Quando bebemos durante o voo, a pressão barométrica na cabine de um avião é menor, reduzindo a capacidade do organismo em absorver oxigênio, podendo produzir tonturas. Isso é chamado de hipóxia. De modo geral, este não é um problema, mas a sensação poderia ser semelhante a que você tem ao beber álcool. Portanto, se você ingerir bebidas alcoólicas durante um voo, você pode notar essa alteração mais cedo, assim como os comissários de bordo e os outros passageiros, caso você beba demais. Ou seja, você pode ficar embriagado mais cedo que o comum. Por conta do baixo nível de oxigênio no sangue, você pode aparentar ter consumido mais bebida no ar do que em outras situações. A KLF recomenda consumir mais água do que bebida alcoólica, e consumir alimentos salgados, potencializando a sede.


25.08.2016

Santos sobe participação na balança e bate novo recorde

A participação comercial das cargas movimentadas pelo Porto de Santos de janeiro a julho deste ano atingiu 28,9% (cerca de US$ 53,4 bilhões), o maior índice em relação ao total brasileiro no período. Desde maio do ano passado, Santos se mantém acima da casa dos 27%, com forte viés de alta. O desempenho do complexo santista superou mais uma vez o recorde de maior movimentação física geral, com 67,96 milhões de toneladas operadas, alta de 2,5% em relação ao maior movimento para o período de janeiro a julho, verificado no ano passado. A performance na movimentação de cargas de comércio exterior também registrou o maior crescimento dentre os principais portos do país no total acumulado até julho, atingindo 60,9 milhões de toneladas, acusando alta de 19% em relação a igual período do ano anterior. Os valores referentes à corrente comercial são apurados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. As demais informações são da Gerência de Tarifas e Estatísticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto de Santos.


Movimento Físico - As exportações, com 50,43 milhões de toneladas embarcadas, foram determinantes para o desempenho positivo no total geral, reflexo de uma participação de 74,20% e um crescimento de 7,2% no periodo, garantindo o crescimento de 2,5%, uma vez que as importações registraram queda de 9,0%. Os embarques do chamado complexo soja, composto por grãos e farelo, liderou o ranking das cargas mais movimentadas no total acumulado, alcançando 17,14 milhões de toneladas, com alta de 11,4% em relação ao ano anterior. A seguir, vêm as exportações de açúcar, registrando 10,46 milhões de toneladas e crescimento de 16,4% no período e a expressiva marca de 20,1% de incremento no mês de julho. O milho também se destacou com alta de quase 40% e 3,18 milhões de toneladas exportadas. Na importação, a carga de maior movimentação no período foi o adubo, com incremento de 38,7%, que alcançou 1,59 milhão de toneladas com forte crescimento de 56,8% no total mensal. As descargas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), aumentaram 34,8%, com a operação de 629 mil toneladas. A consignação média da movimentação geral do Porto de Santos, que expressa o desempenho da produtividade em função da tonelagem por navio, registrou expressivo crescimento no acumulado de 8,52%, com a média de 25.264 toneladas operadas por embarcação. Balança Comercial - Na corrente de comércio do país, Santos segue mantendo tendência de crescimento na participação sobre o total brasileiro, respondendo por 28,9% e registrando o valor de US$ 53,4 bilhões em produtos que passaram pelo complexo santista no período, ampliando sua parcela em relação ao ano anterior, quando atingiu 27,5%. As exportações participaram com 29,2% sobre o total do país contra 26,9% na comparação com o ano anterior, atingindo US$31,1 bilhões. As importações chegaram a US$ 22,3 bilhões, com 28,5% de participação sobre o total acumulado no país, enquanto em 2015 o índice chegou a 28,1%. China, Estados Unidos e Argentina compõem o bloco dos principais países que recebem as mercadorias embarcadas por Santos, respondendo por 36,3% do total exportado pelo complexo. Nas importações, China, Estados Unidos e Alemanha somaram 47,6% das descargas em Santos. A China, principal destino e origem de nossas trocas comerciais, apresentou perfil de queda tanto na participação quanto no valor no fluxo de importação. De janeiro a julho de 2015, havia importado o equivalente a US$ 6,681 bilhões com participação de 21,97%. Este ano, participou com 19,6%, com US$ 4,373 bilhões. Nas exportações, no entanto, apresentou ligeiro crescimento, saltando de US$ 5,238 bilhões para US$ 5,954 bilhões neste ano, com a participação subindo de 17,3% para 19,1%.


26.08.2016

Táxi sem motorista começa a rodar nas ruas de Cingapura O primeiro táxi sem motorista começou a rodar nesta quinta-feira (25) nas ruas de Cingapura, em um teste público limitado. A nuTonomy, empresa que desenvolveu o modelo, convidou um grupo de pessoas selecionadas para baixar seu aplicativo e testar gratuitamente o "táxi-robô" em um distrito de negócios da cidade, na expectativa de obter a opinião dos usuários antes de lançar oficialmente o serviço, em 2018. "Este é realmente um momento na história que vai mudar como as cidades são desenvolvidas, como nós realmente olhamos para nosso entorno", afirmou à agência Reuters o executivo da nuTonomy, Doug Parker. O projeto é uma parceria da empresa e do governo de Cingapura. O teste foi realizado em um carro elétrico Mitsubishi i-MiEv, com um engenheiro sentado ao volante para monitorar o sistema e assumir o controle do veículo, se necessário. Segundo a nuTonomy, o teste, que será feito de forma continuada, foi realizado após experimentos privados que começaram em abril. Parker afirmou que espera ter cem táxis atuando comercialmente na cidade até 2018. A nuTonomy é uma das muitas companhias que se lançaram na corrida pelos veículos autônomos, marcada por alianças entre montadoras e empresas de tecnologia. Na semana passada, a sueca Volvo informou que fechou parceria de US$ 300 milhões com o serviço de transportes urbanos Uber para desenvolver um carro autônomo.


26.08.2016

iPhone 7 pode chegar ao Japão com sistema de pagamento para transporte público O próximo iPhone, que deverá se chamar iPhone 7 e será lançado em setembro, não deverá trazer muitas inovações em geral, mas, para o público do Japão, a Apple está planejando incluir um sistema que permitirá pagar por viagens no metrô do país sem precisar manipular dinheiro ou cartões. Chamada FeliCa, a tecnologia utiliza um pequeno chip que permite ao usuário armazenar as passagens compradas em seus smartphones para que o pagamento seja feito virtualmente. Para isso, basta aproximar o dispositivo móvel dos scanners localizados nas entradas das estações. Enquanto na Europa, Austrália e Estados Unidos a tecnologia NFC (Near Field Communication) prevalece na hora de desenvolver sistemas de pagamento mobile (como o Apple Pay, por exemplo), no Japão o sistema que domina esse mercado é o FeliCa, que já funciona em 1,9 milhão de terminais, de acordo com o Bank of Japan. Esses terminais já teriam registrado 4,6 trilhões de ienes (que equivalem a US$ 46 bilhões) em transações somente em 2015. Apesar dos planos da Apple contarem com o lançamento desse sistema de pagamentos para o transporte público no Japão já para o próximo iPhone, ainda não há nada definido a respeito. É possível que as negociações não deem certo em tempo e que a Maçã acabe deixando a novidade para o smartphone de 2017, que comemorará 10 anos do lançamento do primeiro iPhone.

25.08.2016

Bilhete Único pode ser recarregado no Banco do Brasil Desde a última quarta-feira, 24, passageiros podem recarregar seus Bilhetes Únicos nos auto-atendimentos do Banco do Brasil e, a partir do dia 15 de setembro, também estará disponível no aplicativo mobile do banco. “Essa inovadora solução foca a melhoria da experiência dos clientes, usabilidade e eficiência. Tudo bastante afinado com a preocupação da SPTrans. E o Banco do Brasil segue determinado a desenvolver soluções que auxiliem na busca da maior eficiência para o setor público”, disse, em nota, Júlio Cezar Alves de Oliveira, vicepresidente de governo do banco. Quando adquiridos os créditos através dos auto-atendimentos, devem ser ativados em um carregador e, após esse procedimento, estarão prontos para uso.


26.08.2016

São Paulo terá carreata de veículos elétricos no sábado ADAMO BAZANI

A cidade de São Paulo recebe neste sábado, 27 de agosto de 2016, a primeira edição do Movimento Paulistano de Veículos Híbridos e Elétricos. Trata-se de uma carreata com mais de 60 veículos, entre ônibus, automóveis, motocicletas bicicletas, scooters, elétricos puros ou híbrido. A ação é organizada pela ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico e tem o objetivo de promover e incentivar a ampliação da frota tanto de uso individual como coletivo de veículos menos poluentes ou com emissão zero na operação. A atividade faz parte da Conferência Latino-Americana de Veículos Elétricos que ocorre simultaneamente ao 12º Salão LatinoAmericano de Veículos Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias, no Pavilhão Amarelo, do Expo Center Norte, em São Paulo. O Salão, que vai ter exposições de modelos de ônibus, carros, motocicletas e bicicletas elétricas ocorre nos dia 1°,2, e 3 de setembro e a Conferência nos dias 1º e 2 de setembro. O passeio pelo coração da cidade de São Paulo – Av. Paulista – por uma mobilidade mais verde e um futuro mais sustentável vai contar com veículos leves, levíssimos e pesados da Toyota, Lexus, Renault, BYD, Volvo, JAC Motors, Go Lev, Souza Motors, Wind, Bike Car, Cooltra, Nanico Car, Drop e Compact Car. SERVIÇO Movimento Paulistano do Veículo Híbrido e Elétrico – 1ª edição Data: 27 de agosto – sábado Horário de concentração: 09h00 Hora de saída: 10h00 Local: Partindo da Praça Amadeu Amaral, na Av. Treze de Maio, Paraiso Destino: Praça Charles Miller / Estádio do Pacaembu


AGENDA 2016 AGOSTO XVI Seminário Brasileiro do Transporte de Cargas 31 de agosto – Câmara dos DeputadosBrasília OUTUBRO IX Conferência Internacional de Engenharia Costeira e Portuária em Países em Desenvolvimento (PIANC-COPEDEC) 16 a 21 de outubro- Rio de Janeiro.


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