Fim de Semana ARTESP - edição 74_

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EDIÇÃO 74– 30 DE SETEMBRO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105


27.09.2016

Tribunal de Contas da União fará varredura em concessões de rodovias A sucessão de indícios de irregularidades graves encontrados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em aditivos de contrato e obras das concessões de rodovias levou a corte à decisão de promover uma varredura em todas as estradas repassadas para a iniciativa privada. O objetivo dessa nova auditoria é passar um pente-fino em cada um dos contratos para verificar a qualidade dos serviços prestados, a realização de obras obrigatórias, as autorizações de aumento tarifas e os custos de projetos para os cofres públicos, entre outros assuntos. Na segunda-feira, 19, a Justiça Federal bloqueou os bens da Concer, concessionária que administra um trecho da rodovia BR-040, no Rio, por suspeita de superfaturamento nas obras. A medida travou os patrimônios do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, e demais gestores da agência. O ex-ministro dos Transportes César Borges, que hoje preside a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), também teve seus bens bloqueados pela decisão judicial. As concessões de rodovias federais fiscalizadas pela ANTT envolvem atualmente uma malha que soma 9.969 km de estradas. A agência administra 21 concessões, sendo seis contratadas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1994 e 1997; oito na gestão de Lula, entre 2008 e 2009, e sete no governo Dilma, entre 2013 e 2014. As primeiras concessões de rodovias, feitas em 1996, tinham prazo de 25 anos e começam a vencer em 2021. Estão nessa situação os contratos da Concer, da CCR Nova Dutra, empresa que atua na BR-116 entre São Paulo e Rio, e da Concessionária Rio-Teresópolis (CRT), que também opera entre a BR-116 e a BR040. O governo já manifestou intenção de manter essas empresas à frente das concessões. Por meio de nota, Borges disse que “as questões serão esclarecidas, já que todos os procedimentos foram devidamente seguidos”. Borges disse que “em nenhum momento autorizou a realização de obras sem dotação orçamentária”. A ANTT voltou a declarar que ainda não foi comunicada sobre a decisão judicial e que realiza seus trabalhos respeitando os princípios éticos da administração pública. A Concer não respondeu.


28.09.2016

Saldo das carteiras de veículos tem nova queda O saldo das carteiras de crédito para o financiamento de veículos teve nova contração ao fechar agosto em R$ 146,4 bilhões, resultado 13,2% abaixo do verificado em igual período acumulado do ano passado, quando o saldo era de R$ 168,6 bilhões. Este é o menor valor do ano apurado até agora, segundo dados do sistema financeiro nacional divulgado na quarta-feira, 28, pelo Banco Central. Na comparação com o saldo de julho, houve queda de 0,9% e considerando os últimos doze meses terminados em agosto, o saldo já recuou 13,2% sobre os doze meses imediatamente anteriores. Por outro lado, a concessão de crédito subiu 8,39% em agosto na comparação com julho ao somar R$ 6,37 bilhões, o maior valor mensal até agora. Contudo, na soma dos valores de concessões de janeiro a agosto, o crédito para o financiamento de veículos está 15,5% menor se comparado com iguais meses do ano passado. De acordo com o relatório do BC, a inadimplência no setor de veículos ficou estável em agosto ao atingir 4,6%, o mesmo índice registrado nos dois meses anteriores. Contudo, em 2015, de janeiro a agosto o índice de inadimplência foi de 3,9% em cada um dos oito meses – foi a partir de setembro daquele ano que os atrasos começaram a se intensificar, aumentando mês a mês até atingir o atual, o maior até agora para o setor há pelo menos dois anos. A taxa média de juros subiu 0,2 pontos porcentuais, de 26% em julho para 26,2% em agosto, enquanto o prazo médio dos planos de financiamento contraídos no período ficou em 41,9 meses, o maior do ano até agora.


29.09.2016

Multas por uso irregular de extintor de incêndio em veículo podem ser perdoadas

Motoristas multados por irregularidades no extintor de incêndio do veículo poderão ter as multas perdoadas. É o que propõe o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 150/2015, de iniciativa do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O projeto determina que condutores de automóveis que foram multados por não usarem ou por estarem com o extintor vencido tenham a penalidade cancelada. A medida vale para multas emitidas a partir de 1º de janeiro de 2015. Em setembro de 2015, a Resolução nº 556 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tornou opcional o uso do extintor de incêndio nos carros, modificando o art. 1º da Resolução nº 157 que tornava obrigatório o uso do equipamento. Dados da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva revelaram que a utilização de extintores em acidentes de carro não chega a 3% dos sinistros. Na justificativa do projeto, Mendonça Filho reiterou a falta de eficiência na obrigatoriedade do extintor veicular. O parlamentar também afirmou que os motoristas foram obrigados a adquirir um equipamento que nunca apresentou resultados satisfatórios. O projeto também determina um prazo de três meses depois da sua aprovação para que os órgãos responsáveis ressarçam os condutores. O pagamento poderá ser convertido em créditos para abater tributos atrasados ou multas do condutor.


27.09.2016

Candidatos que prometem aumentar velocidade ignoram o resto do mundo RAUL JUSTE LORES

Quando Paulo Maluf começou a construir o Minhocão, em novembro de 1969, Nova York tinha cancelado havia pouco um projeto similar. Elevado cortando área densamente povoada era considerado equívoco. Mas Caetano Veloso já se perguntava "quem lê tanta notícia" em 1967 e Maluf se juntou aos desinformados. Quarenta anos depois, José Serra criou novas pistas nas marginais, sufocando ainda mais o Tietê, enquanto Seul, Nova York e Madri estavam reduzindo asfalto nessas margens para seus rios respirarem. Os governos Lula-Dilma gastaram bilhões com incentivos à indústria automobilística quando até a China (de Xangai a Pequim) começou a cobrar taxas pesadas das licenças para motoristas e, assim, tentar reduzir o número de carros nas ruas. Tem notícia que demora a chegar neste nosso rincão. Os candidatos que prometem aumentar a velocidade ou que reclamam de ciclovias dão um atestado de ignorar o que anda acontecendo em cidades que costumam se importar mais com seus cidadãos que as nossas. Em Paris, somem pistas ao longo do Sena para dar mais espaço aos pedestres. Nova York reduziu à metade as faixas para carros na Broadway e na Times Square e espalhou pracinhas e calçadões no lugar. Londres e Cingapura têm pedágio urbano há anos e a Buenos Aires ganhou ciclovias por todos os lados. Em Bogotá e na Cidade do México, dezenas de quilômetros de avenidas são abertas todos os domingos a pedestres e ciclistas. Se você, candidato, viaja pelo mundo e não fica enfurnado apenas em shoppings e outlets, já deveria ter testemunhado essa recalibragem. Não é preciso ser ambientalista para reconhecer que o espaço para os carros destruiu o verde e os rios paulistanos nos últimos 70 anos.O candidato com noção de que estamos em 2016 deveria apostar pelo aperfeiçoamento desse reequilíbrio. Quem, afinal, vai propor melhores e mais largas calçadas nesta cidade, para o verdadeiro pária paulistano, o pedestre? Quem vai propor maior ocupação de ruas e praças pela cidade toda? Especialmente, por maiores de 70 anos e crianças, muitos deles condenados à TV como único entretenimento, e que ocupem o espaço público também à noite –uma virada para deixar ruas menos desertas, mais seguras? Quem consegue fomentar o aumento do uso das ciclovias para calar quem vê muitas delas constantemente vazias? Imagine um dia "vá de bike" por mês, promovido por grandes empresas com milhares de funcionários? Sim, o PT está pagando a calamidade provocada desde Brasília por ideias ultrapassadas na condução econômica. Mas a política de desaceleração de velocidade e prioridade ao pedestre é contemporânea ao que é feito nas cidades bem informadas do planeta. Ser contrário a esse moderno ajuste é como andar de calhambeque: ficar para trás na história.


26.09.2016

40 km/h, 32 km/h: onde no mundo a velocidade baixou e qual o atual limite? A velocidade nas principais vias de São Paulo virou um dos principais temas da campanha eleitoral na cidade depois que quatro dos candidatos à Prefeitura – Celso Russomano (PRB), Marta Suplicy (PMDB), João Dória (PSDB) e Major Olímpio (SD)– prometeram rever as medidas tomadas pelo candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), que chegou a criar áreas com limite de 40 km/h. Marta Suplicy (PMDB) e João Dória (PSDB) disseram inclusive que aumentarão a velocidade nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros, que passaram na atual gestão de 90 km/h para 70 km/h na pista expressa e de 70 km/h para 50 km/h nas pistas locais. As promessas, no entanto, vão contra uma orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde) que vem sendo seguida por várias capitais pelo mundo para combater a epidemia de acidentes de trânsito. Segundo o órgão, a redução da velocidade diminui o número de acidentes (e, consequentemente, o de mortos e feridos) e melhora o fluxo do trânsito e qualidade do ar. Estocolmo, na Suécia, foi a primeira capital a fazer a mudança, em 1997. Desde então, muitas outras cidades seguiram por este caminho. Em Nova York, por exemplo, a velocidade em vários bairros é de 32 km/h. Veja como funciona nesses lugares: Londres A capital da Inglaterra vem adotando, nos últimos anos, medidas para diminuir a quantidade de acidentes no trânsito, incluindo a redução de velocidade. Atualmente, o limite de velocidade é de 32 km/h em ruas e avenidas importantes da cidade. Leandro Colon/Folhapress

Paris A velocidade máxima permitida nas pistas do anel viário da capital francesa foi reduzida para 80 km/h para 70 km/h no começo de 2014. Dentro da cidade, o limite é de 50 km/h, com limites baixos em determinadas áreas.


Nova York Em novembro de 2014, a administração da maior cidade dos Estados Unidos reduziu o limite de velocidade para 40 km/h. Em vários bairros, porém, o limite é ainda menor: 32 km/h. As medidas foram acompanhadas de uma campanha de conscientização e de ações para aumentar a fiscalização no trânsito. Beatriz Monteiro/UOL

Cidade do México O trânsito é um problema histórico da capital do México. Lá, os limites de velocidade foram reduzidos no fim de 2015: 80 km/h em pistas expressas, 50 km/h em avenidas, 40 km/h em vias secundárias e 20 km/h em áreas escolares e nas proximidades de hospitais. Adriana Zehbrauskas The New York Times

Tóquio Na capital do Japão, os motoristas podem dirigir a no máximo 50 km/h, sendo que há limites mais baixos de – 40 km/h e 30 km/h – em determinadas áreas da cidade.

Toru Yamanaka/AFP

Lima A capital peruana tem quatro limites de velocidade em vigor: 80 km/h em vias expressas, 60 km/h nas avenidas, 40 km/h nas ruas e 30 km/h nas proximidades de escolas e hospitais.

Prefeitura de Lima


Bogotá Na capital da Colômbia, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h. Em vias situadas nas zonas residenciais e escolares, porém, o limite é de 30 km/h.

Prefeitura de Bogotá

Berlim Na capital da Alemanha, o limite é de 50 km/h na maioria das vias, mas há áreas em que a velocidade máxima permitida é de 30 km/h. Além disso, há uma outra regra: em parte das vias com limite de 50 km/h, os motoristas não podem passar dos 30 km/h durante o período noturno. Fabrizio Bensch/Reuters

Buenos Aires Na capital argentina, o limite é de 60 km/h nas avenidas e de 40 km/h nas ruas. Em algumas avenidas mais largas, pistas e autopistas, o motorista pode dirigir a 70 km/h ou a 80 km/h.

Sydney No início dos anos 2000, a Austrália reduziu de 60 km/h para 50 km/h a velocidade máxima permitida em áreas urbanas. Em Sidney, maior cidade do país, além do limite geral de 50 km/h, há restrições ainda maiores. O limite é de 40 km/h em áreas escolares e ruas com grande fluxo de pedestres, o que inclui todo o centro. Também há áreas com limite de 30 km/h e de 10 km/h – nestas, os motoristas devem dar prioridade aos pedestres.


29.09.2016

Atropelamento é a causa de 1 a cada 3 mortes nas estradas Uma em cada três pessoas mortas nas estradas é vítima de atropelamento. É o que aponta levantamento da Arteris, concessionária que administra 21 rodovias, entre elas a Fernão Dias e a Régis Bittencourt, em São Paulo, com base em casos registrados neste ano. Segundo o estudo, a maior parte dos óbitos acontece à noite e envolve adultos. A pesquisa analisou 19.164 acidentes registrados entre janeiro e julho, com 361 mortos. O estudo aponta que os atropelamentos são responsáveis por 32% das vítimas em estradas de São Paulo, Rio, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. “Esse tipo de acidente representa 1% das ocorrências, mas quando se fala em gravidade é o que tem o maior porcentual”, diz Elvis Granzotti, gerente de Operações da Arteris. Ele também afirma que as principais vítimas em rodovias são pedestres (28%) e ciclistas (4%) que não estão montados na bicicleta no momento da colisão. Se o ciclista estiver pedalando, o acidente passa a ser classificado como “colisão traseira”. Esse é o segundo tipo mais letal de acidente, com 16% das mortes. Na visão do especialista, os atropelamentos estão relacionados a uma série de fatores, como o comportamento de motoristas, que desrespeitam limites de velocidade ou trafegam pelo acostamento. “Quando há concentração em uma área, podem ser feitas intervenções: passarela ou calçada”, diz. O metalúrgico Márcio Aparecido de Camargo, de 40 anos, entrou para a estatística de mortes por atropelamento na Fernão Dias. No domingo, 17 de junho, ele voltava para casa em Bragança Paulista de moto, quando o trânsito parou. Camargo não conseguiu frear e colidiu com o carro da frente. O amigo João Alcides de Souza conta que a batida foi leve, mas Camargo caiu e, quando se levantava, acabou atropelado por um caminhão. O corpo ficou preso à roda do veículo. “O motorista disse que não viu, só parou porque sentiu que algo estava travando a roda”, relata. “O mais difícil foi avisar a família, especialmente a mãe dele. Ele estava em um momento especial, tinha se casado havia poucos meses e estava feliz.” Em julho, um homem morreu na Fernão Dias, em Atibaia, a 50 metros de uma passarela. “Há quem deixe de usar porque precisa percorrer distâncias curtas ou por questões de segurança, como assaltos”, diz Granzotti. A vítima não portava documentos e não foi identificada pela polícia. Segundo o estudo, 22% dos mortos por atropelamento são andarilhos.


A pesquisa também traça o perfil de veículos, horários e dias dos acidentes. Ao todo, 61% das mortes envolvem carros e 53,7%, motocicletas. Os casos normalmente acontecem entre 18 e 6 horas. “Além do sono, há diminuição de visibilidade”, afirma Granzotti. Já na divisão etária, o grupo que concentra a maior parte das mortes é de 35 a 44 anos, com 24,67%. Apenas 5% dos óbitos são de menores de idade. Fiscalizar Consultor de trânsito, Flamínio Fichmann diz que o número de acidentes nas rodovias da Arteris impressiona. Para o especialista, o número de acidentes em rodovias pode cair até 50% se houver fiscalização intensiva. “O que diminui acidente é a fiscalização, com blitze em estradas. Mas isso significa aplicação de recursos e aumento de contingente.” ‘Foi um milagre não ter morrido’, diz ciclista vítima de acidente Após colidir na traseira de um caminhão em uma rodovia paulista, o comerciante e ciclista profissional Rodrigo Padilla, de 51 anos, quase ficou tetraplégico. Teve a língua cortada e fraturou a coluna cervical em sete partes e o esterno – osso do tórax que ajuda a proteger coração e pulmões. “Foi um milagre não ter morrido porque foram muitas fraturas. Também foi um aviso. Agora, só pedalo em estrada com uma turma grande. Nunca mais pretendo voltar a fazer sozinho”, diz. O acidente foi há cinco anos. Naquele dia, Padilla já havia pedalado 130 quilômetros e, cansado, baixou a cabeça para relaxar. Estava no acostamento, como manda a legislação de trânsito. “Não vi que um caminhão entrou de repente e bati na traseira. A culpa foi minha.” O ciclista conta que, antes de sair de casa, sua mulher pediu pela primeira vez que não fosse treinar. “Eu pedalava sozinho havia quase oito anos”, diz. “No fim das contas, ela me salvou da morte. Nas lojas, capacetes de ciclista custam entre R$ 60 e R$ 1,5 mil. Minha mulher havia comprado o mais caro.” Educador físico, Ricardo Arap, de 48 anos, coordena grupos que pedalam em rodovias. Mesmo com regras rigorosas, como carro de apoio e equipe de profissionais, o treino não é 100% seguro. “Não é garantia, mas minimiza riscos”, diz. Para o diretor-geral da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), Daniel Guth, falta infraestrutura nas estradas. “Não é capricho de um segmento. Estamos pedindo que o governo cumpra a legislação, que prevê a criação de um plano cicloviário”, diz. O gerente de segurança e sinalização da Agência de Transporte do Estado (Artesp), Carlos Campos, admite que o governo do Estado não tem um programa para implementar ciclovias em todas as rodovias de São Paulo e o equipamento só é instalado a partir da demanda. “A quantidade de ciclistas é muito baixa e o custo para implementar todo sistema é muito alto.” Campos diz que a agência não recomenda andar de bicicleta no acostamento de estradas. “Não é seguro.”


27.09.2016

Pontos de descansos serão implantados em rodovias de MT

O Ministério Público Federal de Mato Grosso (MPF-MT) realizou uma audiência pública nesta segunda-feira (26), para discutir um modelo que garanta a implantação dos pontos de parada para descanso dos profissionais do transporte rodoviário. O evento foi realizado no auditório Milton Figueiredo da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e teve transmissão ao vivo pela TV Assembleia. Neste primeiro momento, foi debatido entre representantes do governo federal, sindicatos patronais e de empregados, concessionária e representantes da sociedade civil como os pontos de parada devem ser estruturados e onde deverão ser instalados. Posteriormente, será avaliado como estes investimentos deverão ser custeados. “A União impôs a obrigatoriedade legal do descanso em pontos de parada, então cabe ao governo estabelecer um meio de viabilizar a implantação deste locais, seja por meio de financiamento, parcerias ou reequilíbrios econômico-financeiros às concessionária em operação”, explicou o procurador da República Guilherme Rocha Gopfert. Ficou deliberado, ao final da audiência, que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes


(Dnit) e a Concessionária Rota do Oeste (CRO) vão adaptar um estudo já realizado. A intenção é identificar os locais onde os pontos, desde que não sejam postos de combustíveis, poderiam ser instalados ao longo do trecho sob concessão da BR163 e BR-364, em Mato Grosso. O Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Terrestre ficará responsável identificar quais as demandas dos motoristas profissionais, quais serviços precisam e quanto estariam dispostos a pagar. A existência de locais de parada e descanso, os chamados Pontos de Parada e Descanso (PPD), ficou determinada pela lei 12.609 /2012 e posteriormente foi regulamentada pela lei 13.103/2015, a chamada Lei dos Caminhoneiros. O conjunto de regras aprovadas pelas duas leis estabelece as condições de trabalho dos motoristas, regulamenta a jornada de trabalho e determinou a existência desses PPD. A procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) de Rondonópolis, Cláudia Fernandes, explica que a definição e adequação dos pontos de paradas são essenciais para o cumprimento da lei. “Uma das principais justificativas para o descumprimento da Lei dos Caminhoneiros e abuso da jornada de trabalho”. A principal prerrogativa da Lei dos Caminhoneiros é justamente garantir melhores condições de trabalho dos motoristas profissionais e assim reduzir os índices de acidentes nas rodovias. O superintendente da Polícia Rodoviário Federal (PRF) de Mato Grosso, Arthur Nogueira, explica que o cansaço é um fator de riscos, sobretudo entre os motoristas profissionais. “Cerca de 90% dos acidentes com morte em nossas rodovias envolve veículo de carga, isso por que é a maioria nas estradas”. Projeto Piloto O procurador da República Guilherme Rocha Gopfert explicou que a intenção do MPF é criar um projeto que seja modelo para implantação dos pontos de parada em todas as rodovias do Estado e do país. “À partir do modelo estabelecido aqui na BR-163, avaliando os erros e acertos, chegaremos a um projeto piloto que poderá ser implementado no Brasil. O que não podemos é deixar os motoristas sem locais adequados, seguros e confortáveis para exercer suas funções”. Neste primeiro momento, o projeto será aplicado na BR-163/BR-364 em Mato Grosso, depois deverá ser exportado para as demais rodovias federais e estaduais. Parceria A ALMT cedeu o auditório Milton Figueiredo para a realização da audiência pública e transmitiu pela TV Assembleia, atendendo a uma solicitação do MPF. O procurador Guilherme Gopfert explicou que o MPF solicitou a parceria com a ALMT por entender ser um local democrático. “Estamos na ‘casa do povo’ e nada mais lógico que tragamos esta discussão para cá”. O procurador esclareceu que neste primeiro momento não houve a participação dos deputados estaduais por se tratar de uma discussão que abrange as rodovias federais, mas depois os resultados poderão ser replicados às estradas estaduais.


26.09.2016

Novadutra quer atrair de volta transportadoras de cargas excedentes Num dos poucos trechos rodoviários do país onde duas concessionárias disputam os caminhões de carga, a Novadutra trabalha para recuperar tráfego de veículos de transporte de cargas superpesadas e superdimensionadas. Entre as medidas já adotadas destacam-se a melhoria do atendimento às empresas desse segmento, o fim da exigência de Laudo de Vistoria para conjuntos transportadores com peso acima de 150 toneladas e da restrição ao trânsito de cargas com largura acima de 7,20 metros. “A partir de agora o que vale é o que diz o estudo de viabilidade geométrica do transporte”, assegura Diego Dutra, novo coordenador de operações. “As empresas podem ficar tranquilas se houver viabilidade o transporte será autorizado sem problemas”, conclui Diego. Outro importante compromisso da concessionária é o de observar todos os parâmetros e limites fixados pela Resolução 01/16 do DNIT, o que significa, entre outras coisas, que estudos de viabilidade estrutural só serão exigidos para PBTC acima de 288 toneladas, assim como a programação de travessia, antes exigida para cargas com largura acima de 3,20 metros, agora só para conjuntos transportadores com peso aciam de 100 toneladas; largura, acima de 4,50 metros; altura, acima de 5,30 metros e/ou comprimento, acima de 30 metros. Pesagem de carga superpesada Outro questão superada é a exigência de pesagem de conjuntos transportadores com peso acima de 150 toneladas. Agora, de acordo com Virgílio Andre Ramos Leocádio, gestor de atendimento, quem define que cargas devem ser pesadas, aliás, conforme o que prevê o § 5º do Art. 5º da Resolução 01/16, é o DNIT e com a balança do DNIT. Corredor de Cargas Especiais “A rodovia Presidente Dutra é estratégica para a integração logística entre os estados do Rio e de São Paulo e para a ligação das indústrias da região com os Portos de Santos e do Rio de Janeiro. Sabemos que a Dutra é o caminho obrigatório de boa parte do transporte de cargas excepcionais, razão pela qual pretendemos a partir de uma série de medidas administrativas e operacionais criar as condições para que essa importante via seja vista daqui prá frente como um corredor de cargas especiais”, conclui Virgílio Leocádio, gestor da concessionária.


29.09.2016

Empresa cria caminhão autônomo que não tem espaço para motorista Se para rodar dentro das cidades os carros autônomos precisam ter mecanismos que permitam a escolha pela condução manual, o mesmo não ocorre no ambiente rural. Tanto que a marca de caminhões Komatsu acaba de apresentar um modelo que sequer conta com espaço para motorista. A empresa batizou a novidade de Innovative Autonomous Haulage Vehicle. É um caminhão para carregamento que apresenta melhorias de desempenho justamente por dispensar a necessidade de intervenção humana. Esse tipo de veículo costuma ser empregado em minas. Uma vez carregados por uma escavadeira, eles vão até um ponto de descarte, onde o condutor tem de fazer uma manobra para liberar a carga. Como o motorista precisa olhar para fora da cabine para ver aonde está indo, existe uma limitação de espaço que o obriga a fazer manobras o tempo todo. No caminhão da Komatsu isso não acontece, já que o veículo não precisa de um campo de visão. Ele simplesmente trafega de frente e de ré. A companhia exibiu o modelo durante uma feira que terminou ontem, 28, em Las Vegas e promete colocá-lo no mercado “em breve”.


29.09.2016

Uber quer ter serviços de frete com caminhões autônomos em 2017 A empresa de caminhões autônomos Otto, que foi comprada pela Uber no mês passado por US$ 680 milhões, anunciou que pretende entrar no serviço de fretes de carga a partir do ano que vem. Segundo a Reuters, ela aumentou sua frota de 6 para 15 caminhões e já está fechando parcerias com caminhoneiros para viabilizar o negócio. Em outra frente, a Uber também já está conversando com empresas de carga pra incluir seus caminhões autônomos em sua cadeia logística. A empresa tem a intenção de concorrer com outros serviços de transporte e com os corretores que negociam contratos entre empresas e frotas de caminhões. Os caminhões da Otto, embora sejam capazes de dirigir sozinhos, exigem o acompanhamento de um caminhoneiro e de um engenheiro em todas as viagens por enquanto. A empresa, por outro lado, se beneficia dos serviços da Uber nas áreas de navegação, mapeamento das estradas e rastreamento dos veículos (e, consequentemente, de suas cargas). Mercado de risco Lior Ron, um dos co-fundadores da Otto (que já havia trabalhado no Google Maps) foi quem deu as notícias à Reuters. Segundo ele, “milhares” de caminhoneiros e empresas já entraram em contato com a empresa em busca de parcerias comerciais ou de tecnologia. Inicialmente, os planos da Otto eram de criar um sistema de navegação autônoma que pudesse ser acoplado a qualquer caminhão; com a aquisição pela Uber, contudo, a empresa elevou suas ambições. Segundo o The Next Web, a indústria de caminhões movimenta cerca de US$ 700 bilhões por ano, e a Uber pretende se apropriar de uma fatia desse mercado. Essa missão, no entanto, pode se mostrar mais difícil do que a concorrência com táxis em serviços de transportes pessoais. De acordo com Kevin Abbott, vice-presidente da empresa de logística C. H. Robinson, “a indústria de transportes é firmada em relacionamentos”, e “envolve muito mais fatores do que simplesmente encontrar uma peça de equipamento”. Jack Atkins, analista de transporte do banco Stephens Inc. também não vê “isso como uma ameaça no curto prazo por causa da complexidade do negócio”. De acordo com ele, as empresas têm uma aversão maior ao risco na hora de escolher um transporte para seus produtos do que as pessoas na hora de escolher um transporte para si mesmas. Boas chances Ron, por outro lado, ainda se mostra otimista mesmo diante desse cenário. Isso porque o mercado de transportes ainda têm muitos serviços que se beneficiariam


de uma solução de software semelhante à do Uber. “No Uber, você aperta um botão e seu carro chega em três minutos; para cargas… o padrão de ouro éque leva cinco horas de telefonemas para encontrar um caminhão para você”, diz. Por enquanto, a empresa já está realizando testes movendo cargas em sua garagem. “Em breve”, porém, a Otto já deve começar a transportar bens para outras empresas. Inicialmente, os caminhões autônomos levarão cargas de qualquer tipo, com exceção de materiais perigosos (explosivos ou tóxicos).

30.09.2016

Justiça do Rio nega pedido de suspensão de decisão favorável ao UBER RIO - Em um novo round da briga judicial entre taxistas e a Uber, a empresa obteve outra vitória. Nesta quinta-feira, a desembargadora Márcia Ferreira Alvarenga, da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, negou um pedido de efeito suspensivo de uma decisão, tomada em primeira instância, que permite o uso do aplicativo criado pela companhia. De acordo com a magistrada, “o serviço em questão vem sendo prestado há algum tempo sem graves danos sociais”. Há um ano, o prefeito Eduardo Paes sancionou uma lei que proibia o uso do aplicativo na cidade. Pouco depois, a Uber entrou com um mandado de segurança que contestava a decisão. Em outubro de 2015, a empresa conseguiu uma liminar que lhe permite atuar no Rio até o julgamento do mandado. Em abril deste ano, a juíza Ana Cecília Argueso Gomes de Almeida, da 6ª Vara de Fazenda Pública, tornou legal o serviço. Na quarta-feira, o município e o Ministério Público estadual apresentaram o recurso que foi avaliado ontem. O efeito suspensivo da decisão que autoriza os serviços da Uber foi negado, mas o caso ainda deverá ser julgado em segunda instância. Os taxistas programaram um ato hoje, a partir das 8h, em frente ao Fórum, no Centro, para pressionar a Justiça a proibir o aplicativo.


30.09.2016

Lançada identidade que permite que jovens de baixa renda viajem de graça ônibus interestaduais

ADAMO BAZANI

A Caixa Econômica Federal e a Secretaria Nacional da Juventude lançaram oficialmente a ID Jovem, identidade que permite que jovens de baixa renda (dois salários mínimos) utilizem gratuitamente ônibus e trens interestaduais (que ligam estados diferentes). O documento também garante acesso gratuito ou descontos em espetáculos culturais. A ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres regulamentou a gratuidade no dia 31 de março de 2016, mas os jovens de baixa renda, com idades entre 15 e 29 anos, beneficiados pela medida, não conseguiam estar isentos das passagens porque a ID Jovem ainda não era emitida. O benefício também garante 50% de desconto nas passagens, quando as duas vagas gratuitas nos ônibus e trens já tiverem se esgotado. Vale lembrar os jovens ainda terão de pagar a taxa de embarque e os pedágios, já que as isenções totais ou desconto de 50% são apenas para o valor da passagem. A ID Jovem pode ser solicitada pela internet ou por meio de aplicativo de celular.


29.09.2016

Fórum reúne jovens de escolas públicas para discutir solução para a segurança no trânsito Estudantes da rede pública de ensino do interior paulista com idade entre 12 e 16 anos participarão do I Fórum Arteris da Juventude pela Segurança no Trânsito. A ação foi desenvolvida pela Arteris, uma das maiores companhias de concessões rodoviárias do país e faz parte das comemorações aos 15 anos do Projeto Escola Arteris, programa com foco na humanização do trânsito por meio da cidadania, ética e convívio social. O evento acontecerá na colônia de férias República Lago, em Leme (SP), entre os dias 3 e 5 de outubro. A iniciativa envolve 50 jovens de municípios do interior paulista assistidos pelo Projeto Escola Arteris. Os alunos ficarão alojados no acampamento e participarão de jogos e atividades lúdicas e pedagógicas, com missões que foram desenvolvidas com o objetivo de estimular o pensamento em soluções que reduzam os índices de acidentes e promovam um trânsito cada vez mais cidadão e humano. No dia 04, os estudantes farão uma apresentação para autoridades do trânsito, na qual deverão mostrar soluções para problemáticas apresentada a eles. O evento será transmitido ao vivo por meio do link Fórum Arteris da Juventude e nas redes sociais da Arteris, a partir das 14h. Os colégios representados pelos alunos acompanharão a apresentação nas escolas por meio da transmissão em vídeo, como atividade complementar. "O objetivo do fórum é dar voz a juventude e conscientizá-los sobre a importância de se assumir responsabilidades perante a sua comunidade por meio de uma postura proativa e consciente. Valorizando o diálogo e cooperação, podemos contribuir para o aperfeiçoamento de políticas públicas, fazendo com que elas se tornem mais inclusivas e eficientes na promoção do respeito à vida”, afirma Alessandra Vasconcelos, gerente de Comunicação, Marketing e Responsabilidade Social Corporativa da Arteris. Os estudantes selecionados passaram por uma série de atividades pedagógicas na escola e foram escolhidos pelos colegas para representar as unidades de ensino. Em uma série de atividades extra-curriculares, os jovens promoveram discussões sobre como melhorar o trânsito em suas cidades, de forma a estimular o senso crítico e despertar a prática da cidadania. O objetivo é que após o evento os alunos assumam o papel de facilitadores de ações a serem desenvolvidas com seus colegas, sempre com o desafio de envolver a comunidade em que a escola está inserida e torná-la cada vez mais consciente sobre o tema.


30.09.2016

Eleitores que estiverem viajando podem justificar seu voto na rodoviária No próximo domingo, dia 2 de outubro, acontecem as eleições municipais 2016, e os cidadãos que aproveitaram o fim de semana para viajar devem ficar atentos. Quem estiver fora da cidade em que vota nesse dia terá que justificar sua ausência. A notícia boa é que em algumas cidades os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) disponibilizarão mesas receptoras nas próprias rodoviárias para que o eleitor não tenha que se locomover tanto para justificar seu voto. Empresa de passagens de ônibus online, o Guichê Virtual decidiu facilitar ainda mais a vida do eleitor que estiver viajando e preparou uma lista com 19 terminais rodoviários que oferecerão a justificativa de voto. O serviço será oferecido em 12 estados, das 8h às 17h. Maceió (AL) Terminal Rodoviário de Maceió, no bairro do Feitosa Endereço: R. Paulo Ananias, s/n, Bairro do Feitosa – 57041-970 Telefone: (82) 3251-1354 Salvador (BA) Terminal Rodoviário de Salvador Endereço: Av. Antônio Carlos Magalhães, 4.362 – Pituba – 41.110-970 Telefone: (71) 3616-8300 Porto Seguro (BA) Terminal Rodoviário de Porto Seguro Endereço: Estrada para Aeroporto, 50 – Cidade Alta, 45810-000 Telefone: (73) 3288-1914 Fortaleza (CE) Terminal Rodoviário de Antônio Bezerra Endereço:R. Hipólito Pamplona, 45 – Antônio Bezerra, 60352-390 Telefone: (85) 3235-0688 Terminal Rodoviário Eng. João Thomé Endereço: Av. Borges de Melo, 1630 – Fátima, 60415-762 Telefone: (85) 3256-2200 Sobral (CE) Terminal Rodoviário de Sobral Endereço: R. Dep. João Deodato, 179 – Centro, Sobral – CE, 62010-450 Telefone: (88) 3614-8383 Brasília (DF) Rodoviária Interestadual Endereço: SMAS, Trecho 4, Conjunto 5/6 – Asa Sul, 70610-635 Telefone: (61) 3234-2185 Vitória (ES) Rodoviária de Vitória


Endereço: Avenida Alexandre Buaiz, n 350 – Vila Rubim. CEP: 29.020-300 Telefone: (27) 3203-3666 Goiânia (GO) Terminal Rodoviário de Goiânia Endereço: Rua 44, n 339 – Setor Central. Porangatu (GO) Terminal Rodoviário de Porangatu Endereço: Avenida Federal, s/n – Centro. Belo Horizonte (MG) Terminal Rodoviário de Belo Horizonte (Centro), no Auditório (2º piso) Endereço: Praça Rio Branco, 100 – Centro, Belo Horizonte – MG Telefone: (31) 3271-3000 Cuiabá (MT) Rodoviária de Cuiabá Endereço: Avenida Jules Rimet, bairro Jardim Alvorada Telefone: (65) 3621-1515 Barra do Garças (MT) Estação Rodoviária de Barra do Garças Endereço: AV. JAIME CAMPOS, SN – SETOR INDUSTRIAL Várzea Grande (MT) Rodoviária de Várzea Grande Endereço: Av. Gov. Júlio Campos, n 5280 – Jardim Glória – 78155-404 Porto Alegre (RS) Estação Rodoviária de Porto Alegre Endereço: Largo Vespasiano Julio Veppo, n 70 – Centro, 90035-040 Telefone: (51) 3210-0101 Pelotas (RS) Estação Rodoviária de Pelotas Endereço: Avenida Presidente João Goulart, n 4605 – Fragata, 96040-010 Telefone:(53) 3284-6700 Joinville (SC) Rodoviária de Joinville – Estação Rodoviária Harold Nielson Endereço: Rua Paraíba, 769, Anita Garibaldi Telefone: (47) 3433-2991 Belém (PA) Terminal Rodoviário de Belém Endereço: Praça da Leitura, s/n – São Braz – 66090-500 Telefone: (91) 3266-2625. Jaboatão dos Guararapes (PE) TIP – Terminal Integrado de Passageiros Endereço: Rodovia BR 232, km 15, Curado. Telefones: (81) 3452-1103 | 3452-0055 | 3452-1103


30.09.2016

Mobilidade nas Olimpíadas teve a pior avaliação pela imprensa internacional

BRT lotou em alguns horários nas Olimpíadas. Foto de Leitor / Agência O Globo

ADAMO BAZANI

A mobilidade urbana foi o item que teve a pior avaliação por parte da Imprensa internacional nas Olimpíadas de 2016. É o que revela levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe, encomendado pelo Ministério do Turismo e que foi revelado nesta quinta-feira 29 de setembro de 2016. A pesquisa foi realizada entre 06 e 23 de agosto e ouviu 435 profissionais de imprensa internacional. Também foram levantadas as matérias dos principais órgãos de informação a respeito dos jogos e da infraestrutura. Segundo a pesquisa, no item infraestrutura, a mobilidade urbana foi o quesito que teve o maior número de avaliações negativas: 34,5% seguida de outro aspecto relacionado aos deslocamentos: sinalização de trânsito e turística, com 32,2% das impressões negativas. Para esse resultado, os profissionais de imprensa levaram em conta o transporte público e também o trânsito. Entre os problemas estiveram o horário reduzido da Linha 4 do metrô e a lotação em alguns horários no sistema de corredores de ônibus BRT. Em relação à infraestrutura, o ponto que teve melhor avaliação se refere aos aeroportos, com 94,2% de aprovação já o ponto positivo que mais recebeu


destaque foi hospitalidade e alegria do Povo com 41,4%. As impressões negativas sobre a mobilidade ultrapassaram até mesmo a falta de segurança. Acompanhe:

PREÇOS: Em relação aos preços, os transportes públicos mostram percepção diferente e foi o item com maior aprovação: transporte público (84,2%), atrativos turísticos (82,4%) e telefonia e internet (78,1%). Em nota, o Ministro do Turismo, Alberto Alves, disse que considerou os resultados gerais positivos. “Ter resultados tão positivos junto a esse público formador de opinião é muito importante. Por características intrínsecas à profissão, os jornalistas são mais críticos e exigentes. Conseguimos mostrar que o Brasil está preparado e que podemos sediar grandes eventos e bem receber os turistas”


30.09.2016

Empresa apresenta protótipo da bicicleta compartilhada de Curitiba O futuro sistema de bicicletas compartilhadas de Curitiba deu mais um passo na noite desta quinta-feira (29). O consórcio BikeFácil, que disputa a licitação, apresentou um protótipo da estação e dos veículos que podem ser instalados na cidade. Representantes da Urbs, do Ippuc e do Setran estavam presentes. A amostra é uma exigência do edital, que deve licitar o serviço de compartilhamento de bicicletas pelos próximos cinco anos, na capital paranaense. A ideia é ter 43 estações com um total de 480 bicicletas. Qualquer pessoa vai poder retirá-las, mediante o pagamento de uma tarifa. Sem experiência prévia na área, o consórcio estabeleceu uma parceria com a hispânica RideOn. O modelo apresentado em Curitiba foi similar ao adotado em Madrid, na Espanha. A estações têm wi-fi, que poderá ser utilizado pelos usuários na hora de desbloquear as bicicletas pelo aplicativo. O quadro é uma única peça de aço, um modelo diferente daquilo que é encontrado no mercado, o que inibi o roubo. Se tudo der certo, a capital paranaense deve ter um sistema de bicicleta compartilhada disponível a partir de janeiro de 2017. Com a apresentação da amostra, o próximo passo é a abertura do envelope com a proposta da empresa, para verificar a documentação. A Urbs então deve abrir prazo para recurso. A


intenção da Urbs é vencer esta etapa burocrática “o mais rápido possível”, se possível já na próxima semana, explica Pedro Romanel, da área de Equipamentos da empresa. As bicicletas apresentadas já vem com suporte para a colocação de uma bateria. São veículos “híbridos”, que podem tanto funcionar no modo 100% analógico, como de forma elétrica (a bateria não funciona como um motor, mas “dá uma força” para pedalar numa subida, por exemplo). O uso da funcionalidade, no entanto, ainda deve ser acordado com a prefeitura. Paris, por exemplo, deve ofertar a funcionalidade a partir do ano que vem. A ideia é que os próprios usuários comprem a bateria e encaixem na bike na hora de utilizá-las. Essa é a segunda etapa da licitação para o sistema de bicicleta compartilhada de Curitiba. A BikeFácil CWB foi a única interessada no pleito, aberto no último dia 2 de setembro. Agora, a Urbs irá abrir prazo para recurso. Se homologada, a empresa deve ser contratada para um contrato de concessão pelos próximos cinco anos. O edital exige um mínimo de 480 bicicletas. As estações são divididas em grandes (16 bikes e 20 vagas, no mínimo), médias (12 bicicletas e 14 vagas) e pequenas (oito bicicletas e 10 vagas). A implantação será em duas etapas. Nos primeiros 75 dias a empresa deve instalar 25 estações e 280 bicicletas. Depois, são mais 65 dias para as 18 estações e 200 bikes restantes. Tarifa Para utilizar o sistema, será preciso comprar um passe. O BikeFácil pretende cobrar R$ 5 na tarifa diária, R$ 12 na mensal e R$ 54 na modalidade semestral. Durante o período contratado, o usuário pode usar quantas bicicletas quiser, durante um período máximo de 45 minutos. Quem exceder este período deve pagar uma taxa adicional, cujo valor ainda não foi divulgado, mas deve variar entre R$ 2 e R$ 2,50 para cada 15 minutos a mais. Custos Não estão previstos custos para o município. O sistema deve arrecadar com as tarifas cobradas dos usuários e com a exploração publicitária nos veículos e nas estações. O município ainda pretende ficar com 15% do valor bruto arrecadado com as “multas” (valor cobrado de quem exceder o período de 45 minutos). A bikesharing estimativa da Urbs é de que este valor deve girar em torno de R$ 78,7 mil ao mês. Estudioso de sistemas de bikesharing, o advogado Rodrigo Vitório, da ONG Transporte Ativo, é crítico de sistemas que não preveem um subsídio público. “Tudo é repassado para a iniciativa privada, tudo na busca de patrocinador, como se fosse um serviço realmente acessório”, diz, em referência a editais de cidades como Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília Na iniciativa de Curitiba, a falta de subsídio é em parte fruto da situação econômica atual da cidade e do país, reconhece Pedro?Romanel, da Urbs. Além disso, esta é uma primeira iniciativa. Com a implantação destas primeiras 43 estações, a ideia é avaliar a receptividade da cidade em relação ao bikesharing, quais as demandas e rotas utilizadas, para pensar como o sistema deve funcionar dentro da mobilidade urbana de Curitiba como um todo.


26.09.2016

Emissões por carros e motos tiveram aumento de 192%, de acordo com Iema

Especialistas dizem que cidades brasileiras devem ter mais sistemas de ônibus elétricos em corredores

ADAMO BAZANI

O crescimento das emissões de poluentes no Brasil por causa do incentivo ao transporte individual e dos investimentos insuficientes no transporte coletivo é maior do que muitos especialistas pensavam. É o que revela estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente – IEMA, que mostra que entre 1994 e 2014, as emissões de gases de efeito estufa pelos carros de passeio e motos tiveram crescimento de 192%. De acordo com o levantamento, a emissão pelos transportes cresce em média 5,6% por ano, desde 1994. Em 2014, os transportes emitiram 220,5 milhões de toneladas de gás carbônico. Quase metade desse total de emissões foi pelo setor de transportes de cargas. Os pouco mais de 105 milhões de toneladas de gás carbônico lançadas no ar, representam mais que todas as usinas termelétricas brasileiras poluem juntas.


Os transportes de passageiros são a grande preocupação dos especialistas em meio ambiente, isso porque o uso do automóvel aumentou neste período. Já o uso de fontes energéticas menos poluentes não avança no País. O etanol, por exemplo, teve queda de participação na matriz energética dos veículos; em 2009 representava 33,2%, e, em 2014, apenas 26% de acordo com o Iema. A eletromobilidade, com a criação de programas de ampliação da frota de ônibus elétricos, ainda não é realidade, situação grave, de acordo com os especialistas. Poucas cidades possuem ônibus elétricos no País, uma realidade diferente da Europa, Ásia e América do Norte. E mesmo as cidades que possuem modelos não poluentes, ainda registram percentuais pequenos da frota cadastrada para operação – excluindo as unidades em testes. Na Capital Paulista, são 201 trólebus para uma frota de quase 15 mil ônibus. No Corredor Metropolitano ABD, na Grande São Paulo, são pouco mais de 80 trólebus e alguns ônibus híbridos. Em Campinas, 10 elétricos com bateria e, em Curitiba, em torno de 30 ônibus híbridos elétricos. Os técnicos do Iema dizem que investir no transporte coletivo, aumentando a participação dos modais como ônibus, metrô e meios não motorizados no conjunto de deslocamentos da população é essencial para o meio ambiente, mas também para evitar a exclusão social. Acompanhe nota: Nas últimas décadas, as políticas de transporte adotadas por um número significativo de cidades abriram mão do transporte público e propiciaram facilidades para o deslocamento das pessoas com veículos particulares. Os resultados dessa prática que beneficia apenas uma parcela da sociedade são velhos conhecidos: transporte coletivo de baixa qualidade e insuficientes, apropriações indevidas do espaço público, exclusão social, degradação da qualidade do ar, emissão de gases de efeito estufa e poluição sonora, só para citar alguns. Para enfrentar essa situação, o IEMA entende que é necessário superar a análise fragmentada dos problemas de transporte, trânsito e circulação, adotando a abordagem da mobilidade urbana. O conceito de mobilidade deve ser entendido como uma combinação de políticas de transporte, circulação e planejamento direcionadas a promover o acesso amplo e democrático ao espaço urbano. Esse processo, porém, só é possível com a priorização de modos coletivos e modos não motorizados, que são socialmente inclusivos e ambientalmente sustentáveis.


26.09.2016

Boom do carro elétrico faz disparar preço do lítio, a nova gasolina “A nova gasolina.” Assim o banco de investimentos mais importante do mundo, oGoldman Sachs, definiu o lítio, a matéria-prima das baterias que alimentam os carros elétricos. O boom do mercado desses veículos fez disparar a demanda por esse metal, que, segundo a instituição norte-americana, em 2025 será 11 vezes maior que agora, até alcançar as 300.000 toneladas. Com isso, saltaram também os preços, que em alguns mercados subiram mais de 200% em poucos meses. O lítio é o elemento base das baterias de smartphones e tablets e é utilizado também em outros setores, como a produção de lubrificantes e a de vidro e cerâmica. De acordo com os dados da consultoria IHS Chemical, 33% de seu consumo está vinculado com a produção de baterias. Mas, enquanto o consumo médio anual no setor de transporte crescerá 25% até 2025, o aumento relacionado com os dispositivos eletrônicos se limitará a 3%, “Em 2025, os carros elétricos e os híbridos plug-in [com tomada, os que estão equipados com uma bateria e um motor à combustão interna] constituirão 40% dos novos emplacamentos. Ou seja, a cada ano cerca de 40 milhões dos carros que entrarão no mercado precisarão de uma bateria”, explica Giacomo Mori, vicepresidente da consultoria norte-americana AlixPartners. No final de julho, o fabricante de carros elétricos Tesla inaugurou em Nevada (EUA) a planta Gigafactory, com o objetivo de produzir baterias de lítio para 500.000 carros ao ano dentro de cinco anos.


O analista explica que, além dos avanços tecnológicos, o escândalo de adulteração de motores diesel que envolveu a gigante alemã Volkswagen contribuiu para fortalecer o mercado de carros elétricos: “Embora as emissões dos motores diesel mais avançados sejam em termos absolutos inferiores às de propulsores mais antigos, a diferença entre os padrões que exigem normas antipoluição cada vez mais restritivas e o efetivo desempenho dos motores foi aumentando”. O resultado, realça Mori, é que os grandes fabricantes estão repensando o futuro do diesel. Produzir motores que respeitem as regras implica elevar exponencialmente os investimentos, enquanto que os avanços tecnológicos reduzirão paulatinamente os custos de produção dos veículos elétricos. E isso se traduzirá também na diminuição do preço de venda: hoje em dia um carro elétrico é 45% mais caro que um a diesel, mas em 2025 essa diferença cairá para até 5%, segundo os dados da AlixPartners. Dentro desse contexto de crescimento, além disso, o lítio parece não ter concorrentes. “Há pesquisas em universidades e algumas start-ups estão tentando desenvolver baterias com base em outros materiais, mas nenhuma delas tem envergadura para entrar no mercado no curto prazo”, afirma Stefan Schlag Leon Beraud, diretor da IHS Chemical. A razão para isso é que “o lítio é o mais leve dos metais que conhecemos, com a melhor relação energia/peso, o que o torna perfeito para alimentar baterias”, explica Christof Koumoudos, analista do UBS. O aumento da demanda e a falta de alternativas se traduziram, assim, em aumento dos preços. O valor atual do espodumênio —mineral do qual se extrai o lítio— é de 480 dólares (1,5 mil reais) a tonelada, 100 a mais do que em 2014, segundo dados da consultoria londrina Benchmark Mineral Intelligence. O preço atual do carbonato de lítio —a variante química mais utilizada— no mercado chinês, que é um dos mais dinâmicos do mundo graças principalmente aos subsídios oficiais, disparou cerca de 215% entre o último trimestre de 2015 e o primeiro de 2016, até chegar a 19.000 dólares (62,7 mil reais) a tonelada, segundo os analistas do Citigroup, que preveem para 2016 um aumento de 30% no restante do mundo. O forte incremento dos preços alimenta também as dúvidas em relação a um mercado que muitos analistas consideram pouco transparente. O lítio não tem uma cotação oficial, as trocas a preços correntes são muito limitadas e quatro empresas (a chilena SQM, as norte-americanas FMC e Albermale e a australiana Talison) controlam 85% da produção. “No momento em que o lítio está prestes a integral a cadeia de fornecimento mundial de energia, a falta de transparência de seu mercado representa um problema sério”, escreve Andy Home, colunista da Reuters. Christof Koumoudos, da UBS, não vê motivos para essa preocupação: “Uma alta concentração do mercado é compreensível, já que se trata de um metal totalmente novo, mas é provável que a oferta se fragmente à medida que o mercado vá crescendo nos próximos anos”. Oportunidade para a América do Sul O crescimento da demanda pelo lítio tem levado os países detentores de mais reservas a se moverem para não deixar que a sua parte do bolo lhes escape. A Bolívia, com 22,7%, é o país que possui o mais alto percentual do total de reserva conhecidas no mundo, cerca de 40 milhões de toneladas, segundo dados do US


Geological Survey. Considerando o Chile (18,9%) e a Argentina (16,4%), os três países concentram na região das salinas, perto das suas fronteiras comuns – região conhecida como o Triângulo do lítio—, a maioria das reservas mundiais. Em 2008, o Governo boliviano criou um plano para que o país se torne o maior exportador mundial desse metal: “A Bolívia irá definir o preço do lítio para o mundo todo”, afirmou o presidente Evo Morales. A Argentina, por sua vez, é um dos países mais ativos em sua produção, e o Chile consegue extrair uma matériaprima com presença de magnésio três vezes menos do que a boliviana, sendo, portanto, muito mais fácil para refinar. O risco, porém, é de que a demanda se estabilize e que, “se todos os novos projetos forem levados a cabo, poderemos chegar a uma oferta excessiva de lítio”, afirma Stefan Schlag Leon Beraud, diretor da IHS Chemical.

29.09.2016

Apple Maps agora informa rotas de ônibus, trens e metrô em São Paulo ADAMO BAZANI A Apple anunciou que atualizou a base de dados de sua ferramenta de mapas e agora oferece informações sobre rotas de transporte coletivo na cidade de São Paulo, incluindo ônibus, municipais, trens da CPTM e também o Metrô. O aplicativo pode ser usado em iPhone, iPad ou sistema Mac. Além das informações sobre linhas e seus trajetos, a ferramenta informa como chegar a pé nos pontos ou estações, inclusive calculando tempo e extensão do deslocamento. Para ter acesso aos dados, não é necessário estar na cidade de São Paulo. Isso porque a ferramenta pode usar o GPS do celular, com base na localização atual, ou então definir outros pontos de partida e chegada. São Paulo foi a segunda cidade do país a receber essa atualização no Apple Maps, que concorre com Google Maps. No Rio de Janeiro, o mapa com os dados dos transportes públicos foi atualizado pouco antes do início das Olimpíadas.


AGENDA 2016 OUTUBRO IX Conferência Internacional de Engenharia Costeira e Portuária em Países em Desenvolvimento (PIANC-COPEDEC) 16 a 21 de outubro- Rio de Janeiro. DEZEMBRO Simpósio Segurança, Operação e Manutenção de Túneis 06 e 07 de dezembro - São Paulo


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