Apresentação: Materiais Alternativos

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Carmen Elis de Oliveira Ribeiro


Estágio I: Prof. Dr. Celso Vitelli Prof. Me. Jose Carlos Broch

Estágio II, III e IV : Prof. Ma. Ana Lúcia Beck


E. E. E. M. Dr. Ruy Coelho Gonçalves. Localiza-se na Av. Valdir Rodrigues Soares, 785, no bairro COHAB, Guaíba/RS.

Turma 104 com 34 alunos.

Período 01 de setembro a 27 de outubro de 2011.


Pesquisei a importância de se reciclar materiais descartados pela sociedade (lixo). Através dos autores Gombrich, Strickland e Little pesquisei os artistas que romperam com a Arte Acadêmica e abriram espaço para materiais alternativos na Arte. Jean Arp (1886-1966), Marcel Duchamp (1887- 1968) e Kurt Schwitters (18871948). Pesquisei tendo em foco materiais alternativos, Artistas Contemporâneos Brasileiros.


Lixo sobre lona (Fotografia). (fonte: www.revista fotografica.com.br).

Autobiografia: Reflex Vik Muniz de A a Z. Desenhista, escultor e fot贸grafo. Trabalha com muitos materiais diferentes. Foquei uso do lixo em seu trabalho.


Roseli Ventrella e Silvia Bortolozzo autoras usadas na pesquisa. Ativista pela preservação da natureza. Escreve, pinta, esculpe, desenha e fotografa. Foquei o uso de materiais naturais em seu trabalho (raízes, cipós, caules, sementes, etc.).

Flor do mangue, madeira. (Fonte: www.navevazia.com).


Marta Dantas foi a autora que ajudou-me a conhecer a trajetória deste artista autodidata. Usava em seus trabalhos objetos descartados, recolhidos do lixo, sucatas e objetos do seu cotidiano: canecas, lençóis e jalecos velhos, pedaços de pau, cordões, objetos plásticos, etc.

Veleiros, madeira ,tecido,e bordados. (Fonte: www.artesvisuais naescolaclasse4).


Arte a partir de restos da sociedade como cacarecos e lixo, dando uma nova significação a estes materiais. Leitura de obras feitas com materiais alternativos (lixo), de artistas contemporâneos brasileiros: Vik Muniz, Frans Krajcberg. Possibilitando aos alunos conhecer, ler, estabelecer relações dos materiais, com idéias e conceitos que arte com estes materiais agrega.


O projeto justifica-se por buscar desenvolver nos alunos o senso crítico e poético ampliando suas referências de Arte através de artistas contemporâneos que se utilizam em seus trabalhos de materiais alternativos. Possibilitando novos conceitos de Arte através da sensibilização, da leitura de imagens e da significação de materiais alternativos na construção do conhecimento da Arte.


Conhecer artistas contemporâneos que trabalham com materiais alternativos, observando e analisando de forma crítica os elementos dentro das obras e ampliando os conceitos de arte, resignificando materiais, buscando a sensibilização e a significação na construção do conhecimento teórico e prático da Arte.


Os conteúdos trabalhados foram Arte Contemporânea, atravÊs dos artistas Vik Muniz e Frans Krajcberg. Trabalhando formas tridimensionais, bidimensionais, Toy Art, leitura de imagem, desenho, frottage, pintura, colagem e Arte Postal.


Despertar e sensibilizar para os valores sociais e estéticos da Arte. Desenvolver a observação, a análise e a capacidade crítica. Despertar o sentimento de preservação da natureza, reaproveitando materiais, mesclando materiais reciclados com materiais tradicionais. Socializar através da troca de trabalhos de Arte com outras escolas, ampliando as fronteiras do fazer e entender a Arte. Significar a criação artística relacionando-a ao universo de interesse do aluno. Ver a Arte como veículo de comunicação, e propagação de idéias.


Cena do filme Lixo Extraordinรกrio. (Fonte: www.cinema.uol.com).


Toy Art ( brinquedo de adultos), a partir de materiais alternativos aliados a materiais tradicionais. Poucos alunos trouxeram os materiais solicitados. Meta de cumprir o planejado.

Trabalho da aluna Giovana (Fonte: RIBEIRO,2011)


Trabalho do aluno Shalon. (Fonte: RIBEIRO, 2011).


Trabalho do aluno Jonatan. (Fonte:RIBEIRO, 2011).


Leitura de imagens. Os alunos fizeram relaçþes das imagens que viam com imagens que conheciam . Comecei a escutar. Estranhamento das formas. Questionamentos do valor deste tipo de trabalho.

Pigmento natural sobre caules de palmeiras. (fonte: www.itaucultural.org.br).


Trabalho em grupo utilizando materiais coletados da natureza como: galhos, folhas, sementes, raízes, etc. Trabalhar idéias sobre natureza, preservação, ... Apresentar. Sintonizada. Escutando.

Trabalho dos alunos: Matheus, Guilherme, Junior, Patrick, Bruno. (Fonte: RIBEIRO, 2011).


Trabalho dos alunos: Tauane, Taise, AngĂŠlica, Katery. (Fonte: RIBEIRO, 2011).


Arte Postal. Mais da metade da turma tinha ido embora. Ver. Replanejar. Adaptar. Ação e reação.

Trabalho da aluna Taise. (Fonte: RIBEIRO, 2011).


Trabalho da aluna Jully. (Fonte: RIBEIRO, 2011).



Painel organizado com os trabalhos individuais da turma 104. (Fonte: RIBEIRO, 2011).

Texto dos alunos: Podemos dividir nosso painel em três partes: Na linha de cima ficam os trabalhos com colagem de folhas e tinta. Na linha do meio tem as impressões de folhas no papel. Na última linha é tudo que a gente viu misturado com a nossa imaginação. Os trabalhos chamam atenção pelas cores vivas e todos os trabalhos se relacionam com a natureza. Os trabalhos foram feitos com sentimento (TURMA 104, 2011).


Recebimento dos trabalhos do Projeto Arte Postal. Organização do material recebido. Elaboração de um texto sobre a organização do painel.


Texto dos alunos: Decidimos colocar os desenhos como se fosse uma turma na sala de aula, todos misturados, mas agrupados segundo afinidades. Afinidades de traรงos, formas no desenho do rosto, formas do desenho do cabelo, linhas mais fortes e linhas mais fracas. Achamos que ficou legal, no painel agrupamos as diferenรงas e semelhanรงas dos desenhos (TURMA 104, 2011).

Painel organizado pela turma 104 com trabalhos individuais recebidos. Fonte (RIBEIRO, 2011).


Nem tão soltos que se percam, nem tão presos que não possam voar, essa é a medida. As reflexões me levaram ao entendimento de que existe uma medida para ser professora e ministrar as aulas. Se deixarmos os alunos muito soltos corremos o risco que eles se percam do foco de interesse das aulas. Mas, também, não podemos prendê-los demais não dando espaço para que façam suas próprias descobertas e experimentos de aprendizagem. O professor precisa perceber os momentos e ser um mediador para que o aluno chegue ao conhecimento e ao mesmo tempo deve estar aberto para aprender com o aluno dentro deste processo.


Meu grande aprendizado durante os estágios foi conseguir ver, ouvir, perceber e descobrir como é importante estar atenta aos alunos, sintonizada com o que acontece na sala da aula e ter flexibilidade para mudar e aprender com os erros. Aceitar que erro, mas também acerto e que desta conjunção, nasce o aprendizado foi o meu caminho para entender todo este processo de ensino/aprendizagem por que passei para me metamorfosear saindo do casulo de aluna para ganhar asas de professora.


“Somos arquitetos da nossa própria estrada e seremos conhecidos pela influência que projetamos naqueles que nos cercam” (XAVIER, 2009, p.91).


DANTAS Marta. Arthur Bispo do Rosário: a poética do delírio. São Paulo: Editora UNESP, 2009. FERRAZ, Maria Heloísa C. de T.; FUSARI, Maria F. de Resende. Metodologia do ensino da arte: fundamentos e proposições. São Paulo: Cortez, 2009. GOMBRICH, Ernst. Hans. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 2008. GOODING, Mel. Arte abstrata. São Paulo: Cosac&Naif, 2002. HIDALGO, Luciana. Arthur Bispo do Rosário O Senhor do Labirinto. Rio de Janeiro: Ed. Rocco, 2005. KLAJNER, Henrique. Auto-estimulação e adolescentes. São Paulo: Editora Marco Zero, 2004.


LITTLE,Stephen. ...ismos para entender a arte. São Paulo: Editora Globo, 2010. MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles. Didática do ensino da arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998. MUNIZ, Vik. Reflex:Vik Muniz de A a Z. São Paulo: Cosac&Naif, 2007. STORI, Norberto (organizador). O despertar da sensibilidade na educação: através de diferentes olhares. São Paulo: Cultura Acadêmica Editora, 2003. STRICKLAND,Carol. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. VENTRELLA, Roseli; BORTOLOZZO, Silvia. Frans Krajcberg. São Paulo: Moderna, 2007.


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