Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 6 | nº 948 | Novembro | 2012 Manoel Vitorino - Bahia
Cooproaf gera renda agregando valor ao umbu A Cooproaf (Cooperativa de Produção e Comercialização da Agricultura Familiar do Sudoeste da Bahia), é uma iniciativa de um grupo de moradores do município de Manoel Vitorino, na região sudoeste da Bahia, que hoje fabrica de forma artesanal 48 produtos a partir do beneficiamento do umbu, um fruto muito abundante na região. O primeiro passo para o surgimento da cooperativa se deu em 2005, quando o IRPAA (Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada) realizou uma capacitação de beneficiamento de fruta do sequeiro com foco no umbu, que visava dar vazão ao enorme potencial não aproveitado da região de Manoel Vitorino, visto que toda a fruta colhida era comprada por atravessadores.
A Cooproaf fabrica e comercializa seus produtos no mesmo local
Na ocasião, participaram do curso um grupo de 45 pessoas, e algumas delas resolveram levar adiante o que aprenderam, fazendo doces e outros derivados do umbu para vender. No início, o trabalho era feito de forma improvisada na cantina do Educandário Monteiro Lobato, uma escola municipal da cidade. Além de beneficiar a fruta e preparar os doces, elas também iam catar o umbu na roça, já que não havia dinheiro para comprá-lo na mão de outras pessoas. Algum tempo depois o IRPAA deu continuidade a capacitação, realizando um curso mais longo com as pessoas que não desistiram da primeira vez. Elenita Souza, uma das diretoras da cooperativa, fala das dificuldades na época do curso: ‘’Vieram os cursos, mas parte do pessoal não quis fazer por medo de perderem o bolsa família, já que eles pediram o número do benefício. Ficamos desapontadas, mas não podíamos deixar por isso mesmo então corremos atrás de gente para completar uma turma, até que ficamos só as 13 mulheres que começaram a Cooproaf, assim continuamos’’. A falta de estrutura dificultou bastante o trabalho. Marilda dos Santos, hoje presidente da Mostruário dos produtos, entre doces, geléias e compotas cooperativa, conta que foi preciso usar os documentos da associação dos feirantes, da qual elas faziam parte, para poder tocar o trabalho com os
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