Mulheres produzem geléia e polpa de fruta em Baixa Grande

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 4 | nº 62 | janeiro | 2010 Serrinha-Bahia

Mulheres produzem geléia e polpa de fruta em Baixa Grande Em março de 2006, motivadas pelas comemorações do Dia Internacional da Mulher, um grupo de mulheres do município de Baixa Grande se reuniu no Sindicato dos Trabalhadores Rurais para discutir seus interesses. Foi a partir daí que surgiu o Grupo Nascente, formado por mulheres da sede e das comunidades rurais. Valmirete da Silva Oliveira, 34 anos, moradora do povoado de Maçaranduba, é uma das vinte mulheres que trabalham na produção de polpas de fruta e geléia. Ela conta que tudo começou a partir da necessidade reaproveitar as frutas nativas da região e melhorar a renda das famílias. Valmirete recorda que com a ajuda de Andréa e Mulheres unidas geram renda e aumentam a auto-estima Margarete, que trabalhavam no sindicato, elas participaram de oficinas de beneficiamento de frutas, de gênero e associativismo. Outra ajuda importante veio da Diocese de Ruy Barbosa e da Irmã Lourdes, que escreveu um projeto aprovado pelas Irmãs Salvatorianas, o que possibilitou a compra de um freezer, fogão, da máquina seladeira e de panelas. A sede funciona em um prédio alugado da prefeitura, a luta agora é pela conquista da sede própria. Frutas nativas, umbu, cajá, caju, acerola, maracujá, manga e outras da região são usadas na produção das polpas de frutas. Nos meses em que há uma grande quantidade de frutas como janeiro, fevereiro e novembro, Valmirete conta que elas trabalham a semana toda, sempre aproveitando a época de cada fruta. A gente se dividiu em dois grupos, um fica na roça e outro na produção. Quem coleta a fruta não vem trabalhar aqui, a gente recebe a doação das frutas das famílias. Depois de coletada a fruta é lavada com água e cloro, depois é processada no liquidificador, coada, embalada e selada na máquina.

As polpas possuem tamanho variado

Comercialização

O grupo ainda não tem a máquina de pesagem para padronizar o tamanho da polpa, por isso vende um quilo por três reais, saquinhos que variam de trinta centavos à dois reais. Tanto a polpa como a geléia são distribuídas para a alimentação escolar através da Companhia Nacional de Abastecimento. O lucro ainda está sendo pouco, mais o que fica é dividido entre elas em partes iguais e o restante é usado nas despesas com açúcar, embalagens, produtos de limpeza.

Bahia


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