Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Bahia
O material que precisa ser comprados são sementes e os saquinhos para produção das mudas. “A gente curte e volta fazendo as mudinhas. Compra o material em quantidade para durar” explica João Carneiro da Silva, ou João da Jardinagem como é conhecido. “Temos uma base de 30 a 40 espécies de plantas ornamentais da área de jardinagem, que é vendida na própria roça, na feira e para obras de decoração normalmente solicitadas de pessoas de Salvador”. A família já forneceu seus produtos para a alimentação escolar, e tem expectativas para este ano continuar. “Antes a gente plantava mandioca,vendia feijão , passava para o PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar], para alimentação escolar, esse ano a prefeitura já solicitou, e a gente fornece hortaliça, coentro, alface, cebola, pimentão, pimenta, couve. Estamos esperando a chuva, pois no momento a falta de água tá prejudicando”, fala Geovaneo, jovem, filho de Dona Lucivania. O cuidado com as hortaliças e com as plantas ornamentais é feito de forma natural, sem produtos químicos, ele explica. “A gente usa o adubo de curral, de galinha ou resíduo, quando a gente acha esterco de quixaba usa também, só que esse é mais difícil”. “Aqui a gente trabalha sem agredir o meio ambiente, não queima, não usa produto químico, fertilizante, o que usamos é natural, como o nim, urina da vaca quando a gente começou a trabalhar quem nos incentivou foi o MOC, com os cursos de gerenciamento da propriedade, convivência com semiárido. Eu participei de projetos como ATER Jovem, PEJER, coletivo, associações, sindicatos e cursos dos P1+2”, conta Geovaneo sobre como adquiriu experiência e aprendizados. Ele ensina como fazer o resíduo. “O resíduo é fácil, a gente tira a folha do sisal e faz a fibra, faz a cobertura viva, colocamos no canteiro”. Dessa forma, o jovem auxilia a família colocando em prática tudo o que aprendeu.
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