Assessoria Técnico-Social e Participação Comunitária: Uma Parceria que dá Certo

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 6 | nº 917 | Outubro | 2012 Cônego Marinho - Minas Gerais

Assessoria Técnico-Social e Participação Comunitária: Uma Parceria que dá Certo

A Associação Comunitária de Cabeceira do Cônego Marinho nasceu no ano de 1994, antes mesmo da emancipação do município de Cônego Marinho, que antes pertencia ao município de Januária. No entanto, esta associação não nasceu de uma demanda da comunidade, mas por interesses políticos. No inicio, foram levantados os documentos para a fundação, mas por não ter atividades na comunidade, ela ficou muito tempo inativa. Depois de alguns anos sem organização, a comunidade foi chamada a se reunir para acessar Dona joana molha sua plantação com a água da cisterna créditos do Programa Nacional de Fortalecimento acompanhada pelo técnico do P1+2 da Agricultura Familiar (PRONAF) acompanhado pela EMATER e pelo sindicato patronal na elaboração dos projetos. A proposta apresentada era de acesso a R$ 16.000,00 que foi dividido entre 10 famílias, para plantação de mandioca, uma vez que a comunidade já tinha a prática de fabricação da farinha. Porém, Seu Vicente Pereira Lima, conta que os moradores tiveram dificuldades na administração do recurso. O agente do banco financiador do PRONAF vinha de Salinas, que fica a 500 Km da comunidade, o que dificultava aos agricultores tirarem suas dúvidas. Um dos moradores desistiu de aderir ao crédito, o que gerou um custo a mais para aqueles que continuaram com o projeto. Eles receberam somente R$14.400,00, mas tiveram que arcar com toda a dívida de R$16.000,00, no momento da quitação do empréstimo. O grupo buscou solucionar essa dificuldade, no entanto, o responsável pelo acompanhamento do projeto não conseguiu resolver a pendência junto ao financiador. Os agricultores que assinaram como avalistas do projeto se juntaram então, e quitaram a dívida para que não ficassem inadimplentes (devedores) ao sistema financeiro, impedindo a todos de acessarem novos créditos. Outra experiência vivenciada pela comunidade foi o projeto de criação de pintainhas, disponibilizado pela EMATER. Juntamente com outros representantes de associação, seu Valdo, presidente da associação, recebeu 750 pintainhas para a comunidade, sendo distribuídas para 50 famílias, sendo 15 pintainhas para cada uma. Mas os moradores contam que nem todo mundo conseguiu criar as pintainhas, muitas morreram no caminho, pois elas vinham de granjas de Belo Horizonte. Outras famílias não tinham condições de comprar a ração para alimentá-las, vendendo para outras famílias e algumas poucas conseguiram produzir ovos na comunidade. Em 2005 o município começou a trabalhar a compra e repasse de alimentos para o banco de alimentos, financiado pela CONAB e experimentou de ambas as realidades. A comunidade chegou a ter alguns produtores cadastrados, mas o programa não se efetivou por falta de assessoria efetiva. Somente em 2009 que a comunidade passou a fazer parte do projeto. Desde então, três famílias passaram a ser Muitas famílias da comunidade melhoraram sua produção assessoradas e entregar hortaliça, mandioca, beiju,

Minas Gerais


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