Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 5 | nº 122 | julho | 2011 Santa Filomena - Pernambuco
Uma doce experiência em apicultura A apicultora Expedita da Silva Ferraz, de 40 anos, e seus dois filhos; Vitória, de 7 anos e João Victor, de 4 anos, moram na Serra do Inácio, no município de Santa Filomena. A propriedade de 30 hectares foi adquirida em 1992, mas Expedita só se mudou com os pais dela há 16 anos. Contudo, antes da mudança, a família já tinha começado a trabalhar na nova propriedade rural. Quando era jovem, a apicultora morava em outra comunidade, na época que Santa Filomena ainda era distrito de Ouricuri. Expedita conta que naquele tempo tinha uma vida bem mais difícil. Quando ela chegou na propriedade em que mora, só havia uma cisterna quadrada pequena, e ainda assim estava quebrada. Além do acesso à água, outra dificuldade que a família tinha era a ausência A agricultora Expedita com os seus filhos; Vitória e João Victor. de energia na comunidade, problema que só foi resolvido em 1995. “Em relação à água, por e x e m p l o , t e m pessoas por aqui que deixam de comprar pão para construir uma cisterna, a situação nos obriga a isso”, revela Expedita. Ela conta que depois que o inverno passava, todas as fontes de água da comunidade secavam, então foi preciso fazer um barreiro de cimento pequeno para armazenar a água da chuva. Durante muito tempo, a família de Expedita teve que se deslocar quase 10 quilômetros, para buscar água no açude do Amaro. As latas eram trazidas nas carroças dos animais. Quando era possível, eles compravam água de carro pipa. Alguns anos depois, as condições de vida foram melhorando e a apicultora conseguiu recursos para construir uma cisterna de placas com capacidade para armazenar 15 mil litros de água para beber e cozinhar. Com isso, a água do barreiro pequeno ficou sendo utilizada só para as atividades domésticas e produtivas. Aos poucos, Expedita foi percebendo a necessidade de água, e atualmente, ela conta com 6 reservatórios na propriedade construídos com recurso familiar. A família colhendo mandioca na propriedade. O último deles foi levantado há 1 ano. Logo quando começou a
trabalhar com roça, Expedita plantava feijão, milho, mandioca e mamona em pouca quantidade. O sustento da família era garantido na Feira do Povoado de Socorro, onde ela vendia farinha, goma e feijão. Ela plantava para o consumo e com a renda da comercialização
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