Para cultivar é preciso respeitar

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 4 | nº 72 | Julho| 2010 Pedro II- Piauí

Para cultivar é preciso respeitar A História de Seu Antônio Zifirino defensor e incentivador da agricultura orgânica. Se metade dos agricultores do mundo tivesse a consciência ecológica de Seu Antônio Alves Pereira, de 66 anos, o planeta agradeceria. Esse agricultor, conhecido como Antônio Zifirino, morador da comunidade Cabral em Pedro II, mesmo não tendo freqüentado muito a sala de aula é um mestre quando o assunto é preservar o meio ambiente. Casado com Dona Francisca Francinete de Sousa Pereira, de 55 anos e pai de 11 filhos, ele aprendeu a produzir em suas terras sem prejudicar o meu ambiente e tenta passar para os filhos e netos essa consciência ecológica. Em seu quintal Seu Antônio Zifirino planta de tudo, desde frutíferas às plantas que servem de ração para os animais. Lá podemos encontrar a macaxeira, manga, goiaba, graviola, limão, ingazeira, caju, babaçu, laranja, ata, milho, feijão, Seu Antônio Zifirino, exemplo de amor e respeito além da faveira, da palmeira, do capim e do sorgo à natureza. que servem para fazer ração para as galinhas e para os caprinos, lá ainda tem algumas plantas medicinais como a chanana, que ele explica ser um ótimo remédio para a próstata. Seu Antônio afirma que só não planta mais no seu quintal devido a dificuldade em obter água. Para beber a família utiliza a água da cisterna de 16 mil litros do programa Um milhão de Cisternas Rurais (P1MC) desenvolvido pela Articulação no Semiárido Brasileiro – Asa Brasil. Na comunidade também tem um poço tubular e um olho d”água, mas que fica distante. Algumas plantas como a laranjeira, ele disse que nem precisa aguar, a noite bate a umidade e a cobertura morta que ele coloca nos troncos das plantas ajuda a reter essa umidade. Seu Antônio explica que as próprias folhas das plantas servem de cobertura, mas ele também faz um barramento com galhos e madeira que retém a água e com o tempo serve de adubo, ele explica ainda que esse barramento é uma arma contra os cupins, “alem de servir para reter a água e de adubo, os cupins que antes iam para minha casa comer a madeira de lá, agora não precisam mais, tem alimento para eles ali”, explica. Seu Antônio nem sempre teve essa consciência ecológica, ele conta que assim como Seu pai queimava a terra, brocava, usava Preparo da cobertura morta para segurar a água por agrotóxico, mas foi através do Projeto Social da mais tempo no solo.

Piauí


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