Agricultores urbanos acessam o PNAE e garantem renda e merenda saudável em escolas de três município

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Ano 8 • nº1878 dezembro/2014 Remanso Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Agricultores urbanos acessam o PNAE e garantem renda e merenda saudável em escolas de três municípios

Acesso ao PNAE mudou a vida de agricultores da Vila Santana

A história da Horta Comunitária da Vila Santana, zona urbana de Remanso, começou em 2005 quando moradores locais decidiram se juntar para produzir alimentos e complementar a renda de suas famílias. Seu Antônio Parente de Sá Barreto, um dos agricultores, lembra que o início foi de muita dificuldade por não terem apoio das organizações locais, com exceção da Ação Social, que ajudou o grupo a fundar a horta. Em 2013, o apoio do SASOP contribuiu para que começassem a acessar o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e vender as verduras e hortaliças produzidas por eles. O agricultor conta que antes do PNAE tinham que sair nas ruas, de casa em casa, tentando vender os produtos e perdiam muitos deles por não ter como escoar. Ao todo são 23 agricultores urbanos cultivando na área de 6.400 metros quadrados, cada um com seus canteiros. Desses, nove já acessam o PNAE: Antônio, Joana, Carmen, Jocelandi, Júlio, Marinália, Raimundo, Nanci e Manoel. Fornecem coentro, alface,


Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Articulação Semiárido Brasileiro – Bahia

cebolinha, pimentão, couve e algumas frutas para escolas e feiras nos municípios de Remanso, Pilão Arcado e Campo Alegre de Lourdes. Plantam ainda feijão, melancia, mandioca. Da horta tiram também a alimentação de suas famílias. O grupo afirma que acessar o PNAE mudou a vida das nove famílias que acessam o programa porque a renda que vem pela Prefeitura é certa. A horta, segundo Seu Antônio, é uma dedicação de todos os dias. Quando alguém precisa viajar, deixa sempre outra pessoa cuidando dos canteiros. Seu Antônio conta ainda que só utilizam adubo orgânico. Com a assessoria técnica do SASOP, aprenderam a fazer adubo natural e sempre que têm problemas com insetos ou na plantação pedem ajuda aos técnicos. O grupo conseguiu ainda ferramentas de trabalho, tela sombrio e estão terminando uma estufa. Seu Antônio diz que depois dos cursos de capacitação, a visão sobre a terra mudou e mesmo que não tenham muitos recursos, vão ter sempre os matos para que possam fazer compostagem e cobertura morta para o solo. Para 2015, planejam uma campanha nos meios de comunicação locais para sensibilizar a população a consumir mais produtos naturais.

Canteiros garantem diversidade de alimentos para as famílias e para merenda escolar.

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