Plantio de maracujá gera grandes expectativas de sustentabilidade

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Ano 8 • nº1557 Julho/2014 Dormentes

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Plantio de maracujá gera grandes expectativas de sustentabilidade Viver no Semiárido já foi difícil. Com o surgimento das ações de convivência com o Semiárido Brasileiro, a partir das politicas públicas, implantadas e adaptadas nas comunidades rurais beneficiando os agricultores e agricultoras, essa realidade tem mudado significativamente. Cada política que chega até às famílias traz a esperança de um novo ciclo de vida. A partir daí surgem os quintais p r o d u t i v o s , g e r a n d o sustentabilidade e qualidade de vida. No Assentamento Poço do Icô, Sitio Serrotinho, Município de Santa Maria da Boa Vista, reside à família do Senhor Arnaldo Dias de Souza. A família de Seu Arnaldo recebeu por meio do Prorural, a implantação de um poço artesiano com adaptação de um cata vento para retirar a água. Seu Arnaldo afirmou na sua fala que o poço apresentava muitos problemas no bombeamento via cata vento e chegou a ficar sete anos quebrado, com isso a família resolveu adaptar por conta própria uma bomba elétrica para o bombeamento da água, o que resolveu definitivamente o problema do poço.


Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Articulação Semiárido Brasileiro – Pernambuco

O sonho da família não era somente resolver definitivamente os problemas do poço, pois por trás disso tinha outra realidade além da água. Produzir era o desejo dessa família. Hoje são setecentos pés de maracujá implantados na propriedade. O plantio é regado por meio de gotejamento com a água do poço. “Eu acho importante e queremos ficar conseguindo plantar maracujá, estamos iniciando agora com setecentos pés, por isso não sabemos ainda que renda pode ser alcançada, mas pelo que estamos observando é possível sobreviver sim dessa cultura. Se essa quantidade não for suficiente, com mil pés é possível garantir o sustento da família. Agora precisamos ficar atentos em relação à água, o poço é nosso único meio de abastecimento, então não podemos exagerar de mais por que a água pode fazer falta. Mas nessa média de mil pés e para os demais trabalhos do dia a dia confiamos muito na capacidade desse poço”, enfatiza seu Arnaldo. “A água do poço não chega a ter 100% de qualidade, devido a um percentual muito pouco de sal, mas o único meio que tentamos utilizar ela e não pega legal é no café, agora até para o consumo agente bebe dela, e o mais é tranquilo. O maior problema nosso e que as comunidades de Santa Maria hoje, dentro do município só recebem apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e muitas vezes o Sindicato não consegue dar conta de tudo, as demandas são muito grandes e às vezes agente precisa de um acompanhamento técnico para algumas orientações e temos dificuldade de conseguir, mas estamos satisfeitos com o trabalho do Sindicato”, comenta seu Arnaldo.

A família de seu Arnaldo foi beneficiada com uma cisterna de 16 mil litros do programa um milhão de cisternas (P1MC), por meio da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA). A cisterna foi construída pelo Núcleo de Educadores Populares do Sertão de Pernambuco (NEPS) e tem como objetivo estocar água para consumo humano. Agora a família aguarda ansiosa a chegada da cisterna enxurrada com capacidade para armazenar 52 mil litros que tem como objetivo a produção de alimentos. “Com a chegada dessa cisterna pretendo investir em outras culturas a exemplo de verduras. Ela vai melhorar muito as nossas vidas, por que podemos ter água armazenada, até mesmo tirando do poço”, finaliza seu Arnaldo.

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