Ano 9 nº 1978 Abril/2015 Terezinha
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Uma história de resistência e conquistas Oportunidades que transformam o Semiárido e tornam as famílias protagonistas da própria história
Água para beber e para produzir. Hoje, essa é a realidade de muitas famílias agricultoras que têm no terreiro de casa as cisternas de primeira e segunda água. Se agora é possível armazenar o líquido e ter mais facilidade em fazer a gestão, no passado não era bem assim, mas o que a chegada de uma cisterna pode proporcionar na vida de uma família é o que vamos conhecer na história da agricultora Maria Edileuza Oliveira Ferreira, de 47 anos. Ela é casada com José Ferreira Reis, de 48 anos, e tem três filhos: José Wellington, de 22 anos; Maria Eliude, de 20 anos; e João Ebson Ferreira Reis, de 9 anos. Moradora do Sítio Tamboril, no município de Terezinha, Dona Maria Edileuza e família trabalhou desde cedo na agricultura e conhece de perto as dificuldades da falta de água. “Antes, era necessário sair de madrugada, andar quase 3 quilômetros com o carro de boi, mas hoje é diferente, podemos ir a qualquer hora nas cisternas e buscar o água para cozinhar, beber e agoar as plantações. Muitas coisas mudaram. Eu só tenho a agradecer e dizer que esse projeto contribuiu muito para melhorar a vida da minha família”, afirma. Em 2013, quando recebeu a cisternaenxurrada, dona Edileuza percebeu que poderia diversificar a produção e aumentar o orçamento familiar. “Despertei para plantar mais verduras e o resultado obtido me animou. Percebi que além de servir para o consumo da família, o excedente poderia ser comercializado e, com isso, aumentar a nossa renda. Foi assim que começamos a participar do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que embora seja algo por um período específico de tempo, nos permite um aumento no nosso lucro ”, conta.
Dona Maria Edileuza e a cisterna-enxurrada, ao fundo