O QUE É DISCIPULADO? Mateus 28: 18-20
INTRODUÇÃO Dr. Keith Philips, no seu livro “A Formação de um Discípulo” (p.16), define discipulado da seguinte forma: “O discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aluno, baseado no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo, que o aluno é capaz de treinar outros para ensinarem a outros”.
Vamos analisar esta definição por partes:
1- “...é um relacionamento” – o discipulado,
segundo o modelo apresentado no Novo Testamento, requer relacionamento. Qualquer definição de discipulado que deixe de fora a palavra “relacionamento” será incompleta e/ou equivocada. Para fazer discípulos Jesus teve que se relacionar com pessoas, num nível de relacionamento que foi além da superficialidade;
Vamos analisar esta definição por partes:
2- “...de mestre e aluno” – o que temos aqui é um
discípulo mais maduro, acompanhando outro discípulo, tornando-se para este um agente facilitador do seu crescimento. Esse relacionamento mestre/aluno tem que extrapolar o ambiente de uma sala de aula. Podemos até afirmar que tal ambiente seria algo secundário, pois o ensino, não está restrito a uma apostila ou algumas lições de escola dominical. São lições para a vida, ensinadas no dia a dia, fruto do relacionamento que o discipulador mantém com seu discípulo. Ex. Numa caminhada; num café informal; através de uma atividade de lazer; estando simplesmente juntos, etc ;
Vamos analisar esta definição por partes:
3- “...baseado no modelo de Cristo e seus
discípulos” - O discipulado tem um norte. Ele tem uma referência segura para seguirmos, baseada na própria experiência do Senhor Jesus. Vamos observar alguns detalhes importantes apresentados no modelo de discipulado de Jesus:
•Seleção: Jesus, sem pressa, sob a direção do Espírito Santo, selecionou doze homens para estarem com ele (Mc 3:19). •Associação: Jesus estabeleceu a prática de estar com eles. Essa era a essência de Seu programa de treinamento – deixava que os Seus discípulos O seguissem (Lc 6 : 14-15). •Consagração: Ele exigia obediência e renúncia dos seus seguidores (Lc 16...). •Transmissão: Ele deu de si mesmo. A sua vida, o seu Espírito, os seus ensinamentos, que tinham propósitos definidos... (Jo 17:8).
•Demonstração: Antes de mandar fazer qualquer coisa, Jesus lhes dava demonstração de como fazer – o testemunho eficaz (Jo 13:15). • Delegação: Jesus distribuiu trabalhos entre os discípulos (Mc 6:7; Mt 10:5; 4:19). Deu do seu poder e autoridade para seus discípulos fazerem discípulos dentre o povo judeu, e, mais tarde, dentre todos os povos (Mt 28:19). • Supervisão: Quando os discípulos voltavam das caminhadas evangelísticas, davam relatório a Jesus de tudo quanto haviam feito e ensinado, assim Jesus podia: ajudá-los, fortalecê-los, aperfeiçoá-los, e, prepará-los para novas tarefas. • Reprodução: Jesus tinha como meta que seus discípulos reproduzissem outros discípulos, e assim expandissem sua obra. Ide, portanto, fazei discípulos...
Vamos analisar esta definição por partes:
4- “...no qual o mestre reproduz tão bem no aluno
a plenitude da vida que tem em Cristo, que o aluno é capaz de treinar outros para ensinarem a outros” – Para que a essência do discipulado possa vir a acontecer é necessário que haja uma transferência de modelo de vida. Assim sendo, o testemunho de vida do discipulador vai contar e muito para o sucesso no processo de discipulado. Paulo afirmava: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo...” (I Co 11:1). E mais, “O que aprendestes, e recebestes, e ouvistes de mim, e em mim vistes, isso fazei. E o Deus de paz será convosco ” (Fl 4:9).
O que mais devemos saber sobre discipulado?
I - Fazer DiscĂpulos ĂŠ o Imperativo de Jesus
I - Fazer Discípulos é o
Imperativo de Jesus
• Mateus 28:19-20, conhecido como “A Grande Comissão”, é uma ordem do Senhor Jesus a todos os discípulos, em todas as épocas e em todos os lugares. Esta comissão começou na época de Jesus, e vai “até a consumação do século”, atingindo a nossa geração. • É importante notarmos que dos quatro verbos desse texto, três estão no gerúndio, ou seja, são verbos auxiliares no grego, e apenas um é imperativo ou de comando direto. • Os verbos no gerúndio são poreuthentes ( indo), batizontes (batizando) e didaskontes (ensinando). O imperativo é matheteusate (fazei discípulos).
I - Fazer Discípulos é o
Imperativo de Jesus
• Dr. Peter Wagner nos diz que: “Essa construção gramatical nos leva a conclusão razoável de que o objetivo principal da grande comissão é fazer discípulos; ao passo que indo, batizando e ensinando são meios essenciais rumo ao fim, mas não constituem fins em si só”.
II - Por que Jesus nos Mandou Fazer DiscĂpulos?
• Esta estratégia faz parte do serviço dos santos (Ef 4:11-16); • Mas, não existe uma estratégia sem um alvo. Qual é o alvo de Deus? É o cumprimento do seu propósito eterno: crescimento e multiplicação. Deus quer uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus, para a sua glória (Gn 1:27,28;) “Ter uma família com muitos filhos semelhantes a Jesus, para a glória de Deus Pai”.
• E como Deus é prático, ele nos dá em sua Palavra pelo menos cinco razões práticas quanto ao discipulado: • 1- O discipulado é a maneira prática de nos colocar sujeitos à autoridade direta de Deus e da autoridade delegada, a igreja (sujeição). Na Grande Comissão ordenada por Jesus, ele nos revela uma maneira prática de estarmos debaixo da sua autoridade para sermos discípulos e fazermos discípulos. Assim, o Senhor deu da sua autoridade a igreja, aos seus discípulos, para fazer discípulos.
• 2- O discipulado é a maneira prática de nos vincular ao corpo de Cristo em suas juntas e ligamentos (vinculação). Ef 4:16. • 3- O discipulado é a maneira prática de formar discípulos também por meio de intercessão. Paulo diz aos Gálatas o que deve ser dito àqueles que discipulamos: “meus filhos, por quem de novo sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl 4:19).
• 4- O discipulado é a maneira prática de nos equipar para nos multiplicarmos em novos discípulos, promovendo o crescimento do reino de Deus (multiplicação). Observe as palavras do apóstolo Paulo: “E o que de mim, através de muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (II Tm 2:2). • 5- O discipulado é a maneira prática de nos edificar para crescermos em Cristo (edificação). (I Pe 2:1-5).
III - O Princípio do Discipulado Já Existia
III - O Princípio do Discipulado Já Existia • O princípio de discipulado empregado por Jesus com seus doze discípulos já existia. As palavras “discípulo” e “fazer discípulos” têm sua idéia original, como a raiz do grego indica, na prática da antiguidade dos povos do oriente, de um aprendiz seguir o mestre e seu ensino.
III - O Princípio do Discipulado Já Existia • Na Palavra de Deus encontramos várias referências deste relacionamento: • 1- Os discípulos de Moisés (Jo 9:28); • 2- Os discípulos dos profetas (II Re 4:1,38); • 3- Discípulos dos levitas-músicos (I Cr 25:8); • 4- Discípulos de João Batista (Mt 9:14); • 5- Os discípulos de Paulo (At 9:25).
III - O Princípio do Discipulado Já Existia • O discipulado é uma ferramenta eficiente e eficaz para o crescimento saudável da igreja. A experiência relatada no Novo Testamento atesta a esse respeito. Encontramos frequentemente, nas saudações finais de Paulo, palavras como: “à igreja que se encontra na casa de...).
CONCLUSテグ
Um sonho, um discĂpulo, uma igreja, uma cidade...