ano XII | nº 60 | dezembro 2011 | www.construirnordeste.com.br
arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços (só para assinantes)
Casa Cor Pernambuco 2011
ENTREVISTA
Passado redesenhado pela modernidade
Fernando Bezerra Coelho O ministro da Integração Nacional e as ações para o Nordeste
A Fiat projeta fábrica em harmonia com o meio ambiente
UM NOVO NORDESTE EM CONSTRUÇÃO
R$ 12,90 | € 5,60
RCN Editores Associados
R$ 344 bilhões em investimentos
MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA & CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
N
o dia 1º de fevereiro, durante a primeira reunião do ano do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, será dada a largada para uma série de ações e atividades que colocarão permanentemente em pauta o Movimento Vida Sustentável. A iniciativa, fruto de uma parceria entre Sinduscon/PE, revista Construir NE e Governo do Estado, através da Secretaria de Recursos Hídricos, nasce com a proposta ousada de induzir a sociedade a rever seus conceitos, adequando-os aos princípios da sustentabilidade, seja ambiental, social ou econômica. O público-alvo do movimento vai desde empresários e profissionais envolvidos na construção civil como engenheiros, técnicos e arquitetos, até cidadãos comuns, moradores de condomínios e estudantes das redes pública e privada. Para o vice-presidente do Sinduscon/PE, José Antônio Lucas Simón, a sustentabilidade só fará de fato parte do dia a dia das famílias a partir do momento em que estas perceberem ganhos mais próximos de sua realidade. “Quando a dona de casa fizer a conta e perceber que o valor economizado com energia elétrica é maior ou igual à parcela do novo eletrodoméstico, com selo de eficiência Procel, vai trazer para dentro de casa a importância da sustentabilidade”, considera ele. Mas o que faz da construção civil um agente tão importante dessa mudança de conceitos? A resposta é simples: a dimensão do setor (e da sua cadeia produtiva), que o torna um grande difusor de informações. A construção civil representou, em 2009, um percentual nada modesto de 8,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 2010, acumulou sozinha um crescimento de 11,6% no PIB setorial calculado pelo IBGE. “Além disso, a construção do ambiente urbano é a razão de ser do setor. E o modelo que buscamos é o do desenvolvimento humano, da inovação tecnológica e do uso e reuso equilibrado de recursos disponíveis, bem como da reciclagem”, explica Simón.
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TRÊS GRANDES EIXOS O Movimento Vida Sustentável terá como ponto máximo a realização de um evento no período de 2 a 6 de outubro. A princípio, o local escolhido para sediar o evento foi o Memorial Arcoverde, área próxima ao Espaço Ciência e ao Centro de Convenções de Pernambuco, onde estará ocorrendo paralelamente a VIII Feira de Materiais, Equipamentos e Serviços da Construção (Ficons). O evento abordará três grandes eixos/sistemas:
envoltória (fachada) - compreende desde a concepção de projetos até os indicadores de eficiência; conforto térmico - serão discutidos a refrigeração, o aquecimento e a exaustão;
eficiência - será mensurada a eficiência dos equipamentos na ope-
ração, tais como eficiência energética, iluminação, equipamentos de racionalização, aquecimento de água, tratamento e reuso do esgoto. A gestão dos resíduos da construção (ou daqueles produzidos a partir do uso de aparelhos), a importância do paisagismo e a gestão do verde também estarão contempladas pelo Movimento Vida Sustentável. Todos esses temas serão abordados através de minicursos e palestras. Mas será com a construção de uma edificação sustentável, do ponto de vista dos materiais e das metodologias construtivas - e até do seu funcionamento pós-obra, que o visitante poderá conferir a eficiência das soluções sustentáveis debatidas durante o evento.
MVS 2012: DE FEVEREIRO A DEZEMBRO PROGRAMAÇÃO SITE MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL
OBJETIVO Divulgar projetos e produtos eficientes e iniciativas sustentáveis; debater e incentivar, cada vez mais, pessoas e empresas, no sentido de buscarem modelos sustentáveis de agir e estimular as práticas sustentáveis na geração de energia, reuso da água, drenagens e gestão dos resíduos; apresentar as tecnologias disponíveis e os modelos de gestão nas áreas de energia, água, resíduos e drenagens; promover a formação nos temas propostos pelo Movimento Vida Sustentável; atuar, de forma organizada, na discussão e no entendimento de fatos ligados ao desenvolvimento sustentável da construção; colocar o tema da sustentabilidade de maneira contínua na ordem do dia, entre estudantes, professores, empresários, profissionais e sociedade de uma forma geral.
• Informações sobre os eventos programados • Inscrições e dados estatísticos, blog e informações gerais sobre o conteúdo do MVS
ENCONTROS RELACIONAIS • Para promover uma reflexão através de eventos relacionais, encontros e debates, fóruns temáticos e cursos
FEIRA ANUAL VIDA SUSTENTÁVEL (2 a 6 de outubro) • Evento próprio para exposição da Espaço Energia, com a apresentação de conceitos de uso adequado da água, esgoto e energia • Casa com a utilização de materiais adequados ao tema • Cursos durante o período da Feira Vida Sustentável • Espaços para cursos simultâneos para 30 participantes cada
FÓRUM PERNAMBUCANO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL • Fóruns de debates mensais para 50 participantes • Fórum Anual Vida Sustentável para 300 participantes, que acontecerá paralelamente à Feira Vida Sustentável
PRÊMIO VIDA SUSTENTÁVEL • Estudante criativo • Personalidade sustentável Realização
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SUMÁRIO CAPA | 62
ENTREVISTA | 20
ESPECIAL NORDESTE Infraestrutura está mudando a face da região
Fernando Bezerra Coelho: obras hídricas para beneficiar produtores rurais do Nordeste
VIDA SUSTENTÁVEL | 45 A fábrica da Fiat será parceira do desenvolvimento em Pernambuco
TECNOLOGIA | 58 Novas argamassas prometem aplicação rápida
ARQUITETURA & INTERIORES | 37 Na Casa Cor Pernambuco 2011, passado e presente aliados à tecnologia
68Transnordestina já muda o interior
69Refinaria e siderúrgica no futuro cearense 71 A Bahia constrói a ferrovia da integração
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SEÇÕES 14 SHARE 19 RESPONSABILIDADE SOCIAL 32 PAINEL CONSTRUIR 34 TRENA 35 VITRINE 87 INSUMOS 93 ONDE ENCONTRAR COLUNAS 16 PALAVRA Maria Faro 18 PALAVRA Renato Giusti 42 D&A Ricardo J. Pessoa 48 EU DIGO Soraya El-Deir 49 VISTO DE PORTUGAL Renato Leal 78 CONSTRUIR ECONOMIA Mônica Mercês 82 INDICADORES IVV André Freitas
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CARO LEITOR
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Nordeste cresce a passos largos e vem construindo, literalmente, uma nova realidade para a próxima década. Na reportagem especial de Cristina França e Hugo Renan do Nascimento, um panorama das obras que poderão mudar a região até 2020. São investimentos públicos e privados em infraestrutura, portos, aeroportos, estradas, mobilidade urbana e equipamentos esportivos, que são impulsionados pela Copa do Mundo em 2014. A reportagem mostra que todos os Estados nordestinos estão em obras e que não faltam projetos para que a região não saia dos trilhos do desenvolvimento. Na entrevista desta edição, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, fala sobre as grandes obras da sua pasta, onde se destaca a transposição do São Francisco, que concretiza o sonho sertanejo de levar água para o semiárido de Pernambuco e Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. A obra, junto com a Transnordestina, une Estados e interliga economias e populações. No caderno Vida Sustentável, adiantamos o modelo de fábrica que a Fiat irá instalar em Pernambuco, seguindo os padrões internacionais de sustentabilidade e economia que serão erguidos onde hoje há apenas um terreno. Um caminho para se construir uma ligação entre a indústria e a conservação da natureza.A entrevista especial do Vida Sustentável é com o novo presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco de Almeida, que anuncia planos de investir em energias alternativas como a eólica e a solar, acreditando no potencial do clima do Nordeste, para que ele possa gerar mais energia, com racionalidade e sem agredir o meio ambiente. Nesta edição também falamos da louvável interação entre o antigo e o novo, encontrada na Casa Cor Pernambuco 2011. Instalada num conjunto de casas tombadas na histórica cidade de Olinda, a mostra impressiona pelo talento dos arquitetos pernambucanos de valorizar o passado, com um toque de tecnologia em equipamentos, móveis e produtos. Em Economia, vale descobrir os planos da Alphaville de construir um novo bairro, próximo ao Recife e ao Complexo Industrial Portuário de Suape, onde os moradores vão encontrar opções de viver e trabalhar. E, no Ceará, surge uma proposta de segunda residência, que permite a compra e o uso compartilhado, lançada pela Viva, a maior construtora cearense. Não custa lembrar que, prestes a encerrarmos 2011, temos muito pela frente em 2012. Temos um ano novo para construir com excelentes perspectivas. Boa leitura.
Elaine Lyra
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EXPEDIENTE RCN Editores Associados Diretora Geral Elaine Lyra
Conselho Editorial Adriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Celeste Leão, Clélio Morais, Eduardo Moraes, Elaine Lyra, Haroldo Azevedo, José G. Larocerie, Mário Disnard, Renato Leal, Ricardo Leal, Risale Neves, Serapião Bispo e Carlos Valle. Conselho Técnico Professores Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar Augusto Cerqueira, Béda Barkokébas, Eliana Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Joaquim Correia, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette, Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas. PUBLISHER | Elaine Lyra elainelyra@construirnordeste.com.br EDITORA EXECUTIVA | Etiene Ramos etieneramos@construirnordeste.com.br REPORTAGEM RECIFE | Cristina França | cristina@construirnordeste.com.br CEARÁ | Hugo Renan Nascimento BAHIA | José Pacheco Maia Filho COLUNISTAS André Freitas | Clélio Morais | Mônica Mercês| Renato Leal | Ricardo Castro REVISÃO DE TEXTO | Betânia Jerônimo FOTOGRAFIA | Alexandre Albuquerque | Divulgação DIAGRAMAÇÃO E ILUSTRAÇÃO | Samuca PUBLICIDADE Tatiana Feijó | tatiana@construirnordeste.com.br Pollyanny Chateaubriand | pollyanny@construirnordeste.com.br construir@construirnordeste.com.br CONSTRUIR WEB | www.construirnordeste.com.br Twitter: @Construir_NE Facebook: Construir Nordeste REPRESENTANTES PARA PUBLICIDADE CEARÁ NS&A – Aldamir Amaral +55 85 3264.0576 | +55 85 3264.0576 | nsace@nsaonline.com.br Santa Catarina | NS&A SC Ana Luisa +55 48 9981.9588 | analuisa@nsaonline.com.br RIO DE JANEIRO | AG MAIS Aílton Guilherme +55 21 2233.8505 | +55 21 8293.6198 | ailton.agmais@yahoo.com.br SÃO PAULO | NS&A Demetrius Sfakianakis +55 11 3255-2522 | demetrius@mobrasil.com.br RIO GRANDE DO SUL | Everton Luis +55 51 9986-0900 | paranhama@terra.com.br PORTUGAL - B4- Business Consulting & Investiments - Renato Leal 351 210329111 | renato.leal@b4.com.pt ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO | Ebénezer Rodrigues rodrigues@construirnordeste.com.br SECRETÁRIA EXECUTIVA | Pollyanny Chateaubriand pollyanny@construirnordeste.com.br ASSINATURAS E DISTRIBUIÇÃO | Tatiana Feijó tatiana@construirnordeste.com.br ENDEREÇO E TELEFONES Av. Domingos Ferreira, 890 sala 704 – Boa Viagem – Recife - PE +55 81 3038 1045 / 3038 1046
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AGENDA
CARTAS Quando se sabe que uma estaca pré-moldada de concreto quebrou durante a cravação ? Neste caso, o que deve ser feito? Há dois controles para detecção da quebra de estaca: através do diagrama de cravação, que consiste na contagem do número de golpes para cravação de uma penetração da estaca no terreno (em geral 0,5m a 1m). Se a estaca estiver na camada resistente e o número de golpes cair bruscamente, pode ser um indicativo de quebra. Se, além disso, houver uma inclinação da estaca, certamente ela deve estar quebrada; através de um ensaio não destrutivo chamado Pile Integrity Test (PIT), que consiste na colocação de um acelerômetro na cabeça da estaca, seguida da aplicação de um golpe com um martelo de mão. A interpretação da propagação da onda ao longo da estaca pode identificar anomalias, tais como o seu fissuramento ou mesmo a descontinuidade do fuste. Quando comprovada a quebra da estaca, deve ser feito um reforço do estaqueamento do bloco. *Prof. Dr. Alexandre Duarte Gusmão (PEC/Poli/UPE) Há algum trabalho sendo desenvolvido entre a Poli/UPE e a obra da Petroquímica Suape? Sim, através do grupo de pesquisa em tecnologia e gestão da construção de edifícios, o Politech, cujo projeto está inserido em uma pesquisa conduzida em conjunto com o Centro de Estudos da Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Cefen/UERJ) e a Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Consiste no desenvolvimento, na coleta e na análise de indicadores de produtividade dos serviços de construção e da montagem eletromecânica das instalações da Petroquímica Suape, permitindo a melhoria do processo produtivo, bem como a criação de um banco de dados com valores de referência para o setor e a Petrobras. O indicador de produtividade adotado é a Razão Unitária de Produção (RUP), tendo sido monitorados os seguintes processos de execução: montagem de estrutura metálica e tubulações (“pipe-rack”), fabricação de tubulações (“pipe-shop”), jateamento e pintura (“paint-shop”), lançamento de cabos, teste hidrostático e montagem de equipamentos. O êxito do trabalho realizado permitiu ao Cefen/UERJ expandir a aplicação dos trabalhos para a Refinaria Abreu e Lima, em Suape. *Prof. Dr. Alberto Casado Lordsleem Júnior (PEC/Poli/UPE)
Pós-Graduação em Planejamento e Gestão de Construções Sustentáveis Data: inscrições até 31 de janeiro de 2012 Local: Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (São Paulo/SP) http://www.fei.edu.br Missão técnica para Portugal – Benchmarking de empreendimentos imobiliários e turísticos em resorts e comunidades planejadas Data: 11 a 18 de fevereiro de 2012 Local: Lisboa www.adit.com.br Concrete Show Índia Data: 23 a 25 de fevereiro de 2012 Local: Bandra Kurla Complex (Mumbai) www.concreteindia.net Expo Revestir Data: 6 a 9 de março de 2012 Local: Transamérica Expo Center (São Paulo/SP) www.exporevestir.com.br ADIT Juris – Seminário de Soluções Jurídicas para o Setor Imobiliário e Turístico Data: 22 e 23 de março de 2012 Local: Hotel Radisson (Vitória/ES) www.adit.com.br | adit@adit.com.br Feicon Batimat 2012 20º Salão Internacional da Construção Data: 27 a 31de março de 2012 Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi (São Paulo) www.feicon.com.br
CARTAS Avenida Domingos Ferreira, 890, sala 704, Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 011-050
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ATENDIMENTO AO LEITOR faleconosco@contruirnordeste.com.br Tel: + 55 81 3038-1045 e 81-3038-1046 Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h
REDAÇÃO/SUGESTÕES DE PAUTAS redacao@construirnordeste.com.br Avenida Domingos Ferreira, 890, sala 704, Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 011-050
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ASAPH SABOIA
A ERA DO RELACIONAMENTO
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om o advento das redes sociais e da grande procura pela profissionalização neste segmento, entramos em uma nova fase. A força da Internet e das mídias digitais vem levando a uma mudança radical de valores e ações das empresas e das pessoas físicas. Ter um planejamento em mídias digitais não é moda, é necessidade. Uma necessidade para os que desejam estreitar relações com o seu público-alvo. A evolução e as alterações diárias em nossa conjuntura refletem-se no mundo empresarial e obrigam as organizações a estar inseridas nesse contexto das novas tecnologias. Na sociedade antenada com a Internet, o mundo das redes sociais é peça-chave para fortalecer círculos de amizade, conhecer pessoas de diferentes culturas, trocar experiências e compartilhar ideias. Estudo divulgado recentemente pela empresa de pesquisa GfK revela que 43% dos brasileiros costumam usar Orkut, Facebook, Twitter e YouTube 27% para pesquisar uma marca e 17% para recomendá-la. Fica claro que, independentemente das políticas das empresas em relação ao meio digital, suas marcas já estão na rede, sendo avaliadas, criticadas ou elogiadas pelo consumidor com conta no Facebook ou no Twitter.
Os números apenas comprovam a tese da importância de um trabalho programático na Internet, principalmente com as redes sociais. A quebra de barreiras físicas que a grande rede promoveu tornou muito mais fácil e rápido o acesso à informação. Na rede, clientes conectados ganharam mais poder de barganha e agora tomam decisões que incidem na reputação dos fornecedores, influenciando e sendo influenciados por outras pessoas que trafegam no meio on-line. A força da Internet trouxe o cliente para a sala de reuniões da empresa, sendo uma voz importante nos momentos de decisões. Os frutos de um relacionamento obtido na Internet elevam o cliente ao posto de um conselheiro em potencial. Os comentários no Twitter, as exclamações no Facebook, tudo pode ser a base para mudanças e ações de uma empresa. O grande diferencial de quem está na Internet para quem sabe utilizá-la é a sapiência de utilizar as plataformas sociais não somente como publicidade, mas como ferramenta de aproximação do seu público-alvo.
ACOMPANHE A CONSTRUIR NE PELO BRASIL
AZULEJOS PERSONALIZADO VIA FACEBOOK
A Construir NE estará na Expo Revestir, de 6 a 12 de março, em São Paulo. Referência no calendário internacional de eventos e uma das maiores expressões da arquitetura, a Expo Revestir estreia um ano de agenda cheia para a revista. A cobertura da feira e o movimento no estande da Construir NE poderão ser acompanhados pelo site www.construirnordeste. com.br e pelas redes sociais. A agenda de atividades, eventos e feiras com a participação da Construir NE também está na Internet.
A agência DM9DDB desenvolveu para a loja de construção Telhanorte o “parede social”. Trata-se de um aplicativo que permite ao usuário do Facebook personalizar azulejos com fotos postadas na rede. Basta você adicionar o aplicativo em seu perfil no Facebook e seguir os passos do programinha. O preço varia de acordo com a escolha do azulejo. Esta é uma ótima oportunidade para você ter todos os seus amigos na parede da sua casa. Todo mundo vai curtir. Saiba mais no site http:// www.paredesocial. com.br.
CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS A Construir NE vem escrevendo um novo formato em sua comunicação da Web, intensificando o trabalho nas redes sociais. Os perfis no Twitter, Facebook e Linkedin estreitam nossa relação com os leitores - que hoje também são formadores de conteúdo. Se você tiver algum comentário para fazer, solicitação ou crítica, siga-nos na rede. Queremos ouvir você.
Acesse: www.construirnordeste.com.br Escreva: faleconosco@construirnordeste.com.br Siga-nos (Twitter): @Contruir_NE Compartilhe nossa fan page no Facebook
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Palavra
A TERRA, MATERIAL SUSTENTÁVEL MARIA FARO
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oradia é um direito fundamental garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 (ONU) e pelo Artigo 6° da Constituição Brasileira de 1988. Entretanto, tornar direitos em realidade é desafiador e complexo. O déficit habitacional nacional de aproximadamente seis milhões de unidades reflete a dificuldade que o governo tem de garantir, aos cidadãos brasileiros, esse direito humano básico. Nas áreas rurais, onde vivem 14% da população brasileira, a situação é mais crítica: dos 27 milhões de habitantes rurais, 11 milhões vivem em extrema pobreza, sendo que apenas 27,4% das famílias têm acesso à água tratada e 23% à rede de esgoto. A falta de recursos para financiamentos habitacionais e a ausência de programas de habitação de interesse social voltados para a realidade rural resultam em uma demanda habitacional muito superior à oferta, bem como em moradias com baixa qualidade construtiva. Em geral, os programas habitacionais têm características bastante rígidas e definem as faixas econômicas a serem beneficiadas e as especificações de materiais e técnicas construtivas a serem adotadas, desconsiderando fatores como clima local e necessidades dos futuros moradores. Seriam necessárias modificações nas especificações técnicas pré-estabelecidas pelos programas habitacionais para a construção, com os mesmos recursos, de casas com mais qualidade do que as concebidas atualmente. Para suprir a demanda habitacional, o uso de materiais construtivos industrializados é inviável, não apenas do ponto de vista econômico, mas insustentável do ponto de vista ambiental. A terra, como material construtivo alternativo, além de garantir moradias acessíveis e com alta qualidade habitacional, é excelente do ponto de vista da sustentabilidade.
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Do ponto de vista ambiental, a terra é um material renovável e abundante, podendo ser empregada em diferentes técnicas construtivas, conforme o tipo de solo. Obtida diretamente do terreno onde será realizada a construção, evita o uso de transportes. A energia utilizada durante a construção é baixa, pois todo o processo pode ser executado manualmente. Com execução e manutenção adequadas, a casa de terra pode durar mais de 60 anos. E então ser simplesmente devolvida ao solo. A alta capacidade térmica da terra se traduz em equilíbrio da umidade e da temperatura interna e em ambiente confortável, dispensando o uso de ventilação mecânica ou refrigeração. Economicamente o custo do uso da terra na construção de casas populares é menor em comparação aos materiais industrializados, sendo acessível à maioria das famílias que recebem até três salários mínimos por mês, que representam 90% do déficit habitacional. A simplicidade das técnicas construtivas também permite que as famílias participem do processo construtivo, reduzindo ainda mais os custos. A construção em mutirão tem
se mostrado uma solução mais eficaz para suprir o déficit habitacional, porém é necessária a assessoria de técnicos experientes, ao longo do processo construtivo, para garantir a boa qualidade das moradias. Dos pontos de vista social e político, o acesso à moradia promove dignidade, diminuindo a exclusão social e permitindo o desenvolvimento de outros direitos humanos básicos. O aumento da qualidade de vida permite que os cidadãos exerçam seus papéis na sociedade de forma democrática, expressando suas vontades e opiniões. Culturalmente a terra faz parte da história da arquitetura vernacular no Brasil, o que demonstra sua adequação, aplicabilidade e eficiência nos diferentes contextos e climas brasileiros. Entretanto, ao longo dos anos, a terra foi perdendo seu lugar como solução construtiva, sendo substituída massivamente pelos materiais industrializados. Infelizmente, culturalmente a terra tem sido rejeitada na maior parte dos países em desenvolvimento, mas é cada vez mais utilizada em países desenvolvidos, o que prova que tal rejeição está vinculada a preconceitos, e não a fatos. Do ponto de vista técnico, a terra pode ser analisada e testada como qualquer outro material. Para que o seu emprego seja difundido e adotado nacionalmente, é essencial que isto ocorra. Países como Alemanha, Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Peru e Espanha já desenvolveram normas técnicas e adotaram a terra como material construtivo padronizado. Portanto, além da mudança de mentalidade, é necessário investir em tecnologia para que a terra volte a ser utilizada e valorizada como material construtivo confiável, que promove até hoje o abrigo de mais de um terço da população mundial. Maria Faro é arquiteta e urbanista, com mestrado em Design Sustentável.
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Palavra
À FRENTE DO SEU TEMPO RENATO GIUSTI
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Brasil vem passando por grandes transformações nas últimas duas décadas. Com a estabilidade econômica e política, o país recuperou a credibilidade internacional, conquistou o título de grau de investimento pelas agências de avaliação, botou de pé um plano de crescimento a longo prazo e, cada vez mais, tem recebido investimentos estrangeiros. Além disso, vai sediar grandes eventos que não só aumentam a exposição do Brasil, mas abrem novas oportunidades de investimento, principalmente em infraestrutura. Com o novo status conquistado, o país transformou-se em um canteiro de obras: estradas, aeroportos, complexos esportivos, centros comerciais, hospitais, escolas, ruas, praças, centros de lazer e a sonhada casa própria para milhares de famílias brasileiras. Nesse contexto, a indústria brasileira de cimento tem um importante papel a desempenhar, no sentido de oferecer suporte necessário para a melhoria da habitação e da infraestrutura e, consequentemente, para o crescimento sustentável do país. Em um país tradicionalmente construído em concreto, a indústria fez expressivos investimentos, preparando-se para atender às novas demandas. Mas o aumento da capacidade de produção não é a única prioridade do setor. A indústria brasileira de cimento é reconhecida internacionalmente por seu excelente desempenho energético e ambiental e pela reduzida emissão de gases de efeito estufa. Essa posição é fruto de um grande esforço das empresas que realizam, há anos, ações para reduzir emissões, contribuindo para o combate das mudanças climáticas, levando a nossa indústria a ser reconhecida mundialmente como a mais ecoeficiente. Somente em 2010, a indústria brasileira de cimento, com o apoio técnico da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), destruiu em seus fornos cerca de um milhão
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de toneladas de resíduos por meio da tecnologia de coprocessamento. Deste total, mais de 50% dos resíduos tinham poder calorífico e foram aproveitados como combustível, além de preservarem as reservas de combustíveis fósseis. Outra atividade do setor é investir em novos processos construtivos à base de cimento, sistemas industrializados capazes de aumentar a eficiência, a rapidez nas construções, a redução de custos e, sobretudo, a sustentabilidade das edificações. Um exemplo foi o sistema industrializado adotado em São Luiz do Paraitinga, cidade histórica a 178 quilômetros de São Paulo, atingida por uma forte enchente em 2010. Lá foi adotado o sis-
Em 2010, a indústria do cimento destruiu 1 milhão de toneladas de resíduos tema “parede de concreto monolítica” (fôrmas de PVC de encaixe simples com função de acabamento, que são preenchidas com concreto e aço estrutural). Esta solução permitiu a entrega das casas em menos de seis meses. A transferência da tecnologia dos pavimentos de concreto para importantes obras rodoviárias e urbanas por todo o país é outra atividade importante e permanente. Em todas elas, a participação da Associação Brasileira de Cimento Portland, que completou 75 anos em 2011, tem sido fundamental. Desde a sua criação, a associação trabalhou para melhorar a qualidade do cimento, do concreto, dos processos produtivos e construtivos, bem como para transferir
constantemente tecnologias, ampliando o conhecimento por meio de cursos, palestras, eventos, feiras etc. Isto é, capacitar faz parte do DNA da ABCP. Sempre em parceria com a indústria e as instituições, a ABCP mantém um laboratório de ensaios completo e moderno, que presta serviços ao setor cimenteiro, à indústria coligada de materiais de construção e aos consumidores. Além disso, elabora pesquisas e projetos e mantém uma equipe de profissionais – arquitetos, engenheiros, geólogos e químicos, entre outros – à disposição do mercado para consultoria e suporte às grandes obras da engenharia brasileira. Por isso, somos reconhecidos nacional e internacionalmente pela excelência de nossos serviços, o que nos leva a ganhar prêmios, tornando-nos benchmarking de outros setores. Não menos importante tem sido, ao longo de décadas, a contribuição da ABCP para a prática da qualidade, no que se refere ao emprego do cimento e do concreto e dos seus sistemas segundo as normas brasileiras, colaborando com o bem-estar da sociedade. Somos uma entidade de excelência que merece ser conhecida por promover o uso do cimento. Afinal, é edificante e prazeroso cuidar com dedicação e rigor do aperfeiçoamento do mercado da construção civil, da melhoria da qualidade de vida da população e do desenvolvimento do Brasil. E tudo isso sempre em parceria com toda a cadeia da construção, porque ninguém faz nada sozinho. É difícil esconder o orgulho que nos invade e envaidece. Essa postura de compromisso com o desenvolvimento do nosso país não modificará nos próximos 75 anos. Renato Giusti, engenheiro, é presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Q’ALEGRIA BENEFICIA PACIENTES NO CEARÁ Crianças e adolescentes de Fortaleza em tratamento contra o câncer ganharam um novo aliado contra a doença
É
o espaço Q’Alegria, lançado no dia 29 de setembro, na ala de oncologia pediátrica do Instituto do Câncer do Ceará (ICC). Com esta ação, serão beneficiadas 360 crianças e adolescentes que atualmente estão em tratamento no Hospital do Câncer do ICC. O espaço implantado no ICC proporciona entretenimento personalizado durante a quimioterapia. O equipamento é composto por mesa flex para suporte de laptop, livros e cadernos; TV; suporte lateral para equipamentos de DVD ou jogos eletrônicos; controles e fones de ouvido; e pontos de iluminação em LED, possibilitando a aplicação de diferentes cores para cromoterapia. A metodologia do Q’Alegria foi desenvolvida por Marcelo Souza Leão & Chalaça, Arquitetos Associados, cedida sem fins lucrativos ao projeto Casa da Criança para disseminar esse conceito em território nacional. Uma ação inovadora que proporciona melhor qualidade no tratamento do câncer infanto-juvenil.
É o segundo espaço do Q’Alegria inaugurado no Brasil - o primeiro foi implantado em dezembro de 2010, na ala de oncologia pediátrica do Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa (PB). “O Q’Alegria agregou um valor extraordinário à qualidade da assistência aos pacientes durante o tratamento oncológico. Realmente o projeto conseguiu o que era impossível: unir o tratamento quimioterápico fatigante e estressante, principalmente para crianças, ao entretenimento, à magia, à diversão e à alegria”, afirma Danielle Soares, enfermeira do hospital. Para o próximo ano, já está programada a implantação do espaço Q’Alegria nas cidades de Recife (PE) e Cuiabá (MT). A implantação do Q’ Alegria no ICC é a quarta atuação do projeto Casa da Criança em Fortaleza, realizada graças à empresa parceira Pizza Hut (CE/PB). Demais ações aconteceram no Abrigo Tia Júlia (humanização em 2002), no Lar Amigos de Jesus (construção e humanização em 2006) e no Centro Pediátrico do Câncer (humanização em 2010).
Profissionais de saúde e arquitetos aliam tratamento e diversão em projetos pelo Brasil
ICC, REFERÊNCIA NO BRASIL O Instituto do Câncer do Ceará (ICC) é pioneiro no atendimento integral e especializado do câncer no Estado. É também referência no diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa em cancerologia no Norte/Nordeste, promovendo diversas ações de responsabilidade social. O Hospital do Câncer do Ceará, mantido pelo ICC, realiza cerca de 20 mil atendimentos mensais.
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ENTREVISTA
ÁGUA PARA MUDAR O NORDESTE
O Ministério da Integração Nacional, comandado pelo sertanejo Fernando Bezerra Coelho, promete começar e concluir obras de grande importância para o Nordeste. Em especial, a transposição do São Francisco que, após várias modificações em seu projeto básico, está orçada em R$ 6,8 bilhões e deverá revolucionar a vida de pelo menos 12 milhões de moradores do interior nordestino, ao levar as águas do rio São Francisco para cidades em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Com a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em sua pasta, o ministro tem o desafio de resgatar o planejamento regional que poderá identificar grandes obras para o Nordeste,
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a serem incentivadas e realizadas com recursos dos ministérios, a fim de impulsionar projetos e cadeias produtivas que despontam na região. Nesta entrevista, por e-mail, à Construir NE, Fernando Bezerra Coelho adianta outros projetos que vão alterar a realidade em alguns Estados, beneficiando populações com a oferta de água, um bem natural e essencial para o desenvolvimento da economia local, que tem muito a colher com a agricultura, a exemplo de outras cidades onde a água já mostrou que pode lavar a pobreza.
Etiene Ramos
ENTREVISTA O Ministério da Integração Nacional comanda obras que prometem mudanças esperadas para o Sertão nordestino como a transposição do São Francisco. Na perspectiva da obra ser concluída até o final do Governo Dilma, que legado ficará para a região? O Projeto de Integração do São Francisco (PISF) com as bacias hidrográficas do Nordeste setentrional, conhecido como Transposição do São Francisco, é a mais importante ação estruturante no âmbito da política nacional de recursos hídricos. Tem por objetivo a garantia de ofertar água para o desenvolvimento socioeconômico dos Estados mais vulneráveis às secas (Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco). Sendo assim, o projeto beneficiará áreas do interior do Nordeste estratégicas para uma política de desconcentração do desenvolvimento, polarizado até hoje quase que exclusivamente pelas capitais dos Estados. A obra beneficiará uma população estimada de 12 milhões de habitantes, além de gerar emprego e promover a inclusão social. Quanto, efetivamente, uma obra como esta custará, e qual o aumento em relação ao projeto inicial? O projeto São Francisco faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e está orçado em R$ 6,8 bilhões. Já foram pagos R$ 2,7 bilhões até o mês de outubro e empenhados R$ 3,8 bilhões. Especialistas em obras no Brasil afirmam que reajustes ocorrem por falta de planejamento adequado e conhecimento das áreas. Dizem que muitos projetos são feitos “em cima da perna” dos engenheiros, sem estudos detalhados, o que justifica atrasos e outros problemas na sua execução. Foi isso que ocorreu com o projeto da transposição? O Projeto de Integração do São Francisco é uma obra muito complexa. O projeto executivo está sendo elaborado concomitantemente com a execução das obras. Sendo assim, surgem algumas adaptações no projeto básico, gerando a necessidade de novos serviços, o que altera a sua planilha orçamentária original.
Os serviços novos, por lei, têm que ser negociados para que sejam incluídos nos contratos. Com a conclusão da transposição, açudes e outras obras de segurança hídrica de pequeno porte serão coisa do passado, ou ainda estão no planejamento? Os canais do Projeto de Integração do São Francisco serão ligados a diversos açudes e reservatórios ao longo do traçado, alguns já existentes e outros em construção, garantindo um nível seguro de água mesmo em períodos de seca. Os açudes sempre serão necessários no conjunto de empreendimentos que darão garantia hídrica ao povo do semiárido.
A Transposição do São Francisco, é a mais importante ação estruturante, no âmbito da política nacional de recursos hídricos
Excluindo as obras relacionadas com a transposição, quais terão maior impacto socioeconômico para o Estado ou a região onde será construída? Podemos citar diversas obras do Ministério da Integração Nacional que terão impacto socioeconômico na Região Nordeste. É o caso da adutora do Agreste pernambucano, um empreendimento de mais de R$ 1,3 bilhão que está incluído na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). A obra vai levar água tratada para 61 municípios pernambucanos, graças a um sistema com mais de 1.000 quilômetros de tubos de aço e ferro fundido. Posso destacar
também a parceria com o Governo do Ceará, através do Cinturão das Águas, um canal adutor que conta com 1.300 quilômetros de comprimento e irá utilizar as águas do Projeto de Integração do São Francisco, permitindo incluir todas as macrobacias hidrográficas do Estado no sistema de abastecimento. No PAC 2 está previsto o primeiro trecho, com 154 quilômetros, atendendo à região do Cariri, no Ceará, um investimento de R$ 1,5 bilhão. Na Paraíba, o Ministério da Integração Nacional, em parceria com o governo estadual, é responsável pelo Canal da Vertente Litorânea, com 112 quilômetros de extensão e que levará água da Barragem de Acauã ao Açude de Araçagi. A obra, com um custo previsto de R$ 980 milhões, viabilizará água para abastecimento humano e irrigação. É uma solução para o suprimento de água, com regularização das bacias hidrográficas dos 11 municípios situados na planície costeira. Vale citar também o canal do Sertão alagoano, localizado ao longo do Sertão de Alagoas, passando por vários municípios, começando por Delmiro Gouveia até o povoado de Folha Miúda, em Arapiraca, no Agreste do Estado. Está prevista no PAC 2 parte do trecho 3, bem como obras de ampliação e interligação da Adutora do Alto Sertão aos perímetros de irrigação Pariconha e Delmiro Gouveia, com um custo total de R$ 531 milhões. A formação de consórcios de construtoras para execução das obras é mesmo a melhor opção para o governo, ou o Exército pode vir a ser mais demandado devido aos bons resultados que tem apresentado na transposição? O comando do Exército é extremamente competente no desempenho de suas funções e nas tarefas a ele atribuídas. Mas a missão do Exército não é fazer as obras civis que o país precisa. Faz uma pequena parcela, sempre em condições bastante especiais ou em situações que não interessam à iniciativa privada. Para a construção do conjunto de obras necessárias ao país, existirá sempre um setor privado também competente e muito grande, composto de centenas de empresas eficientes. Todos, cada um com o seu quinhão, construirão a infraestrutura necessária para o desenvolvimento do país.
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ENTREVISTA Como nordestino, natural do semiárido pernambucano, onde sua cidade, Petrolina, criou um polo de fruticultura a partir da irrigação, o senhor acredita que a oferta de água, prevista pela transposição, pode fazer da agricultura a redenção econômica do Nordeste? A presidente Dilma vai lançar, em 2012, o “Mais irrigação”, um programa elaborado pelo Ministério da Integração Nacional que vai implantar 200 mil novos hectares de perímetros irrigados no semiárido brasileiro, com vocação para a produção de biocombustível e leite e a fruticultura. O investimento é de R$ 10 bilhões, com recursos do PAC e de parcerias público-privadas. A irrigação já provou ser sinônimo de crescimento econômico e social. Petrolina e Juazeiro, na Bahia, são dois bons exemplos, mas poderia citar ainda Mossoró, no Rio Grande do Norte, e Russas e Limoeiro do Norte, no Ceará. O programa, que será executado pela recém-criada Secretaria Nacional de Irrigação, vai dar autonomia a perímetros que já funcionam como o Nilo Coelho e o Moxotó, em Pernambuco, e o Formoso, na Bahia, para que, com apoio e gerenciamento da iniciativa privada, produzam ainda mais. Também serão construídos novos perímetros irrigados com a participação de empresas que serão responsáveis pela implantação, ocupação e operação destas áreas, tais como o baixio de Irecê, na Bahia, e o canal do Sertão pernambucano. A Sudene, histórica promotora de obras de infraestrutura no Nordeste, disponibiliza recursos do Finor, do FDNE e do FNE para a Transnordestina, que precisa de mais um aporte de R$ 1,3 bilhão para ser concluída. Este complemento sairá da Sudene? Precisamos definir, primeiramente, se vai mesmo ser concedido o acréscimo solicitado pela empresa, que ainda está em análise no Ministério dos Transportes, via Dnit, para depois ser apreciado pela coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), à frente a ministra do Planejamento, Mirian Belchior. Caso haja um consenso quanto ao valor (pode ser R$ 1,3 bilhão ou menos) e à forma de aporte, é bem provável que a fonte de financiamento venha a ser o
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FDNE, através da Sudene e do Banco do Nordeste (BNB). É importante esclarecer, de passagem, que a Sudene disponibilizou recursos para a Transnordestina apenas no que diz respeito ao Finor e ao FDNE, já que o FNE é exclusivamente via BNB, que destina recursos de acordo com as orientações e diretrizes do Ministério da Integração Nacional.
Serão construídos novos perímetros irrigados Pode-se esperar que ela volte a induzir a construção de obras ? O planejamento regional passa, necessariamente, pela identificação de obras capazes de promover a integração e interligação entre os Estados da região. Até mesmo no âmbito da defesa civil, a contratação de projetos para os municípios, frequentemente atingidos por desastres naturais, pode ser uma tarefa importantíssima a ser assumida pela Sudene, deixando as cidades prontas para, uma vez identificados os verdadeiros problemas e as soluções capazes de mitigá-los, captarem recursos de fontes diversas, inclusive dos ministérios, em Brasília, de forma mais rápida e eficiente, já que estariam com projetos em mãos, prontos para serem executados. O mapeamento das atividades potenciais de cada mesorregião, com identificação de obras de infraestrutura necessária para a viabilização dessas novas cadeias e arranjos produtivos, deveria nortear a aplicação dos recursos dos Fundos Regionais e até criar um viés regional para ser observado pelo BNDES, por exemplo, na alocação e destinação dos seus recursos. Quais serão as principais mudanças no papel da Sudene ? A Sudene precisa voltar a ser o fórum de discussão e planejamento das prioridades para
o desenvolvimento da região. Em novembro passado, ocorreu a 13º reunião do Conselho Deliberativo da superintendência, no Recife, com a presença dos governadores Eduardo Campos, de Pernambuco; Jaques Wagner, da Bahia; Wilson Martins, do Piauí; Ricardo Coutinho, da Paraíba; e Rosalba Ciarlini, do Rio Grande do Norte. Participaram ainda os vice-governadores Washington Luiz, do Maranhão; Thomaz Nôno, de Alagoas; e Jackson Barreto, de Sergipe, além do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, e da chefe da assessoria econômica do Ministério do Planejamento, Ester Dweck. Várias propostas foram debatidas, incluindo a financeirização do FDNE, que poderá ajudar no fortalecimento deste fundo, a partir da prioridade e destinação que serão dadas aos recursos. Inicialmente eles serão destinados ao financiamento de obras de infraestrutura ou de projetos de alto impacto regional e grande poder germinativo, tais como vias concessionadas, infraestrutura portuária, ferroviária e logística, ou indústrias capazes de atrair, no seu entorno, outras empresas para a sua cadeia de fornecimento e/ou elevado número de empregos diretos e indiretos.
CADERNO TÉCNICO
QUALIDADE DO AR NAS OBRAS Estudo conclui que fundações não poluem o meio ambiente
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MEDIÇÕES DE PARTÍCULAS TOTAIS EM SUSPENSÕES GERADAS PELA EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES EM CANTEIROS DE OBRAS DE EDIFÍCIOS NA CIDADE DO RECIFE INTRODUÇÃO A cidade do Recife, nos últimos anos, vem sofrendo com os impactos ambientais gerados pelo aumento significativo da construção civil. Recife vem sendo denominada popularmente como “o canteiro de obras do Nordeste”. Enquanto o Brasil registrou uma taxa média de crescimento de 2,54%, Pernambuco cresceu 3% ao ano, superando, inclusive, o Nordeste, que alcançou 2,42% (PRIORI JÚNIOR et. al. 2008). Neste cenário, a construção civil deverá crescer bem acima da média do Estado de Pernambuco, nos próximos anos, e passar por uma visível aceleração a partir de 2011. O volume e o vulto dos investimentos públicos anunciados, alguns em execução e vários deles previstos no Plano de Aceleração do Crescimento, são bastante expressivos e favorecem a imagem de Pernambuco como um Estado ideal para investimentos produtivos. Esse crescimento melhora o índice de desenvolvimento humano, aquecendo o mercado habitacional. De fato, esse cenário gerará riqueza, mas também a grande responsabilidade de administrar os efeitos causados pelo adensamento urbano, durante a fase de construção do empreendimento, com interferência no ambiente do entorno da obra, trazendo um elevado grau de incômodo perante a vizinhança. Tudo isso gera uma preocupação significativa na sustentabilidade dos métodos construtivos tradicionais, incentivando pesquisas para identificação e mitigação desses impactos. As construções, de uma maneira geral, proporcionam impactos ambientais. Como consequência, as áreas densamente urbanizadas sofrem esses impactos de forma agressiva, causando incômodo ao sossego público da vizinhança, além de gerarem, cada vez mais, denúncias para os órgãos ambientais. Apesar do setor da construção civil, em particular o mercado de construções verticais (edifícios), desconhecer os níveis de emissão nas suas fases construtivas, torna-se bastante interessante aplicar procedimentos de monitoramento, visando a identificar a poluição atmosférica em cada fase. Este estudo buscou identificar a concentração do poluente PTS (Partículas Totais em Suspensão) na fase de fundação, servindo de referência para a aplicação dessa metodologia nas demais fases de construção do produto (edifício). No Brasil, a qualidade do ar é regulada pela Resolução Conama nº 3, de 28 de junho de 1990.
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METODOLOGIA Para a definição do incômodo ambiental dos particulados em quatro canteiros de obras de edifícios residenciais localizados na cidade do Recife, em Pernambuco, analisou-se um tipo de poluente na qualidade do ar: as Partículas Totais em Suspensão (PTS). Para a campanha investigativa, que durou cinco dias em cada canteiro, foi utilizado um equipamento denominado Amostrador de Grande Volume (AGV). Segundo Resende (2007), trata-se de um equipamento de baixo custo, nível de sofisticação técnica e alta durabilidade, sendo bastante indicado para monitoramento nos canteiros de obras. O método de ensaio consistiu em instalar o amostrador em posições estratégicas, aspirando o ar através do filtro, durante um período de 24 horas. A concentração de partículas coletadas do ar ambiente foi calculada dividindo-se a massa das partículas coletadas pelo volume aspirado pelo amostrador, sendo ela expressa em microgramas por metro cúbico (µm/m³), de acordo com a NBR 9547 da ABNT (1997). Em cada canteiro, foi realizada a amostragem referente à poluição atmosférica do bairro analisado (background), durante dois dias, sem a realização das atividades de fundação, e à emissão de particulados (durante três dias) quando da execução de fundações: estaca hélice contínua, estaca de melhoramento, estaca de melhoramento vibrada e estaca pré-moldada de concreto. Ressalta-se que o posicionamento do equipamento ficou na área limite do terreno a jusante da direção do vento, proporcionando ao amostrador uma maior absorção de material particulado emitido pela execução das estacas de fundações.
RESULTADOS A Figura 1 apresenta uma comparação das emissões de concentração das Partículas Totais em Suspensão (PTS) das obras estudadas, durante os cincos dias de amostragem, para os quatro diferentes tipos de fundação, quando da execução das estacas, ou seja, não foi levado em consideração o background do bairro situado.
Figura 1 – Análise comparativa da emissão de concentração das Partículas Totais em Suspensão das obras estudadas
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De uma maneira geral, verifica-se uma baixa contribuição no que se refere à poluição de ar pelo poluente PTS nas demais medições nos canteiros de obras, independente do tipo de fundação executada, com exceção do último ponto de medição, no caso da estaca de melhoramento (Figura 1), o qual ultrapassou o padrão secundário de qualidade do ar, estando próximo do padrão primário. Isto ocorreu devido à influência externa e atípica do dia de medição, ocasião da festa de São João no Nordeste, onde os moradores da cidade acendem fogueiras juninas, proporcionando queima de madeira e agravando, de forma considerável, a emissão de poluentes no ar ambiente. Comparando os resultados das medições de concentrações de PTS entre os diferentes tipos de fundações, observa-se que a obra da estaca pré-moldada de concreto apresenta a maior concentração, assumindo o valor de 122,14 µg/m³, seguida da obra da estaca hélice contínua, onde a concentração de PTS atingiu o valor de 119,16 µg/m³. Posteriormente, a obra da estaca de melhoramento vibrada obteve o valor de 112,69 µg/m³ e, por fim, a obra da estaca de melhoramento apresentou uma concentração de 75,29 µg/m³ (Figura 1). Ressalta-se que os bairros estudados são bastante diferentes, devido às suas próprias características (adensamento populacional, atividades comerciais, entre outras), ocasionando uma influência nas concentrações de PTS, quando da medição no background das obras estudadas. Verificou-se que, em não existindo atividade no canteiro, o bairro da Várzea, por exemplo, referente à obra da estaca de melhoramento, apresentou concentração de PTS no background de 68,27 µg/m³; já o de Boa Viagem, da obra de estaca pré-moldada, teve uma concentração de 66,33 µg/m³; por sua vez, o do Arruda, da estaca de melhoramento vibrada, correspondeu ao valor de 25,99 µg/m³; e o do Rosarinho, da obra de estaca hélice contínua, foi de 25,97 µg/m³. Analisando-se os resultados obtidos na campanha de amostragem, nas quatro obras, e levando-se em consideração a poluição atmosférica do bairro analisado (background), foi possível obter os verdadeiros impactos relativos à poluição atmosférica, o que ocasionou uma alteração da ordem classificatória entre a estaca de fundação de maior nível de emissão para o menor nível de emissão. Desta maneira, observou-se que a maior emissão atmosférica das PTS foi identificada no caso da obra com estaca hélice contínua, assumindo o valor de 93,19 µg/m³, seguida da estaca de melhoramento vibrada, com valor de 86,70 µg/m³; da estaca pré-moldada de concreto, com valor de 55,81 µg/m³; e finalmente, com menor emissão de PTS, da estaca de melhoramento, com 26,46 µg/m³. Dessa maneira, verifica-se que o processo de fundação que envolve estacas que utilizam equipamentos pesados no canteiro de obra promove maior poluição atmosférica, pois nota-se dentro desses canteiros um maior trânsito de equipamentos pesados emitindo poluentes advindos da queima de seus combustíveis e da suspensão do solo, tais como a estaca hélice contínua (escavadeira hidráulica acoplada ao trado helicoidal e carregadeira para retirada do resíduo do solo) e a estaca de melhoramento vibrada (escavadeira hidráulica acoplada a um vibrador hidráulico e carregadeira sobre rodas responsável pelo transporte do material de melhoramento). Já no caso das duas outras estacas - a pré-moldada e a de melhoramento tradicional, que utilizam mão de obra humana, elas proporcionam menor impacto à poluição atmosférica.
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CONCLUSÕES O estudo mostrou que as obras de fundação estudadas apresentam concentrações de Partículas Totais em Suspensão (PTS) abaixo dos limites de qualidade do ar estabelecido pela Resolução Conama 003/1990. Destaca-se que, quando ultrapassadas essas concentrações, efeitos adversos podem ser causados sobre o bem-estar da população, assim como danos à fauna, à flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral. As campanhas de amostragem foram realizadas em bairros predominantemente residenciais, onde inexiste qualquer tipo de influência de indústrias siderúrgica e termoelétrica, por exemplo. Pode-se afirmar, por esses resultados, que a indústria da construção civil, quando da fase de execução da fundação, não deve ser considerada uma atividade poluente de qualidade do ar, no caso referente às Partículas Totais em Suspensão (PTS), durante a construção de edifícios.
REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9547: material particulado em suspensão no ar ambiente – determinação da concentração total pelo método do amostrador de grande volume. Rio de Janeiro, 1997. CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Resolução Conama 003/1990. Brasília: Ibama. PRIORI JÚNIOR, L; MENEZES, J.R.R.; GUEDES, R.; NETO, S.B.F. Construção sustentável: potencialidades e desafios para o desenvolvimento sustentável na construção civil. 22ª ed. Recife, 2008. RESENDE, F. Poluição atmosférica por emissão de material particulado: avaliação e controle nos canteiros de obras de edifícios. Dissertação. Escola Politécnica da USP. São Paulo, 2007.
ADOLPHO GUIDO DE ARAÚJO, engenheiro civil, mestrando em Construção Civil (UPE) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PEC) - Universidade de Pernambuco (UPE). adolphoguido@hotmail.com
STELA PAULINO FUCALE, engenheira civil, doutora em Engenharia Civil (UFPE/TUBS Alemanha) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PEC) - Universidade de Pernambuco (UPE). sfucale@yahoo.com.br
ALEXANDRE DUARTE GUSMÃO, engenheiro civil, doutor em Engenharia Civil (PUC/RJ) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PEC) - Universidade de Pernambuco (UPE). gusmão.alex@ig.com.br
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Realização
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PAINEL CONSTRUIR TOPS EMPRESARIAIS O 8º Prêmio Top de Marketing, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil–Seção Pernambuco (ADVB/PE), foi entregue em dezembro e premiou dez dos 22 cases inscritos. O evento lotou o auditório do JCPM Trade Center, no Recife, com dirigentes de algumas das maiores empresas da região e do país. O júri técnico selecionou os cases pela criatividade, inovação e resultados obtidos através do marketing como ferramenta. Os premiados foram apresentados ao público em um vídeo exibido antes da solenidade e os seus representantes receberam a distinção das mãos de personalidades do mundo empresarial. Para o presidente da ADVB/PE, Leopoldo Albuquerque, o Top de Marketing mostra que os cases vencedores estão no mesmo patamar de outras iniciativas brasileiras e do exterior.
QUEIROZ GALVÃO LEVA TROFÉU ADEMI-PE A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi/ PE) celebrou seus 35 anos de fundação na confraternização de final de ano, com a entrega do Troféu Ademi 2011. Na premiação, o presidente da entidade, Alexandre Mirinda, falou sobre o bom momento da construção civil, o qual deve se manter em 2012, bem como das perspectivas de interiorização da Ademi/PE para os municípios de Caruaru e Petrolina. Os grandes vencedores de 2011 foram a Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário, com o edifício Maria Ângela Lucena, que também conquistou o prêmio de destaque na categoria quatro quartos master, e com o Maria Edicta, em terceiro lugar; e a Rio Ave Investimentos, que levou o segundo lugar com o edifício Alfred Nobel (também agraciado com o troféu de destaque comercial/empresarial). Outros premiados foram os edifícios Felicitá Prince, da Pernambuco Construtora, eleito o melhor na categoria dois quartos; Bosque da Madalena, da Construtora Boa Vista (três quartos); Giardino Beira-Rio, da Gabriel Bacelar (quatro quartos sociais); e Beach Class Internacional, da Moura Dubeux (home service).
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ABCP A confraternização de final de ano da Comunidade da Construção, em dezembro, reuniu os participantes da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) no Recife. Na foto, um momento da festa com o calculista Sérgio Osório, da Engedata; o engenheiro Gustavo Osório, da Osório Engenharia; e o gerente N/NE da ABCP, Eduardo Moraes.
PAINEL CONSTRUIR EXPANSÃO DO BOA VISTA O Shopping Boa Vista, do Grupo CM, inaugurou sua terceira etapa em dezembro, criando um novo visual para a agitada Av. Conde da Boa Vista, no Recife. Uma passarela de 40 metros sobre a avenida interliga o shopping ao prédio, de 15 andares, dos quais 11 serão destinados a estacionamento. Em relação aos demais, quatro serão para 52 lojas-satélites, duas megalojas e uma âncora, além de uma nova praça de alimentação. No projeto, foram utilizados o skin glass e o alumínio cromado com design exclusivo dependendo do ponto de observação, o material reflete cores diferentes. À noite, o mall é iluminado com refletores especiais, interligados por uma rede de computadores que podem produzir mais de 300 variações de cores. O investimento, de R$ 100 milhões, elevou a área bruta locável do Boa Vista para 30.000 metros quadrados, totalizando 215 lojas e 1.300 vagas de estacionamento.
JARAGUÁ CHEGA A SUAPE Com três fábricas em São Paulo e uma em Alagoas, a Jaraguá Equipamentos, especializada em soluções para segmentos como química, siderurgia, papel e celulose, entre outros, inaugurou sua primeira planta em Pernambuco, no Complexo Industrial Portuário de Suape, em dezembro. O investimento, de R$ 15 milhões, já começa com um importante contrato de R$ 1,2 bilhão com a Petrobras, que prevê a montagem de fornos petroquímicos fabricados pela Jaraguá de Alagoas.
REFORMA NO SITE O Clube da Reforma (www.clubedareforma. com.br) está de cara nova. A plataforma virtual reúne 34 empresas e organizações sociais representantes de movimentos de moradia, sindicatos de profissionais, fabricantes de materiais, ONGs, bancos e associações que trabalham para melhorar as condições de moradia da população de baixa renda. Entre os participantes estão ABCP, Ashoka, Abrafati, Anamaco, Banco do Nordeste, Cimpor, Holcim Gerdau, Data Popular, Habitat para a Humanidade, Santander, Eternit, entre outrosrig. Pelo site é possível acompanhar os projetos já desenvolvidos pelo programa, obter pesquisas sobre reformas no Brasil e acompanhar as novidades que estão a caminho. Entre elas, o Prêmio Desafio Jovem, que vai estimular a apresentação de soluções e ideias para a o setor no Brasil.
MONTANDO O CIRCO O Cirque Du Soleil contratou manipuladores telescópicos e plataformas áreas da Solaris Brasil para montagem dos equipamentos e bastidores para os atos de dança, teatro, música e acrobacias na turnê do espetáculo Varekai pelo Brasil, que termina em julho, em Porto Alegre. No Nordeste, o Cirque Du Soleil se apresentará no Recife, em março, e em Salvador, em maio. Segundo Paulo Esteves, diretor da Solaris, tais máquinas são geralmente usadas em segmentos como os de óleo & gás, mineração, construção e manutenção industrial, mas seu uso tem se popularizado no setor de entretenimento. A empresa tem 14 filiais pelo Brasil e frota de 2,5 mil equipamentos, a maior da América Latina.
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Trena
ETIENE RAMOS
FOI BOM, MAS PODE MELHORAR té novembro de 2011, a Caixa Econômica Federal contabilizou 51 mil moradias contratadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), em Pernambuco, superando R$ 2 milhões em investimento. Bom desempenho que coloca o Estado entre as primeiras posições no ranking do programa. O presidente do Sinduscon/PE, Gustavo Consentino, aplaude o resultado e ressalta a aprovação de novas tecnologias para a construção, onde destaca-se o concreto celular no lugar dos tijolos de barro como um dos pontos mais positivos dos últimos dois anos. Mas não é um mar de rosas. Consentino diz que é preciso juntar esforços e rever alguns problemas como o preço congelado, há dois anos, nos custos do MCMV, o que praticamente inviabiliza a construção na Região Metropolitana do Recife devido ao alto preço dos terrenos. Outro problema é a falta
A
de celeridade e, neste caso, há muitas reclamações dos construtores que têm obras no programa e algumas prefeituras do interior já não conseguem empresas que topem receber os recursos pela Caixa. A fiscalização da engenharia do banco, segundo empresários da construção, vem sendo feita por funcionários sem experiência que exigem novas medições, perdem documentos, enfim, complicam o trâmite dos processos, acumulando os repasses mensais. Na Bahia, os problemas levaram à quebra de algumas construtoras e demissões de cerca de sete mil trabalhadores no final deste ano. As dificuldades têm feito alguns construtores perguntarem: “A Caixa está sem dinheiro para o MCMV”? Provavelmente não, mas quem depende dos repasses para manter as obras no cronograma, não pode deixar de receber mensalmente. Pode desmoronar!
CRESCIMENTO EM BLOCO
A BAIANA NO CEARÁ
Pesquisa da Bloco Brasil, realizada em novembro para a Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto, aponta um crescimento de mais de 30% nos negócios, no primeiro semestre de 2012. A pesquisa revela ainda que 24% dos entrevistados acreditam na estabilidade; para 31,9% deles, o otimismo vem do aquecimento do mercado imobiliário.
A construtora baiana Andrade Mendonça está com duas grandes obras no Ceará: o estádio Castelão, em parceria com a Galvão Engenharia, e o ExpoCeará, que promete ser o maior centro de eventos da América Latina, com 200 mil metros quadrados de área construída. As duas obras são em Fortaleza e apresentam investimentos públicos de R$ 518,6 milhões e R$ 329 milhões, respectivamente. O presidente da Andrade Mendonça, Antônio Andrade Júnior, não pensa em descanso: “Queremos continuar crescendo nos próximos 35 anos”.
NOVO RECIFE O Cais José Estelita, no Recife, pode virar um novo bairro. A Construtora Moura Dubeux, em conjunto com a Queiroz Galvão e a GL Empreendimentos, lançará, no meio de 2012, o projeto Novo Recife, que vai ser construído no antigo terreno da RFFSA. Serão erguidas 13 torres, divididas entre prédios comerciais, flats e residenciais com dois, três e quatro quartos. O metro quadrado deve ficar entre R$ 5,5 mil e R$ 7 mil.
ANUÁRIO DE EQUIPAMENTOS A quinta edição do Anuário Brasileiro de Equipamentos para Construção 2011–2012, que reúne informações e especificações de 1.187 equipamentos nacionais e importados de 90 fabricantes separados por 32 famílias de produtos, foi lançada pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema). O anuário é dividido em dois volumes que somam 948 páginas. Mais informações no site www.sobratema.org.br.
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VITRINE HORA DA BELEZA A Líder Interiores apresenta uma releitura da penteadeira da vovó. Com parte da estrutura em madeira natural, corrediças metálicas e rodízios de gel, a peça tem gavetas e porta-joias revestidos de camurça bege e acabamentos diferenciados. É prática e traz de volta o conforto de um móvel dedicado à beleza.
PEQUENO NOTÁVEL A Tecnogrés lançou, na Construir Rio 2011, em novembro, a coleção pequenos formatos com revestimentos cerâmicos de 2,5cm x 2,5cm e 5cm x 5cm, além de pastilhas especiais para projetos de piscinas. Vale destacar a linha Português em seis opções, quatro decoradas e duas lisas, em tons de branco e azul, que traz a nostalgia dos ambientes coloniais numa releitura da decoração geométrica mourisca dos antigos azulejos portugueses.
ALÉM DO QUEIMADO A NS Brasil está oferecendo novas cores para o cimento queimado. Azul, vermelho ou verde, entre outras, mudam o tom do produto, que pode ser aplicado em paredes, pisos e tetos de áreas internas e externas. Outra opção para quem quer inovar são os revestimentos cimentícios da Castelatto, disponíveis em placas que podem ser aplicadas facilmente com argamassa. No Recife, as linhas estão na Open Acabamentos.
MENOS FIOS A LG aposta na tecnologia e lança o seu primeiro home theater full wireless, que reduz o uso de fios e cabos. Os alto-falantes finos apostam num novo design que não interfere na decoração dos ambientes. O modelo permite que o smartphone seja usado como controle remoto e ainda oferece imagens em 3D. Um achado para os que valorizam a conectividade e as novidades.
A COR DO ANO O Colour Futures, estudo internacional da Azkonobel que antecipa as principais tendências das cores, elegeu “Chá dançante”, da Coral, a cor do ano para 2012. O tom pertence à família dos vermelhos e está dentro do conceito “Possibilidades”, que irá marcar o próximo ano. Transformado em livro, o Colour Futures 2012 será uma referência para arquitetos, designers e consumidores finais.
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ARQUITETURA & INTERIORES
CASA COR PERNAMBUCO 2011
TAPETE VERMELHO PARA O PASSADO
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nstalada em Olinda, cidade chancelada pela Unesco como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, a edição da Casa Cor Pernambuco deste ano mostrou que o passado pode estar presente em projetos antenados com as últimas tendências da arquitetura e da ambientação. O respeito pela história dos chalés de Olinda, conjunto tombado de cinco casas do início do século XX, na beira-mar do histórico bairro do Carmo, aparece no vermelho que forra a entrada da casa incendiada. É das suas ruínas que se abrem as portas para o contemporâneo, revisitando, em alguns ambientes, estilos consagrados nos anos 50 ou 70, e ainda na história do mobiliário. Sempre de braços dados com a alta tecnologia, seja em equipamentos ou produtos inovadores.
ARQUITETURA & INTERIORES
O Solarium, projetado pelo arquiteto André Dantas, que dá acesso ao loft do casal, ao lado, assinado pelas arquitetas Ana Paula Cascão, Lucianna Pimentel e Mônica Torreão. Nele, funcionava o ateliê de Beatriz, dona da primeira casa. No projeto, foram mantidos piso, escadas, portas e teto originais, mas com um toque de luz bem atualizado
No andar de cima, uma ampla suíte, com ar romântico e vista para o mar
No living de André Carício, destaque para a estante colmeia e a mistura do moderno laranja com o sóbrio azul, que remete aos anos 70 com elegância e autenticidade
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ARQUITETURA & INTERIORES
Na entrada da casa azul, nova volta no tempo, desta vez com o ar dos anos 50 do sofá Swan e de peças antigas como a luminária colorida e o armário com pés de palito. Projeto do arquiteto Diogo Viana, que conservou o teto original, mas criou uma sobreposição em MDF para um espelho no teto
A adega original de Manu Nunes brinca de jogo da velha para guardar as preciosas garrafas abraçadas por mangueiras de leds. No espaço, também foi mantido o piso original em madeira
Homenageando o sociólogo e escritor pernambucano Gilberto Freyre, a Casa Cor Pernambuco 2011 não poderia deixar de ter uma biblioteca. Assinado por Roberta Borsoi, o espaço dá lugar de honra para as peças artesanais
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ARQUITETURA & INTERIORES
O home office de Noemi Portella e Edson Marques Soares Júnior, por sua vez, homenageia o jornalista Alex, ícone do colunismo social em um Pernambuco não muito distante. A presença da velha máquina de escrever num ambiente que pode ser totalmente controlado pelo Iphone prova que o novo e o antigo convivem em plena harmonia
Espelhos no teto também na suntuosa sala de jantar das arquitetas Luiza Nogueira e Simone Lima. Cadeiras com encosto em palhinha e mesa em laca unem o clássico iluminado pelo requinte
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A cozinha gourmet assinada por Jaidete Ferreira e Jaqueline Ferreira alimenta o futurismo dos móveis funcionais e do coocktop com touchscreen – só aquece diante do alumínio ou do inox com o verde de uma horta, no lugar de um jardim vertical, que traz a natureza para dentro de casa
ARQUITETURA & INTERIORES
Camas com dossel no quarto da filha, projetado por Guilherme Eustáquio com uma certa dose de romantismo para a hora de sonhar. Seguindo a evolução dos costumes, a jovem tem um espaço interligado para receber seus próprios hóspedes, no mesmo ambiente do elegante closet com penteadeira de época, assinado por Diomári Diniz
Na Casa Cor Pernambuco 2011, o filho não tem mais o seu próprio quarto, mas um studio onde o arquiteto Alexandre Mesquita e o designer de interiores Neto Belém aproveitaram a altura do pédireito para criar o ambiente de dormir com uma estrutura de ferro. Tudo devidamente autorizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
As casas que pertenciam a quatro irmãs foram associadas aos vizinhos Clube Atlântico de Olinda e Cine Olinda, formando um charmoso conjunto de espaços para lojas, restaurante, sorveteria e até cervejaria. Áreas de convivência em harmonia entre o residencial e o comercial
Decoração e Arquitetura
RICARDO J. PESSOA
CELEBRAÇÃO As empresárias Valdelice e Beatriz Campelo, mãe e filha que comandam com sucesso as lojas Portobello Shop e Oca Bagno e Revestimentos em João Pessoa, promoveram uma verdadeira celebração de Natal reunindo arquitetos e decoradores com um big almoço no restaurante Degustar.
CAFÉ DA MANHÃ As arquitetas Kaline Tomé, Valéria Simões e Ana Raquel Guedes no café da manhã em homenagem ao Dia do Arquiteto (30 de novembro). O evento foi uma realização da revista digital D&A (www.revistadea.com.br) e do programa Casa Master (TV Arapuan / Rede TV!), que somaram esforços nesta bonita homenagem aos profissionais de arquitetura e decoração da Paraíba.
OFICINA DO GRANITO Bethânia Tejo, Leonardo Maia, Douglas Monteiro e Sandra Moura na festa de 12 anos da Oficina do Granito, no final de novembro, na Casa Roccia. A arte em pedras exóticas e translúcidas esteve em evidência no evento, que contou com a presença de muitos arquitetos, decoradores e parceiros. A animação ficou por conta da cantora Renata Arruda.
TODESCHINI Daniel Azevedo, gestor comercial da Todeschini Nordeste com Ricardo, Zenilda e Eduardo Cabral, no coquetel de reinauguração da loja Tosdeschini na noite de 30 de novembro. A loja ressurgiu ainda mais bonita, seguindo o padrão nacional das franquias e, claro, expondo a nova coleção Vida, inspirada nos países escandinavos.
MASSAI Os empresários Guy Porto, Herbert Rocha e Allison Dennis na prestigiada festa de 15 anos da Massai Construções e Incorporações, no final de novembro.
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ano II | nº 9 | dezembro 2011
FIAT EM PERNAMBUCO Uma fábrica verde a caminho
Eu digo A professora Soraya El Deir fala sobre o futuro das cidades
Entrevista – João Bosco de Almeida A água não é mais a única fonte para a Chesf
EXPEDIENTE
SUMÁRIO
CONSELHO EDITORIAL Ana Lúcia Rodrigues Carlos Valle Inez Luz Gomes José Lucas Simon Kilvio Alessandro Ferraz Ozeas Omena Renato Leal Ricardo Leal Serapião Bispo
48|4 - EU DIGO No artigo da professora Soraya El-Deir, uma análise sobre a importância da preservação das cidades
48|6 - ENTREVISTA O presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, João Bosco de Almeida, fala sobre as opções de fontes renováveis no Nordeste
48|8 - CAPA PUBLISHER Elaine Lyra
Motor do futuro polo automotivo de Pernambuco, a Fiat põe a sustentabilidade na dianteira
elainelyra@construirnordeste.com.br
EDITORA EXECUTIVA Etiene Ramos etieneramos@construirnordeste.com.br
REPÓRTER Cristina França COLABORAÇÃO TÉCNICA Roberta Marques Feijó | gestora ambiental REVISÃO DE TEXTO Betânia Jerônimo betaje@hotlink.com.br
FOTOS (CAPA) Alexandre Albuquerque Divulgação / Fiat Divulgação / Chesf
Caro leitor, Chegamos à edição 60 da Construir NE presenciando uma grata evolução na construção de um mundo mais consciente da importância de preservar os recursos naturais e investir no desenvolvimento sustentável de processos industriais e construtivos. Para confirmar tal afirmativa, a redação do caderno Vida Sustentável conversou com o pessoal da indústria automotiva Fiat, que começa a construir, em Pernambuco, mais uma fábrica sustentável, com preocupação e tecnologia para um melhor aproveitamento de água, pneus, energia e seu entorno. Um investimento de R$ 3,5 bilhões que criará um novo polo automotivo no Nordeste e o primeiro em Pernambuco. O impacto econômico que trará para a cidade de Goiana promete ser inversamente proporcional ao que causará ao meio ambiente. Uma perspectiva positiva de um empreendimento sustentável para locomover trabalhadores rurais para os quadros de funcionários de uma multinacional. Na entrevista especial do Vida Sustentável, o novo presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco de Almeida, revela os planos da empresa de investir em fontes alternativas e seguir os planos do Sistema Eletrobras de se tornar modelo global de sustentabilidade na geração de energia. A postura dos dois exemplos do mundo dos negócios para a conservação de recursos naturais é um exemplo de que, cada vez mais, os empresários, sejam de empresas públicas ou privadas, estão conscientes que não é mais possível separar economia e meio ambiente. Outrora antagonistas, esses dois mundos - começamos a ver - estão seguindo - esperamos para sempre - de mãos dadas. Boa leitura,
Elaine Lyra
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AGENDA Prêmio Alcoa de Inovação em Alumínio
TROFÉU DA DÉCADA A edição 2011 festeja os 10 anos do Prêmio Alcoa de Inovação em Alumínio. Assim, a empresa decidiu também premiar com o troféu Inovação da Década o melhor projeto e as instituições que mais participaram em uma década de incentivos às boas ideias relacionadas com o uso de alumínio - material infinitamente reciclável. Concorrentes de 2011 têm até o dia 10 de abril de 2012 para inscrever projetos, inclusive de uso de resíduos da reciclagem do alumínio. Na corrida podem entrar estudantes de tecnologia (com graduação ou pós), maiores de 18 anos (individualmente ou em grupo) e profissionais com formação superior em desenvolvimento de projetos ou com pelo menos três anos de mercado. Informações no site www.alcoa. com.br.
Simpósio luso-brasileiro
Solarexpor, (Verona/Itália)
ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
POR UM FUTURO SUSTENTÁVEL
O XV Simpósio Luso-Brasilieiro de Engenharia Sanitária e Ambiental acontece no Brasil, em Minas Gerais, entre 18 e 21 de março de 2012. Profissionais brasileiros e portugueses apresentarão trabalhos sobre água (abastecimento, tratamento e distribuição), controle da poluição do ar (odores, ruídos, radiação e material particulado), energia (gestão, controle e redução de consumo), gestão de resíduos sólidos (reciclagem, coleta, tratamento, disposição final e aterros), entre outros temas. Os trabalhos escolhidos para compor a programação do simpósio estarão disponíveis no site www.abes-dn. org.br/portal/ em janeiro. Simultaneamente ao simpósio acontecerá a Expo Silubesa, reunindo produtos, serviços, equipamentos e tecnologia para saneamento, recursos hídricos e meio ambiente.
Maior evento italiano sobre energias renováveis - e dos maiores do mundo, a Solarexpo acontece em Verona, na Itália, de 9 a 11 maio de 2012. Nesta 13ª edição, o foco recai sobre os temas energéticos especialmente atuais: PV Supply Chain, CSP e Polygen. Está prevista uma ampla programação de seminários e cursos de atualização, abordando as novas políticas energéticas e as últimas tendências em tecnologia solar e eólica, geotermia e bioenergia, entre outras. Ao mesmo tempo, acontece a 3ª Solarch - Building Solar Design & Tecnnologies, com um pavilhão inteiro dedicado à integração da arquitetura com as possibilidades de aproveitamento da energia solar, bem como a segunda edição do E:Move, evento dedicado à mobilidade elétrica. Informações: www.solarexpo.com.
Eu Digo
A (IN)SUSTENTABILIDADE NAS CIDADES SORAYA EL-DEIR
N
ós, moradores das cidades, muitas vezes paramos para pensar como esse sistema poderia funcionar melhor. Trânsito, barulho, insegurança, agitação, poluição são apenas algumas das características que nos lembramos. Mas também as cidades são o local onde encontramos oportunidades de aprendizagem e trabalho, um estilo de vida particular, pessoas novas e diferentes a cada esquina, muitas emoções e milhares de novidades. As cidades nos dão abrigo e acalento, são o nosso lar. Diferenciam-se das vilas pelo seu aglomeramento populacional, podendo variar desde poucas centenas de habitantes, como Santa Cruz de Minas (MG), até mais de uma dezena de milhão, como São Paulo (SP). Existem ainda cidades pequeninas que são conhecidas pelo contínuo urbano como Londres, que possui cerca de 8,6 mil habitantes. Mas quando nos referimos a esta cidade, na realidade falamos da sua região metropolitana, com mais de 7,4 milhões de habitantes, pessoas de todo o mundo, os mais diferentes tipos, culturas e etnias. Afinal, o que atrai tanta gente para esses aglomerados humanos? O que nos faz querer ficar nesse tumultuado espaço? Talvez a heterogeneidade de seus habitantes. Talvez um certo padrão de convivência. A identificação de um modo urbano de vida característico ou uma infraestrutura própria. Oportunidades profissionais e melhores condições de vida. Atrações culturais ou simplesmente os ares da urbanização. Mesmo apreciando a calma dos campos ou a brisa morna das praia, 45% da população mundial vive em cidades. No Brasil, cerca de 80% das pessoas são urbanas, havendo uma tendência de elevação deste número, ano a ano, num
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contínuo processo migratório campo-cidade. Hoje, em todo o mundo, cerca de 3.000 cidades possuem mais de cem mil habitantes e, destas, 250 têm mais de um milhão de pessoas. O crescimento nas áreas urbanas será de 1,8% ao ano até 2030, sendo que em países em desenvolvimento será de 2,4%. Até que ponto esse processo migratório poderá ser mantido? A pressão para que os governos compreendam o funcionamento e estruturem melhor nossas cidades é crescente. Neste caminho, perceber o meio urbano como um ecossistema vivo, que precisa encontrar formas de diminuir os impactos ali existentes, desenvolvendo uma ecologia urbana focada na sustentabilidade, é urgente. Não só o uso de energias limpas (solar e eólica); a compostagem, reciclagem e logística reversa dos resíduos sólidos; a elevação das áreas verdes
e as melhorias no sanemanto ambiental devem ser prioritários para os gestores. O estabelecimento de políticas públicas voltadas para a consolidação de uma consciência cidadã deve constar da pauta de nossos governantes. Elevar a acessibilidade, melhorar a mobilidade, aprimorar a limpeza e embelezar os espaços urbanos com áreas de lazer para o convívio com o outro e com a natureza, recompondo o que de natural perdemos nas cidades para torná-las ainda melhores para nosso dia-a-dia, são primordiais. Este pode ser o início da sustentabilidade nas cidades e o princípio da sociedade ecocidadã. Soraya El-Deir é professora de Gestão Ambiental na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e pesquisadora líder do Grupo Gestão Ambiental em Pernambuco (Gampe).
Visto de Portugal
SUSTENTABILIDADE: PAPEL DO REGULADOR (3º ATO) RENATO LEAL*
E
stamos no último ato para falar sobre sustentabilidade. Como mencionamos inicialmente, o tema é vasto e precisávamos de mais atos para desenvolver assunto tão importante para a manutenção do nosso planeta. Contudo, tal como nos apresentamos no primeiro ato, vamos hoje terminar falando do governo como regulador - o poder público municipal. Sabemos que cabe ao governo criar incentivos para consolidar a temática da sustentabilidade. Incentivos na formação e definição de políticas e estratégias, criação de novas leis e até atribuição de verbas para fomentar a aplicação da sustentabilidade, de forma a cumprir as metas a que se propôs. Os países estão cada vez mais preocupados e comprometidos com o tema das alterações climáticas e a necessidade de se tornarem, cada vez mais, sustentáveis. Exemplo disso foi a 17ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas contra as Alterações Climáticas (UNFCCC), realizada em Durban, na África do Sul. Essa conferência foi vista como a última oportunidade de entendimento entre as várias regiões do globo, contando com países ameaçados pelas alterações climáticas e países poluentes e emissores de gases com efeito estufa, tendo em vista o controle e a redução da emissão desses gases, que contribuíram, nas últimas décadas, para o aumento médio das temperaturas atmosféricas. O Protocolo de Quioto, em 1997, definiu mecanismos de controle de emissões através da imposição de tetos de emissão para os países aderentes e terminará no final de 2012. Nos últimos anos, houve uma grande incerteza relativa à sua continuidade. Quioto era visto como o único meio de permitir à humanidade limitar o aquecimento global a 2ºC em 2050 (em relação à era pré-industrial),
limite analisado pelos cientistas como o limiar acima do qual as alterações climáticas tornar-se-ão catastróficas na escala global. De Portugal, os alertas das associações ambientalistas são cautelosos e mesmo críticos, mencionando que Durban deu um passo à frente para um tratado global, mas continuamos no caminho para um aumento de temperatura de 4ºC (e não 2ºC) em relação à era pré-industrial. Se assim for, continuaremos além do limite acima do qual as alterações climáticas serão catastróficas. Sabemos que o Brasil está comprometido com o pós-Quioto, pois as recentes declarações da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, provam isso e demonstram que o Brasil quer atingir as metas. Contudo, metas
não serão cumpridas antes de 2020. O Brasil, já em 2009, na Conferência de Copenhague, comprometeu-se em reduzir as emissões nacionais entre 36,1% e 38,9% até 2020. Em discurso, a ministra disse que as ações brasileiras de redução de emissões estão “estreitamente integradas na política de inclusão social e erradicação da pobreza”, citando o uso de energia solar em casas do programa Minha Casa, Minha Vida e do Bolsa Verde. São boas notícias para a nossa construção sustentável. É preciso que os governos locais tenham preocupação local. Temos de aplicar a máxima de “pensar global, agir local” mais do que nunca. É para este mote que vimos sensibilizar, neste ato, as prefeituras e o governo local. Apelamos que comecem por dar exemplo no planejamento e ordenamento do território, construindo um ambiente urbano sustentável, e criem regras e estabeleçam regulamentos para incentivar e obrigar promotores e construtores a darem o primeiro passo nos seus empreendimentos sustentáveis. Melhorarão - e muito - a qualidade de vida dos munícipes, reduzindo grande parte dos custos ambientais das prefeituras. As crises ambiental e financeira são duas realidades, evidenciando que o atual crescimento econômico é insustentável e que a liderança mundial esbarra nas soberanias nacionais para resolver as crises resultantes dos processos de globalização. Renato Leal estrutura negócios, atuando no Brasil e em Portugal renato.leal@b4.com.pt Isabel Santos é presidente da Ecochoice, empresa portuguesa em implantação no Brasil isabel.santos@ecochoice.pt
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ENTREVISTA
CHESF SEGUE OS BONS VENTOS
A
o assumir o cargo de presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), em 07 de dezembro de 2011, o engenheiro elétrico João Bosco de Almeida disse que a empresa, a maior das 22 que compõem o sistema Eletrobrás, dará prioridade à área de energias alternativas. Uma das metas é resgatar a energia solar do desconfortável lugar de “energia limpa, mas economicamente inviável”. Seguindo o plano do Sistema Eletrobrás de ser, em 2020, o maior sistema empresarial de energia limpa do mundo, e o esgotamento da geração hidrelétrica, a Chesf volta-se para os parques eólicos, prevendo a instalação de oito deles no Nordeste, divididos entre a Bahia e o Ceará. João Bosco, funcionário de carreira da Chesf que volta à estatal depois de atuar como secretário de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco, com o aval do governador do Estado, Eduardo Campos, se depara com bons ventos num setor onde as demandas de geração vem sendo antecipadas para dar conta do desenvolvimento econômico do Brasil. Muitos projetos em curso no setor elétrico, mais uma vez, poderão energizar o setor construtivo.
Cristina França
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Nordeste como destino de usinas nucleares, ao mesmo tempo com projetos eólicos e fotovoltaicos. Podemos detalhar mais esta política energética e como a Chesf vai contornar a questão ambiental? A política energética para o Nordeste e demais regiões do país tinha como prioridade o aproveitamento hidrelétrico da Amazônia, conforme está apresentado no Plano de Expansão de Longo Prazo (PNE) 2030, elaborado em 2005. Por conta das dificuldades ambientais para implantação das usinas amazônicas, houve a necessidade de implantação de outras fontes como as termelétricas e as fontes alternativas, particularmente a eólica, conforme se observa nos últimos leilões. Com relação às usinas nucleares, de acordo com o previsto no PNE 2030, visualiza-se a implantação de quatro usinas no Brasil, sendo duas no Nordeste e duas no Sudeste. No entanto, as análises em curso por conta do acidente em Fukushima, no Japão, recomendam aguardar o posicionamento da Agência Internacional de Energia(AIE) e, certamente, deverá ser feito um reexame da questão no Brasil. O PNE 2030 foi atropelado pela evolução da eólica e pelos fatos terríveis do Japão. Falta a energia solar dizer a que veio. Focando na questão ambiental, sol e vento são bem mais corretos.
2020, o maior sistema empresarial global de energia limpa. Temos hoje 10.615 megawatts (MW) de potência instalada, sendo 98% de origem hídrica e, portanto, de energia limpa, mas que está se esgotando. Nos voltaremos, então, para outra vocação. Teremos quatro parques eólicos na Bahia, somando 270 MW, concluídos até o final de 2012, e mais quatro no Ceará, totalizando 111 MW, com operação prevista até janeiro de 2016. O potencial eólico do Nordeste, que vai crescer com a possibilidade de aproveitamento via torres instaladas no mar, é de 75 gigawatts (GW). Para conectar esses empreendimentos ao Sistema Interligado Nacional (SIN), estão sendo construídas linhas de transmissão exclusivas.
No país não há experiência quanto aos impactos ambientais decorrentes da implantação de usinas solares
Quanto à solar no PNE 2030, a previsão é que a fonte não teria perspectiva comercial nesse horizonte. No entanto, prováveis avanços na tecnologia devem acarretar rápidas mudanças nos cenários de oferta. Com relação às questões ambientais, no país não há experiência quanto aos impactos ambientais decorrentes da implantação de usinas solares. Já a geração eólica tem o seu impacto ambiental bem conhecido e administrado. Para a energia nuclear, tem-se a experiência de Angra I e II no Sudeste.
Quais empresas privadas trabalham hoje no mapeamento dos ventos do Nordeste?
A Chesf, por ser a maior empresa de geração do país, quer comandar o processo em relação às novas fontes. Como está a situação hoje?
Quantas usinas alternativas estão conectadas ao SIN?
Nosso posicionamento está em consonância com a visão do Sistema Eletrobras de ser, em
Atualmente existem inúmeros empreendedores que estão efetuando medições locais para o desenvolvimento de seus projetos eólicos. Após a entrada em operação desses empreendimentos, eles passam obrigatoriamente a fornecer os dados anemométricos para o Operador Nacional do Sistema (ONS), o que levará a um mapeamento mais preciso do vento no Nordeste.
Segundo dados da Aneel, em 21/12/2011, o montante é de 417 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). A Eletrobras e suas subsidiárias são agentes transmissores com a
maior quantidade de linhas. Todos os agentes de geração têm livre acesso ao sistema de transmissão interligado. Atrasos na entrada em operação das usinas alternativas prejudicam a confiança do setor produtivo nas energias alternativas? A energia necessária ao atendimento da demanda do setor produtivo e de todo o setor elétrico brasileiro é garantida pelo planejamento energético do sistema que considera, inclusive, a possibilidade de atraso nos novos empreendimentos de geração energética. Na realidade, os empreendimentos de geração de energia estão sendo antecipados. Desta forma, entendemos que eventuais atrasos na entrada em operação de novas fontes alternativas não devem afetar a confiança do setor produtivo neste tipo de geração. Para os próximos dez anos, qual a perspectiva em termos de energia alternativa no Nordeste? É possível desenhar um quadro de quais e onde estariam essas fontes? Dado que o potencial hidrelétrico do Nordeste está praticamente esgotado, a oferta de energia a médio prazo, baseada em fontes alternativas, recairia prioritariamente na geração eólica, mas a longo prazo é esperada uma participação importante da energia solar. No Plano Decenal de Expansão de Energia 2020, está prevista a entrada de 2.584 MW em PCHs, 2.580 MW em biomassa e 10.155MW em energia eólica. Essa geração eólica está concentrada, principalmente, no litoral e em algumas regiões do Sertão. Haverá parcerias estrangeiras nas usinas nucleares previstas para o Nordeste? Hoje, pela Constituição Federal, a energia nuclear é de exclusividade do Estado. No entanto, tramita no Congresso Nacional uma proposta de permitir a participação privada na implantação de novas usinas nucleares.
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CAPA
MAIS QUE UMA FÁBRICA A Fiat vai mudar a face econômica da Mata Norte de Pernambuco e reproduzir um modelo socioambiental de sucesso
A estação de tratamento que recicla 99% da água do processo industrial da Fiat em Betim
Cristina França
A
fábrica que a Fiat construirá em Pernambuco, em Goiana, a 62 quilômetros do Recife, será calcada no mesmo know-how ambiental presente na fábrica de Betim, em Minas Gerais, fundada há mais de duas décadas. Na posição de centro do polo automotivo pensado para o Estado, a Fiat pretende não apenas ser modelo com seu sistema de gestão ambiental, mas influir na qualidade do crescimento da cidade que vai abrigá-la e dos municípios vizinhos. Um estudo socioeconômico ambiental sobre Goiana e a região foi encomendado e estará pronto até meados do próximo ano. O responsável pela comunicação corporativa, Roberto Baraldi, diz que a Fiat acredita poder, em parceria com o Governo de Pernambuco e as administrações locais, induzir a expansão ordenada com a capacitação da mão de obra local, para que o trabalhador seja também morador. O menor impacto ambiental desejável está atrelado ao maior impacto social possível por meio da educação. Em Goiana, não serão apenas produzidos automóveis: um acordo de qualificação de engenheiros,
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envolvendo as universidades federal e estadual de Pernambuco e o tradicional Instituto Politécnico de Turim, vai preparar 50 jovens também para projetar e desenvolver carros. Como modelo, a fábrica da Fiat terá layout moderno, otimizado, com fluxos de materiais e de produtos dentro dos mais elevados parâmetros da World Class Manufacturing (WCM). A integração com o parque de cerca de 100 fornecedores prevê alta eficiência logística, com reduzida demanda de movimentação de insumos, matérias-primas e componentes e potencial redução da pegada de carbono relativa a tais etapas. A pegada de carbono é a medida do impacto das atividades humanas sobre as emissões de gases do efeito estufa (ou o quanto de dióxido de carbono é liberado em cada uma delas). Nos 14 milhões de metros quadrados de área, além da fábrica e do parque de fornecedores, haverá centro de capacitação de mão de obra, centro de desenvolvimento tecnológico, pista de teste e campo de provas. No projeto, haverá utilização de asfalto produzido a partir de pneus reciclados para
pavimentar as ruas internas, instalação de ciclovias, máxima utilização de luz natural, coleta seletiva e tratamento e reutilização de 99% da água destinada ao processo industrial, eliminando a captação de água potável da rede pública para este fim e reduzindo o descarte de efluentes na rede pública de esgoto. Na fábrica de Betim, o Complexo de Tratamento de Efluentes Líquidos é formado por um conjunto de nove estações de tratamento, que compreendem um sistema de membranas filtrantes para impedir a passagem de sólidos e de membranas de osmose reversa para o polimento da água. O mesmo deve ser instalado na unidade pernambucana. Como em Betim, a fábrica de Goiana terá sua ilha ecológica, que receberá todos os resíduos a serem reaproveitados e/ou reciclados (isopor, papel, papelão, madeira, metais etc). O isopor, material no qual a Fiat é pioneira no processo de reciclagem, pode ser transformado em matéria-prima para a produção de vasilhames, solas para calçados, corpo de canetas e embalagens.
CAPA
Raio X do empreendimento Onde: Goiana, Mata Norte de Pernambuco, a 62km do Recife Área: 14 milhões de metros quadrados Investimento: R$ 3,5 bilhões Capacidade: 250 mil veículos por ano Empregos: 4.500 Fornecedores: cerca de 100 Previsão de término das obras/operação: 2014
O que será feito: - Planta para produção - Campo de provas - Pista de testes - Centro de desenvolvimento de tecnologia - Centro de treinamento e capacitação - Parque de fornecedores
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RECICLAGEM E EFICIÊNCIA A busca de um modelo sustentável de negócios para o setor automotivo abrange um arco extenso de ações, para tornar o processo de fins diversos; e recuperação, também desigprodução mais enxuto e limpo e os veículos nada como valorização energética, é a utilimais eficientes no consumo de energia e zação de materiais para a geração de energia na redução de suas emissões, ao longo da por meio da incineração. vida útil. Nos últimos anos, cresceu também Isso significa que a Avaliação do Ciclo a preocupação com a reciclagem segura do de Vida (ACV) de um produto é abrangente, maior número possível de partes e compotratando da interação entre o produto e o nentes do veículo. ambiente desde a sua produção, até o seu Quando, em 2000, o parlamento europeu descarte. Ou seja, é realizado um inventário promulgou a Diretiva 2000/53/CE, cuja decom o levantamento das matérias-primas corrência foi o desenvolvimento de veículos que serão utilizadas e dos poluentes que sepotencialmente recicláveis, a partir, prinrão emitidos ao longo da vida do produto. O cipalmente, da restrição ao uso dos metais resultado desse inventário é dado em quanpesados como chumbo, mercúrio, cádmio e tidade de energia (eletricidade, calor, vapor), cromo hexavalente, a Fiat tratou de garantir minérios (de ferro, alumínio, cobre etc), carque os veículos produzidos em Betim atenvão, petróleo, gás natural, madeira, papel, dessem às especificações e fossem homoloágua, plásticos, borrachas, entre outros. Com gados na União Europeia. base nessas informações, os impactos amA legislação europeia evoluiu por meio da bientais de todo o ciclo de vida do produto Diretiva 2005/64/CE, que estabeleceu que podem ser calculados. os veículos somente podem ser comerciaNa prática, todas as peças confeccionadas lizados na UE caso sejam, no mínimo, 85% em plástico ou borracha, com peso maior que reutilizáveis e/ou recicláveis, e 95% reutili50 gramas, são identificadas com a marca de záveis e/ou recuperáveis. Para compreender reciclagem, que indica sua composição e permelhor a norma, é importante saber que mite a separação dos diferentes materiais. A reutilização é o emprego de um componente Fiat garante que os seus veículos são isentos de para a mesma finalidade para a qual foi conmetais pesados como cádmio, chumbo e cromo cebido; reciclagem é o reprocessamento de hexavalente, enquanto cresce a aplicação de fimateriais, transformando-os em componenbras vegetais em várias partes do veículo, tais tes automotivos ou em outros objetos para como porta-pacotes e painéis de porta.
A estação de tratamento de efluentes
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TECNOLOGIA
PRODUTOS PARA GANHAR TEMPO Fabricantes de aditivos para argamassa apresentam ao mercado novidades que propõem agilidade na aplicação Argamassa “aplicou&pegou” é a aposta da Dow
Cristina França
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Contrapiso perfeito, mesmo que escondido, é o que anuncia a Weber Saint-Gobain
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ara a construção civil, qualquer material produzido ou processado externamente, que agregue qualidade, é bem-vindo. Com um canteiro de obras organizado, focado no produto final, ganha-se em agilidade e reduz-se desperdícios. Daí que interessam - e muito - novidades como o WalocelTM MKW, aditivo para argamassa de revestimento, lançado pela Dow na 12ª Mostra Internacional da Indústria de Revestimento, Equipamentos e Tecnologia, promovida pelo Fórum Internacional para Argamassas Drymix, em novembro, em São Paulo. Vanessa Grossi, gerente de Marketing da Dow, informa que a linha Walocel MKW chega simultaneamente em toda a América Latina e espera repetir o sucesso da Europa, onde foi lançada há dois anos. “Trata-se de uma tecnologia diferenciada, desenvolvida a partir de éteres de celulose, com uma modificação química específica para revestimento. Para o mercado, estamos sublinhando mais facilidade na aplicação, no nivelamento e na resistência a altas temperaturas, o que resulta em um produto mais leve e com tempo de pega otimizado”, diz. A Dow está oferecendo a novidade para todos os fabricantes de argamassa de
TECNOLOGIA
Casado: resina celulósica pode ser diferencial.
Bombas aceleram a aplicação de contrapiso autonivelante
revestimento industrial e vai realizar provas de campo com alguns parceiros nos próximos meses. A linha de éteres de celulose Walocel MKW é composta por 11 produtos, sendo resultado de pesquisas desenvolvidas pela Dow desde 2007, ano em que a empresa comprou a Wolff Cellulosics e, junto com ela, a marca Walocel, que inclui aditivos para argamassas colantes e de rejuntamento. “A argamassa precisa ser adequada às condições de clima e às necessidades de uso. No geral, o que se pede de uma argamassa é que tenha resistência, trabalhabilidade, durabilidade e flexibilidade para se adaptar aos imperceptíveis movimentos de um prédio, retendo a quantidade de água suficiente para não perder aderência e evitando o descolamento na base. Aditivos como resinas celulósicas têm alto desempenho neste último item”, informa o professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade de Pernambuco Alberto Casado. Em Pernambuco, por exemplo, a temperatura média é de 25º e há que se verificar a velocidade média do vento antes de definir a argamassa mais indicada. A Dow afirma que seu produto suporta variações de temperatura entre 0º e 40º.
O engenheiro e professor Ângelo Just, gerente da Tecomat (Tecnologia da Construção e Materiais), responsável pelo setor de revestimento e habitação, indica a retenção de água entre 80% e 90%. “O clima do Nordeste é bastante agressivo. A NBR 13281, de 2001, prevê as várias classificações da argamassa, mas quem decide qual usar é o projetista da obra”, diz Just. O éter de celulose em pó de uma argamassa é, basicamente, o mesmo que vai no sorvete para garantir que ele não derreta rapidamente. “Fornecedores no Nordeste não usam éteres de celulose na argamassa de revestimento. É do meu conhecimento que usam na argamassa colante, daí o caráter interessante da proposta da Dow”, acrescenta. A argamassa leva de duas a três horas para interagir com o cimento e ganhar resistência mecânica, do contrário acontece a fissura por retração – a promessa da Dow é o éter de celulose reter água com alta performance neste processo. Para aplicar em acabamentos finais como cerâmica, o ideal é esperar 72 horas. É neste prazo que as fissuras aparecem. Outra solução apresentada na mostra
veio da Weber Saint-Gobain e, segundo a empresa, é específica para o Brasil. Trata-se da argamassa fluida, contrapiso autonivelante que promete acabamento perfeito sem as irregularidades do que comumente se conhece por argamassa farofa, mais seca. O chefe de produto da Weber Saint-Gobain, Rafael Gonçalves, explica que apresentou a novidade para evidenciar a estrutura de pesquisa da multinacional, mas o produto estará disponível apenas em fevereiro de 2012 e somente para construtoras. “O mercado brasileiro tem grande potencial. Nosso produto atenderá projetos residenciais, comerciais e industriais”, prevê. O professor Alberto Casado ressalta que, utilizados como colchão intermediário (base para aplicação do piso final), os contrapisos autonivelantes chegam a dispensar o soquete manual e, quanto mais fluidos, melhor, desde que mantenham as características já descritas em relação às argamassas de revestimento. O detalhe é que, argamassas fluidas para explorar todo o diferencial do pouco tempo necessário para a sua aplicação, precisam de terceirizados que façam o serviço.
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TECNOLOGIA
ARGAMASSA FLUIDA – A PRÁTICA HOJE Específica para o mercado brasileiro, a argamassa fluida da Weber Saint-Gobain pode resolver o dia a dia de empresas como a Plannar, que faz aplicação de contrapiso autonivelante. Ela está no mercado pernambucano há seis meses, embalada pela demanda que cresce em função da exigência dos prazos e por evitar o transporte vertical na obra. A Plannar, parceira da espanhola Utiform, utiliza bombas para levar, por meio de mangueiras semelhantes àquelas dos bombeiros, a argamassa fluida até, no máximo, o 28º pavimento (cada bomba chega a bombear o produto até o 14º; acoplando-se uma segunda bomba, chega-se ao 28º andar). Realiza-se em um dia o trabalho de uma semana. A questão é que o contrapiso autonivelante aplicado pela Plannar tem um indesejado espelho d´água – o ideal é a água permanecer, mas totalmente fundida com o cimento e a areia, aguentando o calor gerado pelo cimento e pelo ambiente nas primeiras idades (três dias). O novo produto da Weber Saint-Gobain teria que, por exemplo, resolver este problema. Mesmo com espelho d’água, é preciso curar a argamassa, jogando água durante três dias, “em respeito às condições climáticas locais”, segundo a engenheira Patrícia Neves, sócia da Plannar. O ensaio de arrancamento que avalia a aderência é feito após 28 dias, qualquer que seja a tecnologia presente na argamassa fluida. O espelho d’água forma-se porque o aditivo lubrificante e a areia não são ideais, uma vez que, no Recife, sede da Plannar, não há uma central de argamassa, tendo a empresa que usar areia e equipamentos de transporte e mistura dos fornecedores de concreto. Buscando uma solução para o aditivo fluidificante, a Plannar está em contato com a alemã Knopp Chemie e aguarda resultados de testes que possam indicar uma nova composição para o aditivo usado hoje. Uma década atrás, argamassas fluidas não teriam espaço. A argamassa farofa atendia, com qualidade, às necessidades. Tanto havia prazo longo quanto mão de obra para nivelar, manualmente, suas imperfeições.
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Estacionamentos: contrapisos autonivelantes como solução final
ESPECIAL
A CONSTRUÇÃO DA MUDANÇA A região que vem crescendo acima do Brasil, há alguns anos, deverá receber R$ 344 bilhões em investimentos em obras públicas e privadas até 2016, um volume que promete transformar o cenário de cidades e a vida da população na próxima década. Mas ainda há muito a construir em infraestrutura e muito a se planejar para que a região siga no embalo dos empreendimentos estruturadores que estão em construção e podem, realmente, mudar a face da economia regional
A transposição do rio São Francisco potencializará a economia de quatro Estados nordestinos Cristina França
A
Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema) apresentou, em outubro passado, dados promissores para a construção no relatório dos principais investimentos nas áreas de infraestrutura e industrial, previstos para o Brasil até 2016. Pelo relatório, existem 13 mil grandes obras em todo o país, envolvendo R$ 1,479 trilhão nos setores de combustível (petróleo, gás e outros), energia, habitação, hotel e resort, indústria, infraestrutura esportiva,
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saneamento, shoppings, transportes e vias urbanas, tópico que inclui edifícios públicos, hospitais, universidades, penitenciárias, entre outros. Nesse cenário, o Sudeste aparece em primeiro, com quase R$ 836 bilhões em investimentos, e o Nordeste vem em segundo lugar, com cerca de R$ 344 bilhões. “As demandas e oportunidades do pré-sal dão primazia ao Sudeste, mas no Nordeste os investimentos estão mais pulverizados”, analisa Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema.
Estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que estará pronto até o final do próximo trimestre, já aponta que os investimentos em infraestrutura (energia elétrica, telecomunicações, saneamento, ferrovias, portos e aeroportos), no Brasil, para o quadriênio 2012-2015, serão de R$ 392 bilhões. Por não fazer recorte regional, o banco não prevê quanto deste bolo será destinado ao Nordeste. O vice-presidente da Sobratema afirma, no entanto, que esse cenário extremamente
ESPECIAL
animador é apenas a saída da inércia dos anos 80 e 90. Para chegar próximo de países como China e Índia, o Brasil terá que investir pelo menos 3% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura pelos próximos dez anos. Esta inquestionável verdade está lado a lado com o desempenho campeão da Região Nordeste em relação ao resto do país nos últimos anos. Na análise do economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) Luís Fernando Mendes, os indicadores de investimento, a geração de empregos, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a curva ascendente do mercado imobiliário transformaram o Nordeste em uma espécie de tigre asiático. “É muito arriscado, em se tratando de projeções econômicas, fazer previsões de futuro. Mas tudo leva a crer que as principais cidades da região (Fortaleza, Salvador e Recife) devem continuar sendo os carros-chefe desse crescimento. Todavia, dados do IBGE também indicam uma boa performance das cidades de médio porte, com até 500 mil habitantes, reflexo especialmente do programa Minha Casa, Minha Vida”, diz Mendes. Focando o Nordeste, a economista Tânia Bacelar, professora da Universidade Federal de Pernambuco e sócia da Ceplan (Consultoria Econômica e Planejamento), enfatiza que a região precisa de infraestrutura para ter competitividade e sair de vez da dependência
REGIÃO NORDESTE ESTADOS
Nº DE OBRAS
VALOR DE INVESTMENTO R$
AL
380
12.716.530.854
BA
852
68.587.414.888
CE
776
86.971.795.410
MA
385
54.118.561.084
PB
505
3.641.328.326
PE
819
61.320.255.962
PI
512
4.821.360.578
RN
252
6.359.945.423
SE
232
4.177.465.724
62
41.912.257.957
MAIS DE UM ESTADO
TOTAL
4.775
Fonte: Sobratema
344.626.916.208
Marques, da Sobratema: o cenário é positivo, mas nenhum Estado tem infraestrutura competitiva ainda
da guerra fiscal ou da força política de seus governantes. “Na macrotendência, o desenvolvimento continua centrado de Minas Gerais para baixo, em função do pré-sal. O Nordeste deve se inserir neste contexto, além de buscar saída para o Pacífico e interligar a Transnordestina à Ferrovia Norte-Sul. O potencial agrícola ao sul do Maranhão, Piauí e Bahia depende do escoamento intermodal da produção”, analisa Tânia Bacelar.
Ela refere-se ao vazio de infraestrutura que se percebe com um rápido olhar na região central do país, onde concentra-se a produção agrícola nacional, assim como em todo o interior do Nordeste. Ferrovias, rodovias e hidrovias devem se integrar para induzir o desenvolvimento. No Maranhão, por exemplo, o potencial do Rio Itapecuru está na mira do governo, que prevê sua interligação com as hidrovias dos rios Tocantins e Parnaíba. É o caminho para espalhar pelo Estado as benesses da estratégica localização do Complexo Portuário de São Luís (Porto do Itaqui, Terminal Ponta da Madeira e Alumar). O Porto do Itaqui está sendo preparado para mudar a rota de exportação da soja – opção aos praticamente saturados portos de Paranaguá e Santos. Em Itaqui, o Terminal de Grãos do Maranhão já está licitado ao custo de R$ 143,1 milhões e deve entrar em operação no final de 2013. Com R$ 167 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, está em obras o berço 100 - o berço 108 (para derivados de petróleo) será licitado em fevereiro. Tanto Tânia Bacelar quanto o vice-presidente da Sobratema apostam no Maranhão como Estado mais promissor, junto com Pernambuco, Bahia e Ceará. Em 2012, a capital São Luís completa 400 anos, recebendo a promessa de que terá garantia de segurança no seu fornecimento de energia, com a duplicação, em dois anos, da linha de transmissão Açailândia/Miranda. Também será retomada a duplicação da BR-135, única via de acesso terrestre para São Luís, que está prevista no PAC 2. Após revogação do primeiro edital para adequações no projeto de engenharia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) espera emitir a ordem de serviço para as obras em junho deste ano. Já a conclusão da primeira etapa da Refinaria Premium I, orçada em US$ 19,8 bilhões, no município de Bacabeira, que será a maior da Petrobras, foi adiada de 2014 para 2016 e, a segunda etapa, de 2017 para 2019. Cada etapa terá capacidade de refino de 300 mil barris/dia (o dobro da Premium II, em Pecém, no Ceará). Ao apagar das luzes de 2011, o Piauí teve assegurada a ordem de serviço para elaboração do projeto executivo do porto de Luís Correia - outra importante obra, incluída no PAC 2, para colocar no mapa do
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ESPECIAL desenvolvimento as áreas assinaladas pela professora Tânia Bacelar. O porto vai custar R$ 4,3 milhões, sendo fundamental para escoar principalmente a produção dos cerrados e da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Parnaíba, a 330 quilômetros de Teresina. A ZPE, investimento de R$ 10 milhões, deverá estar pronta em junho de 2013 e terá em sua área indústrias de agronegócio, farmacoquímicas e de tecnologia. Além do seu quinhão na Transnordestina, o Piauí tem obras garantidas pelo PAC 2 nas BRs 135 (pavimentação), 235 (construção/ pavimentação) e 020 (pavimentação). Através de uma parceria público-privada, mais uma rodovia deve beneficiar os cerrados piauienses: os 336 quilômetros da Transcerrados esperam ser asfaltados para beneficiar o polo agrícola Uruçuí-Gurguéia. No Rio Grande do Norte, o PAC 2 prevê a conclusão da ampliação e adequação do Terminal Salineiro de Areia Branca – até 2014 serão gastos R$ 79,3 milhões na obra. Previstas também ações no porto de Natal, com a licitação para o terminal de passageiros e a ampliação do cais. Com o compromisso de
Translitorânea promete água para João Pessoa por mais 30 anos
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O aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal, tem pressa para decolar antes da Copa 2014
ficar pronto antes da Copa 2014, o Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, a 13 quilômetros do centro da capital potiguar, certamente é o maior legado do evento esportivo para o Rio Grande do Norte. “O aeroporto será o porto de Suape do Estado”, sintetiza Tânia Bacelar. Primeiro aeroporto brasileiro concedido à iniciativa privada, o São Gonçalo do Amarante será viabilizado pelo Consórcio Inframérica, que irá investir R$ 650 milhões na sua construção (parcial) e operação. Será intermodal para cargas e passageiros, com área para instalação de empresas. A expectativa é que, pela localização estratégica, transforme-se no maior complexo aeroportuário da América Latina. Sem grandes investimentos em portos, aeroportos e refinarias, a Paraíba concentra esforços em saneamento e infraestrutura turística. O porto de Cabedelo ficou fora do PAC II, mas respira e tem planos de ser complementar ao porto de Suape. O ano de 2011 foi o melhor da sua história, com um movimento de 1.754.943 toneladas de mercadorias. Há projetos para implantar o Terminal de Múltiplos Contêineres e um terminal de passageiros, além do reforço do cais, ao custo de R$ 450 milhões. “A falta de convergência política atrasou a entrada da Paraíba no boom do desenvolvimento nordestino. Mas precisamos não cometer os mesmos erros e crescer, investindo na qualidade de vida e na preservação do meio ambiente. O setor imobiliário tem
a cultura da sustentabilidade e está apoiado em investimentos públicos, urbanização e parques no perímetro urbano da capital”, diz o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa, Irenaldo Quintans. No PAC 2, o Estado foi contemplado com R$ 138,2 milhões da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), volume atrás apenas da Bahia, para obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário, inclusive de municípios beneficiados pela transposição do Rio São Francisco, conforme exigências do Ibama. A maior obra do PAC I, a adutora
Para a economista Tania Bacelar, o Nordeste precisa sair da dependência da guerra fiscal e da força política dos governadores
ESPECIAL Translitorânea, orçada em R$ 160 milhões, no litoral paraibano, estará concluída no final deste ano e vai garantir o abastecimento da Região Metropolitana de João Pessoa pelos próximos 30 anos. Para atrair eventos de porte, a Paraíba aposta no Centro de Convenções e nos investimentos em mobilidade – além de corredores e linhas de Bus Rapid Transit (BRT) na capital e Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) entre Santa Rita e Cabedelo, onde fica a famosa praia do Jacaré e o mais conhecido atrativo paraibano: o bolero de Ravel tocado no pôr do sol. Chamado de Leão do Norte, Pernambuco faz jus à homenagem e ruge as benesses dos investimentos em todas as direções: porto de Suape, Estaleiro Atlântico Sul, Petroquímica e Companhia Siderúrgica Suape, Refinaria Abreu e Lima, no litoral sul, e polo automotivo (capitaneado pela Fiat), ao norte, são os mais significativos. A duplicação da BR-101, passando pelo município de Goiana, sede da futura Fiat, carreia a ocupação econômica e habitacional com reflexos nas economias da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Marcello Gomes, consultor executivo da Associação
das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi/PE), aponta a expansão imobiliária em novas centralidades urbanas. “Com espaço e infraestrutura, além de uma legislação coerente com o mercado e o meio ambiente, teremos um crescimento de tendência horizontal não só nas laterais da BR101, mas também na região oeste da capital e nos municípios beneficiados pela Transnordestina”, diz Gomes. Em São Lourenço da Mata, na zona oeste do Recife, a Odebrecht está investindo R$ 532 milhões, através de uma parceria público-privada, para construir a Arena da Copa, eixo da futura Cidade da Copa, o bairro inteligente que terá campus universitário, lazer, moradias e espaços comerciais e empresariais. A construtora é responsável também pela Reserva do Paiva, no litoral sul, um complexo de hotéis, centro empresarial e moradias de alto padrão no sobrecarregado acesso ao porto de Suape. No centro de tudo isto, investimentos em mobilidade correm para aliviar o estresse de pernambucanos e agregados. “O Governo de Pernambuco está
Quintans, do Sinduscon de João Pessoa: atraso a recuperar, mas com otimismo
priorizando o transporte coletivo. Mesmo com todos os investimentos na estrutura viária, não há como suportar o transporte individual. Em 2011, 230 mil veículos foram matriculados no Detran. Carro precisa ser o plano B”, diz o secretário das Cidades, Danilo Cabral. O Programa Estadual de Mobilidade Urbana prevê investimentos de R$ 605 milhões para criar corredores exclusivos nas
O esperado Centro de Convenções da Paraíba, em João Pessoa, em breve vai reforçar o turismo do Estado
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ESPECIAL
Os VLTs da CBTU-Metrorec começam a operar em 2012 para facilitar o acesso a Suape
Danilo Cabral, secretário de Cidades de Pernambuco, aposta em obras para mobilidade urbana
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principais vias do Recife, onde vão circular 250 BRTs inseridos no Sistema Estrutural Integrado (SEI). A meta é chegar na Copa do Mundo atendendo 1,6 milhão de usuários, pagando uma única passagem para circular na Região Metropolitana do Recife. Em direção ao porto de Suape, num percurso de 18 quilômetros atualmente realizado em trem diesel, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Metrô do Recife (Metrorec) estão implantando o sistema VLT, ao custo de R$ 100 milhões. Os sete VLTs que atenderão à demanda estão sendo fabricados pela empresa Bom Sinal, em Barbalha, no Ceará, e vão custar R$ 56 milhões. A opção pelo transporte público depende do conforto e da pontualidade. Refrigeração nos BRTs de 160 lugares, painéis informativos em todas as paradas, com informações inclusive via celular, são ofertas na mesa da mobilidade. O secretário Danilo Cabral também está entusiasmado com uma antiga aspiração do Recife, cidade conhecida como a “Veneza brasileira”: utilizar os rios Capibaribe e Beberibe como complemento ao
Sistema Estrutural Integrado. Segundo ele, o Ministério das Cidades aprovou o projeto inicial apresentado, orçado em R$ 398 milhões. Para utilizar o corredor fluvial, sem o estresse do trânsito, em barcos climatizados e adequados ao transporte de massa, com estações de embarque e desembarque, os usuários pagariam uma só passagem de ônibus por trecho de ida ou volta. Para todo o Estado, a Secretaria de Transportes e o Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER/PE) têm a realizar, até 2014, o Plano de Infraestrutura Rodoviária Caminhos da Integração, que destina R$ 1,98 bilhão para restauração, implantação, pavimentação, duplicação e requalificação em 73 rodovias. Entre estas obras, a BR-232, principal eixo de integração de Pernambuco, será triplicada em 6,8 quilômetros para facilitar o acesso à Cidade da Copa e restaurada até Caruaru. Na mobilidade da Copa, entram também a duplicação da BR-408, a requalificação da PE-08 e a reparação da PE-60, estas duas dando acesso ao litoral sul e ao porto de Suape.
ESPECIAL Saindo do litoral, está praticamente pronta a duplicação de 51,7 quilômetros da BR104, conhecida como Rodovia do Jeans, em função do polo de confecções do Agreste pernambucano, bem como restaurados os 130 quilômetros da PE-320. Junto com a PE390, a rodovia forma a Transpajeú e interliga todo o Vale do Pajeú à Paraíba, através das cidades de Serra Talhada e Afogados da Ingazeira. COLADOS NOS GRANDES - O crescimento das cidades de médio porte pelo interior do Nordeste, para o qual Tânia Bacelar chama a atenção, especialmente na perspectiva da integração da Transnordestina com a Norte-Sul, é fato nos municípios de Salgueiro, em Pernambuco, e Arapiraca, em Alagoas, ponto de chegada do Canal do Sertão, uma fenda impermeabilizada de 250 quilômetros que cortará 42 municípios desde o Lago de Moxotó, em Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas. O canal deve estar pronto até o final de 2013, sendo alvo de interesse direto de mais de um milhão de pessoas. Sinal do desenvolvimento, Arapiraca vai ganhar seu primeiro centro de compras, o Pátio Arapiraca Garden Shopping, com 46,5 metros quadrados de área construída, em abril de 2012. Ao sul e ao norte do litoral alagoano,
investimentos para ampliar o turismo: a duplicação da AL-101 (sul) engloba a região das lagoas e dos mares do sul e desafoga a entrada e saída diária de Maceió. No total, até o meio do próximo ano, serão duplicadas quatro pontes e 25,8 quilômetros de estrada, além da construção de três viadutos; ao norte, o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares terá uma rota opcional até o polo turístico da Costa dos Corais, diminuindo a viagem em até 40 minutos. Sem a pujança econômica de Pernambuco, Alagoas coloca suas belezas naturais na vitrine. “Com a duplicação da BR-101 em sua totalidade, Maceió ficará a duas horas do Recife e a duas horas e meia de Aracaju. Desta forma, teremos mais possibilidades de integrar o desenvolvimento de Alagoas aos Estados vizinhos, principalmente Pernambuco”, diz o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes. Ele confirma o interesse em atender às demandas do porto de Suape com um polo multissetorial na divisa com Pernambuco, mas adianta que está sendo feito um projeto para um novo porto no litoral sul, entre os municípios de Coruripe e Piaçabuçu. “Dependerá apenas de mudanças no marco regulatório do setor portuário por parte do governo federal, pois nosso objetivo é construir através de uma parceria público-privada”.
O secretário de Planejamento de Alagoas, Luiz Otávio Gomes, comemora a duplicação da BR-101, que vai deixar Maceió a apenas duas horas do Recife
Visando à Copa 2014, Sergipe prepara a reforma e ampliação do Aeroporto Santa Maria, um investimento de R$ 245 milhões. Procurando usufruir ainda mais do fluxo turístico da Bahia, deve ser entregue, até março deste ano, a Ponte Gilberto Amado, avaliada em R$ 119 milhões, sobre o Rio Piauí, pela qual se chegará, via litoral, de Aracaju a Salvador, evitando o tráfego pesado da BR-101. Em 2009, já havia sido entregue a Ponte Joel Silveira, que diminuiu a distância para Salvador em 70 quilômetros.
O Canal do Sertão, em Alagoas, além de abastecimento, vai impulsionar a agricultura irrigada e a piscicultura
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ESPECIAL
UMA FERROVIA, 85 DESTINOS
E
m janeiro de 2010, o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste (BNB), publicou o informe setorial “Panorama da infraestrutura de transportes no Nordeste”. Neste informe, a malha ferroviária da região administrada pela Transnordestina Logística S/A – 4.207 quilômetros pelos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas - comparecia com “os piores indicadores entre todas as ferrovias: a menor produção de transporte ou 1,0 bilhão de toneladas por quilômetro útil (TKU); a menor densidade de tráfego (159.930 TKU por quilômetro) e a menor velocidade média de percurso (16,7 quilômetros por hora), o que reflete as suas condições precárias de tráfego, inclusive com vários trechos desativados”. Dentro desse panorama, entende-se a importância da Nova Transnordestina em seus 1.728 quilômetros de extensão, ligando o município de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém,
no Ceará, a uma velocidade de 80 quilômetros por hora. As principais cargas transportadas serão minérios e grãos dos Estados do Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia; e gesso, da divisa de Pernambuco com o Piauí. “A perspectiva é que de 50 milhões de toneladas de grãos desta região - 10% da produção nacional, 30 milhões passem por Suape e Pecém, e 20 milhões por Ilhéus. Já o gesso ganha competitividade em relação ao mercado europeu”, diz o consultor em Logística Marcílio Cunha. A ferrovia beneficiará também os Sistemas Locais de Produção (SLP) já existentes, ou que virão a se instalar nas 85 cidades ao longo dos trilhos, buscando-se competitividade para calçados, roupas, móveis, tijolos, mel, entre outros. No sentido litoral-interior, os trens irão transportar matérias-primas como combustíveis e fertilizantes. A ferrovia começou a ser construída em 2006, pelo trecho Missão Velha, no Ceará, a Salgueiro, em Pernambuco, que será concluído em março de 2012. Na sequência, virão
Ferrovia transportará grãos e minérios do Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia, além do gesso de Pernambuco
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os trechos Eliseu Martins, no Piauí, ao porto de Suape, em Pernambuco, a ser entregue no final de 2013, e Missão Velha ao porto de Pecém, no Ceará, no final de 2014. Todas as cidades do entorno vão se beneficiar da estrutura de transporte, armazenagem, distribuição e também produção, que vai ser agregada à ferrovia. “A Transnordestina é uma obra privada e a decisão de onde instalar pontos de carga e descarga vai considerar a potencialidade econômica do município, mas é fato que o desenvolvimento será linear”, analisa Cunha. Ele acrescenta que Salgueiro, em Pernambuco, onde já está definida a instalação de uma plataforma logística com parque de tancagem, pista de pouso, estação aduaneira e distrito industrial, viu sua população crescer 25% nos últimos anos e a arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) triplicar. Por enquanto, a Transnordestina não transportará passageiros, mas quem sabe a demanda mude esse cenário antes de 2027, ano em que termina a concessão iniciada em 1997.
ESPECIAL
OBRAS ESTRUTURANTES MUDAM PERFIL DA ECONOMIA CEARENSE
Treze mil toneladas de aço serão usadas nas obras do Castelão
Hugo Renan do Nascimento
O
Ceará tem recebido, nos últimos anos, grandes obras estruturantes, que mudarão o perfil da economia, pois diversificarão os setores industrial e de serviços. Dentre as que poderão influenciar mais positivamente no Estado, destacam-se o estádio Castelão; a ampliação do porto de Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, e do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza; a refinaria Premium II, da Petrobras; a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP); a conclusão do metrô de Fortaleza e o surgimento de novas universidades públicas no Estado. Os impactos dessas grandes obras na economia cearense, de acordo com o economista da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Pedro Jorge Vianna, serão revertidos em um incremento de R$ 3 bilhões anuais no Produto Interno Bruto (PIB), já a partir de 2012. A previsão para o PIB este ano é de um crescimento de até 5%, taxa que
deverá aumentar após a instalação da CSP e da refinaria. Um dos motivos para a rápida movimentação no segmento da construção civil é a Copa 2014. Fortaleza também se prepara para sediar e receber grandes jogos como uma das partidas da seleção brasileira. Uma das preocupações é oferecer infraestrutura necessária para atender às demandas. As obras no Castelão estão adiantadas e o complexo será entregue em dezembro de 2012, já pronto para receber a Copa das Confederações no ano seguinte. O Consórcio Construtor, responsável pelas intervenções, é formado pelas empresas Galvão e Andrade Mendonça, numa parceria público-privada com o Governo do Estado. No encerramento de 2011, 53% da obra estavam concluídos, segundo o gerente de Contratos do Consórcio Construtor, Waldemar Biselli. Das quatro fases, as duas primeiras já estão prontas e as outras duas estão
em andamento. A terceira fase corresponde à estrutura principal do estádio e, a quarta, à interligação das outras três, tais como o acabamento e a cobertura do Castelão. Biselli diz que a obra emprega diretamente 806 trabalhadores e pode chegar, em2012, a 1,5 mil. Dentre os diferenciais das intervenções no Castelão, de acordo com o gerente do Consórcio Construtor, o envolvimentos da equipe e a vontade das autoridades estaduais em finalizar o estádio em tempo hábil, ponto que já está sendo alcançado. Até o momento, foram utilizados 12.775 metros cúbicos de concreto e cerca de 13 mil toneladas de aço nas obras do Castelão. Pelo projeto, a nova estrutura do Castelão contará com assentos 100% cobertos, restaurante de mil metros quadrados com visão para o campo, áreas para a imprensa com capacidade para 2.765 jornalistas e padrões internacionais de segurança. O objetivo do Governo do Ceará é
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ESPECIAL oferecer um equipamento que, além de servir de estádio, contemple um centro esportivo olímpico com pista de atletismo, piscinas, quadra de tênis, ginásio multiesportivo, hotel, cinemas, restaurantes e lojas. Serão instalados 67 mil assentos. Segundo o secretário Ferruccio Feitosa, da Secretaria Especial da Copa (Secopa), o Castelão deixará um legado à população cearense. “Por isso será chamado de Arena Castelão, porque vão ser realizados os mais variados eventos no estádio: shows artísticos, encontros religiosos e também o Motocross Freestyle. A ideia é ter um parceiro privado tanto na construção, quanto na operação do estádio”, afirma Feitosa. No total, serão investidos recursos no valor de R$ 518,606 milhões. Destes, 75% são financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - o restante é pelo Governo do Estado.
AMPLIAÇÃO DO PORTO DO PECÉM Até 2016, o Governo do Ceará vai gastar cerca de R$ 2 bilhões com equipamentos para modernização e ampliação do porto de Pecém. Isto inclui sua atual expansão (R$ 410 milhões) com os R$ 588 milhões do novo Terminal de Múltiplo Uso (Tmut). Segundo Luiz Hernani de Carvalho, diretor de Implantação e Expansão do porto, a quantia compreende obras de construção do Tmut já finalizadas; ampliação do quebra-mar para mil metros; e prolongamento da
A conclusão do Metrofor trará impacto significativo para a população de Fortaleza
ponte existente de 348 metros. A previsão com o novo terminal é quintuplicar a capacidade de movimentação do porto. As outras fases da expansão preveem a construção de uma nova ponte de acesso, com extensão total de 1,5 mil metros de comprimento e 32 metros de largura. As medidas permitirão que a ponte possua uma pista de rodagem de dez metros de largura, além da passagem de uma tubovia e correias transportadoras de minério e grãos. O valor estimado é de R$ 197 milhões. Por fim, a segunda fase da expansão inclui a engorda e pavimentação do quebra-mar existente, bem como a construção de mais dois berços de atracação, no sentido noroeste, para operação de carga geral, contêineres e produtos siderúrgicos. Além das obras, estão previstos
O Terminal de Múltiplo Uso do porto de Pecém receberá R$ 588 milhões em investimentos
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estudos para diversos projetos no porto. A expectativa é que, até 2016, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém esteja composto por um berço no Tmut, um novo quebra-mar, dois berços de granéis sólidos e cinco de granéis líquidos. “A ampliação do porto de Pecém vai mudar completamente o perfil da economia cearense”, reforça Hernani Carvalho. Atualmente, o porto de Pecém é responsável pela exportação de 45% das frutas produzidas no Brasil. O diretor afirma que este percentual pode aumentar em 2012 e reitera que o sucesso obtido pelo terminal ocorre em função das condições de infraestrutura e localização do porto, distante seis horas da costa dos Estados Unidos e sete horas da costa europeia. Passa pelo Terminal de Pecém, por mês, uma média de 43 navios.
ESPECIAL
BAHIA PROJETA O FUTURO NOS TRILHOS
Uma ferrovia pode abrir caminho da Bahia à América Latina
A
s obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) são as primeiras de grande porte que começam a ser realizadas na Bahia, nos últimos cinco anos. O governador, Jacques Wagner, anunciou que o Estado é campeão em captação de recursos do PAC no Nordeste: R$ 70,7 bilhões em obras de infraestrutura logística e social. Deste montante, R$ 6 bilhões de investimentos cabem à execução da Fiol. Com uma extensão de 1.527 quilômetros, a ferrovia vai da cidade de Ilhéus, no litoral sul da Bahia, a Figueirópolis, no Estado do Tocantins O primeiro trecho, ainda em construção, liga o município de Caetité, no sudoeste baiano, ao litoral ilheense, onde está programada a implantação de um novo terminal portuário - o Porto Sul. Associado a um novo aeroporto
e com algumas intervenções viárias, o terminal deve transformar a região num polo logístico para onde devem convergir cargas minerais, agrícolas e industriais. Nessa primeira etapa, a estrada de ferro se estende por 537 quilômetros. As obras estão divididas em quatro eixos de trabalho, cortando 20 municípios baianos. O investimento parcial é de R$ 2,45 bilhões. A conclusão está prevista para 2014. A atividade nas frentes de trabalho, no final de 2011, envolveu compactação de pedras, detonação de espaços rochosos e nivelamento da área. Em diversos galpões, montados ao longo do trecho Caetité-Ilhéus, são fabricadas as aduelas - bueiros para escoamento de água - e os dormentes, suporte transversal do trilho.
O secretário de Planejamento da Bahia, Zezéu Ribeiro, afirma que o objetivo do governo não é uma “ferrovia ponto a ponto”, que saia da mina e vá para o porto. “Nosso propósito é que a Fiol seja um indutor de crescimento em sua área de influência e também transporte pessoas e cargas de pequenos produtores. Nossa intenção é que outros trens trafeguem nela. Não queremos que só o apito do trem fique como herança da ferrovia”. Zezéu enxerga a Fiol como parte de um dínamo que se completa com o Porto Sul, o novo aeroporto e as rodovias, para ativar a economia de regiões do Estado desprovidas de infraestrutura. “Queremos interiorizar e descentralizar o crescimento da Bahia. Criar novos polos de desenvolvimento”.
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ESPECIAL
Para o secretário Zezéu Ribeiro, a interligação da Fiol com o Porto Sul, um novo aeroporto e rodovias, vai dinamizar regiões sem infraestrutura
A ideia de uma ferrovia que cortasse o Estado de leste a oeste integrava um antigo projeto do falecido engenheiro e professor da Universidade Federal da Bahia Vasco Neto. A proposta do acadêmico era ainda mais ousada. Propunha a ligação férrea do Brasil ao Oceano Pacífico. Estudos de Neto indicavam que o trajeto da Bahia ao Peru seria o mais viável. O sonho de Vasco Neto, abandonado pela ditadura militar, em parte está sendo resgatado por Zezéu Ribeiro. Foi dele a iniciativa de levantar a discussão para criar o eixo interoceânico Peru-Brasil-Bolívia. Depois de passar pela Câmara e o Senado Federal, a proposta foi bem recebida por peruanos e bolivianos. Esse eixo de integração e desenvolvimento cria a possibilidade de interligar o Oceano Atlântico, por intermédio de diversos portos localizados no Nordeste brasileiro, a importantes portos do Peru. O resultado, na avaliação de Zezéu, seria ativar as regiões mais pobres destes países com a articulação de suas economias e as novas áreas de produção do interior do continente, possibilitando a atração de investimentos. A Fiol já começa a colocar os trilhos na linha, mas o seu fim de linha, o Porto Sul, ainda não teve as obras iniciadas. A primeira localidade escolhida para a sua implantação, a chamada Ponta da Tulha, precisou ser substituída por razões ambientais. O embate com os ambientalistas levou o empreendimento para a região de Aritaguá, também no litoral
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de Ilhéus. A localidade oferece menor impacto ambiental, em comparação com a área anteriormente definida. Para o Governo da Bahia, o Porto Sul cria um novo horizonte para o desenvolvimento socioeconômico do Estado. Com um investimento de R$ 2,6 bilhões e a geração de 2,5 mil empregos diretos e indiretos, o empreendimento será constituído de Porto Público (PP), Zona de Apoio Logístico (ZAL), Área de Proteção Ambiental (APA) e Terminal de Uso Privativo (TUP), destinado à exportação de minério de ferro da Bahia Mineração (Bamin). O porto público está previsto para operar com uma capacidade nominal de exportação de 75 milhões de toneladas por ano; já de importação serão cinco milhões de toneladas. Incluída nesta capacidade, a previsão de movimentação de produtos como minério de ferro, clínquer, soja, etanol e fertilizantes, além de outros granéis sólidos. A expectativa é que a implantação do Porto Sul crie um novo vetor de desenvolvimento regional, já que o empreendimento será um dos mais importantes polos logísticos do leste do Brasil e funcionará como polo de atração para outros empreendimentos ligados ao comércio e serviços, permitindo a formação de cadeias produtivas de alto valor e importantes ganhos em oportunidades de trabalho. Por meio da BR-101 e da navegação entre os portos, por exemplo, a área de influência do Porto Sul alcançará os polos de celulose
das cidades baianas de Eunápolis e Mucuri, na região do extremo sul do Estado. No oeste da Bahia e na fronteira agrícola do Brasil central, o empreendimento também permitirá maior competitividade às dinâmicas cadeias de grãos, carnes, algodão e biocombustíveis. A integração externa do Porto Sul abrirá horizontes de intercâmbio direto com o mercado global, na medida em que a Bahia passará a ter um equipamento logístico moderno e de alta capacidade de carga. Essa integração permitirá o desenvolvimento de cadeias produtivas com base no comércio exterior. Em Ilhéus e redondezas, além dos benefícios previstos com a geração de emprego, melhoria de renda e arrecadação de impostos, o Porto Sul também deverá estabelecer uma relação com a indústria de computadores e o turismo. O empreendimento será responsável pela criação de 2,5 mil empregos (diretos e indiretos) nas fases de implantação e operação, em função do aumento da arrecadação municipal, estadual e federal. Para a instalação do porto público, que terá uma duração prevista de 54 meses, estima-se a mobilização de 1.440 trabalhadores no pico das obras. Considera-se que o percentual de trabalhadores da própria região seja de 60% do efetivo total.
A COPA 2014 A Copa 2014 aproxima-se e as cidades-sede precisam oferecer melhores condições de mobilidade urbana, durante o evento esportivo internacional. Sendo uma delas, Salvador não foge à regra. Na capital baiana, a depender do horário, perde-se uma hora para percorrer de carro um trajeto de sete quilômetros. A partir de 2012, o governo estadual pretende construir um corredor central estruturante de metrô de superfície, passando pela Avenida Paralela, que ligará o município de Lauro de Freitas e o aeroporto até o acesso norte de Salvador, com 22 quilômetros de extensão. No total, a capital poderá passar a contar com 34 quilômetros de transporte sobre trilhos, caso a Linha 1 do metrô, depois de 12 anos de iniciada, seja concluída com a finalização de um trecho de seis quilômetros, totalizando os 12 quilômetros do projeto original. A nova linha do metrô vai funcionar com modais complementares e
ESPECIAL alimentadores sobre pneus. Todas as intervenções estão estimadas em cerca de R$ 2,6 bilhões. De acordo com o secretário de Planejamento da Bahia, Zezéu Ribeiro, haverá apenas uma licitação para o sistema intermodal. Ou seja, não haverá licitação separada para a construção do corredor estruturante (metrô) e licitação para as vias transversais (veículos sobre pneus). “Esse novo modal de transporte virá do aeroporto, passando pelo Iguatemi, até o acesso norte, e terá uma licitação única. Portanto, não vou pegar o novo modal de transporte, entregar para um e depois dar para outro. Uma única empresa será responsável por toda a obra”, enfatizou. Com os modais interligados, um dos benefícios para a população é o bilhete integrado, que deverá ter o valor de uma única passagem. A expectativa é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2012, com a licitação sendo realizada em fevereiro. Ainda faz parte dos planos do governador Jaques Wagner a construção da Ponte
Salvador-Itaparica. Com 17 quilômetros de extensão, o empreendimento integra um projeto mais amplo, que é o Sistema Viário Oeste (SVO), o qual tem como objetivo abrir uma conexão rápida e alternativa de Salvador com o Recôncavo, Baixo Sul, Sul e Oeste, utilizando como vias as BRs 101, 242 e 116, além da BA-001. Do ponto de vista viário, o projeto compreende uma articulação com a Via Expressa (BR-324) e a duplicação de trecho da BA-001 e da Ponte do Funil, com a construção do eixo Nazaré-Santo Antônio de Jesus-Castro Alves (BR-242). O projeto aprovado é compatível com a expansão do porto de Salvador e a viabilidade das operações portuárias no interior da Baía de Todos os Santos, garantindo a implantação de estaleiros e grandes unidades industriais nos municípios do seu entorno. As intervenções têm investimentos estimados em até R$ 7 bilhões. O valor engloba a construção da ponte, a duplicação das rodovias, as desapropriações e os investimentos em infraestrutura. Os recursos serão do governo (federal e estadual) e do setor privado.
OPINIÃO
O ESTADO DA BAHIA E AS NOVAS GRANDES OBRAS A Bahia é um Estado carente. A título de exemplo, possuímos menos de 150 quilômetros de rodovias com pistas duplas nos dois sentidos: apenas a BR-324, entre Salvador e Feira de Santana, e uma pequena parte da Linha Verde. Perdemos para quase todos os outros Estados, inclusive os de pequenas áreas territoriais. Agora, depois de um longo período de estagnação, anunciam-se grandes investimentos: a Ferrovia Oeste-Leste, com os complementos Porto Sul e um novo aeroporto; o transporte urbano sobre trilhos (metrô) na Região Metropolitana, interligando Lauro de Freitas ao centro de Salvador, passando pelo aeroporto; a Ponte Salvador-Itaparica, integrando o Recôncavo, com pista dupla de Salvador até a BR-242, passando por Nazaré, Santo Antônio de Jesus e Castro Alves; entre outros. Essas obras serão, claramente, grandes vetores de desenvolvimento, com impacto em todas as áreas. A Bahia possui um dos menores PIBs per capita do Brasil e, se realmente executadas, as obras poderão trazer uma nova realidade em termos de desenvolvimento, tanto econômico como social. Salvador cresce, em média, 500.000 habitantes a cada dez anos, devido ao êxodo rural e ao índice de nascimentos. Já não cabe tanto crescimento na sua área territorial. A Ponte Salvador-Itaparica permitirá o uso urbano da ilha, integrando-a a Salvador. Se bem conduzida, a conjunção dessas obras levará ao crescimento econômico da Bahia na próxima década.
Enéas Almeida Filho Presidente da Abenc/BA (Associação Brasileira de Engenheiros Civis da Bahia) Obras mantêm empregos em crescimento em todo o Nordeste
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PERFIL INSTITUCIONAL
Construção da Arena Fonte Nova, em Salvador, com estrutura pré-fabricada de concreto da T&A.
HISTÓRICO
PRODUTOS
Com uma capacidade de produção instalada inicial de 20 mil metros cúbicos de concreto por mês, a T&A Pré-Fabricados é hoje uma das duas maiores indústrias fabricantes de elementos de concreto do país, sendo líder deste segmento nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Sua trajetória de sucesso é resultado, sobretudo, de fatores como engenharia de qualidade, comprometimento com o cliente e inovação tecnológica constante. Fundada em 1996, deu seus primeiros passos no Ceará, produzindo peças pré-fabricadas de concreto para empreendimentos de pequeno porte. Em pouco tempo, especializou-se em um novo nicho de mercado: estruturas de grande complexidade como shopping centers e centros de logística, além de projetos especiais como refinarias, estaleiros, obras portuárias e industriais, dentre outros. Com a necessidade de expandir sua área de atuação e atender todo o Norte/Nordeste, em 2003 a T&A inaugurou sua segunda unidade industrial, desta vez em Pernambuco. Três anos depois, a Bahia recebeu um parque fabril, com uma indústria montada no município de Simões Filho. Em 2010, a empresa decidiu romper fronteiras e ingressou na Região Sudeste com uma fábrica de 130 mil metros quadrados, localizada no município de Itu, em São Paulo.
A T&A possui um amplo mix de produtos, oferecendo ao mercado uma linha completa de peças de concreto armado e protendido, tais como pilares, lajes alveolares, vigas armadas e protendidas, estacas centrifugadas e protendidas, painéis, telhas W, além de blocos para alvenaria estrutural e de vedação e para pisos intertravados de concreto.
PERFIL DOS CLIENTES Para diversos tipos de obra, a T&A tem uma solução de engenharia que atende às expectativas do construtor em termos de prazo ou de qualidade e durabilidade de seus produtos. Isto permite que ela atenda, com eficiência, edificações de médio a grande porte de empresas como Petrobras, Odebrecht, EIT, Andrade Gutierrez, Walmart, Grupo JCPM, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS, Andrade Mendonça, Galvão Engenharia, dentre outras. Para todos os clientes, além de oferecer produtos de qualidade, garante soluções completas de engenharia, desenvolvendo, junto às empresas, a concepção do projeto estrutural das obras.
Contatos Site: www.tea.com.br Fábrica Fortaleza DIF. III Anel Viário, 3812 – Dist. Industrial Maracanaú – CE CEP: 61.910-000 Fone/fax: 55 85 3499.1500 tea.ce@tea.com.br.
Fábrica Recife Rod. BR 101 – Norte s/n – Km 27 Igarassu – PE CEP: 53.640-000 Fone/fax: 55 81 3547.1800 tea.pe@tea.com.br
Fábrica Salvador Via das Torres, 1985 – Cia Sul Simões Filho – BA CEP: 43700-000 Fone/fax: 55 81 3594.3700 tea.ba@tea.com.br
Fábrica São Paulo Rod. Waldomiro Correa de Camargo, s/n, km 58,5, Pirapitingui Itu – PE CEP: 13.308-200 Fone/fax: 55 11 4024.1313 tea.sp@tea.com.br
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Perfil Institucional
ABCP: HÁ 75 ANOS DESENVOLVENDO O MERCADO DE PRODUTOS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS À BASE DE CIMENTO Com 75 anos de existência, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) tem feito grandes contribuições para o desenvolvimento do país. Desde sua criação, trabalhou para melhorar a qualidade do cimento, do concreto, dos processos produtivos e construtivos, bem como para a transferência constante de tecnologias e conhecimento por meio de cursos, palestras, eventos, feiras, dentre outros meios. A ABCP elabora pesquisas e projetos, mantendo uma equipe de profissionais à disposição do mercado para consultoria e suporte a grandes obras da engenharia brasileira. Um exemplo disso é a consultoria em pavimento de concreto prestada na duplicação da BR-101, nos lotes executados pelo Exército brasileiro em Pernambuco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Os laboratórios da entidade também são referência na prestação de serviços ao setor cimenteiro, à indústria coligada de materiais de construção e aos consumidores. Não menos importante tem sido a contribuição da ABCP para a elaboração de normas técnicas brasileiras, no que se refere ao concreto. Além da sede em São Paulo, a ABCP está presente em 12 capitais brasileiras. São escritórios e representações regionais. Um deles é a Regional N/NE, que nos últimos dez anos disseminou no mercado temas como a racionalização dos sistemas construtivos à base de cimento, o aumento de produtividade das fábricas e a industrialização de habitações populares e empreendimentos como shoppings centers, hotéis, hospitais, entre outros. Atualmente a ABCP lidera, em parceria com outros órgãos da construção civil como Sebrae, Sinduscon, Sinprocim e Ademi, programas importantes para o desenvolvimento do setor. Um deles é Comunidade da Construção, presente em 13 polos no país e que busca integrar a cadeia produtiva e aumentar o desempenho dos sistemas construtivos à base de cimento, reunindo construtoras, fabricantes de materiais, entidades e consultores em um só grupo. Outra importante ação é o Programa de Desenvolvimento Empresarial (PDE) para fabricantes de blocos de concreto, que identifica, junto com as empresas, oportunidades de melhoria para proporcionar mais competitividade e qualidade às indústrias e aos produtos.
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PROGRAMAS DA ABCP: - Mercado (projetos: Autoconstrução, Clube da Reforma, Reforma Assistida, Plataforma Técnica) - Cidades (Habitação de Interesse Social – HIS, Habitações em Concreto PVC) - Acessibilidade - Edificações (Comunidade da Construção, Paredes de Concreto, Alvenaria Estrutural e de Vedação com Blocos de Concreto, Programa de Desenvolvimento de Construtoras, Revestimentos de Argamassa) - Indústrias de Pré-Fabricação (Blocos de Concreto, Pavimento Intertravado, Tubos de Concreto, Telhas de Concreto, Desenvolvimento Empresarial, Pavimento Permeável, Pesquisa e Inovação) - Infraestrutura (Pavimento de Concreto em Rodovias, Pavimento Urbano de Concreto) - Tecnologia (Laboratórios de Ensaios, Meio Ambiente, Coprocessamento, Mudanças Climáticas) - Qualidade (Normalização) - Comunicação (Difusão da Informação Técnica, Universidades)
ASSOCIADAS A ABCP é uma entidade sem fins lucrativos, que reúne oito grupos industriais associados, com 57 fábricas de cimento no território brasileiro: • Camargo Corrêa Cimentos S.A. • Cimento Itambé • Cimento Nassau • Cimentos do Brasil (Cimpor) • Ciplan – Cimento Planalto S.A. • Holcim Brasil S.A. • Lafarge • Votorantim Cimentos Contatos Regional N/NE (81) 3092-7070 Rua da Aurora, 2000, Santo Amaro Recife – PE abcpnne@abcp.org.br www.abcp.org.br
Perfil Institucional
SERVIÇOS
Diretor da Tecomat, Joaquim Correia (quarto, da esq. para dir.) comanda empresa há 19 anos com apoio dos seus gerentes Ângelo Just, Sandra Leão, Tibério Andrade, Danielli Vidal e José Maria Neto (da esq. para dir.).
HISTÓRICO Operando em um setor que durante décadas enfrentou fortes crises, a pernambucana Tecomat possui 19 anos de atividades, destacando-se como uma das mais sólidas empresas de consultoria técnica e análises laboratoriais da construção civil. Atua nos mercados nacional e internacional, atendendo, principalmente, às regiões Norte e Nordeste do Brasil. Além de possuir uma equipe com elevado nível de qualificação, a Tecomat destaca-se pela confiança que passa aos clientes, fruto da credibilidade alcançada graças à sua competência técnica e ao seu comprometimento com a qualidade e o atendimento dos prazos. O crescimento mais significativo da empresa teve início há três anos, quando a construção civil experimentou uma grande efervescência e passou também a exigir maior qualidade nos serviços ofertados no mercado. Neste período, a Tecomat renovou duas vezes a creditação do seu laboratório pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), investiu em equipamentos de ponta, ampliou o escopo de ensaios laboratoriais e qualificou sua equipe em instituições como o Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon). Também se tornou o único laboratório privado do Norte/Nordeste parceiro da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) para realizar ensaios de controle tecnológico de blocos de concreto para alvenaria e pavimentação, dentro do programa “Selo de qualidade para blocos de concreto”. Passou a ser ainda o único das duas regiões credenciado pelo Ibracon como Centro de Exame de Qualificação, para a promoção de processos de certificação de pessoal em controle tecnológico do concreto. Hoje a empresa é homologada pelo Ministério das Cidades como Instituição Técnica Avaliadora (ITA). O credenciamento a autoriza oficialmente a avaliar o desempenho de sistemas construtivos inovadores ou ainda não disseminados no mercado, utilizados, sobretudo, na construção de habitações populares. Isto quer dizer que ela é a primeira instituição credenciada como ITA pelo Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Produtos Inovadores (Sinat) fora do eixo paulista.
- Laboratório de Ensaios de Materiais; - Montagem de Laboratório em Obras; - Consultoria nas áreas de concreto, alvenaria, revestimentos, técnicas construtivas, inspeções e patologias; - Acompanhamento Técnico de obras de manutenção em condomínios; - Avaliação de sistemas construtivos para aprovação junto ao SINAT; - Realização de ensaios de desempenho de acordo com a NBR-15575; - Gerenciamento de Obras; - Cursos e Treinamentos.
MATERIAIS ENSAIADOS Concreto fresco, concreto endurecido, módulo de elasticidade do concreto, aço, blocos vazados de concreto simples para alvenaria, blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação, peça de concreto para pavimentação, elementos estruturais e de vedação, agregados, calda de cimento para injeção, argamassa para revestimento, resistência de aderência (revestimentos, solos e asfaltos).
CONSULTORIA Tecnologia de concreto, revestimentos argamassados e cerâmicos e placas de rocha; procedimento e técnica construtiva; inspeções e laudos técnicos na área de patologias e durabilidade de materiais; assessoria e projeto de produção de revestimentos de fachada; elaboração de laudos técnicos, apoio à contratação de serviços e fiscalização de obras de manutenção em condomínios; acompanhamento de serviços de alvenaria estrutural e de vedação (análise de projeto, avaliação de fornecedores e execução); elaboração de Relatório Técnico de Avaliação (RTA) e auditorias de qualidade para apreciação por parte do Sinat; ensaios para análise de desempenho acústico, estrutural e estanqueidade, em conformidade com a NBR-15575; gerenciamento de projetos e execução de obras industriais, comerciais e residenciais.
PERFIL DOS CLIENTES A Tecomat atende obras de variados portes no Brasil e no exterior. Em Pernambuco, é líder do mercado imobiliário, tendo parceria com mais de 80% das construtoras locais. Também atua junto a grandes empreiteiras nacionais e internacionais, garantindo a qualidade do controle tecnológico de concretos e solos e da pavimentação de obras de infraestrutura. Contatos Fone: (81) 3366-6444 Fax: (81) 3366-6401 E-mail: tecomat@tecomat.com.br Endereço: Rua Serra da Canastra, 391, Cordeiro, Recife – PE Site: www.tecomat.com.br
Economia & Negócios
MERCADO IMOBILIÁRIO: QUAL A APOSTA PARA 2012? MÔNICA MERCÊS
A
ntes de expor algumas ideias sobre as apostas do mercado imobiliário brasileiro para 2012, faço aqui uma singela homenagem ao amigo e colega de profissão Josué Mussalém, que assinava esta coluna antes de nos deixar repentinamente. Durante mais de 15 anos discutimos sobre economia e, particularmente, sobre a atividade construtiva, com um olhar mais acurado de minha parte - para o segmento imobiliário. Solicitava-me, sempre, cenários e apostas para o comportamento do mercado no ano seguinte. Ao escrever, neste instante, respondo à pergunta que não foi feita este ano. Indiscutivelmente, a construção civil vem ditando o ritmo do crescimento brasileiro nos últimos anos. Obras, obras e mais obras. Estradas, viadutos, edifícios, galpões, fábricas, enfim, construções! Sabe-se do positivo efeito multiplicador da atividade em toda a economia, com uma expectativa que o PIB da construção civil cresça acima do nacional pelos próximos 10 anos. Para 2012, as estimativas já confirmam isto. No último Boletim Focus do Banco Central, a previsão de crescimento do Brasil, como um todo, é de 3,4%, enquanto estudos da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil apontam para uma expansão de 5,2% no setor construtivo. Mais que inserido nesse contexto, o mercado imobiliário simplesmente desabrochou após décadas de clausura. A demanda por imóveis, mesmo com todo o aquecimento dos últimos anos, é gigantesca: aproximadamente seis milhões de moradias. Estudos da FGV apontam que, até 2022, será necessário construir mais de 20 milhões. Entretanto, a complexa equação do negócio imobiliário envolve variáveis delicadas, como é o caso dos fundings que, para 2012, estão garantidos, mas seriamente ameaçados em 2013, caso não se criem
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urgentemente novas alternativas. Na outra ponta, há a pressão nos custos, que atinge a principal matéria-prima - a terra, sendo agravada pela escassez de mão de obra e pela elevação de preços dos materiais. Tudo impacta no preço, variável-chave, sobretudo, para a maior parcela do mercado demandante, constituída da população com até três salários mínimos (mais de 90% do déficit total urbano do país). Nesse contexto, acompanho o curioso debate do “boom imobiliário” brasileiro. Vários especialistas afirmam que ele existe, com a mesma veemência dos que apontam características que desarmam essa bomba, ou melhor, esse “boom”. Conclui-se que não há mesmo é consenso sobre a questão. Porém, não há como desconhecer o movimento recente de mercados importantes no país como São Paulo, que em 2011 não repetiu a euforia dos anos anteriores. Sabe-se que estados de
euforia não se sustentam em nenhum contexto, então o que há em mercados como Rio de Janeiro e Pernambuco? Parecem viver em mundos alheios a tudo e a todos, até mesmo da poderosa União Europeia que, neste momento, assombra o mundo com sua economia nada contributiva. O que acontece, especialmente no Rio de Janeiro e Pernambuco, não chamaria de euforia. Chamo de crescimento baseado em grandes e importantes investimentos que estão gerando renda para a economia local. Porém, mesmo nesses mercados mais aquecidos, não eufóricos, a aposta para 2012 é de crescimento do mercado imobiliário, porém moderado. Será um ano de renovação do ciclo imobiliário, iniciado após os grandes IPOs das empresas do setor e de muitas discussões voltadas para as alternativas de funding. O desafio da oferta de mão de obra passará necessariamente pela industrialização de processos com a tecnologia se fazendo cada vez mais presente nos canteiros de obra. Os preços dos imóveis tendem a crescer, só que de forma mais branda em comparação com o passado recente, chegando a estabilizarem em algumas regiões do país. A continuidade da atenção do governo federal à questão habitacional, sobretudo para baixa renda, declara a prioridade do tema no país. E a concessão de crédito, sempre muito bem avaliada pelos bancos, permanecerá cada vez mais seletiva no mercado nacional, com uma previsão de elevação de R$ 130 (em 2011) para R$ 160 bilhões (em 2012). Com todas essas constatações, a palavra de ordem é prudência. E, apostar nisto, é o que recomendo, amigo Mussalém! Mônica Mercês é economista, assessora de Planejamento e Inteligência de Mercado da diretoria da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI).
Economia
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Economia & Negócios
PERNAMBUCO TERÁ O MAIOR ALPHAVILLE DO NORDESTE Empreendimento pode chegar a nove milhões de metros quadrados distribuídos para moradia e negócios
Espaço e acesso rápido para o Recife e Suape impulsionaram o projeto que terá uma passagem sob a BR 232 ligando as duas etapas
Etiene Ramos
A
Alphaville Urbanismo descobriu o Nordeste pela Bahia, onde chegou em 2002. Mas escolheu Pernambuco para implantar o seu maior empreendimento: o Alphaville Pernambuco, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, vizinha ao Recife. A primeira fase, lançada em março, com 540 lotes residenciais e nove de comércio e serviços, ganhou reforço em dezembro com o lançamento da segunda fase, que amplia o espaço empresarial para 41 lotes, onde poderão ser construídos edifícios de até 25 andares. A proposta é atrair shoppings, supermercados, universidades, escritórios, bancos e outras atividades que transformem o local num novo bairro, onde se pode viver e trabalhar.
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As duas etapas são separadas apenas pela BR232 e, para evitar riscos de tráfego, será construída uma passagem subterrânea entre elas. Espaço não falta. Só a segunda fase terá 888 mil metros quadrados e, na coletiva de lançamento, o diretor-superintendente da Alphaville Urbanismo, Marcelo Willer, revelou que o proprietário da gleba, Roberto Beltrão, fechou a negociação de mais três milhões de metros quadrados, elevando a área total do projeto para nove milhões de metros quadrados. A dimensão coloca o Alphaville Pernambuco como terceiro do país, atrás apenas dos empreendimentos de Barueri, em São Paulo, e Brasília. Segundo Willer, depois do sucesso do lançamento da primeira etapa,
o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, propôs um desafio: Por que deixar para o futuro se o momento hoje é de demanda por espaços para se criar empresas? A resposta imediata foi dobrar o investimento inicial de R$ 60 milhões e, com o mesmo valor, lançar a segunda etapa, uma aposta alta da empresa no mercado pernambucano e na localização, próxima ao centro do Recife, ao aeroporto e ao Complexo Industrial Portuário de Suape. O apoio e a visão pragmática da prefeitura de que empresas geram renda e estabilidade econômica também foram decisivos. Aliadas às moradias, elas evitam que Jaboatão dos Guararapes seja uma cidade dormitório de pessoas que trabalham no Recife ou nos municípios vizinhos.
Economia & Negócios Expatriados no alvo O desenvolvimento econômico da região oeste do Grande Recife e do litoral sul, capitaneado por Suape, vem atraindo executivos de diversos Estados - um dos públicos-alvo do Alphaville. “Cidades em desenvolvimento tendem a receber técnicos de nível superior, expatriados de Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, que quando pensam onde vão morar, veem Alphaville como opção”, diz Marcelo Willer, revelando que também espera fazer negócios com famílias da classe média alta do Recife. Os preços dos novos lotes seguem o mercado e o valor alcançado nas vendas da primeira etapa, começando a partir de R$ 170 mil. A comercialização segue o modelo Alphaville, que oferece descontos a quem procura antes e faz a compra no dia do lançamento. Financiamentos a longo prazo estão sendo estudados para aumentar as oportunidades de vendas. Quase metade da segunda etapa do Alphaville Pernambuco é formada por áreas verdes, mantendo o padrão de sustentabilidade dos empreendimentos da empresa, que funcionam como um ímã capaz de atrair moradores na faixa de 35 a 50 anos, que cresceram em bairros tradicionais e querem dar aos filhos a mesma qualidade de vida que tiveram. O projeto inclui ainda um sistema de lazer e um clube para estimular a convivência entre os moradores.
Alphaville Fortaleza Clube, um dos mais valorizados do Nordeste
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Negócios IVV
CRESCIMENTO EXIGE PLANEJAMENTO E COMPETITIVIDADE
A
construção civil no Brasil, nos últimos dois anos, tem mostrado um ritmo acelerado e, em Pernambuco, especialmente, o setor tem se sobressaído. Este é um fato inquestionável em qualquer roda de discussão sobre o tema, até porque os números provam isso, de per si, há algum tempo. Para se ter uma ideia, os três últimos resultados da Agência de Pesquisas e Planejamento de Pernambuco (Condepe/ Fidem), no que concerne ao PIB pernambucano, revelam a construção civil ditando o compasso da atividade industrial, inclusive chegando a crescer mais de 30% no primeiro trimestre de 2011, em relação ao primeiro trimestre de 2010. A dinâmica do setor também é comprovada pela pesquisa do Índice de Velocidade de Vendas (IVV), da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), para os imóveis novos da Região Metropolitana do Recife (RMR), onde se revelam, nos
últimos dois anos, números nunca vistos na série histórica (iniciada em 1995). Além disso, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou que, no acumulado de janeiro a outubro de 2011, a construção civil gerou mais de 20 mil postos de trabalho. Os números não mentem. Portanto, isto é um fato inescusável. No entanto, preocupa-me avaliar um projeto de médio prazo, tendo como referência a sustentabilidade desse desempenho. Explico, ou melhor, utilizarei um pensamento do presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real, para explicar o motivo da minha preocupação: “Crescimento significa compromisso com o futuro. É pensando nisso que devemos rever processos administrativos e educacionais para multiplicar o desenvolvimento dos diversos setores da sociedade”. E ele ainda complementa: “É por meio da pesquisa científica que poderemos desenvolver soluções e otimizar recursos naturais
ANDRÉ FREITAS*
e financeiros. É preciso cuidar da produção de hoje, garantindo os recursos para a produção de amanhã”. Então, em resumo, a perenidade do momento dito auspicioso somente será viável depois que todos - nos ambientes público e privado - começarem a pensar, de forma mais efetiva, em duas palavras importantes, quais sejam: sustentabilidade e competitividade. No caso da sustentabilidade, faz-se necessário sempre primar pelo crescimento ordenado, ou melhor, pelo chamado desenvolvimento sustentável, tendo como pilares o meio ambiente, a qualidade de vida das pessoas e a evolução econômico-financeira da própria empresa. Ademais, no que tange à questão da competitividade, além da aplicação do critério de desenvolvimento sustentável, faz-se pertinente a inclusão da inovação industrial. O processo inovativo deve ser desmistificado urgentemente. Os empresários precisam entender que inovar não é somente implementar recursos com alto grau tecnológico. Existem outros meios de atingir a inovação de forma menos onerosa e mais eficiente. Portanto, a construção civil é, sem dúvida, um segmento intensivo em criação de empregos e está com um merecido destaque no Estado, inclusive as causas ditas fundamentais (elevação da renda, programas governamentais de transferência de renda, elevação do nível de crédito, obras no Estado, investimentos privados industriais) desse desempenho não irão arrefecer. No entanto, a hora é agora de iniciar um planejamento a longo prazo, pensando na sustentabilidade do crescimento para atingir o desenvolvimento sustentável. André Freitas é coordenador na unidade de pesquisa técnica da Fiepe
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Economia & Negócios
PROPRIEDADE COMPARTILHADA CHEGA AO CEARÁ Da Redação
O sistema de propriedade compartilhada de imóveis chegou ao Ceará em novembro. Com foco direcionado para a aquisição da segunda residência, a modalidade possibilita a compra de um mesmo imóvel por um grupo de donos que, mediante a arbitragem de uma empresa, divide o uso de maneira a satisfazer a todos. Bom negócio tanto para construtores quanto para os novos proprietários, o sistema ataca o mais importante fundamento da relação custo x benefício em empreendimentos de alto padrão: o preço – que é dividido entre os coproprietários.
O sistema é o Viva Vacation, trazido e adaptado ao mercado cearense pela Viva Imóveis. O presidente da empresa, Paulo Angelim, montou uma equipe com profissionais de várias áreas - a jurídica, a de hotelaria e a de governança. Pelo sistema, quem aderir vai ser coproprietário de uma unidade em empreendimentos de alto padrão dotados de serviços hoteleiros. É o que os europeus já fazem e chamam de multipropriedade. Os americanos também utilizam o sistema, que denominaram de Fractional Ownership. Para o construtor, a modalidade oferece solução para um pilar de negócios muito importante: o fluxo de vendas em seus projetos
mais caros voltados para o filão da segunda residência ou imóveis de férias e veraneio. “Vamos atender a uma demanda do mercado imobiliário tanto pela via do construtor, quanto do comprador, quebrando um paradigma e gerando uma mudança cultural”, antecipa Angelim, que levou um ano preparando o sistema. Outro diferencial de mercado do Viva Vacation é a governança completa que oferece aos coproprietários, associada à arbitragem, que irá gerir todas as questões envolvendo o seu uso, tais como divisão do tempo de estadia nos imóveis, armazenamento de artigos pessoais e manutenção.
CUB – Custo Unitário Básico da Construção - Outubro/2011 SINDUSCON/PE – ABNT – NBR 12721/2006 – POR CLELIO FONSECA DE MORAIS VARIAÇÃO PERCENTUAL ACUM. EM PROJETOS
PADRÃO DE ACABAMENTO
PROJETOS PADRÕES
R$/M2
MENSAL
ACUMULADO NO ANO
12 MESES
Baixo
R-1-B
986,22
5,50%
14,06%
15,80%
Normal
RESIDENCIAIS
R-1 (Residência Unifamiliar)
PP-4 (Prédio Popular)
R-8 (Residência Multifamiliar)
R-16 (Residência Multifamiliar)
R-1-N
1.196,79
5,76%
14,42%
16,03%
Alto
R-1-A
1.530,60
4,57%
14,64%
17,05%
Baixo
PP-4-B
921,24
4,37%
13,96%
16,22%
Normal
PP-4-N
1.125,31
5,95%
13,85%
15,46%
Baixo
R-8-B
870,45
4,43%
13,50%
15,73%
Normal
R-8-N
971,37
5,63%
13,17%
14,74%
Alto
R-8-A
1.227,71
4,67%
14,09%
16,47%
Normal
R-16-N
948,64
5,44%
13,12%
14,66%
Alto
R-16-A
1.221,81
5,34%
11,57%
12,93%
PIS
655,99
5,20%
13,49%
15,54%
RP1Q
948,94
6,34%
13,26%
14,21%
Normal
CAL-8-N
1.096,05
6,09%
11,71%
13,20%
Alto
CAL-8-A
1.197,14
5,50%
11,99%
14,12%
Normal
CSL-8-N
932,84
6,20%
11,30%
12,34%
Alto
CSL-8-A
1.041,70
5,54%
11,59%
13,32%
Normal
CSL-16-N
1.245,43
6,09%
11,43%
12,53%
Alto
CSL-16-A
1.390,75
5,45%
11,75%
13,53%
GI
532,62
5,66%
11,96%
13,39%
PIS (Projeto de Interesse Social) RP1Q (Residência Popular)
COMERCIAIS CAL-8 (Comercial Andares Livres)
CSL-8 (Comercial Salas e Lojas)
CSL-16 (Comercial Salas e Lojas) GI (Galpão Industrial)
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INSUMOS OS PREÇOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS UTLIZADOS NESTA LISTAGEM FORAM COTADOS NO PERÍODO DE 05 A 26/10/2011 – OUTUBRO-2011 SERVIÇOS PRELIMINARES Barracão em chapa de madeira resinada 12mm
M2
243,37
Tapumes em chapa de madeira resinada 6mm
M2
36,18
Demolição de meio fio com linha d’água
M
3,07
Demolição de meio fio Demolição de linha d’água
M M
1,68 1,39
Armação de ferro pronto para fundações, por firma especializada
KG
1,01
Concreto magro p/fundações com fck=7,50Mpa (preparo mecânico)
M3 281,49
Concreto magro p/fundações com fck=10Mpa (usinado)
M3 304,92
Concreto simples p/fundações com fck=15Mpa (preparo mecânico) Concreto simples p/fundações com fck=15Mpa (usinado)
M3 359,50 M3 320,20
Demolição de pavimentação asfáltica sobre macadame hidráulico
M2
9,18
Concreto simples p/fundações com fck=15Mpa (usinado e bombeado)
M3 335,47
Demolição de pavimentação em paralelos sobre colchão de areia
M2
6,51
Concreto simples p/fundações com fck=20Mpa (preparo mecânico)
M3 371,50
Demolição manual de concreto simples Demolição manual de concreto armado
M3 M3
156,01 203,41
Concreto simples p/fundações com fck=20Mpa (usinado) Concreto simples p/fundações com fck=20Mpa (usinado e bombeado)
M3 331,93 M3 347,59
Demolição de alvenaria de pedra rejuntada
M3
60,28
Concreto simples p/fundações com fck=25Mpa (usinado)
M3 351,99
Demolição de alvenaria de pedra seca
M3
51,74
Concreto simples p/fundações com fck=25Mpa (usinado e bombeado)
M3 365,26
Demolição de alvenaria de tijolos furados (sem reaproveitamento)
M3
62,88
Concreto simples p/fundações com fck=30Mpa (usinado)
M3 366,61
Demolição de revestimento em argamassa de cal e areia
M2
3,09
Concreto simples p/fundações com fck=30Mpa (usinado e bombeado)
M3 382,94
Demolição de revestimento em argamassa de cimento e areia
M2
4,98
Concreto simples p/fundações com fck=35Mpa (usinado)
M3 378,85
Demolição de revestimento em azulejo
M2
5,87
Concreto simples p/fundações com fck=35Mpa (usinado e bombeado)
M3 395,56
Demolição de estrutura de madeira em coberta
M2
11,11
Concreto ciclópico
M3 294,13
Demolição de coberta em telha cerâmica
M2
5,87
Embasamento de pedra rachão
M3 243,34
Demolição de piso em tacos de madeira
M2
8,39
Embasamento de 20cm c/ tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm
M2
Demolição de piso cimentado
M2
4,58
Demolição de piso em ladrilho hidráulico ou cerâmico
M2
8,39
Embasamento de 20cm c/ tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm
Demolição de passeio cimentado sobre lastro de concreto
M2
6,11
ESTRUTURAS
Retirada de esquadria de madeira ou metálica
M2
7,62
Forma de tábua p/estruturas c/escoramento (sem reaproveitamento)
Demolição de forro de estuque
M2
6,34
MOVIMENTO DE TERRA Limpeza do terreno com retirada de vegetação Corte de capoeira fina
M2 M2
1,91 0,77
Forma de tábua p/estruturas c/escoramento (c/reaproveitamento=2x)
M2
60,42 96,23
M2 100,94 M2
66,34
Forma de chapa plast. de 12mm p/est. c/esc. (sem reaproveitamento)
M2
79,68
Forma de chapa plast. de 12mm p/est, c/escoramento (com reap.=3x)
M2
42,72
Forma de chapa plast. de 17mm p/est. c/escoramento (com reap.=3x) Forma de chapa resinada de 12mm p/est.c/escoramento (sem reap.)
M2 M2
45,63 73,27
Escavação mecânica até 2,00m
M3
6,84
Forma de chapa resinada de 12mm p/est. c/esc. (com reap.=3x)
M2
40,49
Escavação mecânica até 4,00m
M3
10,24
Forma de chapa resinada de 17mm p/est. c/esc. (com reap=3x)
M2
42,71
Escavação manual até 2,00m de profundidade Escavação manual até 4,00m de profundidade
M3 M3
17,60 22,18
Forma pronta com chapa plast de 12mm p/estr, sem esc (fab do jogo) Forma pronta com chapa plast de 17mm p/est, sem escor(fab do jogo)
M2 M2
73,62 86,58
Apiloamento de fundo de valas
M2
11,86
Forma pronta com chapa plasti de 20mm p/est sem esc (fab do jogo)
M2
97,11
Reaterro apiloado de cavas
M3
20,65
Ferro CA-50 de 12,5mm para estruturas cortado e dobrado na obra
KG
5,85
Aterro do caixão com barro
M3
45,14
Remoção de material escavado
M3
13,00
Substituição de terreno por solo/cimento - 10:1
M3
179,49
Ferro CA-60 de 4,2mm para estruturas cortado e dobrado na obra
KG
6,42
Ferro CA-50 e CA-60 para estruturas cortado e dobrado na obra
KG
6,09
Fornecimento de ferro pronto para estruturas, já cortado e dobrado
KG
3,62 1,01
Escoramento contínuo de valas
M2
80,73
Armação de ferro pronto para estruturas, por firma especializada
KG
Escoramento descontínuo de valas
M2
31,51
Concreto simples p/estruturas com fck=15Mpa (preparo mecânico)
M3 380,91
Concreto simples p/estruturas com fck=15Mpa (usinado)
M3 341,62
Concreto simples p/estruturas com fck=15Mpa (usinado e bombeado)
M3 349,23
FUNDAÇÕES Locação da obra (banquetas) Forma de tábua para fundações (sem reaproveitamento)
M M2
12,90 69,51
Concreto simples p/estruturas com fck=18Mpa (preparo mecânico) Concreto simples p/estruturas com fck=20Mpa (preparo mecânico)
M3 387,71 M3 392,91
Forma de tábua para fundações (com reaproveitamento=2x)
M2
45,07
Concreto simples p/estruturas com fck=20Mpa (usinado)
M3 353,35
Forma de chapa resinada de 12mm p/fund. (com reaprov.=3x)
M2
34,60
Concreto simples p/estruturas com fck=20Mpa (usinado e bombeado)
M3 361,35
Forma de chapa resinada de 12mm p/fundações (sem reaprov.)
M2
63,10
Concreto simples p/estruturas com fck=25Mpa (usinado)
M3 373,41
Ferro CA-50 de 12,5mm para fundações cortado e dobrado na obra
KG
5,46
Concreto simples p/estruturas com fck=25Mpa (usinado e bombeado)
M3 379,02
Ferro CA-60 de 4,2mm para fundações cortado e dobrado na obra
KG
6,02
Concreto simples p/estruturas com fck=30Mpa (usinado)
M3 388,03
Ferro CA-50 e CA-60 para fundações cortado e dobrado na obra Fornecimento de ferro pronto para fundações, já cortado e dobrado
KG KG
5,70 3,62
Concreto simples p/estruturas com fck=30Mpa (usinado e bombeado) Concreto simples p/estruturas com fck=35Mpa (usinado)
M3 396,70 M3 400,27
Concreto simples p/estruturas com fck=35Mpa (usinado e bombeado)
M3 409,32
Laje pré-moldada c/bl. cerâmicos (capeamento=concreto mecânico)
M2
67,57
Laje pré-moldada c/blocos cerâmicos (capeamento=concreto usinado)
M2
70,53
Laje treliçada B12 para vão até 4,00m com SC=150kgf/m2
M2
64,21
Laje treliçada B12 para vão até 4,00m com SC=300kgf/m2
M2
64,99
Laje treliçada B16 para vão até 6,00m com SC=150kgf/m2
M2
71,89
Laje treliçada B16 para vão até 6,00m com SC=300kgf/m2
M2
72,39
Laje treliçada B20 para vão até 7,00m com SC=150kgf/m2
M2
81,55
Laje treliçada B20 para vão até 7,00m com SC=300kgf/m2
M2
82,13
Laje treliçada B25 para vão até 8,00m com SC=150kgf/m2
M2 100,33
Laje treliçada B25 para vão até 8,00m com SC=300kgf/m2
M2 100,83
Laje treliçada B30 para vão até 9,00m com SC=150kgf/m2
M2 117,14
Laje treliçada B30 para vão até 9,00m com SC=300kgf/m2
M2 117,70
Bandeja de proteção fixa com 3,30m
M 139,56
ALVENARIAS E PRÉ-MOLDADOS Alvenaria de 8cm com tijolo de vidro de 19x19x8cm
M2 337,79
Alvenaria de 10cm com tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm
M2
Alvenaria de 22cm com tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm
M2 107,21
Alvenaria de 10cm com tijolo cerâmico aparente de 10x7x23cm
M2
65,79
Alvenaria de 7cm com tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm
M2
32,02
Alvenaria de 9cm com tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm
M2
35,35
Alvenaria de 10cm com tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm
M2
37,21
Alvenaria de 20cm com tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm
M2
68,29
Alvenaria de 9cm com tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm
M2
33,23
Alvenaria de 20cm com tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm
M2
59,63
Alvenaria de 12cm com tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm
M2
36,40
Alv. de vedação de 9cm c/bl. de concreto de 9x19x39cm c/2,5MPa
M2
36,49
Alv. de vedação de 12cm c/bl. de concreto de 12x19x39cm c/2,5MPa
M2
41,28
Alv. estrutural de 14cm c/bloco de concreto de 14x19x39cm c/4,5MPa
M2
53,47
Alve. estrutural de 19cm c/bloco de concreto de 19x19x39cm c/4,5MPa
M2
61,18
Alvenaria de pedra rachão
M3 243,34
Elemento vazado de cimento tipo colmeia de 25x25x10cm
M2 100,01
Verga de concreto armado pré-moldada de 10x10cm
M
17,80
Bandeja de proteção móvel com 2,20m - fabricação
M
88,94
Bandeja de proteção móvel com 2,20m - montagem e desmontagem
M
20,18
Tela de nylon para proteção de fachada
M2
9,64
Calha de concreto moldada “in loco”
M
73,68
Algeroz de concreto com 30x5cm moldado “in loco”
M
29,75
Terça de concreto pré-moldada de 7x10cm
M
22,61
Madeiramento para telhas de fibrocimento ou alumínio
M2
31,08
Madeiramento convencional para telhas de cerâmica
M2
72,10
Madeiramento tipo caibro mineiro para telhas de cerâmica tipo canal
M2 126,81
Estrutura de madeira para telhas cerâmicas com vão de até 16m
M2 114,01
Coberta com telha ondulada Fibrotex CRFS de 4mm Brasilit
M2
25,39
Coberta com telha ondulada Residencial CRFS de 5mm Brasilit
M2
33,96
Coberta com telha ondulada BR CRFS de 6mm Brasilit
M2
39,06
54,19
COBERTURAS
DEZEMBRO 2011 |
| 87
Coberta com telha ondulada BR CRFS de 8mm Brasilit
M2 46,77
Coberta com telha Kalheta de 8mm Brasilit
M2 101,56
Coberta com telha Kalhetão 90 de 8mm Brasilit
M2 90,15
Coberta com telha de alumínio trapezoidal de 0,5mm
M2 45,86
Coberta com telha de cerâmica tipo colonial
M2 42,58
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Ponto de luz embutido no teto ou parede com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até o quadro de distribuição
PT 47,72
Interruptor simples de 1 seção Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até o ponto de luz
UN 56,22
Interruptor simples de 1 seção Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até o ponto de luz
UN 59,30
Interruptor simples de 2 seções Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até os pontos de luz
UN 80,09
Interruptor simples de 2 seções Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até os pontos de luz
UN 84,23
Tomada de corrente universal 2P Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico
UN 54,42
Tomada de corrente universal 2P Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico
UN 55,69
Tomada de corrente com aterramento 2P+T Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico Tomada de corrente com aterramento 2P+T Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis de embutir, p/ar condicionado, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus de embutir, p/ar condicionado, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis de embutir, p/chuveiro elétrico, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus de embutir, p/chuveiro elétrico, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis de embutir, p/máquina de lavar roupa, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus de embutir, p/máquina de lavar roupa, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Ponto de força com aterramento para piscina, com eletroduto de PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico, até o quadro de distribuição Ponto de força com aterramento para portão automático, com eletroduto de PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico, até o quadro de distribuição Ponto para campainha, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico
UM 70,49
UM 77,61
UM 110,97
UM 113,10
UM 93,11
UM 93,06
UM 82,72
UM 84,85
PT 163,21 PT 124,27
PT 43,86
Botão pulsador para campainha, Pial Pratis, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico
UN 56,24
Botão pulsador para campainha, Pial Plus, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico
UN 58,26
Ponto seco(sem fiação), de embutir, para antena de TV, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e placa cega 4”x2” Pial Pratis
PT 41,34
Ponto seco(sem fiação), de embutir, para antena de TV, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e placa cega 4”x2” Pial Plus
PT 42,02
Ponto seco(sem fiação), de embutir, para interfone, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 1/2” e placa cega 4”x2” Pial Pratis
PT 40,26
Ponto seco(sem fiação), de embutir, para interfone, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 1/2” e placa cega 4”x2” Pial Plus
PT 40,94
Caixa de passagem em PVC de 4”x4” de embutir, com placa cega Pial Pratis 4”x4”
UN 12,61
Caixa de passagem em PVC de 4”x4” de embutir, com placa cega Pial Plus 4”x4”
UN 13,14
Tomada para telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares
UN 62,74
Tomada para telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares
UN 65,77
Tomada para telefone RJ11 Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares
UN 68,82
Tomada para telefone RJ11 Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares
UN 72,69
Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1/2”
M
5,34
Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 3/4”
M
6,60
Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1”
M
8,36
Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/4”
M 10,71
Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/2”
M 12,27
Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 2”
M 18,17
Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1/2”
UN
5,01
Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 3/4”
UN
5,58
Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1”
UN
6,88
Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/4”
UN
9,55
Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/2”
UN 10,50
Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 2”
UN 16,76
Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1/2”
UN
2,41
Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 3/4”
UN
2,83
Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1”
UN
3,42
Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/4”
UN
4,80
Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/2”
UN
5,47
Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 2”
UN
8,66
Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico
M
2,50
Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico
M
2,76
Cabo flexível de 4mm2 com isolamento plástico
M
3,77
Cabo flexível de 6mm2 com isolamento plástico
M
4,49
Disjuntor GE monopolar termomagnético de 15A
UN 11,31
Disjuntor GE monopolar termomagnético de 20A
UN 11,56
LOUÇAS E METAIS
Disjuntor GE monopolar termomagnético de 30A
UN 11,56
Pia em aço inox lisa com 1,40m, com 1 cuba, concretada, com ferragens UN
447,53
Tanque de louça Deca TQ-01 com coluna CT-11 branco gelo de 56x42cm com ferragens
UN
368,31
Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca com válvula de descarga Deca HidraMax de 1.1/2”
UN
356,10
Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite com caixa de descarga de sobrepor com 8 litros
UN
203,21
Bacia sanitária com caixa de descarga acoplada Azálea branco gelo Celite
UN
275,96
Chuveiro de PVC de 1/2” com braço
UN
11,53
Bancada de mármore branco rajado de 60x2cm
M
537,59
Bancada de mármore branco extra de 60x2cm
M
171,68
Bancada de mármore travertino de 60x2cm
M
255,85
Tanque em resina simples marmorizado de 59x54cm com ferragens
UN
164,22
Tanque em resina simples marmorizado de 60x60cm com ferragens
UN
159,62
Pia em mármore sintético de 1,00x0,50m com 01 cuba e ferragens
UN
203,34
Pia em mármore sintético de 1,20x0,50m com 01 cuba e ferragens
UN
211,84
Caixa de passagem 40x40cm(interno), h=60cm, em alvenaria de 1/2 vez sem revestimento, sobre camada de brita de 10cm e tampa em concreto armado, inclusive escavação e reaterro
UN 74,10
Caixa de inspeção 60x60cm(interno), h=60cm, em alvenaria 1/2 vez c/ revestimento cimentado, sobre lastro de concreto de 10cm e tampa em concreto armado, inclusive escavação e reaterro
UN 184,87
Caixa de inspeção 80x80cm(interno), h=60cm, em alvenaria 1/2 vez c/ revestimento cimentado, sobre lastro de concreto de 10cm e tampa em concreto armado, inclusive escavação e reaterro
UN 254,60
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Ponto de água com tubulações e conexões de PVC roscável de 3/4”, inclusive abertura e fechamento de rasgos em alvenaria, até o registro geral do ambiente Ponto de água com tubulações e conexões de PVC soldável de 25mm, inclusive abertura e fechamento de rasgos em alvenaria, até o registro geral do ambiente Ponto de esgoto para bacia sanitária, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor
PT 78,07
PT 56,43
PT 58,61
Ponto de esgoto para pia ou lavanderia, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor
PT 60,60
Ponto de esgoto para lavatório ou mictório, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor
PT 57,97
Ponto de esgoto para ralo sifonado, inclusive o ralo, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor Abertura de rasgos para passagem de tubos de 1/2” à 1”
PT 57,63 M
3,17
Abertura de rasgos para passagem de tubos de 1.1/4” à 2”
M
4,95
Abertura de rasgos para passagem de tubos de 2.1/2” à 4”
M
7,08
Fechamento de rasgos executados para tubos de 1/2” à 1”
M
3,14
Fechamento de rasgos executados para tubos de 1.1/4” à 2”
M
4,32
Fechamento de rasgos executados para tubos de 2.1/2” à 4”
M
9,37
Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 para água
M
3,33
Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 para água
M
3,92
Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 para água
M
6,08
Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 para água
M
9,01
Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 para água
M
10,44
Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 para água
M
16,14
Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 para água
M
23,33
Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 para água
M
28,93
Registro de pressão cromado de 3/4” com canopla Deca linha Targa 1416 C40
UN 76,70
ESQUADRIAS DE MADEIRA Grade de caixa em massaranduba p/porta até 1,00x2,10m p/ acabamento em pintura esmalte
UN 133,12
Grade de caixa em jatobá p/porta até 1,00x2,10m p/acabamento em verniz ou cera
UN
97,46
Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m
UN
75,36
Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m
UN
76,02
Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m
UN
76,69
Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m
UN
79,94
Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI
UN
93,30
Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI
UN
96,83
Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI
UN 104,30
Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI
UN 114,72
Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m
UN 159,98
Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m
UN 179,75
Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m
UN 216,01
Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m
UN 206,78
Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m
UN 153,85
Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m
UN 160,85
Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m
UN 250,10
Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m
UN 166,94
Registro de gaveta cromado de 3/4” com canopla Deca linha Targa 1509 C40
UN 72,10
Registro de gaveta cromado de 1” com canopla Deca linha Targa (base: 4509, acabamento: 710 C40)
UN 59,83
Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m
UN 182,94
UN 119,26
Porta em almofadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m
UN 207,68
Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m
UN 234,68
Registro de gaveta cromado de 1 1/2” com canopla Deca linha Targa 1509 C40
Azulejo branco 15x15cm tipo “A” Cecrisa (interno) c/argamassa tipo AC-I e rejunte Narduk
ESQUADRIAS METÁLICAS Porta corta-fogo tipo P90 de 0,80x2,10m
UN
Porta corta-fogo tipo P90 de 0,90x2,10m
UN
949,32
Assentamento de portão metálico (sem o portão)
M2
54,60
Assentamento de gradil metálico (sem o gradil)
M2
37,95
Tubo de ferro preto de 2” para peitoril
M
27,88
Tubo de ferro preto de 4” para peitoril
M
50,02
Tubo de ferro preto de 6” para peitoril
M
105,70
Portão em tela de ferro quadrada de #13mm com fio nº 12
M2
Portão em chapa de ferro preta nº 18 Gradil de ferro em cantoneira L de 1 1/4” e barras de 1”x1/4”
Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm (interna) com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk
M2 40,39
Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4 (externa) com argamassa Megaflex tipo AC-II Narduk uso externo e rejunte aditivado flexível externo Narduk
288,36
Revestimento de paredes em pedra Itacolomy do Norte corte manual
M2 41,98
M2
241,21
Revestimento de paredes em pedra São Thomé cavaco
M2 50,03
Revestimento de paredes em pedra ardósia verde de 20x20cm
M2 47,96
Granito cinza bresant, corumbá ou andorinha de 50x50x2cm externo
M2 121,33
Granito cinza bresant, corumbá ou andorinha de 50x50x2cm interno
M2 105,19
Mármore travertino de 30x30x2cm externo
M2 114,72
Mármore travertino de 30x30x2cm interno
M2 98,58
Revestimento com pasta de gesso de 4mm sobre emboço
M2 12,07
88,39 68,61
Conjunto de fechadura para WC ref. 521-B-CR LaFonte
UN
68,61
Dobradiça em ferro preto de 3”x2 1/2” LaFonte
UN
8,69
UN UN
8,93 13,12
Revestimento de paredes em fórmica lisa brilhante
M2
41,16
Lajota de concreto natural antiderrapante de 50x50x3cm
M2
41,83
Forro em lambri de Angelim Pedra de 10x1cm com estrutura de madeira
M2
89,88
Forro de gesso liso em laje de concreto
M2
17,05
Forro de gesso liso em laje pré-moldada
M2
15,75
Divisória em gesso com 7,5cm
M2
49,58
Soleira de cerâmica tipo “A” 20x20cm Eliane cinza lisa com 15cm
M
14,84
Soleira de cerâmica tipo “A” 20x20cm Portobello branca lisa com 15cm
M
16,42
Soleira de marmorite cinza com 15cm
M
11,06
Soleira de granito cinza bresant, corumbá ou andorinha com 15x2cm
M
29,26
Soleira de mármore branco rajado com 15x2cm
M
24,35
Rodapé de cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073 com 7cm
M
17,32
Rodapé de marmorite cinza com 7cm
M
19,30
Degraus de marmorite cinza
M
57,98
M2 41,23
M2
UN
Lajota de concreto natural lisa de 50x50x3cm
FORROS E DIVISÓRIAS
M2 48,96
UN
Dobradiça em latão cromado de 3”x2 1/2” ref. 90 LaFonte
M2 32,86
189,98
Conjunto de fechadura interna ref. 521-I-CR LaFonte
Dobradiça em ferro cromado de 3”x2 1/2” ref. 1410 LaFonte
Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4 (interna) com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk
Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm (externa) com argamassa Megaflex tipo AC-II Narduk uso externo e rejunte aditivado flexível externo Narduk
FERRAGENS PARA ESQUADRIAS Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521-E-CR LaFonte
M2 34,92
884,32
M2 28,48
Revestimento de paredes em fórmica texturizada
M2 29,75
Cimentado interno ou externo com espessura de 2,5 cm
M2 25,17
SOLEIRAS, RODAPÉS E DEGRAUS
IMPERMEABILIZAÇÕES
REVESTIMENTOS
Impermeabilização de lajes com Vedapren preto,inclusive regularização prévia c/argamassa de cimento e areia grossa 1:5
M2 50,45
Impermeabilização de caixa d’água c/Neutrol 45 e Sika 1, inclusive regularização prévia c/argamassa de cimento e areia grossa 1:3
M2 81,50
Chapisco p/paredes internas c/arg. de cimento e areia grossa 1:4
M2
3,47
PISOS
Chapisco em tetos c/argamassa de cimento e areia grossa 1:3
M2
6,19
Lastro de brita 38 com 5cm de espessura
M2
Chapisco p/paredes externas c/arg. de cimento e areia grossa 1:4
M2
3,99
Laje de impermeabilização de 8cm c/concreto usinado de fck=15Mpa
M2 26,95
Chapisco p/paredes externas c/arg. de cimento e areia 1:4 c/Bianco
M2
5,37
Emboço interno c/arg. de cimento, saibro e areia grossa 1:2:6 c/2cm
M2
15,02
Laje de impermeabilização de 8cm c/concreto 1:3:6 c/preparo mecânico
M2 25,75
Regularização de pisos c/argamassa de cimento e areia grossa 1:5
M2 13,43
Caiação (3D)
M2
4,76
Cimentado liso com 2cm de espessura
M2 17,88
Hidracor (3D) sobre massa única
M2
5,13
Cimentado liso com juntas de madeira de 1,5cm de espessura
M2 31,47
Emassamento e lixamento de paredes e tetos com massa PVA
M2
7,21
Emassamento e lixamento de paredes e tetos com massa acrílica
M2 10,82
Latex interna (2D) sobre massa única, gesso ou concreto aparente, inclusive selador de parede
M2
7,02 7,02
Emboço interno c/arg. de cimento, cal e areia grossa 1:2:8 c/2cm Emboço externo c/arg. de cimento, saibro e areia grossa 1:2:6 c/.3cm Emboço externo c/arg. de cimento, cal e areia grossa 1:2:8 c/3cm
M2 M2 M2
15,97 20,79 22,21
Massa única interna c/arg. de cimento, saibro e areia fina 1:2:6 c/2cm
M2
19,47
Massa única interna c/arg. de cimento, cal e areia fina 1:2:8 c/2cm
M2
20,64
Massa única externa c/arg. de cimento, saibro e areia fina 1:2:6 c/3cm
M2
25,74
Massa única externa c/arg. de cimento, cal e areia grossa 1:2:8 c/3cm
M2
27,15
Argamassa de cimento e areia grossa 1:3
M3
290,69
Argamassa de cimento e areia grossa 1:5
M3
233,19
Argamassa de cimento e areia grossa 1:8
M3
180,39
Argamassa de cimento, cal e areia fina 1:2:8
M3
304,71
Argamassa de cimento, cal e areia grossa 1:2:8
M3
285,31
Argamassa de cimento saibro e areia grossa 1:2:6
M3
205,66
Argamassa de cimento saibro e areia fina 1:2:6
M3
215,93
Azulejo branco 20x20cm Eliane (interno) c/argamassa tipo AC-I e rejunte Narduk
M2
35,72
Piso em cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4 com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk
4,95
M2 33,19
PINTURAS
Piso em cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk
M2 40,90
Latex interna (2D) sobre tijolo aparente, inclusive selador de parede
M2
Piso em pedra Itacolomy do Norte irregular
M2 36,55
Latex interna (2D) com massa PVA, inclusive selador de parede
M2 14,26
Piso em pedra São Thomé Cavaco
M2 44,60
Latex interna (3D) sobre massa única, gesso ou concreto aparente, inclusive selador de parede
M2 11,47
Piso em pedra ardósia verde de 20x20cm
M2 42,53
Latex interna (3D) com massa PVA inclusive selador de parede
M2 16,96
Granito cinza bresant, corumbá ou andorinha de 50x50x2cm
M2 106,74
Latex interna (3D) c/brilho, c/massa PVA, inclusive selador de parede
M2 21,50
Mármore travertino de 30x30x2cm
M2 100,13
Granilite branco com juntas de vidro
M2 65,81
Latex externa (2D) sobre massa única ou concreto aparente, inclusive selador acrílico para parede externa
M2
8,01
Latex externa (2D) sobre tijolo aparente, inclusive selador acrílico para parede externa
M2
8,01
Latex externa (2D) com massa acrilica, inclusive selador acrílico para parede externa
M2 19,58
Granilite cinza com juntas de vidro
M2 49,94
Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 1,6mm com flash
M2 46,57
Piso de borracha Plurigoma (colado)
M2 29,55
DEZEMBRO 2011 |
| 91
Latex externa (3D) sobre massa única ou concreto aparente, inclusive selador acrílico para parede externa
M2
11,59
141,91
Vidro Colorglass cinza de 10mm
M2
Espelho prata cristal de 3mm
M2
74,96
Latex externa (3D) com massa acrilica, inclusive selador acrílico para parede externa
M2
21,79
Espelho prata cristal de 4mm
M2
109,90
Tinta acrílica interna (2D) c/massa PVA, inclusive selador de parede
M2
15,25
Espelho prata cristal de 6mm
M2
169,51
Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens
M2
133,38
Vidro temperado de 10mm fume sem ferragens
M2
164,20
Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens
M2
175,12
Arrancamento e reassentamento de meio fio com reaproveitamento
M
17,04
Meio fio de pedra granítica sobre lastro de concreto magro
M
27,63
Meio fio de concreto pré-moldado sobre lastro de concreto magro
M
33,73
Pavimentação em paralelepípedos sobre colchão de areia, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:8
M2
60,30
Pavimentação em blocos de concreto natural “Paver” de 6cm, com 25MPa (48pç/m2), assentado sobre colchão de 5cm de pó de pedra e rejuntado com areia fina seca
M2
41,10
Pavimentação em pedra portuguesa
M2
51,32
Pavimentação em concreto rústico ripado em quadros de 100x100cm
M2
48,97
Arrancamento, limpesa e reassentamento de paralelepípedos sobre colchão de areia, rejuntados c/argamassa de cimento e areia grossa 1:8
M2
47,26
Linha d’água em paralelepípedos sobre lastro de concreto magro
M
20,31
Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 600mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5
M
128,44
Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 800mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5
M
219,80
Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 1000mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5
M
311,97
Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 1200mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5
M
542,28
Drenagem pluvial c/tubos de concreto simples de 300mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5
M
31,60
Drenagem pluvial c/tubos de concreto simples de 400mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5
M
43,98
Caixa de concreto pré-moldada p/ar condicionado de 7.000 BTU’s aberta
UN
100,96
Caixa de concreto pré-moldada p/ar condicionado de 7.000 BTU’s fechada
UN
104,26
Caixa de concreto pré-moldada p/ar condicionado de 10.000 BTU’s aberta
UN
127,25
Tinta acrílica externa (2D) c/massa acrílica, inclusive selador acrílico para parede externa
M2
19,83
Esmalte sintético (2D) em paredes e tetos internos, com massa à óleo, inclusive selador de parede
M2
21,37
Tinta cerâmica interna ou externa (2D) sobre laje ou tijolo aparente
M2
11,71
Textura acrílica com acabamento em tinta latex para interior (2D)
M2
15,81
Textura acrílica com acabamento em esmalte sintético (2D)
M2
19,47
Textura acrílica com acabamento em tinta latex para exterior (2D)
M2
18,18
Textura acrílica com acabamento em tinta acrílica (2D)
M2
18,43
Silicone (2D) sobre blocos de cimento ou tijolo cerâmico
M2
9,87
Silicone (2D) sobre concreto aparente
M2
7,28
Verniz acrílico (2D) sobre concreto aparente
M2
6,97
Emassamento e lixamento de esquadrias de madeira com massa à óleo
M2
8,86
Esmalte sintético (2D) sobre madeira, c/fundo branco e massa à óleo
M2
19,59
Esmalte sintético (2D) sobre ferro, c/proteção de tinta antiferruginosa
M2
22,21
Esmalte sintético (2D) sobre corrimão de ferro
M
7,00
Pintura à base de epoxi (2D), sem emassamento
M2
22,37
VIDROS E ESPELHOS Vidro impresso fantasia de 4mm
M2
32,14
Vidro anti-reflexo
M2
39,52
Vidro aramado incolor de 7mm
M2 150,32
Vidro liso incolor de 3mm
M2
33,19
Vidro liso incolor de 4mm
M2
41,25
Vidro liso incolor de 5mm
M2
52,56
Vidro liso incolor de 6mm
M2
58,15
Vidro liso incolor de 8mm
M2
88,30
Vidro liso incolor de 10mm
M2 100,30
Vidro Colorglass bronze de 4mm
M2
Vidro Colorglass bronze de 8mm
M2 142,35
Vidro Colorglass bronze de 10mm
M2 181,47
58,66
M2
49,84
Vidro Colorglass cinza de 6mm
M2
85,62
Vidro Colorglass cinza de 8mm
M2 116,75
Vidro Colorglass cinza de 4mm
PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM
OUTROS
Você pode adquirir com o consultor Clélio Morais - colaborador da Construir NE e responsável pela Seção de Preços - as composições detalhadas dos serviços apresentados na tabela de preços de assinantes da revista (cleliomorais@gmail.com)
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MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
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DEZEMBRO 2011 |
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ONDE ENCONTRAR
RESPONSABILIDADE SOCIAL Marcelo Souza Leão & Chalaça Arquitetos Associados www.marcelosouzaleão.arq.br TECNOLOGIA Weber Saint-Gobain www.weber.com.br Dow www.dow.com Teconologia da Construção e Materiais Ltda. www.tecomat.com.br Plannar Patrícia Silva (81) 8697.7356 VIDA SUSTENTÁVEL Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) www.chesf.gov.br Fiat Automoveis www.fiat.com.br ARQUITETURA & INTERIORES André Dantas (81) 3221-3969 www.andredantas.com.br Ana Paula Cascão (81) 3268-0441 ac.arquitetura@uol.com.br Luciana Pimentel (81) 3427-3834 lupimentel.arq@gmail.com Mônica Torreão (81) 3465-4755 torreaomonica@gmail.com André Carício (81) 3326-2242 www.andrecaricio.com.br Diogo Viana (81) 3325-3253 www.diogoviana.com.br
Manu Nunes (81) 9979-0708 manununes@gmail.com Roberta Borsoi (81) 3463-9710 borsoicosta@gmail.com Noemi Portell (81) 3465-4319 noemiport@yahoo.com.br Edson Marques Soares Junior (81) 3465-4319 jr.edson@hotmail.com Luiza Nogueira (81) 3466-8087 arqlunogueira@yahoo.com.br Simone Lima (81) 3466-8087 simonefalima@gmail.com Jaidete Ferreira (81) 9242-7461 Jaqueline Ferreira (81) 3621-1177 jaidetefer@hotmail.com Guilherme Eustachio (81) 3326-6160 guilherme07@uol.com.br Diomári Diniz (81) 3224-3291 diodiniz@yahoo.com.br Alexandre Mesquita (81) 9972-3113 mesquitaita@gmail.com Neto Belem (81) 3031-7382 netobelem81@gmail.com ECONOMIA & NEGÓCIOS Viva Vacation www.vivaimoveis.com.br Alphaville Urbanismo www.alphaville.com.br
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ano XII | nº 60 | dezembro 2011 | www.construirnordeste.com.br
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ENTREVISTA
Passado redesenhado pela modernidade
Fernando Bezerra Coelho O ministro da Integração Nacional e as ações para o Nordeste
A Fiat projeta fábrica em harmonia com o meio ambiente
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CHESF INVESTIRÁ EM ENERGIA EÓLICA E SOLAR | ALPHAVILLE CONCENTRA INVESTIMENTOS EM PERNAMBUCO
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Edição 60 | dezembro 2011