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CALÇADOS

Setor calçadista trabalha com 30,9% da capacidade instalada ©DIVULGAÇÃO

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Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) divulgou em primeiro de julho que o setor calçadista nacional está trabalhando com 30,9% da sua capacidade instalada. O número está em pesquisa realizada pela en�dade junto às empresas fabricantes de calçados. O levantamento aponta, ainda, que 63% das empresas do setor estão a�vas, embora com produção reduzida; 26% das empresas estão paralisadas (sendo que 20% não tem previsão de retorno); e 14% das empresas estão operando apenas para finalização de pedidos e uso de material em estoques, o que pode fornecer indícios de uma nova paralisação no curto prazo. O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, ressalta que o quadro vem culminando na perda de postos de trabalho do setor, que chegou a 37,4 mil postos entre janeiro e maio, segundo o Ministério do Trabalho e Em-

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prego (MTE). Segundo Ferreira, apenas no período mais agudo da pandemia do novo coronavírus, entre os meses de março e maio, o setor perdeu mais de 52 mil postos de trabalho. Em dezembro de 2019, as indústrias calçadistas empregavam 269 mil pessoas, número que caiu para 232 mil. “O impacto se dá, sobretudo, pelo fechamento do comércio, que responde por mais de 85% das vendas totais da Indústria”, afirma o execu�vo, acrescentando que 90% das empresas consultadas pela pesquisa apontaram este como o principal impacto na produção. MP 936 – A pesquisa da Abicalçados revela que 76% das empresas u�lizaram o mecanismo de redução da jornada de trabalho, previsto na MP 936. “As empresas buscam segurar os postos. O problema é que, com a demora na retomada dos pedidos, as empresas acabam tendo que recorrer às demissões”, conta Ferreira.

Produção – Com queda nos pedidos, a produção de calçados caiu 70,5% em abril na relação com o mesmo mês do ano passado, conforme dados mais recentes divulgados pelo IBGE. A projeção da Abicalçados é de que a produção caia, em média, mais 65,5% em maio e 61% em junho, sempre no compara�vo com os meses correspondentes do ano passado. “Existe um arrefecimento da queda na produção, que vem se dando paula�namente e concomitantemente à abertura do comércio em alguns grandes centros comerciais”, avalia Ferreira, ressaltando que a en�dade espera uma melhora grada�va até o final do ano, em especial no úl�mo trimestre. Diminui o ritmo de demissões – Com a abertura gradual do comércio �sico em grandes centros econômicos, o número de demissões do setor calçadista caiu. O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, ressalta que existe um quadro de arrefecimento das quedas, consecu�vas desde março deste ano. Segundo ele, no pior mês da crise, em abril, foram perdidos mais de 29 mil postos na a�vidade, número que caiu para 16,5 mil em maio e 5,2 mil em junho. O setor somou a perda de 44 mil postos, número que é puxado pelos estados do Rio Grande do Sul (14,7 mil), São Paulo (8 mil), Ceará (5,8 mil) e Bahia (4,7 mil). O presidente da Abicalçados, destaca que a perspec�va de abertura gradual do varejo �sico, que responde por mais de 85% das vendas do setor calçadista brasileiro, influenciou o mais recente balanço. “Não é um número para se comemorar, já é uma tragédia a perda de um único posto. Porém, estamos um pouco mais aliviados pelo fato de essa www.borrachaatual.com.br


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