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QUÍMICA
from Ed153
by Aspa Editora
Cresce demanda por produtos químicos
Aprodução, a demanda e as vendas internas dos produtos químicos de uso industrial têm resultados posi� vos no primeiro trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado. A produção teve alta de 0,81%, a demanda subiu 9,2% e as vendas internas � veram elevação de 7,66%, segundo informações do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Abiquim. No entanto, o volume de importações da amostra de produtos do RAC subiu 19,1% e as exportações recuaram 8,4% nos primeiros três meses deste ano, sobre igual período do ano passado, na contramão do que se poderia esperar com a desvalorização do Real, em relação ao dólar. Já o índice de u� lização da capacidade instalada do setor fi cou em 73% na média do primeiro trimestre de 2021. Segundo a diretora de Economia e Esta� s� ca da Abiquim, Fá� ma Giovanna Coviello Ferreira, a melhora das vendas internas e a alta das importações refl ete a recuperação da demanda nacional, que se mantém em um patamar elevado desde meados do ano passado, sobretudo pela essencialidade da química e da necessidade dos produtos no atendimento das demandas relacionadas à pandemia. “O baixo índice de ocupação das instalações justamente em um período de aumento da demanda interna evidencia a falta de compe� � vidade da indústria local, com consequente deses� mulo a novos inves� mentos, além de risco de desa� vação de unidades produ� vas.” Na comparação dos úl� mos 12 meses, de abril de 2020 a março de 2021, os índices de produção, vendas internas e demanda também mostram resultados posi� vos. A produção cresceu 0,46%, as vendas internas � veram alta de 3,52%, e a demanda subiu 12,1%. Como resultado, na média dos úl� mos 12 meses, encerrados em março de 2021, os importados representaram 47% da demanda de produtos químicos no mercado nacional, novo recorde do setor. A demanda medida pelo consumo aparente nacional (CAN), resultado da soma da produção mais importação excetuando-se as exportações, revela como anda a capacidade de compe� ção das empresas instaladas no País em relação às suas congêneres no exterior. A indústria química brasileira vem perdendo espaço para o produto importado há algum tempo. Se forem levados em consideração os úl� mos 30 anos de análise, de 1990 a 2020, a taxa anual de crescimento do CAN foi de 3% (o dobro da taxa de crescimento do PIB industrial, que foi de 1,4%, em igual período), a produção subiu a uma velocidade inferior, de 1,5% ao ano, as vendas externas cresceram a 1,4% ao ano, enquanto as importações � veram alta de 9,5% ao ano, mais de três vezes o aumento do CAN e mais de seis vezes o que cresceu a produção local, jus� fi cando a elevação da ociosidade. “O país perdeu a oportunidade de transformar esse crescimento da demanda em inves� mento local, em empregos de elevado grau de instrução e em aumento da arrecadação para o governo. Essa situação não pode se manter em um setor que é estratégico e essencial para o desenvolvimento do Brasil. Não há país desenvolvido ou em desenvolvimento que não tenha uma indústria química forte”, afi rma a diretora. O índice de preços cresceu 70,49% no resultado nominal acumulado nos úl� mos 12 meses encerrados em março de 2021. Descontados os efeitos da infl ação (levando-se em consideração o IPA-Indústria de Transformação, da FGV), os preços médios reais do segmento de produtos químicos de uso industrial subiram 31,2% em 12 meses. Se for u� lizado o dólar como defl ator, os preços reais estão 55,6% maiores do que foram nos 12 meses anteriores. Parte considerável dos produtos químicos analisados é cons� tuída por commoditi es, com preços formados no mercado internacional. Já a na� a petroquímica, principal matéria-prima
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do setor, teve elevação de 170,8% nos úl� mos 12 meses, acompanhando a variação do petróleo Brent, que subiu 151,5% em igual período de comparação. Na avaliação da diretora da Abiquim, ex� nguir o Regime Especial da Indústria Química (REIQ) neste momento representará uma sensível piora na compe� � vidade da química nacional, gerando aumento na carga tributária na base da petroquímica nacional, que se refl e� rá nas mais importantes cadeias produ� vas. “O REIQ precisa ser man� do até que o País efe� vamente realize a tão esperada e necessária Reforma Tributária. Pois, o cenário internacional também é desafi ador. O petróleo, assim como outras commodi� es, voltou a subir, es� mulado pela expansão da demanda, pressionando a na� a, com refl exos nas cotações dos químicos. A situação de preços é agravada por conta da desvalorização do real em relação ao dólar, em um mercado cuja caracterís� ca é a de ser tomador de preços e não formador”, completa Fá� ma.
Défi cit de US$ 8,7 bilhões é re-
corde - O défi cit acumulado na balança comercial de produtos químicos a� ngiu US$ 8,7 bilhões no primeiro trimestre do ano, recorde do indicador para o período e um expressivo aumento de 27,9% na comparação com o total, de US$ 6,8 bilhões, registrado entre os meses de janeiro e março do ano passado. Nos úl� mos 12 meses (abril de 2020 a março de 2021), mais um preocupante recorde. Pela primeira vez em toda a série histórica da balança comercial de produtos químicos, medida desde 1989, o montante acumulado em doze meses a� nge a marca de US$ 32,3 bilhões, apesar dos sérios impactos da pandemia da Covid-19 na a� vidade econômica. A empresa de produtos químicos especializados Lanxess expande sua linha Trixene Aqua, dispersões de isocianato bloqueados à base de água. A linha de produtos agora inclui novas opções especifi camente projetadas para expandir as áreas de aplicação e atender às necessidades mais exigentes dos clientes. O Trixene Aqua BI 120 expande o desempenho excepcional como promotor de adesão do Aqua BI 220, permi� ndo que os formuladores o usem em uma ampla gama de pH e ampliando a facilidade de processamento. Isso é benéfi co no processamento têx� l onde os produtos podem ser usados, por exemplo, para resinas hidrofóbicas aplicadas no tratamento à prova de água, para tecidos respiráveis e para impressão de tela de seda para melhorar a resistência das impressões aos ciclos de lavagem.
Lanxess anuncia expansão
BASF lança site para Aditivos de Formulação e Desempenho
A BASF anuncia um novo site para ‘Adi� vos de Formulação e Desempenho’. O h� p://www.basf.com/addi� ves, oferece diversos recursos importantes para especialistas do setor de adi� vos. O design proporciona um acesso mais rápido e fácil a novos adi� vos, ao atender as crescentes necessidades do mercado em termos de desempenho e sustentabilidade, assim como as exigências regulatórias. O portfólio de ‘Adi� vos de Formulação e Desempenho’ da empresa permite a conversão de solventes para formulações à base de água, ajuda a reduzir a pegada de CO2 e contribui para uma maior efi ciência e redução da complexidade para os clientes.
Novo marco legal do gás natural é sancionado sem vetos
O Diário Ofi cial da União (DOU) publicou a nova Lei do Gás Natural – Lei 14.134, de 8 de abril de 2021, resultado da sanção, sem vetos, do Projeto de Lei (PL) 4.476/2020. O setor produ� vo aguarda, agora, a edição dos decretos regulamentadores que, segundo o Ministério de Minas e Energia, já estão em discussão. A atenção está voltada para que não ocorram judicializações em relação às competências priva� vas dos estados sobre o gás canalizado. A Lei 14.134 cria um novo marco regulatório para a cadeia produ� va do gás e oferece segurança jurídica para o programa Novo Mercado do Gás, lançado em 2019 pelo Ministério da Economia, que foi chamado pelo ministro Paulo Guedes de “choque de energia barata”, capaz de reduzir o preço do insumo em até 40%. O texto sancionado é o mesmo que foi apresentado pelo relator, e aprovado em março pelo Congresso Nacional. O novo marco deverá promover o desenvolvimento de um mercado aberto e livre de gás na exploração, escoamento, processamento, transporte, estocagem, comercialização, além da desver� calização de seu transporte e, por consequência, transparência nos valores cobrados pela molécula e pelo transporte. Apesar do efeito não ser imediato, com o estabelecimento de um novo marco regulatório do gás natural, a perspec� va é que em poucos anos, com nova logís� ca estabelecida e mais opções de fornecimento aos consumidores brasileiros, o preço venha a estabilizar-se em patamar similar ao do preço da molécula nos países da OCDE.