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DOS CONTOS DE “Volta ao mundo em 52 histórias”
"uma menina, um barco e uma bruxa”
AUTORES: 2º ano A
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São Paulo, 2017
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ILUSTRAÇÕES 2º ANO A
REESCRITAS com mudança de episódio 2º ANO A
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SUMÁRIO 1 – AGRADECIMENTOS ................................................................................................................ 6 1.1
– DEDICATÓRIA .................................................................................................................. 6
2 – REESCRITA – RUMPELSTILTSKN – POR: (GRUPO)....................................................... 7 3 – BABA YAGA – POR: Thiago e Sophia ................................................................................... 9 4 – BABA YAGA – POR: Beatriz e Laura ................................................................................... 10 5 – BABA YAGA – POR: Rafaela e Kauã .................................................................................. 11 7 – O BARCO TERRESTRE – POR: Yury e Everson .............................................................. 14 8 – O BARCO TERRESTRE – POR: Miguel e Jenifer ............................................................. 16 9 – A MOÇA DAS PÉROLAS – POR: Katlyn e Júlio ................................................................ 17 10 – A MOÇA DAS PÉROLAS – POR: Ana Beatriz e Enzo ................................................... 19 11 – A MOÇA DAS PÉROLAS – POR: Raquel e Emilly .......................................................... 20 12 – VERSÕES ORIGINAIS – Contos ........................................................................................ 22 13 – AUTORES E ILUSTRADORES ........................................................................................... 28 14 – AUTÓGRAFOS ...................................................................................................................... 29 15 – DOCENTES ............................................................................................................................ 30
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APRESENTAÇÃO Durante o 2º trimestre, a turminha do segundo ano, foi convidada a mergulhar no mundo dos escritores. E, como “mergulham”! A partir daí, fizeram muitas leituras de contos, reescrita, planejamento e revisão de produções. Tudo isso até considerarem o texto como bem escrito. As revisões e as produções foram realizadas coletivamente e em duplas. Além disso, nossos escritores vivenciaram um desafio mais amplo: escolher um novo episódio para inserir no conto. Por isso, fizeram parte, desse percurso, etapas que exigiram muita atenção, envolvimento e dedicação dos nossos escritores. Acompanhar cada escritor, e seus avanços, foi encantador! As discussões e análises realizadas pelas crianças durante as produções, as conversas sobre a utilização da linguagem mais adequada, pontuação das falas dos personagens, dentre outros aspectos relevantes. E nosso trabalho não parou por aí, os nossos escritores também puderam ser ilustradores. Dessa forma, decidiram “o que” e “como” ilustrar. Afinal, gostaríamos que nossos leitores sentissem algo a mais com a ilustração. Pois sabemos o quanto uma boa ilustração acrescenta à literatura. Sendo assim, caro leitor, espero que a cada página movimentada deste livro, você encontre um pouquinho de cada criança, e se encante com a beleza, leveza e encantamento bem característicos de nossos escritores. ““ Eis o divertido livro: “ UMA MENINA, UM BARCO E UMA BRUXA ” Divirta-se, e boa leitura! Forte abraço, Professora: Rosângela Batista
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1 – AGRADECIMENTOS Agradecemos as professoras: Rosângela e Gabriela pela ajuda que nos deu com leituras, pelas análises de boas palavras (palavras chiques), pela organização das duplas (boas duplas!). E, por nos orientar em relação aos procedimentos de escrita e leitura.
1.1 – DEDICATÓRIA Para nossas famílias!
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2 – REESCRITA – RUMPELSTILTSKN – POR: (GRUPO) RUMPELSTILTSKIN Um pobre moleiro morava numa fazenda e tinha uma filha que fiava palha e transformava em ouro. Um dia o rei ficou sabendo que a filha do moleiro transformava palha em ouro e levoua para o castelo para fiar palha e transformar em ouro. A pobre menina não sabia fiar, então ajoelhou e chorou. De repente uma criatura apareceu na frente da menina e falou: pobre menina que tanto você chora? E ela disse: eu não sei fiar. Então o anãozinho disse: se eu te ajudar a fiar, o que me daria em troca? E ela respondeu: eu lhe darei o meu colar. E a criatura pegou o colar e falou: você vai jogando a palha para mim, e vou fiando. E assim, transformou toda a palha em ouro. No dia seguinte, o rei subiu para ver se tinha ouro e tinha. E ele pensou, “quanta riqueza poderei ter”. E levou-a para o outro quarto maior e que tinha muito mais palha para fazer ouro. E pela segunda vez o homenzinho apareceu. E novamente perguntou o que ela ia oferecer para ele, se ele transformasse a palha em ouro. E ela disse: lhe darei o meu anel. O homenzinho pegou o anel e se pôs na frente da roca de fiar, e fiou toda palha. No terceiro dia, o rei subiu para ver se tinha ouro e ele quase desmaiou e pulou de alegria. Porque havia muita palha! Então, levou a moça para um quarto muito maior e com muito mais palha. E o pequenino perguntou pela terceira vez: o que você me dá em troca? E a menina falou: eu não tenho mais nada para lhe oferecer. O homenzinho pensou e falou: você me promete que quando você for rainha você me dará seu primeiro filho. E ela respondeu: prometo te dar meu primeiro filho. Aí, o pequeno anãozinho se pôs na frente da roca e começou a fiar. No dia seguinte, o rei subiu para ver se tinha ouro e ficou admirado e ele disse que ia se casar com a moça. No dia seguinte, eles se casaram e depois de um ano a rainha deu à luz a um belo menino. Novamente, o anãozinho apareceu e disse: me dê o filho que você me
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prometeu! E a rainha implorou. E o anãozinho disse: “se dentro de três dias você descobrir como me chamo, poderá ficar com seu filho”. Dentro de três dias você terá que descobrir meu nome! Se descobrir poderá ficar com seu filho. A rainha passou a noite em claro, relembrando todos os nomes que conhecia. E na manhã seguinte, quando o homenzinho se apresentou, ela perguntou: “você se chama Gaspar? ”. “não, senhora”, respondeu ele. “Melchior?” “não, senhora”. “Baltasar?” “não, senhora”. a coitada gaguejou ainda um monte de nomes e a cada um ouviu a mesma resposta: “não, senhora”. Assim que se viu sozinha, mandou sua aia percorrer a cidade atrás de nomes. Na manhã seguinte os desfiou para o homenzinho, que a cada um repetiu: “não, senhora”. Novamente a aia saiu à procura de nomes esquisitos, porém não conseguiu encontrar mais nenhum. Em compensação, voltou ao palácio com uma grande novidade. “Eu estava atravessando a floresta”, contou para sua ama, “e do alto de um morro avistei uma cabana. Diante da cabana havia uma fogueira e um anão que dançava, cantarolando: amanhã é o grande dia! hei de ser muita alegria e a rainha há de chorar sem meu nome adivinhar! Rumpelstiltskin eu me chamo e da vida não reclamo!”
Quando o homenzinho se apresentou na manhã do terceiro dia, a filha do moleiro se finge de ignorante: “você se chama … Tomaz?”. Não, senhora”, ele respondeu, confiante em sua vitória. A rainha falou mais alguns nomes, recebeu a resposta de sempre e por fim perguntou: “será que você se chama … Rumpelstiltskin? ”. “Ah, o diabo lhe contou! ”, o homenzinho gritou,
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batendo o pé direito no chão com tanta força que a perna lhe saltou fora. Furioso, agarrou o pé esquerdo com as duas mãos e começou a pular tão freneticamente que se partiu ao meio.
3 – BABA YAGA – POR: Thiago e Sophia
Mudança de episódio: Trocaram o a parte que a menina foge. BABA YAGA Um viúvo se casou com uma mulher malvada que odiava a filha dele. Um dia estava sozinha com a enteada e ordenou a menina que fosse até a casa da irmã. A irmã da madrasta era Baba Yaga perna fina, que morava em uma cabana sossegada com pernas de galinha. Um dia a madrasta, pediu par sua enteada ir até a casa de Baba Yaga buscar um carretel de linha emprestado. E a menina foi. Chegando lá, a menina pediu o que sua madrasta havia pedido e Baba Yaga disse: “vou procurar em meus guardados enquanto isso teça um pouco mim”. E enquanto esperava, a menina ouviu Baba Yaga ordenando a empregada: “Dê um banho em minha sobrinha, por que quero come-la no café da manhã”. Esforçando-se para não perder a calma a menina esperou a empregada aparecer na varanda e lhe suplicou que não fervesse a água e em troca lhe deu um lindo lenço de cabeça. Pouco depois, Baba Yaga ordenou ao gato: “arranque os olhos de minha sobrinha”. E o gato, porém, ganhou da menina um pedaço de presunto. Depois o gato deu dois presentes para a menina. Uma toalha e um pente. E falou: ”fuja se perceber que Baba Yaga está em seu rastro e jogue essas coisas para trás”. A filha do viúvo saiu correndo e os leões da bruxa a seguiram, mas ela os acalmou com um pedaço de carne crua. Chegando ao portão só conseguiu abri-lo, depois de despejar algumas gotas de óleo nas dobradiças. De repente a menina viu-se presa nos galhos de um velho pinheirinho, e afastou-os com determinação. “Você está tecendo? ” Perguntou Baba Yaga, o gato lá de dentro disse: “sim titia”. Baba Yaga ficou desconfiada e foi ver o que estava acontecendo na varanda, ao constatar que a menina escapara, bateu no gato sem dó nem piedade. “Você nunca me deu sequer uma espinha de peixe”. Disse o gato.E todos afirmaram que sua sobrinha os tratara muito melhor que ela. Espumando de raiva, Baba Yaga bateu na empregada, nos cachorros, no portão e no pinheiro.
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Cansada de ouvir a mesma história, a bruxa montou em seu pilão mágico como se fosse um corcel e usando o socador como se fosse um açoite, partiu ao encalço da fugitiva. A menina percebeu a sua aproximação e jogou para trás a toalha que virou um rio caudaloso, mas Baba Yaga não podia atravessar aquela torrente, então voltou para casa, reuniu seus bois e mandou que bebessem toda a água, depois jogou o pente para trás que se converteu numa densa floresta. Estimulada pela raiva, Baba Yaga tratou de abrir caminho com os próprios dentes, mas quando Baba Yaga conseguiu atravessar a menina já estava em casa com a porta bem trancada. Então, o viúvo expulsou de casa a esposa malvada e viveu feliz com a menina até o fim de seus dias.
4 – BABA YAGA – POR: Beatriz e Laura
Mudança de episódio: Trocaram a parte que a menina foge. BABA YAGA Um viúvo se casou com uma mulher muito malvada, que não gostava de sua filha. Um dia estando sozinha com a enteada mandou a menina ir à casa de sua irmã Baba Yaga perna fina, e pediu: “pegue um carretel de linha na casa de minha irmã”. Então a menina respeitou. E foi. Quando chegou à casa de Baba Yaga, ela falou: “me empreste um carretel de linha, por favor”, e a bruxa respondeu: “ vou ver em meus guardados, por enquanto teça para mim”. Pouco depois a menina escutou a bruxa falando com a empregada: “ferva água e de um banho em minha sobrinha, pois quero come-la no café da manhã”. A menina desesperada, pediu para ela não ferver a água e lhe deu um lindo lenço de cabelo. Então, Baba Yaga mandou que o “gato arrancasse os olhos de sua sobrinha”, e a menina muito esperta, deu um pedaço de presunto ao gato, e em troca o gato lhe deu um pente e uma toalha e lhe disse: “se Baba Yaga estiver por perto, jogue esses
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dois objetos para trás. A menina respeitou o gato e saiu correndo, e os bois da bruxa saíram correndo preparando os chifres, mas ela os acalmou com um pouco de carne. A filha do viúvo correu ficou presa no portão, mas ela jogou óleo e conseguiu escapar, então ficou presa nos galhos do pinheiro e amarrou uma fita nos galhos e fugiu. Pouco depois a bruxa gritou: “você está tecendo”? “Sim titia”! O bichano respondeu. Baba Yaga desconfiada foi ver o que estava acontecendo na varanda e viu o gato tecendo. A velha, bateu no gato sem dó nem piedade e o animal falou: “você nunca se quer me deu uma espinha de peixe, mas sua sobrinha me presenteou com um pedaço de presunto”. Então a empregada e o gato falaram para a verruguenta que sua sobrinha os tratara muito melhor que ela. Espumando de raiva Baba Yaga bateu no gato, na empregada nos cachorros, no portão e no pinheiro. Cansada de ouvir, a bruxa montou em seu pilão mágico como se fosse um corcel e usando o socador como açoite partiu ao encalço da fugitiva. A menina percebeu sua aproximação e jogou para trás a toalha que no mesmo instante se transformou num rio caudaloso. Mais furiosa ainda, pois não podia atravessar aquele rio, a malvada, voltou para casa e mandou que seus bois bebessem toda a água do rio. Ainda furiosa, Baba Yaga foi pelo outro lado e continuou a sua perseguição, e a menina jogou o pente para trás que no mesmo instante se transformou numa enorme floresta. A velha, roeu com seus próprios dentes, troncos e galhos. E, quando saiu da floresta, a menina já estava em casa com a porta bem trancada. E o viúvo, expulsou a esposa e viveu feliz com sua filha até o fim de seus dias.
5 – BABA YAGA – POR: Rafaela e Kauã
Mudança de episódio: Trocaram a parte que a menina foge.
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BABA YAGA
Um viúvo se casou com uma mulher malvada que odiava a filha dele. Um dia, a madrasta falou para ela ir até a casa da irmã pedir um carretel de linha para Baba Yaga perna fina. Essa bruxa tem uma casa de perna de galinha. Chegando à casa de Baba Yaga, a menina pediu o carretel de linha e a bruxa pediu para que a menina esperasse e tecesse um pouco para ela. E foi ver em seus guardados. Mas, na verdade, a velha chamou sua empregada e disse: “ferva água e dê um banho em minha sobrinha, depois eu vou comê-la no café da manhã”. A menina ouviu tudo e pediu para a empregada que não fervesse a água, eem troca lhe deu um lenço. Depois a bruxa disse ao gato: “arranque os olhos de minha sobrinha”, mas a menina lhe suplicou e em troca deu um pedaço de presunto ao gato. O gato lhe deu um lindo lenço de cabeça e um pente e disse: “fuja e jogue as coisas para trás, quando algo lhe acontecer”. A menina saiu correndo, e os “macacos bugio” da bruxa, a cercaram e ela os acalmou com um pedaço de banana. E tentou abrir a porta com algumas gotas de óleo nas dobradiças, e ao sair se viu presa nos galhos de um velho pinheiro e afastou-os com determinação e os amarrou com uma fita para que a deixasse passar. Enquanto isso o gato trabalhava no tear: “você está tecendo? ” Baba Yaga perguntava a todo instante lá de dentro. “Sim titia”, o bichano respondia. Desconfiada, a bruxa foi ver o que estava acontecendo na varanda, e ao constatar que a menina escapara, bateu no gato “sem dó”. “Você nunca me deu se quer uma espinha de peixe”, disse o gato. Mas sua sobrinha me presenteou com um pedaço de presunto. Espumando de raiva, Baba Yaga bateu na empregada, nos macacos, no portão, no pinheiro e em todos. A menina percebeu que Baba Yaga estava atrás dela e jogou a toalha que se transformou em um rio caudaloso. Baba Yaga mandou seus bois beber toda a água e atravessou o rio. Mais para a frente a menina jogou o pente que se transformou em uma floresta, e a bruxa mordeu com seus dentes afiados e passou, mas a menina, saiu correndo e se trancou em casa e o viúvo (seu pai), expulsou a madrasta e o pai ficou com a sua filha até o fim dos seus dias. E, ninguém sabe o que aconteceu com a bruxa.
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6 – O BARCO TERRESTRE – POR: Lucia e Wendel
Mudança de episódio: Colocaram um amigo há mais. O BARCO TERRESTRE O rei de um país distante proclamou que daria a mão de sua filha a quem fizesse um barco capaz de navegar em terra firme. Três irmãos tentaram a proeza. O primeiro irmão se pôs a fazer tábuas, quando estava cortando um galho de árvore, uma velha apareceu perguntando o que estava fazendo, “tábuas” respondeu rudemente. “Pois que assim seja” resmungou a velha. E o dia inteiro só fez mesmo tábuas. Então chegou a vez do irmão do meio, novamente a velha reapareceu perguntando o que ele estava fazendo, e ele respondeu: “vou fazer colheres de pau”. E ele só fez mesmo, colheres de pau. E chegou a vez do irmão caçula que se chamava Jean, e ele se pôs a fazer o barco. E quando Jean estava martelando o último prego a velha reapareceu e perguntou: “só faltam as velas”? E, vendo que o jovem a fitava desanimado, ela falou: “amanhã traga todos os trapos que encontrar”. No dia seguinte Jean acordou bem cedo e rumou para a floresta com uma trouxa de trapos e em um instante a velha transformou os trapos em velas. Jean, começou a navegar em terra firme e no meio do caminho, encontrou um homem esperando em frente de uma fonte, e perguntou: “o que está fazendo aí”? E o homem respondeu: “estou esperando essa fonte encher de novo, pois bebi toda a água que havia”. “Venha comigo. Disse Jean. E ele foi. Mais para frente encontraram um sujeito lambendo pedras, e as pedras tinham gosto de pão, e ele o homem falou: “meu nome é comilão”. “Venha conosco”, disse Jean. E seguiram. Depois encontraram um homem movendo as pás de um moinho“. Meu nome é soprador”. Falou ele. “Venha conosco”, disse Jean. E ele foi. Mais adiante, encontraram mais dois companheiros um que ouvia até o ruído de uma folha caindo no chão, e ele falou: “meu nome é bom de ouvido”, e um outro rapaz mais veloz que coelhos, e falou: “meu nome é Relâmpago”. “Venham conosco”, Jean os chamou. Chegando ao palácio o rei não se mostrou disposto a dar a mão de sua filha a Jean, e falou: “duvido você encontrar um homem capaz de beber todos os barris de vinho”. “Isso é fácil’, Jean respondeu. Confiando a façanha a esponja, que fez com louvor. “Agora encontre alguém, capaz de devorar cem pratos de comida”. Comilão cumpriu a tarefa cuidando até das migalhas. Por fim, teve que encontrar alguém que vencesse a princesa numa corrida do palácio até a fonte, e da fonte até o palácio. Relâmpago ofereceu seus préstimos, e num
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instante chegou a fonte. E vendo que deixara a princesa para traz, resolveu descansar um pouco, Bom-de-ouvido que ficara com os outros no jardim do palácio colou a orelha no chão. “O folgado esta roncando”, exclamou. Então pensador que era muito esperto vendo que a princesa estava chegando na fonte, com a mente avisou para soprador, que mais que depressa soprou tão forte que afastou a princesa, e Relâmpago, ganhou a corrida. E Jean, se casou com a princesa e chamou os cinco companheiros para morar com ele pelo resto de seus dias.
7 – O BARCO TERRESTRE – POR: Yury e Everson
Mudança de episódio: Colocaram um amigo há mais. O BARCO TERRESTRE O Rei de um palácio distante anunciou que quem construísse um barco capaz de navegar em terra firme ganharia a mão de sua filha. Três irmãos decidiram tentar. O mais velho foi até a floresta e começou a serrar árvores, e uma velha apareceu na frente dele, e perguntou o que ele iria fazer, “tábuas”, disse ele rudemente. “Pois que assim seja”, respondeu a senhora. O irmão mais velho se esforçou o dia inteiro e só conseguiu mesmo fazer “tábuas”. Então chegou a vez do irmão do meio. E também se deparou com a velha, que perguntou: “o que você vai fazer”? “Colheres de pau”, respondeu ele. “Pois que assim seja”, disse a velha. O menino se esforçou muito e só conseguiu fazer “colheres de pau”. Então, chegou a vez de Jean. O caçula Jean, foi até a floresta e também encontrou a velha e, ela perguntou: “o que você vai fazer”? “Um barco terrestre”.
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Respondeu Jean. “Boa sorte”, disse a velha. Então, quando Jean estava martelando o último prego, a velha reapareceu. “A única coisa que falta são as velas”? Perguntou ela. Vendo que o jovem estava triste, a velha disse: “volte aqui amanhã e traga todos os trapos que você achar”. Jean, acordou bem cedo e levou todos os trapos que achou. Em um segundo a velha transformou os trapos em vela e o menino seguiu viagem. No meio do caminho encontrou um rapaz deitado na fonte seca, ele estava esperando a fonte encher, pois tinha bebido toda a água da fonte, e disse: “meu nome é esponja”. “Venha comigo”, disse Jean. Mais adiante viu um sujeito lambendo pedras. “Meu nome é comilão”, disse o rapaz. “Venha conosco”, convidou Jean. Mais adiante, encontraram um grandalhão movendo as pás de moinho com seu sopro. “Meu nome é soprador”, confirmou ele. “Venha conosco”, convidou Jean. Depois arrumaram mais dois companheiros, Bom de ouvido, um rapaz que escutava o cair uma folha e Relâmpago, um rapaz mais veloz que os coelhos. Chegando ao palácio Jean se apresentou e o Rei, não estava disposto a dar a mão de sua filha, e disse: “encontre alguém capaz de beber todos os barris de vinho”. Jean pediu a façanha a Esponja. E Esponja, cumpriu a tarefa. Agora encontre alguém capaz de devorar cem pratos de pão”. Comilão, cumpriu a tarefa, dando conta até das migalhas. Por fim, Jean teve que encontrar alguém capaz de vencer uma corrida, da fonte até o castelo e do castelo até a fonte. Relâmpago se apresentou e num instante chegou a fonte, mas, vendo que deixará a princesa bem para trás, deitou para descansar e pegou no sono. Bom-de-ouvido que ficará com os outros no jardim do palácio, colou a orelha no chão, “o folgado está roncando”, disse ele. E voador, foi confirmar. Voou e, viu Relâmpago dormindo e voltou para avisar os outros. Soprador, mais que depressa encheu a boca de ar e soprou afastando a princesa e acordando relâmpago que venceu a corrida. E Jean, se casou com a princesa e chamou os cinco companheiros para morar com ele pelo resto da vida.
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8 – O BARCO TERRESTRE – POR: Miguel e Jenifer
Mudança de episódio – Colocaram um amigo há mais.
O BARCO TERRESTRE
O rei de um país distante proclamou que daria a mão de sua filha a quem construísse um barco capaz de navegar em terra firme. Três irmãos tentaram a proeza. O primeiro irmão saiu para a floresta derrubou uma árvore para fazer “tábuas”. Começou a fazer as tábuas e se deparou com uma velha que lhe perguntou: “o que vai fazer”? Ele respondeu: “vou fazer tábuas”! “Que assim seja”, disse a velha. E só fez mesmo, tábuas! O irmão do meio foi fazer colheres de pau, a velha reapareceu e perguntou: “o que vai fazer”? E ele respondeu: “estou fazendo colheres de pau”. E a velha disse: “que assim seja”. E ele só conseguiu fazer, colheres de pau. Chegou a vez do irmão caçula, que resolveu fazer o barco. Então a velha lhe perguntou: “o que pretendia fazer”. E Jean lhe disse: “um barco terrestre”. E a velha lhe disse: que assim seja! Quando Jean estava martelando o último prego, a velha reapareceu. “Só faltam as velas”. Disse. E, vendo que o jovem a fitava desanimado, sem saber como conseguir tanto pano para as velas, ordenou: “volte aqui amanhã com todos os trapos que encontrar”. No dia seguinte Jean trouxe muitos trapos, e a velha transformou os trapos em velas. E Jean fez o barco e saiu navegando em terra firme. No caminho, encontrou um homem deitado na fonte esperando ela se encher, então Jean perguntou: “qual o seu nome”? “Meu nome é Esponja”, disse o homem. Jean o convidou para ir com ele. No caminho encontraram um sujeito lambendo pedras, e elas faziam parte de um forno e tinha gosto de pão. “O meu nome é Comilão”, disse o homem. Jean o convidou para fazer parte do grupo. Os três seguiram viagem e encontraram um grandalhão movendo uma a pá de moinho. Então, Jean perguntou: “qual o seu nome”? “Meu nome é Soprador”, disse o grandalhão. E Jean, também o convidou. E seguiram viagem. No caminho para o palácio encontraram mais dois companheiros, Bomde-ouvido, um velhote que escutava até o ruído de uma folha caindo e Relâmpago,
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um homem mais rápido que os coelhos. Jean, convidou os dois, e seguiram para o palácio. Quando chegaram ao palácio, o rei não quis dar a mão de sua filha, então, disse para Jean achar alguém capaz de beber todos os barris de sua adega. E Jean, confiou que esponja iria beber tudo, e Esponja, bebeu todos os barris. O rei duvidou que alguém pudesse comer cem pratos de comida, e Jean chamou Comilão, que comeu até as migalhas. O desafio final foi vencer a princesa numa corrida. E, Relâmpago aceitou o desafio. A corrida era da fonte até o palácio. Relâmpago chegou à fonte, e resolveu se deitar. Bom-de-ouvido, que ficou com os outros no jardim, colou a orelha no chão e disse para seu amigo “Visão”. “O folgado está roncando”. E “Visão”, que enxergava muito bem, avistou Relâmpago dormindo e, se apressou, e avisou Soprador, que soprou a princesa para bem longe, acordando Relâmpago que ganhou a corrida. Jean, se casou com a princesa e convidou os seus amigos para morar no palácio para o resto da vida.
9 – A MOÇA DAS PÉROLAS – POR: Katlyn e Júlio
Mudança de episódio – Mudaram o objeto que caia da cabeça da menina (filha da bruxa). A MOÇA DAS PÉROLAS Uma mulher tinha dois filhos, uma moça e um rapaz. Um dia ela estava à beira da morte e chamou a filha e falou: “tudo que tenho para lhe dar é esse pente e essa toalha, quando eu morrer tudo que é meu será seu.
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E, quando a filha penteava os cabelos, saia pérolas. E quando se secava, também. Então um dia, o marinheiro que era irmão da menina, juntou as pérolas para vender para o rei e disse: “eu tenho uma irmã que quando ela penteia os cabelos, saí pérolas, e quando se seca, também”. E o rei falou: “se o que me disse é verdade, caso-me com ela, se não for verdade eu mando matá-lo”. Traga ela para mim. O marinheiro, navegou por dias e noites de volta para sua casa e contou tudo a sua irmã. Quando a menina recebeu a notícia, foi logo correndo a casa da vizinha que (era uma bruxa) e lhe contou tudo que havia acontecido. Então, a vizinha quis ir junto levando sua filha. Pois disse que gostava muito da menina. Quando a menina foi para o barco, a vizinha foi junto e levou um veneno que tinha feito para a ela. E, a moça tomou e logo desmaiou, e seu coração parou de bater. Pois ela tinha sido envenenada. Chorando a margem do rio o marinheiro, achou que sua irmã havia morrido e resolveu sepultar a pobre irmã no vasto mar. Então, o marinheiro ficou muito triste e com medo de morrer. E a bruxa, teve a ideia de presentear o rei com sua filha como se fosse a irmã do marinheiro. E o rapaz com medo de morrer, aceitou. Logo que chegaram ao palácio, os guardas ouviram e foram contar para o rei. Ele, mandou imediatamente chamar a menina. E ela chegou e se apresentou e logo, começou a pentear o cabelo, mas, em vez de pérolas, jogou no tapete, “uma torrente de sangue e sapos pretos”. E o rei, ficou furioso e mandou os guardas prender o irmão da moça, na prisão do castelo. Junto com as farsantes. No outro dia, o cozinheiro foi pescar e deu de cara com uma baleia morta e, de dentro dela ouviu alguém pedindo socorro. Imediatamente, cortou a barriga da baleia e se deparou com uma linda jovem, que lhe contou tudo que tinha acontecido com ela. E ele, resolveu colocar ela num quartinho porque ficou com dó. Um dia, a menina foi até a janela e viu, “pingo” o cachorrinho do seu irmão. Ela o chamou e perguntou onde estava o seu irmão. E ele disse que estava no castelo, preso. E que o rei, ia matá-lo. A menina ficou apavorada, e chamou o cozinheiro e pediu para ele falar com o rei. Depois de um dia, o rei disse para o cozinheiro: “traga a moça que você disse”. Ele, levou. Quando a moça começou a se pentear, saíram muitas pérolas de seus cabelos, e o rei falou: “pode tirar o prisioneiro da prisão” (o marinheiro), e o rei, se casou com a garota e mandou matar a bruxa e a sua filha.
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10 – A MOÇA DAS PÉROLAS – POR: Ana Beatriz e Enzo
Mudança de episódio – Mudaram o objeto que caia da cabeça da menina (filha da bruxa). A MOÇA DAS PÉROLAS Uma mulher que tinha dois filhos, um rapaz, que era marinheiro e, uma moça muito bonita, antes de morrer, deu dois presentes para sua filha. Um pente e uma toalhinha. E disse, que, quando a moça se enxugasse com a toalha e se penteasse com o pente, sairia pérolas de seu corpo e de seu cabelo. Após a morte da mãe. Seu irmão resolveu vende as pérolas no palácio. O rei comprou, e ficou muito curioso para conhecer a sua irmã e disse: “se o que me disse é verdade caso-me com ela, e se for mentira mandarei matá-lo”. Então o marinheiro voltou para casa e disse que tinha vendido as pérolas no palácio para o rei. E falou tudo que tinha acontecido para a irmã. A menina ficou muito feliz e foi contar tudo para a sua vizinha que (era uma bruxa). A vizinha ficou com inveja e pediu para ir com ela levando a sua filha. A menina que era boazinha, deixou. Quando todas embarcaram, a bruxa fez uma poção, e deu para a menina. Depois que ela bebeu, seu coração parar de bater. Chorando amargamente, seu irmão pensou que a menina tinha morrido e a bruxa, deu a ideia de jogar ela no mar. O irmão ficou triste, mas fez o que a bruxa disse. Depois, a velha deu a ideia de levar a sua filha e apresentar para o rei como se fosse a irmã do marinheiro. Então, com medo de morrer o marinheiro aceitou. Chegando ao palácio o rei chamou a filha da vizinha e mandou que penteasse o cabelo com o pente mágico e em vez de pérolas, ela despejou uma chuva
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de piolho e cérebro no tapete. E o rei, ficou muito bravo e mandou prender o marujo. Outro dia, no palácio, o cozinheiro saiu para pescar e viu uma baleia morta e de dentro da barriga da baleia, saiu uma “vozinha pedindo socorro”. O cozinheiro, abriu a barriga da baleia e de lá, saiu uma linda jovem, e ela contou o que tinha acontecido. O cozinheiro, a levou para o palácio e a escondeu em um quarto. Um dia, a pobre moça estava olhando pela janela e viu pingo o cachorro do marujo e perguntou: “onde está meu irmãozinho”? “Está preso aguardando a data da execução”. E a moça, chamou o cozinheiro e falou para ele ir para o palácio. Ele foi, e contou para o rei o acontecido. O rei, atendeu a pobre moça que falou tudo nesse momento. Então, o rei pediu para que ela se penteasse com o pente mágico, e ao ver as pérolas chovendo de seus cabelos, esposou-a e libertou o marinheiro. E, mandou seus guardas matarem a bruxa e sua filha.
11 – A MOÇA DAS PÉROLAS – POR: Raquel e Emilly
Mudança de episódio – Mudaram o objeto que caia da cabeça da menina (filha da bruxa).
A MOÇA DAS PÉROLAS Uma mulher tinha dois filhos, um rapaz que era marinheiro e uma moça que morava com ela. Quando estava na beira da morte, chamou os dois filhos e deu só dois presentes, “um pente e uma toalha”.
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A menina, depois que mãe morreu, começou a se pentear e a se enxugar com a toalha. E toda vez, que usava, caia pérolas de seu corpo e de seu cabelo. Um dia, seu irmão resolveu vender as pérolas para o rei e contou que caia pérolas do cabelo e do corpo de sua irmã. E o rei disse: “se for mentira eu mando matá-lo, e se for verdade, eu o deixarei você ir embora e me caso com sua irmã”. O rei mandou o rapaz levar sua irmã para o palácio, para lhe mostrar como saiam pérolas de seu corpo. No outro dia, o marinheiro voltou, e contou tudo para sua irmã. A menina ficou tão feliz que foi contar tudo para a vizinha (que era uma bruxa), e a bruxa e sua filha ficaram com inveja e quiseram ir junto. A moça, que era boa, deixou. Então, ela foi para o palácio de braços dados com o seu irmão, com a bruxa e sua filha. No caminho, a má, deu uma poção para a menina, e ela desmaiou. Todos acharam que ela estava morta, e jogaram ela no mar. Seu irmão ficou muito triste, e a velha, deu a ideia de apresentar sua filha, como se fosse a princesa. O rapaz estava triste, mas aceitou “com medo de morrer”. Chegando ao palácio, apresentaram a filha da bruxa e o rei, mandou ela se pentear. A filha da vizinha começou a se pentear e ao invés de cair pérolas, caiu, um raio de caspas de seus dos seus cabelos, “hahahahaha! ” “Hihihihihi! ” Quando o rei viu, mandou prender o irmão da menina no palácio, a bruxa e sua filha. No outro dia o cozinheiro foi pescar, e pescou uma baleia. De repente, ouviu uma coisa linda vindo de dentro da baleia e cortou a barriga dela e viu, uma linda jovem, e ele disse a linda jovem: “o que você está fazendo dentro da baleia? ” Ela, contou a história, e então, o cozinheiro escondeu a menina num quartinho. Um dia, a menina estava espiando da janela e viu o cachorrinho do marinheiro, o “Pingo”, então, ela perguntou se o irmão dela estava bem, o cachorrinho falou que ele estava esperando o rei matá-lo. E ela ficou tão apavorada e quis sair para ver seu irmão. Então resolveu pedir para o cozinheiro ir ao palácio ver se ele estava bem. Na hora que o rei ia matar o irmão da menina, o cozinheiro chegou e falou: “não mate ele não!!! ” E contou que sua irmã estava viva, então o rei mandou que trouxesse a menina. Quando chegou no palácio, a menina pegou o pente e se penteou e caiu pérolas de seu cabelo e, o rei acreditou nela e eles se casaram e o rei, libertou o irmão dela e mandou matar a bruxa e sua filha.
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12 – VERSÕES ORIGINAIS – Contos
O BARCO TERRESTRE O Rei de um pais distante proclamou certa vez que daria a mão de sua filha a quem construísse um barco capaz de navegar em terra firme.
Três irmãos decidiram tentar a proeza. No dia seguinte, ao nascer do sol, o mais velho foi até a floresta e derrubou uma árvore; mal começou a serrá-la, uma velha lhe perguntou o que ia fazer. “Tábuas”, ele respondeu rudemente. “Pois que assim seja …”, a velha resmungou. Ele se esfalfou o dia inteiro e só conseguiu mesmo fazer tábuas.
Então chegou a vez do irmão do meio, que também se deparou com a velha e lhe disse que ia fazer colheres de pau. “Pois que assim seja…” repetiu ela. O rapaz trabalhou muito e só fez mesmo colheres de pau.
O último a tentar foi Jean, o caçula. Quando a velha o abordou, contou lhe que pretendia construir um barco terrestre. “Boa sorte! ”, disse ela.
Ao entardecer, quando Jean estava martelando o último prego, a velha reapareceu. “Só faltam as velas”, ela falou. E, vendo que o jovem a fitava desanimado, sem saber como conseguir tanto pano para as velas, ordenou-lhe: “volte aqui amanhã com todos os trapos que encontrar”.
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No dia seguinte Jean acordou bem cedo e rumou para a floresta, levando uma imensa trouxa. Num segundo a velha transformou os trapos em velas, e o rapaz saiu navegando em terra firme. No caminho do palácio se deparou com um homem deitado numa fonte seca. “O que está fazendo aí? ”, perguntou-lhe. “Estou esperando a fonte se encher de novo, pois bebi toda a água que havia. Meu nome é esponja”, o outro respondeu. “Venha comigo”, Jean o convidou. Mais adiante encontraram um sujeito lambendo pedras. “Elas faziam parte de um forno e ainda tem gosto de pão. Meu nome é comilão”, ele explicou. “Venha conosco”, disse Jean.
Os três seguiram viagem e logo avistaram um grandalhão movendo as pás de um moinho com seu sopro. “Meu nome é soprador”, informou ele. “Venha conosco”, Jean o chamou.
Depois arrumaram mais dois companheiros: bom de ouvido, um velhote que escutava até o ruído de uma folha caindo, e relâmpago, um rapaz mais veloz que os coelhos.
Quando Jean se apresentou no palácio, o rei não se mostrou disposto a lhe dar a mão de sua filha; assim, encarregou-o de encontrar um homem capaz de esvaziar todos os barris de sua adega. “Isso é fácil”, pensou Jean, confiando a façanha a esponja, que a realizou com louvor. “Agora encontre alguém capaz de devorar cem pratos de comida”, o rei disse a Jean. Comilão cumpriu a tarefa, dando conta até das migalhas.
Por fim Jean teve que encontrar alguém capaz de vencer a princesa numa corrida do palácio até a fonte e da fonte até o palácio. Relâmpago ofereceu seus préstimos e num instante chegou a fonte; vendo que deixara a princesa bem para trás, resolveu se deitar para descansar um pouco e pegou no sono.
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bom-de-ouvido, que ficara com os outros no jardim do palácio, colou a orelha no chão. “O folgado está roncando! ”, exclamou. Mais que depressa soprador encheu a boca de ar e soprou, afastando a princesa da fonte e acordando relâmpago, que ganhou a corrida. Jean se casou com a princesa e convidou seus cinco companheiros para morar no palácio pelo resto da vida.
Philip, n. volta ao mundo em 52 histórias. Companhia das letrinhas.
A MOÇA DAS PÉROLAS Uma mulher tinha dois filhos: um rapaz, que era marinheiro, e uma moça que morava com ela. Quando estava à beira da morte, chamou a filha e disse: “Tudo o que tenho para lhe dar é esta toalha e este pente. Use-os sempre e pense em mim”. Depois que a mãe morreu a moça passou a se enxugar diariamente com a toalha e a se pentear com o pente. E todas as vezes que os usava, pérolas em profusão lhe brotavam da pele e dos cabelos. Quando voltou de viagem, o marinheiro juntou as pérolas para vendê-las no próximo porto. Alguns dias mais tarde partiu para uma terra distante, onde vendeu as pérolas ao rei e lhe contou como as obtivera. “Quero conhecer sua irmã”, o rei falou. “Se o que me disse é verdade, caso-me com ela; se é mentira, mando matá-lo. ” O marinheiro ainda navegou por algum tempo antes de transmitir à irmã as palavras do rei. Feliz com a novidade, ela foi correndo contá-la a sua vizinha, que era uma bruxa. “Vou ser rainha! ”, exclamou, concluindo seu relato. “Minha filha e eu vamos sentir muito sua falta”, disse a vizinha. “Leve-nos para seu palácio, por favor...”. A moça atendeu seu pedido, e as três embarcaram rumo ao reino longínquo. Durante a viagem a bruxa lhe deu um veneno poderoso, que fez seu coração parar de bater. Chorando amargamente, o marinheiro sepultou a pobre irmã no vasto mar. “Se eu aparecer por lá sem ela, o rei me matará”, declarou entre soluços. “Vamos voltar para nossas casas. ” “Nada disso. Replicou a vizinha cobiçosa,
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pensando nas riquezas que a aguardavam. “Vamos apresentar minha filha como sua irmã. ”O marujo relutou muito, mas acabou concordando. A viagem prosseguiu, e, assim que desembarcaram, os três rumaram para o palácio. “Trouxe minha irmã para ser sua esposa”, o marinheiro anunciou ao rei. “Muito bem! Mas, antes de marcar o casamento, quero ver as pérolas brotarem de seus cabelos”, o soberano falou. A filha da vizinha começou a se pentear e, em vez de pérolas, despejou no tapete uma chuva de caspas. O rei, furioso, mandou seus guardas trancarem o marujo na prisão para executá-lo mais tarde. Enquanto isso o cozinheiro do palácio tinha ido pescar e se deparou com uma baleia morta. Ao aproximar-se, ouviu uma vozinha dizendo: “Socorro! ”. Imediatamente ele abriu a barriga da baleia, da qual saiu uma linda jovem, que lhe contou uma estranha história. Sem saber o que pensar, o cozinheiro a levou para o palácio e escondeu-a num quartinho. Um dia a coitada espiava pela janela, quando viu Pingo, o cachorrinho do marinheiro. “Como está meu irmão”? Perguntou-lhe. “Está preso, aguardando a data da execução”, foi a resposta. A moça pediu ajuda ao cozinheiro, que foi contar tudo ao rei. No dia seguinte os dois homens se esconderam e esperaram. Minutos depois ouviram a jovem perguntar a Pingo: Ë meu irmão? ”. O cachorro responde: “Vai morrer hoje”. Nesse momento o rei entrou e pediu à moça que se penteasse com o pente mágico. Ao ver as pérolas choverem de seus cabelos, esposou-a, libertou o marinheiro e mandou matar a bruxa e sua filha.
Philip, n. volta ao mundo em 52 histórias. Companhia das letrinhas.
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BABA YAGA Um viúvo se casou com uma mulher muito malvada, que odiava a filha dele. Um dia, estando sozinha com a enteada, a madrasta lhe ordenou: “Vá até a casa de minha irmã e peça emprestado um carretel de linha”. A irmã da madrasta era Baba “Yaga Pernafina”, a bruxa que morava na floresta, numa cabana sustentada por pernas de galinha. Quando a menina chegou lá e pediu o carretel, Baba Yaga falou: “Vou procurar em meus guardados. Enquanto isso, teça um pouco para mim”. A filha do viúvo se pôs a tecer, e um segundo depois ouviu a bruxa ordenar à empregada: “Ferva água e dê um banho em minha sobrinha, pois quero comê-la no café da manhã”. Esforçando-se para não perder a calma, a menina esperou a criada aparecer na varanda e lhe suplicou que não fervesse a água; em troca lhe deu um lindo lenço de cabeça. Pouco depois Baba Yaga ordenou ao gato: “Arranque os olhos de minha sobrinha”. O gato, porém, ganhou da menina um pedaço de presunto e lhe deu um pente e uma toalha. “Fuja”, falou. “Se perceber que Baba Yaga está em seu rastro, jogue essa coisa para trás”. A filha do viúvo saiu correndo. Os cachorros da bruxa a seguiram, arreganhando os dentes, mas ela os acalmou com um pouco de pão. Chegando ao portão, só conseguiu abri-lo depois de despejar algumas gotas de óleo nas dobradiças. Ao sair, viu-se presa nos galhos de um velho pinheiro; afastou-os com determinação e os amarrou com uma fita para que a deixassem passar. Enquanto isso o gato trabalhava no tear. “Você está tecendo? ”, Baba Yaga perguntava a todo instante, lá de dentro. “Sim, titia”, o bichano respondia. Desconfiada, a bruxa foi ver o que estava acontecendo na varanda. Ao constatar que a menina escapara, bateu no gato sem dó nem piedade. “Você nunca me deu sequer uma espinha de peixe, mas sua sobrinha me presenteou com um pedaço de presunto”, disse ele. Espumando de raiva, Baba Yaga bateu na empregada, nos cachorros, no portão, no pinheiro, e todos afirmaram que sua sobrinha os tratara muito melhor que ela. Cansada de ouvir a mesma história, a bruxa montou seu pilão mágico como se fosse um corcel e, usando o socador como açoite, partiu ao encalço da fugitiva.
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A menina percebeu sua aproximação e jogou para trás a toalha, que no mesmo instante se transformou num rio caudaloso. Mais furiosa ainda, pois não podia atravessar aquela torrente, Baba Yaga voltou para casa, reuniu seus bois e mandou que bebessem toda a água do rio. Feito isso, passou para o outro lado e continuou em sua feroz perseguição. Ouvindoa bufar em seu rastro, a fugitiva jogou para trás o pente, que se converteu numa densa floresta. Estimulada pela raiva, a bruxa tratou de abrir caminho com os próprios dentes, roendo troncos e galhos. De nada lhe valeu o esforço, pois, quando conseguiu sair da floresta, a menina já estava em sua casa, com a porta bem trancada. Depois disso o viúvo expulsou a esposa malvada e viveu em paz com a filha até o fim de seus dias. Philip, n. volta ao mundo em 52 histórias. Companhia das letrinhas.
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13 – AUTORES E ILUSTRADORES
ANA BEATRIZ BEATRIZ NICOLLI EMILLY ENZO EVERSON JENIFER KAUÃ KATLYN LAURA LÚCIA MIGUEL RAFAELA RAQUEL SOPHIA THIAGO WENDEL YURY
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14 – AUTÓGRAFOS
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15 – DOCENTES
ROSÂNGELA BATISTA PROFESSORA
GABRIELA PROFESSORA AUXILIAR
ANA BATISTA COORDENADORA
MARIA CECÍLIA FERNANDES DIRETORA
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Neste livro, vocês encontrarão contos pouco conhecidos no Brasil, como "As Três laranjas mágicas", “ o barco terrestre” e outros que se assemelham a narrativas famosas, como por exemplo "Branca de neve". Também encontrarão ilustrações que compõem o material e ajudam a dar ao texto “uma riqueza de detalhes.