No 69
Fevereiro/2017
Revista para a formação de professores de Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental ISSN 1806-8340
O desejo
de desenhar
Natureza aliada da educação
A boa supervisão faz a diferença
Cuidar do outro na escola
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Contos clássicos
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para imaginar, brincar
e aprender Luciana Oliveira Dos Santos1
Imaginação,
vontade de desenhar,
conhecimento da linguagem escrita dos contos clássicos e envolvimento das famílias em um único
H
á alguns anos, desenvolvemos o projeto Contos clássicos o objetivo é realizar um trabalho que aproxime as crianças de 5
anos da linguagem característica desse tipo de
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projeto
texto, garantir a ampliação do repertório das histórias clássicas e também promover contextos interessantes para que os pequenos avancem no desenho e na escrita. Embora o projeto tenha sido feito ao longo dos últimos anos, ele nunca se dá exatamente da mesma maneira, já que o conhecimento da professora vai se modificando, bem como os interesses e conhecimentos dos alunos, o que garante sempre um tom de novidade ao trabalho. Por outro lado, realizar o mesmo projeto ao longo de alguns anos possibilita que afinemos cada vez mais o nosso planejamento. A experiência relatada nesse artigo remete ao trabalho feito em 2016, mas também aos de outros anos, cujas experiências igualmente nos ensinaram tanto.
Coordenadora pedagógica da Escola Colibri – Associação pela Família. Este artigo foi elaborado com a colaboração técnica de Ana Carolina Carvalho, formadora do Instituto Avisa Lá.
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Para dar conta de todas as aprendizagens almejadas, a professora dessa faixa etária precisou planejar várias ações: escolher versões de qualidade dos contos clássicos para ler cotidianamente, oferecendo às crianças referências de narrativas e de expressão escrita da língua e grupo; disponibilizar os livros para as crianças
oportunidades para que os alunos recontassem as histórias conhecidas, organizar espaços de leitura sentando em círculo, melhor posição para terem uma boa visão dos livros e dos gestos e atitudes do leitor, recorrer aos livros e CDs de histórias narradas, cenários com caixas, entre outros objetos, para estimular a imaginação e o reconto feito pelos pequenos. Foram desenvolvidas atividades importantes de acesso às histórias, como a leitura pelo adulto e o reconto,sendo que a professora tinha clareza da diferença dessas situações. Na leitura, o texto apresentado era lido integralmente, mantendo expressões típicas da linguagem escrita, e até mesmo palavras supostamente desconhecidas pelo grupo. Dessa forma, a professora sabia que garantiria o acesso à linguagem escrita, em toda a sua forma e sonoridade. As palavras lidas não são mais importantes do que as ditas oralmente, de memória. São apenas diferentes e, certamente, insubstituíveis.
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cional; criar de forma sistemática
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soubessem ler de forma conven-
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lerem as histórias ainda que não
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ampliando o repertório das histórias lidas no
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Emilia Ferreiro 2, estudiosa interessada em
o que confere essa magia não são apenas os
saber como as crianças pensam a linguagem es-
personagens, temas ou qualquer acessório usa-
crita, afirma que a leitura pode ser entendida
do por quem lê. Para ela, parte dessa magia
como um grande palco, onde é preciso desco-
está na descoberta da estabilidade da escrita e
brir os atores e os autores. Segundo ela, as
da capacidade de representação que um texto
crianças veem a leitura como algo mágico, mas
pode inspirar.
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Ler e contar histórias São duas situações importantes e que devem ser planejadas com cuidado pela professora de Educação Infantil. Uma não substitui a outra. Quando lemos uma história, colocamos a criança em contato com a linguagem escrita: sua forma, suas expressões, o trabalho de um autor ou de um tradutor. Quando escreve, o autor escolhe com cuidado as palavras de seu texto, compondo um ritmo, uma sonoridade, que contribuem para o entendimento e a emoção do leitor. Por isso, não devemos substituir as palavras por outras que acreditamos ser mais fáceis. Como diz Emilia Ferreiro, a criança deve aprender que a linguagem escrita é fixa: encontramos sempre o mesmo texto quando voltamos a um livro. Quando contamos uma história é o contrário: a linguagem oral é mais flexível, permeável às circunstâncias, aos ouvintes, a quem conta. Isso não quer dizer que vale improvisar! Muito pelo contrário; nas duas situações, o planejamento é fundamental. Na hora de ler uma história, é preciso conhecer muito bem o enredo, os ritmos do texto, as possíveis paradas, pensar na entonação. Na hora de contar, precisamos estar muito apropriados do enredo, escolher se vamos usar objetos que nos ajudem a prender o ouvinte, as palavras com as quais vamos compor a nossa narrativa, expressões e ou termos que anunciarão o início e término da história.
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mília Ferreiro, psicolinguista argentina realizou diversos estudos sobre a concepção da criança a respeito da aprendizagem da leiE tura e escrita, responsável pelos fundamentos da Psicogênese da Língua escrita.
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Incentivando a imaginação
ram-se encantadas e extremamente curiosas so-
A professora leu muitas histórias para o grupo,
bre a real existência da Branca de Neve. A
e a escolhida para a reescrita pelos alunos foi
professora ouviu, acolheu as falas das crianças e
Branca de Neve e os sete anões, não à toa uma
foi “puxando fios” da memória e das falas das
história bastante conhecida por todos. Dessa ma-
crianças para que construíssem novos cenários
neira, apropriados do enredo, poderiam focar os
para o mesmo conto.
desafios na elaboração da narrativa. Mas não foi Da leitura à escrita coletiva Considerando um conhecimento adquirido pe-
ças ficaram tão interessadas e envolvidas na
lo grupo – de que as histórias possuem diferentes
narrativa que manifestaram a vontade de avisar
versões –, a professora sugeriu que o grupo escre-
Branca de Neve sobre os perigos que aguardavam
vesse a sua, uma versão dos alunos do grupo 5 da
por ela. Foi uma ótima deixa para criar mais um
escola. Para ter certeza de que o enredo já estava
contexto significativo para as crianças escreverem.
dominado pelas crianças, a professora sugeriu que
Aproveitando o envolvimento das crianças, a
elas recontassem partes da história, recuperando
professora incentivou a imaginação e perguntou
detalhes da narrativa. Nesse momento, a profes-
ao grupo o que pode ser feito para ajudar Branca
sora atuava como escriba e reescrevia o que as
de Neve. A nossa escola fica no meio de um bos-
crianças ditavam, colaborando na sistematização
que com muita vegetação, o que favorece cenários
e compilando as falas dos alunos. Como intérprete
para brincar e imaginar. As crianças, pensando
das crianças, a professora mais uma vez exerce
que a personagem poderia muito bem passear no
seu papel de mediação entre a cultura escrita e os
bosque, sugeriram a escrita de bilhetes para se-
protagonistas do processo. Acolhendo-os nesse
rem colocados nos troncos das árvores de uma
período peculiar da vida, cheio de curiosidades,
trilha que disseram ser encantada. Ao perceber o
permitiu ao grupo escolher o produto final do pro-
movimento do grupo na trama do faz de conta, a
jeto: a produção de um livro com a reescrita cole-
professora deu corda à imaginação infantil. No
tiva, e que teria como destino final a biblioteca da
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dia seguinte, quando voltaram à trilha, encontra-
escola. Dia a dia teciam o livro retomando partes
ram uma carta da Branca de Neve agradecendo
da história, relendo os trechos escritos para que
os avisos. Para retribuir o gesto de preocupação,
os alunos expressassem suas opiniões e suges-
ela deixou também maçãs do amor como forma
tões. O desenvolvimento da escrita coletiva envol-
de gratidão. No momento em que as maçãs e a
vendo todo o grupo na produção do livro permitiu
carta foram encontradas, as crianças sentiram
que as crianças participassem não só com o texto,
medo de encontrar a bruxa má e de as maçãs
mas também com as ilustrações, desenhando per-
estarem envenenadas, mas, por outro lado, senti-
sonagens e cenários da história.
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ceu. Durante a leitura feita em capítulos, as crian-
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apenas na reescrita do conto que a escrita apare-
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Quando propomos uma atividade como essa às crianças, precisamos ter claro de que elas serão as autoras, ou seja, ditarão o texto produzido oralmente ao professor, que assume o papel de escriba do grupo. Evidentemente, sendo um escritor experiente, o professor deverá fazer perguntas ao grupo que ajudem a elaboração do texto, poderá propor revisões ao longo da escrita, fazendo releituras frequentes e perguntando se está bom, se há algo que pode ser alterado, alguma palavra que pode ser substituída por outra, etc. Mas nunca escrever pelas crianças! Ou seja, não vale escrever o que as crianças não disseram literalmente, colocando expressões típicas da linguagem escrita em ideias que as crianças apenas lançaram. Por exemplo: se as crianças dizem: aí, a Branca de Neve comeu e morreu; não vale escrever na lousa: Então, a Branca de Neve mordeu a maçã envenenada e morreu. É preciso sempre problematizar com o grupo, para que as crianças cheguem a um resultado que tenha jeito de texto escrito. Por exemplo: Aí... essa expressão aparece nos textos escritos? Será que não encontramos outra melhor? O que Branca de Neve comeu? Será que está claro para o leitor? Ela comeu a maçã toda? E por que morreu? Qualquer maçã pode matar? Assim por diante.
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Escrita coletiva – texto ditado ao professor
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Uma comunidade de leitores
para diferentes grupos da escola, para os irmãos
Tal experiência dá às crianças a oportunidade
e para funcionários. Exercitando o comportamen-
não apenas de aprender, mas também de transmi-
to de escritoras escreviam indicações individuais
tir os conhecimentos construídos por elas para a
e uma coletiva que foram apresentadas com o
sua comunidade. Mergulhadas no universo literá-
formato de cartão-postal e/ou marcadores de pá-
rio, com o repertório de histórias bastante amplia-
gina na Mostra Cultural da escola. Muitas de
do, as crianças foram revelando suas experiências
nossas leituras acontecem porque alguém nos
leitoras, conversando sobre as suas preferências
indicou, ou fez isto profissionalmente já que es-
e fizeram uma indicação da história preferida e
creve em colunas de literatura etc. ou faz parte
de outras histórias que leram ao longo do ano
de das nossas relações pessoais. São leitores que
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trocam opiniões e impressões sobre os livros, fazem indicações. Aprender que leitores experienNONONONONONONONONONOON
tes desenvolvem essas ações ajuda na formação leitora das crianças. Com isso em mente, incentivamos também essas ações entre as crianças. Cenário poético dos contos As crianças que ainda não leem convencionalmente por conta própria podem conhecer das histórias. Ao ler para as crianças, a profes-
Ao ler e ouvir as histórias planejadas da se-
sora convida-as a mergulhar no mundo da ma-
mana, nos deparamos com o conto O homem
gia literária.
que amava caixas, de Stephen Michael King. A história nos tocou fazendo refletir: Como uma
mento especial do projeto, apresentamos a se-
simples caixa pode se transformar em brinque-
guir o relato da professora Ana Maria, do G5B:
dos tão bonitos e especiais? Um pai que constrói brinquedos e brinca com seu filho? Um amor lin-
mos nos contos de fadas dos Irmãos Grimm e
do para com o outro nos motivou e também pen-
Andersen e outros mais que, na sua essência, fa-
samos por que não construirmos castelos com
lam sobre magia. As crianças se encantam quan-
nossos pais utilizando caixas de tamanhos di-
do entram nesse mundo e podem virar príncipes,
ferentes? Será muito bom brincar com eles e
princesas, reis, rainhas, bruxas e até monstros
aproveitar ao máximo a espontaneidade, o en
que moram em castelos encantados.
gajamento infantil. Tudo começou assim: cada criança levou para casa uma caixa encapada com
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papel Kraft: a tarefa era cada família, junto com seu filho, construiria uma parte de um castelo. Poderiam explorar a criatividade e fazer da melhor forma possível qualquer castelo de qualquer príncipe ou princesa. Podiam até se inspirar no castelo do conto O homem que amava caixas. Nos bilhetes das agendas havia pais perguntando se podiam acrescentar mais caixas na construção, não queriam fazer só uma parte, queriam fazer um castelo inteiro. E assim que começaram as produções em casa, as crianças chegavam à escola contando o passo a passo, as etapas que estavam prontas e as que faltavam terminar, falavam também dos materiais que alguns pais compraram para ajudar na decoração. E aos poucos os castelos foram chegando à escola, e todos paravam na sala para os aprecia-
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Com o projeto Contos clássicos, mergulha-
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Para contar de modo vivo como foi esse mo-
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por meio de um leitor mais experiente a beleza
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Senhores pais, Leia com atenção e carinho o conto O homem que amava caixas. Queremos compartilhar com vocês como o amor do pai para o filho foi demonstrado num simples e encantado momento de brincar.
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No final do conto deixamos uma tarefa para que possam fazer com o filho(a). Temos a certeza de ser uma vivência de sabedoria e amor. Divirtam- se com a tarefa!
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Vamos ao conto! Era uma vez um homem O homem que tinha um filho, o filho amava o homem e o homem amava caixas. Caixas grandes caixas redondas caixas pequenas caixas altas todos os tipos de caixas! O homem tinha dificuldade em dizer ao filho que o amava; então, com suas caixas, ele começou a construir coisas para seu filho. Ele era perito em fazer castelos e seus aviões sempre voavam... a não ser, claro, que chovesse. As caixas apareciam de repente, quando os amigos chegavam, e, nessas caixas, eles brincavam... e brincavam... e brincavam. A maioria das pessoas achava que o homem era muito estranho. Os velhos apontavam para ele. As velhas olhavam zangadas para ele. Seus vizinhos riam dele pelas costas. Mas nada disso preocupava o homem, porque ele sabia que tinham encontrado uma maneira especial de compartilharem... o amor de um pelo outro. [livro de Stephen Michael King, da Brinquebook] Fim! E a tarefa é que construam com o filho (a) uma parte do castelo de O homem que amava caixas. Vamos deixar o castelo na Mostra Cultural, que será no mês de novembro de 2016 em nossa escola. Estaremos enviando a caixa para que use a criatividade (desenho, pintura, colagem). Deixe fluir a imaginação. Assim que terminar, envie a caixa de volta para a escola. Agradecemos a parceria! Professoras G5B
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Convite Literário: 17/10/2016
FOTOS: ACERVO AUTORA
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NTOE N MOP N O ODNIO DN AT O INC O O
construções dos castelos até a chegada deles na
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escola. E assim as crianças foram se encantando
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mais e mais. Ao chegarem à escola, pegavam giz
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e iam desenhar castelos na lousa todos ao mesmo tempo. Desenhavam em folhas de papel castelos, e vimos que só nos restava apoiá-los cada vez mais, oferecendo materiais e suportes para que expressassem todo esse querer desenhar e se tornassem protagonistas dessa construção.
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O aluno Ryan levou de empréstimo para casa o livro Filhotes de bolso, também do autor Stephen Michael King, e, no outro dia, veio comentando que no livro tinha um trecho da história de O homem que amava caixas. Fui conferir e era mesmo. Fiquei encantada por ele ter percebido o que antes nem eu havia observado. Ao assistir a um filme em que apareciam castelos, eles gritavam: ”Olha o castelo, pro!”. E assim foi a nossa aventura com os castelos grandes, perem. As crianças iam relatando para as visitas
quenos, médios, altos, baixos. Castelos cortados,
(funcionários, professores e alunos de outras tur-
abertos, fechados, desenhados, pintados, colados;
mas) as vivências e de como foi feito cada deta-
enfim, todos lindos e cheios de criatividade. Na
lhe, cada procedimento utilizado. Podiam ver o
Mostra Cultural, montamos uma cidade de cas-
encantamento de cada criança, o comprometi-
telos com a contribuição de crianças e famílias.
mento delas e das famílias. Podemos ressaltar
Lembrando que algumas famílias vieram à es-
que a Mostra Cultural não aconteceu em um úni-
cola pessoalmente entregar os castelos, outros pais
co dia; ela aconteceu desde o momento das
mandavam pelas próprias crianças que vinham de
TNEOMNPOON O D INDOAN TO I CNOO
ônibus, sendo que as maiores ajudavam as menores, até chegarem à sala e, no fim, era só alegria. Além dos castelos, empenharam-se na construção de textos coletivos de indicação literária, relatando suas impressões das histórias lidas e ditando o texto para a professora. Também escreveram muitos bilhetes para os personagens, pedindo a eles que tomassem cuidado com os vilões. E, ainda, depois de ouvirem as muitas versões dos contos, escolhemos o da Branca de Neve para a nossa reescrita. Foi uma escrita lonfevereiro de 2017
ga, porém cheia de aventuras e tantos saberes. Fim de história Concluo que foi de grande valia acompanhar a professora e seu processo de formação sendo acio-
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nado no desenvolvimento do projeto com os alu-
o
nos – atores dos cenários e enredos. Os fios
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tecidos pelos tecelões foram alinhavados nas narrativas, indicações e nos cenários poéticos dos castelos, culminando na exposição das produções de cunho literário em 26 de novembro de 2016.
41 FICHA TÉCNICA Associação pela Família – Escola Colibri Endereço: Via das Magnólias, 44 – Jardim Colibri. CEP: 06805-350 – Embu das Artes – SP Tel.: (11) 4702- 4050 Diretora: Maria Cecília de Mello Fernandes E-mail: cecilia@escolacolibri.g12.br Orientadora pedagógica: Luciana Oliveira dos Santos E-mail: orientacao2@escolacolibri.g12.br Professora: Ana Maria Rodrigues Paixão Auxiliar de ensino: Rosilene Alves Rocha
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PA R A SA B ER MAIS Textos ompartilhando diferentes versões de Pinóquio, de Paula Stela. Revista Avisalá, no 25, janeiro de 2006 (Seção C Tempo Didático). iscurso escrito refinado, de Paula Godoy Santana e Alessandra Felix. Revista Avisalá, no 37, fevereiro de 2009 D (Seção Tempo Didático). trabalho do professor na Educação Infantil, de Zilma Ramos de Oliveira (org). São Paulo: Biruta, 2012. O obre a necessária coordenação entre as semelhanças e diferenças, de Emilia Ferreiro. In: Piaget e Vygotsky. S Novas contribuições para o debate, de J. Castorina, Emilia Ferreiro e M.K. Oliveira. São Paulo: Ática, 2006.
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