Revista Atua - Maio 2017

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sumário da edição

www.revistaatua.com.br facebook.com/atuarevista @atuarevista

A Revista Atua, ano 10, número 37 (maio de 2017), é uma publicação quadrimestral sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial de São João da Boa Vista (SP). Sua distribuição é gratuita, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 3 mil exemplares Presidente Candido Alex Pandini Diretora responsável Ana Cláudia Carvalho Gerente Raphael de Pádua Medeiros Jornalista responsável Franco Junior - Mtb. 81.193 - SP

Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

MATÉRIA DE CAPA

048 “Dona” Adélia Jorge Adib Nagib Adélia Jorge Adib Nagib, a mítica diretora do Instituto de Educação “Coronel Cristiano Osório de Oliveira”, é a entrevistada da matéria central desta edição. Além de professora e diretora do Instituto, ela atuou na direção de diversas escolas e na instalação da Escola Estadual “Camilo Léllis”, em Espírito Santo do Pinhal.

Jornalistas André Bertolucci Amanda Coelho Clóvis Vieira Franco Júnior Guto Moreira Luiz Gustavo Gasparino Revisão Ana Lúcia Finazzi - analuciafinazzi@uol.com.br Projeto gráfico Mateus Ferrari Ananias - mateus@acesaojoao.com.br Venda de espaços publicitários Thiago Viana - comercial@acesaojoao.com.br Publicidades Alexandre Pelegrino - alexandre@acesaojoao.com.br

026 Serra da Paulista

Fotos Leonardo Beraldo / Cromalux - www.cromalux.net

Importante pela diversidade e riqueza de atividades, a Serra da Paulista é um local fascinante por sua beleza natural. Inserida na área rural de São João da Boa Vista, abriga em torno de 470 pequenas propriedades rurais, com média de 20 hectares cada uma. Além do turismo, negócios começam a florescer, a partir dela, na região.

016 Perfil dos empreendedores A incerteza econômica que atinge certos nichos da economia é sentida de forma diferente em alguns setores. Um deles é o de alimentação fora do lar. Por isso, nessa edição, buscamos dois empreendedores locais que trabalham com esse tipo de mercado: Leonardo Henrique Tomassetti, da empresa Saint Stelo Microcervejaria e Renata Azevedo Mafra, proprietária da Bendito Crepe.

Produção e Direção de arte Adriana Torati Renata Maniassi Capa Adélia Jorge Nagib e Fernando Nagib Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux Produção: Adriana Torati Direção de arte: Renata Maniassi Agradecimentos: Departamento Municipal de Cultura e Academia de Letras de São João da Boa Vista Impressão Grafilar - (14) 3812-5700

Erramos

SEÇÕES 006 030 4

moda & beleza saúde & psicologia

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034 042

educação nossa cidade

056 070

perfil & empreendedorismo cultura & eventos

Em nossa última edição, algumas das fotos utilizadas para ilustrar as matérias acabaram saindo sem os devidos créditos. Lamentamos profundamente essa falha.


AREZZO SÃO JOÃO AV. DONA GERTRUDES, Nº 38, CENTRO | TEL. 19 3623 3503 5

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moda & beleza

Massagem milagrosa: a novidade que chega a São João Conheça os benefícios da “Miracle Touch”, grande sucesso entre as famosas no país. POR LUIZ GUSTAVO GASPARINO

Já chegou a São João da Boa Vista a mais nova técnica de massagem que vem encantando as famosas personalidades brasileiras: a “Miracle Touch”, ou “Massagem Milagrosa”. Quem a trouxe para a cidade foi a fisioterapeuta Kenia Ciacco, profissional com 14 anos de experiência prática e com diversos cursos na área. “Estou sempre em constante aperfeiçoamento para trazer o que há de melhor aos meus clientes”, comenta. Kenia diz o que a motivou a trazer o método para São João: “Foi minha irmã quem me chamou a atenção para algo que estava ‘bombando’ entre as famosas, que dava um resultado fabuloso em pouco tempo e no corpo todo. Nunca tinha visto nada semelhante a esta técnica”, destaca a fisioterapeuta. Com essas informações, ela resolveu ser pioneira em trazer este mais famoso método completo de técnicas inovadoras, criado e patenteado pela renomada esteticista, Renata França. MILAGROSA “Esta é a massagem do futuro. Ela otimiza tempo, que é tão importante e precioso nos dias de hoje”, reforça Kenia. A sessão cos-

tuma durar cerca de 50 minutos. Entre os benefícios da “Miracle Touch” está acelerar a eliminação de detritos metabólicos, como os hormônios produzidos pelo stress, fazendo um verdadeiro ‘detóx’, regenerando tecidos e garantindo ainda uma silhueta mais curvilínea, além de uma massagem altamente relaxante. Ela é ainda a melhor e mais indicada para os pós-operatórios de lipoaspiração e cirurgias plásticas, com resultados testados e comprovados. ROSTO Renata França também ampliou os benefícios da técnica para a saúde facial, conhecida como “Miracle Face” – a versão da “Miracle Touch” para o rosto. Ela ativa a circulação e diminue as bolsas de expressão, afinando o contorno facial com excelentes resultados, trazendo uma nova fisionomia. Para que ficasse ainda mais completa, a fisioterapeuta acrescentou seu toque de manobras terapêuticas. “Ela alivia as dores, tornando a massagem milagrosa ainda mais relaxante e personalizada. Pois é relaxando que o corpo se recupera do desgaste físico e mental”, explica Kenia. Para finalizar, a profissional sanjoanense destaca que a massagem milagrosa é a melhor maneira de relaxar, reduzir medidas e valorizar os contornos, porém sempre contando com a sabedoria de um profissional qualificado, principalmente nas condições específicas que necessitam gestantes, crianças e idosos. “Recomendo esta massagem uma vez por semana, pois ela é uma importante aliada para manter o corpo afinado e livre de toxinas. Claro, sempre combinado com alimentação saudável e atividade física, potencializando seu estilo de vida”, conclui Kenia. A

MASSAGEM MILAGROSA

Renata França criou a “Miracle Touch” em 2005, depois de 12 anos de pesquisa. Mas foi só em 2012 que ela resolveu compartilhar a receita com o público paulistano, em um salão no Itaim Bibi. “Minha agenda não estava mais dando conta, então resolvi expandir a minha técnica treinando uma equipe para trabalhar no spa”, conta.

Foto: Divulgação

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moda & beleza

Método reduz gordura localizada Essa é a proposta do coolsculpting: eliminar a gordura através do congelamento. Foto: Reprodução Internet

POR CLOVIS VIEIRA

Mulheres e homens que buscam a sua melhor imagem refletida no espelho, acabam de ganhar um poderoso aliado para redução de medidas e ganho na estética: o equipamento CoolSculpting, processo que aplica resfriamento nas células gordurosas subcutâneas, sem afetar a pele. Nele, as células de gordura tratadas são cristalizadas (congeladas) e morrem. Ao longo do tempo, elas são eliminadas pelas vias metabólicas, responsável pela absorção de detritos, sangue, entre outras substâncias que o corpo produz e precisam ser excretadas. Esse processo acaba deixando o corpo mais modelado modelado e livre das indesejadas gorduras localizadas. Porém, é um procedimento que somente pode ser realizado em clínicas médicas. “Eu decidi trazer CoolSculpting para São João porque é tecnologia de ponta e é o melhor tratamento existente no mercado para esse fim”, afirma Dra. Heloisa Tiraboschi Romanholi. “É um tratamento inovador: o equipamento foi desenvolvido por dois médicos norte-americanos na consagrada universidade de Harvard, em Boston, com uma tecnologia sem igual”. O aparelho que realiza esse trabalho, antes impossível, acaba de chegar à cidade e foi instalado na Clínica HR Dermatologia na segunda semana do mês de abril. Em grandes centros, o CoolSculpting já é consagrado, com a surpreendente marca de quatro milhões de tratamentos em todo o mundo, mas por aqui é novidade. PROCESSO SEGURO Dra. Heloisa informa que o CoolSculpting não promove a perda de peso – ele oferece em apenas uma sessão a redução aproximada de 30% de gordura, o que resulta na diminuição nas medidas do paciente entre sete e oito centímetros, no local de aplicação. 8

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“É o congelamento programado para a redução de gordura localizada e consequentemente medidas”, reafirma. Ela também esclarece que os resultados finais, esperados para esse tipo de intervenção, serão obtidos num prazo entre oito a doze semanas, “num processo gradual”. Dra. Heloísa esclarece: “Considero importante ressaltar que o CoolSculpting é um processo seguro e aprovado pelo FDA-Food and Drug Administration, uma agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, e pela brasileira Anvisa- Agência Nacional de Vigilância Sanitária, agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde”. Antes de decidir-se pelo CoolSculpting, Dra. Heloísa confessa ter visitado inúmeras clínicas na capital do Estado, em Campinas e, mesmo em Harvard, onde fez estágios médicos. “Em média, cada paciente realiza de quatro a seis

tratamentos, porque ao ver a resposta no primeiro tratamento ele já programa novas visitas ao consultório” informa. A médica deixa claro: “O que nós desejamos, é associar o nome desse tratamento ao meu e ao da Clínica HR Dermatologia, como uma tecnologia eficaz, com comprovações científicas e muito segura”, finaliza. SAIBA MAIS É claro que ao surgir novos tratamentos de saúde, as dúvidas a respeito de sua eficácia e segurança também aparecem e precisam ser esclarecidas. Acompanhe: Como é a sensação do tratamento? Durante o procedimento, uma almofada de gel e um aplicador são colocados na área a ser tratada. Os aplicadores de sucção farão a sucção do tecido para o copo do aplicador. O paciente poderá ter a sen-

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sação de um puxão, um aperto e de um beliscão leve. O resfriamento controlado será, então, aplicado na gordura localizada, o que poderá resultar em frio intenso, mas essa sensação geralmente passa em 10 minutos e a área fica dormente. Os resultados são imediatos? Não. Os efeitos são realmente visíveis de 30 a 90 dias após a primeira sessão, porque esse é o tempo requerido para que o organismo elimine naturalmente a gordura que foi cristalizada. Após essa quantidade de tempo, deve-se voltar à clínica onde o tratamento foi realizado para que seja avaliada a quantidade de gordura que foi eliminada e se existe a necessidade de uma nova sessão. Para onde vai a gordura? Depois de as células de gordura tratadas serem cristalizadas (congeladas), o organismo processa a gordura naturalmente e elimina essas células mortas. Após a eliminação das células de gordura, elas desaparecem para sempre.

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Foto: Reprodução Internet

Existem contraindicações? As principais contraindicações, envolvem pessoas com grande sobrepeso ou com diabetes descontrolada; eventuais hérnias na região abdominal; pessoas que apresentam urticária por causa do frio ou que possuam doenças relacionadas ao frio, como a crioglobulinemia.

Quando custa o procedimento? O preço dos procedimentos CoolSculpting varia e depende da região tratada, do número de sessões necessárias e dos seus objetivos finais. A sugestão é criar um plano de tratamento personalizado com a Dra. Heloisa, adequado ao seu corpo, seus objetivos e seu orçamento. A


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lançamento de nova coleção - Arezzo

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seu pet

Mais sabor e qualidade na hora de alimentar seu pet Servir refeição com comidas variadas sai mais barato do que optar pelas tradicionais rações. POR FRANCO JUNIOR

Um prato com 50% de proteína, 30% de legumes e mais 20% de carboidratos. Tudo isso formado por carnes variadas, arroz integral e cenoura, por exemplo. O que parece uma dieta para quem quer manter a forma, nada mais é do que uma opção mais saudável, com mais qualidade e mais barata para alimentar seu cão ou gato. São essas as refeições de Lola, uma Pug de sete anos, e Paçoca, uma Vira Latas encontrada na rua pela tradutora Lilian Spletstoser. Há dois anos, com as cachorras recusando todo tipo de ração e sem conseguir fazê-las comer direito, foi preciso levá-las à veterinária. E a dica recebida foi para tentar os alimentos tradicionais, ao invés das rações industrializadas. O resultado foi positivo. “Elas estão muito saudáveis e reagem muito bem à comida, principalmente porque comem tudo. Não tem sobra de comida, ao contrário do que acontecia quando tentava dar ração”, comemora Lillian.

que gasta bem menos do que quando comprava ração. Quando tentava dar ração às cachorras, gastava, em média, R$ 200 em um saco de 15 quilos. Agora, com a opção de fazer um cardápio variado para os pets, desembolsa pouco mais de R$ 100. “Compro alimentos variados e fica bem mais barato. Além disso, em termos de custo benefício, não sobra comida. Elas comem tudo”, frisa ela. CÃES MAIS FELIZES E DISPOSTOS Antes de decidir trocar as tradicionais rações por alimentos variados, é preciso, primeiramente, consultar um veterinário. Desta forma, torna-se possível escolher os melhores alimentos e medidas a serem disponibilizadas para cada pet. Depois deste primeiro passo, a veterinária Fatima Regina Comino e Santos, da Clínica Don Perro, afirma que a melhora no animal é significativa, “desde a alegria deles na hora da refeição”.

CUSTO BENEFÍCIO Para quem pensa que possa ser mais caro alimentar os cães com alimentos tradicionais, Lilian usa seu exemplo e afirma

FIQUE DE OLHO

Há mais de cinquenta anos, a alimentação natural é alvo de estudos e pesquisas pelo mundo. No entanto, aqui no Brasil, o tema é bem recente, surgindo há pouco menos de dez anos. Para aderir à alimentação saudável, é preciso que a dieta esteja baseada em conhecimentos anatômicos, nutricionais e fisiológicos de seu pet. Pois, a maioria da comida preparada para nós, humanos, possuem condimentos que podem ser tóxicos para pets, como a cebola, alho e sal (em quantidades excessivas). Foto: Reprodução Internet

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“Comer todo dia uma matéria seca, com o mesmo sabor, convenhamos, não dá prazer algum. A mudança principal é o bem estar desse cão ou gato, seguido de aumento de imunidade e consequentemente a diminuição de doenças”, comenta a profissional. Outra vantagem dos alimentos, assim como explica, é que neles não há acidulantes e conservantes, além de conterem maior teor de água e nutrientes. Fátima destaca que os alimentos, em certos casos, também servem como tratamento de certas patologias e ressalta o fato de não fazer a troca de ração por comida do cão ou gato, simplesmente oferecendo arroz, cenoura e uma carne, pois “não vai suprir as necessidades do indivíduo”. “Cada indivíduo tem sua particularidade, por isso a ação de um veterinário capacitado para receitar dietas deve conter suplementos, a fim de deixarem essa dieta perfeita nos quesitos nutrientes e vitaminas, o que é muito importante”, finaliza a veterinária. A


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empreendedorismo

Perfil dos empreendedores POR LUIS GUSTAVO GASPARINO

A incerteza econômica que atinge vários nichos da economia é sentida de forma diferente em alguns setores. Um deles, é o de alimentação fora do lar. Segundo o Instituto de Foodservice Brasil (IFB), em 2015 o segmento apresentou alta de vendas da ordem de 6,2% e o mercado de foodservice tem faturamento estimado em R$ 60 bilhões. No Brasil todo, são mais de 10.700 empresas do segmento. Por isso, nessa edição da Revista Atua, buscamos dois empreendedores locais que trabalham com esse nicho de mercado: Leonardo Henrique Tomassetti, da empresa Saint Stelo Microcervejaria e Renata Azevedo Mafra, proprietária da Bendito Crepe. Além da paixão por seus produtos, o que une esses dois empresários sanjoanenses é a ousadia (ao implantar a primeira cervejaria e o 1ª foodtruck na cidade, respectivamente) são as criticas à excessiva burocracia que as empresas do segmento enfrentam. Confira abaixo! Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

Leonardo Henrique Tomassetti 32 anos, cervejeiro

Leonardo Henrique Tomassetti Ferreira Neto tem 32 anos e é sócio-proprietário da empresa Saint Stelo Microcervejaria. Apesar de ser formado e pós-graduado em Engenharia Elétrica, é como ‘cervejeiro’ que, atualmente, leva a vida. Com poucos meses de trabalho, sua empresa já é sucesso em São João da Boa Vista. O que te fez seguir o ramo da cervejaria artesanal? Entrei em contato com o mundo das cervejas em viagens internacionais, quando me fascinei pelos diferentes estilos e histórias. Então comecei a produção de cerveja em casa, de forma artesanal, em panelas. Já apaixonado por este mundo, e há quatro anos sendo cervejeiro caseiro, decidi, juntamente com minha esposa, Stephania, aplicar nossas economias neste empreendimento, em nossa cidade natal. Qual foi o maior desafio encontrado na área? O capital inicial é só o começo. Foi necessário muito estudo sobre o processo 16

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de fabricação e o aperfeiçoamento em cursos. Sem contar o entendimento sobre a legislação relacionada ao setor, tal como ambiental, segurança alimentar, segurança do trabalho e várias outras. Mas isso tudo não é suficiente, pois no Brasil existem muitos entraves burocráticos e fiscais que, muitas vezes, não são claros na legislação e requerem muito tempo no entendimento e cumprimento. Qual a dificuldade que os jovens encontram para se tornar empreendedores, hoje em dia? Penso que a principal dificuldade seja a burocracia. O jovem está cada vez mais prático, conectado e tecnologicamente adaptado. Independente do capital requerido ou experiência no setor escolhido, a burocracia atrapalha, desde a constituição até a operação do negócio. Isso desanima e consome os recursos e entusiasmo do jovem empreendedor, que tem expectativas paralisadas, muitas vezes sem prazo definido.


No mundo dos negócios, quem seria a sua inspiração? E na vida em geral? Steve Jobs. Por ter sido empreendedor, inventor, designer e gestor, criando uma das maiores empresas tecnológicas da história, em uma garagem. Já para a vida em geral, acompanho há bastante tempo o professor Clóvis de Barros Filho, que ensina ética e filosofia de forma geral, questionando os fatos e acontecimentos do cotidiano, o que é fundamental para a melhoria da sociedade e da vida. O que tem feito como diferencial, em seu negócio, afim de enfrentar a crise econômica do país? Adaptação e diferenciação em relação ao mercado e concorrentes. Estamos constantemente adaptando o negócio e os produtos para as sugestões e requisições dos clientes, mas sempre com uma proposta diferenciada e inovadora. O bar na cervejaria tem uma proposta descontraída e oferece produtos especiais e exclusivos. Já a produção de cerveja acompanha a sazonalidade do ano e datas festivas, sempre mantendo a qualidade característica das cervejarias de pequeno porte. Em sua opinião, o que fez seu produto se destacar na cidade? A qualidade. Nossa filosofia acompanha a alteração mundial dos consumidores que buscam produtos mais naturais, frescos, sem insumos químicos e de produtores locais. Nossos produtos acompanham a Lei da Pureza da Cerveja, que requer somente o uso de malte, lúpulo e água, em sua composição. Também compartilhamos do lema “Beba menos, beba melhor”, que valoriza a apreciação mo-

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derada de produtos de melhor qualidade. Você pensa em aumentar ainda mais sua empresa? Creio que ainda somos uma Start Up e temos a intenção de ampliar a indústria, mas de forma equilibrada e ponderada, acompanhando o mercado regional. Estamos prestes a lançar a linha de garrafas, para dar maior flexibilidade aos consumidores. Quais são suas atividades, além do trabalho? Estou na etapa final do Doutorado em Engenharia Elétrica; em estruturação de outra empresa, de projetos e construção de equipamentos; e, como hobby, gosto de ouvir música – rock clássico, blues e jazz –, assistir a filmes, seriados e estudar. Você ainda tem outros sonhos, outras vontades? Primeiramente consolidar o negócio e ampliar para poder vender além da nossa região. Conciliar a cervejaria com atividades de desenvolvimento tecnológicos. Sou fascinado por esta área que, no Brasil, ainda tem que crescer muito. Futuramente, também gostaria de voltar a lecionar no nível superior, nas áreas de engenharia elétrica e computação, pois creio que o desenvolvimento tecnológico é a base para o progresso. O que precisa ter a pessoa que quer seguir a carreira empreendedora? Determinação e paciência. Mesmo com um planejamento empresarial e estratégico, os problemas são inerentes ao empreendedorismo. Cada passo dado requer a solução de dificuldades previstas e, principalmente, inesperadas. >


Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

Renata Azevedo Mafra 35 anos, ‘crepeira’

Renata Azevedo Mafra, de 35 anos, é proprietária da Bendito Crepe, em São João da Boa Vista. A cada período, a ‘crepeira’ vem inovando no ramo alimentício, trazendo sempre diversas novidades. Em uma área que pode ser simples, a empresária prefere sempre inovar. O que te fez seguir o ramo da alimentação? Sempre trabalhei com artesanatos e gostei de cozinhar. Mas só com artesanatos não estava conseguindo manter minhas obrigações financeiras. Cozinhar para mim é uma arte e seria meu plano B, mas não tive oportunidade de estudar para isso. Quando decidi entrar nesse ramo, pesquisei muito o que e como iria fazer. E me apaixonei pelo conceito dos food trucks. Qual foi o maior desafio encontrado na área? Foi trabalhar legalmente nesse ramo, com o conceito de food trucks, além do fato de ainda existirem pessoas contra a comida de rua. Assim, como em várias outras cidades, a nossa também ainda não tem uma lei exata para nós, gerando uma certa intolerância dos comércios fixos e das autoridades. Por ser jovem e mulher, encontrou dificuldades? Acredito que hoje a mulher já provou que é capaz de chegar onde ela quiser. Não encontrei dificuldades por ser mulher. Tenho idéias, vou lá e faço. No mundo dos negócios, quem seria a sua inspiração? Existem várias mulheres bem sucedidas e exemplares que eu citaria, mas uma em especial, seria Isabel Mendes da Cunha, ceramista e escultora. Além da história de vida, a maneira como foi reconhecida pelo seu trabalho artesanal. Nunca frequentou qualquer escola de artes e, mesmo assim, hoje tem obras valiosíssimas. O que tem feito de diferencial para enfrentar a crise econômica do país? Acredito que a economia de um país onde o 18

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nível de corrupção é absurdo, sempre será instável e atingirá, cada hora, um setor. Continuo com trabalhos artesanais, que me inspiram, e com o truck consigo fazer parcerias com escolas e comércio da cidade e da região, onde sempre tenho um lugar e um público diferente pra atender. E eu ajudo divulgando e, consequentemente, levando clientes para esses estabelecimentos. Em sua opinião, o que fez seu produto ter tanto sucesso na cidade? O conceito móvel. A Kombi toda adaptada e decorada, e o produto diferenciado, feito com muito carinho. São João ainda não tinha uma creperia. Em sua opinião, o que falta para o food truck “pegar” de vez? O apoio de dirigentes para que possamos trabalhar de maneira legal. Como já disse, vários municípios ainda não têm lei específica. Assim o truck só pode trabalhar em festivais, e não na própria cidade, fazendo parcerias com lojas, como venho fazendo. Você pensa em ampliar, ainda mais, sua empresa? Sim. Já estou com o projeto do Bendito ser, além do truck, um Buffet, onde serão servidos saladas, molhos e acompanhamentos para festas, confraternizações etc. Quais são suas atividades, além do trabalho? Além de crocheteira, crepeira e artesã, também sou mãe (risos). Você ainda tem outros sonhos? Acho que tenho só um: criar e educar minha filha para que ela seja feliz no que escolher trabalhar. O que precisa ter a pessoa que quer seguir a carreira empreendedora? Uma pessoa empreendedora tem que ser corajosa para fazer o que acredita, disposta a trabalhar tempo integral e ser capaz de trabalhar com amor. A


Praรงa Roque Fiori, 153 19

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telefone (19) 3623 5949


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nossa cidade

Serra da Paulista Além de reunir atributos naturais, a serra também oferece oportunidade de negócios. POR CLOVIS VIEIRA

Importante pela diversidade e riqueza de suas atividades, a Serra da Paulista é um local fascinante por sua beleza natural. Inserida na área rural de São João da Boa Vista, abriga em torno de 470 pequenas propriedades rurais, com média de 20 hectares cada uma. Composta por floresta tropical, com altitude especial, é formada por solo fértil e clima excelente. A Serra possui águas correntes, cachoeiras, ar puro, rica fauna e magnífica visão panorâmica. São tantas as farturas, que o local ficou conhecido também como ‘Serra da Fartura’. Em sua parte alta há, inclusive, o Bairro São Roque da Fartura. Sítio Lareira de Pedras Muitos turistas que sobem a Serra da Paulista conhecem fatos e lugares místicos, famosos por lá. Para muita gente, a Serra é um local sagrado, cheio de mistérios que precisam ser respeitados. Pessoas psiquicamente mais sensíveis têm histórias incríveis, vividas em seus recantos.

O casal Ana Laura e Nilson Zenun tem um sítio ali, cujo primeiro nome era ‘Sítio Lareira de Pedra’, no singular. No entanto, ao consultar a Numerologia (prática que recorre à simbologia dos números), ficou “muito claro!” que o sucesso do local estaria selado se houvesse a mudança para Sítio Lareira de Pedras, no plural. E assim foi feito. O sítio fica no Km 326, confirmado pelas placas de sinalização do Caminho da Fé. PEQUENOS NEGÓCIOS “Nós sempre fomos apaixonados por cachoeiras”, conta Ana Laura. “Daí, soubemos que o Sr. Josué Grespan queria adquirir um trecho de terras mais próximo da cidade. Então, fizemos a troca: 20 mil m² de um sítio que temos, por 2 alqueires dele, mais no alto da Serra”. O problema, é que esse local é muito íngreme, uma montanha mesmo. Na época do negócio, poucos viam qualquer potencial ali, “mas nós vimos uma cachoeirinha nele, um fiozinho de água, e ficamos encantados, aquelas pedras enormes...”. Isso bastou para levar para lá o

jovem casal. A primeira providência, depois de fechado o negócio, foi frequentar um curso do Sebrae voltado ao turismo rural, como ferramenta de descoberta das potencialidades do sítio. “E um planejamento com Feng Shui, que nos orientou sobre a terraplenagem, a construção da casa e muitas outra etapas”. Feng Shui, palavra de origem chinesa, significa o conhecimento das ‘forças necessárias para conservar as influências positivas que estariam presentes em um espaço’. Uma das etapas anteriormente planejadas para o lugar era uma horta de produtos orgânicos. Ana Laura confessa que, até este momento, esta ação ainda não gerou lucros, “mas é um prazer ter e trabalhar na horta de orgânicos”. O sítio também conta com um pequeno apiário e uma plantação de callas, flores também chamadas de ‘copos de leite’; ali são cultivados os amarelos. Na soma final, ela garante, esses “pequenos negociozinhos” ajudam a cobrir as despesas que são geradas. O que também vem colaborando no orçamento é o turismo receptivo. Por

LAREIRA DE PEDRA Além da horta orgânica, o sítio conta com um pequeno apiário, uma plantação de callas e uma espaço que pode abrigar eventos. Fotos: Leonardo Beraldo / Cromalux

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Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

OFERTA TURÍSTICA O casal Nilson e Ana Laura destaca: “o interesse pela Serra da Paulista, seus recantos e suas ofertas turísticas, alcança muito mais do que apenas os sanjoanenses”. exemplo: quando ocorreu a inauguração da gruta de Nossa Senhora das Montanhas Azuis, a recepção aos fieis foi feita no Sítio Lareira de Pedras. A mesma providência é tomada em algumas edições da Caminhada da Lua Cheia. “Aquele é um local que, nós esperamos, seja usado mesmo para fins turísticos. A nossa expectativa, neste momento, é construir uma pousada, um restaurante para atender os viajantes, os peregrinos, um local para eventos maiores como casamentos e festas”, ela sonha. “O que está nos atrasando nessas providências é a falta de manutenção da estrada que serve aos moradores da Serra”, dispara. Na inauguração daquela gruta, já citada acima, muitos carros ficaram presos na lama e a festa não pôde acontecer como planejado. “A prefeitura, depois de meses de solicitação, chegou lá somente três dias antes da data da inauguração, não conseguiu resolver o problema e os veículos ficaram atolados na lama”. ORGÂNICOS Nilson Zenun confessa que houve um tempo em que o casal trocou mesmo a cidade pela Serra da Paulista. “A solução é a internet via rádio que nós temos lá e que nos possibilita continuar trabalhando, como já fizemos várias vezes, como engenheiro e arquiteto”, ele relata. Um administrador e uma faxineira dão conta dos afazeres do dia a dia. “Mas as refeições, somos nós mesmos quem as fazemos!” Ao falar da horta orgânica, Nilson confirma que ela tem a certificação necessária: a certificação de produtos orgânicos é o procedimento pelo qual uma certificadora, devidamente credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e credenciada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), assegura por escrito que determinado produto, processo ou serviço obedece às normas e práticas da produção orgânica. “Nós já fizemos quatro cursos pelo SENAR [Serviço Nacional de Aprendizagem Rural] horta orgânica, pomar orgânico, controle biológico de pragas e doenças e, por último, o

AMORAS & CIA

O engenheiro José Antônio dos Santos Junior está confiante nos investimentos que ele e o parceiro vêm fazendo na produção de amoras pretas e framboesas. Sua expectativa é de um exponencial aumento no cultivo, já que as condições de solo e clima da serra são as ideais. 28

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curso de tomates orgânicos”, orgulha-se. Enquanto o asfaltamento da estrada que percorre a Serra da Paulista, finalizado em 2003, facilitou muito, diz Nilson, o local possui 18 km de extensão, curvas e não possui acostamento. Com as chuvas, o asfalto deu lugar a muitos buracos. Ele confirma: o interesse pela Serra da Paulista, seus recantos e suas ofertas turísticas, alcança muito mais do que apenas os sanjoanenses. Uma região inteira espera que ela se torne mais receptiva, para inclui-la em seus roteiros de viagens. “A frequência aos bares e restaurantes, a presença nas caminhadas religiosas ou esportivas, confirmam isso”, finaliza. Amoras e Cia Onde se poderia pensar no plantio de amoras pretas e framboesas? Na Serra da Paulista, é claro! O engenheiro agrônomo José Antônio dos Santos Junior (foto abaixo), em parceria com Rubens Carrera, dono do sítio onde as frutas são cultivadas, informa que, além dessas frutas, também plantam hortaliças orgânicas. “Eu trabalhava com vendas, na área Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux


de fitossanitários (proteção contra pragas e doenças na agricultura), quando surgiu a possibilidade de se desenvolver algum trabalho no sítio”, conta José Antônio. “Aquela região é muito boa para isso, nós estamos a 1.300m de altitude, o que definiu a escolha dessas culturas”. O que também influenciou na escolha das frutas e hortaliças foi o tamanho da área disponível: relativamente pequena. O engenheiro agrônomo faz uma comparação - se a escolha fosse plantar feijão ou batatas, o espaço seria inviável, “mas para as frutas, é uma área considerável”, afirma.

RISCOS O engenheiro está confiante nos investimentos que ele e o parceiro vêm fazendo na produção. Sua expectativa é que o aumento no cultivo traga mais rapidamente o retorno do que vem sendo ali investido, já que as condições de solo e clima são as ideais e a dupla está muito motivada. “Aqui nesta região, nós somos os únicos que plantam essas frutas”, informa. “A produção mais próxima daqui, que nós estamos sabendo, fica na cidade de Andradas, em Minas Gerais”. Uma pesquisa de mercado, feita antes de ‘arregaçar as mangas’ também ajudou a definir esse caminho: “Medo, a gente tem, não é; mas é também o medo que nos leva para frente” revela, ao falar dos riscos que um trabalho assim pode gerar. Um desses riscos é a falta de manutenção das estradas rurais que chegam até o local. Em tempos de chuvas, é preciso ‘convocar’ o pessoal que está trabalhando no sítio para resgatar seus veículos da lama que se forma. “Esta semana, o pessoal da Prefeitura esteve por lá e passou a máquina. Em dois anos atuando lá, eu não me lembro de outro trabalho deles assim”, registra. Assim como para muitos produtores ali instalados, a questão das quedas na energia elétrica na Serra da Paulista vem se constituindo um problema ‘regular’. “Como nós estamos num ‘fim de linha’, entre São João e Vargem Grande do Sul, não temos muitos vizinhos para reclamar ao fornecedor. Nós chegamos, certa vez, a ficar 40 horas sem energia no sítio... e dependemos dos freezers para as frutas congeladas. Tivemos uma quebra na qualidade do nosso produto”, finaliza.

CESTAS ORGÂNICAS O produto cultivado no sítio já tem um público consumidor certo, residente na cidade e região e está disponível em alguns estabelecimentos comerciais que revendem as frutas; mas um trabalho vem sendo realizado para ampliar o alcance das vendas, abrindo mercado nas regiões de Campinas e Ribeirão Preto. “Nós trabalhamos com a fruta in natura e congelada para facilitar o transporte e o comércio delas”, completa. Outro ‘produto’ ao qual o público tem acesso são as cestas de hortaliças orgânicas. Um grupo de consumidores foi formado no aplicativo WhatsApp, para celulares e uma lista semanal é enviada a essa clientela. “Daí, cada um faz o seu pedido, relacionando o que deseja daquela lista”, indica José Antônio. Então, as entregas são feitas por ele mesmo ou funcionário do sítio, no dia seguinte ao pedido. Se o agricultor pudesse apontar uma dificuldade nesse trabalho, seria a falta de literatura a respeito desse cultivo. “Não existe no Brasil livros ou trabalhos universitários sobre esse tipo Bar e Restaurante de plantio, então nós vamos mesmo pela experimentação”. Mas a Serra da Paulista Serra da Paulista o entusiasma: “ah, aquele lugar é uma bênção; Marçal dos Santos Nogueira e a esposa Dani Varzone ‘tocam’ chegar ali todos os dias é um refresco para a cabeça”. o Bar e Restaurante Serra da Paulista. O casal tem um sítio nas Apesar de se destacar entre as demais culturas da Serra, imediações há 15 anos, mas optou por alugar aquele espaço que o local ainda não está aberto à visitação turística. “Nesse moestava ocioso, depois de um ‘namoro’ de longe, percebendo ali mento, essa não é a nossa intenção. Mas já pensamos nisso para potencialidades turísticas. “Graças a Deus, vai indo muito bem, um futuro próximo”, ele diz. A opção, neste momento, é fortalecer essas atividades, conseguir um produto de qualidade extra. “A nossa preocupação é a segurança do visitante e ainda não estamos prontos para isso”. José Antônio não revela o montante da produção atual, mas confirma que esse negócio foi iniciado pensando em sua perenidade, “para durar muito tempo”. E revela que outra fruta já pensada para ser cultivada no sítio é o mirtilo, ou blue berry, visando o mesmo público das amoras e framboesas. Para quem não sabe, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) introduziu o PRODUTOS mirtilo no sul do Brasil em 1983, já As amoras e framboesas da serra já têm que a fruta se adapta bem ao clima um público consumidor certo: residente temperado, como há naquela altitude na cidade e região, além de estabelecimenda Serra. tos comerciais que revendem as frutas, na região de Campinas e Ribeirão Preto.

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o pessoal que frequenta tem gostado muito do que a gente tem proposto: uma comida caseira muito bem feita, o som ambiente com MPB, música pop e rock”, ele vai contando. “Tem algumas receitas que fazem muito sucesso, como o joelho de porco, costelinha barbacue, costela no bafo, filé de tilápia à parmegiana, carne de cordeiro e comida de boteco às sextas-feiras” Sua mulher Dani é a chefe da cozinha, ali ela é coadjuvada por ajudantes no momento de atender prontamente um pedido do cliente. Em algumas ocasiões são feitas parcerias com ‘chefs’ conhecidos. Exemplo é o Dia da Comida Árabe, que já está planejado para breve, e que trará também bailarinas da Dança do Ventre. “Eu quero promover a Noite Indiana, a Noite Italiana... quando será preciso buscar profissionais que já fazem esse tipo de evento”, explica Marçal. Outro ‘achado’ são as festas temáticas que promove: a comemoração ao dia das bruxas (Halloween) vem atraindo gente jovem, o Fest-Rock, em dias paralelos à EAPIC, começou a ser realizado “para as pessoas terem outra sugestão musical, diferente da praticada naquela festa”, e o Serra Rock, um carnaval que mistura MPB e rock, como gosta o cliente do restaurante. O sucesso na Serra fez com que Marçal abandonasse sua profissão – Técnico em Próteses Dentárias – para viver o seu

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DIVERSÃO EM MEIO A NATUREZA O casal Marçal dos Santos e Dani Varzone ‘tocam’ o Bar e Restaurante Serra da Paulista. “O nosso público é bem eclético, formado por jovens e, principalmente, por famílias”. sonho. Na verdade, para construir esse sonho, já que ele afirma ter começado “do zero”, tanto na composição do local, quanto descobrir-se como proprietário de bar. “Temos feito sucesso e atraído gente da região inteira, de Aguaí, Vargem Grande do Sul, Poços de Caldas, grupos de motociclistas, de colecionadores de carros antigos vindos de Jundiaí, Mogi Guaçu, Ribeirão Preto”. Confiante no empreendimento que toca, Marçal diz que investe quase todo o seu lucro em melhorias no bar. A clientela tem percebido as novidades a cada vez que volta para aproveitar o sossego do local. “Isso aqui estava muito ‘cru’, era bem precário quando eu peguei, não tinha muito conforto para as pessoas”. PÚBLICO O empresário registra que, apesar dos seus esforços, a Serra da Paulista está pedindo melhor assistência do poder público. “A precariedade de alguns trechos da estrada que nós temos aí é um problema sério, também sentimos falta de uma sinalização melhor para informar a minha clientela e os turistas em geral”, denuncia. Energia elétrica sempre disponível “é crucial”, ele aponta, considerando as constantes quedas no fornecimento que os empresários ali instalados vêm sofrendo. “O restaurante funcionava, antes, até um pouco mais tarde, perto das 23h. Mas tivemos que mudar isso, porque a energia elétrica acabava e demorava muito para voltar, obrigando a gente a pensar num

outro investimento, que são luzes de emergência”. Marçal lamenta essas dificuldades, porque considera a Serra da Paulista “muito bonita, um passeio muito agradável de fazer”, mas que não tem a divulgação que merece, sendo conhecida de verdade apenas por um pequeno grupo de frequentadores habituais, que eventualmente trazem seus amigos. “O bom é que eu tenho aqui internet via rádio, o que me ajuda na hora de divulgar junto às mídias sociais, o Facebook principalmente”. E, como ele mesmo já disse, as pessoas têm respondido ao seu chamado: “o nosso público é bem eclético, formado por jovens e, principalmente, por famílias que vêm curtir um pé de fruta, um animal silvestre... esse pessoal traz seus animais domésticos para passear aqui sem problemas. É um público bem diversificado”, diz orgulhoso. Para atender bem a clientela, e depois de um tempo contando somente com o casal, o Bar e Restaurante Serra da Paulista começou a contratar funcionários, em geral pessoas que residem nas imediações. “Com o crescimento da clientela, eu tive que buscar mão de obra em São João da Boa Vista; e foi assim que eu percebi a necessidade de um transporte público que percorresse esse caminho, para facilitar a vida do meu funcionário – e de quem gostaria de passear aqui - que não tem o seu próprio veículo”. Buscando interação com seus vizinhos, Marçal afirma que para os domin-

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gos há um projeto de montar quiosques com produtos da Serra da Paulista, para serem oferecidos aos seus clientes, como um ponto de referência dessa produção: derivados de leite de búfala, legumes e vegetais orgânicos, uvas, hortaliças, azeitonas, ovos... “já que nós usamos isso tudo aqui no meu espaço”, finaliza. Laticínio Artesanal Montezuma “Eu vim para a Serra da Paulista no dia 9 de setembro de 1989” registra Fábio Pimentel, produtor responsável pelo Laticínio Artesanal Montezuma. Santista de nascimento, o empresário cursava Agronomia em Espírito Santo do Pinhal, quando um avô adquiriu a fazenda onde hoje está instalada sua empresa. A família sempre manteve uma residência em Águas da Prata, o que facilitou conhecer bem a região. Trabalhar com leite de búfala não foi a primeira atividade na fazenda. Inicialmente, essa propriedade explorava o gado leiteiro bovino: “na época, São João da Boa Vista tinha a Leco, empresa produtora de leite e derivados que captava todo o leite produzido na região, contava com uma cooperativa; a cidade era a maior bacia leiteira do Brasil e perdeu isso”, ele lamenta. Ao perceber que a atividade deixava de ser financeiramente interessante, algumas opções foram surgindo: vacas de cria, confinamento de gado de corte e produção de verduras. “Faz 21 anos que eu crio búfalas aqui”,

informa. E aponta que o animal se adapta bem em muitos lugares – desde o deserto de Negev, em Israel, até as regiões mais geladas da Bulgária. EMPREGOS Queijo frescal, ricota, mussarela, manteiga, doce de leite... são alguns dos produtos que o Montezuma oferece hoje ao seu cliente. “A atividade de bubalino cultura é financeiramente interessante”, Fábio afirma. Hoje, são produzidos 1.200 litros/dia no laticínio, mais 2 mil litros que são adquiridos de terceiros. Essa quantidade de ‘matéria prima’ resulta na produção de 25 itens. “Nós atendemos 37 cidades com os nossos produtos, também fornecemos para

o Grupo Fasano [hotéis e gastronomia], diversas pizzarias em São Paulo uma loja da fábrica em Águas da Prata; em breve, teremos uma nova loja aqui na fazenda”. O fato de o laticínio estar localizado na Serra da Paulista atrai grande número de turistas. “A Serra da Paulista tem um potencial turístico muito grande; ela precisa ser bem explorada e precisa que as estradas sejam mantidas em bom estado de conservação”, aponta. Fábio lembra a quantidade de pequenos e médios empreendedores nela instalados, a maioria com produção voltada ao turismo, oferecendo seus produtos e criando empregos. Somente ali no laticínio, 29 empregos diretos são gerados, além dos muitos indiretos. “É o pessoal que presta serviços diversos, são caminhões chegando aqui a toda hora. Então, se a estrada não estiver bem conservada, isso será inviável”, destaca. Fábio se recorda de um grupo de turistas, em época de Carnaval, que chegou até lá enfrentando o problema das estradas e dizendo que nunca mais voltaria. >

LATICÍNEO

A Serra da Paulista guarda mais uma surpresa: o laticínio Montezuma, local de criação de búfalas leiteiras, com produção artesanal de derivados de leite de búfala. Mediante agendamento, os interessados podem conhecer a fazenda e as búfalas e acompanhar o processo produtivo. No local, há espaço para comercialização dos produtos, como queijo minas frescal, muçarela-bola, muçarela nozinho e em barras, manteiga, doce de leite, entre outros. Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

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MELHORIAS A queda no fornecimento regular de energia elétrica é uma questão que transtorna o dia a dia na fazenda. São nove tanques de leite, quatro câmaras frias, uma câmara de congelamento, uma ordenhadeira para 14 animais e maquinário diverso utilizado na produção, que ficam parados, ele relaciona. “Nós temos um gerador aqui, que a toda hora é posto para funcionar”. “Nós tentamos, junto à Prefeitura, a obtenção de um terreno no distrito industrial, mas ainda não tivemos resposta; também conversei na Agência de Desenvolvimento há algum tempo”. Fábio revela que tem um projeto de ampliação do laticínio, para trabalhar com três mil litros/dia, com proposta para chegar a 10

mil litros/dia. “Mas, para um investimento desse tamanho, nós precisamos de alguma segurança, precisamos de acesso, pelo menos, para chegar aqui, tanto para trazer o leite, como para sair a mercadoria”, propõe. Fábio aponta essas questões porque confia na matéria prima com a qual trabalha e nos produtos que entrega: “o búfalo é um animal mais rústico, que não pega berne, carrapato, mosca do chifre, o que evita a pulverização com inseticida, requerendo apenas a aplicação das vacinas tradicionais”. Criadas no pasto, com parte de sua alimentação natural, as búfalas são ordenhadas na presença dos bezerros e isso, afirma Fábio, “produz um leite muito mais feliz!”. A

O que visitar na Serra da Paulista? Segundo o historiógrafo Ademir Gebara, nascido em São João da Boa Vista, e membro do Centro de Memórias da Unicamp, a estrada da Serra da Paulista é uma das estradas mais antigas do município, que foi caminho, há séculos atrás, de contrabando de ouro vindo de Minas Gerais em direção ao litoral do estado de São Paulo. Para que você possa se guiar nas visitas, preparamos um mapa para indicar os lugares citados nesta matéria:

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Arte: Casa Coletiva - Estúdio Criativo

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psicologia

Projeção: você no outro Poucas pessoas possuem conhecimento sobre esse tipo de elemento da psicologia. POR MARYÁ REHDER AMBROSO

“O homem é dono do que cala e escravo do que fala. Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo.” Eis uma citação breve, mas que possui uma profusão de conteúdos, pois, traz consigo a manifestação de um dos mecanismos de defesa mais primitivos da psicanálise: a projeção. Talvez sejam poucas as pessoas que possuem conhecimento sobre esse tipo de elemento da psicologia, porém muitas delas fazem o emprego de versões moderadas dele no seu dia a dia, sem se dar em conta de tal ato. Desde a infância, os indivíduos se deparam com conflitos inevitáveis. E para que essas tensões sejam vivenciadas de maneira mais amena, existem mecanismos psicológicos, cuja função é proteger o ego de dilemas e diminuir a ansiedade. A projeção é um deles e é facilmente identificada. Ela consiste em uma forma Foto: Reprodução Internet

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de proteção contra a ansiedade por meio do recalque de um ou mais sentimentos e da percepção equivocada desses sentimentos em outra pessoa. Exemplo: Eu recalco a minha raiva e acho que você está com raiva de mim. Um exemplo de projeção presente na sociedade é a homofobia, que é a aversão, a rejeição, o medo ou o preconceito contra a homossexualidade e ou o homossexual. Nela, o indivíduo reprime seus anseios homossexuais e acredita que o outro homem está tentando seduzi-lo. Assim sendo, o medo que o homofóbico tem de se sentir atraído por alguém do mesmo sexo, faz com que ele projete seu desejo para fora, o recalque, e imediatamente manifeste a rejeição através das ações homofóbicas. É possível que muitas das acusações políticas contra os homossexuais também tenham suas raízes na projeção. Por exemplo: diz-se frequentemente que não se deveria permitir que homens homos-

sexuais dessem aulas nos colégios, porque poderiam incentivar um estilo gay ou até mesmo seduzir meninos. No entanto, não há evidencia para se afirmar isso. Assim, a teoria da projeção leva a deduzir que pode ser o acusador quem tema correr o risco de ser seduzido ou de seduzir. Por isso, não há dificuldade para entender o porquê de tantos soldados heterossexuais se contraporem veemente a que haja homossexuais em suas unidades. Portanto, todos os indivíduos empregam a projeção durante uma boa parte do tempo sob determinados assuntos, situações e comportamentos. Trata-se de uma manifestação normal da psique e, só passa a ser patológica, quando ela afeta um relacionamento o suficiente para chamar a atenção de sua existência, pois a projeção levada aos extremos pode se transformar em um problema grave, que se deteriora até se tornar uma paranóia plenamente desenvolvida. A


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inaguração - Beijo de Moça

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economia

Educação financeira familiar: é preciso planejar Para evitar complicações é importante ter controle absoluto do orçamento doméstico. POR ANDRÉ BERTOLUCCI

Em tempos de crise econômica, aumento do desemprego e diminuição da renda e do poder de compra, é preciso planejar a maneira como se administra o orçamento doméstico. Para o brasileiro médio, muitas são as ocasiões em que “sobra mês no final do salário” e alguns malabarismos são necessários para que as finanças se mantenham em ordem. Claro que nem sempre isso é possível. Gastos inevitáveis de início de ano, como IPTU, IPVA, material escolar, ou mesmo os imprevistos, sem falar nas despesas com cartões de crédito, contribuem para que fique ainda mais difícil fechar essa conta. A falta de planejamento financeiro pode gerar dívidas, que costumam tirar o sono de qualquer um. Para evitar complicações é importante ter controle absoluto do orçamento doméstico. De acordo com o professor Luis Carlos Evaristo, coordenador do curso de Ciências Contábeis da UNIFAE, o planejamento financeiro é fundamental, principalmente no Brasil, onde a dificuldade em relação ao assunto é recorrente e as famílias não possuem essa cultura.

Ele ressalta que “a educação financeira deveria fazer parte da vida cotidiana. Não é necessário ter um controle específico numa planilha de Excel, mas, conhecer e adequar despesas às receitas é o ponto crucial que toda família precisa ter”. O coach financeiro (profissional especializado em transformar hábitos de consumo por meio de medidas didáticas de educação financeira), consultor de vendas e empreendedor em mídias digitais, Demian Mangiacomo, entende que o endividamento das famílias está diretamente ligado à indisciplina financeira. “Gastar menos do que se ganha é o básico, mas, além disso, é preciso pensar em construir patrimônio. As pessoas se endividam também por questão de status, por desejarem mostrar aquilo que elas não são na verdade”, afirma. Foto: André Bertolucci

INVESTIMENTO É A CHAVE Demian Mangiacomo, que presta consultoria em educação financeira, destaca a importância de se comprometer no máximo 80% da renda com os gastos familiares. “Os outros 20% devem ser investidos. Para uma família prosperar, ela tem que ter educação financeira e saber onde conter os gastos”, explica.

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INADIMPLÊNCIA Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgados em janeiro de 2017 pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), apontam que 22,7% das famílias estão com contas em atraso, número menor que o registrado no mesmo período de 2016, (23,7%). Já entre aquelas que declararam que não terão condições de honrar seus compromissos, o percentual aumentou: de 9% em janeiro de 2016, para 9,3% no primeiro mês de 2017. Os números relacionados às famílias com outras dívidas como cheque especial, empréstimo pessoal, carnê de loja, cheque pré-datado, cartão de crédito, prestação de carro e seguro também recuaram: de 56,6% no início do ano passado, para 55,6% em ja-


neiro de 2017. Mesmo com índices em queda, ainda é comum a situação apertar e as dívidas serem maiores do que a renda, o que resulta no não pagamento de algumas contas. Muitas vezes a família que já tem uma dívida que não consegue pagar recorre a financiamentos e agrava ainda mais a situação. Contrair uma outra dívida para quitar a anterior, não é o melhor caminho, como explica Luis Carlos Evaristo: “hoje existem opções no mercado que são quase uma armadilha, como é o caso do crédito consignado, que é de fácil acesso, mas acaba reduzindo o valor do salário a ser recebido no final do mês”. CARTÃO DE CRÉDITO Quando se fala em endividamento no âmbito familiar, o cartão de crédito costuma ser o vilão, principalmente entre os de renda mais baixa. Não é difícil encontrar alguém que tenha se complicado financeiramente pelo uso inadequado do chamado “dinheiro de plástico”. Demian Mangiacomo apresenta a simulação do seguinte cenário: “você deixa

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de pagar, de uma vez, uma dívida no cartão de crédito de R$ 3.000,00 e opta pelo modelo rotativo, divididos em 3 parcelas de R$ 1.000,00. O CET (Custo Efetivo Total) anual, em média, está em 520% ao ano. Esse custo dividido em 12 parcelas é de 42,66% ao mês. Nestes termos, daqui a 30 dias a dívida mensal será de R$ 1.426,60”, pondera. O problema, segundo Demian, é quando se opta por um empréstimo bancário para pagar essa dívida: “você corre ao banco e financia R$4.000,00 para pagar seu cartão de crédito. Parcelados em 12 vezes, com o CET anual acumulado de 60% ao ano, o valor salta para R$ 6.400,00 em 12 parcelas de R$ 533,33. Apesar da sensação de que estas parcelas cabem no orçamento, sua dívida, que era de R$3.000,00 inicialmente, estará duas vezes maior”. JÁ ESTOU ENDIVIDADO, O QUÊ FAÇO? Para aqueles que não se planejaram e já estão em situação de endividamento, o primeiro passo é a mudança dos hábitos de consumo, nesse caso, buscar

junto aos credores a renegociação dos débitos e pesquisar modalidades de crédito mais baratas. O professor Luis Carlos Evaristo adverte que passar por um processo de renegociação de uma dívida e pela experiência adversa de falta de dinheiro, tem que servir para mudar as atitudes relacionadas à gestão das finanças: “há que se ter um planejamento daquilo que se pode gastar, começar a trabalhar com outros meios de pagamento, como cheque e dinheiro à vista e conversar entre a família para priorizar o pagamento das dívidas com o cartão de crédito, cujos juros são mais altos”, constata. Já Demian Mangiacomo, que presta consultoria em educação financeira, destaca a importância de se comprometer no máximo 80% da renda com os gastos familiares. “Os outros 20% devem ser investidos. Para uma família prosperar, ela tem que ter educação financeira e saber onde conter os gastos, orientar os filhos, desde pequenos, a darem valor ao dinheiro dos pais e fugir do consumismo exagerado”, finaliza. A


matéria de capa Foto: Leonardo Beraldo / Cromalux

“Dona” Adélia Jorge Adib Nagib Conheça a trajetória de uma das maiores educadoras sanjoanenses.

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POR CLOVIS VIEIRA

pensei: ‘a minha praia é outra’”, diz sorrindo.

Linha do tempo: II Guerra Mundial, um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações. Suas consequências também atingem o Brasil, onde a crise fez milhares de famílias perderem parte de seus bens materiais. A vida e os caminhos da pequena Adélia, nascida em São João no ano de 1924, não escapam a esse destino. “Eu me lembro de meu pai nos dizendo: ‘está vendo, minha filha, ontem eu tinha alguma coisa e hoje eu perdi o que eu tinha’; e dizia também: ‘então, a única herança que eu faço questão de deixar para vocês é a cultural; por isso, vocês tratem de estudar’”. Semente atirada em solo fértil, esse conselho foi seguido à risca por ela, somado a um gosto natural pela Matemática. Nascia assim uma carreira bem sucedida na área da Educação. Adélia Jorge Adib Nagib, a mítica diretora do Instituto de Educação ‘Coronel Cristiano Osório de Oliveira’. Hoje, ela atua à frente do Sistema Anglo de Ensino, coadjuvada pelo filho Fernando Nagib. “Quando menina, as minhas grandes paixões eram a Engenharia e a Arquitetura. Pena que, naquela época, a mulher não tinha vez, a mulher não deslanchava em nenhuma carreira”, lamenta. E diante da falta de recursos para abraçar esse estudo, ela opta por uma “profissão que fosse mais rentável”, escolhendo a Matemática. Uma estudante sempre com vontade de aprender mais, ao aposentar-se no Magistério, Adélia cursa Direito aqui na cidade, esperando tomar gosto pela área. “Mas não gostei! Daí, eu

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Embora ela tenha se aposentado como professora, sua imagem está muito mais associada à diretora que foi nos anos 1960 e 1970. “Se eu fosse me efetivar como diretora, eu teria que deixar São João. Como professora, eu já tinha raízes aqui, minha casa, minha família constituída”, ela conta. E foi aceitando convites para dirigir algumas escolas, na condição de professora substituta. Adélia participou, inclusive, da instalação da Escola Estadual ‘Camilo Léllis’, em Espírito Santo do Pinhal, como diretora e fundadora. Ela aponta que, na direção escolar, sua amplitude de serviços prestados era maior e não ficava restrita a apenas uma ou duas salas de aula. “Isso me agradava muito, eu me sentia motivada para trabalhar”. Ao voltar no tempo e tocar no assunto Instituto de Educação, ela deixa escapar: “Ah, que saudades! Que saudades!”pois considera que aquele tenha sido um período feliz “para todo mundo: professores, alunos, funcionários”. E arrisca dizer que havia uma empatia muito forte ligando todos os envolvidos. “Eu me lembro assim: quando se falava em desfilar em datas cívicas, ninguém gostava... mas os nossos alunos adoravam”. Professora Adélia coleciona um sem número de pequenas histórias daquele tempo, que vai enumerando e se divertindo ao relembrar. “Percebe como nós somos abençoados, porque vivemos numa época em que tínhamos a companhia de pessoas espetaculares”, referindo-se aos professores que hoje são lembrados como muito especiais. Antigos colegas de

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trabalho afirmam que o mérito de ter criado essa oportunidade aos seus comandados teria sido dela. “Eu nem poderia deixar de fazer isso” explica, “se não, eu estragaria tudo! E, no fundo, não foi preciso nem fazer muito esforço, porque aqueles professores eram espetaculares, todos eles se davam muito bem”. Afastando sua imagem de sob a luz de qualquer holofote, Professora Adélia considera que seu grupo de professores colaborava muito com ela. “Eu tinha, talvez, liderança, e todos concordavam com as nossas decisões, porque eles eram pessoas maravilhosas, melhores do que eu”. E ilumina um colega daquele tempo como o seu aliado, além de grande amigo: o Professor João Batista Scannapieco. “Um grande amigo, que me apoiava muito. Ele tinha ideias maravilhosas e nós sempre as colocávamos em prática, porque ele sempre foi muito criativo e ponderado”. ESCOLAS Na época de sua aposentadoria, um grupo de mães de São João da Boa Vista solicitou a ela que organizasse um cursinho preparatório para vestibulares, que a cidade não tinha. “Em 1978, minha mãe inaugura o ‘Vértice Vestibulares’, sendo que três meses depois, foi firmado um convênio com o Curso MacPoli, de Campinas, oferecendo muito mais ao aluno”, relembra Fernando Nagib. Em seguida, ele conta, diante do desejo de aposentadoria da educadora Sarah Salomão, a professora Adélia recebe dela a oferta de compra do Externato Santo Agostinho, fundado e dirigido por décadas pela dupla de educadoras Sarah Salomão e Zezé Lopes. “Foi ali que nós implantamos o ensino médio”, afirma Fernando. Nesse tempo, o Sistema Anglo de Ensino começa a abrir franquias em cidades do interior do Estado: “Nós acabamos sendo uma das suas primeiras franqueadas”. Mais tarde, aconteceu a venda do Externato Santo Agostinho a outros professores e a família Nagib mantém até hoje suas atividades no Anglo. VITALIDADE “Eu sou daquele tempo em que o aluno se levantava da carteira para falar comigo, quando eu comecei como professora”, Adélia recorda. “Hoje, não! Se ele está sentado, ele continua e eu converso muito bem com ele. Sou aquele tipo de pessoa que me adapto ao momento em que estou vivendo”, pondera. E diz aceitar essas mudanças com gran49

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de tranquilidade. Professora Adélia afirma não considerar esses novos costumes como falta de respeito, “porque o momento no qual estamos vivendo é esse”, ensina. Apesar de não ser uma pessoa nostálgica, ela conta que olha ‘para trás’, para muitos anos no passado, e percebe ter os mesmos bons sentimentos de agora: “Eu fui e sou muito abençoada por Deus; eu não trago saudades daquele tempo, porque eu pratico uma visão de compreensão do momento e me ajusto a ele.” Se ela tivesse que apontar um fato que se destaca hoje no ensino, este seria o avanço tecnológico experimentado pelos professores da atualidade. “Hoje, está muito mais fácil explicar a uma criança de 12 ou 13 anos, conceitos como o espaço, a tridimensionalidade... com a ajuda da tecnologia; hoje, essa ferramenta ajuda tremendamente o professor”. Em sua ‘casa’ atual, ela revela que não tem mais a mesma dinâmica dos tempos dourados: “Eu estou com 93 anos!” diz orgulhosa, considerando sua saúde e lucidez. Diante do espanto das pessoas quando constatam sua vitalidade, ela revela alguns segredos: conviver com gente jovem e trabalhar com aquilo que gosta, a Educação, no seu caso. “Eu me formei em Direito, mas

não consegui sair da minha área para trabalhar com advocacia; aqui dentro (aponta para o coração) tem só a Educação mesmo; acho que o meu segredo é este”, resume. DESCOBERTAS Braço direito da professora Adélia em suas atividades atuais, Fernando Nagib usa de descontração para identificar sua posição na equipe: “Aqui, a minha função é a de filho, filho da Dona Adélia”, brinca. Ela, ali ao lado, cai na risada. Foi em 1979, que ele aceitou o convite da mãe para participar desse seu projeto educacional de tantas décadas. “Foi um convite circunstancial. Eu não me acertava em nada, não me ‘encontrava’ e ela me trouxe para trabalhar na escola. Daí, eu me apaixonei pela área de Educação, que é muito gratificante”. Sua primeira função, ainda no tempo do Curso MacPoli, foi a captação de alunos, visitando cidades da região, colando cartazes, conversando em escolas para divulgar aquele curso. “Hoje, nós dividimos as funções de maneira igualitária, tanto no setor pedagógico, quanto na gestão de marketing, de captação de novos alunos”. Embora haja mais pessoas e funcionários, as resoluções finais sempre passam por

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CARREIRA Adélia Jorge Adib Nagib tem sua imagem muito associada ao Instituo de Educação. Porém, ela atuou na direção de diversas escolas e na instalação da Escola Estadual ‘Camilo Léllis’, em Espírito Santo do Pinhal.

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eles. Fernando confessa que essa proximidade com a mãe-patroa o fez descobrir-se e descobrir a Educação, uma “área tão nobre”, podendo trabalhar com pessoas e com jovens que estão em busca do próprio destino. “No entanto, o mais importante é: eu descobri que o caminho da felicidade não está ‘do lado de fora’, está dentro de nós mesmos, em nossa essência, que é Deus”. COLEGAS Quando toca no assunto ‘crise econômica’, Fernando aponta que ela não é seletiva e que afeta todos os setores da sociedade, “mas a Educação é a última área a sentir seus efeitos”, defende. E explica que pais conscientes fazem todo o esforço para manter seus filhos na escola com a qual eles próprios se identificam. E vai mais adiante: “aqui em São João, o setor educacional sempre teve muito apoio do poder público: todos os prefeitos e todas as Câmaras sempre ofereceram o seu apoio à Educação”. Ele reputa a isso, São João da Boa Vista apresentar um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), entre cidades com até 100 mil habitantes, “sendo considerada uma

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das melhores do País”, aplaude. Em recente reunião do Rotary Club ao qual faz parte, Fernando assumiu a palavra para ressaltar a importância de instituições como o UNIFEOB e o UNIFAE para o desenvolvimento da cidade, “porque milhares de pessoas de nossa cidade e de nossa região somente puderam ter uma instrução de nível superior graças a elas”. Fernando confessa que já atravessou momentos na Educação em que o desafio estava muito acima do que poderia resolver. Entre eles, a questão das drogas, “o maior desafio que nós temos”. E esclarece que sua escola trabalha diretamente no tema, com especialistas da área, na tentativa de vencer essa questão. “Sim, houve momentos em que eu tive vontade de parar”, diz. E, de acordo com ele, é o esforço de colegas professores que atuam na educação pública – por quem ele nutre grande admiração - que o motivam a continuar. ALUNOS O filho de Dona Adélia avalia que milhares de alunos – de São João e região – já tenham passado por suas escolas. “Se formos apontar, hoje uma boa parte dos médicos

que atuam na cidade estudou no Anglo”. E cita a Faculdade de Medicina do UniFAE, “que é muito bem estruturada, muito conceituada, onde muitos dos professores que ali ensinam estudaram aqui, na nossa escola”. Relaciona, também, um sem número de profissionais liberais, de diversas áreas, alguns deles trabalhando fora do País, que estão “ajudando a melhorar a qualidade de vida de muita gente”, que foram seus alunos, diz orgulhoso. Desde o seu início, o Anglo São João mantém uma política social “de que a gente não abre mão”, visando pessoas que desejam se desenvolver e que não apresentam recursos para isso. Sua política social alcança tanto os alunos que têm facilidade de aprendizagem, mas sem recursos financeiros, quanto aqueles que apresentam dificuldades e que estão na mesma situação financeira. Dona Adélia concorda com um movimento de cabeça e diz: “Eu me lembro de meu pai nos dizendo: ‘a única herança que um pai pode deixar aos seus filhos é a cultural’; por isso, garotada, vocês tratem de estudar; a nossa parte, nós estamos fazendo”, finaliza. A


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culinária Foto: Giovana Facchin e João Réggio / Unifae

Shitake marinado com tomatinhos e spaguetthi de abobrinha com pesto de rúcula INGREDIENTES SHITAKE • 200g de shitake • Suco de 2 limões • 1/3 xíc. de chá de shoyo • 03 colheres de sopa de azeite PREPARO do shitake Cortar o shitake em finas fatias. Juntar os líquidos e adicionar o shitake. Deixar marinando por 30 minutos. Depois retirar o líquido da marinada para servir. INGREDIENTES TOMATES • 130g de tomate-cereja • Azeite a gosto • Sal a gosto • 01 colher de chá de orégano preparo dos tomates Cortar os tomatinhos em 4 partes e acrescentar o restante dos ingredientes. 52

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INGREDIENTES DO SPAGUETTHI • 02 abobrinhas médias • Suco de 1 limão • 1/3 xíc. de chá de azeite • Sal a gosto PREPARO do SPAGUETTHI Cortar as abobrinhas com spiralizer. Preparar a marinada com os líquidos e marinar o “macarrão” de abobrinha por aproximadamente 15 minutos. INGREDIENTES DO MOLHO PESTO • 100g de rúcula (aprox. um maço) • 2/3 xíc. de chá de azeite • 1/3 xíc. de chá de amêndoas • 02 colheres de sopa de abacate • 01 dente de alho • Sal a gosto

PREPARO do MOLHO Em um liquidificador bater tudo até ficar homogêneo. Rende aproximadamente 04 porções. FIQUE DE OLHO A abobrinha reúne diversos benefícios para a saúde, principalmente quando ressaltamos seus altos valores nutritivos e sua versatilidade. Esta hortaliça é um dos alimentos mais ricos em vitamina do complexo B e do mineral magnésio. A iguaria é uma das melhores opções para as principais dietas de emagrecimento, controle de doenças e funções reguladoras do organismo. Receita indicada por: Soul Vegan (13) 99101-4485 (19) 3642-1928


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culinária

Smoothie saudável com calda de frutas vermelhas Foto: Giovana Facchin e João Réggio / Unifae

INGREDIENTES DO SMOOTHIE • 03 bananas bem maduras congeladas • 01 manga média • 02 colheres de chá de cúrcuma • 1/3 xíc. de chá de água

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PREPARO DO MATCHA Bater todos os ingredientes em um processador, até que fique homogêneo.

PREPARO do SMOOTHIE Bater todos os ingredientes em um processador, até que fique homogêneo.

INGREDIENTES DA CALDA DE FRUTAS • 300g de frutas vermelhas • 1/2 xíc. de chá de açúcar demerara • 1/3 xíc. de chá de água

INGREDIENTES DO SMOOTHIE DE MATCHA • 04 bananas bem maduras congeladas • 02 colheres de sopa de abacate • 01 colher de sopa de matcha em pó • 01 colher de café de spirulina • 1/3 xíc. de chá de água

PREPARO dA CALDA Bater todos os ingredientes em um liquidificador. Colocar em uma panela antiaderente e em fogo brando, deixar reduzir por aproximadamente 30 minutos ou até que fique em consistência de calda (geleia).

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MONTAGEM Para a montagem, serão necessários 100g de frutas vermelhas e flores comestíveis. Pincelar a calda no copo, dispor o primeiro sabor de smoothie, colocar frutas e depois dispor o segundo sabor de smoothie. Finalizar com mais frutas, calda e colocar as flores. Rende 04 generosas porções.

Receita indicada por: Soul Vegan (13) 99101-4485 (19) 3642-1928


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saúde

Doação de sangue: conheça alguns mitos e verdades Não há substituto do sangue, o qual pode ser utilizado para diversas finalidades. POR AMANDA COELHO

A doação de sangue ainda é uma espécie de tabu no Brasil, envolvendo muitas dúvidas e receios. Atualmente, 1,8% da população doa sangue. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de que pelo menos 1% da população seja doadora de sangue, é importante trabalhar constantemente para aumentar o índice, uma vez que não há substituto do sangue, que pode ser utilizado para diversas finalidades, como tratamento de pessoas com doenças crônicas (talassemia e doença falciforme), alguns tipos de câncer, transplante, cirurgias eletivas de grande porte, acidentes ou outras situações que necessitam de transfusão. Segundo Aline Provenzano, responsável pelo marketing do Banco de Sangue de São João da Boa Vista, a média de doadores na cidade é de 600 por mês. Um número considerado médio, que passa por períodos críticos durante o ano, especialmente nos meses de junho e julho e entre dezembro a fe-

vereiro, épocas das festas e férias. Para o médico Mário Rocha, Coordenador do Curso de Medicina da UNIFAE, “a doação de sangue é, acima de tudo, um ato de solidariedade e milhares de vidas são salvas quando alguém, em condições de doar, pratica este gesto”. Ele reforça que para o doador não há consequências físicas e que estar “de acordo com as exigências da doação é um bom reflexo da saúde da pessoa”. DOAÇÃO Pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores (entre 16 e 18 anos) é necessário o consentimento dos responsáveis e entre 60 e 69 anos a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto. A doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa, independente de parentesco. Para esclarecer dúvidas e diferenciar mitos de verdades, Aline Provenzano responde às perguntas mais frequentes:

Diabéticos podem doar? Se a pessoa que tiver a diabetes tomar insulina, não pode doar. Mas se tiver controlada pode ser um doador. O doador fica com menos sangue no corpo e/ou afina o sangue? Não! A recomposição da quantidade do sangue doado volta ao corpo de dois a três meses.

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Pode doar todo mês? Não! Por conta do período de recomposição do sangue, homens podem doar a cada dois meses em até três vezes no ano; e mulheres a cada três meses, em até três vezes no ano. Precisa estar alimentado ou em jejum? Precisa estar muito bem alimentado e com alimentação saudável.

Idosos podem doar? A faixa etária da doação é entre 16 e 69 anos. Menores de idade precisam da autorização dos pais para realizarem a doação.

Apenas uma pessoa é beneficiada com doação? Não! Uma bolsa de sangue pode beneficiar até três pessoas. Ou seja, o doador pode salvar até três vidas.

Gestantes e lactantes podem doar? Durante o período de gestação a mulher não pode doar, mas após o nascimento do filho existem algumas condições. É necessário aguardar a criança deixar de mamar para a mulher poder realizar a doação.

Quem tem tatuagem ou piercing pode doar? Se colocou piercing ou fez tatuagem, precisa esperar um ano para poder doar. O peso influencia na doação? O doador precisa ter mais de 50 quilos.

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A emoção de doar e receber Lyvia é doadora há 18 anos. Desde criança ela foi motivada pela mãe e, assim que completou 18 anos, começou a doar e não parou mais. O sangue de Lyvia é O – (Ó negativo), um sangue raro que é compatível com todos os tipos sanguíneos, mas só pode receber de quem tem o mesmo tipo de sangue. Ela é mãe de gêmeos de quatro anos e desde já ensina as crianças sobre a importância da doação de sangue. “Já avisei no Banco de Sangue, daqui a alguns anos teremos mais dois doares com tipo sanguíneo O-”, comenta orgulhosa. Há também o outro lado da história: quem tem motivos para se emocionar com a doação de sangue. Há um ano e meio, José Marcos Martins, de 37 anos, sofreu um acidente de moto e precisou de doze bolsas de sangue para se recuperar. “Eu tinha consciência da importância da doação de sangue, mas depois de ficar no hospital, vendo o sangue de outra pessoa entrar no meu corpo e saber que aquilo estava salvando a minha vida, não tem explicação. Só quem passou por isso sabe o quanto significa”. E ele quer voltar a retribuir, afirmando que quando terminar a recuperação e se for liberado, vai ao banco de sangue realizar a doação. “Vai ser a minha vez de retribuir e salvar vidas. ”

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saúde

Boas opções para trocar açúcar e adoçantes Quem não consegue deixar o doce de lado tem opções para ‘temperar’ o prato de maneira saudável e natural. Foto: Reprodução Internet

POR FRANCO JUNIOR

Não tem jeito! Ninguém consegue ficar sem nenhum tipo de doce. Não precisa ser bolo, sorvete, torta ou algo do tipo. Pode acontecer na hora de beber um suco ou, até mesmo, um belo cafezinho. Não adianta, hora ou outra a gente se depara com situações inevitáveis quando se trata de doce. Mas para tudo há uma alternativa. E se você prefere evitar estes ingredientes, há opções que podem entrar em seu cardápio sem nenhum tipo de peso na consciência. Estes salvadores da pátria são, nada mais, nada menos, tipos de açúcar e adoçantes naturais. É isso mesmo! Eles vão adoçar seu prato sem deixar uma pulga atrás de sua orelha. ADOÇANTES NATURAIS Para deixar de lado os tradicionais adoçantes, há duas opções, a fim de serem experimentados e substituir os antigos produtos. São eles o Stevia e o Xylitol. O Stevia é um adoçante de origem vegetal e não tóxica, tem o poder de adoçar 300 vezes mais que o açúcar, possui índice glicêmico zero, além de vários nutrientes como sais minerais e vitaminas. Já o Xylitol, é um produto desenvolvido a partir de fibras de alguns vegetais. Ele tem o mesmo poder de adoçar que o açúcar, porém, possui 40% menos calorias que o açúcar, baixo índice glicêmico e não provoca cáries. AÇÚCAR DE COCO Se não gosta de adoçante, o açúcar de coco é ótima opção para substituir o tradicional refinado, pois não é processado, o que preserva suas propriedades nutricionais. Este produto possui, também, boa quantidade de minerais e vitaminas 66

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AÇÚCAR DE COCO Ele é uma opção mais saudável do que o açúcar refinado, pois além de ser livre de aditivos, ainda contém ferro, potássio, magnésio, zinco e vitaminas. Porém, para diabéticos, o produto não é recomendado.

do complexo B. Tem índice glicêmico três vezes menor do que o açúcar refinado, com liberação lenta de energia, sem promover picos de açúcar no sangue. MELHOR ESCOLHA Quando optamos por produtos naturais, explica o proprietário da Zero%, Alisson Rogerio Marques, é possível obter nutrientes indispensáveis ao organismo. Exemplo disso são vitaminas e minerais que muitas vezes são deficientes na dieta convencional. Outro ponto positivo da troca de produtos industrializados por naturais é que, quem prefere a vida mais saudável, deixa

de consumir muitos produtos industrializados que carregam em sua composição excesso de alguns componentes como sódio, gorduras trans, dentre outros, que são responsáveis pelo desenvolvimento de uma gama de doenças. “A opção pelo consumo de produtos naturais está diretamente relacionada à mudança de hábitos, tanto alimentares quanto de estilo de vida, como a pratica de atividades físicas, por exemplo. Lembrando sempre da importância do acompanhamento de profissionais capacitados como nutricionistas e educadores físicos, nessa transição”, destaca Alisson. A


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parceria

Revista Atua e Unifae firmam parceria Revista publica textos e fotos de alunos de comunicação social do Centro Universitário. Esta edição da Revista Atua publica as primeiras reportagens (Educação Financeira Familiar e Doação de Sangue) e as fotos que ilustram a matéria de receitas veganas, produzidas por alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da UNIFAE. Para Ana Cláudia Carvalho, Diretora da revista Atua, “os trabalhos marcam o início de uma parceria que é extremamente importante, porque abre espaço para os alunos começarem a ter uma experiência prática de como é trabalhar num veículo. Já para a Revista, é uma parceria muito positiva, pois agrega novos colaboradores, trazendo textos em estilos e formas diferentes às publicações e além de diversidade de pontos de vista, o que é primordial em qualquer meio de comunicação”. Reafirmando a importância das oportunidades abertas pela parceria, o Prof. Paschoal Neto, Coordenador dos Cursos na UNIFAE destaca que “colocar

nossos alunos atuando, ainda como estudantes, no mercado profissional é uma forma de incentivar a melhoria constante dos projetos pedagógicos dos cursos e avaliar o que ensinamos diariamente em sala de aula”. Para André Bertolucci, aluno do último ano de Jornalismo, “foi uma grande experiência, já que pude exercitar as técnicas de apuração e contato com fontes, enfim, pôr a mão na massa, de verdade” Para Amanda Coelho, também do último ano do curso, “é muito importante escrever para uma revista tão conceituada como a Atua e desejo muito sucesso para esta parceria”.Para os alunos de Publicidade e Propaganda, João Reggio e Giovana Bruno Fachin, o desafio foi produzir as fotos que ilustram a matéria sobre as receitas veganas. “O contato com a fotografia gourmet foi significativo para minha formação profissional. Pode parecer fácil, mas cada detalhe da composição da foto faz a diferença, na

intenção de seduzir a pessoa a querer experimentar o prato”, afirma João. Para Giovana, “com esse trabalho, pudemos ampliar nossos conhecimentos para ambientes externos e outras técnicas que havíamos estudado na teoria”. O projeto de produção e seleção das fotos foi supervisionado pela Profa. Ana Paula Malheiros, na disciplina Produção de Fotografia Publicitária, que também destaca: “é muito motivador ver o envolvimento dos alunos na busca pelo ângulo, luz e enquadramento, a fim de produzir a melhor foto”. PARCERIA A parceria entre a Revista Atua e UNIFAE deverá prosseguir e se ampliar nas próximas edições, onde mais jornalistas e publicitários deverão participar da produção da revista, que acaba funcionando como um “laboratório” para que os jovens testem na prática seus conhecimentos adquiridos em sala de aula. A

Foto: Divulgação UNIFAE

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inauguração novo espaço - Roberta Lima

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gastronomia

Hambúrgueres artesanais Festival do Sanduba e novos pontos especializados neste novo estilo de sanduíche ganham espaço em São João da Boa Vista. POR FRANCO JUNIOR

Sair para comer um tradicional sanduiche em São João da Boa Vista já não é mais tão usual. Os lanches que têm matado a fome na cidade têm nomes mais ousados e, ao invés dos antigos hambúrgueres, ganharam um toque caseiro, ficaram mais carnudos e se tornaram artesanais. Se antes íamos famintos às lanchonetes e pedíamos, por exemplo, X-Tudo, Especial ou X-Bacon, agora há opções como Sanja, Philadelphia Burger e Zé Colmeia. Todas elas com ingredientes especiais e, é claro, um hambúrguer artesanal. Essas opções podem ser encontradas, respectivamente, nas três das hamburguerias especializadas no sabor artesanal, instaladas na cidade: Comidaria, Hills Burger e Big Johny. COMIDARIA A Comidaria é a mais antiga do município no ramo, inaugurada em 2013. “Começamos com massas, risotos, saladas, mas em novembro de 2014 fizemos uma edição especial de hambúrguere e a clientela curtiu muito. Aliás, o feedback foi tão grande e positivo que nos reposicionamos como hamburgueria artesanal”, conta a proprietária do estabelecimento, Sylvia Merlin. Sylvia ainda explica que a convicção de seguir no ramo foi tanta que seu marido e sócio fez um curso se especiali-

zando em todo o processo artesanal, que envolve a proposta da Comidaria. “Queremos que nossos clientes comam bem e saiam de nossa ‘burgerhouse’ satisfeitos e felizes”, destaca. HILLS BURGER Entre idas e vindas a trabalho e estudos na capital, os amigos Paulo Gabriel Rosa, Felipe Sabino e Augusto Telini resolveram colocar em prática, de maneira profissional, uma atividade considerada por eles um hobbie, que costumavam desenvolver quando se reuniam com colegas: fazer hambúrgueres. E para poder abrir as portas, foi preciso imergir no mundo da gastronomia, alguns cursos, consultoria e “comer muito burger”, lembra Paulo Gabriel Rosa. A variedade de lanches é grande e conta com diversas opções. Augusto Telini, no entanto, aponta que o carro chefe “com certeza” é o Philadelphia. “Tentamos trazer sempre algo novo pro Hills. Temos sempre um lanche edição limitada no cardápio, que trocamos todo mês. No segundo semestre vamos entrar com um cardápio novo, trazendo mais no-

O HAMBÚRGUER Apesar de tido como uma instituição norte-americana, ele chegou lá pelas mãos de imigrantes alemães vindos dos arredores de Hamburgo, em meados do século XIX. A tradicional receita alemã recebeu, nos EUA, o nome de hamburg style steak (bife ao estilo hamburguês).

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vidades”, destaca Felipe Sabino. BIG JOHNY Além de qualidade, variedade e bom sabor, Renan Sandrini, um dos idealizadores da Big Johny, destaca que para se manter neste ramo é fundamental ter espírito de empreendedor; o que faz toda a diferença. “É preciso ter muita garra e força de vontade ao abrir um negócio neste ramo. Com toda certeza, o empreendedor que busca resultados terá que trabalhar muito duro para realizá-los, assim como em qualquer outro negócio, mantendo sempre uma boa amizade com os colaboradores e, principalmente, os clientes”, explica. O retorno de todo este espírito empreendedor, assim como ele explica, tem sido tão grande que uma ampliação do empreendimento já é pensada. “Já estamos estudando a possibilidade da abertura de novas lojas, em breve, no modelo de franquia. Na verdade, desde que tivemos a ideia, já pensávamos em não ter apenas uma loja, mas sim montarmos uma rede de franquias”, salienta. A Foto: Reprodução Internet


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cultura

Mais cultura e lazer vem aí Os antigos galpões, com mais de 4 mil m², irão ser transformados em centro cultural. POR GUTO MOREIRA

A cultura sanjoanense tem uma boa notícia: estão sendo investidos cerca de R$ 3 milhões para a restauração dos prédios da antiga Ceagesp, no Bairro São Benedito. Obtido por meio do FID (Fundo de Interesses Difusos), as obras no local dividem-se em duas etapas: a primeira, dos barracões. Neles, estão em andamento as trocas dos telhados, restauração de portas e janelas, limpeza das paredes, construção de banheiros, depósitos e setor administrativo. Já na segunda parte, que abriga as tulhas, estão sendo construídos um Acervo Municipal e Histórico, unidade da Biblioteca Jaçanã Altair, implantação do Museu da Imagem e Som - em parceria com o Centro Universitário Unifae - salas de aulas para a Escola de Iniciação Musical “Geraldo Filme”, cinema com capacidade para 97 lugares e um teatro para 264 espectadores. “Quando as obras estiverem concluídas, a comunidade daquela região e proximidade terá um complexo cultural de grande magnitude”, relata o diretor de Cultura, Hélio Fonseca. O que é o FID? O Fundo de Interesses Difusos da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania (FID), visa reparar, preservar ou prevenir danos causados ao meio ambiente, à sociedade ou a bens do patrimônio público. A maior parte desses recursos é oriunda de indenizações e multas aplicadas a pessoas físicas e jurídicas condenadas por danos causados a bens públicos. Outras fontes de recursos são doações, incentivos fiscais e rendimentos. Homenagem O espaço CEAGESP recebeu o nome de Parque Urbano Espaço Jovem Municipal “Osmar Garcia” em abril do ano passado, em homenagem póstuma ao professor e 74

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vereador que também foi chefe do Comitê Organizador dos Jogos Regionais no ano de 1992, realizado em São João, e coordenador do Projeto Alpha, que valorizava a inclusão de crianças carentes em diversas modalidades esportivas. HISTÓRIA Os armazéns, com sua arquitetura única, foram construídos pelas Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM), para abrigar uma fábrica de

beneficiamento de algodão. No seu apogeu, as IRFM possuíam mais de 350 empresas, que iam dos ramos de alimentos, até ferrovias e estaleiros. Com o declínio da família Matarazzo, os armazéns foram transferidos para a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), uma das principais empresas estatais brasileiras de abastecimento, que atua nas áreas de comercialização de hortícolas e armazenagem de grãos. A Fotos: Guto Moreira


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a gente quer diversão e arte... em CDs, DVDs e Blue Ray POR HÉLINHO FONSECA

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cultura

Studium Joelen é convidado para representar o país nos EUA Para isso, grupo de ballet sanjoanense precisa de patrocinadores, a fim de bancar viagem a Orlando, na Flórida. Foto: Divulgação

POR LUIZ GUSTAVO GASPARINO

Com 15 anos de trabalhos na arte do ballet clássico em São João da Boa Vista, o corpo de baile Joelen recebeu, neste ano, uma das notícias mais importantes de sua história: o grupo foi convidado para representar o Brasil na final mundial do “World Ballet Competition”. O evento ocorrerá entre os dias 18 e 24 de junho, no “Linda Chapin Theater”, em Orange County Convention Center”, de Orlando, Flórida, EUA. Há 10 anos, a ideia da “Competição Mundial de Balé” vem com a intenção de construir apoio para os espetáculos da dança, tornando-o mais atraente para os americanos e, consequentemente, para todo o mundo. As meninas do Joelen, comandadas pelo diretor e professor André Moreno, apresentam um trabalho sério na arte do ballet clássico, propiciando destaque nos grandes festivais em que se apresentam. Moreno conta que todo o processo deste convite ocorreu muito rápido, e afirmou ainda estar pasmo com a notícia. “Tudo começou quando postei um vídeo da coreografia na página do ballet, no Facebook. Logo em seguida, a conselheira brasileira do festival veio falar comigo, dizendo que gostou muito do trabalho e que tínhamos muita chance de sermos aprovados na seleção por vídeo desse concurso. Eu o fiz e aguardei a data de divulgação dos resultados. E não é que a profecia se concretizou?”, relatou o professor, dizendo que as bailarinas, familiares e amigos estão bastante entusiasmados com a escolha. O grupo é formado por 14 bailarinas, com idades entre 11 e 15 anos, que possuem, no mínimo, cinco anos de treinos na arte. 78

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Esta pode ser a primeira vez em que um grupo de dança do leste paulista participa de um festival com tamanha grandeza e repercussão. “O fato ecoará em grandes proporções, uma vez que o nome do município é anunciado junto ao grupo de dança”, lembrou Moreno. PATROCÍNIO Mas essa grande notícia também tem seu lado mais complexo. A escola teria que arcar com os custos, entre passagens de avião, hospedagem e alimentação. “Para tristeza de todos, enfrentamos uma crise financeira e não enxergamos expectativas de conseguirmos custear os gastos envolvidos”, lamentou o diretor. Na busca dos aproximados R$ 70 mil necessários para essa viagem, o grupo se uniu no propósito de buscar possíveis patrocinadores, a fim de angariar a verba necessária para a realização do feito. “É a primeira vez que uma escola de ballet do interior de São Paulo é

selecionada para esse conceituado festival. Neste ano, somos os únicos do Estado de São Paulo. Contamos com a ajuda e contribuição de todos, pois estamos levando o nome de São João da Boa Vista e do Brasil”, explicou o professor. O Ballet Joelen já iniciou a busca de entidades interessadas para ajudar financeiramente. Em troca, oferece o espaço de publicidade em seus eventos. HISTÓRIA Desde 2002, o Studium Joelen propaga o nome de São João da Boa Vista em eventos culturais, dentro e fora do Estado de São Paulo. São mais de 190 troféus adquiridos em terceiras, segundas e primeiras colocações, além de prêmios de destaque. Em 2005, a aluna Isabella Dragão, encaminhada pelo grupo à “Temporada de Ballet Russo”, em São Paulo, foi convidada pelos professores russos a ingressar no corpo discente da Escola do Theatro

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Foto: Divulgação

Bolshoi do Brasil, em Joinville/SC (box ao lado). No ano de 2006, a aluna Maria Alina Nascimento foi convidada a ingressar no corpo de alunos da Especial Academia de Ballet de São Paulo, sob a direção das mestras Aracy de Almeida e Guivalde Almeida. Em 2008, as alunas Amanda Falda, Brenna Gonçalves, Éryca Araújo e Letícia Blazzi foram escolhidas para integrar a Cia. Estável da Promodança - Capézio. E, em 2009, Amanda Falda obteve o título de 1ª Bailarina Junior Regional. Além destas, a aluna Nicole Reis se destacou na Temporada de Ballet Russo de 2011, com direção de Cecília Kerche e, a convite, integra também a Especial Academia de Ballet. Entre os ballets de repertórios interpretados pelos alunos do Studium Joelen, estão: Cinderela, O Quebra-Nozes, O Corsário, Don Quixote, O Lago dos Cisnes, Giselle e Coppélia. Nos últimos anos, professores renomados estiveram presentes no Studium para realização de workshops e eventos: Sérgio Bruno, Sasha Svetlov, Ismael Guiser, Neyde Rossi, Beth Durão, Eduardo Bonnis, Erinaldo Conrado, Eleusa Lourenzoni, Márcia Pereira, Penka Cangarova. “Ao longo dos anos, o Studium Joelen vem realizando um trabalho com seriedade e respeito com a arte, introduzindo disciplina e educação em seus alunos”, finalizou André Moreno. A

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Isabella Dragão, atriz da Globo, começou no Joelen A atriz sanjoanense, Isabella Dragão, estreou recentemente em sua primeira novela na Rede Globo – “Novo Mundo”. Porém, muitos vão se lembrar que ela teve seu início artístico através da dança, com o ballet clássico do Studium Joelen, aos 4 anos de idade. Aos 11 anos, ingressou na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville/SC, aprofundando a prática em Dança Clássica. Com os estudos artísticos – também em outras áreas, como teatro e música – se apresentou em diversas cidades do país. Aos 15, passou a se dedicar ao estudo e prática teatral, em São Paulo, com seus possíveis hibridismos com a dança e performance.


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