INTRODUÇÃO
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Especialista em ação cultural, é diretor do Departamento Regional do SESC-SP. Formado em Filosofia e Ciências Sociais, realizou estudos complementares na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e no Management Development Institute, de Lausanne (Suíça). É conselheiro do MAM ,do Itaú Cultural, do MASP e do Art for the World – Suíça. Foi nomeado pelo presidente Lula como Presidente do Comissariado Brasileiro do Ano da França no © Divulgação
Brasil, que terá suas atividades entre abril e novembro de 2009.
Danilo Santos de Miranda
Paisagens íntimas A França das aulas de línguas, da literatura do colégio, da música romântica, do jeito de falar. Da etiqueta à mesa, das artes, dos vinhedos, da política, das atrizes de cinema, da moda… tal atmosfera francesa compôs o Esprit du temps carioca dos anos 60, algo bem característico da minha geração, seja entre os amigos do liceu ou do seminário. Nossas primeiras viagens à França tomaram os canais sutis da intuição e da sensibilidade, por meio da leitura, da escuta, da contemplação, ou seja, da cultura. Diferente do Brasil, onde os turistas chegam seduzidos pelas paisagens exuberantes, pela juventude e pelos trekkings em natureza, a França é um lugar onde os turistas são seduzidos pela arquitetura, pelo charme, pela maturidade e pelas caminhadas em cultura. De fato, nós brasileiros vamos à França para ver as obras do homem, mais do que àquelas da natureza. Todo este turismo cultural faz do viajante um colecionador de paisagens íntimas. E nada mais íntimo do que Paris, o berço da arte moderna. É inútil fotografar as pinturas do Louvre, as esculturas do Orsay, o Theâtre de la ville, a diversidade da Cité de la Musique, o espírito festivo da Cartou cherie de Ariane Mnouchkine, a contemporaneidade do Pompidou, as luzes da Sainte-Chapelle, as reminiscências revolucionárias da Conciergerie ou a sinestesia provocada pela Notre Dame de Paris – tais paisagens não se bastam aos olhos, elas são vividas na imensidão do íntimo, como diria Bachelard, perfazendo os caminhos das sensações, das memórias e da razão.
© Thierry Nava – Groupe F
por Danilo Santos de Miranda
Performance do Groupe F
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franceguide 2009
COLABORADORES
Em um ano de grandes mudanças e incertezas econômicas, a França e o Brasil compartilham valores e culturas, além de heranças distintas. Este ano, temos muitos eventos e comemorações para o viajante, incluindo o 65º aniversário do Dia D na Normandia, e exposições de Picasso na Provença e na Riviera. Também queremos revelar para nossos leitores os segredos das nossas cidades, as vistas de Paris através dos olhos de um habitante local, os tradicionais restaurantes de Lyon e a casa de escritores e ícones renomados em Rouen, Cannes e Ajaccio. A França também está pronta para uma nova era verde, não só compartilhando histórias de trekking, no Taiti, e surfe em Aquitaine, mas também acolhendo o turismo responsável e atitudes ecológicas. Seja bem-vindo a essa nova experiência e rendez-vous en France!
DIRETOR NO BRASIL Emmanuel Marcinkowski
GERENTE EDITORIAL Marguerite Richards
Diretor para as Américas Jean-Philippe Pérol
Editor Associado Brice Cicconetti
conselho editorial Mélanie Paul-Hus, Caroline Putnoki, Brice Cicconetti, Emmanuel Marcinkowski, Ricardo Hida, Marguerite Richards, Jean-Philippe Pérol, e Mina Bouzid
Produção espresso communications & design Projeto Executivo: Ariane Rondeau Diretora de Arte: Julie Sigouin Desenho Gráfico: Olivia Keable e Karine Falco
Anúncios U.S.A.: Marguerite Richards Canadá: Mélanie Paul-Hus Brasil: Brice Cicconetti
Tradução e Revisão Tradução: Regina Aranha e Lena Aranha Revisão: Eloá Vital e Eliana Medeiros
A escritora Sylvie Bigar, baseada na cidade de Nova York e de Bridgehampton, explora o mundo à procura de delícias culinárias e de destinos empolgantes. Ela escreve regularmente para as revistas Food Arts, Town & Country e Departures. Julien Bisson é escritor freelance que passou a morar em Paris, depois de viver alguns anos na Itália e em São Francisco. Atualmente, ele é crítico literário de várias publicações culturais. Marilane Borges é editora freelance que passa seu tempo entre São Paulo e Paris. Seus artigos sobre moda, arte, viagens luxuosas e cultura francesa são publicados nas edições brasileiras de Elle, Vogue, Sax Magazine, L’Uomo e França-Brasil.
Ricardo Bueno Hida, assessor de comunicação e marketing da Maison de la France no Brasil, é um apaixonado pela França e por gastronomia. Para esta edição do Franceguide, entrevistou o Chef Erik Jacquin e descobriu que talento e bom humor são os melhores ingredientes, sempre.
Carly Milne contribui para Variety, Glamour, Business Traveler e muitas outras revistas. A memória dela, Sexography [Sexografia], foi publicada pela Phoenix Books em 2007. Ela, quando não está viajando pelo mundo, vive em Los Angeles.
Violaine Charest-Sigouin é jornalista de Montreal especializada em turismo e em estilo de vida. Ela é assistente de editoria da revista enRoute e editora-chefe da Doctor’s Review à la française.
Francine Nascivet é apaixonada por escrever sobre viagem, especialista em spas e outros retiros holísticos. Ela acaba de escrever seu primeiro guia, Les meilleurs spas au Québec [Os melhores spas de Quebec].
Seth Fishman é escritor e agente literário que vive na cidade de Nova York. Liz Fleming, editora da revista Niagara Life, escreve a coluna semanal de viagem “Gearing up” [“Preparando-se”], artigos para a Toronto Star e a coluna semanal “Great Escapes” [“Grandes Escapadas”] para a Canadian Press. Louise Gaboury é escritora sobre viagens há cinquenta anos. Ela vive em Montreal e seu trabalho pode ser lido em diversas revistas de Québec, entre elas Bel Age.
TONS RECOMMANDÉS (4)
MINEFI MIN_08_1926_France Doc livré le 20/10/2008
A NOUS RETOURNER SIGNÉE AVEC VOTRE ACCORD OU VOS CORRECTIONS
JFB
CRÉATION
PRODUCTION CONSULTANT
ACCORD
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MAGENTA
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Maison de La France no Canadá - Diretora no Canadá, Caroline Putnoki 1800, McGill College, #1010, Montréal (Quebec) H3A 3J6 - tel. 1 514-288-2026 - canada@franceguide.com CLIENT + QUALITÉ*
CARRÉ NOIR - 82, bd des Batignolles - 75017 Paris - FRANCE / Tél. : +33 (0)1 53 42 35 35 / Fax : +33 (0)1 42 94 06 78 / Web : www.carrenoir.com
Maison de La France no Brasil - Diretor no Brasil, Argentina e Chile, Emmanuel Marcinkowski Avenida Paulista, 509, 10° andar, São Paulo, Capital CEP 01311-000 - tel. (55) 11 3372-5500 info.br@franceguide.com Maison de La France na Argentina/Chile - Responsável na Argentina, Valérie Verdun Av. R.S. Peña 648, piso 9° “A”, 1035, Buenos Aires - tel. (54-11) 4345-0664 - info.ar@franceguide.com Maison de La France no México Diretora no México, Anne-Marie Fabre - Diretora-Representante, Marta Barreneche Corp. Polanco, Calle Jaime Balmes 8, Of. 802, 11510, Mexico DF tel. (52-55) 21-22-82-11 - info.mx@franceguide.com Copyright © Maison de la France, Departamento de Turismo do Governo Francês, 2009. As ofertas feitas pelos anunciantes estão rigorosamente sujeitas aos termos e condições disponíveis que podem ser checados pelos telefones fornecidos pelos respectivos anunciantes. Algumas ofertas podem ter tempo e disponibilidade limitados. O cumprimento pode depender de condições fora do controle do anunciante. Qualquer referência feita aqui à Maison de la France, Departamento de Turismo do Governo Francês, não implica que se possa atribuir qualquer responsabilidade a esse departamento pela qualidade dos serviços prestados. Os anunciantes são os únicos responsáveis pela prestação dos serviços apresentados aqui ou qualquer outro serviço promovido pelas promoções em seus anúncios. Ao que saibamos, na época de sua publicação, a informação estava exata. A Maison de la France, Departamento de Turismo do Governo Francês, não pode ser responsabilizada por quaisquer possíveis erros.
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Steve MacNaull é escritor sobre viagens e fotógrafo que trabalha para o serviço da Canadian Press que disponibiliza fotografias para 51 jornais diários de todo o país. Ele visitou a Normandia durante a celebração do Dia D em 2008.
Jeryl Brunner é escritora freelance que vive na cidade de Nova York.
Eleanor Griffith é editora freelance, tradutora e pesquisadora. Ela também é co-presidente e co-fundadora do Instituto Intercultural Griffith, Latham & Sharma. Maison de La France nos Estados Unidos - Diretor para Américas, Jean-Philippe Pérol 825 Third Avenue, 29th Fl., New York, NY 10022 - tel. 1 212-838-7800 - info.us@franceguide.com
Helena Lunardelli, reside em São Paulo, é florista e dona da loja que leva seu nome. Seu novo livro, intitulado Cidade das flores, foi publicado em 2009.
Chantal Martineau é escritora freelance de Montreal, no momento, baseada na cidade de Nova York. Ela escreve sobre as coisas boas da vida: comida, vinho, bebidas e viagem.
Suzy Gershman é autora dos guias de viagem Born to Shop e vive parte do tempo nos Estados Unidos e parte na França. Ela diz que fala não fluentemente o francês e dificilmente paga preço de varejo. Pode-se encontrar seu livro C’est la Vie na amazon.com.
Para informações sobre viagens acesse www.franceguide.com
Irvina Lew é francófila, autora, escritora freelance sobre alimentos e viagens, e ex-professora de francês que se delicia ao escrever sobre suas viagens à França em diversas publicações.
Dan Heching viveu por três anos na França com o objetivo de escrever e continua seu namoro com a língua francesa. De volta a Nova York, ele tem artigos publicados em diversas revistas, entre elas Heeb e HX, e continua sua laboriosa carreira de tradutor da França no site www.lostinfrancelation.com. Carolyn Heinze (carolynheinze.blogspot.com) é escritora/editora freelance. Becca Hensley, obstinada bon vivant, é escritora baseada em Austin que escreve sobre viagens e estilo de vida com perspectiva global. Seu entusiasmo por momentos insuperáveis em lugares inesquecíveis define seu trabalho. Ela é escritora sênior sobre viagens para a revista Austin Monthly. Ilona Kauremszky é escritora sobre viagens e já visitou inúmeros lugares, mas sempre teve predileção pela França. Ela escreve uma coluna semanal sobre viagem para o jornal Toronto Sun, edita o www.compass.ca e contribui para publi cações importantes de toda a América do Norte.
Jessica Quandt é uma escritora e francófila que vive na cidade de Nova York. Ela também escreve sobre a França para o site dos Estados Unidos: www.franceguide.com. José Antonio Ramalho é escritor, fotógrafo e jornalista. O brasileiro já publicou 105 livros sobre tecnologia, mitologia, fotografia e suas aventuras de bicicleta pelo mundo. Tom Reeves é francófilo convicto desde sua primeira viagem à França em 1975. Pode-se ter uma prévia de seu livro recentemente publicado Paris Insights — An Anthology [Percepções de Paris — uma antologia] em www.discoverparis.net. Mônica Salgado é jornalista brasileira com MBA em mercado de moda. Ela, como editora de projetos especiais na Carta Editorial, no Brasil, coordena publicações como Vogue Kids, Vogue Fashion Rio e Vogue H. Stern, além de escrever para a Vogue. Jim Tobler escreve frequentemente sobre culinária e vinhos para diversas publicações. Sua mais recente permanência foi na região de Champagne, para escrever um artigo publicado na revista Nuvo. Ele é editor da revista Montecristo e editor-executivo da revista Wine Access. Terry Ward é escritora sobre viagens freelance baseada na Flórida. Ela viveu em Biarritz e em Toulouse e escreve regularmente para o jornal Washington Post e para o South Florida Sun-Sentinel. Nancy Wigston é crítica literária canadense e escritora sobre viagens premiada. Embora viva em Toronto, ela sente-se totalmente em casa na França, onde desfrutou de incontáveis boas temporadas. A reflexão sobre viagens “Confessions of a BornAgain American Cowboy in France” [“Confissões de um cowboy americano nascido de novo na França”], de Peter Wortsman, foi incluído no The Best Travel Writing 2009 [A melhor literatura sobre viagem 2009]. Em 2008, sua peça Burning Words [Palavras causticantes] foi produzida pela Hampshire Shakespeare Company e sua tradução do clássico alemão Travel Pictures [Gravuras de viagem] foi publicada pela Archipelago Books.
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© Succession Picasso 2009
Seguindo os passos de Picasso — de trem
Pablo Picasso’s Nu assis sur fond vert (1946)—Museu Picasso, Antibes
É necessário arte para fazer o roteiro perfeito de Picasso. Ele começa com uma relaxante viagem de trem, de Barcelona para a Provença, dando-lhe a oportunidade de compreender suas fabulosas
A jornada mais completa começa no famoso museu Picasso, em Barcelona, Espanha: o museu homenageia a cidade que testemunhou o Picasso aprendiz e a descoberta do artista. Também foi em Barcelona que ele conheceu o artista Carlos Casagemas, cujo suicídio considera-se que contribuiu
© Rail Europe
obras, enquanto mergulha nos ambientes e na cultura que o inspiraram.
para a depressão de Picasso e para o início do inovador período azul da pintura desse artista. Esse museu, construído sob o comando do próprio Picasso, abriga 3.800 obras originais do artista. Você pode passar a noite viajando no trem noturno Elipsos, deixando Barcelona às 19 horas e chegando ao centro de Paris às 9 horas, exatamente a tempo para a abertura do Museu Picasso de Paris. Esse museu, abrigado em uma extraordinária casa do século 17, segue o desenvolvimento de Picasso de 1894 a 1972 e é totalmente dedicado a ele com mais de 250 pinturas, 160 esculturas, 1.500 desenhos, peças de cerâmica e todas as obras dele de gravura. Igualmente admirável é a além de fotografias íntimas que registram a paixão, a vida e a intensidade do artista. Adquira um Passe dos Museus de Paris, da Rail Europe, para entrar nesse museu e em muitos outros por 2, 4 ou 6 dias consecutivos — é uma ótima forma de evitar que você também tenha um período azul de tristeza.
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© Jean-Louis Andral
coleção de arte particular de Picasso que vai de máscaras primitivas Nimba a pinturas de Renoir,
Museu Picasso, Antibes
Contudo, no que se refere a Paris, Picasso é apenas a ponta do iceberg. Com tanta coisa para ver, talvez você queira considerar a aquisição de um Passe dos Museus de Paris. Escolha um passe de 1, 2, 3 ou 5 dias e veja à vontade o Louvre, o Museu d’Orsay ou os mestres modernos enquanto utiliza com conforto o transporte público parisiense. Sem falar do tempo para desfrutar de outra famosa arte parisiense, a culinária. Sempre é difícil deixar Paris, mas, pelo menos, você pode fazer isso rapidamente com o trem TGV de alta velocidade. Em menos de três horas, você chega a Aix-en-Provence, lar de muitos artistas famosos, incluindo daquele que Picasso considerava o pai da arte moderna: Paul Cézanne. Foram as composições bidimensionais de Cézanne que, depois, desenvolveram-se no cubismo. Durante o show especial Picasso-Cézanne, de 25 de maio a 27 de setembro de 2009, no Museu Granet, você pode visitar o estúdio de Cézanne. Os que tiverem o France Railpass receberão até mesmo desconto nas entradas. Claro que uma das melhores ideias para a última parada é Vauvenargues, a pitoresca vila onde fica o castelo em que Picasso viveu e está enterrado. Durante a duração dessa exibição especial, você terá disponível o serviço de transporte do museu em Aix-en-Provence até o castelo dele em Vauvenargues, em geral, fechado ao público. Da Provence, você viaja de novo no trem TGV até Nice. Em menos de três horas, pode ver os frutos da rivalidade — às vezes amigável, mas sempre criativa — entre Picasso e Matisse. Um passeio pelo magnífico Museu Matisse lhe fornece o contexto para comparar as abordagens e as técnicas deles, cada um sempre tentando superar o outro — uma versão artística de competição. A exposição não só dá vida ao tempo em que Picasso viveu, mas também ao homem impetuoso, competitivo e brilhante que foi. Essa jornada inclui um agradável passeio, de vinte minutos, no trem local de Nice a Antibes. Ali, você encontra uma excelente exposição permanente no Museu Picasso. Vinte e três pinturas e 44 desenhos de Picasso, selecionados e doados pelo próprio artista, obras valiosas que incluem Le Gobeur d’Oursins e La Femme aux Oursins. Como se isso não bastasse, outros importantes artistas do século 20 também estão expostos ali.
Seguindo os passos de um artista que não seguiu ninguém — PICASSO Esse é um exemplo de um itinerário de Picasso completo, mas que tal você planejar o seu próprio itinerário? Afinal, Picasso nunca fez nada da mesma forma que os outros. Viagens de primeira classe, até pelo TGV, para qualquer lugar da França estão incluídas nessa tarifa única, uma bela forma de economizar seu dinheiro. E você pode reservar sua passagem, através de uma conta pessoal on-line, com três meses de antecedência ou até uma hora antes da partida do trem. Se seu estilo se ajustar mais à espontaneidade, o France Pass fornece-lhe viagem ilimitada na rede ferroviária francesa nos dias que escolher durante o período de um mês. E é Train station, Nice
claro, que você sempre pode escolher comprar passagens individuais da Rail Europe para excursões de cidade a cidade. Embora Picasso fosse um homem complexo, intenso e, muitas vezes, difícil, não achamos que aprender sobre ele na Rail Europe o seja. Por isso, oferecemos tantas formas de tornar sua peregrinação confortável, relaxante e agradável a cada passo do caminho. Se você quiser mais informações ou ajuda para planejar seu próprio roteiro, visite os especialistas na rede ferroviária europeia no site raileurope.com e adquira tudo que precisa para uma viagem perfeita em uma única e brilhante pincelada.
raileurope.com
© Foto CNAC/MNAM, Disr. RMN/ Direitos reservados- Sucessão Picasso
© Pekka Nuikki
FranceGuide 2009 Hotel, castelo e spa do vinho, Bordeaux
8 França em 2009
SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 Paisagens íntimas Palavra do Comissário Danilo Santos de Miranda
30 Lugares que inspiram os escritores Lugares onde nasceram grandes ideias são preservados com carinho Peter Wortsman
10 Um sabor da França em 2009 Uma amostra de alguns dos mais importantes eventos que acontecem na França neste ano
32 Casas de celebridades abertas à visitação As casas de alguns ícones franceses são abertas à visitação Ilona Kauremszky
fRANÇA em 2009 13 Perseguindo Picasso Diversas exposições importantes que ocorrerão durante todo o ano dirigem os refletores para Picasso Julien Bisson
34 Museu Vivo do Cavalo O monumento de Chantilly em homenagem ao cavalo Tom Reeves
18 Ano da França no Brasil Ano bleu, blanc rouge Mônica Salgado 20 Arte moderna acontece em Metz O museu irmão do Centro Pompidou Becca Hensley 21 O poder das flores francesas Les Floralies Internationales Dan Heching
© MDLF/Catherine Bibollet
© Cortesia do Turismo do Tahiti
22 Passeio artístico em Troyes Esculturas magistrais e sacras do século 16 Becca Hensley
38 Herança culinária Seguindo a origem da culinária e do vinho até o Languedoc-Roussillon Terry Ward 41 Tesouro Périgord Veja os tesouros gastronômicos e históricos de Périgord Noir em Aquitaine Julien Bisson
23 65º Aniversário do Dia D Uma comemoração muito especial Steve MacNaull
42 Abuse da manteiga A manteiga é o elemento mágico da culinária, e a melhor manteiga do mundo é encontrada na França. Seth Fishman
HISTÓRIA & CULTURA 25 Design como vida A Normandia é o refúgio da designer Anne Fontaine Jeryl Brunner
43 Paixão por torrone! Essa especialidade de Montélimar tornou-se um dos doces mais populares do mundo. Julien Bisson
26 Viagem através do ofício das artes francesas Como o artesanato francês tornou-se referência Marilane Borges
44 Bouchons Lyonnais As versões de Lyon dos bistrôs parisienses oferecem refeições únicas e deliciosas. Sylvie Bigar
28 Boules Jogo antiquíssimo que continua popular Peter Wortsman
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Culinária & Vinho 37 A fascinante baguete A baguete, símbolo inconfundível da França, está presente em todas as mesas. Louise Gaboury
46 Amante do cru Eric Beaumard, diretor do restaurante Le Cinq Jeryl Brunner
Culinária & Vinho
© Emmanuelle Bonzami
© oceandimages.com
© MDLF/Catherine Bibollet
© Gracieuseté Arnaud Delmontel
© Andrée Putman
HISTÓRIA & CULTURA
Atividades
França além-mar
47 Dicas de um Chef Premiado A França de Erick Jacquin Ricardo Bueno Hida
69 A Paris popular Desfrutando do aroma local na cidade-luz Carolyn Heinze
48 Os aperitivos O grande tour de France, cortesia de algumas das mais históricas — e deliciosas — bebidas do país Jim Tobler e Jessica Quandt
71 Lugares mais altos Paris vista de cima Carolyn Heinze
Onde ficar
50 Michelin faz um giro no exterior Jean-Luc Naret, diretor do Guia Michelin Julien Bisson
França além-mar 73 Um sabor da Martinique Rum martiniquense ostenta a majestosa marca francesa de qualidade desde 1996 Eleanor Griffith
Atividades 53 Jardins secretos As maravilhosas paisagens florais da Normandia, Riviera Francesa e Aquitaine não são mais segredo para você Helena Lunardelli
76 Dois tipos de Tahiti Descanso ensolarado ou aventuras difíceis; por que não os dois? Carly Milne
56 Pedalando na Borgonha Uma forma natural de passear José Antonio Ramalho 58 Aventura em Ardèche Rafting em Rhône-Alpes Becca Hensley 59 Surfe está na onda O vinho não é o único ponto em comum entre a Califórnia e a França Carolyn Heinze 61 Vulcões da Auvergne Uma beleza calma e atraente até a última gota Ilona Kauremszky
77 Sons do Caribe francês Kassav’ celebra seu trigésimo aniversário Chantal Martineau 78 Espírito de aventura As ilhas francesas inspiram dezenas de atividades Liz Fleming Onde ficar 81 Passeando de barco ao longo dos canais franceses Não existe aventura maior que uma viagem de barco serpenteando os canais franceses em uma viagem que mistura gastronomia, arte, cultura e natureza exuberante Marilane Borges 84 Mi Casa, Su Casa Nunca foi tão fácil alugar um lugar para você ficar na França Louise Gaboury
62 Mercados das pulgas na França É possível descobrir mil e uma histórias Violaine Charest-Sigouin
85 Hotéis emissão zero Existem vários hotéis verdes (ou quase) que não economizam em conforto nem em luxo Francine Nascivet
64 Jantar por menos de 35 euros Seu epicurista interior se delicia respeitando seu orçamento Nancy Wigston
Informações úteis 86 Regiões da França Todos os lugares em que esteve, todos os lugares em que ainda visitará
67 Orçamento para compras na França Dicas de uma amante da França que alega raramente pagar preço de varejo Suzy Gershman
90 O que saber antes de viajar 96
Principais operadoras que programam a França
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França em 2009
Um sabor da França em 2009 Março
Maio
Julho
27 de março-28 de junho
21-24 de maio
23-26 de julho
Picasso 1945-1949: Era de Renovação Essa é apenas uma das grandes exposições em toda a França — Picasso está no centro dos eventos para 2009. Para uma cobertura mais completa veja as páginas 13-15. www.antibesjuanlespins.com
Evian Masters Torneio Feminino Internacional de Golfe. www.evianmasters.com
Expo Rose Exposição internacional de rosas em que 50.000 rosas são expostas em buquês de 60 a 300 flores cada um. www.grasse.fr
Junho-agosto
Festival Internacional Anual de Órgão Concertos todos os sábados na Catedral de Chartres. No último sábado acontece a aclamada Competição Internacional de Música de Órgão. orgues.chartres@free.fr www.ville-chartres.fr (em francês)
10 a 28 de março
Festival de Jazz de Grenoble Diversos espetáculos em Grenoble e arredores www.jazzgrenoble.com (em francês)
Abril Abril-dezembro
Abril-outubro
Grande espetáculo de água e som de Versailles Grande espetáculo das cinquenta fontes dos jardins de Versailles que acompanham a música. infos@chateauversailles-spectacles.fr www.chateauversaillesspectacles.fr
21-26 de abril
Primavera de Bourges Festival de música contemporânea internacional. www.printemps-bourges.com/en
4 de abril-26 de setembro (todos os sábados) Les samedis de l’oenologie (Sábados de degustação de vinho) O “Les samedis de l’oenologie” da Saint Emilion acontece todos os sábados. Visita aos vinhedos, a monumentos subterrâneos, almoço e degustação de vinho estão incluídos. Faça sua reserva antes de 1 de junho. www.saint-emilion-tourisme.com
2-5 de julho
Festival de Automóvel de Mulhouse Apresentações e desfiles abordando a história do automóvel. grande-parade@ ville-mulhouse.fr www.tourisme-mulhouse. com/en/mulhouseautomobile-festival.html
© Office de Tourisme d’Antibes Juan-les-Pins
Shows equestres da Cadre Noir A Cadre Noir, criada em 1814 como uma academia militar de equitação, permanece a escola francesa mais famosa da tradição e das técnicas de equitação. www.cadrenoir.fr
11-19 de julho Jazz em Juan
Junho 5-7 de junho
65º Aniversário do Dia D Cerimônias anuais por toda a Normandia, onde aconteceu o Dia D. Para mais informações, consulte as páginas 23. www.normandy-tourism.org
21 de junho
28º Festa da Música Concertos de rua com bandas e outros acontecimentos musicais na maioria das cidades e vilas de toda a França por ocasião do solstício de verão. www.fetedelamusique.culture.fr
© Scott Soens
27 de junho-10 de julho
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Jazz em Vienne Festival Internacional Anual de Jazz que acontece no anfiteatro romano da cidade. O evento inicial do Festival de Jazz de Verão. www.jazzavienne.com (em francês) Ben Harper - Primavera de Bourges
Jazz em Juan O sul da França é o verdadeiro destino de pessoas de todo o mundo que amam o jazz. www.antibesjuanlespins.com
3-31 de julho
Festival Internacional de Arte Lírica de Aix-en-Provence 60º Festival Internacional Anual de Música e Ópera com apresentação de óperas clássicas. www.festival-aix.com
13-31 de julho
25º Festival da Rádio France em Montpellier Cerca de cem concertos, incluindo óperas, sinfonias, recitais e jazz. www.festivalradio francemontpellier.com
França em 2009
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Para mais eventos de 2009, visite WWW.FRANCEGUIDE.COM Agosto 31 de julho-9 de agosto
Festival Intercéltico de Lorient Celebração do folclore e da herança celtas na Bretanha, destacando 4.000 músicos, cantores, dançarinos e pintores tradicionais de toda a nação celta. festival@azimut-com.fr - www.festival-interceltique.com
19-30 de agosto
© solangecollery.com
Festival Internacional de Música de Chaise-Dieu 43º festival internacional de música clássica e barroca nesta vila antiga de Auvergne, conhecida pela abadia do século 14, fundada por São Roberto. www.chaise-dieu.com Piano na Igreja dos Jacobinos
Setembro
Metade dos 7.500 participantes usam traje típico, e cada vila e cada propriedade do itinerário oferece música, degustação de vinho, festas e outros eventos para os espectadores. www.marathondumedoc.com
5-6 de setembro
Braderie de Lille Enorme mercado das pulgas e feira de antiguidades com visitantes de toda a Europa. www.mairie-lille.fr
4-13 de setembro
© solangecollery.com
Festival de Cinema Americano 35º Festival Anual de Cinema Americano na cidade de Deauville. A cidade acolhe multidões de atrizes, atores, roteiristas, diretores e produtores. www.festival-deauville.com
3-26 de setembro
Outubro
Piano na Igreja dos Jacobinos Festival anual de recitais de piano no famoso claustro da igreja dos jacobinos, do século 13. www.pianojacobins.com (em francês)
O mês todo
© G. Isaac
12 de setembro
Maratona de Médoc 25º maratona anual através da região de Bordeaux/Médoc e suas lendárias vilas, castelos e vinhas produtoras de vinho.
Festival Intercéltico de Lorient
Festival de Cinema Americano
Jazzèbre Durante todo o mês de outubro, Perpignan é o centro do jazz, dos mais variados estilos — contemporâneo, salsa e blues, bossa nova e jazz internacional. As vinhas da redondeza adotaram o festival e oferecem itinerários e excursões cujo tema é o jazz… e vinho. www.jazzebre.com (em francês) ou www.perpignantourisme.com
16-18 de outubro
Novembro 13-15 de novembro
Os Três Dias Gloriosos O prestigiado Leilão Internacional de Vinhos da Borgonha, com duração de três dias, no famoso Hospício de Beaune do século 15, com eventos em Clos de Vougeot e em Meursault. www.beaune-burgundy.com
19 de novembro
Festa do Beaujolais Nouveau Cidades e distritos de toda a França celebram o novo vinho no dia de seu lançamento. A tradição determina que barris de Beaujolais Nouveau sejam furados à meia-noite, liberando uma torrente de vinho para os sedentos. www.beaujolaisgourmand.com
As Jornadas das Plantas de Courson Edição anual de outono da importante feira de botânica e de horticultura de Domaine de Courson. www.coursondom.com (em francês)
30 de outubro-11 de novembro
Feira Internacional e Gastronômica. A Feira Internacional de Gastronomia de Dijon, com mais de 560 expositores e uma média de 200.000 visitantes, é uma das maiores feiras da França. www.dijon-expocongres.com
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© Succession Picasso 2009
França em 2009 Nosso calendário para 2009, nas duas páginas anteriores, fornece uma amostra das centenas de eventos acontecendo em toda a França; agora, vejamos com mais detalhes alguns dos eventos e exposições mais marcantes deste ano.
N O R D - PA S DE-CALAIS Colleville-sur-Mer Port-en-Bessin-Huppain Longues-sur-Mer Courseulles-sur-Mer Saint-Aubin-sur-Mer
Sainte-Mère-Eglise
PICARDIE
© Henry Ely
Isigny-sur-Mer Merville-Franceville-Plage Bény-sur-Mer Bayeux NORMANDIE
Metz ALSACE
LORRAINE
ÎLE-DEFRANCE
C H A M PA G N E ARDENNE
B R E TA G N E
PAY S DE LA LOIRE
© Adagp, Paris 2008
Nantes
CENTRE VA L - D E - L O I R E
POITOUCHARENTES
BOURGOGNE
FRANCHECOMTÉ
LIMOUSIN
RHÔNE-ALPES AUVERGNE
PROVENCEALPESCÔTE D’AZUR A Q U I TA I N E MIDI-PYRÉNÉES
© MDLF/Jean François Tripelon-Jarry
RIVIERA Mougins
Les Baux-de-Provence Arles Saint-Tropez
A cor corresponde aos artigos na lista abaixo Perseguindo Picasso, pp. 13-15 Arte moderna acontece em Metz, p. 20 O poder das flores francesas, p. 21 Passeio artístico em Troyes, p. 22 65º Aniversário do Dia D, p. 23
Localidades
© Steve MacNaull
CORSE
© Office de Tourisme de Troyes et sa région Philippe Pernet
© MDLF/Catherine Bibollet
LANGUEDOCROUSSILLON
Cannes Vallauris Antibes– Juan-les-Pins
© Photo CNAC/MNAM, Dist. RMN/Droits réservés - Succession Picasso
Nature morte à la dame-jeanne, Pablo Picasso (1881-1973) - Paris/Museu Nacional de Arte Moderna – Centro Georges Pompidou
Perseguindo Picasso O artista espanhol viveu e trabalhou muitos anos na ensolarada Provence e na Riviera, e diversas exposições importantes que ocorrerão durante todo o ano dirigem os refletores para Picasso, oferecendo uma nova perspectiva de sua vida e obra. Por Julien Bisson Sem dúvida, Picasso, ao batizar uma de suas principais pinturas de Les Demoiselles d’Avignon em homenagem a um bordel da rua Avinyó, Barcelona, não percebeu que iniciava seu caminho para essa cidade provençal, mais especificamente para Sorgues — pequena cidade a poucos quilômetros de Avignon na qual passou três anos (1912-14) com seu amigo Georges Braque. Foi lá que ele pintou sua primeira Arlésienne, figura feminina emblemática da Provence que Picasso continuaria a pintar durante toda sua vida. No início da Primeira Guerra Mundial, ele também acompanhou seus amigos Braque e Derain, ambos convocados para a guerra, até a estação de trem de Avignon. A cidade, sem dúvida, não se esqueceu da temporada que Picasso passou por lá, e algumas de suas pinturas estão expostas atualmente no Museu Angladon.
Contudo, havia outro pintor na região que Picasso adotara, um pintor que vivia na “cidade das águas”, Paul Cézanne. Cézanne, nascido em Aix-en-Provence e mestre do espaço e das cores, exerceu indiscutível influência na obra de Picasso, conforme é possível observar na grande exposição Picasso-Cézanne, que acontecendo de 25 de maio a 27 de setembro de 2009, no Museu Granet. Essa exposição, aos pés da mítica montanha Sainte-Victoire, contando com cem peças
© P. Leroux
No entanto, o romance entre o artista e a cidade só começou depois da Segunda Guerra Mundial. Picasso, persona non grata na Espanha franquista, descobriu a paisagem ensolarada e bucólica, semelhante à que conheceu na infância. Em 1946, ele viveu por pouco tempo em Ménerbes (no coração de Luberon) e, ao terminar seu relacionamento com Dora Maar, deu a ela uma das casas mais bonita da vila. Perto dali, fica a charmosa Les Baux-de-Provence, onde Cocteau filmou Testamento de Orfeu — no qual Picasso desempenhou seu único papel no cinema, o de um pintor. Arles, mais ao sul, seria um destino obrigatório para ele. Um pintor como Picasso tinha que se sentir atraído por essa antiga cidade romana; primeiro, por suas touradas, segundo, porque ainda se podia sentir a presença de Vincent Van Gogh na cidade (que teve um período muito inspirado lá). Em 1971, Picasso doou duas pinturas e 37 desenhos para a cidade pela qual tanto se enamorara; as obras podem ser vistas no Museu Réattu.
Monte Sainte-Victoire
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de coleções públicas e privadas, promete ser notável e original. Picasso, perceptivelmente influenciado na juventude pelo “pai da arte moderna” em sua caminhada em direção ao cubismo, colecionou inúmeras obras de seu mentor, algumas das quais estarão presentes na exposição (Vue de l’Estaque, Baigneuses e Le Château Noir). A exposição também oferece diversos temas que os dois artistas compartilharam, como a paixão pela vida tranquila e por arlequins coloridos.
Por que terminar a viagem no castelo quando ainda há tanto para ver? A jornada de Picasso levou-o à Riviera Francesa. Ele foi a Saint-Tropez em inúmeras ocasiões; isto é, antes dessa cidade costeira se tornar o centro da alta sociedade. Em 1951, foi lá que ele pintou Odalisque, o famoso nu de sua amante da época, Geneviève Laporte. A partir de 1955, Picasso mudou-se para um ponto um pouco mais adiante da costa e foi para Cannes, onde desfrutava uma vista do Mediterrâneo de tirar o fôlego. Essa temporada de trabalho no litoral forneceu um manancial de pinturas, principalmente a série cubista dedicada à obra Las Meninas de Velásquez. Picasso encontrou-se com muitas de suas amantes na ainda isolada vila medieval Mougins, para onde foi com Dora Maar e, por fim, em 1961, estabeleceu-se com Jacqueline no L’antre du Minotaure (O covil do minotauro). Testemunhamos a diversidade dos interesses de Picasso em Vallauris, cidade litorânea conhecida por seus trabalhos em cerâmica. Em 1947, Picasso, influenciado por Georges e Suzanne Ramié, apaixonou-se por essa nova técnica e produziu mais de 4.000 peças ao todo. Como resultado do tempo em que Picasso morou lá, a cidade lançou — e continua a lançar — um grande número de artistas. Mas não deixe de visitar o Museu Nacional Picasso La Guerre et la Paix, na capela da cidade, na qual Picasso, também em uma redescoberta da arte sacra, compôs o mural duplo intitulado La Guerre et La Paix (1959) — sua última obra política importante.
© Claude Germain
© Jean Claude Carbonne
Picasso, perto do fim de sua vida, cedeu ainda mais ao seu desejo de estar mais próximo de Cézanne, mudando para o castelo de Vauvenargues em 1958. “Vivo onde Cézanne viveu”, afirmou o artista ao se mudar para a ensolarada residência aos pés do monte Sainte-Victoire, a menos de dezesseis quilômetros de Aix-en-Provence. E mais, essa propriedade só estará aberta ao público durante o período da exposição. A construção sólida, franqueada por duas torres do século 14 e rodeada por muros do século 16, foi escolhida por Picasso em um esforço de fugir da atenção indesejada. Embora ele tenha vivido apenas poucos anos lá, é o lugar no qual guardou suas amadas coleções de pinturas. Sua jovem esposa Jacqueline também escolheu enterrá-lo no jardim do castelo em 1973.
Da Califórnia para o covil do minotauro
Ateliê de Picasso
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Museu Granet
França em 2009
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Endereços www.picassoen provencecotedazur.com Escritório Regional de Turismo da Provence-Alpes e Côte d’Azur www.discoversouthoffrance.com Escritório Regional de Turismo da Riviera www.guideriviera.com Escritório Regional de Turismo de Bouches-du-Rhone www.provence guide.co.uk
© Henry Ely
Escritório de Turismo de Aix-en-Provence www.aixenprovence.com www.picasso-aix2009.fr (em francês)
Castelo de Vauvenargues
© DR./Sainte-Victoire 06
© Succession Picasso 2009
O rastro do artista termina em Juan-les-Pins, Antibes, onde certamente ele passou os anos mais felizes de sua vida. O pintor, aceitando um convite de Romuald Dor de La Souchère (curador do museu da cidade), trabalhou poucos meses lá, concluindo inúmeras peças, em sua maioria inspiradas na mitologia. Depois, Picasso ofereceu à cidade nada menos que 33 pinturas e 40 desenhos — a base do primeiro museu em homenagem a ele aberto no castelo em 1966. O museu, ainda um dos principais lugares de exposição da obra dele, está propondo fazer, de 27 de março a 29 de junho de 2009, uma importante exposição — Picasso 1945-1949: a era da renovação. Não perca essa oportunidade de descobrir uma ampla seleção de peças da obra de Picasso que testemunham sua forte ligação com o sul da França, onde vivenciou o amor e a amizade, e morreu.
Monte Sainte Victoire
Le Fumeur, Pablo Picasso
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Descobrindo a Provence de Picasso
© The Samuel Courtauld Trust, London
Por Estelle Arielle Bouchet
L’homme à la pipe, Picasso Pablo
De 28 de março a 28 de junho de 2009, em Antibes, na Côte d’Azur, o Museu Picasso apresenta uma exposição imperdível: Picasso 1945-1949: L’ère du renouveau. Nela, o renascimento fértil do Pós-Guerra é contado em 200 obras (pinturas, desenhos e cerâmicas), sendo que algumas delas foram criadas por Picasso no castelo Grimaldi, que pertenceu aos príncipes de Mônaco e que abriga hoje o Museu Picasso. A efervescência artística e o júbilo da Liberação são lembrados nesta exposição, que simboliza uma ode à alegria e à criação. Na célebre cidade romana d’Aix-en-Provence, o Museu Granet apresenta uma extraordinária coleção permanente: De Cézanne a Giacometti. Dedicada aos mestres europeus do Século XX, esta coleção permite que o visitante se impregne do perfume artístico contemporâneo e expõe com brilho as constelações artísticas e as influências que uniam o mestre espanhol a seus contem porâneos. Do mesmo modo, em 2009, a exposição Picasso-Cézanne, seguindo o enorme sucesso da exposição Cézanne en Provence, revela a profunda amizade que unia Picasso e Paul Cézanne, originário da cité d’eau e autor da muito famosa Montagne Sainte-Victoire. Picasso colecionava as obras deste mestre que exerceu uma grande influência sobre ele com tal entusiasmo que, em 1958, resolveu adquirir o castelo de Vauvenargues, ao pé da montanha Sainte-Victoire, um local emblemático ligado a Cézanne e que será excepcionalmente aberto ao público de 25 de maio a 27 de setembro de 2009. Uma visita à Provence permite constatar que a obra do artista está visceralmente ligada a lugares simbólicos que ele cultivou e buscou como um alquimista. É impossível passar pelos Baux de Provence sem visitar a Cathédrale d’images, aberta diariamente de 25 de fevereiro de 2009 a 3 de janeiro de 2010. Em 1959, Picasso filmava no local o Le Testament d’Orphée e, meio século mais tarde, a Cathédrale d’images homenageia o artista através de um
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© Henry Ely
Durante um ano inteiro, através de exposições excepcionais organizadas nos próprios locais frequentados por Pablo Picasso, a região da Provence–Alpes–Côte d’Azur oferece ao visitante um percurso histórico da vida e das paixões do artista.
Château de Vauvenargues
espetáculo perfeito para terminar este percurso histórico da obra do artista. Estas visitas lhe encantarão, e você voltará seduzido pela beleza da região de Provence e por estas obras-primas. Os arredores do monte Sainte-Victoire guardam todo o simbo lismo do apego de Picasso por este local. De fato, há séculos, Málaga, a cidade onde nasceu o artista, homenageia Nossa Senhora da Vitória, em 8 de setembro de cada ano. A Espanha está onipresente em Provence. Picasso tinha uma afeição especial por Arles, a mais romana das cidades francesas, e frequentava assiduamente suas corridas de touros. O Museu Réattu ainda conserva duas pinturas e 57 desenhos oferecidos pelo artista em 1971. O último período de sua vida foi também muito marcado por suas raízes hispânicas, pois é no solo da Provence, com os perfumes de sua Andaluzia natal, que repousa o artista. Em meio à paisagem surpreendente verde e rochosa própria de Bauxde-Provence, o castelo de Vauvenargues marca, como uma fortaleza, a entrada do vale e guarda possessivamente a alma generosa do maior mestre da pintura contemporânea.
França em 2009
© Thierry Nava – Groupe F
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© Succession H. Matisse
© Thierry Nava – Groupe F
Performance do Groupe F
Performance do Groupe F
Ano da França no Brasil Em 2009, a França invade o Brasil com o melhor de suas artes, música, moda, teatro e cinema. Tradição e vanguarda francesas serão representadas em mais de 500 eventos. Por Mônica Salgado
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Matisse aujourd’hui
A França homenageia países há mais de 20 anos. Em 2005, foi a vez do Brasil: o Brésil Brésils, como foi chamado o Ano do Brasil na França, mobilizou mais de 15 milhões de pessoas e teve impacto direto não só no intercâmbio cultural como também nas trocas comerciais entre os dois países. Animados, logo em 2006 os presidentes Lula e Jacques Chirac assinaram a reciprocidade do projeto. Começou então a contagem regressiva para o França.br, que acontece de 21 de abril a 15 de novembro, e tinge de bleu, blanc, rouge cada um dos quatro cantos do Brasil. Haverá mais de 500 eventos com o objetivo de levar a França de todas as regiões a todas as regiões do Brasil. Áreas tão diversas quanto artes plásticas, fotografia, música, dança, literatura, circo e teatro de rua serão contempladas numa programação cultural intensa, que visa apresentar as diferentes facetas da criatividade e do savoir-faire franceses. “A ideia é que a programação mostre principalmente a contemporaneidade francesa aos brasileiros. Respeitamos nossas tradições, mas damos as boasvindas à modernidade, à criatividade e à tecnologia”, afirma o Embaixador Yves Saint-Geours, Presidente do Grand Palais de Paris e Presidente do Comissariado Francês do evento. Três conceitos principais nortearão os eventos. “A França Hoje” terá programação com foco em criação artística, inovação tecnológica, pesquisa científica e debate de ideias; “A França Diversa” virá representada por eventos que tratam da diversidade da sociedade francesa, com seus múlti plos saberes e diferentes regiões; por fim, “A França Aberta” buscará parcerias franco-brasileiras para inspirar projetos, parcerias franco-brasileiras com outros países do mundo e debates sobre a
© Centre national du costume de scène, France / J.-M. Teissonnier – Ville de Moulins
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© Centre national du costume de scène, France / J.-M. Teissonnier – Ville de Moulins
França em 2009
Eliogabalo, Exposição Lacroix
globalização. “O Brasil será tomado do Oiapoque ao Chuí. Mais de 70 cidades receberão projetos e não apenas as grandes capitais”, explica Danilo de Miranda, presidente do SESC-SP há 40 anos e escolhido presidente da Comissão Nacional do Ano da França no Brasil. Em São Paulo, a Pinacoteca receberá obras de dois grandes nomes das artes plásticas: Henri Matisse e Fernand Léger. Parte do incensado acervo da coleção de arte contemporânea da empresa Renault aportará no MAC de São Paulo e na Casa Andrade Muricy, em Curitiba. O Rio terá a honra de abrir oficialmente o França.br no dia 21 de abril de 2009 com um megashow piromusical da companhia Groupe F, número um do mundo em fogos de artifício. Completam o pacote palcos artísticos itinerantes, espetáculos de rua e festivais de música que reunirão cantores e bandas brasileiras e francesas em cenários como a praia de Copacabana. Até a Sapucaí, a passarela do samba carioca, a França vai invadir. Outra passarela, a da moda, também será bem representada: em suas edições de verão 2010, o São Paulo Fashion Week e o Fashion Rio homenagearão a França e contarão com a participação de estilistas do país. A programação cultural habitual do país também ganhará providenciais toques de França. Em Manaus, por exemplo, o 13º Festival Amazonas de Ópera será dedicado à França. Assim como a Virada Cultural paulistana, o Festival de Inverno de Campos do Jordão e a Flip (Festa Literária Internacional de Parati) que terão sabor francês.
Phädre et Don Juan, Exposição Lacroix
LOUCO POR AMOR O encontro da água e do fogo No Rio de Janeiro, em 21 de abril de 2009, para a abertura do Ano da França no Brasil, o Groupe F vai transfigurar a Lagoa Rodrigo de Freitas. A temática desse espectáculo é o encontro amoroso e suas incríveis consequências. O espectáculo de 30 minutos é composto de dois elementos principais: - Uma coreografia pirotécnica monumental na Lagoa - Paralelamente, um espectáculo multimídia em frente o Estádio de remo. A paisagem pirotécnica será construída a partir de uma linha de 1,5 km pela Lagoa e composta de pontos de lançamento, todos inteiramente coreografados. O espetáculo, muito além de uma simples pirotecnia, se articulado em torno de uma dramaturgia, expressada por um vocabulário próprio do Groupe F: fogos, luzes, projeções, coreografias aéreas, vídeos, sons, música, figurino luminoso
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França em 2009
Por BECCA HENSLEY
© Adagp, Paris 2008
Outro motivo para se aventurar na região leste da França— o museu irmão do Centro Pompidou foi inaugurado em Metz
Les deux péniches (1906), André Derain
Qualquer amante de arte que se aventura a trocar as cidades grandes e populosas pelo encanto intimista dos museus de alta qualidade das províncias fica extasiado ao descobrir a nova filial do Museu Pompidou em Metz. Da mesma forma que o museu Klee de Renzo Piano em Berna e o Guggenheim de Frank Gehry em Bilbao, o Centro Pompidou-Metz delicia os olhos com a arquitetura provocativa, ela mesma é uma obra de arte. Esse prédio, desenhado pelo arquiteto japonês Shigeru Ban, causa impacto com a inclinação lateral que lembra um chapéu japonês, seu aspecto de caverna, além de parecer um ambiente de contos de fadas. Ban, que se inspirou em um antigo chapéu chinês de bambu que descobriu num mercado das pulgas parisiense, traduziu a forma e a textura do chapéu na estrutura flutuante do telhado bem cônico. O prédio, claro e iluminado, oferece três galerias colocadas, aparentemente, de forma aleatória em seu interior, sugerindo que a arte pode ser encontrada em lugares inesperados. Da mesma forma, há grandes janelas panorâmicas que se projetam para fora do prédio e abrangem algumas das paisagens mais importantes de Metz, como sua magnífica cate dral e o parque Seille. No interior do prédio, uma impressionante espiral ascendente de 250 metros alude ao ano de 1977, data de inauguração do Centro Pompidou, em Paris. O Centro PompidouMetz, em construção desde 2003, deve ser inaugurado até 2010, sendo sua primeira exposição “Chefs-d’oeuvre” (Os Mestres), uma ambiciosa retrospectiva das obras de luminares das artes como Picasso, Man Ray, Braque e Matisse.
Centro Pompidou-Metz
estivesse distante da urbanidade parisiense. Eles queriam um local de fácil acesso de todos os lugares da Europa — e embora Metz já fosse um local de fácil acesso, a nova linha TGV atrai amantes das artes de lugares distantes como Varsóvia, Praga e Berlim, sem mencionar Londres e Bruxelas. O museu é um benefício para a cidade de Metz e seus 230.000 habitantes, assegurando a descoberta dessa cidade cultural que tem tanto a oferecer. Esse novo museu, nascido de um movimento para democratizar o prazer da arte contemporânea e presentear as pessoas com ela, fornecerá a possibilidade de criação de milhares de postos de trabalho. Os dirigentes do Centro Pompidou queriam ampliar a área de influência de seu museu e conectar mais pessoas à instituição. A escolha de Metz, capital de Lorraine, atinge os objetivos deles. Metz, conhecida como a cidade de Charlemagne, ostenta um glorioso passado histórico e seus habitantes têm a reputação de celebrar todos os tipos de arte. Perfeitamente localizada em uma parte da França que abraça todas as culturas, Metz é o berço de mentes argutas e do estímulo intelectual. Realmente, Metz almejava um templo desse tipo e o Centro Pompidou satisfez esse anseio. Embora a inauguração do museu irmão do Centro Pompidou seja aguardada com grande expectativa, a maioria concorda que vale a pena esperar. A arquitetura inovadora — e audaciosa — do museu atrairá visitantes. E suas espaçosas galerias, iluminadas com luz natural, oferecerão um meio estimulante de apreciar mais de 59.000 obras, antes reservadas apenas a Paris. www.centrepompidou-metz.fr
© LCAZM/Shigeru Ban Architects Europe & Jean de Gastines/Arte factory
Enquanto alguns perguntam por que a escolha de Bilbao para abrir o Guggenheim, muitos se perguntam por que a escolha de Metz para a construção do Centro Pompidou-Metz? Os dirigentes do museu e a cidade de Metz falam que o destino — talvez amor à primeira vista — uniu-os para realizar esse projeto. O Centro Pompidou procurava, para seu primeiro ramo descentralizado, um local magnífico e que incentivasse a cultura, mas que
© LCAZM/Shigeru Ban Architects Europe & Jean de Gastines/Arte factory
Arte moderna acontece em Metz
Centro Pompidou-Metz
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© MDLF/Jean François Tripelon-Jarry
© MDLF/Catherine Bibollet
França em 2009
Le Pouvoir des fleurs ou “O poder das flores”, decididamente, valorizando o verde e, assim, trans mitindo a pertinente mensagem “O poder das plantas e sua contribuição para nossa vida na terra”.
A Fonte de Vidro, de Eric Fonteneau, Nantes
A exposição, como em anos anteriores, deve acontecer no encantador Parc de la Beaujoire, onde mais de duzentos participantes montam pequenos ambientes, mundos repletos da beleza das flores. Les Floralies atrai expositores profissionais e amadores do mundo todo. O processo de seleção para expor na feira é rigoroso, exigindo verdadeira paixão por plantas e também muito conhecimento e prática.
O poder das flores francesas
A feira promete uma verdadeira viagem dos sentidos, usando plantas e flores de diferentes países e continentes para traçar o caminho. Os cenários, usando técnicas de decoração de última geração e uma vertiginosa variedade de cores, seguramente despertam admiração, exotismo e maravilhamento. A área da exposição é dividida em diversos canteiros com subtemas, incluindo “contrastes”, abraçando todos os ambientes, desde os mais áridos aos mais úmidos; “lenda”, evocando florestas misteriosas repletas de ninfas e fadas; “transformações”, focando a agricultura verde, as ecoindústrias e as fontes renováveis de energia; “pureza”, cobrindo plantas que purificam o ar e a água; e “harmonia”. A esperança é que se traga para o primeiro plano o tema subjacente de valorizar e respeitar o poder das plantas (e do planeta).
O verde visita Nantes para Les Floralies In ternationales, a exposição internacional de flores.
O parque Floral, onde deve acontecer a feira, foi fundado durante a Les Floralies de 1971 como uma área complementar do Parc de la Beaujoire ao lado do rio. Esse parque mais moderno, graças às Les Floralies anteriores, destaca suas próprias variedades de plantas: íris, várias espécies de urze, roseiras-brava e um magnífico jardim de rosas. O Parc de la Beaujoire também acolhe mais de duzentos tipos distintos de magnólia.
Por Dan Heching A principal exposição de flores, Les Floralies Internationales de Nantes, apresenta algumas das mais exóticas e magníficas espécies de plantas de todo o mundo. A exposição de flores, iniciada na década de 1950, celebra a cada cinco anos as plantas do mundo. Cada edição trata de um tema diferente que combina o exótico com tudo o que é atraente aos olhos. Depois do tema “Luz”, em 1999, e “Aventura”, em 2004, Les Floralies, para seu décimo aniversário em maio de 2009, apresenta o tema
Nantes considerada, em 2004, “a cidade mais habitável de toda a Europa” pela revista Time, é um excelente ponto de partida para explorar a beleza fascinante da região de Pays de la Loire ou do cenário cativante e dos sabores diversificados do norte da Bretagne. Em relação ao Les Floralies, o visitante pode contar com bastante atividade durante os onze dias da exposição; os mais de 500 mil visitantes de todas as idades esperados ajudam a garantir que a feira seja uma das mais prestigiadas exposições de flores da Europa e do mundo. www.nantes-tourisme.com ou www.comite-des-floralies.com
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França em 2009
© Office de Tourisme de Troyes et sa région/Philippe Pernet
Passeio artístico em Troyes Pertinho de Paris, esculturas sacras do século 16 levam-nos de volta ao Renascimento. Por BECCA HENSLEY
© Office de Tourisme de Troyes et sa région/Philippe Pernet
Troyes oferecerá um espetáculo de tendências nunca visto ali desde o Renascimento. Troyes, cidade localizada no coração da região da Champagne-Ardenne e totalmente preservada, reúne a nata de obras que não aparecem lado a lado há séculos. A chamada nata da coleção de estátuas sagradas, esculpida na região por alguns dos maiores escultores renascentistas será exposta, de 18 de abril a 25 de outubro de 2009, na impressionante igreja gótica de Saint-Jean-au-Marché. A igreja, cenário perfeito para obras de arte desse calibre, está localizada em meio às fantásticas casas com decoração de vigas de madeira na fachada e às estreitas ruas medievais do distrito histórico de Troyes, no qual muitas das ruas são só para pedestres. No interior da igreja, a luz natural iluminará a retrospectiva, focando artisticamente os detalhes que, de outra maneira, passariam despercebidos, ao mesmo tempo em que aspectos formidáveis da arquitetura da igreja contrastarão com o conjunto das obras expostas. Nessa exposição, os amantes das artes descobrem a profundidade, a amplitude e a beleza da escultura sacra — a arte que muitos acreditam que define o mundo criativo medieval e renascentista da região de Champagne. Proposta e implementada pelo esforço conjunto da cidade de Troyes, da região da ChampagneArdenne, do governo da França e também de curadores de todo o mundo, a exibição foi iniciada com o objetivo de ilustrar a herança artística de Troyes. O propósito era apresentar a todos essas obras de projeção e mostrar a profundidade e a complexidade delas expondo-as simultaneamente em um único lugar. “Foi desenvolvida uma museografia sem precedentes para essa exibição”, declara o curador Chrystelle Laurent. Na verdade, vieram orientações especiais não só do Museu do Louvre, mas também de museus dos Estados Unidos e da Alemanha. Os estudantes da Sorbonne executaram as pesquisas essenciais. Juntos, eles identificaram cem estátuas criadas no século 16 na Champagne e providenciaram o empréstimo delas para a exibição de Troyes.
© Office de Tourisme de Troyes et sa région/Philippe Pernet
Embora Troyes já seja conhecida por suas inúmeras igrejas e seu centro histórico, a exibição lembrará o visitante do importante papel que Troyes desempenhava dois séculos atrás como cidade rica graças a seu mercado. Em Troyes, reuniram-se mestres de Flandres, Espanha, Paris e Itália que influenciaram os artistas da região. Isso resultou em uma variedade incomum de estilos e em interpretações bem diversas das virgens, dos santos e da paixão de Cristo. Os aspectos mais semelhantes são os sentimentos expressos pela expressão das estátuas e pelos detalhes das roupas. Embora os especialistas não considerem nenhuma estátua da exibição melhor que outra, algumas que apresentam as cores originais do século 16 intrigarão os aficionados por arte. O curador Laurent sugere que os visitantes não tenham pressa na hora de admirar as obras e prestem especial atenção às obras de Dominique Florentine, cujo estúdio marcou de forma especial a arte de Troyes. www.tourism-troyes.com ou www.tourisme-champagne-ardenne.com
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© Steve MacNaull
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© Steve MacNaull
França em 2009
O Centro da praia Juno está localizado nas dunas e praias onde 14000 soldados canadenses desembarcaram no dia D (6 de junho de 1944)
O dia D é comemorado todos os anos com fogos de artifício.
65º Aniversário do Dia D Talvez o 65º aniversário do Dia D, em 6 de junho, seja o último evento importante a que os veteranos da guerra compareçam. Por steve macnaull “A cada cinco anos, organiza-se um grande Festival Dia D, portanto o 65º aniversário será especial”, diz Fabienne de Chassey-Schurgers, do Escritório de Turismo da Normandie. “Mas talvez também seja o último em que veremos algum veterano. A maioria dos veteranos tem, pelo menos, 85 anos e provavelmente não estarão mais aqui ou não terão condição de viajar para o 70º aniversário do Dia D, em 2014.” É com esse pensamento pungente que as comunidades francesas ao longo das praias do desembarque do Dia D estão planejando as festividades do 65º aniversário do Dia D para 5 a 7 de junho. Os franceses, embora a cada ano menos veteranos de guerra canadenses, ingleses e americanos compareçam à comemoração, estão determinados a continuar celebrando a data. As festas atraem turistas e locais de todas as idades. Para gerações de franceses, é uma festa para agradecer seus libertadores. Para turistas internacionais, é uma oportunidade de desfrutar a joie de vivre dos franceses e de visitar os locais onde a Segunda Guerra Mundial foi ganha. Fogos de artifício, desfiles, recriação de acampamentos militares, piqueniques e noites nos pubs celebrarão a libertação da França. Os desembarques do Dia D nas praias da Normandie utilizaram códigos para nomear as praias (Juno, Omaha, Utah, Gold e Sword) e é considerada a operação militar mais complexa já orquestrada. Ao todo, 135.000 soldados aliados desembarcaram e saltaram de paraquedas nas praias da região na manhã de 6 de junho de 1944, com a incumbência de libertar a França dos nazistas e, no fim, vencer a Segunda Guerra Mundial.
No início de junho, a Normandie irradia um clima jubiloso. A bandeira francesa esvoaça em todos os lugares, e também hasteiam as bandeiras canadense, americana e inglesa em homenagem a seus libertadores. Os Estados Unidos forneceram o segundo maior contingente de homens no Dia D (depois da Inglaterra), desembarcando 34.250 combatentes na praia de Omaha e 23.250 na praia de Utah. A arriscada descida maciça de paraquedistas ocorreu à noite nos íngremes rochedos próximos das praias, todavia, alemães preparados fizeram com que os Estados Unidos sofressem 1.465 baixas e tivessem mais de 5.000 soldados feridos. O gigantesco rochedo da Pointe Du Hoc provaria ser a maior dificuldade para o 2º Batalhão Americano de Ataque. Sob fogo inimigo, eles tiveram de escalar o rochedo usando cordas e escadas e, no fim, foram bem-sucedidos, mas sofreram 60% de ataques fatais. Os americanos reagruparam-se e dispersaram-se, tática necessária que serviu para confundir os alemães e para dispersar a reação deles. Os americanos também foram responsáveis pela primeira libertação do Dia D — a cidade de Sainte-Mère-Eglise — quando a 82º Divisão de Paraquedista chegou à cabeça de ponte e expulsou os alemães. O cemitério americano em Colleville-sur-Mer tem 9.387 túmulos marcados com simples cruzes de mármore branco. Ao lado do cemitério fica o Centro do Visitante Americano, cuja entrada é grátis. Os dois ficam próximos das praias Omaha e Utah, onde 57.500 soldados americanos desembarcaram no Dia D. O cemitério canadense, próximo de Bény-sur-Mer, é o lugar de repouso de 2.048 soldados. Os túmulos foram especialmente decorados com árvores de bordo e com fileiras perfeitas de lápides, cada uma rodeada por um pequeno canteiro. O Memorial de Caen, um museu pela paz (entrada: 16 euros), é um complexo imenso localizado na capital da Baixa Normandia. Um jato de guerra está pendurado na entrada de dezoito metros de altura do museu e sua grande área de exibição segue a linha do tempo da Segunda Guerra Mundial. Os barcos de turismo (16 euros) do Pays Du Bessin, que ostentam orgulhosamente as bandeiras canadense, americana e inglesa, saem diariamente de Port-en-Bessin para passar na praia de Omaha. O passeio é acompanhado de comentário sobre a história do Dia D.
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História & Cultura No Novo Mundo, somos fascinados pela história que o Velho Mundo nos revela e não podemos deixar de nos sentir atraídos pela riqueza cultural que encontramos nele. Aprenda as tradições antigas e as influências deixadas por aqueles que deixaram uma marca na França e no mundo.
N O R D - PA S DE-CALAIS
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Honfleur
Granville
Croisset
Rouen Trouville Bayeux Deauville Caen NORMANDIE Le Port-Marly Argentan Bougival Versailles
PICARDIE
Chantilly ÎLE-DEFRANCE
C H A M PA G N E ARDENNE
B R E TA G N E
PAY S DE LA LOIRE
Château du Clos Lucé CENTRE VA L - D E - L O I R E Nohant
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BOURGOGNE
Nevers
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Ferney-Voltaire
POITOUCHARENTES
LIMOUSIN
Chambéry RHÔNE-ALPES AUVERGNE
Antibes– Juan-les-Pins Les Savoyons LANGUEDOCROUSSILLON MIDI-PYRÉNÉES
RIVIERA PROVENCEALPESCÔTE D’AZUR Marseille
La Ciotat
Saint-Tropez CORSE Ajaccio
Localidades
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A cor corresponde aos artigos na lista abaixo Design como vida, p. 25 Viagem através do ofício das artes francesas, pp. 26-27 Boules, pp. 28-29 Lugares que inspiram os escritores, pp. 30-31 Casas de celebridades abertas à visitação, pp. 32-33 Museu Vivo do Cavalo, pp. 34-35
© SEMEC
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© MDLF/CRT Picardie/Claude Jacquot
A Q U I TA I N E
© Andrée Putman
Butique Anne Fontaine, Paris
Embora sua amada Normandie seja seu refúgio, um pouco da alma de Anne Fontaine permanece no Brasil, sua terra natal. Por Jeryl Brunner Anne Fontaine, antes de começar a desenhar camisetas brancas sob medida para mulheres, tinha uma paixão diferente. “Amo moda, mas meu segundo amor é a biologia”, explica ela. Fontaine, cujo pai é francês, deixou o Brasil, sua terra natal, aos dezoito anos para estudar na França. Antes de partir, ela viveu quatro meses na floresta tropical com a tribo indígena Canela, dormindo em rede. “Aprendi tanto a respeito do poder das plantas e de suas infindáveis variedades com aquela tribo”, lembra-se ela. Na França, ela, sempre fascinada com o meio ambiente, fez uma jornada de seis meses em um barco, pesquisando baleias e golfinhos. Depois disso, ela conheceu seu futuro marido, Ari, cuja família possuía uma confecção de roupas. “Disse a ele que adoraria desenhar e tinha muita imaginação, mas que não desenho muito bem”, lembra-se ela. Um dia, ela encontrou um baú antigo no sótão da casa da sogra cheio de bonitas blusas brancas feitas pela família do marido dela. Ela teve uma epifania. Por que não criar uma coleção inteira de blusas brancas? “Toda mulher tem uma blusa branca no seu guarda-roupa. A blusa branca sempre faz você parecer natural e ilumina a face”, explica Fontaine. “E o contraste de preto e branco fornece o equilíbrio yin e yang.” Usando sua criatividade e inexperiência, ela confeccionou ao modelar o tecido no manequim, sem desenhar. Em 1993, Fontaine estreou sua primeira coleção de blusas brancas para mulheres. Elas logo se tornaram artigos clássicos muito cobiçados por Catherine Zeta-Jones e Halle Berry. Desde essa época, ela abriu 68 boutiques em todo o mundo, tem um showroom em Paris e em Tóquio e expandiu a linha para casacos, malhas, bolsas, cintos e joias. Ela também tem spas em Nova York e em Paris que oferecem diversos tratamentos que home nageiam o Brasil. O Batismo Amazônico envolve ser enrolado em uma resina aromática que contém onze óleos essenciais. Durante sua estadia com a tribo, ela recebeu um batismo no qual seu corpo foi lambuzado com uma resina verde de aroma delicioso e coberto com penas brancas. A ideia era que a criança em seu interior voasse para a vida adulta. “Foi uma experiência de sair do próprio corpo”, rememora ela.
Por mais que ela ame morar na França, um pedaço de seu coração permanece no Brasil. Ela adora ouvir bossa nova, fala português com as filhas e faz receitas brasileiras junto com elas, como cuscuz de mandioca. “Existe uma história de amor entre os franceses e os brasileiros”, explica ela. “O Brasil ama a cultura francesa e esse amor é mútuo. Os franceses gostam do charme do Brasil e do seu povo. ” Quando questionada se sente-se mais brasileira que francesa, ela respondeu: “Sinto-me uma mistura dos dois”. www.annefontaine.com L’Absinthe 1, rue de la Ville, Honfleur Tel. 02 31 89 11 02 www.absinthe.fr Martine Lambert 76 bis, rue Eugène Colas, Deauville Tel. 02 31 88 94 04 Les Vapeurs 162, Quai Fernand Moureaux, Trouville Tel. 02 31 88 15 24 www.lesvapeurs.fr
© Anne Fontaine Inc.
Design como vida
Fontaine vive com o marido e as duas filhas, Clara, de nove anos, e Ella, de três anos, numa antiga prensadora de cidra com quatrocentos anos de idade próxima de seu quartel-general em Honfleur, na Normandie. “Muitos pintores, escritores e músicos famosos são dessa pequena cidade litorânea com maravilhosa arquitetura viking, entre eles Monet, Satie e Flaubert”, explica ela. “Essa região sempre teve muitos artistas. Por isso, estabeleci minha empresa aqui.” Ela passou a infância no Rio de Janeiro, por isso, gosta de criar as filhas no interior, onde elas têm oitenta galinhas, quarenta ovelhas e também patos e coelhos em sua espaçosa propriedade. “A natureza e os animais fortalecem o espírito e a responsabilidade”, diz Fontaine. “Você, quando tem animais, tem de pensar neles.”
Anne Fontaine
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HISTÓRIA & CULTURA
Viagem através do ofício das artes francesas © MDLF/Hervé Le Gac
Como a cultura do artesanato francês tornou-se referência de excelência para o mundo.
Pratos feitos à mão
Por Marilane Borges A França é um dos países que mais valoriza a importância do trabalho manual e não é à toa, que seus artistas são reconhecidos como os melhores do mundo. Ainda assim, reina uma certa indefinição sobre o que significa “métiers d’art”. Para os especialistas, o termo tem como base o conceito de “trabalho sócio-profissional de forte valor agregado humano que se opõe à produção de massa”. Os artesãos, por sua vez, se consideram verdadeiros guardiões do patrimônio nacional e revivem em seus ateliês a relação de mestre e aprendiz, perpetuando para as gerações futuras as técnicas das suas criações. As reproduções dessas obras-primas são ainda hoje fabricadas segundo os procedimentos originais que misturam a exigência da tradição com a excelência da modernidade, que fazem a singularidade de várias regiões francesas. Sendo assim, a melhor dica para os apaixonados pela moda é desbravar a “Route des Dentelles Normandes”, que abrange cidades e vilarejos renomados pela produção de rendas na região da Normandie. Durante o percurso, o visitante é convidado a conhecer criações sublimes com destaque para os pontos de Alençon e Argentan, a especialidade das rendas “blonde” de Caen, a renda negra de Bayeux, entre outras. Uma verdadeira demonstração da diversidade técnica desse artesanato requintado que simboliza a elegância francesa e que a Normandie soube preservar como parte integrante da cultura através de uma tradição ancestral. Ainda na mesma região, em Granville, a elegância pode ser expressa através dos ateliês de moda e perfumaria. No Museu Christian Dior o visitante pode conhecer a história dos 200 anos das fragrâncias como, por exemplo, a água de colônia usada por Napoleão I, o “Vol de Nuit”, de Guerlain, em homenagem à Saint-Exupéry e “L’Eau Sauvage” de Christian Dior, um marco, lançado em 1968. Todavia, a verdadeira revolução olfativa está em Grasse, no sudeste da França, berço da perfumaria de luxo, onde os clientes podem personalizar os próprios perfumes com aromas exclusivos num dos ateliês Fragonard, Gallimard ou Molinard.
© MDLF/Style City
Quando Luís XI decidiu implantar em Lyon, ainda no século 15, uma manufatura de lençóis de seda com fios de ouro, ele estava na verdade criando “A rota da seda de Lyon”, que atingiu seu apogeu no século 18, quando Philippe de Lasalle se serviu desse métier para decorar o Château de Versailles. Outro evento que assegurou a perpetuação desse métier aconteceu em 1805 e atende pelo nome de Jacquard, que tornou-se sinônimo de arte e parte integrante da cultura histórica da região ainda hoje. Lyon é o lugar privilegiado das grandes feiras têxteis anuais, onde se pode comprar tecidos vindos da Itália, conhecer as últimas tendências para o vestuário e visitar ateliês Perfumes
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Para finalizarmos essa viagem pelos “métiers d’art”, não pode ríamos deixar de falar de uma figura emblemática do mundo artístico, Pablo Picasso. Durante o verão de 1947 o artista se lançou no aprendizado da cerâmica, saindo diariamente de Juanles-Pins na Riviera Francesa onde morava, para fazer aulas de cerâmica na casa do Ramiés, em Vallauris. No Atelier Madoura, Picasso produziu cerca de 4.000 obras originais, que podem ser apreciadas no Musée Picasso d’Antibes. Outra curiosidade sobre a cidade, que tem um dos maiores acervos em Art Nouveau do mundo, é a Bienal de Cerâmica de Arte que atrai artistas inter nacionais e possui vários ateliês onde o visitante pode se iniciar na cerâmica em qualquer época do ano.
© MDLF/CRT Picardie/Didier Cry
Quem deseja aprender a arte dos verdadeiros arquitetos da música, é preciso passar, no mínimo, um dia em Montpellier, cidade que agrega o maior número de luthiers da França e exporta esse savoir-faire para o mundo inteiro. Os luthiers são uma outra comunidade de artesãos que fabricam instrumentos musicais à mão, conjugando arte e estilo ao ofício. Muitos desses instru mentos de grande beleza e formas arredondadas contribuem para a reputação universal desse trabalho, que demanda muita paciência e excelente senso estético-musical.
Antiga máquina de costura
Bordado francês
© MDLF/CRT Picardie/Sam Bellet
Os delicados vasos em porcelana que contam histórias através de pinturas com paisagens românticas de Faenza, Urbino ou Savona são chamados de faïences. Um dos mais famosos são os de Gien em fundo preto ou azul decorados com motivos da “Renascença italiana”, que retratam os amores e as quimeras de uma época. Os artesãos de Gien se especializaram na arte da imitação e fabricam cópias de peças do passado, mas com preço acessível. Peças únicas são igualmente criadas por pin tores e decoradores, que se inspiram em modelos dos séculos 17 e 18 ou ainda nas faïenceries do Extremo Oriente. É nas es treitas ruas de Rouen que o visitante encontrará, quase em cada esquina, os ateliês dos artistas que oferecem, durante todo o ano, cursos e estágios aos interessados em dominar essa arte do século 19. Em Nevers, na região da Bourgogne, conhecida como “a cidade da arte”, reputada pela sua faïencerie de arte tradicional e contemporânea em tons azul royal, o visitante é convidado a descobrir os segredos desse artesanato delicado de forte apelo estético. Um dos segredos que conferem auten ticidade às peças fabricadas nessa comunidade, diz respeito a uma pequena assinatura seguida de um “Nó verde”.
© MDLF/Patrice Thébault
familiares que promovem esse savoir-faire, transmitindo com arte a maneira de cruzar fios, destinados a serem usados na moda e na restauração de bens nacionais.
Seda colorida
HISTÓRIA & CULTURA
© Martine Roch
© Saverio Lombardi
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Hotel e Spa Le Couvent des Minimes
BOULES Essa é a maneira como os franceses testam suas miras Por Peter Wortsman O som do metal batendo contra metal é tão típico do sul da França quanto o canto da cigarra. “Ooolá!”, eles gritam quando um tireur (jogador) hábil faz um carreau (lance perfeito), tirando a boule do oponente do caminho e pondo a sua bola no lugar da dele. “Il a le biais! (Ele conseguiu o lance!)”, declaram e brindam a proeza com pastis gelado. Mas o jogo de boules não está limitado ao sul da França. O boules, tão francês quanto a baguete, é jogado com igual paixão — embora com regras diferentes e com projéteis de vários tamanhos e modelos — em terrenos desiguais e lisos de toda a França. Na verdade, pode-se dizer que esse jogo é o passatempo nacional. Cada versão do jogo tem seu próprio diapasão e sabor. Há os jogos em ambientes fechados, como o boule de fort com bolas achatadas e que é o preferido em Tours e o boule nantaise que usa grandes bolas esféricas que são arremessadas em um campo asfaltado. O boule bretonne é jogado com pesadas bolas de madeira e celebrado com cidra. A variante do jogo no nordeste da França é o boule des Flandres, eles arremessam um disco metálico e brindam a vitória com cerveja. Hoje, as versões mais populares, jeu lyonnais (de Lyon), jeu provençal e sua ramificação la pétanque (as duas originárias da Provence), são jogadas em todo lugar. Traça-se a origem do boules até os gregos da Antiguidade, que lançavam pedras redondas, e aos romanos, que lançavam bolas de madeira com um aro de ferro. Exemplares arqueológicos enferrujados foram encontrados em Marseille.
© Oktay Ortakcioglu
A versão do jogo mais antiga documentada, la lyonnaise, também conhecida como la longue (o jogo longo), foi jogada pela primeira vez na cdade de Lyon e redondezas. As regras foram sistematizadas em 1850. As boules são maiores e mais pesadas que as do jeu provençal e do pétanque, e os jogadores dão os três passos previstos antes de arremessar a bola. Recentemente, a versão la lyonnaise ganhou seguidores no mundo todo e passou a ser considerado um jogo de competição. Os moradores da Provence preferem uma versão bem menos vigorosa do jogo chamada pétanque (o sentido literal é pieds tanqués ou pés fixos) igualmente apreciada por nonagenários, como o
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Você apenas se agacha, mira e lança a bola. Com a palma da mão voltada para baixo e um pouco de prática, você consegue jogar a bola com efeito para que pare logo. Na verdade, o objeto lançado parece mais uma ferradura que uma bola; você o lança, em vez de rolá-lo. A popularidade do jogo um século depois de sua criação atingiu a posição de atividade de lazer da sombreada Place des Lices, em Saint-Tropez, e do Parc Borély, em Marseille, à Place de la Nation, em Paris e a todas as paradas de descanso das rodovias e praças das vilas.
© Olivier Boisseau
cantor Henri Salvador, pelos fortes estivadores, pescadores, trabalhadores agrícolas, bancários de ternos e belas banhistas de biquíni de Marseille. A pétanque foi supostamente inventada em 1907, em La Ciotat (um porto próximo de Marselha) por Jules Hughes (também conhecido como Le Noir), um jogador, cuja fase de apogeu já passara e que sofria de reumatismo; por isso, recusava-se a sair do lugar para arremessar a bola.
A pétanque, como a natação nos Estados Unidos, é tanto uma paixão de amadores praticada por diversão como uma atividade calculada praticada mediante altas apostas. Nos dois casos, o jogo não é assunto de brincadeira e, como todo jogo que se preza, é um teste de fervor e uma lição de vida.
Para mais informações sobre o jogo de boules e as regiões em que é praticado: Comitê Regional de Turismo de Provence-Alpes-Côte d’Azur www.decouverte-paca.fr La Boule Bleue: www.laboulebleue.fr
© Karl Thaller
Anos atrás, fui orientado em uma partida memorável por meu falecido sogro, um professor apo sentado, na minúscula vila alpina de Les Savoyons, em Hautes-Alpes. O objetivo do jogo é colocar sua bola o mais próximo possível da bolinha de madeira, chamada cochonnet (sentido literal, porquinho), e espalhar as boules de seus adversários. O jogo envolve duas habilidades essenciais: pointer (apontar) sua bola e tirer (lançar), desarrumando os rivais. Estava lançando e arremessando a bola com descuido e invariavelmente errando minha marca. “Por que você não mira?”, meu sogro perguntou com desagrado. Nunca havia me ocorrido que podia mirar. Então, para surpresa de todos e mais ainda minha, fiz exatamente isso e consegui um carreau perfeito. Que comemoração gostosa! Raramente, as revelações são tão simples e doces.
A group playing petanque in Paris
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HISTÓRIA & CULTURA
© MDLF/CRT Picardie/Claude Jacquot
Lugares que inspiram os escritores Em quase todos os cantos da França, os lugares onde nasceram grandes ideias são preservados com carinho.
Assinatura de Alexandre Dumas
Por Peter Wortsman
“Testemunha de minhas misérias, de minhas angústias, de minhas grandes alegrias, de tudo. […] Meus braços quase a desgastam com o peso da minha escrita.” Era assim que Balzac descrevia a pequena escrivaninha sobre a qual corrigiu as provas de sua obra monumental A Comédia Humana em uma casa localizada em uma rua silenciosa do Distrito 16 de Paris. A mesa, coberta com uma segunda camada de arranhões e manchinhas, é uma testemunha silenciosa, bem como o bule de café de porcelana com uma risca vermelha e monograma que estimulou a inspiração do autor. O bule de café de Balzac está seco, mas você ainda beberica um fino vinho tinto engarrafado na propriedade do grande pensador renascentista Michel de Montaigne, em Dordogne, antes de subir à torre dele, cujas vigas do teto são decoradas com citações da Antiguidade entalhadas pelo próprio pai do ensaio moderno. Em Lyon, o antigo Hospital Hôtel-Dieu no qual François Rabelais escreveu a picaresca vida do grande Pantagruel ainda brilha à noite. E no sul, na Côte d’Azur, a vila Saint-Louis (hoje o hotel Belles Rives), em Antibes, conserva a aura litorânea que inspirou F. Scott Fitzgerald a escrever seu último romance Suave é a Noite. Em quase todos os recantos da França, os templos de inspiração onde germinaram grandes ideias e em que nasceram livros extraordinários são preservados com carinho.
© MDLF/CRT Picardie/Claude Jacquot
É emocionante ficar, como fiquei alguns verões atrás, de pé à janela do quarto de Les Charmettes, com uma cópia da obra Confissões, de Jean-Jacques Rousseau, a casa de campo aninhada no arborizado vale perto de Chambéry (Savoie), para onde o grande pensador iluminista vinha sozinho! “Aqui começou o breve êxtase da minha vida”, escreveu Rousseau a respeito desse lugar, “aqui tive momentos pacíficos, embora passageiros, que me deram o direito de dizer que vivi”. Os cômodos e a área em volta da casa estão conservadas como Rousseau as descreveu; até mesmo o jardim de ervas no qual ele realizava seus estudos botânicos e a cama à qual sua volúvel amada, madame de Warens, convidou o jardineiro. Eu estava em boa companhia. Ao longo dos anos, a peregrinação literária a Les Charmettes incluiu o poeta romântico Alphonse de Lamartine (com uma casa de sua propriedade na aldeia de Milly-Lamartine, Borgonha), o romancista Stendhal (cujos achados sobre sua infância, como os de Jean-Jacques Rousseau em Grenoble e os de Isère, formam um museu) e a maior romancista francesa George Sand (cuja recente redescoberta atraiu multidões de bibliófilos a Berry, terra natal dela). Café típico
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Aurore Dupin (conhecida como George Sand) passou a maioria de seus períodos produtivos em sua propriedade rural na pacata vila de Nohant (Berry). O solar restaurado inclui o escritório dela, a sala do piano com forração à prova de som que ela construiu para seu amante, Frédéric Chopin, o jardim de flores que ela plantou e o teatro onde ela e seus talentosos convidados se entretinham. A mesa da sala de jantar está arrumada com cartões que trazem o nome de literatos ilustres, incluindo o romancista Gustave Flaubert, Ivan Turgenev e Alexandre Dumas. A casa de cada um deles está aberta à visitação em Croisset (Normandia), Bougival e Port-Marly (Île-de-France), respectivamente. Os leitores de Os Três Mosqueteiros e O Conde de Monte Cristo se sentirão em casa, como me senti, no castelo de conto de fadas de Dumas, o castelo de Monte-Cristo, em Port-Marly (Yvelines), uma curta corrida de trem de Paris. A casa e a área em volta dela, desenhadas segundo especificações precisas do autor — refletem sua rica fantasia e seu estilo de vida pródigo. “Quando alguém tem a honra de carregar o nome Dumas, tem um estilo de vida alto [...] e não se nega nenhum prazer”, escreveu ele. A joie de vivre é ainda palpável mais de um século depois da morte dele. Um desbotado menu retrata os pratos favoritos dele, uma omelete de ostra que, sem dúvida, atinge a contagem máxima na escala Richter do colesterol. Victor Hugo estava entre os famosos convidados do jantar.
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Casa de Balzac www.parisinfo.com
Stendhal www.isere-tourisme.com
Castelo de Montaigne www.chateau-montaigne.com
George Sand www.maison-george-sand. monuments-nationaux.fr
Villa Saint-Louis www.villasaintlouis.com Les Charmettes www.litterature-lieux.com Lamartine www.litterature-lieux.com
Flaubert www.litterature-lieux.com Château de Monte-Cristo www.chateaumonte-cristo.com Maison de Victor Hugo www.musee-hugo.paris.fr
© MDLF/CRT Picardie/Claude Jacquot
A residência palaciana de Hugo na Place des Vosges é um museu de propriedade da cidade de Paris e administrado por ela. Ali, ele escreveu boa parte de sua obra-prima Os Miseráveis, além de outras obras, recebeu seus amigos escritores, como Lamartine e Dumas, namorou sua amante, Juliette Drouet e conduziu sessões espíritas em torno da mesa da sala de estar. O quarto dele, totalmente restaurado, está mobiliado com a escrivaninha na qual ele escreveu e a cama na qual morreu. Bibliófilo ou enófilo, seja qual for sua preferência — ou, melhor ainda, os dois — você vivencia na França a inspiração em sua origem.
Hôtel de rohan-Guémenée, onde Victor Hugo viveu
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As casas de alguns ícones franceses espalhados pelo país são abertas à visitação. De propriedades rurais a encantadoras ilhas, cada casa revela um mundo escondido e quase esquecido até que você perscruta esses tesouros nacionais e observa as paisagens. por Ilona Kauremszky
Clos Lucé, Amboise
A mansão de Voltaire em Ferney-Voltaire © www.amboise-valdeloire.com
Antes da mania do mundo atual por Angelina Jolie, havia cele bridades como François-Marie Arouet, conhecido como Voltaire. Considerado uma celebridade nacional e eleito “o homem do século” por seus iguais, o renomado escritor e batalhador era querido nos círculos franceses mais restritos até que caiu na antipatia de Luís XV e foi acusado de fomentar a Revolução Francesa. O notório escritor, mandado embora de Paris, encon trou conforto em Ferney (uma aldeia na fronteira com a Suíça). Clos Lucé, Amboise
© MDLF/Martine Prunevieille
Hoje, a mansão de Voltaire de trinta cômodos situada em uma propriedade de seis hectares fornece uma percepção edificante dos anos finais dele. Voltaire, já com 65 anos quando chegou a Ferney, passou os últimos vinte anos de sua vida lá, onde dizem que ele escreveu inúmeras cartas e peças, e recebeu vários intelectuais. Casanova, Mozart e o marechal Richelieu estavam entre seus muitos convidados.
© www.amboise-valdeloire.com
Clos Lucé, Amboise
A casa é mobiliada com coleções de época e alguns poucos itens pessoais. Você não pode deixar de visitar o quarto de Voltaire, onde seu coração foi guardado por alguns anos até que a Biblioteca Nacional o obteve. Esse quarto, no qual ele encontrou muito consolo e no qual continuou a escrever, deixa a impressão de que Voltaire saiu apenas por um momento. A cama, um roupão de banho de seda verde, o retrato dele pintado por Maurice Quentin de Latour e o retrato de Lekain (ator favorito de Voltaire) decoram o dormitório. www.ferney-voltaire.net
Parque Leonardo da Vinci, Amboise
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© MDLF/Martine Prunevieille
Casas de celebridades abertas à visitação
Castelo Du Clos Lucé de Leonardo da Vinci, em Amboise Foi necessária a morte de um Médici para estimular a França a adotar um filho, um dos maiores cérebros do Renascimento. Conforme conta a história, o jovem rei Francisco I, com apenas dezenove anos, ao saber da morte de Giuliano de Medici, patrono de da Vinci, declarou que seria patrono do renomado renascen tista. Um exausto Leonardo enfrentou a travessia dos Alpes, carregando suas amadas obras Mona Lisa, Santa Ana e São João Batista nos lombos de mulas, para Amboise, na França, que se tornou sua última morada. Nas margens do rio Loire, onde a luz solar lembra a da Toscana, Leonardo trabalhou e pôs sua genialidade em movimento no castelo Du Clos Lucé como “primeiro pintor, mecânico, engenheiro e arquiteto do rei”. Lá, ele desenhou sua última obra-prima — um palácio real como o de Veneza a ser construído em Romo rantin — todavia, essa obra nunca se materializou. Essa nova residência para o rei teria um sistema de escoamento de água, portas automáticas e um grande complexo de prédios e de jardins. Hoje, a mansão construída com tijolos cor-de-rosa feitos a partir de pedras locais permanece uma das casas mais mobiliadas da região e é considerada o símbolo do movimento renascentista francês. Reproduções das invenções de Leonardo estão espalhadas pelo terreno do castelo. A casa restaurada refere-se ao tempo em que Leonardo viveu lá, com o dormitório onde ele viveu e morreu; os cômodos subterrâneos abrigam quarenta máquinas que estavam à frente de seu tempo; o estúdio no qual Leonardo desenhou o castelo de Romorantin, e a maravilhosa capela com afrescos italianos do século 16. www.vinci-closluce.com
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Celebridades de ontem e de hoje em Cannes
© SEMEC
Essa vila de pescadores na Riviera Francesa, na década de 1930, transformou-se na “Hollywood europeia” e, desde essa época, as celebridades, os líderes mundiais e a realeza reúnem-se nas praias douradas de Cannes. Alguns estão em busca de fama, outros querem dar uma olhada no brilho e no glamour do legendário carpete vermelho.
Villa Domergue, Cannes
Onde localizar a lista de celebridades
A mansão de Bonaparte na Córsega
No renomado Palais des Festivals, a capital do Festival de Cinema de Cannes, os fotógrafos reúnem-se para fotografar as estrelas enquanto elas sobem os famosos 24 degraus, ao mesmo tempo em que turistas amontoam-se para ver a avalanche de celebridades que circulam diariamente pela cidade durante as duas semanas do evento.
Em uma ruinha estreita da antiga cidade de Ajaccio ergue-se a casa onde Bonaparte nasceu em 15 de agosto de 1769, e para onde o imperador francês retornou depois de conquistar o Egito. “Essa casa é interessante, pois mostra aos visitantes como a família era humilde antes de Napoleão se tornar imperador”, explica Pierre-André, do Museu da Maison Bonaparte, mencio nando o famoso quarto de Napoleão.
www.musee-maisonbonaparte.fr
Localize as estrelas No famoso Palais des Festivals, no hotel Cap-Eden-Roc e no club noturno Bâoli.
© Office municipal de tourisme d’Ajaccio
Como a maioria das casas foi pilhada durante a Revolução, as raras mobílias originais — pegadas pela mãe de Bonaparte que fugiu com os filhos para Marseille — estão ali expostas. No quarto de Napoleão, pinturas originais de uma jovem Letizia e Louis adornam a lareira de mármore e também uma mesa de madeira do século 16 com marchetaria em ônix, lápis-lázuli e mármore. Em 1967, a casa tornou-se museu nacional.
Vila Domergue, a residência do artista O artista Jean-Gabriel Domergue encontrou em Cannes sua casa, aos pés do badalado Monte Califórnia. Gina Lollobrigida e Brigitte Bardot são duas das muitas mulheres bonitas que posaram para Domergue. Hoje, a casa pertence à cidade de Cannes e está aberta ao público.
13-24 de maio de 2009 Festival de Cinema de Cannes Palais des Festivals et des Congrès de Cannes www.palaisdes festivals.com Mansão de Bonaparte, Ajaccio
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Museu Vivo do Cavalo © Peter Bates
O monumento de Chantilly em homenagem ao cavalo. Por TOM REEVES Museu de Cavalos Vivos de Chantilly
O museu Vivant du Cheval (Museu Vivo do Cavalo), localizado na cidade de Chantilly, a 48 quilômetros de Paris, é um monumento à beleza do cavalo. Ele também é a realização do sonho de um homem de fornecer um espaço para a apresentação de magníficos espetáculos equestres e para ensinar ao público os princípios básicos da equitação. O museu fica nos Grandes Estábulos de Chantilly, talvez o estábulo mais magnífico do mundo. Em 1721, o príncipe de Condé, Luis Henrique de Bourbon, estava determinado a construir esses estábulos condizentes com sua posição de príncipe. Ele contratou um dos melhores arquitetos da época, Jean Aubert, para construí-los. O prédio de tamanho colossal tem 28 metros de altura na abóboda central e 182 metros de extensão. O cavalo é representado em todo seu esplendor em maravilhosas esculturas que adornam o frontão triangular acima dos portões. Os estábulos, quando foram concluídos, abrigavam 240 cavalos e 500 cães de caça. O último príncipe a viver em Chantilly — Henri d’Orléans, duque de Aumale — doou a propriedade para o Instituto da França. Em 1978, Yves Bienaimé, vendo que os estábulos estavam caindo em desuso, iniciou negociações com o Instituto da França. O objetivo dele, como perfeito cavaleiro e proprietário de três clubes de equitação, era devolver aos estábulos sua antiga grandeza e criar um museu do cavalo. Hoje, o museu recebe cerca de 160.000 visitantes por ano e fornece-lhes entretenimento maravilhoso. Cavalos treinados carregando elegantes cavaleiros realizam mesuras, marcha espanhola, fazem piaffes (trote cadenciado e com elevação no mesmo lugar), empinam e também fazem trotes e corridas coordenadas em volta do rinque com 13 metros de diâmetro. Roupas coloridas, efeitos sensacionais de luz e música clássica criam a atmosfera e o charme do espetáculo. Todos os anos há a apresentação especial de Natal. O tema para a temporada de 2008 foi “Natal, o Cavalo e uma Criança”, uma representação da história da “Bela Adormecida”. As crianças de todas as idades se deliciam com as apresentações!
© Karen Givens
Cerca de trinta cavalos vivem no museu, representando diferentes raças: frísio, appaloosa, espanhol, português, bretão, puro sangue inglês, bérbere e shetland. Nos estábulos também vive o singular cavalo marwari, antiga raça de cavalo da região Marwar no Estado de Rajasthan, Índia. Pôneis e jumentos completam o grupo. Durante o dia todo, os visitantes veem os cavalos em seus
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estábulos e cocheiras ou, no pátio, fazendo demonstrações com seus cavaleiros dos princípios básicos da arte da equitação. Essas demonstrações acontecem de três a cinco vezes por dia. O Musée Vivant du Cheval também é um centro de treinamento equestre. Especialistas em adestramento e em produção teatral, incluindo um juiz internacional de competições de cavalos treinados e um especialista em comportamento animal, orientam a equipe de cavaleiros do museu.
Em frente ao Musée Vivant du Cheval fica o magnífico castelo de Chantilly. O castelo, circundado por fosso e jardins, abriga uma das mais excelentes coleções de pinturas da França. E não esque çamos dois produtos famosos associados à cidade — a renda de Chantilly e o creme chantilly. A renda Chantilly foi moda na corte real durante os séculos 17 e 18. O creme chantilly foi inventado por Vatel, o chef francês, para uma suntuosa festa realizada em homenagem ao rei Luís XIV em 1661. www.museevivantducheval.fr
© Rick Rhay
Não é exagero afirmar que Chantilly é a capital francesa do cavalo. De abril a setembro, corridas equinas de prestígio são realizadas na pista de Chantilly. E Apremont, cidade vizinha, sedia o maior clube de pólo da Europa, o Polo Club du Domaine de Chantilly.
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© Château de Raissac
Culinária & Vinho A França sempre foi famosa por sua deliciosa culinária e excelentes vinhos. As páginas a seguir despertarão seu apetite por alguns sabores franceses menos conhecidos e a vontade de conhecer as pessoas por trás deles e as tradições que resistem ao teste do tempo.
N O R D - PA S DE-CALAIS
PICARDIE
© Jaime Ardiles-Arce
Isigny-sur-Mer ALSACE
NORMANDIE
Saint-Malo Fougères B R E TA G N E Rennes Vitré
LORRAINE
Mont Saint-Michel
ÎLE-DEFRANCE Orléans
PAY S DE LA LOIRE
Château Pierre-Bise
C H A M PA G N E ARDENNE
Domaine du Clos Naudin
Dijon
Clos Rougeard
BOURGOGNE
CENTRE VA L - D E - L O I R E
FRANCHECOMTÉ
© Robyn Mackenzie
POITOUCHARENTES LIMOUSIN AUVERGNE
RHÔNE-ALPES
PÉRIGORD
Bordeaux
Montélimar
A Q U I TA I N E
PROVENCE-ALPESCÔTE D’AZUR
Toulouse
Montpellier
Castelnaudary
Nice
Marseille
A cor corresponde aos artigos na lista abaixo A fascinante baguete, p. 37 Herança culinária, p. 38 Tesouro Périgord, p. 41 Abuse da manteiga, p. 42 Paixão por torrone, p. 43 Bouchons Lyonnais, p. 44 Amante do cru, p. 46 Apenas o melhor, p. 47 Os aperitivos, p. 48 Michelin faz um giro no exterior, p. 50 Localidades
© Office du Tourisme Sarlat-Périgord
CORSE
© Pekka Nuikki
© Office de Tourisme de Montélimar © MDLF/Jean François Tripelon-Jarry
RIVIERA
LANGUEDOCROUSSILLON MIDI-PYRÉNÉES
© Gracieuseté Arnaud Delmontel
A fascinante baguete
principalmente na qualidade dos ingredientes básicos”, diz Arnaud Delmontel, que usa farinha do moinho Viron, localizado em Chartres. “Além disso, o processo de confecção da baguete tem que combinar muita precisão e… amor!”. Sem dúvida, Delmontel usa esse último ingrediente, ele tem paixão por pão. Apesar de ele não ser exatamente um entusiasta de levantar antes do alvorecer, o pensamento de sentir o aroma de pão ajuda-o a levantar-se da cama.
A baguete, símbolo inconfundível da França, está presente em todas as mesas. Por Louise Gaboury
Em outras regiões da França “Há 650 moinhos na França e o trigo deles produz pães dife rentes, mas encontra-se pão bom em todos os lugares”, continua ele. Praticamente, todos os lugares da França produzem trigo e muitos deles estão reintroduzindo as farinhas locais, muitas das quais caíram no esquecimento. O moinho de trigo de Apt, reaberto em setembro de 2007, localiza-se no Parque Natural Regional do Luberon, no qual ficam as fazendas administradas de forma ecológica. A baguete ardéchoise foi criada em 2003, do outro lado do rio Rhône e é feita com três tipos de farinha: de trigo, de centeio e de castanha, o que lhe confere um delicioso sabor semelhante ao de fruta-pão!
Quando Paris desperta, o delicioso aroma de pão fresquinho toma conta das ruas. Mal o sol levanta, os parisienses dirigem-se rapidamente à boulangerie a fim de comprar a primeira baguete do dia. Esse pão quase mítico leva seis horas para ser feito e permanece saboroso quase que por esse mesmo período. Para garantir o suprimento diário, a campainha da porta da padaria toca do alvorecer ao anoitecer.
Depois de verificar a medida e o peso das baguetes, o júri julga a aparência, o aroma, a casca e, por último, mas não menos importante, o sabor das baguetes. O segredo está na farinha A empresa de Arnaud Delmontel ganhou, em 2007, o prêmio de melhor baguete de Paris graças à sua baguete “renascença” com sal Guérande e, em 2008, ele fez parte do júri que premiou a jovem Anis Bouabsa. “O segredo de uma boa baguete está
Durante uma semana ao ano, a França celebra o pão, começando na segunda-feira anterior a 16 de maio, em homenagem a Santo Honorato (padroeiro dos padeiros). Este ano, as festividades acontecerão de 11 a 19 de maio. www.fetedupain.com
© Gracieuseté Arnaud Delmontel
O pão do presidente Nos últimos cinquenta anos, Paris tem sido homenageada com o título anual da cidade que faz a melhor baguete. O objetivo da competição é prestigiar o trabalho dos padeiros artesões e o sabor da autêntica baguete.
© Gracieuseté Arnaud Delmontel
A baguete original Desde setembro de 1993, a característica tradicional da baguete francesa é rigorosamente controlada. O comprimento (61 centímetros), o peso (255 gramas) e os ingredientes (farinha, sal e água, sem adição de açúcar ou gordura) estão de acordo com o decreto que proíbe a adição de aditivos e o congelamento do produto. Essas regulamentações garantem a preservação da verdadeira natureza do pão francês e permite que os artesões façam produtos distintos dos industrializados encontrados nos supermercados.
Arnaud Delmontel Bakery
Arnaud Delmontel
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Culinária & Vinho
© Château de Raissac
“A região atua quase como vanguardista de replantio e de novos métodos”, disse-me Sera Goto, uma californiana. “E não há muitas regiões no mundo que fizeram esse esforço extraordinário e público de mudar seu plantio e estilo de abordagem à produção de vinho com o propósito de competir no mercado global.”
Sala de envelhecimento do Castelo de Raissac
Herança culinária Seguindo a origem da culinária e do vinho até o Languedoc-Roussillon Por Terry Ward Com certeza, os franceses se dão bem com as palavras Estamos rodando ao longo da faixa da estrada ao lado de Béziers, passando por quilômetros de vinhedos desenhando a terra seca e formando tantos arabescos frondosos arrematados com pa poulas floridas salpicadas aqui e ali. E as palavras escapam-me enquanto absorvo tudo isso Descemos uma viela de cascalho salpicada de sol. Um jato de luz flutua através dos plátanos, e os cachos de íris púrpuras sobressaem-se na sombra. No fim da estrada, o castelo Raissac — um dos diversos castelos produtores de vinho châteaux do Languedoc-Roussillon — ergue-se como uma sentinela silen ciosa. Parece que o elegante prédio de venezianas azuis também é banhado pela beleza da redondeza. “Ça me fait rêver”, suspira meu companheiro. E eu não poderia dizê-lo melhor A França está cheia de lugares que nos fazem sonhar. Mas, para mim, uma jornada através do Languedoc-Roussillon dá-me o privilégio de compartilhar um lado menos conhecido do espírito interiorano. No castelo de Raissac, os convidados podem se hospedar em um autêntico castelo que está na família Viennet desde 1828. A adega e o armazém do proprietário datam do século 17. As uvas pinot noirs, viogniers e chardonnays cul tivadas nas vinhas das redondezas derivam da área do rico patrimoine, remontando ao período gallo-romano. Quando disse a uma amiga que estuda viticultura em Bordeaux que visitaria o Languedoc-Roussillon, o entusiasmo dela transbordou como uma festiva garrafa de vinho tinto.
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“E os vinhos já mostram o resultado desse esforço”, diz Sera Na verdade, essa região central do sul da França — localizada entre o mar Mediterrâneo, o delta do rio Rhône e a fronteira espanhola — é a região de vinho mais produtiva do mundo. No passado, a região de Languedoc-Roussillon era conhecida por sua superprodução de vinhos de mesa, em vez de produzir as variedades de vinhos que, hoje, chamam a atenção para a região das designações de Minervois crus mais leves às encorpadas Corbières e Fitou, que é particularmente reverenciada por seus tintos e que casam de forma deliciosa com as carnes e linguiças locais grelhadas. De olho (e narina) em Corbières, minha próxima parada é na Abbaye de Fontfroide — um monastério beneditino do século 11. Essa é uma região catártica, e os castelos e vinhas que circundam o Departamento de Aude adicionam um cenário esplêndido à região. Depois de admirar o claustro e o jardim de rosas do século 13, há a degustação de vinhos Corbières na adega do mosteiro. Os prazeres da mesa também são uma boa parte do motivo de vir para a região do LanguedocRoussillon. E no que diz respeito à gastronomia, a região contribui para a herança culinária francesa de forma tão profunda e abrangente quanto seus mares infindáveis de vinhos. Essa parte da França, antes de seu vinho alcançar o cenário mundial, era muito conhecida pela qualidade de sua gastronomia. A culinária do Languedoc-Roussillon, dominada pelos sutis aromas da Provence, caracteriza-se pela predileção por azeite de oliva, tomates e ervas aromáticas, além da afinidade com carnes vermelhas, linguiças e frutos do mar. O Le Castellas, restaurante na vila de Collias, administrado pela própria família, permanece um lugar reservado apesar de ter estrela no guia Michelin. O forte nesse criativo menu da culinária francesa do chef Jérôme Nutile são os pratos de frutos do mar, como o delicado linguado frito e o ravióli de bacalhau. Para os amantes de carne, existe a famosa especialidade do Castelnaudary e Carcassonne. Cassoulet — um guisado de feijão branco com carne de porco, pato, ganso e cordeiro, tudo cozido bem devagar — é o cartão de visita mais famoso da culinária da região. E a forma de preparar o prato depende do local em que é servido. A primeira vez que comi cassoulet foi em Toulouse, onde a linguiça especial e o saboroso confit de ganso são ingredientes essenciais da receita local. Em Castelnaudary, enfatizam mais os ingredientes de porco, indo do presunto de pernil e linguiças à própria pele. E em Carcassonne, o confit de pato é frequentemente substituído pela perdiz-vermelha. Meu único arrependimento, enquanto saboreio meu último bocado de ervas aromáticas, é não ter tempo para perambular pela Route des Cassoulets — um roteiro gastronômico de sonho que vai de Carcassonne a Toulouse, levando os amantes de cassoulet a pequenas tavernas e restaurantes pontuados pelo guia Michelin que levam a iguaria ao seu máximo. La prochaine fois, talvez na próxima vez, penso comigo mesmo. Pois sei que minhas viagens me trarão de volta a Languedoc-Roussillon. www.raissac.com www.lecastellas.com www.fontfroide.com www.routedescassoulets.com
Culinária & Vinho
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© Office du Tourisme Sarlat-Périgord
Tesouro Périgord Veja os tesouros gastronômicos e histó ricos de Périgord Noir, na região nordeste da Aquitaine. Por JULIEN BISSON
Belves
Não se deixe levar pelo nome: o Périgord Noir não tem nada a ver com terra seca nem com covil de ladrões. A região recebeu esse nome por causa das escuras florestas de árvores frondosas que a cercam. O Périgord Noir, localizado na parte nordeste do Departamento de Dordogne, às vezes, é conhecido por seus trabalhos em treliça feitos nas estradinhas que serpenteiam os carvalhos com suas cepas e adornam o adorável cenário com uma cadeia de burgos e vilas peculiares, mas pitorescas. Descubra uma pérola muito especial: Sarlat-la-Canéda. Henry Miller considerava-a “o paraíso francês”. Essa cidade medieval do século 9, construída em volta de uma importante abadia beneditina, é uma verdadeira joia arquitetônica. Apesar de sua rica história como o principal palco francês da “Guerra dos Cem Anos” e das guerras religiosas francesas, Sarlat caiu em inatividade depois do Renascimento para despertar apenas há poucas décadas, quase intacta e ainda en volta em seus adornos medievais. Os portões da cidade abrem-se para uma série de aleias com iluminação a gás e com casas antigas de pedra ocre e telhado de ardósia.
© Floortje
O inverno é a época ideal para visitar a região, pois é a estação de marchés au gras (mercados de foie gras) que vendem o famoso foie gras de ganso e de pato, e os produtos gastronômicos da região são fora do comum. Périgord Noir também é famoso por seus confits, trufas, cèpes (cogumelos selvagens), castanhas e nozes! Uma refeição em uma das muitas hospedarias locais o transformará imediatamente em fã da cozinha variada e festiva da região.
© Office du Tourisme Sarlat-Périgord
Embora o passeio por esse cenário de filme de “fanfarra” seja suficiente para deixar qualquer pessoa feliz, seria vergonhoso perder alguns dos mais famosos monumentos da cidade, como a esplêndida Maison de la Boétie ou o intrigante monumento chamado Lanterne des Morts (lanterna dos mortos) construído por volta do século 12. Dica: se visitar a cidade, saia de manhã quando as ruas tendem a ficar cheias, principalmente no fim de julho durante o Festival de Teatro.
Castanhas
La Roque
E mais, ficar em Sarlat não quer dizer privar-se da beleza dos arredores. Você simplesmente tem de explorar os dois vales que flanqueiam a cidade; o vale Vézère tem renome internacional por causa de suas muitas cavernas pré-históricas, em especial, a caverna de Lascaux com suas legendárias pedras pintadas. Mais para o sul, o vale Dordogne abriga uma série de cidadezinhas que, com frequência, englobam algumas das mais belas vilas da França, como a La Roque-Gageac, aninhada aos pés de um rochedo íngreme, ou Belvès, empoleirada sobre o topo da rocha que abriga uma caverna habitável incrível sob a praça principal da vila. Ainda há outros tesouros a serem descobertos no Périgord Noir, região em que os segredos não são a menor de suas riquezas.
Escritório de Turismo de Sarlat e Périgord Noir www.sarlat-tourisme.com
Comitê de Turismo de Dordogne www.dordogneperigord-tourisme.fr
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Culinária & Vinho
Abuse da manteiga © Robyn Mackenzie
A manteiga é o elemento mágico da culi nária e a melhor manteiga do mundo é encontrada na França. Por Seth Fishman
A culinária francesa está há muito tempo à frente da revolução da manteiga. Madeleine Kamman declarou guerra contra a margarina no início da década de 1970 com seu livro The Making of a Cook (A Formação de um Cozinheiro) a chef moderna confia na manteiga e na capacidade desta de provocar explosões de sabor no paladar. Os franceses não poderiam concordar mais com isso, pois são os maiores consumidores de manteiga do mundo, com um consumo de quase oito quilos anuais de manteiga por pessoa. E por que o mundo é tão apaixonado pela manteiga francesa? Provavelmente, porque ela tem as melhores condições: o solo da França é bem mantido, as vacas são bem tratadas e estão sob a jurisdição do Appellation d’Origine Contrôlée (AOC). Essa orga nização monitora as pastagens, a alimentação, as nascentes de água e fornece o selo de aprovação a apenas poucas áreas de pastoreio da França, a maioria delas localizada na Normandia e em Poitou-Charentes. Jean-Yves Bordier, produtor de uma manteiga deliciosa, tem uma loja na cidadezinha de Saint-Malo, no norte da Bretanha — um belo local ao longo da costa que merece ser visitado. A es pecialidade de Bordier, incontestável rei da manteiga, tem muita demanda. Sua marca, Le Beurre Bordier, é produzida com leite orgânico das pastagens de Rennes, na Bretanha. Bordier mistura a manteiga vagarosamente com um cilindro de madeira em uma pequena batedeira de teça, adicionando o tempo todo pitadas de sal marinho de excelente qualidade e, muitas vezes, seu ingrediente secreto — alga marinha! Bordier é tão apaixonado por sua manteiga que se recusa a espalhá-la no pão, ele diz que a melhor maneira de comer a manteiga é colocar um pequeno naco sobre um pedaço de pão e deixar que ela derreta na boca. Você também encontra a maravilhosa manteiga feita por ele em Paris, na La Grande Epicerie do Le Bon Marché, na Fauchon da praça de la Madeleine, na Dalloyau na rua de Faubourg Saint-Honoré, na Da Rosa e no traiteur Maison Baillon.
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Para continuar seu roteiro das excelentes manteigas da França, dirija-se para o Departamento de Deux-Sèvres, que faz parte da região de Poitou-Charentes no leste da França, a cerca de duas horas de Paris de trem. Além das fabulosas feiras de rua de Parthenay, do Festival Internacional de Filmes de Aves de Ménigoute e da grande quantidade de pequenas vilas encan tadoras, você encontra duas das mais deliciosas e famosas manteigas já experimentadas pelo homem! Em Echiré, da qual a manteiga herdou o nome é vendida em todo o mundo. A Société de Laiterie coopérative d’Echiré, cooperativa que supervisiona o leite usado na manteiga Echiré, produz 950 toneladas de manteiga por ano, um produto que conquistou a confiança de chefs famosos, como Eric Bertoïa, chef executivo de doces do Daniel na cidade de Nova York e Gregory Gourreau, chef executivo de doces no Le Cirque de Las Vegas. Também em Deux-Sèvres, você encontra a Laiterie Coopérative de la Viette (em Vouhé-Soutiers). Essa manteiga celestial existe desde 1897 e é especial devido à qualidade do solo e das nascentes de água do rio Viette. Pierre Hermé, chef de doces e proprietário da Pâtisserie Pierre Hermé, em Paris, confia na manteiga La Viette — experimente a famosa torta cremosa de limão dele e você será fisgado! A Normandie também tem sua capital da manteiga com a mundi almente famosa Isigny Sainte-Mère. Essa cooperativa premiada está localizada no canal inglês, perto de Cherbourg, e oferece um maravilhoso passeio por suas instalações, propiciando a observação do processo de produção da manteiga e terminando com uma deliciosa degustação. As visitas são feitas diversas vezes ao dia durante o período de julho e agosto ou, no resto do ano, com agendamento.
Fatos divertidos O uso da manteiga data de cerca de 10.000 anos, quando os pastores mesopotâmios enchiam as peles de bode com leite, penduravam-nas em varas e atravessavam as campinas sacudindo o leite até que virou manteiga.
Echiré www.echire.com LAITERIE Coopérative La Viette 79310 Vouhé-Soutiers Tel. 05 49 63 42 82 www.laiterie-coopla-viette.fr (em francês) Site Oficial do Turismo do Departamento de Deux-Sèvres www.ita2sevres.org Fromagerie Jean-Yves Bordier 9, rue de l’Orme 35400 Saint-Malo, Tel. 02 99 40 88 79 www.saint-malo.fr Isigny Sainte-Mère 2, rue du Docteur Boutrois, 14230 Isigny-sur-Mer Tel. 02 31 51 33 88 www.isigny-ste-mere.com
Essa especialidade de Montélimar tornouse um dos doces mais populares do mundo. por JULIEN BISSON
© Nougats Arnaud Soubeyran
Paixão por torrone!
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© Office de Tourisme de Montélimar
Culinária & Vinho
Confecção de nougat
O torrone, conhecido no Oriente Médio desde a Antiguidade, foi trazido para Marselha pelos gregos, cidade que, na Idade Média, detinha o monopólio da produção de torrone na Provence. Na época, ele era feito de nozes, daí o nome latino nux gatum (barra de nozes) que se tornou nougo, na Provence, e, depois, nougat. No entanto, só no início do século 18, o torrone surgiu em Montélimar com a ajuda de Olivier de Serres, agrônomo do Departamento de Ardèche que introduziu, com sucesso, as primeiras amendoeiras na região. À medida que as amendoeiras se firmaram, essa fruta substituiu gradualmente as nozes no torrone, transformando essa cidade de Drôme no centro da produção de torrone. Os habitantes locais contam uma história bem diferente e com muito mais colorido para explicar a origem do torrone. A lenda diz que Tante Manon, que viveu em Montélimar no século 17, fazia um doce maravilhoso que era tão saboroso quanto miste rioso. O doce era tão gostoso que cada vez que ela o dava para um de seus sobrinhos, eles exclamavam: “Tante Manon, tu nous gâtes, tu nous gâtes!” (“Tia Manon, você está nos mimando!”). E, assim, o doce passou a ser chamado de nougat. Claro que a cidade provençal atual não se parece em nada com o que era sob o Ancien Régime. No entanto, ela usou o tem
po para promover sua especialidade. Montélimar, com uma localização ideal na famosa estrada que leva de Paris à Riviera, a Route Nationale 7, tem sua cota de turistas que experimentam o torrone durante os congestionamentos da estrada no verão, o que ajudou a popularizar o sabor e a aparência do torrone. A forma de fazer o torrone também mudou. Hoje, o doce é feito em grandes quantidades — cerca de 3.500 toneladas por ano — por cerca de treze maisons renomadas que mantêm a tradição. Contudo, uma das melhores formas de descobrir essa especialidade nessa cidadezinha charmosa é visitar uma das oficinas, como a Maison Arnaud Soubeyran, a mais antiga fábrica de torrone. A Maison Arnaud Soubeyran, fundada em 1837, tem uma verdadeira nougathèque que conta a história do produto e também os diferentes estágios do processo de fabricação do torrone. Mais recentemente, em 2005, a prefeitura abriu o Palais des Bonbons et du Nougat (Palácio dos Doces e Torrones) para homenagear as confeitarias francesas, naturalmente começando pela especialidade da cidade. O Palácio, além de uma visão geral dos doces de todo o mundo, contém o maior torrone do mundo, pesando mais de uma tonelada! Mais que suficiente para fazer qualquer um sucumbir ao pecado da gula… www.montelimar-tourisme.com
Maison Arnaud Soubeyran Zone Commerciale Sud Route Nationale 7, 26204 Montélimar Tel. 04 75 51 01 35 www.nougatsoubeyran.com Palais des Bonbons et du Nougat Village au Fil du Temps 100, route de Valence, 26200 Montélimar Tel. 04 75 50 62 66 www.palais-des-bonbons.com
© Nougats Arnaud Soubeyran
Embora a França seja muito conhecida por sua excelente culinária, às vezes, esquecemos que ela também é famosa por seus doces. Alguns deles estão entre os mais conhecidos do mundo, estando o famoso torrone de Montélimar no topo da lista. Esse doce (feito com mel, açúcar e amêndoas), ameaçado pelo turrón espanhol e pelo torrone italiano, obteve, como os vinhos e queijos finos, a certificação de AOC (Termo de Controle de Origem) para estabelecer sua identidade.
Torrone
Nougat Arnaud Soubeyran
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Culinária & Vinho
As versões de Lyon dos bistrôs parisienses oferecem refeições únicas e deliciosas. Por Sylvie Bigar
© MDLF/Michel Laurent
Bouchons Lyonnais Franceses e turistas buscam a convivialidade dos bouchons
Há muitas histórias que tentam explicar a origem do termo bouchon: uma alusão à rolha da garrafa de vinho? Uma refe rência à antiga taverna em que os viajantes jantavam, enquanto os empregados bouchonnaient (escovavam) seus cavalos? Não, a melhor explicação é que o termo se refere ao feixe de palha trançada — chamada bouchon na gíria de Lyon — que o estalajadeiro pendurava acima da porta para indicar que tinha restaurante. Desde 1997, Pierre Grison e sua associação de defesa dos bouchons de Lyon fazem o roteiro dos restaurantes, testam a autenticidade dos novos candidatos e degustam as contribuições deles a fim de decidir se merecem a placa “Bouchon lyonnais
A cozinha de Lyon, com sua culinária baseada nos produtos regionais e seu poderoso passado industrial, une alguns dos melhores ingredientes do país com vegetais simples e miúdos. Peça gras-double à la lyonnaise (uma macia dobradinha cozida com salsinha e cebola) ou tablier de sapeur (dobradinha empa nada frita). Para uma opção mais leve, escolha bolinho de lúcio (espécie de peixe) com molho de lagostim, frisée aux lardons, mousse de fígado de frango ou salada de lentilha. Nossos bouchons favoritos? A instituição sem menu Café des Fédérations e sua decoração com temática suína, na qual Yves Rivoiron, personalidade impressionante, domina o oeufs en meurette (ovo escaldado no vinho tinto) e a melhor rosette de Lyon (linguiça de porco curada). Chez Abel, aberto em 1928 pela mère Abel, fica próximo da Porte d’Aulnay. Sua sala de jantar em tom cálido e belamente restaurada completada pelo forro com vigas de carvalho o torna um dos estabelecimentos mais elegantes da cidade. Saboreie a melhor mousse de lúcio de Lyon, o rim de vitela com molho de mostarda, a imensa costela de vitela ou o suculento frango caipira (poulet fermier) com batata gratinada. Joseph Viola, novo chef e proprietário do Daniel et Denise, manteve o nome histórico e a antiga decoração de charcruterie, apesar de, hoje, Daniel e Denise estarem apo sentados. O jovem chef, escolhido Meilleur Ouvrier de France em 2004, além dos pratos lyonenses clássicos, oferece sua interpretação de confit crocante de quarto dianteiro de cordeiro, terrina de timo de vitela e o deliciosamente leve île flottante, uma sinfonia de merengues flutuando em calda de baunilha salpicado com caramelo.
© MDLF/Jean François Tripelon-Jarry
Muitos bouchons, simples, humildes e, muitas vezes, adminis trados pela própria família, ainda têm uma mulher liderando a cozinha. Criado por algumas das mais famosas chefs do início do século 20 — Tante Paulette, La Mère Jean ou Mère Brazier (cuja marca acaba de ser comprada pelo chef Mathieu Viannay, pontuado com duas estrelas pelo guia Michelin,) — que muda ram para o centro da cidade durante o boom industrial de Lyon a fim de ficarem mais próximas das abundantes oficinas e fábricas de seda. As restauratrices adaptaram seu horário ao dos trabalhadores, abriam ao alvorecer e inventaram o mâchon, o ancestral lyonnaise do brunch — uma refeição simples e despretensiosa baseada no café da manhã.
autêntico”, concedida com base na decoração, no ambiente e, claro, na cozinha.
Torta de cassis
© MDLF/Jean François Tripelon-Jarry
Existe gastronomia molecular, nouvelle cuisine e a volta do tra dicional— os fãs de bœuf bourguignon- mas para os visitantes de Lyon, a autoproclamada capital francesa da gastronomia, situada no meio do caminho entre Paris e Nice, não há nada como a comida em algum dos bouchons da cidade.
Fondue de queijo
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Kalyana - Photos A. Grattie / C. Martelet / Getty Images
O puro bem-estar Ê deixar-se levar pelo fervor do momento‌
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Culinária & Vinho
Amante do cru © Jaime Ardiles-Arce
Eric Beaumard, diretor do restaurante Le Cinq, considerado o melhor sommelier na França e no mundo, experimentou mais de sete mil vinhos em 25 anos de carreira. Por Jeryl Brunner Adega de vinhos no Le Cinq
© Four Seasons Hotels Limited and affiliates
A paixão de Eric Beaumard pela culinária e tudo que a envolve começou quando ele tinha dez anos, fazendo bolo de chocolate e pudim de arroz com a mãe e a avó. “Amo cozinhar porque amo criar”, diz o sommelier de fama mundial e respeitado diretor do restaurante Le Cinq, do hotel George V de Paris. “Sempre que você cozinha, conta uma história. Mesmo partindo da mesma receita, cada prato é diferente. É uma representação de você.”
© Four Seasons Hotels Limited and affiliates
Eric Beaumard
Le Cinq
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Eric, nascido em Fougères, próxima de Rennes, trabalhou como assistente em diversos restaurantes a fim de construir a carreira de chef. Contudo, sua vida transformou-se completamente quando, aos dezoito anos, sofreu um sério ferimento no braço direito em um acidente de moto. “Não quis mudar de profissão. A culinária era minha paixão”, recorda ele. Trabalhar tornou-se um desafio. Ele continuou a cozinhar no Les Maison de Bricourt por mais alguns meses, mas o principal chef e proprietário do restaurante, Olivier Roellinger, sugeriu a ele um novo caminho. “Olivier disse: “Vejo sua alegria em cozinhar, mas é muito perigoso”, explica Beaumard, que perdera toda sensibilidade no braço direito. “Continue sua paixão, mas faça isso com o vinho.” Nascia uma nova carreira. Ele devorou o Guide des Vins de France, de Guy Renvoisé, trabalhou em uma loja e em um balcão de vinho e foi autodidata em tudo que pôde. “Havia muito a aprender”, diz ele. “Mas quando comecei, não consegui parar.” Encontrar trabalho foi complicado. “Ninguém queria contratar um sommelier que não podia usar um braço”, rememora ele. Mas ele foi perseverante e, no fim, encontrou um posto no La Taverne de l’Ecu, em Vitré (Bretanha). Em 1987, ele, depois de aperfeiçoar sua habilidade, ganhou o prêmio de Melhor Jovem Sommelier da França. Esse título
garantiu-lhe uma posição no La Poularde, restaurante pontuado pelo guia Michelin, no vale do Loire. Ele viveu na região com a esposa e os três filhos por doze anos. “Dizemos que o vale do Loire é o jardim da França. O clima não é muito quente nem muito frio.” Ele recebeu mais aclamações durante sua temporada no vale do Loire, incluindo a de Melhor Sommelier da França (1992), Melhor Sommelier da Europa (1997) e a medalha de prata de Melhor Sommelier do Mundo (1998). Em 1999, ele foi contratado pelo renomado hotel George V para criar uma adega de vinho (que, hoje, ostenta 50.000 garrafas) e idealizar a carta de vinhos. Desde o início, ele insistiu em visitar as vinhas a fim de selecionar os vinhos. Ele, com frequência, leva com ele o chef executivo Eric Briffard e o sommelier Thierry Hamon. “É importante ter muita ligação com os produtores”, explica Beaumard. “Assim, quando fala a respeito do vinho com os con vidados, você conhece de onde o vinho veio; conhece o lugar.” Depois de experimentar mais de sete mil vinhos durante 25 anos de carreira, existe algum que se destaque? Em um Natal, ele tomou uma garrafa de Domaine de la Romanée-Conti, safra de 1969, com a esposa e o pai. “O mundo parecia um sonho”, reme mora ele. “Apesar da cor do vinho não estar clara, a complexidade do aroma era surpreendente.” A cada quinze minutos, o bouquet mudava. Ele dava uma sensação aveludada ao paladar. E a ex periência continua a elevá-lo. “É a mesma sensação de quando você admira uma pintura extraordinária e não consegue tra duzi-la em palavras nem compará-la com nada”, diz ele. “Foi a experiência perfeita, quero guardá-la para sempre.”
Culinária & Vinho
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A França de Erick Jacquin
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Dicas de um Chef premiado A Gastronomia do Chef Erick Jacquin
Não são poucos os adjetivos que se pode atribuir ao Chef Erick Jacquin. Criativo, rigoroso com qualidade, detalhista, ob servador, talentoso e bem-humorado. Se há alguma dúvida, vejamos. Adentrar o La Brasserie Erick Jacquin, o restaurante francês mais premiado de São Paulo, é uma viagem única. Um ambiente suave e muito elegante. Ao chegarmos somos recebidos por uma equipe discreta e muito atenciosa. Já se observa a joie de vivre do Chef na entrada: ao lado de alguns prêmios e garrafas de champagne, o ratinho de pelúcia Remy, do desenho Ratatouille, também nos dá boas-vindas. Contem porâneo e chique! Poucos sabem, mas o responsável por trazer ao Brasil o famoso petit gâteau, que virou uma instituição gastronômica em São Paulo, é esse francês nascido em Dun Sur Auron, uma pequenina cidade do Vale do Loire, que chegou para conquistar o coração dos brasileiros em 1995.
Chef Erick Jacquin
por Ricardo Bueno Hida
Já Lyon, é onde os gourmets podem experimentar a tradição francesa de bem cozinhar. Dos char mosos bouchons aos mais estrelados e famosos restaurantes da alta gastronomia, bons lugares não faltam. Para Erick Jacquin, contudo, a capital gastronômica do mundo é Paris. Mas o chef prefere os pequenos bistrôs e brasseries aos restaurantes estrelados. Segundo ele, é nos pequenos e mais simples estabelecimentos que se vive o espírito francês, a cozinha de todos os dias. Isso é algo tão importante para o chef, que recentemente ele abriu em São Paulo, o Le Butèque, que traz esse tom mais descontraído, trivial. Quando pedimos dicas, ele desconversa. Para ele a França é como um antiquário. Repleto de pre ciosidades. Cada turista tem que procurar e encontrar o seu lugar preferido, aquele que transforma sua viagem em um momento mágico. “Ton moment magique”, diz ele. Ele deixa, no entanto, escapar que gosta muito do Restaurante Le Baratin, do Restaurante Gour mard, do Restaurante Christian Leclou e Au Comte de Gascogne (especializado em foie gras). “Buscar os locais Art Déco é uma experiência a ser vivida”, ele ensina.
Se o petit gâteau é uma página virada em sua vida, a paixão pela pâtisserie, não. Se perguntarmos ao chef se ele tem alguma sobremesa preferida, ele hesita. Afinal a França é o país da pâtisserie. E seria uma injustiça, senão uma heresia, escolher apenas uma.
Como dicas de roteiros não necessariamente eno-gastronômicos o chef sugere na região do Languedoc Roussillon, a cidade de Carcassonne, um lugar divino.”Onde tenho muitas proprie dades”, ele brinca. O Mont Saint-Michel, na Normandia, é outro lugar que todos os brasileiros deveriam conhecer. Assim como a Montanha Sainte Victoire, perto de Aix-en-Provence, onde você pode se sentir um pintor impressionista do início do século passado.
Para ilustrar a variedade culinária na França, o chef lembra que os franceses reconhecem vários tipos de morango. Sim, se para nós brasileiros, morango é morango, na França eles são vários, como várias são as receitas para deliciá-los.
E finalizando nossa conversa, o Chef Jacquin se mostra muito feliz com o ano da França no Brasil. Para ele, esse tipo de evento é a oportunidade do diálogo, da mútua compreensão, de mais união entre os dois países. União que passa pela gastronomia. Afinal para ele, todos os grandes momentos da Humanidade sempre acontecem em volta de uma mesa. Assim acontece desde a Antigüidade, ele afirma. Grandes negócios, grandes amores, grandes tratados de paz. E quando pergun tamos se esses também são os tais momentos mágicos aos quais ele se referira durante a conversa, ele responde: “Peut être, peut être…”.
Jacquin sugere diversas temporadas gastronômicas na França. A primavera é para se esbaldar com as frutas vermelhas, o verão das Antilhas com as bananas, o outono com chocolates e o inverno com todos os doces tradicionais de final de ano. Iniciando o roteiro gastronômico, o Chef diz que os brasileiros se identificam muito com a Provence. O clima, a descontração, os sabores e aromas. A versão francesa de alguns pratos brasileiros litorâneos pode ser degustada nessa região.
Le Baratin 3, rue Jouye Rouve Tel. 01 43 49 39 70 Gourmard 9, rue Duphot Tel. 01 42 60 36 07 Christian Leclou 132, Rue Cardinet Tel. 01 42 27 36 78 Au Comte de Gascogne 89, Av Jean-Baptiste Clément Tel. 01 46 03 47 27
© Newpi
© Hugo Chang
Culinária & Vinho
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Os aperitivos O grande tour de France, cortesia de algumas das mais históricas — e deliciosas bebidas do país. Por Jim Tobler e Jessica Quandt O happy hour tende a se desenvolver de forma bastante previ sível. Encontre o bar mais próximo, e peça uma porção acom panhada de um chopp. Na França, do outro lado do Atlantique, eles também têm um ritual para coquetéis após o trabalho: o apéritif ou apéro, forma abreviada. Mas o apéro, diferentemente do happy hour americano, é a própria encarnação da famosa art de vivre francesa. A filosofia da art de vivre é simples — relaxar e aproveitar a vida são praticamente seus únicos princípios.
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Contudo, o coquetel criativo e generoso está fazendo um grande retorno. Delicie-se com a hora francesa do coquetel em algum lugar, em um restaurante local, em sua casa ou até mesmo em um dos muitos eventos Apéritif à la Française realizados em todo o mundo. Claro que qualquer aperitivo francês é mais saboroso na região em que é produzido, especialmente porque muitas das mais famosas bebidas têm laços seculares com regiões específicas.
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Lillet, um eterno clássico inventado em Bordeaux, Aquitaine, e lançado em 1895, é uma combinação do vinho local com frutas cítricas tropicais maceradas em álcool e, depois, envelhecida em tonéis. Em geral, toma-se a versão vermelha e a branca com gelo, mas essas versões, como muitas outras bebidas francesas, são a base para a preparação de milhares de coquetéis. No filme Casino Royale, até mesmo James Bond — sabidamente o mais famoso apreciador de martini do mundo — pede a bebida que é sua marca registrada feita com Lillet. Byrrh, a bebida da região do Languedoc-Roussillon, foi inven tada no fim do século 19, época em que foi comercializada como bebida medicinal. A mistura de vinho tinto local seco e quinina (ou água tônica), agora, é conhecida como aperitivo e não como suplemento medicinal. Pernod-Ricard ainda produz Byrrh, em Perpignan, em uma fábrica projetada por Gustave Eiffel, e, se estiver na cidade, você pode ir lá para uma visita e degustação
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Em Dijon, capital da região da Bourgogne, o Kir é a bebida a ser escolhida. A bebida, que recebe o nome de Canon Felix Kir, prefeito de Dijon de 1945-1968, é uma mistura de Aligoté (vinho branco local) e licor de crème de cassis. Em ocasiões especiais, os locais trocam o vinho por champanhe a fim de criar o Kir Royale. Praticamente todas as regiões da França têm sua própria versão, dependendo de qual é o vinho branco local. As abundantes maçãs locais são a base dos aperitivos carac terísticos da Normandie. A cidra de maçã (ou cidre) é feita e consumida em toda a região, mas também pode ser destilada para produzir o Calvados, conhaque local feito com a maçã do Departamento do qual recebe o nome. Misture a cidra e o creme de cassis, de multiuso, para fazer o Kir Normando ou experi mente o pommeau, feito de cidra não fermentada e Calvados. Na Provence-Alpes-Côte d’Azur, a bebida nativa da região é o famoso pastis, que como o absinto, tem o anis como base, e é mais brando e não sobe tanto. O pastis tem diversos nomes, o mais famoso é o Pernod, misturado com ervas selecionadas, ou Ricard, que leva menos ervas e tende mais para o anis. É melhor tomar esses drinques com um copo de água gelada ao seu lado a fim de adicioná-la de acordo com seu paladar. O líquido fica branco leitoso e o aroma fica mais evidente, criando uma experiência realmente memorável.
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Na região de Rhône-Alpes, um cálice de Chartreuse leva-o de volta a 1605, quando os monges da Ordem dos Cartuxos rece beram um misterioso manuscrito contendo a receita de um “elixir da vida eterna”. Em 1737, finalmente os monges produziram seu primeiro lote do elixir para uso medicinal, e, desde essa época, o elixir já passou por diversas categorias. Hoje, ele é vendido
em duas versões mais brandas e suaves — Chartreuse Verte (a mais forte das duas) e o Chartreuse Jaune — maceradas com mais de 130 ervas, raízes e folhas. Hoje, dois monges da Ordem dos Cartuxos são as únicas pessoas do mundo que conhecem o segredo da receita exata do Chartreuse. E embora um cálice dele não possa mais ajudar a curar sua indisposição, certa mente ajuda a aquecê-lo em uma noite de inverno nos Alpes. A bucólica e tranquila região da Auvergne é o local de nasci mento da Suze, que tem o suave aroma de citrus, baunilha e raiz de genciana como sua base. Fernand Moureaux queria inventar um novo aperitivo que não tivesse o vinho como base e, em 1885, ele tentou destilar raiz de genciana, em vez de uvas. Assim nasceu a Suze, embora só tenha sido batizado em 1889. Diz a lenda que um fornecedor, localizado próximo ao rio Suze, na Suíça, deu a ideia do nome a Moureaux ao comentar: “Esse aperitivo atravessará a França como o Suze, que corre aos nossos pés.” Seria impensável visitar o Caribe Francês e não pedir um ade quadíssimo aperitivo tropical. Felizmente, as ilhas de Guadaloupe e de Martinique são conhecidas pela produção de alguns dos runs leves e escuros mais excelentes do mundo, graças à abundante produção de cana-de-açúcar da região e aos antiquíssimos métodos de destilação. Ti-punch é a bebida local escolhida e é feita com rum, suco de limão e melaço de cana. Os barmen, em geral, deixam os ingredientes sobre o balcão para que os clientes possam brincar de alquimista e preparar o próprio copo de paraíso antes de descobrir as praias locais e os museus do rum. Independentemente de seu destino e estado de espírito, não há como você errar ao ceder à tradição francesa do apéro. Apenas escolha alguma bebida local e de boa qualidade, e você embar cará em toda essa art de vivre antes mesmo de perceber.
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gratuitas. O Byrrh é mais gostoso gelado e pode ser enfeitado com casca de limão ou licor de creme de cassis.
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Linha do tempo do aperitivo 1605 Os monges recebem a receita do elixir que se tornaria o Chartreuse. A primeira edição de Dom Quixote foi publicada na Espanha. 1866 Byrrh é inventado no Languedoc-Roussillon. 1889 A marca Suze nasce em Auvergne. A Torre Eiffel é inaugurada em Paris. 1895 Lillet é lançado em Aquitaine. Em Paris, os irmãos Lumière exibem pela primeira vez um filme. 1945 Canon Felix Kir torna-se prefeito de Dijon. Termina a Segunda Guerra Mundial.
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Culinária & Vinho
Michelin faz um giro no exterior Jean-Luc Naret, desde que, em 2004, tornou-se diretor do renomado guia gastronômico, tem expandidoseus horizontes, publicando edições de Nova York, São Francisco e Tóquio. Contudo, ele permanece fiel à receita que tornou o Guia Michelin famoso. por Julien Bisson
© Michelin
O Guia Michelin, presente em 23 países, representa o paladar francês em todo o mundo? O Guia, sem dúvida, é francês, mas ele é francês na França, espanhol na Espanha e italiano na Itália. As equipes são constituídas de inspetores locais que se esforçam para representar a variedade gastronômica dos diferentes países. Em algumas cidades americanas, deparamo-nos com quarenta estilos distintos de culinária — conferimos três estrelas até mesmo para um restaurante japonês da cidade de Nova York. Dito isso, os chefs com mais estrelas ainda são os franceses, como Joël Robuchon e Alain Ducasse.
Jean-Luc Naret
Há quaisquer qualidades em comum que os diferentes guias procuram em cada país? Claro que sim. Um restaurante que recebe uma estrela em Paris tem de ser da mesma categoria do que recebe uma estrela em Nova York. A avaliação do restaurante tem dois aspectos: a classificação, variando de um a cinco “garfos e colheres”, ou seja, de um pequeno bistrô aconchegante a um luxuoso restaurante; e a qualidade da comida, indicada especificamente pelas estrelas Michelin. Nesse último item, avaliamos a escolha dos ingredientes, a maestria na técnica e no paladar, a personalidade do chef expressa no prato e, por último, a consistência no decorrer da refeição e do ano. Por isso, esses restaurantes são visitados diversas vezes por ano por diferentes inspetores. E os inspetores não se identificam? Não, de forma alguma. Quando nossos leitores jantam nesses restaurantes, eles também são anônimos! Nossos inspetores trabalham sem jamais revelar sua identidade. Cada um deles preenche um relatório no fim da refeição e é a compilação desses relatórios no fim do ano que determina a classificação dos restaurantes. Esse sistema permite-nos garantir a verdadeira imparcialidade. O Guia Michelin foi instituído em 1900, basicamente como uma ferramenta de propaganda. A história dele é bem incomum para um guia gastronômico, não é mesmo? Incomum, sim, mas magnífica. No início do século passado, havia, aproximadamente, 3.000 auto móveis na França. Os irmãos Edouard e André Michelin queriam atrair as pessoas com automóvel a passear pelas estradas da França (e a gastar seus pneus)! Eles criaram esse pequeno guia vermelho que era dado de graça aos motoristas e fornecia informação prática a respeito do carro deles, mas também a respeito do destino deles: a distância entre cidades, mapas, postos de gasolina e onde comer e se hospedar.
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Que mudanças essenciais foram feitas no guia desde essa época? Em 1926, apareceu a primeira estrela para premiar um bom restaurante em sua categoria. Em 1931, foram criadas as duas estrelas que representavam: “Vale o desvio”. E, em 1933, incluímos as três estrelas que representavam: “Vale a caminhada”. E, bem, quase 75 anos depois, essas avaliações têm o mesmo valor hoje. Perguntam-me muitas vezes, se o Guia Michelin instituirá a quarta estrela. Acho que não. Nossas estrelas têm um sentido claro e específico.
Guia Michelin, France 1900
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Este ano será voltado à redescoberta da vida ao ar livre na França, quer explorando a cidade como um morador local, quer descobrindo o interior como um nativo, quer visitando as praias como um insulano, você terá contato com algumas belas regiões da França.
N O R D - PA S DE-CALAIS
PICARDIE
Deauville © Robert Van Beets
NORMANDIE ORNE
ÎLE-DEFRANCE
Saint-Céneri-le-Gérei B R E TA G N E
Sens Tonnerre
PAY S DE LA LOIRE CENTRE VA L - D E - L O I R E
Montbard Semur-en-Auxois Saulieu Pouilly-en-Auxois
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BOURGOGNE
Puy-de-Dôme
Lacanau Cap Ferret
FRANCHECOMTÉ
RHÔNE-ALPES
Saint-Arcons-d’Allier Beynac ARDÈCHE
Granges-sur-Lot Biscarosse LANGUEDOCROUSSILLON
Seignosse Soustons Capbreton Hossegor Biarritz
MIDI-PYRÉNÉES
Orange Isle-sur-la-Sorgue PROVENCE-ALPESCÔTE D’AZUR
Menton
Localidades
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A cor corresponde aos artigos na lista abaixo Jardins secretos, pp. 53-54 Jantar por menos Pedalando na Borgonha, p. 56 de 35 euros, pp. 64-65 Aventura em Ardèche, p. 58 Orçamento para compras Surfe está na onda, p. 59 na França, p. 67 Vulcões da Auvergne, p. 61 A Paris popular, p. 69 Mercados das pulgas Lugares mais altos, p. 71 na França, pp. 62-63
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CORSE
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Jardim de Claude Monet, em Giverny, Normandie
Jardins secretos As maravilhosas paisagens florais da Normandie, Riviera Francesa e Aquitaine não são mais segredo para você. por Helena Lunardelli As flores são o melhor lado da mãe natureza. Elas são um verdadeiro deleite visual e provocam um sentimento de fascínio e de contentamento admirável. Os arranjos florais — com suas infinitas possibilidades de cor, forma e estilo — são minha grande paixão. Não existe nada mais charmoso que um simples arranjo de flores em um belo vaso. Você pode primeiro escolher as flores que quer usar, mas é a escolha do vaso ou recipiente (deixe sua imaginação correr solta, mas tenha as flores em mente) que será a base do arranjo. Sempre tenha presente o local em que quer colocá-lo e lembre-se da altura, extensão e peso desse arranjo. Tenha isso em mente enquanto passeia por um dos jardins secretos da França.
Os Jardins de la Mansonière, em Orne, Normandie, são subdivididos em onze jardins menores, cada qual com suas próprias características. Os jardins menores incluem o Jardim das Rosas, o Jardim da Lua, o Jardim da Serenidade, o Jardim do Perfume, a Praça do Pátio, o Jardim do Contraste, o Promenade, o Jardim Gótico, o Jardim da Nogueira, o Pátio e o Palco. É fácil passear por esses jardins claramente demarcados e de fácil acesso, a casa de chá do jardim oferece um delicioso final de passeio. Eles estão localizados em Saint-Céneri-le-Gérei, uma cidade medieval que, desde sua fundação no século 12, atrai artistas. Todo ano durante o Pentecoste, a cidade abre as portas para os pintores. Recomendo que você alugue uma casa na redondeza e aproveite a oportunidade para conhecer o resto da Normandie. Os jardins ficam fechados no outono e no inverno, mas reabrem em 17 de abril de 2009, portanto prepare-se para uma intensa programação de conferências, exibições e concertos. Algumas noites, o parque é iluminado com velas, e os visitantes podem apreciar um concerto com destaque para a música de Mozart. É absolutamente divino! Não esqueça sua máquina fotográfica nem seu caderno de notas para registrar as milhares de informações a respeito de flores e plantas.
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A França é como um grande jardim. Alguns proprietários, motivados pelo grande amor às plantas e às flores, abrem seus jardins particulares à visitação, compartilhando com os turistas e com os jardineiros amadores locais a beleza e a história desses lugares secretos. Três regiões da França destacam-se pela beleza de seus jardins particulares: a Normandia, a Riviera e a Aquitaine.
Flores do Jardim de Claude Monet
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Mansão Ephrussi de Rothchild, Saint-Jean-Cap-Ferrat
Jardim tradicional, Normandie
Se você acha que a Riviera tem apenas praias bonitas, reveja esse conceito. O jardim Clos du Peyronnet, em Menton, perto da fronteira italiana, é algo imperdível. Esse jardim particular, de propriedade da família Waterfield desde 1915, é uma ode à vegetação subtropical, com mais de seiscentas espécies oriundas da África do Sul e climatizadas para o solo mediterrâneo. Aproveite o clima excepcionalmente ameno da cidade e visite seus sete jardins mais importantes e fascinantemente distintos. Cada jardim é diferente do outro e tem sua própria história cativante. Visitas com guias e eventos especiais são organizadas durante o ano todo.
desse lugar. Será que essa paisagem, que lembra um quadro impressionista, inspirou o pintor? E a região tem muito mais a oferecer. A menos de uma hora de distância, você pode visitar os jardins de Marqueyssac o ano todo. Eles possuem árvores centenárias majestosas e oferecem uma vista de tirar o fôlego do vale do rio Dordogne e seus castelos medievais, entre eles, o impressionante castelo de Beynac. Uma verdadeira viagem no tempo! www.mansoniere.fr www.menton.fr/jardins
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Do outro lado do país, na região de Aquitaine, mais especificamente na cidadezinha de Grangessur-Lot encontra-se um dos mais singulares e belos jardins botânicos da França. Fundado em 1875, por Joseph Bory Latour-Marliac, dono da propriedade à época, expõe mais de duzentas variedades de lírios d’água. A beleza e a fragilidade dos lírios d’água lilases ou brancos permanecem insuperáveis. O pintor Claude Monet, segundo notícias, encheu o jardim de Giverny com lírios
Mansão Kérylos, Beaulieu-sur-mer
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MUSEU PICASSO Se você quiser ver o que eu produzi em Antibes, é em Antibes que você tem que ir Pablo Picasso
ANTIBES JUAN-LES-PINS RIVIERA FRANCESA www.antibesjuanlespins.com La Joie de vivre, 1946 - Musée Picasso, Antibes © Succession Picasso, 2008 - Photo © imageArt, Antibes, photo Claude Germain
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Camping, Arnay-le-Duc
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Pedalando na borgonha Apreciando a região sob a ótica ecológica por José Antonio Ramalho A Bourgogne é uma região da França célebre por seus vinhos e gastronomia. Só que ela reserva muito mais ao turista que se propuser a se afastar da autoestrada que a corta em direção à Suíça. Ela pode ser vista de várias maneiras, cada uma com seus encantos. Do céu através de balão, pela água num barco-hotel, de carro ou de bicicleta. Em nenhuma das opções o turista irá se decepcionar. Se puder combinar esses meios de transporte aí sim terá o melhor que a região tem para oferecer. Na Borgonha a gula não figura entre os sete pecados capitais. Se lá estivesse, seria rapidamente perdoado. Na hora de dormir, a oferta de hospedagem é pródiga. De um pequeno hotel convencional até um imponente castelo. De sinônimo de vinho, para mim, a Borgonha virou um cenário inesquecível. Minha primeira parada, de bicicleta, foi em Sens que fica a 120 km da capital francesa. A cidade é cortada pelo rio Yonne pelo qual o segui em direção a Joigny e Tonnerre, onde encontrei um cenário único: um olho d’água, conhecido desde a época dos celtas, que cria uma cena digna de filmes de mistério. Com aproximadamente 15 metros de diâmetro e com água cristalina e azulada, a fonte foi cercada na idade média e suas águas direcionadas para alimentar o rio, passando por entre casas e edifícios de maneira a criar uma mini-Veneza em plena França. De Tonnerre segui ao longo do canal até Monbard. O canal é um paraíso para pedalar. O silêncio só é quebrado pelo canto dos pássaros e pelo rolar dos pneus. Afastei-me do canal para cruzar Semur-en-Auxois. Esta cidade medieval amuralhada tem o seu perfil dominado pela imponente torre de seu castelo e merece uma parada longa para que suas vielas possam ser calmamente exploradas. De Semur o trajeto para Saulieu me levou a subidas suaves e campos de trigo. De Saulieu rumei para Pouilly-en-Auxois onde pegaria o canal da Bourgogne para pedalar mais 60 km até Dijon. Dijon é a capital da Bourgogne. Para conhecer a cidade, eu sugiro fazer o Percurso da Coruja, uma rota feita à pé, seguindo o símbolo da coruja da sorte que passa por 22 pontos de interesse
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da cidade, incluindo algumas lojas e locais para apreciar especialidades locais.
Gastronomia A região da Bourgogne não produz apenas uvas para seus famosos vinhos. Mostarda, Cassis e outras especiarias incitam os sentidos de quem por lá se aventurar. Os amantes da boa gastronomia não podem deixar de passar por Saulieu. Lá fica o Relais Bernard Loiseau um templo da gastronomia mundial. E um lugar para comer como um príncipe e dormir como um rei. Saia do convencional. Abandone o carro e conheça a região num barco ou de bicicleta. Com mil quilômetros de canais e lagos essa opção é quase mandatória para quem tiver alguns dias na região. O turista pode optar por um barco-hotel ou barco-habitação. O Canal da Bourgogne é a principal “avenida” da região, mas muitos outros canais que alimentam o principal canal são opções para quem decidir por esse ócio. Fã confesso da bicicleta não posso deixar de incentivar o leitor a explorar a região usando uma bicicleta. Acredite, o mundo surge num ritmo diferente, só seu, quando você está pedalando. A Borgonha é perfeita para esse tipo de turismo devido a sua topografia plana e uma infraestrutura impecável para o cicloturista.
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Vallon-Pont-d’Arc
Aventura em Ardèche Rafting em Rhône-Alpes por Becca Hensley
Informações para viajantes A maioria dos exploradores de rios alugam equipamento e contratam guias em Vallon-Pont-d’Arc, uma charmosa e antiga comuna à margem da garganta do rio Ardèche. Os que tiverem muito medo da canoa podem guiar a igualmente estreita estrada que ladeia o topo da cadeia de montanhas.
Voei, de verdade! Minha pequena canoa acabara de virar em uma parte de correnteza rápida e lutava para sair de debaixo da canoa. No entanto, o rio não é fundo ali e não levei muito tempo para endireitar minha canoa e continuar minha descida na garganta do rio Ardèche. A maior parte da minha viagem de descida desse rio, afluente do rio Rhône, não ofereceu perigo. Na verdade, a água, em alguns trechos, era tão lenta, que tinha de remar para me movimentar. Mas, de vez em quando, surgia uma onda de correnteza que carregava minha canoa, e eu batia, chapinhava e inclinava-me com violência na água. Enquanto gritava, meus filhos, em outra canoa, riam alegremente como se fossem espectadores de um show da Disney. Fiquei feliz por ter um guia ao meu lado. Embora muitas pessoas façam o trajeto pelo esporte e pela aventura, juntei-me à descida, com guias, desse rio, localizado na área central do sul da França, por causa da vista. A garganta do rio Ardèche, considerada por muitos o Grand Canyon europeu, é formada por sinistras paredes de pedra calcária, com um estreito vão entre elas e com cerca de 32 quilômetros de altura, que dão origem a esse rio de águas caudalosas. A garganta, com mais de trezentos metros de altura, é de tirar o fôlego e cria uma cena surreal quando vista da água. Pássaros mergulham e arremetem, sombras dançam nas íngremes paredes cinzentas e as águas surpreendentemente azuis brilham como joias. O assobio do vento no rio é de arrepiar o cabelo e torna o cenário mais dramático. Vilas antigas, situadas no topo de alguns rochedos, atraem os olhos — mas não as admire por muito tempo ou acabará como eu, com a canoa virada.
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A descida da garganta do rio Ardèche não é tecnicamente difícil e atrai pessoas de todas as idades na primavera e no verão. De acordo com o meu guia, até mesmo crianças com mais de sete anos e pessoas mais velhas podem se juntar à flotilha de canoas — ou balsas — contanto que saibam nadar. Admito que estava nervosa no começo da minha aventura, mas depois relaxei com o ritmo da remada e a vista espetacular. Estou aqui no rio no verão, quando o rio atrai mais pessoas, mas as águas estão menos turbulentas. A primavera é para especialistas — ou para aqueles que gostam de um bom susto. Hoje, quase todos usam equipamento apropriado e algumas pessoas — as que acampam por dois ou três dias — carregam seu alimento e suprimentos em barris amarelos amarrados à canoa. Eu, como não sou uma intrépida viajante, fiz uma excursão de um dia e trouxe apenas um piquenique. Para muitos visitantes da garganta do rio Ardèche, o ponto alto do passeio é o elegante arco natural conhecido por Pont-d’Arc. Essa rocha de mais de mil anos, levantando-se mais de sessenta metros acima do nível do rio, em séculos passados, serviu como passagem e campo de batalha de católicos e protestantes. Inúmeras as histórias e as lendas, mas a de que meus filhos mais gostam é que a conta como os vencedores jogavam os perdedores no rio lá de cima. A despeito das histórias macabras, o deleite visual fez minha descida valer a pena. www.ardeche-tourisme.com
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Surfista na Aquitaine
Surfe está na onda O vinho não é o único ponto em comum entre a Califórnia e a França. por Carolyn Heinze
Na França, surfar é um grande negócio e os amantes de praia do mundo todo pegam sua prancha, vestem o wetsuits e cavalgam as ondas ao longo da costa da região de Aquitaine, onde o Oceano Atlântico oferece condições favoráveis desde o início da primavera até o fim do outono. A costa da Prata e a costa basca — larga extensão de areia que se estende até a Espanha — abriga alguns dos mais renomados locais de surfe do mundo, como Arcachon, Cap Ferret, Biscarrosse, Lacanau, Capbreton, Biarritz e a popular Hossegor. Embora as ondas dessa região desafiem até mesmo os mais acostumados com aventura, o oceano tende a ficar mais calmo no alto-verão, a época perfeita para os novatos se aventurarem.
Arcachon A baía de Arcachon, uma das principais fontes das famosas huîtres (ostras) francesas, é um animado destino para o verão, atraindo os veranistas para suas praias, seus charmosos restaurantes de frutos do mar e, sem dúvida, para sua mais famosa atração, a duna de Pyla — a mais alta duna de areia do continente. Boa parte da atividade de surfe acontece em LègeCap-Ferret, onde o Clube de Surfe de la Presqu’île (situado na praia Grand Crohot) oferece equipamento alugado e aula para todos os níveis de alunos de praticamente qualquer idade; os
cursos têm desde crianças de seis anos, que, com frequência, envergonham os iniciantes um pouco mais velhos.
Férias surfando Para os que procuram uma excursão totalmente voltada ao surfe, a Nomad Surfers (agência sediada na Espanha) oferece itinerários adequados para todas as idades e todos os bolsos, embora a empresa mencione que a maior parte de seus clientes tem mais de vinte anos e, em sua maioria, sejam iniciantes. Esses grupos de surfe para iniciantes oferecem um panorama bem abrangente do esporte, cobrindo desde sua história, como entender a corrente, geografia do surfe da região e, claro, como surfar. A Nomad Surfers trabalha com grupos de surfe em Biarritz, Hossegor e Soustons, os surfistas mais experientes podem considerar a ideia de participar dos “surfaris” orientados e de viagens de barco, que não incluem aulas.
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Poucos discordam que o clichê francês mais popular é a imagem de um francês com vasto bigode, ostentando boina e carregando uma baguete. Contudo, a região sudoeste do país tem muito em comum com o sul da Califórnia — com suas grandes praias, fantásticas cidades litorâneas… e vicejante comunidade de surfistas.
Combine todas as opções Você quer casar um pouco de descanso e recreação com a agitação de cavalgar as ondas? A Natural Surf Lodge é uma escola de surfe com estadia que enfatiza a abordagem segura do surfe para indivíduos, famílias e executivos — experientes ou não. Os visitantes podem testar as águas em Hossegor e em Seignosse e, para os que querem se mimar com um longo dia no mar, há pacotes que incluem prática de ioga e massagem. E melhor de tudo? Você pode usufruir tudo isso com consciência tranquila: a Natural Surf Lodge é firmemente comprometida com a consciência ambiental e com práticas ecológicas.
Natural Surf Lodge www.naturalsurflodge.com Nomad Surfers www.nomadsurfers.com Surf Club de la Presqu’île www.surfingcapferret.com
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Vulcões da Auvergne Uma beleza calma e atraente até a última gota.
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Parque Natural de Vulcões de Auvergne
Puy Mary
por Ilona Kauremszky Há séculos, os habitantes da Auvergne vivem dessa forma charmosa e calma conhecidíssima em toda a França. Em Puy Mary, apesar de estar à sombra do maior vulcão europeu, o que se destaca é a joie de vivre. Não há urgência. Não há emergências. Apenas a diáfana e lânguida beleza da rica natureza intocada. Este é o coração da França: o Massif Central., rodeado por montanhas com platôs, abaixo delas, forrados por tapetes verdes onde pedras de lava balsática se erguem como sentinelas, vigiando as vilas das montanhas. Os habitantes do local comentam: “Le vieux géant dort”, o velho gigante (Puy Mary) está dormindo. A Auvergne ostenta oitenta vulcões inativos e é formado por quatro departamentos. Os vulcões, comprimidos entre ClermontFerrand, a oeste, e as montanhas do Departamento de Cantal, tentam dormir envolvidos por um paraíso que continua a nos atrair para lá. Em 1878, Robert Louis Stevenson, escritor de A Ilha do Tesouro, apressou-se em explorar as fendas e ângulos das Cevennes, experiência que, depois, documentou em seu livro Travels with a Donkey in the Cevenne (Viagens com um burro em Cevenne). Hoje, os viajantes podem pegar a trilha, que leva o nome dele, e cruzar o arborizado platô vulcânico de Puy-en-Velay, na Baixa Auvergne, enquanto folheiam as páginas do livro de Stevenson sobre o amado burro.
“Apenas um viajante, que se apressa pelas redondezas como se viesse de outro mundo, pode desfrutar da forma correta a paz e a beleza da grande celebração contemplativa. Existe algo melhor que a música no silêncio incomum, e o silêncio predispõe a pensamentos agradáveis”, escreveu Stevenson. Outra atração que não pode ser esquecida é Vulcania, um parque de diversão que passa um filme tridimensional intitulado: O despertar dos gigantes de Auvergne. Perto de Vulcania, escale a montanha Puy-de-Dôme, com quase 1.600 metros de altura, e visite o templo romano de Mercúrio. Você também pode ir de ônibus ou de carro. Lá perto, os visitantes podem dar uma olha na cratera do Puy de Pariou. Vilas de estilo romântico revelam um tempo passado que ainda está muito vivo. Ouve-se, à distância, o tinir de sinos pendurados no pescoço das vacas. Os padeiros expõem doces frescos em suas vitrines. O som de bola pulando misturado aos risos das crianças ecoa pelas vielas. No Departamento de Cantal, os visitantes podem escalar o Puy Mary. O percurso de dezenove quilômetros inclui escalada, cavalgada e mountain biking, além de circuitos para famílias. No Parque Natural de Vulcões da Auvergne, velejar, surfar, fazer canoagem e escaladas são atividades populares no verão e esquiar, no inverno. Na área Haute-Loire, o caudaloso rio Allier corre através de terreno vulcânico montanhoso e vilas em estilo românico. Muitos castelos salpicam o cenário revelando o passado histórico. O charme da vida na montanha fará com que você queira passar dias lá, se não a vida inteira. www.auvergne-tourisme.info www.puymary.fr/versen/volcandecantal/natpresentation.htm
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Atividades
Mercados das pulgas na França É possível descobrir mil e uma histórias nos passeios pelos mercados das pulgas da França. por Violaine Charest-Sigouin O primeiro mercado das pulgas era fora dos portões de Paris. No fim do século 19, os negociadores de bugigangas, proibidos de apregoar suas mercadorias na cidade, estabeleceram uma loja perto da Porte de Clignancourt e, em 1885, fundaram Les Puces de Saint Ouen. Hoje, é considerado o maior mercado que reúne negociantes de mercadorias de segunda mão do mundo todo, com cerca de 2.000 barracas em dezessete mercados distintos. Cada fim de semana, mais de 120.000 visitantes aterrissam nas elegantes lojas de comerciantes de antiguidades e de curiosidades na esperança de encontrar algum tesouro inestimável. Na França, as relíquias são quase um esporte nacional! Depois do futebol, é o passatempo francês preferido — estamos de saída para explorar alguns mercados das pulgas franceses.
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Negociação
Mercado de artigos de segunda mão, Clermont-Ferrand
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A jornalista Brigitte Durieux, quando ainda menina, apaixonouse por objetos antigos. Ela, quando era criança, viajava pela Bourgogne explorando os mercados das pulgas com sua adorada avó, que era antiquária. Mais tarde, enquanto escrevia Inoxydable Tolix — livro devotado ao ícone Chaise A, feita na década de 1930, na cidade de Autun — esse passatempo transformou-se em verdadeira paixão. Durieux ainda lembra-se do dia em que, numa cidadezinha no coração da Morvan, após muita negociação, conseguiu adquirir sua primeira Chaise A — um modelo de cadeira 1930 assinado! De acordo com ela, embora a arte da negociação seja fundamental no mercado de objetos de segunda mão, o bom colecionador é aquele que tem a habilidade de descobrir um objeto de valor num monte de porcaria. “No Chineur (antiquário), você encontra uma lâmpada a óleo ou GLD (detector de vazamento de gás) por dez euros, porque o negociante pensa que é uma sucata sem valor, quando, na verdade, é uma peça que pertence à coleção nacional”, explica ela.
Atividades
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Nostalgia Embora alguns vão aos mercados das pulgas à procura de uma pechincha, outros são atraídos a eles por motivos sentimentais. Esse é o caso de Philippe e Isabelle Berbudeau que, depois da morte do pai de Isabelle em 2001, compraram de volta a fazenda da família perto de Orange, na área de Vaucluse, e a transformaram em hospedaria. O estabelecimento (chamado Justin de Provence, por causa do patriarca) é totalmente mobiliado com antiguidades, desde os lençóis de linho com monograma à fina louça de porcelana. “As pessoas que vêm aqui se sentem como se tivessem viajado no tempo”, afirma Isabelle, que dedica meses à exploração dos mercados das pulgas à procura de tesouros para mobiliar a propriedade. O casal tirou boa parte de sua inspiração da Isle-sur-la-Sorgue, uma charmosa ilha guarnecida com grandes rodas de pá onde, todo fim de semana, cerca de trezentos expositores expõem suas mercadorias. A ilha burburinha durante a feira internacional realizada duas vezes por ano: na Páscoa e no meio de agosto. “Todas as praças e parques da cidade fervilham com pessoas vindas de toda a França. É a melhor ocasião para fazer um bom negócio!”, acrescenta ela.
Criatividade
em paris Mercado das pulgas de Paris – Saint Ouen De sábado a domingo, das 10h às 17h30 www.parispuces.com Na Bourgogne Feira de Antiguidades de Dijon 2009 De 15 a 24 de maio de 2009 www.dijon-congrexpo.com Feira de Colecionadores de Mézilles 8 e 9 de agosto de 2009 www.mezilles.net Na Provence Antiguidades em Isle-sur-la-Sorgue www.antiques-islesursorgue.com Feira de Antiguidades e Mercado das Pulgas de Isle-sur-la-Sorgue Páscoa e meados de agosto de 2009 www.foireantiquites-islesurlasorgue.fr Justin de Provence www.justin-de-provence.com Em Auvergne Mercado de Segunda-mão de Clermont-Ferrand Place du 1er Mai, primeiro sábado do mês Das 7h às 13h Tel. 04 73 42 63 48 Mercado de pulgas de Salins Sábados das 7h até o meio-dia www.puces63.com Les deux abbesses www.lesdeuxabbesses.com
© Germain
Na Auvergne, na cidade de Saint-Arcons d’Allier, Laurence Perceval e Pierre Hermet foram bemsucedidos em trazer o passado de volta em um projeto incomum: eles transformaram uma vila do século 12 e o seu castelo em hotel. Das antigas persianas transformadas em cabeceira de camas aos tachos que se transformaram em chuveiro, os proprietários do hotel, por um golpe de sorte, converteram cada casinha de basalto em quartos que parecem ter saído de um conto de fadas. Uma noite nesse lugar fora do tempo faz sonhar! Depois, continue a caça a tesouros em ClermontFerrand ou, se a mobília antiga for sua paixão, verifique a feira de comerciantes de artigos de segunda mão que acontece todo primeiro sábado do mês na Place du 1er Mai. O mercado das pulgas de Salins também promete grandes achados todos os domingos de manhã. Enquanto você perambula entre as barracas cheias de achados raros, pode acontecer de você encontrar uma lamparina que lembra a da sala de estar de sua avó; então abasteça-se com um revigorante vinho quente e uma andouillette antes de entrar em uma barraca onde o Bibendum (o boneco do Guia Michelin) tem lugar de honra. Pode ter certeza de uma coisa: os mercados das pulgas franceses são cheios de surpresas!
Endereços
Cadeira Tolix
Isle-sur-la-Sorgue
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Jantar por menos de 35 Euros Seu epicurista interior se delicia enquanto você faz refeições nos mesmos lugares que a população local o faz, sem desrespeitar seu orçamento. por Nancy Wigston Hoje, a França oferece não só a melhor culinária do mundo, mas também uma vasta gama de locais para comer a preços acessíveis — do tradicional, ao extravagante e ao ultra chique. Nas rotas menos visitadas da culinária francesa, você descobre refeições memoráveis e que respeitam seu orçamento. © MDLF/Jean François Tripelon-Jarry
Bordeaux
Jantar no Verão
A elegante e amigável Bordeaux, capital da Aquitaine, trata os negócios e os prazeres com a mesma seriedade. Nicolas Frion, chef com estrela, serve um almoço de 35 euros, que enfatiza peixes frescos e vegetais orgânicos, no histórico cenário rococó do Le Chapon Fin (www.chapon-fin.com). No Café du Musée, no Musée d’Art Contemporain, de muito bom gosto, projetado por Andrée Putman, aos domingos, pode-se tomar um café da manhã com sete pratos que satisfazem os amantes das artes e custam apenas 25 euros (www.chezgreg.fr). Os amantes da culinária podem aprender a fazer a própria refeição em um gracioso sótão de Bordeaux, a aula é acompanhada de “degustação” de vinho por 19 euros (www.atelierdeschefs.com).
Pau É um jogo, é um restaurante, é uma pechincha. Esse esporte basco, chamado de pelote pelos franceses, é homenageado no Le Pilota pelo ex-jogador campeão e chef Jean-Bernard Hourçourigaray. Os convidados, ao custo de 12 euros o almoço ou de 28 euros o jantar, desfrutam as especialidades bascas como garbure em um templo de esportes dedicado ao jogo.
Périgueux No La Table du Pouyaud, perto de Périgueux, as variações dos pratos locais inclui ravióli de camarão, risoto de cogumelo, cuscuz vegetariano e deliciosas sobremesas caseiras. Esse restaurante em uma charmosa casa de fazenda promete uma refeição para ser lembrada com almoço por cerca de 25 euros e jantar por cerca de 32 euros (www.pouyaud.com).
Capbreton A La Taverne du Petit Homme, mais conhecida como “Chez Minus”, localizada perto do porto, foi premiada por seus pratos de frutos do mar cozinhados à la plancha (www.chezminus.com).
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Biarritz Biarritz, conhecida por sua herança basca e por sua luxuosa clientela, orgulha-se, com razão, de sua tradicional cozinha basca centrada em peixes e característica da La Tantina de la Playa, a poucos passos do Oceano Atlântico. Mais informações a respeito dos 136 cafés e restaurantes da Aquitaine — que não só garantem boa comida, mas também um ambiente alegre — podem ser encontradas em www.aquitaine. bienvenueaupays.fr. Festa de Ostras
www.franceguide.com
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Ardèche Afastada da efervescente Lyon, o centro culinário da Ardèche rural reside nos Bistrots de Pays, que salpica o vale arborizado. A vida da vila viceja no bistrô, em meio à rica diversidade do local e à acolhedora boas-vindas dele. Os bistrôs, em suas épocas mais movimentadas na primavera ou no outono, têm hospitalidade caseira e generosas porções de especialidades locais, como charcutarias e frutos frescos das fazendas locais. Para descobrir os quinze Bistrots de Pays de Ardèche, consulte o site: www.bistrotdepays.com.
PARIS Energia e vivacidade iluminam o cenário culinário de Paris como nunca antes. Nas populares cantinas, por exemplo, os convivas compartilham, em longas mesas, as impressões em relação à cozinha enquanto passam geleia no pão. Wine and Bubbles, 1º distrito de Paris; Le Potager du Marais (grande sucesso entre os vegetarianos), 3º distrito de Paris; La Cantine du Faubourg, 8º distrito de Paris; Le Pain Quotidien, 4º distrito de Paris; Wok Cooking, 11º distrito de Paris. Tradicionalmente, os visitantes de Paris encontram alimentos frescos ou preparados nos mercados ao ar livre, charcutarias ou lojas de departamento e, depois,
Marais: aromas sedutores e serviço agradável são a marca registrada no Le 404, lugar favorito dos românticos, muito frequentado por casais em lua-de-mel e pessoas do show biz. As autênticas tajines (cordeiro, peixe, carne de boi) marroquinas são cozidas lentamente em potes de barro nesse prédio do século 16 restaurado. 69, rue des Gravilliers, Paris 3º distrito. Ile Saint-Louis: uma opção de comida vegetariana barata é no Le Grenier de Notre Dame. Tudo isso e o céu também (perto da mais famosa catedral de Paris), na 18, rue de la Bûcherie, Paris 4º distrito. Montparnasse/Pigalle: a Brasserie Wepler está localizada, desde 1892, no número 14 da Place de Clichy, servindo ostras da Normandia — especialidade do restaurante — a uma multidão de artistas, escritores e produtores de filmes. A refeição completa começa com o custo de 20 euros, a atmosfera alegre é gratuita. www.wepler.com. Montmartre: há poucos passos do cenário de cartões-postais, você encontra o Le Croissant, brasserie de 1820, recémrestaurado. Os clientes amam os padrões antigos, como steak tartare e batata frita, peixe mugem vermelho e pato recheado com foie gras. Comida francesa sublime e excelente adega de vinho. 146, rue Montmartre. www.le-croissant.com. Os cafés de museus podem ser surpreendentemente acessíveis ao bolso. No Mini Palais au Grand Palais (4º distrito), o chef Gilles Choukroun combina o “comum com o moderno” a fim de criar o espetacular. Almoço, vinho e café: 20 euros. Para informação de mais restaurantes e lugares para comer em Paris, consulte o site: www.parisinfo.com.
© MDLF/Style City
O paraíso gastronômico na confluência dos rios Rhône e Saône oferece aos visitantes seu quadrante renascentista, amigo de pedestres, além de uma miríade de restaurantes com preços acessíveis. Aqui, ali, em todos os lugares encontramos os bouchons lyonnais, restaurantes intimistas que recebem bem os viajantes cansados desde a época das carruagens. O atendimento cordial e os menus apetitosos deles seduzem generais, estadistas e chefs pontuados pelo Guia Michelin, como Paul Bocuse. Experimente a Brasserie Georges que serve “excelente cerveja e excelente comida desde 1836” (www.brasseriegeorges.com), ou visite o Chez Mounier (www. igougo.com/dining-reviews-b118530-Lyon-Chez_Mounier.html), apenas para mencionar alguns. Menus com preço fixo, em geral, são acompanhados por meia garrafa de Côtes du Rhône. www.lyon-france.com.
dirigem-se para o parque mais próximo para fazer um piquenique. Aconchegantes pâtisseries, como a Mouff’Tartes, na área do antigo Quartier Latin de Hemingway, são convidativas para os que têm um orçamento a respeitar, oferecendo tortas aromáticas, vinho, sobremesa e café. 53, rue Mouffetard, Paris 5º distrito.
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Lyon
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Bercy, Paris
Sessão de compras em dia ensolarado
Orçamento para compras na França Dicas de uma amante da França que alega raramente pagar preço de varejo. por Suzy Gershman É hora de ser criativo e encontrar formas alternativas para viver e comprar bem. Os preços fora de Paris, em geral, são 20% menores que na capital, e, como sempre teremos Paris, não faz mal também ter um pouquinho de Lille, Deauville, Rouen ou Reims.
LILLE Lille, localizada a apenas uma hora de Paris pelo trem Thalys, é o lar do segundo maior museu da França, mas essa cidade industrial também é o centro da indústria têxtil de algodão. A cidade tem dois mercados de outlet e muitas lojas independentes. Não se esqueça que, todo mês de setembro, a cidade de Lille hospeda o maior mercado das pulgas do mundo, funcionando 24 horas. O evento, denominado Braderie, data de tempos medievais e oferece pechinchas surpreendentes.
ROUEN Rouen é a cidade em que Joana d’Arc foi condenada a morrer na fogueira. Faço esse comentário, porque uma das minhas lembranças favoritas da França é a marca de café Jeanne d’Arc, torrado na França! Rouen (que se pronuncia Ru-an) é uma charmosa cidade antiga perfeita com uma torre com relógio digna de ser fotografada, uma catedral, uma das melhores da França, e fascínio local por faiança, um belo presente. Os amantes de
moda desfrutam de úteis lojas de revenda, do chapeleiro que fica à sombra da catedral e de todas as cadeias de lojas da França.
REIMS Outro ponto de referência de Joana d’Arc (ela teve mais sorte nessa cidade) está localizado no coração dessa cidade na região de Champagne. Você pode pegar o trem na cidade, visitar a catedral com suas janelas com pinturas de Chagall e, depois, parar nas boutiques de vinho ao redor da catedral. Embora as empresas aéreas dificultem para você carregar líquidos na bagagem, essas lojas têm uma imensa seleção de garrafas “pequenas”. (Você pode comprar algumas minigarrafas e continuar dentro do limite tolerado pela alfândega.) Reims (pronuncia-se rens) é mais espalhada que as outras cidades dessa lista, o que dificulta visitá-la sem pegar táxi. A catedral está em uma área e o distrito moderno de compras em outra; mesmo as maisons (casas de champagne) e os restaurantes luxuosos ficam um pouco fora do centro. Além disso, as visitas e degustações não são gratuitas. Se você nunca esteve em uma cave (adega de vinho), chame a visita de experiência educacional. Ou você pode escolher a loja da sua preferência e criar sua própria degustação. James Bond sugere a Bolly, ma chère.
Mais perto de Paris Use o metrô, não o trem da SNCF, para ir aos melhores mercados das pulgas da cidade, mesmo em Vanves, no limite de Paris o 14º distrito (Porte de Vanves, funciona apenas aos fins de semana), e mesmo no grande mercado das pulgas (Les Puces) em Saint-Ouen no 18º distrito. Muitos comerciantes de Saint-Ouen consideram o dólar em paridade com o euro para fazer uma venda. Se você prefere uma loja de outlet ao antigo estilo americano, a melhor da Europa está em Val d’Europe; vá até lá através do RER (Rede Expressa Regional); fica a cerca de cinquenta minutos de Paris, perto do resort Disneylândia). Observação: não é permitida a entrada de cachorros.
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A Paris popular Desfrutando do aroma local na Cidade-Luz
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Place du Tertre, Montmartre
por Carolyn Heinze
O canal Saint-Martin, que se estende ao 9°, 10° e 11° arrondis sements, liga os canais Saint-Denis e Ourcq com o bassin l’Arsenal (que flui para o Sena). Hoje, o canal, construído no início do século 19 como fonte de água potável e de transporte comercial, atrai artistas e jovens profissionais locais com suas butiques e bares da moda instalados ao longo dos quais de Valmy e de Jemmapes. Indiscutivelmente, um dos destinos mais famosos ao longo do canal é o Hôtel du Nord. Quando foi fundado, em 1885, o hotel era o quartier général dos marinheiros e operários da região; hoje ostenta uma clientela sofisticada que o procura por sua cuisine francesa com um toque moderno. Do outro lado da rua, após o trabalho, uma multidão transforma o Café l’Atmosphère e o Chez Prune em locais animados para um apéro.
Colina acima A village de Montmartre, a estrela do 18º arrondissement, nunca deixa de encantar e inspirar. Para os que quiserem fugir da movimentação de turistas em la butte, o distrito vizinho, LamarckCaulaincourt, é um agradável refúgio. Ali, os moradores encontramse para tomar um café ou vinho nos inúmeros cafés e bares ao redor da estação do metrô, como o Chez Francis Labutte ou o agradável Café Arrosé, os favoritos dos mais sofisticados. Depois do almoço, dê um giro pelo Cimetière de Montmartre, entre as estações do metrô de Lamarck-Caulaincourt e Place
Perto das grandes avenidas frequentadas pelos turistas, a vizi nhança em torno das estações de metrô Strasbourg-Saint-Denis e Château d’Eau permite experimentar a cultura de uma boa parte do mundo sem deixar a cidade. Ali, os descendentes de norte-africanos, turcos, indianos, curdos e paquistaneses misturam-se, criando um quartier vibrante. Enquanto os moradores correm apressados aos mercados de frutas e vegetais, butiques especializadas, açougues e fromageries da rua Faubourg SaintDenis, pare para um drinque no Chez Jeannette, que está na moda, e tome vinho e jante no Julien, restaurante da Belle Époque, ou aventure-se na passagem Brady a fim de provar as iguarias dos coloridos restaurantes indianos.
O charme antigo Não muito longe da movimentada Place de la Bastille, encontramos o Marché d’Aligre. Construído em 1779 – apenas uma década antes da Queda da Bastilha – esse mercado, originalmente concebido para servir aos operários que moravam nas redondezas, é cada vez mais frequentado pela classe média, como toda a vizinhança. Até hoje, o mercado conserva seu antigo charme graças aos negociantes amigáveis, às delicadas ervas aromáticas e à singular localização. Depois, não deixe de passar no Baron Rouge, ali perto, para tomar uma taça de vinho.
Moderno e central Situada no limite de Les Halles, a rue Montorgueil é o centro de um elegante bairro povoado por jovens profissionais que tornam o local animado dia e noite. A rua – com suas muitas boutiques, lojas de queijo, de vinho e inúmeros cafés, bares e restaurantes – é o lugar perfeito para se sentar no terraço, tomar um café, conversar… e ficar observando o ir-e-vir das pessoas.
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Onde as culturas se encontram
Canal Saint-Martin
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O Sena, mais uma vez
de Clichy, onde repousam o pintor Edgar Degas e o diretor de cinema François Truffaut.
La Butte de Montmartre
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Notre-Dame. Louvre. Sacré-Coeur. Champs-Elysées. Entre os endereços mais famosos do mundo, esses lugares, e a cidade em que estão, são sinônimos dos destinos mais bonitos do mundo e é pouco provável que percam essa posição. Embora o centro de Paris tenha uma lista impressionante de lugares que devem ser vistos, os amantes da cidade não ficam limitados somente à região central… e, graças a um sistema de transporte público de primeira, não é preciso se desviar dos caminhos mais conhecidos para ir aos lugares que os parisienses frequentam.
Le Moulin Rouge
Uma “Americana” em Paris.
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O domo da loja Printemps
Lugares mais altos Paris vista de cima
© Paris Tourist Office/David Lefranc
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© Paris Tourist Office/David Lefranc
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A catedral de Sacré-Coeur
por Carolyn Heinze É verdade que se passa muito tempo em Paris olhando para o alto – para a arquitetura, os mínimos detalhes construídos nas estruturas mais simples, as placas informando que pessoa famosa vivia em tal casa, em que época viveu e, claro, os monumentos que são um sinônimo da própria cidade. Passe uns dias em Paris e você correrá o risco de ficar com torcicolo, mas seus olhos o agradecerão. E só porque você não vive em Paris não significa que será o único a caminhar pela cidade olhando para cima; muitos moradores – longe de ser blasés em relação à beleza de sua cidade natal (ou adotada) – pegam um caminho diferente no trajeto de casa para o trabalho, ou vice-versa, apenas para descobrir um detalhe no qual ainda não tinham reparado.
Uma caminhada no parque Embora o centro de Paris seja plano, há inúmeros locais com vista panorâmica da cidade e que proporcionam a você um descanso de todo aquele olhar para cima! Um passeio no bairro operário (ou populaire) de Belleville, no 20º arrondissement, proporciona muitas vistas impressionantes, em especial do grande mirante no alto do parque de Belleville, entre o famoso parque ButtesChaumont e o cimetière Père-Lachaise. Ali, os parisienses tomam sol, passeiam pelas aléias orladas por flores e têm uma vista panorâmica da Cidade-Luz no coração do animado quartier conhecido por seu fantástico mercado ao ar livre e por sua eclética mistura de lojas. Um teatro ao ar livre é palco de inúmeros eventos da comunidade tanto para adultos como para crianças.
Noites árabes De dia, o Instituto do Mundo Árabe, de estilo futurista, atua como centro cultural, representando a parceria da França com 22 países árabes. Ali, o visitante descobre a cultura árabe por meio de visitas ao museu, à biblioteca, ao centro de idioma e ao espaço de exposição que apresenta exibições regulares, enfatizando a relação entre a França e o mundo árabe. À noite, no restaurante Le Zyriab by Noura, localizado no nono andar do Instituto, os visitantes comem, enquanto observam a NotreDame, o Sena e o coração de Paris.
Dominando as alturas Você sempre quis ver Paris do alto. Com uma visita ao Tour Montparnasse, você pode fazer exatamente isso... e subir a 195 metros de altura no elevador mais rápido da Europa! Os visitantes, depois de aproveitar essa oportunidade para tirar uma fotografia espetacular, ficam sabendo mais sobre Paris por meio de várias exibições interativas instaladas no espaço.
Compre, pare e olhe Nenhuma viagem a Paris está completa sem uma ida aos grands magasins… e sem o inevitável cansaço provocado pelas compras. Sente-se e recupere sua energia com um almoço leve ou um lanche no Déli-cieux (uma brincadeira com as palavras “delícia” e “paraíso” ou “céu”) no nono andar da Printemps de la Maison. O restaurante, em estilo de cafeteria, tem um grande terrasse ao ar livre, onde os clientes podem apreciar suas saladas, quiches ou sanduíches enquanto se extasiam com uma vista impressionante do Gay Paree. Nas Galeries Lafayette, ao lado, depois de admirar a impressionante abóboda que ocupa todo o teto, você pode subir até o quinto andar pela escada rolante, subir mais um lance de escada e chegar a um terraço com outra vista inesquecível.
Déli-cieux na Printemps de la Maison www.printemps.com Galeries Lafayette www.galerieslafayette.com Instituto do Mundo Árabe www.imarabe.org
Parque de Belleville www.paris.fr (clique na opção: parques e jardins) Tour Montparnasse www.tourmontparnasse56.com
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França além-mar © oceandimages.com
As áreas e os territórios franceses além-mar estendem-se pelo globo, cada um com seus sabores e tradições singulares. Eles são o coração da França que você jamais conheceu – algo deliciosamente tropical, algo deliciosamente inesperado.
S A I N T- M A RT I N
WA L L I S ET FUTUNA
S A I N T- B A RT H É L E M Y
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S A I N T- P I E R R E E T- M I Q U E L O N
Fonds Saint-Jacques Sainte-Marie P O LY N É S I E FRANÇAISE
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Saint-Pierre
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G U YA N E
NOUVELLECALÉDONIE
RÉUNION
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Localidades
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A cor corresponde aos artigos na lista abaixo Um sabor da Martinique, pp. 73-74 Dois tipos de Tahiti, p. 76 Sons do Caribe francês, p. 77 Espírito de aventura, pp. 78-79
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Destilaria Depaz
Um sabor da Martinique Noventa e cinco por cento do rum no mundo é industrial e feito de melaço. O rum martiniquense, feito de pura cana-de-açúcar, é uma bebida especial e ostenta o majestoso certificado francês de qualidade, o selo AOC, desde 1996.
Onze destilarias espalhadas pela ilha de Martinique produzem mais de dezessete variedades de rum. Inicie a route des rhums com uma viagem a Sainte-Marie, na costa atlântica, e visite a destilaria mais antiga, Saint James, fundada pelos monges beneditinos, em 1765. A equipe da destilaria, que fala inglês, recebe os visitantes com amostras gratuitas, em vez de cobrar a entrada, e o Museu do Rum fornece uma introdução à história da cana-de-açúcar e do rum que serve como um bom ponto de partida para o resto da visita. O rum agrícola martiniquense, como toda grande invenção, foi criado inicialmente em resposta a um obstáculo. Desde o século 17, o rum era destilado de melaço, um subproduto do processo de refinamento do açúcar. Quando a indústria do rum tornou-se a maior e mais poderosa indústria da colonial Nova Inglaterra, a plantação de cana-de-açúcar começou a substituir a de tabaco e a se tornar a principal plantação das Índias Ocidentais. De qualquer maneira, a invenção da máquina a vapor, durante o século 19, revolucionou a produção de rum, tornando mais fácil transportar a cana-de-açúcar da plantação para a fábrica – contanto que a plantação ficasse próxima de uma linha de trem. As plantações fora da malha ferroviária foram excluídas do recém-expandido mercado de canade-açúcar. Alguns desses plantadores excluídos começaram a destilar diretamente a cana-deaçúcar, criando o “rum z’habitants” ou o que ficou conhecido como rum agrícola. Uma parada na moradia Clément em Le François – cuja casa está registrada como monumento histórico – dará a você uma ideia dessa época. Embora a destilaria não esteja mais em operação, ela foi restaurada em 2005 e se transformou no Centro de Informação Rhums Clément e, agora, oferece visitas e degustação.
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por ELEANOR GRIFFITH
Cana de Açúcar
O “xis” da questão São necessários cerca de dez quilos de cana-de-açúcar para produzir apenas um litro de rum. A cana-de-açúcar é lavada, depois triturada e prensada lentamente. O suco fresco da cana-de-açúcar (vesou) é armazenado em tonéis, nos quais é acrescentada levedura, que fermenta a 4%-5%. Em seguida, o líquido é colocado em colunas de destilação, onde é aquecido até atingir 70%-75%. Depois, acrescenta-se água destilada a fim de reduzir o teor alcoólico para 55%, ou 110 de prova. Uva branca É bebido como um apéritif e também usado em coquetéis. Rum amarelo É envelhecido por mais de dois anos, o que o deixa com uma cor mais escura e um sabor mais suave e agradável. Rum envelhecido É envelhecido, pelo menos, durante três anos em tonéis de carvalho.
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França além-mar
A destilação do rum diretamente da cana-de-açúcar logo foi reconhecida como o método de fabricação par excellence, e outras fábricas de rum se ajustaram ao padrão, transformando-se em destilarias agrícolas a fim de produzir o rhum agricole martiniquense, em vez de exportar todo o melaço para a produção das colônias. Dá-se boa parte do crédito desse produto ao monge dominicano père Labat, que ajudou a aperfeiçoar o processo de destilação. A propriedade Fonds Saint-Jacques, no norte da ilha, tem um museu que leva o nome desse monge. À medida que o comércio de rum cresceu, Saint-Pierre, na costa noroeste da ilha, tornou-se o centro do comércio de rum com dezesseis destilarias – todas destruídas em 1902 com a erupção do vulcão monte Pelée. A história da produção do rum martiniquense, mais uma vez, é um testemunho de triunfo sobre a adversidade. A plantação da família Depaz estava entre as destruídas pela erupção, e o jovem Victor Depaz, que, na época, estudava em Bordeaux, viu-se repentinamente órfão e pobre. Ao retornar a Saint-Pierre, ele estava decidido a reconstruir a plantação e a construir uma réplica da casa de sua infância. Finalmente, depois de 21 anos – e um ano após seu rum ganhar a primeira medalha em Marseille – ele, a esposa e os oito filhos mudaram-se para a réplica da casa. A Plantação e Destilaria de Rum Depaz ainda pertence à família, e, em 2008, o château que Victor reconstruiu foi aberto à visitação pública. Hoje, os campos de cana-de-açúcar que circundam o monte Pelée são os mais produtivos da ilha.
Guia de rum Ti-punch Três partes de rum branco, uma parte de melaço de cana-deaçúcar servido em copo pequeno (um tipo de “petit punch”). Vieux Três partes de rum envelhecido, uma parte de melaço de cana-de-açúcar e limão (servido em copo pequeno). Planteur Cinco partes de suco de fruta(s), uma parte de rum branco, uma gota de melaço de cana-de-açúcar, baunilha e noz-moscada. Sec-Sec Rum puro. Ti-sec Quase puro (acompanhado de um copo de água após o consumo).
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Aperitivo da Martinique
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França além-mar
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Por do sol em uma fazenda de pérolas, Tuamotus
Motu
Dois tipos de Tahiti Relaxar ao sol ou se aventurar em caminhadas; por que não os dois? por Carly Milne
Ilhas Marquesas A ilha de Nuku Hiva, atendendo o lado aventureiro, é perfeita para a escalada exploratória. O trajeto do aeroporto até o hotel já é uma experiência, à medida que você sobe as montanhas na única estrada da ilha – com alguns trechos não pavimentados –, oferecendo emoções inesperadas em seu carro com tração nas quatro rodas! Mas o cenário vale a pena. Ao parar em algum ponto de observação para admirar a vista da baía e da vila de Taiohae, é difícil negar que a falta de modernização de Nuku Hiva é um ponto positivo. Viçosas florestas verdes cobrem a paisagem, realçada pelas fabulosas flores tropicais e acentuada pelo magnífico mar azul safira. Nuku Hiva, com seus declives rochosos e suas preciosidades escondidas, é perfeita para quem gosta de caminhadas. Dar a volta na ilha de barco e ir a uma praia retirada do outro lado da ilha para atravessar a floresta tropical – passando por rios e fazendas ao longo do caminho – é obrigatório para qualquer aventureiro. A compensação vem no fim da caminhada: a cachoeira de Hakaui, ideal para nadar. Nuku Hiva também abriga incríveis sítios arqueológicos, como Hikokua e Kamuihei, com alguns dos templos mais fascinantes que você já viu – incluindo um usado para sacrifício humano. As duas experiên-
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cias podem ser reservadas por intermédio do Keikahanui Nuku Hiva Pearl Lodge.
Arquipélago Tuamotu Depois de suar muito e acelerar as batidas do seu coração, você vai querer relaxar no atol Tuamotu de Manihi. Você pode visualizá-lo se fechar os olhos e imaginar uma ilhazinha com seis quilômetros de extensão, banhada de areia branca, ladeada por águas cristalinas e adornada com coloridos peixes tropicais. Simplesmente, o atol é um cartão-postal perfeito. É impossível não relaxar nesse cenário onde até mesmo as atividades são feitas para descontrair. Fazer um passeio para nadar com snorkel no Drop Off é um ótimo programa. O que poderia ser uma aventura agitada acaba se revelando uma meditação, à medida que você respira, bate os pés e flutua junto com divertidos peixes ao lado de um abismo abrupto que o liga à profundeza azul. Uma experiência relaxante e que, ao mesmo tempo, nos traz um senso de humildade. Mesmo uma aventura como um piquenique em uma pequena ilha oferece muito tempo para o banho de sol: enquanto observa seu anfitrião pescar seu almoço e prepará-lo em uma ilha deserta, você beberica água de coco e toma banho de sol. Mas que refúgio relaxante estaria completo sem um tratamento em um spa? O Spa Manea, do Manihi Pearl Beach Resort, oferece aos viajantes cansados a forma perfeita de rejuvenescimento em todos os níveis – corpo, mente e espírito. Se aventurar, relaxar prazerosamente, as ilhas do Tahiti podem dar conta dos dois lados do que você espera de suas férias, e de outros mais. Só tem um problema – você não vai querer voltar para casa!
© Courtesy of Tahiti Tourisme
Às vezes, no momento de fazer reservas para as férias, é difícil decidir que lado da sua personalidade privilegiar. Você sucumbe à preguiça e escolhe passar o maior tempo possível sob o sol ou cede à pressão da sua força interior e procura algo que lhe exija mais? Reservar uma viagem ao Tahiti significa fazer as duas coisas. Com 118 ilhas para escolher, há uma imensidão de terra a explorar… mas duas se destacam de todas as outras para alimentar seus lados yin e yang.
Nuku Hiva
Keikahanui Nuku Hiva Pearl Lodge BP 53 Taiohae, Marquesas, Polinésia Francesa, +689 50 84 53, +689 92 07 10 www.pearlresorts.com/ keikahanui/main.php Manihi Pearl Beach Resort BP 1 98771 Manihi Tuamotu, Polinésia Francesa +689 96 42 73 www.pearlresorts.com/ manihi/main.php www.tahiti-tourisme.com
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© MDLF
© Youri Lenquette
França além-mar
Kassav’
Monte Pelée, Martinique
Sons do Caribe francês Kassav’ celebra seu trigésimo aniversário por chantal martineau Se você já esteve no Caribe francês, provavelmente as lembranças salpicadas de sol de sua viagem incluem o aroma de coco e curry, frutos do mar grelhados e frutas frescas. Afinal, o olfato é o sentido mais nostálgico. Seguido de perto pela audição, e uma vez que você tenha ouvido os ritmos sedutores da música do Caribe francês, com certeza eles o acompanharão para sempre. A estrela musical das ilhas francesas é o zouk, um gênero popular com suas raízes no tambor africano e no ritmo latino, além de uma pitada de pop europeu na mistura. O ritmo chega aos seus quadris antes de alcançar seu ouvido, e a letra, mesmo que você não compreenda as palavras, fala ao seu coração. Antes do zouk, havia o biguine. E antes do biguine, o gwo ka. O gwo ka é um gênero musical baseado na percussão, composto de sete ritmos básicos e, quase sempre, acompanhado de danças folclóricas históricas. O gwo ka deu lugar ao biguine, estilo musical nascido na ilha de Martinique de uma combinação do tradicional bélé caribenho e polca. O biguine, com frequência, é comparado ao jazz de New Orleans. Nas décadas de 1970 e 1980, o progresso natural da música caribenha tomou a forma do zouk. O grupo Kassav’, cujos quinze excêntricos membros são da Martinique e de Guadeloupe, colaborou para a explosão da música zouk. O zouk, creole para “alguns”, tornou-se a música caribenha, embora sua popularidade tenha se espalhado além das ilhas, alcançando a África, o território continental francês e a província canadense de Quebec. A banda Kassav’ (cujo nome
vem da palavra cassava – uma saborosa mistura de pasta de mandioca e coco) tornou o zouk um fenômeno internacional com o sucesso, em 1985, de Zouk la sé sèl médikaman nou ni, cuja tradução ao pé da letra é: “O zouk é o único remédio que temos”. Pouco antes de a banda estourar nas paradas de sucesso, uma jovem cantora de Fort-de-France entrou em cena. Jocelyne Béroard, jovem estudante de farmacologia na Normandie, não fazia idéia de que não só se tornaria a representante do maior grupo musical das Antilhas francesas, como também do som mais associado ao Caribe francês. “Acho que para fazer esse trabalho, primeiro, você precisa amar as pessoas, a vida e as coisas que o rodeiam. Você tem de observar, ver e receber tudo com alegria para poder retransmitir dessa forma aos outros”, disse-nos Béroard em uma entrevista. “Além disso, nossa história de opressão, negligência e brutalidade é uma fonte de força para nós. Nossa percepção da vida e de nós mesmos determina nossa inspiração.” Este ano, o Kassav’ comemora seu trigésimo aniversário. Em maio, o grupo fará uma apresentação com convidados especiais no Stade de France. Mas, sem dúvida, os fãs celebrarão no mundo todo, em especial no Caribe francês, onde o som do zouk espalha-se das tranquilas praias aos clubes lotados de frequentadores das movimentadas cidades. “[O zouk] é uma música que atrai. Ela é alegre, mesmo que seus temas sejam tristes. O principal ritmo do zouk é o ‘Mas a Senjan’, um ritmo que toca as pessoas. Algumas de nossas canções expressam sentimentos extremamente dolorosos, se forem tocadas como baladas. No entanto, com a batida do zouk, as canções estimulam sem serem pesadas. Nossos temas são fundamentalmente universais.”
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França além-mar
Espírito de aventura As ilhas francesas inspiram dezenas de atividades ao ar livre. por Liz Fleming
© MDLF/Patrice Thébault
Sempre há a tentação de se passar as férias preguiçosamente refestelado sobre a areia sedosa, mas a diversificada coleção de ilhas da França oferece tantas oportunidades para caminhar, velejar, mergulhar e explorar que, cada vez mais, viajantes têm deixado a cadeira de praia e descoberto seu espírito de aventura em muitos locais.
Ice as velas
Veleiro sobre o mar das Antilhas
Você sempre teve vontade de sair mar afora? A ensolarada St. Martin convida-o a se inscrever e ser, por um dia, parte da tripulação na Copa Americana para Iates de Doze Metros e aprender a competir de veleiro. Se você for ativo por natureza, ofereça-se para ser o grinder e acione a imensa manivela que movimenta as velas. Você terá o vento nos cabelos e poderá sentir o aroma Mas as aventuras à vela nas ilhas francesas não estão restritas ao Caribe. Para aqueles que são aficionados por iatismo de gente grande, as empresas de fretamento oferecem cruzeiros através das águas protegidas em torno da Nouvelle Calédonie, localizada perto de Queensland, Austrália, e Vanuatu, logo a noroeste da Nova Zelândia. Ostentando não só a maior quantidade de espécies de plantas nativas do Oceano Pacífico, mas também uma das mais densas florestas tropicais do mundo, a Nouvelle Calédonie abriga a maior lagoa de água salgada do planeta. Existe lugar melhor para lançar âncora?
Cavalgue as ondas Se a prancha de surfe é sua embarcação preferida, com certeza, você quer ir para Guadeloupe. Quer você escolha a principal temporada de surfe (maio-outubro), quer decida pegar ondas fora da temporada, Guadeloupe tem exatamente a ondulação que procura, ondas arrebentando contra os corais, as rochas ou recifes de lava, com o forte vento alísio de verão elevando-as até 2,5 metros de altura. As condições para o surfe em Guadeloupe são tão favoráveis que todos os anos, em outubro, o Campeonato Francês de Surfe é realizado em Anse-Bertrand, em Le Moule e em Saint-François. Perto dali, St. Barthelemy é outro ótimo local para surfar, com as baías de Saint Jean, Anse des Cayes, Toiny e Lorient, todas com grandes ondas para os amantes do surfe. Os surfistas radicais se interessam pela direção das ondulações — sem brincadeira! — assim, um dos melhores locais do mundo para os amantes da ondulação espiralada para a esquerda é St. Leu, no centro da costa leste da pouco conhecida, mas adorável ilha Réunion. A ilha de Réunion, localizada no meio do Oceano Índico, perto das Seychelles, tem apenas 48 quilômetros de extensão, mas é ótima para o surfe radical, além de ter notáveis praias de areia negra vulcânica.
Aventura submarina © MDLF/Eric Larrayadieu
Se você prefere as aventuras sob as ondas, em vez de em cima delas, as ilhas francesas reservam um mundo de tesouros para você. Guadeloupe é um excelente lugar para você iniciar sua exploração submarina na Reserva Subaquática Jacques Cousteau, em Basse-Terre, a asa oeste da ilha. Quer você use equipamento completo com cilindro de mergulho, quer use apenas máscara e snorkel, ficará maravilhado com o vibrante espetáculo dos corais e o delicado balé criado pelos grupos de peixes tropicais.
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Saint Barthelemy também é famosa por suas exposições de corais, paredes e cavernas submarinas de corais, em especial, as perto do pequeno cabo de l’Ane Rouge, perto da baía Colombier e Pain de Sucre, uma ilhota perto do porto Gustavia. Você está procurando uma aventura submarina realmente extraordinária? Vá para Mayotte, um minúsculo território francês, no canal de Moçambique, formado por duas ilhas (Petite-Terre e Grande-Terre) e, aproximadamente, vinte ilhotas. Maoytte tem uma lagoa de água salgada espetacular que não só oferece excelentes oportunidades de mergulho, mas também a chance de nadar com tartarugas marinhas e de admirar baleias corcunda com seus filhotes.
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© MDLF/Pierre-Yves David
França além-mar
Macaco Maki de Mayette
Você é um verdadeiro amante da emoção? Então vá à ilha Polinésia Francesa de Bora Bora, onde guias treinados o levarão de barco à vela até o ponto da lagoa em que há uma corda esticada amarrada entre duas boias. Lá, você entra na água com sua máscara e seu snorkel, segura firme na corda e fica imóvel. Em poucos minutos, os guias jogam pedaços de peixe na água e você terá a companhia de um grupo de amigáveis tubarões nadando alegremente a sua volta enquanto saboreiam o almoço gratuito. Um aviso: essa não é uma atividade para quem sofre do coração.
© MDLF/Pierre-Yves David
Quer saber onde mergulham os que são realmente apaixonados pela vida marítima? Você os encontra na Nouvelle Calédonie, onde o maior complexo de lagoas de água salgada do mundo (quase 9.000 metros quadrados) e a parede de coral de quase mil quilômetros de extensão abrigam uma população estimada de 20.000 espécies de animais invertebrados, 350 espécies de corais e 1.500 espécies de peixes.
Praia de Sakouli, Mayette
Caminhadas paradisíacas
Quer estando em cima ou sob as ondas, quer explorando o coração da floresta, quer descansando ao lado de uma cachoeira, você descobre mais que souvenirs e cartões-postais nas ilhas francesas. Você descobre seu espírito de aventura.
© MDLF/Eric Larrayadieu
A caminhada é a forma mais intimista de descobrir a alma de qualquer lugar e não existem trilhas mais bonitas nem mais contrastantes que os caminhos que atravessam as florestas tropicais e as cachoeiras de Guadeloupe ou que sobem o escarpado monte Pelée, um vulcão ativo da Martinique.
Veleiros em Saint-François, Guadeloupe
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Onde ficar © MDLF/Catherine Bibollet
Você sempre pode esperar uma calorosa recepção na França e, quando escolher sua acomodação, convidamos você a explorar novas avenidas e optar por lugares insólitos, muitas dos quais têm preço acessível e são eco-amigos.
N O R D - PA S DE-CALAIS
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Le Havre Honfleur
PICARDIE
Rouen Giverny
Les Andelys La Petite-Pierre
NORMANDIE
ALSACE
LORRAINE ÎLE-DEFRANCE
C H A M PA G N E ARDENNE
Parc naturel régional des Vosges du Nord
B R E TA G N E
La Gacilly PAY S DE LA LOIRE CENTRE VA L - D E - L O I R E
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Nantes
Vallée de l’Ouche Vandenesse BOURGOGNE
Saint-Jean-de-Losne FRANCHECOMTÉ
POITOUCHARENTES LIMOUSIN RHÔNE-ALPES AUVERGNE Bordeaux
Saint-Cybranet
ARDÈCHE
Figeac A Q U I TA I N E
RIVIERA
LANGUEDOCROUSSILLON PROVENCE-ALPESCÔTE D’AZUR
MIDI-PYRÉNÉES
Toulouse
Béziers
© Louise Gaboury
CORSE
© La Pérouse Hotel
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© Louise Gaboury
A cor corresponde aos artigos na lista abaixo Passeando de barco ao longo dos canais franceses, pp. 81-82 Mi casa, Su casa, p. 84 Hotéis emissão zero, p. 85
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Nice
Marseille
Le Somail Narbonne Homps Trèbes Carcassonne Castelnaudary
Localidades
Grasse
© Emmanuelle Bonzami
Castelnaudary
Passeando de barco ao longo dos canais franceses Esqueça os oceanos e os cruzeiros convencionais, a grande aventura é embarcar num barco-hotel e usufruir a possibilidade de navegar pelos canais franceses numa viagem que mistura gastronomia, arte, cultura e natureza exuberante. por Marilane Borges
Uma das suas vantagens é promover o turismo fluvial em regiões como o Languedoc-Roussillon, as Midi Pyrénées e a Aquitaine, além de cidades de importância econômica e histórica como Béziers, Narbonne, Toulouse, Le Somail, Homps, Trèbes, Carcassone e Castelnaudary. Viajar de barco através desse itinerário torna o programa ainda mais bucólico onde é possível apreciar obras de arte, entre pontes, eclusas e aquedutos às margens de cidades encantadoras. O tráfego do turismo fluvial francês tende a crescer, sobretudo, com o advento e o sucesso dos barcos-hotéis, autênticas embarcações de transporte transformadas em suítes luxuosas, que não deixam nada a desejar aos hotéis 5 estrelas do mundo. Uma alternativa ideal para quem deseja conhecer os vilarejos franceses é embarcar nesses verdadeiros hotéis sobre as águas,
Um dos circuitos passa por Béziers, cidade-museu a céu aberto, com sua arquitetura da Belle Époque, conhecida pelas arenas romanas onde acontece as famosas touradas. Em Toulouse, vale a pena observar como “a cidade cor-de-rosa” muda de tom ao longo do dia. Ainda nas proximidades de Toulouse, uma cidadela que deve ser visitada é Carcassonne com suas fortalezas que atestam a passagem dos povos celtas, galo-romanos e visigodos. No quesito gastronomia francesa, o cassoulet é a especialidade da região do Languedoc-Roussillon, onde as cidades de Carcassonne, Toulouse e Castelnaudary protagonizam uma disputa ancestral pela autoria de sua criação. A última, por exemplo, se autointitula “capital mundial do cassoulet”. Conhecer cidades históricas como Giverny, onde viveu Claude Monet, de 1883 até sua morte em 1926, e apreciar os jardins de sua casa com ninféias e azaléias e a famosa ponte japonesa. Em seguida, visitar o Château Gaillard, na pequena cidade de Les Andelys, verdadeira fortaleza medieval do século 12 e referência da arquitetura da Idade Média construída pelo Duque
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que oferecem um serviço de bordo de primeira classe, com suítes, dressing, sala, minibar e um vasto banheiro, alguns, até mesmo com banheiras, tornando a viagem confortável e aprazível.
Canal du Midi
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Navegar entre o rio Garonne, na altura de Toulouse e Sète, só é possível graças ao Canal du Midi, uma extensão de 240 quilô metros no sudoeste da França que permite a comunicação entre o oceano Atlântico e o mar Mediterrâneo. O canal artificial foi projetado no século 17, por Pierre-Paul Riquet, como solução econômica, militar e política para transportar mercadorias, evitando o Estreito de Gibraltar e a navegação em águas abertas. Localizado na região do Midi, no sudoeste da França, é o mais antigo canal marítimo da Europa ainda em funcionamento.
Amiens
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Onde ficar
de Normandie, conhecido como Ricardo Coração de Leão. A próxima parada é Rouen, capital da região, constituída no século 14. Foi aqui, no Palácio de Justiça da cidade que Joana D’Arc foi martirizada e condenada. Saindo de Rouen, o passeio segue em direção a Le Havre, inscrito como patrimônio mundial da humanidade pela Unesco e considerado o segundo maior porto da França depois de Marseille. Vale a pena conhecer o Musée André Malraux que tem telas do Impressionismo francês e de artistas fauvistas. A partir de Le Havre, e a alguns quilômetros de carro ou de trem, chega-se à pitoresca Honfleur, na margem esquerda do Sena, um dos lugares mais apreciados pelos turistas, com suas vielas estreitas e floridas, seus charmosos restaurantes ao longo do cais e sua saborosa gastronomia local. Não deixe de visitar o Musée Eugène Boudin, que tem uma coleção consagrada aos pintores normandos dos séculos 19 e 20, “Le Jardin des Personnalités”, verdadeiros bateauxjardins, e apreciar a arquitetura da Église de St. Catherine. Prosseguindo em nossa viagem, desta vez, através do Canal de Bourgogne, a 150 km a sudeste de Paris que reúne os rios Saône e Yonne, encontraremos paisagens exóticas, rodeadas de vinhedos a perder de vista. Nesse percurso fluvial que começa em Saint-Jean-de-Losne no rio Saône, segue os contornos do vale Ouche, Dijon, Pont-de-Pany, Pont- d’Ouche e Vandenesse até Pouilly, encontraremos castelos medievais que abrigam o néctar dos deuses. No programa: visitas aos domínios vinícolas, regadas com boa gastronomia.
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Para além da fronteira de vinhedos, a Bourgogne histórica é constituída pela arquitetura rural de Bresse, pelas florestas do Morvan, pelos cinturões agrícolas, além das paisagens verdes e opulentas das regiões do Charolais e do Brionnais ou ainda os austeros campos da Côte-d’Or com seus burgos medievais, totalmente restaurados. Depois desse passeio histórico-artístico-cultural, o melhor é descansar tranquilamente num barco-hotel para sonhar com essa região, que é uma verdadeira ode à vida.
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Canal du Midi, Languedoc-Roussillon
Canal d’Ors, Poitou-Charentes
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Onde ficar
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Apartamento em Paris
Casa no meio de árvores, Château Gauthié, Issigeac, Aquitaine
Mi Casa, Su Casa Nunca foi tão fácil alugar um lugar só seu na França, por dois dias ou duas semanas. por louise gaboury Um apartamento em Paris ou Nice, um sótão em Tarn, uma casa de campo na Drôme, um château na Dordogne, uma maison de gardien na Camargue? Desde casas simples para duas pessoas até palacetes com piscina, as opções são inúmeras. Em toda a França, as pessoas, orgulhosas de sua herança, transformaram prédios antigos em casas acolhedoras ou criaram espaços contemporâneos para fazer com que os visitantes se sintam em casa. Casas de campo ou de fazenda, todas elas compartilham o toque mágico que chamamos de l’art de vivre à la française: cozinhas tradicionais, mas totalmente equipadas, um caramanchão onde você possa degustar um aperitivo, um terraço com vista para a imponente terra da nobre França.
Sozinho ou acompanhado… e decididamente verde Sinal dos tempos, casas de campo agora são alugadas por dois, quatro, cinco ou seis hóspedes. Para famílias maiores, existem as grandes casas contíguas, cada qual com sua própria piscina, como a de Andressac, perto de Figeac. A moda chega até mesmo a fazer as pessoas unirem casas de campo para formar pequenos vilarejos. Alguns desses estabelecimentos oferecem workshops e tours pelas redondezas. Os eco-visitantes, bastante gregários, apreciarão uma hospedagem charmosa e eco-amiga como Le Hameau des Coquelicots, que se orgulha das três casas adoráveis e decoradas com extremo bom gosto, construídas em um terreno magnífico com vista para uma piscina natural com praia de areia. Em Saint-Cybranet, o Domaine du Fraysse oferece casas de campo características, abrigadas em prédios do século 15 ao 19 que circundam um espaçoso jardim que se abre para uma piscina eco-amiga. Tudo está de acordo com o padrão dos bio-hotéis e do HQE, Haute Qualité Environmentale, o padrão para as construções verdes na França. Les Maisons de Marie, próximo de Figeac - www.lesmaisonsdemarie.com (só em francês) Le Hameau des Coquelicots - www.lehameaudescoquelicots.com Domaine du Fraysse - www.domaine-du-fraysse.com
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Antes de alugar Pergunte sobre quaisquer custos adicionais: o depósito, extras para eletricidade, aquecimento ou ar condicionado, limpeza da casa, cobertores, aluguel de roupa de cama e taxas. Um site nem sempre conta tudo. Faça uma pesquisa adicional em guias, em fóruns de discussão ou por meio da agência de turismo local. www.tourisme.fr
Descubra mais Como o próprio nome diz, os Citadines apart’hotels ficam na cidade e podem ser encontrados em Aix en Provence, Bordeaux, Cannes, Grenoble, Lille, Lyon, Marseille, Montpellier, Nice, Paris, Strasbourg e Toulouse. www.citadines.com A marca Clévacances compreende cerca de 24.000 casas de campo em 92 bairros e 22 regiões da França. www.clevacances.com Gîtes de France inclui 43.800 casas de campo em áreas rurais classificadas de uma a cinco estrelas. www.gites-de-france.com Interhome orgulha-se das 5.000 propriedades na França, e cem delas em Paris. www.interhome.fr Pierre & Vacances oferece apartamentos em vilarejos adequados para suas férias. www.pv-holidays.com Também Três casas no Château Gauthié www.chateaugauthie.com Tendas de deserto mobiliadas no camping Les Ormes www.campinglesormes.com Vagões ciganos no acampamento do Château d’Uzer’s Philomène chateau-uzer.com.sd2i.net Domaine de Fonroques www.roulottes-fonroques.com
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© La Pérouse Hotel
© Ecolodge des Chartrons
Onde ficar
Ecolodge des Chartrons
Hotel la Perouse
Hotéis emissão zero Hotéis estão se tornando verdes, sem economizar em conforto ou luxo por Francine Nascivet Os viajantes que buscam eco-férias, sejam seguidores da tendência atual ou conhecedores de produtos orgânicos, são convidados a entrar no tão cobiçado mundo dos hotéis ecologicamente corretos.
de altas montanhas, orgulha-se de seu equilíbrio de energia com emissão zero de CO2 e uma saudável dose de ar puro. Uma sensação incomparável!
Recarregue suas baterias em meio às oliveiras
La Pérouse Hotel, situado no centro de Nantes, ostenta seus valores e sua abordagem ecologicamente responsável dentro e fora do hotel. Comece seu dia com um café da manhã leve, mas organicamente energizante e com preço justo antes de sair de bicicleta para passeios culturais e as compras – uma alternativa perfeita, livre das emissões de carbono do táxi!
Natureza preservada O parque regional das Vosges du Nord abriga o La Clairière, o primeiro hotel a receber o certificado BIO, ou orgânico. Cozinha e acomodações de primeira caminham lado a lado com tratamentos variados e massagens ayurvédica, e tudo dentro da tradição. Um maravilhoso destino ecológico de férias para uma experiência de extremo bem-estar.
Pura altitude Aos pés de Aiguille du Midi, a uma altitude de 3.200 metros, Le Morgane Hotel tem todo o direito de se orgulhar de sua transformação estética e ambiental. Com seus materiais naturais (granito, ardósia e madeira) e ambientes amplos, esse prédio indiscutivelmente moderno, que espelha a arquitetura
© Le Morgane Hotel
Com sua localização ideal nas fronteiras de Grasse, uma pequena cidade não litorânea nas proximidades de Cannes, o Club Med do vilarejo de Opio foi o primeiro na França a receber o selo ecológico europeu na categoria de serviço de acomodação turística. Para receber esse selo, é preciso passar por uma rígida seleção qui inclui 84 critérios que vão do gerenciamento de energia eficiente à coleta de lixo seletivo, passando pelo ambiente livre de pesticida. Não é encantador?
Boa comida
Le Morgane Hotel
Fiel às suas origens Em 8,9 hectares no interior da Bretanha, o Yves Rocher EcoHotel é agraciado com uma horta orgânica, um jardim de plantas medicinais, telhados verdejantes e quartos parcialmente subterrâneos. Equipado com tecnologia bioclimática de última geração, esse estabelecimento não deixa nada ao acaso. Os fãs do zen-budismo irão amar esse spa que cuida de todos os cinco sentidos. É relaxamento instantâneo!
Melhor, impossível Incrustado no meio de um bairro antigo, bem no centro de Bordeaux, essa casa magnífica do século 19 atrai turistas que buscam autenticidade. Reformada com bom gosto, com uma inclinação por mobílias marcadas pelo tempo e materiais ecoamigos (isolante térmico de lã, pintura que não agride a natureza, reboco à base de cal e colchões feitos com borracha natural…), o Ecolodge des Chartons certamente causará uma impressão memorável em seus visitantes.
Club Med Opio www.clubmed.fr La Clairière www.la-clairiere.com Le Morgane www.morgane-hotelchamonix.com La Pérouse www.hotel-laperouse.fr Yves Rocher www.yves-rocher.com Ecolodge des Chartrons www.ecolodgedes chartrons.com
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Informações úteis
Comitê de Turismo Regional de Nord-Pas-de-Calais www.northernfrance-tourism.com contact@crt-nordpasdecalais.fr
A Picardie tem uma sólida herança cultural e arquitetônica que pode ser apreciada em seus museus, catedrais e nas obras de pintores e escritores. Descubra esse lugar de descanso. Desfrute as atividades ao ar livre na Baie de Somme, nas Florestas de Compiègne e Retz, nos inúmeros parques e jardins e la route touristique du vignoble, a rota do vinho.
© Spiegelhalter Erich/CRTB
© CRT/Zvardon
© CDT Moselle/J.C. Kanny
LORRAINE
ALSACE
Metz e Nancy, as principais cidades da região da Lorraine, ficam a apenas noventa minutos de Paris pelo TGV. Essas cidades oferecem rica herança cultural como, por exemplo, a Place Stanislas, Patrimônio Mundial da Humanidade, a arquitetura art nouveau de Nancy e, em Metz, a catedral e o centro histórico.
Comitê de Turismo Regional da Alsace www.tourism-alsace.com www.abcoffrance.com crt@tourisme-alsace.com
Comitê de Turismo Regional da Lorraine www.tourisme-lorraine.fr contact@tourisme-lorraine.fr
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Visitar a Alsace é uma jornada de volta no tempo, com os toques da herança francesa e alemã: vinhedos famosos, culinária para conhecedores, parques naturais, as montanhas de Vosges e as mais charmosas casas do mundo com arquitetura que parecem ter saído dos contos de fadas.
© CRT Champagne-Ardenne/Michel Joly
PARIS-ILE-DE-FRANCE
CHAMPAGNE-ARDENNE
Comitê de Turismo Regional de Paris-Ile-de-France www.pidf.com info@pidf.com
Comitê de Turismo Regional da Champagne-Ardenne www.tourisme-champagneardenne.com www.abcoffrance.com contact@tourismchampagne-ardenne.com
Desde que, em 2008, a presidência da União Europeia passou a ser francesa, Paris-Ile-de-France voltou os refletores para a arte e a cultura europeias, exibindo diversas obras de artistas europeus: Ver a Itália ou morrer — O Grande Tour e Max Ernst: uma Semana de Benevolência, no Musée d’Orsay; Waldmüller e o Mundo Imaginativo de Ariosto, no Louvre; Asger Jorn, no Centre Pompidou; e muitos outros eventos culturais.
Comitê de Turismo Regional de Picardie www.picardietourisme.com documentation@picardietourisme.com
Comitê de Turismo Regional da Normandie www.normandy-tourism.org info@normandie-tourisme.fr
A Lorraine é um lugar popular para turistas que procuram algo diferente para uma viagem de fim de semana, férias de turismo ou uma estadia mais prolongada. Suas cidades-spa, lagos e florestas, estações de ski, diversidade artística e herança cultural são apenas algumas das extraordinárias atrações.
© F. Poche-atelier culturel/Photothèque VINCI
PICARDie
Os dois mil anos de história estão muito vivos em todos os lugares da Normandie que você visitar. Há castelos, catedrais e abadias, sendo a mais famosa a do Mont Saint-Michel. A Normandia também é o berço do Impressionismo. A casa e o jardim de Claude Monet estão em Giverny, no caminho para Rouen. Você também pode explorar todos os locais pintados pelos impressionistas: Etretat, Le Havre, Honfleur, Trouville, etc. Este ano é o 65º aniversário do desembarque do Dia D.
Bretagne
A Bretagne é uma península modelada e remodelada durante milênios pelo mar, as marés mudam o desenho da costa duas vezes ao dia. Debaixo de seu céu de cores variáveis repousam suas baías silenciosas e ensombradas, os cabos de granito e as dunas cinzas com tons rosados que são a casa de inúmeras espécies de aves e animais raros, onde se encontram centenas de ilhas e a costa litorânea mais bem preservada. É uma terra de lendas, de história rica, onde os pintores Gauguin, Monet, Matisse, Sargent e Picasso se reuniram à procura de novas fontes de inspiração. Comitê de Turismo Regional da Bretagne www.brittanytourism.com tourism-crtb@tourismebretagne.com www.discoverbrittany.com
Na Champagne-Ardenne, a quarenta minutos a leste de Paris pelo TGV, séculos de história ainda estão vivos: na cidade medieval de Troyes, em Sedan, berço do maior castelo com fortaleza da Europa; na Catedral de Reims, onde 25 reis franceses foram coroados; e em centenas de casas de champagne e adegas de vinhos internacionalmente famosas.
© J.P Klein/SEM Régionale des Pays de la Loire
NORMANDie
Da perfeita Côte d’Opale às arborizadas montanhas de seus parques naturais, o Nord-Pas-de-Calais combina tradição com modernidade. A apenas uma hora de Paris, você encontrará cidades muradas, campanários medievais e um povo que cultivou o espírito festivo do Carnaval.
© CRT Centre/E. Mangeat
NORD-PAS-DE-CALAIS
© CRT Picardie/Guy François
© J.Y.Desfoux/CDTManche.jpg
© CRT Nord-Pas-de-Calais/J.P. Duplan
Regiões da França
Val de Loire
O Val de Loire é o exuberante jardim verde da França. Muitos conhecedores consideram que os vinhos de lá estão entre os melhores da França. Na região dos châteaux reais, os maravilhosos e inspiradores castelos estão rodeados pelos jardins mais famosos do mundo. Comitê de Turismo Regional do Val de Loire www.visaloire.com crtcentre@visaloire.com
PAYS DE LA LOIRE
Explore os tesouros do passado a menos de duas horas de Paris: castelos no Val de Loire, cidades vibrantes como Nantes, Angers ou Le Mans, vinhos de Saumur, Anjou ou Muscadet. Desfrute a La Loire à Vélo: uma rota para ciclistas através de paisagens naturais e históricas. Ampla, agreste e maravilhosa — assim é a costa atlântica do Pays de La Loire com os frutos do mar mais frescos e duas belas ilhas, Noirmoutier e Ile d’Yeu. Comitê de Turismo Regional do Pays de la Loire www.paysdelaloire.co.uk infotourisme@sem-paysdelaloire.fr
Comitê de Turismo Regional do Poitou-Charentes/Cognac www.visit-poitou-charentes.com crt@poitou-charentes-vacances.com
Auvergne e Limousin
Cordilheira Central/França Original Você sonha em ver os verdes campos da França? Vá para a Auvergne e o Limousin para as férias mais deliciosas que você poderia imaginar. Descubra a riqueza da “França Escondida”, uma região de marcos nacionais. Ela é um parque para todos os tipos de atividades ao ar livre. Descubra a fantástica culinária local, os maravilhosos castelos e as igrejas românicas, além da tapeçaria d’Aubusson e das porcelanas e peças esmaltadas de Limoges. Comitê de Turismo Regional da Auvergne e do Limousin www.auvergne-tourisme.info/uk courrier@crdt-auvergne.fr www.tourismelimousin.com tourisme@crt-limousin.fr www.massifcentral-tourisme.com
© CRT PACA/Matthieu Verdeil
© CRT Languedoc-Roussillon/Richard Nourry
Rhône-Alpes
O Rhône-Alpes, localizado no coração da França, é uma região diversa que inclui os Alpes franceses e o vale do rio Rhône. Lyon, capital da região, é Patrimônio Mundial da UNESCO. A região é famosa por sua gastronomia, vinhas, vistas maravilhosas das montanhas, resorts para esquiar, lagos, cidades históricas e paisagens de tirar o fôlego. Comitê de Turismo Regional do Rhône-Alpes www.rhonealpes-tourisme.com info@rhonealpes-tourisme.com
Provence-AlpesCôte d’Azur
O Languedoc-Roussillon, uma região mediterrânea abençoada pelo sol, possui uma rica herança histórica (Pont du Gard, Carcassonne, Canal du Midi), cidades que unem passado e presente (Montpellier, Nîmes, Perpignan, Mende) e inúmeros museus, além de 216 quilômetros de praias e os parques regionais da Camargue e das Cévennes. Em 2008, Villefranche de Conflent e Citadel de Mont Louis foram declaradas Patrimônios Mundiais da UNESCO.
Comitê de Turismo Regional da Riviera Côte d’Azur www.guideriviera.com info@guideriviera.com
© OTVA/Y. Tisseyre
© CRT Poitou-Charentes
A região do Poitou-Charentes, no oeste da França, possui uma rica diversidade. Das vinhas de Cognac, onde é feito o famoso conhaque, às praias da costa atlântica com La Rochelle, as ilhas de Ré e Oléron, essa região possui uma destacada herança romântica e inúmeras cidades de interesse histórico, como Poitiers. Não deixe de ver a calma do Marais Poitevin, também chamada de “Veneza verde”.
languedoc-roussillon
A Riviera Francesa, rica em diversidade natural, é uma terra de contrastes; do mar, você pode admirar picos cobertos de neve. De praias ensolaradas a vilarejos de colina e os maravilhosos Alpes azuis, a Riviera oferece uma rica paleta de paisagens, atividades de lazer, exibições culturais e eventos internacionais.
Comitê de Turismo Regional da Franche-Comté www.franche-comte.org info@franche-comte.org
© Bort-les-Orgues/CRDTA
Comitê de Turismo Regional da Bourgogne www.burgundy-tourism.com www.abcoffrance.com ptel@centrerelationsclients.com
POITOU-CHARENTES
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Vauban, Ledoux, Bartholdi, Pasteur, Le Corbusier, Peugeot — durante séculos, grandes personalidades moldaram essa região. Rodeada pelas montanhas de Vosges e Jura, essa é uma terra de rico colorido com tons de verde e azul. Franche-Comté é toda sua para descobertas recreativas, culturais e gastronômicas.
No sul da França, entre o mar e as montanhas, repousa uma terra de luz que sempre atraiu inúmeros artistas. O art de vivre, a riqueza da herança local e a beleza natural juntam-se para tornar a região da ProvenceAlpes-Côte d’Azur uma das mais visitadas da França. Comitê de Turismo Regional da Provence-Alpes-Côte d’Azur www.discover-southoffrance.com information@crt-paca.fr
Comitê de Turismo Regional do Languedoc-Roussillon www.sunfrance.com contact.crtlr@sunfrance.com
© S.T.C/Ville de Toulouse
Franche-Comté
É fácil ser enfeitiçado pela Bourgogne. Maravilhosas regiões vinícolas, locais de Patrimônio Mundial da UNESCO, natureza intocada — pode-se admirar tudo isso de um balão, de um barco no canal ou de uma bicicleta. A Bourgogne oferece aventuras inesquecíveis de prazeres contemporâneos mergulhados na história.
© F. Poincet/OT Bordeaux
Bourgogne
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© CRT Riviera Côte d’Azur
© CRT Bourgogne/A. Doire
© CRT Franche-Comté/E. Chatelain
Informações úteis
AQUITAINE
A Aquitaine, uma das regiões mais variadas da França, estende-se dos Pirineus aos suaves vales da Dordogne. Descubra os incontáveis vinhedos ao redor de Bordeaux, como Médoc e Saint-Emilion; cidades históricas, como Sarlat, Pau e Bayonne; castelos e charmosas vilas no Périgord ou na região basca; cavernas pré-históricas e algumas das praias mais espetaculares da Europa. Novidade! Agora, Bordeaux está na lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO. Venha e descubra a restaurada beleza da capital da Aquitaine. Comitê de Turismo Regional da Aquitaine www.tourisme-aquitaine.fr tourisme@tourisme-aquitaine.fr
Midi-Pyrénées
Da Dordogne até os Pyrénées, os Midi-Pyrénées, abrigam vilas medievais, de d’Artagnan e os Três Mosqueteiros, de Armagnac e Roquefort, e do Canal du Midi. A caminho de Santiago de Compostela, visite a capital, Toulouse, e Albi, com o museu de Toulouse-Lautrec. Faça uma peregrinação para Lourdes, o segundo maior santuário cristão do mundo. Comitê de Turismo Regional dos Midi-Pyrénées www.tourism.midi-pyrenees.org information@crtmp.com
Saint Barthelemy
Comitê de Turismo Regional das Ilhas de Guadeloupe www.lesilesdeguadeloupe.com info@lesilesdeguadeloupe.com
© Kent Steffens
© Suze Piat
© Koch Valérie
La Réunion
Bem no meio do Oceano Índico, oitocentos quilômetros a leste de Madagascar, a ilha de la Réunion compõe, com as ilhas Maurício e Rodrigues, o arquipélago Mascarenes. O famoso vulcão Piton de la Fournaise, ainda ativo, de vez em quando ganha vida, oferecendo um espetáculo magnífico que pode ser observado sem oferecer perigo. Explore as regiões altas a cavalo, de bicicleta ou de jipe, percorra seus mil quilômetros de trilhas demarcadas, observe os majestosos terrenos montanhosos de paraquedas, de helicóptero ou de ultraleve, surfe, pesque… Escritório de Turismo de la Réunion www.lareunionvousattend.com crt@la-reunion-tourisme.com
www.franceguide.com
Nouvelle Calédonie
Se, no meio do Pacífico Sul, houver um arquipélago flutuando em uma imensa lagoa verde esmeralda com reflexos dourados, você está na Nouvelle Calédonie. Ela só pode ser descrita com uma litania de superlativos. A maior lagoa de água salgada do mundo, o maior número de espécies de plantas do Oceano Pacífico, uma das mais ricas florestas tropicais do mundo. Comitê de Turismo Regional da Nouvelle Calédonie www.nouvelle-caledonie-tourisme.com info@sponline.com
Tahiti
O território da Polinésia Francesa estende-se por uma área marítima de 6,5 milhões de quilômetros quadrados e é composto do Tahiti e um grupo de 117 ilhas situadas em cinco arquipélagos: as ilhas Society, o arquipélago Tuamotu, as ilhas Marquesas, as ilhas Austral ou Tubuai e as ilhas Gambier. As surpresas à espera dos amantes da água incluem: baleias, arraiasmantas, tubarões, cardume de peixes e de corais multicoloridos. Para os que gostam de caminhada, de andar a cavalo ou de pedalar nas montanhas, há todas as oportunidades para explorar as montanhas, os vales e as cachoeiras das ilhas altas. Comitê de Turismo Regional do Tahiti www.tahiti-tourisme.fr
A Guiana Francesa, um paraíso para o ecoturismo, fica a nordeste da América do Sul, entre o Suriname e o Brasil. Estendendo-se do infindável tapete verde da floresta amazônica, a Guiana Francesa reserva muito de seu charme e mistério para os que estiverem preparados a explorá-la da forma tradicional: por água.
Essa ilha de flores, rodeada pelo Mar do Caribe e pelo Oceano Atlântico, dá boas-vindas a todos que sonham com uma ilha mágica. Buquês de cores, aromas, especiarias e sabores dessa flor caribenha estão ao seu alcance. Escritório de Promoção da Martinique/CMT USA www.martinique.org info@martinique.org
Informações disponíveis em: www.comstbarth.fr contact@comstbarth.fr
Comitê de Turismo Regional de Saint Martin www.st-martin.org info@st-martin.org
Guiana Francesa
martinique
Saint Barthelemy, localizada a noroeste de Guadeloupe, é uma ilha minúscula com cerca de 39 quilômetros quadrados de área. Ela é cortada por vales que, em geral, terminam no mar, e cada vale tem seu caráter particular. A flora, o habitat e a arquitetura da ilha são singulares. É o lugar ideal para a prática de muitos esportes aquáticos.
Comitê de Turismo da Guiana Francesa www.tourisme-guyane.com ctginfo@tourisme-guyane.com
© MDLF/Philippe Maille
Saint Martin, situada a 220 quilômetros da Guadeloupe, é um sonho concentrado no arquipélago situado entre o Mar do Caribe, a oeste, e o Oceano Atlântico, a leste. Famosa por suas regatas é um ponto de encontro essencial para os amantes da vela. Também é conhecida como “ilha dos pintores”, seu colorido é uma fantástica fonte de inspiração para as obras dos muitos artistas exibidas em suas galerias.
© Stephanie Rousseau
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Saint Martin
Conheça a Guadeloupe! Veleje ou faça esqui no mar turquesa cristalino, aconchegue-se com um livro sobre a cintilante areia branca, descubra as florestas e a natureza, mergulhe na tradição e herança, e saboreie os deliciosos sabores da culinária local!
© Photothèque ATC/R. Huitel
Guadeloupe
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Informações úteis
© Markus Gregory
© Comité du Tourisme des Îles de Guadeloupe/ J. M. Lecerf
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Córsega
A Córsega, uma magnífica ilha mediterrânea, possui uma cultura rica e distinta, melhor sentida por meio de sua gastronomia, artesanato, idioma, música e alegre tradição. A herança e a história da Córsega estimulam a inabalável devoção local à ilha, também conhecida como “Ilha da Beleza”. Comitê de Turismo Regional da Córsega www.visit-corsica.com info@visit-corsica.com
Saint Pierre et Miquelon
Na boca do golfo de Saint Lawrence, uma pedra atirada da ilha Terra Nova é o destino mais setentrional da França além-mar. Você admira surpreendentes paisagens subárticas com saliências pronunciadas, de onde as casas em diversas cores se destacam como confetes coloridos. A população, simpática e acolhedora, mantém vivas as tradições francesas em solo americano. As pessoas vivem ao ritmo do mar, respeitando o mundo natural e em harmonia com o ambiente marítimo. Escritório de turismo de Saint Pierre e Miquelon www.st-pierre-et-miquelon.info
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Informações úteis
O que saber antes de viajar PASSAPORTES E VISTOS Brasileiros precisam de um passaporte válido por pelo menos seis meses, a contar da data do embarque, para entrar na França. Para permanência de até 90 dias, o visto não é necessário. Para outras informações, consulte o Consulado da França numa das seguintes cidades: São Paulo (11 3371 5400), Rio de Janeiro (21 3974 6699), Recife (81 3117 3290), ou a Embaixada da França em Brasília (61 3312 9100). Na França, em caso de perda do passaporte, procure a Embaixada do Brasil em Paris, cours Albert Premier, 34, tel. 01 45 61 63 00. No mesmo endereço, também funciona o Consulado-Geral do Brasil.
SEGURO DE VIAGEM Estrangeiros em viagem à França têm a obrigação de contratar um seguro de viagem no valor de € 30.000 para cobertura de despesas médicas e hospitalares. Para mais informações, consulte www.ambafrance.org ou www.france.org.br.
ALFÂNDEGA Viajantes de países fora da União Europeia devem declarar certos itens ao entrar na França. Taxas e impostos de importação devem ser pagos sobre itens que não são de uso pessoal, cujos valores unitários ou em conjunto excedam € 175 .Certas categorias de artigos para uso pessoal (produtos de tabaco, bebidas alcoólicas, perfumes etc.) podem ser trazidos livres de impostos dentro de um limite determinado. Os itens seguintes têm sua entrada proibida ou submetida a um rígido controle: drogas, materiais radioativos, armas de fogo, plantas e marfim. Tenha receitas médicas à mão para comprovar o uso de qualquer substância controlada. Valores acima de € 7.600 (chegando ou saindo da França) devem ser declarados na alfândega. Quando em dúvida, consulte a embaixada francesa ou o consulado francês, ou o serviço alfandegário em Paris, tel. +33 (1) 08 20 02 44 (das 8h30 às 18h, de segunda a sexta). www.douane.gouv.fr .
www.franceguide.com
Trazendo seu animal de estimação à França Viajantes podem trazer cachorros e gatos à França, desde que tenham mais de três meses de idade. O limite é de cinco animais por família. Eles devem ter certificados de vacinação contra a raiva válidos. Cada animal deve ser identificado por um microchip ou tatuagem e possuir atestado de saúde assinado por veterinário. Para maiores informações, visite www.ambafrance-us.org/intheus/ fcustoms/7000.asp ou contate a embaixada francesa.
Clima A França tem quatro zonas climáticas: a zona litoral úmida, a oeste de Lille-Bayonne (invernos variáveis, verões frescos); a zona semicontinental da Alsácia e Lorena e a região de Rhône-Alpes (invernos frios, verões quentes); as zonas intermediárias de Paris, no norte e no centro da França (invernos frios, verões quentes); a zona mediterrânea, no sul da França (invernos moderados, verões agradavelmente quentes). www.meteofrance.com.
Eletricidade A voltagem na França é de 220 volts. Se você trouxer eletrodomésticos, precisará de um transformador de voltagem e um adaptador de tomada. Hoje em dia, quase todos os aparelhos já vêm com um transformador universal, logo você provavelmente só precisará de um adaptador de tomada. Se você estiver em dúvida, confira com a assistência técnica do equipamento o que é necessário para utilizá-lo na França. Se seu computador ainda estiver na garantia, você pode precisar registrá-lo no departamento de garantia internacional do fabricante.
Feriados nacionais de 2009 Ano Novo 1 de janeiro Páscoa 12 de abril Segunda-feira de Páscoa 13 de abril Dia do Trabalho 1 de maio Dia do Veterano 8 de maio Quinta-feira da Ascensão 21 de maio Domingo de Pentecostes 31 de maio Segunda-feira de Pentecostes 1 de junho Dia da Bastilha 14 de julho Dia da Assunção 15 de agosto Dia de Todos os Santos 1° de novembro Dia do Armistício 11 de novembro Natal 25 de dezembro
Maison de la France Departamento Oficial de Turismo Francês no Brasil Av. Paulista, 509, 100 andar São Paulo, SP, CEP 01311-000 Tel.: (11) 3372 5500 Para informações turísticas e solicitação de folhetos pela internet www.franceguide.com – info.br@franceguide.com Na França Quase todas as cidades na França têm centros de informações turísticas (Office de Tourisme ou Syndicat d’Initiative) geralmente no centro da cidade e facilmente identificados por um sinal azul “i”. Além de fornecer informações sobre atrações locais e serviços, muitos podem fazer reservas em hotéis e para entradas em eventos. A Fédération Nationale des Offices de Tourisme et Syndicats d’Initiative possui um site com links para milhares de centros de informações turísticas locais: www.tourisme.fr
Acomodação Existem cerca de 18.300 hotéis e pousadas na França, classificados oficialmente em cinco níveis indicados por estrelas: de luxo (****L), primeira classe (****), classe turística (***), e econômica (** e *). Uma reforma do sistema de classificação hoteleira prevê a substituição da categoria de luxo (****L) pela categoria 5 estrelas (*****) a partir de 2010.
Também existem várias chambres d’hotes (pousadas com café da manhã), gîtes (casas de campo e fazendas para alugar) e castelos particulares com quartos para hóspedes. Em cidades maiores, especialmente em Paris, podem-se alugar apartamentos para curtas temporadas por meio de agências especializadas. Na alta temporada, certifique-se de fazer as reservas por escrito e pagar um depósito. Pergunte as condições necessárias para aluguel e reservas antes de se comprometer. O depósito não será reembolsado, a não ser que esteja especificado no contrato. Se a acomodação cancelar sua reserva, você deverá ter o depósito reembolsado em dobro. O depósito é uma obrigação contratual; em caso de cancelamento da reserva, você poderá ter de pagar por todo o período reservado.
Chegando em Paris A maioria dos visitantes à França, que fiquem na capital ou viajem para outras regiões, chega a um dos dois aeroportos de Paris: Roissy-Charles-de-Gaulle ou Orly. Ambos os aeroportos têm ônibus direto e serviço de trem para Paris, além de excelentes conexões de avião, trem ou estrada para outras cidades de todo o país. Há uma estação de Train à Grande Vitesse (TGV, trem de alta velocidade) no aeroporto Roissy-Charles-deGaulle (Tel. +33 (1) 48 62 22 80 ou (1) 70 36 39 50). ROISSY–CHARLES-DE-GAULLE Transferências de aeroporto O aeroporto Roissy-Charles-deGaulle fica 24,9 km a nordeste de Paris. O percurso de táxi para o centro da cidade leva de 45 a 75 minutos e custa de € 35 a € 60. . Alpha Taxis: +33 (1) 45 85 85 85 G7: +33 (1) 47 39 47 39 (com facilidades para deficientes físicos) Taxis 7000: +33 (1) 42 70 00 42 Abeille Radio Taxi: +33 (1) 45 83 59 33 Airport Connection Services (minivan, reserva antecipada): +33 (1) 43 65 55 55, www.airport-connection.com RER trem suburbano expresso O RER parte regularmente de dois pontos no aeroporto: da Aérogare (terminal) 2 e da estação da SNCF (ferrovia nacional), perto da Aérogare 1. Se você chegar à Aérogare 1, pegue a navette (ônibus de ida e volta) para a estação da
SNCF. O RER linha B (Roissy) pára nas estações de metro Gare du Nord, Châtelet, St-Michel e DenfertRochereau a cada 10-15 minutos (das 4h56 às 23h56; tempo de viagem: 25-45 minutos; custo: € 8,40). Ônibus Air France ida e volta para Roissy Ônibus ida e volta de Porte Maillot e do Arco do Triunfo partem a cada 15 minutos (das 5h45 às 23h; tempo de viagem: 40-60 minutos, custo: € 15). Ônibus partindo da Gare de Lyon e da Gare Montparnasse saem a cada 30 minutos (das 7h às 21h; tempo de viagem: 45-70 minutos, custo: € 16.50). Tel. +33 (1) 08.92.35.08.20; www.cars-airfrance.fr. Roissybus Ônibus partem a cada 15-20 minutos da rue Scribe perto da Opéra Garnier (das 5h45 às 23h; tempo de viagem: 45-60 minutos; custo: € 8,90). Tel. +33 (1) 08.92.68.77.14 TGV Os trens de alta velocidade (TGV) que saem do aeroporto RoissyCharles-de-Gaulle oferecem serviço direto para Grenoble, Lille, Lyon, Marselha, Bordeaux, Toulouse, Nantes, Montpellier e a Riviera Francesa. www.voyages-sncf.com e www.raileurope-la.com. Hospedagem Há um hotel no aeroporto (Sheraton Paris Airport Hotel, tel. 01 49 19 70 70) e outros acessíveis pelo serviço de traslado, incluindo o Hilton (tel. 01 49 19 77 77), o Ibis (tel. 01 40 19 19 19) e o Sofitel (tel. 01 49 19 29 29). ORLY Transferências de aeroporto O aeroporto de Orly fica 16,6 km ao sul de Paris. A corrida de táxi para o centro da cidade leva entre 20 e 45 minutos e custa entre € 30 e € 50. Orlyval e RER B Trens automatizados partem do aeroporto a cada 4-8 minutos, com conexão na estação Antony para a linha B do RER, que tem paradas nas estações Denfert-Rochereau, St-Michel, Châtelet-Halles e Gare du Nord ( das 6h às 23h; tempo de viagem: 35 minutos; custo: entre € 7,40 e € 9,60).
Informações úteis
Ônibus para Orlyval Um ônibus faz a conexão entre Orly e a linha C do RER (Orlyrail), partindo a cada 15-30 minutos e parando nas estações Javel, Champs de Mars–Tour Eiffel, Invalides, Musée d’Orsay, St-Michel e Gare d’Austerlitz (das 5h01 às 23h30; tempo de viagem: 40 minutos; custo: € 6,10 o bilhete para integração ônibus e metrô). Ônibus Air France para Orly Ônibus ligando Paris ao aeroporto de Orly partem a cada 15 minutos das estações de metrô Gare Montparnasse e Invalides (das 6h ás 23h; tempo de viagem: 30–45 minutos; custo: € 11,50). Tel.: +33 (1) 08 92 35 08 20; www cars-airfrance.fr Ônibus de Orly Ônibus ligando Paris ao aeroporto de Orly partem a cada 12-15 minutos da estação de metrô DenfertRochereau (das 6h às 23h30; tempo de viagem: 30 minutos; € 6,30). Tel.: +33 (1) 08 92 68 77 14 Noctilien Os ônibus noturnos começam a funcionar quando os outros serviços param (entre 0h30 e 5h30 horas, 30 a 60 minutos, três passagens “t+” totalizando 4,80 euros. Os tíquetes Visite Paris também valem para esse serviço, dependendo das zonas selecionadas) em duas linhas: N120 (para o aeroporto Paris-Charles de Gaulle via Gare de Lyon, Châtelet e Gare de l’Est) e N31 (para Gare de Lyon via Place d’Italie). Cada linha passa a cada uma hora, portanto, verifique os horários, www.ratp.fr Hotéis Há dois hotéis próximos ao aeroporto de Orly: Hilton (tel. +33 (1) 49 19 77 77) e Ibis (tel. +33 (1) 40 19 19 19). Ônibus Air France entre Roissy-Charles-Degaulle e Orly Ônibus entre os aeroportos RoissyCharles-de-Gaulle e Orly partem a cada 30 minutos (das 6h30 às 22h30 durante a semana, e das 7h às 22h30 nos fins-de-semana; tempo de viagem: 45-60 minutos; €16).
VIAJANDO PELA FRANÇA DE CARRO Estradas na França Paris e as principais cidades da França são ligadas por 12.000 km de rodovias bem conservadas (a maioria com pedágios). Há, também, boas estradas entre as regiões da França. As distâncias são marcadas em quilômetros. A menos que haja outra sinalização, os limites de velocidade são: 50 km/h em cidades, 80 km/h no rodoanel (périphérique) de Paris, 90 km/h em estradas simples, 110 km/h em estradas de duas-pistas e 130 km/h em auto-estradas. Esses limites são reduzidos em de 10 a 20 km/hora em condições de tempo adversas. Dirigindo na França Para estadias inferiores a 90 dias, é necessário possuir um documento de habilitação (carteira de motorista) válido. Para dirigir, a idade mínima é 18 anos. Também é necessário que o veículo tenha cobertura de seguro. Tenha sempre com você o documento de habilitação, o certificado de seguro e os documentos do veículo. Os cintos de segurança devem ser usados em todos os assentos da frente e de trás (crianças menores de 10 anos não podem viajar no banco da frente). Ao conduzir motocicleta ou vespa, o uso de capacete é obrigatório.
UMA MODALIDADE DE COMPRA/RECOMPRA DE VEÍCULOS NOVOS COM ISENÇÃO DE IVA A PARTIR DE 18 ANOS SEM LIMITACÃO DE IDADE SEGURO MULTIRISQUE SEM FRANQUIA EM 44 PAÍSES ASSISTÊNCIA 7 DIAS/7 E 24H/24
Alugando ou arrendando um carro Fazer o aluguel de um carro antes de partir pode proporcionar uma economia significativa - a maioria das agências de aluguel de carro internacionais dão um desconto padrão entre 10% e 30% para antecedência para um número mínimo de dias e pagamento adiantado. Para viagens mais longas, alguns fabricantes oferecem contratos de arrendamento (leasing) renovado, o que pode representar uma grande economia. A maioria das auto-estradas possuem sistemas de pedágio. A idade mínima para se alugar um carro na França é 21 anos. É preciso possuir a carteira de motorista há pelo menos um ano.
RENAULT EURODRIVE www.renault-eurodrive.com
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Informações úteis
O que saber antes de viajar Táxis Em Paris e outras grandes cidades francesas, pontos de táxi são abundantes e facilmente visíveis. As tarifas baseiam-se em tempo e distância percorrida, dependendo da cidade ou subúrbio, e se é dia ou noite, e são indicadas pelo taxímetro e numa tabela no carro. Se você esqueceu algo em algum táxi, procure no “Service des objets trouvés” (serviço de achados e perdidos), na rue des Morillons, 36, 15º arrondissement, de segunda a quinta, das 8h30 às 17h, e nas sextas, até 16h30 (tel. +33 (1) 08 21 00 25 25). Quando chamados para apanhar passageiros, os táxis adicionam o custo desta corrida à tarifa final. Tarifas extras para bagagem, animais ou uma quarta pessoa são rotineiras. Gorjetas são habituais, mas a seu critério; geralmente 10% a 15% são aceitáveis.
Eurailpass e o Europass; passes com desconto como o France Youthpass (para viajantes entre 12 e 25 anos), France Seniorpass (para viajantes acima de 60 anos), France Saverpass (para mais de dois passageiros), além de descontos para grupos de seis ou mais pessoas. Estão também disponíveis bilhetes para as linhas TGV Méditerranée (Paris/Avignon/ Marselha); Eurostar (Paris/Lille/ Londres), Thalys (Paris/Bruxelas/ Colônia/Amsterdã), Artesia (Paris/ Lyon/Itália). Os passes devem ser adquiridos com antecedência, antes da saída do Brasil. Para compras ou informações sobre preços, horários e itinerários, fale com seu agente de viagem ou entre em contato com a Carlson Wagon Lits Travel, tel. (11) 3217 8500. Para maiores informações, consulte www.raileurope.com e www.sncf.com.
DE TREM A rede ferroviária nacional da França, SNCF, possui a maior malha ferroviária da Europa e seus trens são extremamente confortáveis e eficientes. Os trens de alta velocidade da SNCF servem mais de 150 cidades na França e, com suas saídas frequentes, tornam as viagens rápidas e convenientes.
Serviço de retirada e entrega de bagagens, do hotel para o destino final, pode ser solicitado com 24 horas de antecedência, ligando para o Serviço de Bagagem da SNCF (tel.: +33 (1) 36 35), e pressionando o numero 41.
No Brasil, a agência de viagem Carlson Wagon Lits Travel é representante da SNCF. Ela oferece uma grande variedade de passes de trens econômicos, como o France Railpass, o
reserva. Os cartões estão à venda em estações de trem e agências de viagem francesas por € 53 (um ano). Mesmo sem a Carte Senior, viajantes acima de 60 anos são elegíveis para o programa de descontos Découverte Senior, que oferece uma redução de 25% em muitas viagens com o trem de grande velocidade (TGV). É necessária a comprovação da idade para obter os descontos. A Carte Senior não é vendida no Brasil. Informações: www.raileurope-la.com & www.senior-sncf.com. Outros Descontos Vale a pena checar a existência de outros descontos, especialmente para crianças (menores de 12 anos) e jovens (12 a 25 anos). Na época da pesquisa, os descontos das Carte Enfant+/ Découverte
Enfant+ e Carte 12-25/ Découverte 12-25 eram similares aos descontos das Carte Sénior e Découverte Sénior. As Carte Escapade e Découverte Séjour oferecem descontos com algumas restrições para viajantes com idade entre 26 e 59 anos. TRANSPORTE PÚBLICO EM PARIS Metrô Simples e seguro, o metrô de Paris funciona diariamente das 5h30 à 1h00 da manhã, aproximadamente. Um bilhete unitário custa 1,60 euro; um talão com dez bilhetes, 11,40 euros. Mantenha seu bilhete à mão: o inspetor de trânsito pode pedir que você o mostre. Os passageiros sem bilhete estão sujeitos a multa e, às vezes, o bilhete é necessário para passar pela catraca de saída do metrô.
Os bilhetes Mobilis são válidos por um único dia em um determinado número de zonas e dão direito a viagens ilimitadas de metrô, ônibus, bonde e linhas de trem RER (Rede Expressa Regional). Para viagens dentro da cidade, são suficientes duas zonas (5,80 euros), no mínimo, mas para ir aos aeroportos, à Disneylândia Paris e a Versailles, é necessário viagens com mais de cinco zonas (12,90 euros). Os passes básicos Paris Visite permitem viagens ilimitadas em metrô, ônibus e trens suburbanos RER. Estão disponíveis para um dia (€ 8,50), dois (€ 14), três (€ 19) e cinco (€ 27,50) dias. Os passes Paris Visite, que dão direito a viagens até os aeroportos, Disneyland-Paris e Versalhes, custam € 18, € 27,50, € 38,50, e € 47,00.
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A Sua Inteira Confiança…Desde 1954
Terceira idade Viajantes com 60 anos ou mais podem comprar a Carte Senior, que permite reduções de 25% a 50% no preço de passagens ferroviárias, de primeira ou segunda classe, em viagens domésticas. Os descontos variam de acordo com o dia e horário da viagem e da data da
Carros 0Km Direto da Fábrica i Isenção de Taxas i
Peugeot – Renault Citroën x Apartir de $25 por dia, ou menos para reservas mais longas
DISTÂncia entre as principais cidades Quilômetros
quilômetros
Paris
Lyon
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Bordeaux
Lille
Nantes
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483
362
137
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Lyon
465
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Marselha
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314
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Bordeaux
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Lille
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Nantes
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Nancy
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717
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420
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X
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Informações úteis
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O que saber antes de viajar Crianças entre 4 e 10 anos pagam meia, crianças menores de 4 anos não pagam. Os passes podem ser comprados nos aeroportos; no Escritório de Turismo e Congressos de Paris; estações de metro, RER e de trens. Tel. +33 (1) 08 92 68 77 14, www.ratp.fr Ônibus e bondes Os mapas e as informações sobre ônibus e bondes estão disponíveis na Agência Paris de Convenção e Visitantes. A passagem metrô/ bonde custa 1,60 euro, e você também pode usar os bilhetes de metrô para utilizar esses transportes. Observe que os novos bilhetes brancos (ao contrário dos antigos de cor púrpura) permitem múltiplas corridas de ônibus e de trem no período de noventa minutos a partir da primeira utilização. Balabus O ônibus turístico Balabus funciona nos feriados e domingos, a partir da metade de abril até o fim de setembro. Ele faz paradas em pontos de ônibus selecionados (com a indicação Bb), perto dos principais pontos turísticos de Paris: Gare Lyon, St-Michel, Musée d’0rsay, Louvre, Concorde, Champs-Elysées, Charles-de-GaulleEtoile, Porte Maillot e Neuilly. A tarifa é de € 1,50 (gratuito para quem possui o passe Paris Visite); bilhetes de metrô podem ser utilizados. Batobus De março a janeiro, a cidade de Paris mantém em funcionamento um serviço de barco no rio Sena chamado Batobus. A linha tem paradas na Torre Eiffel, Museu d’0rsay, St-Germain-des-Prés (Quai Malaquais, na margem esquerda, oposta ao Louvre), Notre-Dame, Jardin des Plantes, Hotel de Ville, Louvre e Champs-Elysées. A tarifa é de € 12 para uma passagem para o dia todo (€ 5,00 para crianças e jovens até 16 anos); € 13 para uma passagem para dois dias. Crianças e jovens menores de 16 anos pagam meia. Tel. +33 (1) 0825 05 01 01. Para maiores informações sobre o Batobus, visite www.batobus.com.
TRANSPORTE EM OUTRAS CIDADES Lyon, Lille, Marselha, Rennes, Rouen e Toulouse possuem bons sistemas de metrô com paradas nas principais atrações turísticas. Em todo o país, as cidades possuem serviço de ônibus eficientes. Mapas e informações estão disponíveis nos centros de informações turísticas locais. DE AVIÃO Os vôos domésticos duram em média 1 hora. Air France e outras companhias aéreas regionais oferecem vôos domésticos. Os aeroportos ficam, frequentemente, fora dos limites da cidade, mas possuem um bom serviço de ônibus. A maioria das companhias aéreas oferecem descontos para passagens adquiridas com mais de 30 dias de antecedência. Descontos para quem tem 62 anos ou mais, de até 10%, estão disponíveis para todas as classes da maioria dos vôos domésticos; é necessária a comprovação de idade. Descontos para jovens ou estudantes também são disponíveis em muitos desses vôos. Informe-se ao fazer as reservas. Air France: Tel. +33 (1) 08.20.82.08.20; www.airfrance.com.br DE BICICLETA A França possui mais de 30.000 km de rotas para ciclismo com indicações. Para maiores informações, contate a Fédération Française de Cyclotourisme, tel. +33 (1) 56 20 88 88; www.ffct.org. As bicicletas podem ser transportadas em muitos trens na França, por uma tarifa baixa ou gratuitamente naqueles com espaço reservado. Do contrário deve ser parcialmente desmontada e acondicionada em sacolas próprias para bicicletas. Em alguns trens com espaço para bicicletas, como alguns TGVs, é necessário fazer reserva para seu uso (até 10€), que deve ser feita no momento em que você faz a sua reserva de passagem. Bicicletas também podem ser enviadas por navio com antecedência (prazo de 48 horas para o transporte) usando o Serviço de Bagagens da SNCF (39-49€). Para informação dentro da França, contate SNCF (tel. 36 35) ou acesse www.velo.sncf.com.
Velib’ em Paris Em 2007, Paris inaugurou um novo sistema de auto-serviço para bicicletas chamado Velib’ para ser usado nos 371 quilômetros de ciclovias. Há estações Velib’ a cada 274 metros, aproximadamente, para um total de 1.451 locais e 20.600 bicicletas. Os cartões de acesso estão disponíveis nas estações Velib e custam 1 euro por um dia ou 5 euros por uma semana. A cada vez, os primeiros trinta minutos de uso são livres; depois, a primeira meia hora adicional custa 1 euro; a segunda, 2 euros, e cada trinta minutos além desse tempo custa um adicional de 4 euros. Sua conta é debitada quando você devolve a bicicleta, sendo que 150 euros são retidos se a bicicleta não for devolvida em 24 horas. Em 2009, o programa Velib’ começou a ser estendido para cerca de trinta comunidades ao redor de Paris; www.velib.paris.fr (em francês). Versões do programa também estão sendo implantadas nas principais cidades francesas, como Lyon, Marselha, Aix en Provence, Caen, Rouen e Toulouse. Para consultar outras opções para alugar bicicleta em Paris, tente: Roue Libre – www.rouelibre.fr Fat Tire Bike Tours – www.fattirebiketour.com Paris à Vélo, C’est Sympa – www.parisvelosympa.com
DINHEIRO Bancos Os bancos permanecem abertos durante a semana, normalmente no horário entre 9h00 e 16h30 ou 17h00. Em muitas cidades fora de Paris, as agências bancárias fecham por uma ou duas horas durante o almoço. A maioria dos bancos de Paris fecha aos sábados e domingos; em cidades menores, as agências frequentemente abrem aos sábados e fecham aos domingos e segundas-feiras. Caixas eletrônicos Os caixas eletrônicos geralmente possuem as melhores taxas de câmbio. Todos os caixas eletrônicos na França aceitam os cartões MasterCard e Visa, e muitos são conectados aos sistemas Cirrus e Plus. A American Express também possui caixas eletrônicos nas principais cidades.
Nota: A maioria dos teclados nos caixas eletrônicos franceses possui apenas números. Se você possui códigos com letras, tome nota dos equivalentes em números antes de viajar. Códigos com quatro e cinco dígitos são válidos na França. Câmbio Bancos e casas de câmbio geralmente cobram pelo menos 1% de comissão nas trocas de moeda corrente; aqueles que não cobram comissão frequentemente usam taxas de troca desfavoráveis. Os cheques de viagem são seguros, mas muitos bancos cobram uma taxa de serviço para trocá-los. Muitas vezes eles não são aceitos como forma de pagamento em hotéis, restaurantes e lojas, mesmo se forem em euros. Todas as contas, a não ser que haja alguma observação determinando algo em contrário, são em euro. Para saber as variações diárias de câmbio, consulte www.oanda.com/convert/classic Cartões de Crédito Os cartões de crédito são aceitos na maioria dos hotéis, restaurantes e lojas; a taxa de câmbio é favorável. Para obter informações ou comunicar a perda de cartões, 24 horas por dia, 7 dias por semana: Eurocard-MasterCard: 08.00.90.13.87 Visa: 08.00.90.11.79 Diner’s Club: 08.20.82.05.36 American Express: 01.47.77.70.00 (serviço ao cliente); 01.47.77.72.00 (perda ou roubo de cartão) É necessário ter em mãos o número de seu cartão. Gorjeta Quase todos os restaurantes incluem imposto e uma taxa de 15% de serviço (service compris) nos preços. Se uma comida ou serviço foi especialmente bom, é comum deixar uma gorjeta extra de € 1,50 (ou 2% a 3%), assim como deixar para o garçom o troco pequeno de sua conta quando for paga em dinheiro. Se o serviço não estiver incluído (service non compris) uma gorjeta de 15% é apropriada.
Em hotéis, dê aos carregadores de malas € 1,50 por volume e € 1,50 euro por dia às arrumadeiras. Deve-se dar aos motoristas de táxi entre 10% e 15% do valor da corrida. Dê 10% de gorjeta a cabeleireiros, 5% a assistentes. Gorjetas pequenas, por volta de € 1, são razoáveis para atendentes em chapelarias de museus, por exemplo, para criados de banheiros, lanterninhas e guias de turismo. É de praxe dar gorjeta a guias e motoristas de ônibus depois de uma excursão, geralmente entre € 1,50 e € 3, dependendo do nível de satisfação. COMPRAS Liquidações Os principais meses de liquidações na França são janeiro e julho. Compras livres de impostos Os visitantes não-residentes na União Europeia, acima de 15 anos e com período de permanência inferior a seis meses na França, ou em outros países da União Europeia, têm direito a receber de volta parte do imposto sobre produtos (TVA, em francês) pago em compras realizadas no país, em compras de € 175 ou mais em cada loja participante. Na maioria dos casos, o reembolso representa 19,6% do valor da compra. Ao fazer compras, peça para a loja completar um formulário de reembolso de TVA. Apresente este formulário na alfândega ao deixar a França ou o último país da União Europeia que você visitar. Se você deixar a Europa via aeroporto, chegue antes do horário do check-in e deixe os produtos comprados à mão para serem conferidos. O funcionário da alfândega colocará um carimbo no formulário, que então deverá ser enviado pelo correio para a loja onde a compra foi feita. O reembolso é creditado em seu cartão de crédito ou enviado pelo correio em alguns meses.
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Informações úteis
O que saber antes de viajar MANTENDO CONTATO
ACESSO À INTERNET
Correios As agências dos Correios têm a indicação La Poste e funcionam entre 8h e 19h, durante a semana, e entre 8h e 12h aos sábados (em cidades menores, o horário pode variar das 9h às 12h e das 14h às 17h). As agências principais também oferecem serviços como câmbio de moedas, envio de ordens postais internacionais, fax, telex e telefones públicos. Em Paris, a agência central fica na rue du Louvre, 52, e funciona 24 horas, sete dias por semana. Selos também podem ser comprados em tabacarias, hotéis e em algumas bancas de jornal. www.laposte.fr
Cafés com acesso à internet podem ser encontrados em quase todos os lugares, com preços entre €3 e €5 por hora. Muitas agências de correio também têm um Cyberposte operado por cartão (www.cyberposte.com). A Netanoo’s Borne Internet (www.netanoo.com) é uma parceria entre a France Telecom e a Orange que você pode pagar usando um cartão telefônico. O acesso a partir de seu próprio computador é possível através de números locais de provedores como AOL e Earthlink, e também associando-se por um curto período de tempo a provedores locais como Free (www.free.com) e Wanadoo (www.wanadoo.fr). Espaços com redes sem fio estão se tornando populares.
Usando o Telefone Todos os números de telefone franceses têm dez dígitos, começando com 0. Para telefonar dentro do país, disque os dez dígitos. Para ligar para a França do Brasil, omita o 0 inicial do número francês. Por exemplo, disque 00 (o código de acesso internacional), o código da operadora, seguido por 33 (o código da França), e então o número de telefone menos o inicial 0 (nove dígitos em vez de dez). A maioria dos telefones públicos só aceita cartões telefônicos, chamados de télécartes ou cartes téléphoniques, vendidos em agências do correio ou tabacarias e cafés por € 7,50 (50 unidades) ou € 15 (120 unidades). Com eles, também é possível fazer ligações internacionais. Para ligar para o Brasil da França, disque 00, seguido de 55 (código do Brasil), mais o código da cidade e o número do telefone. Para ligações a cobrar para o Brasil, via Embratel, disque 0800 99 00 55. Para telefonar a cobrar dentro da França, disque 3006 de qualquer telefone na França (particular ou público), grave seu nome e disque o número desejado.
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AO AR LIVRE Caminhada Respire o ar puro da França nos cerca de 60 mil quilômetros de trilhas e caminhos bem sinalizados, pontilhados por hotéis e pousadas, que fazem parte dos Grandes Randonnées (GR). Para maiores informações, contate a Fédération Française de Randonnée Pédestre, tel. +33 (1) 44 89 93 93; www.ffrandonnee.fr Mapas para escaladas podem ser encontrados no Institut Gèographique National (IGN):www.ign.fr GOLFE Contate a Fedération Française de Golf, tel. +33 (1) 41 49 77 00, www.ffg.org. Equitação Descubra novas maneiras de curtir a equitação na França, com circuitos ponto a ponto, de descoberta, exercícios em equipe e outros. Contate a Délégation Nationale du Tourisme Equestre, tel. 01.53.26.15.50. www.ffe.com ou o Comité National de Tourisme Equestre: tel. +33 (2) 54 94 46 80, www.tourisme-equestre.fr.
Atividades Aquáticas Rafting, rapel, canoagem e caiaque são atividades aquáticas populares em muitas regiões. Contate a Fédération Française de Canoë-Kayak, tel. +33 (1) 45 11 08 50. www.ffck.org.
O site de Turismo de Incentivo e de Negócios possui links diretos para mais de 150 empresas francesas (membros do French Convention Bureau), especializadas em turismo de negócios. www.franceguide.com;
Parques Nacionais, Reservas e Parques Naturais Regionais A França possui sete esplêndidos parques nacionais – Cévennes, Mercantour, Vanoise, Pyrénées, Ecrins, Port-Cros e Guadalupe – bem como 147 reservas que oferecem oportunidades para caminhadas e observação da flora e fauna. Os 44 parques naturais regionais mantêm a beleza do meio ambiente, enquanto acomodam visitantes. Para maiores informações, acesse os sites www.parcs-naturels-regionaux.tm.fr e www.reserves-naturelles.org
DICAS DE VIAGEM PARA QUEM QUER ECONOMIZAR
TURISMO ECOLÓGICO E RESPONSÁVEL A França desenvolveu uma saudável consciência da necessidade do turismo aderir e promover práticas responsáveis e éticas. Se você está à procura de organizações, destinos e chalés na França que endossam a causa do respeito pelo planeta e seus cidadãos humanos e animais, consulte a Association Française d’Ecotourisme (tel. +33 (1) 05 61 23 22 59, www.ecotourisme.info) e acesse o mapa interativo com localizações na França (e ao redor do mundo) em www.voyagespourlaplanete.com.
TURISMO DE INCENTIVO E DE NEGÓCIOS O Escritório de Turismo do Governo Francês possui um departamento para a promoção do turismo de incentivo e de negócios que oferece serviços e suporte completos para empresas que desejam organizar conferências, convenções, seminários, exibições, viagens de incentivo ou lançamento de produtos na França. O objetivo é promover a França como destino junto ao mercado corporativo, de viagens de incentivo e associações, além de proporcionar apoio ao planejamento dessas atividades.
Restaurantes A maioria dos restaurantes possui menus com preço fixo que tornam a refeição bem mais barata do que o serviço à la carte, especialmente no almoço. Em Paris, em particular, existe uma tendência entre restaurantes menores de oferecer um menu com um preço único por refeição, com opções para os pratos. Procure sempre um vinho da casa com preço razoável, mas é bom checar o preço; algumas vezes a carafe ou o pichet de vinho da casa é mais caro do que os vinhos que constam da carta normal. Cheque os preços de água mineral, aperitivos, café, conhaque e licores antes de fazer o pedido. Esses extras podem acabar custando mais do que a própria refeição, se você não tomar cuidado. Nos cafés, refrigerantes e água mineral frequentemente custam tanto quanto o vinho, porque, na verdade, você está pagando por sentar-se num bom lugar. Preços são, com frequência, menores se você consumir o seu pedido no balcão. Passes de Museus Há diversos passes tentadores, incluindo o passe Paris Museum (que reúne sessenta museus e monumentos de Paris e redondezas), a Carte Musée Côte d’Azur (acesso a mais de 65 museus na Riviera francesa), a Carte Passe-Musées Nice (todos os museus da cidade de Nice), Loire Valley Châteaux Pass Clefs des Temps (válido para dez monumentos) e o Lyon City Card (para um a três dias de viagem e atrações de Lyon). Peça mais detalhes no departamento local de turismo.
Concertos gratuitos Muitas igrejas e catedrais em Paris e por toda a França oferecem concertos gratuitos, especialmente durante o verão. Em Paris, concertos de órgão gratuitos são oferecidos nas igrejas de St-Eustache, St-Merri e Madeleine, aos domingos. Para mais informações, consulte os centros turísticos locais. Todos os anos, em 21 de junho, a Fête de la Musique representa um dia inteiro e noite de concertos gratuitos por toda a França. www.fetedelamusique.culture.fr
Informaçôes Gerais Departamento Oficial de Turismo Francês www.franceguide.com Alfândega www.info-france-usa.org/customs Embaixada da França no Brasil www.france.org.br Ministério da Cultura da França www.culture.fr Páginas Amarelas francesa www.pagesjaunes.fr INFORMAÇÔES SOBRE PARIS Paris Convention & Visitors Bureau www.parisinfo.com Aeroportos de Paris www.adp.fr Opera Nacional de Paris www.opera-de-paris.fr RATP (Paris Métro) www.ratp.fr Time Out Paris www.timeout.com/paris Informações Regionais Alsácia www.tourisme-alsace.com Aquitânia www.tourism-aquitaine.fr Auvergne www.auvergne-tourisme.info Bretanha www.brittanytourism.com Borgonha www.bourgogne-tourisme.com Champagne www.tourisme-champagne-ardenne.com Córsega www.visit-corsica.com Franche-Comté www.franche-comte.org Ile-de-France www.pidf.com Languedoc-Roussillon www.sunfrance.com Limousin www.tourismelimousin.com Vale do Loire www.visaloire.com Lorena www.tourisme-lorraine.fr Midi-Pyrénées www.tourisme.midi-pyrenees.org Nord-Pas-de-Calais www.tourisme-nordpasdecalais.fr Normandia www.normandy-tourism.org Picardia www.picardietourisme.com Poitou-Charentes www.poitou-charentes-vacances.com Provença www.discover-southoffrance.com Rhône-Alpes www.rhonealpes-tourisme.com Riviera-Côte d’Azur www.guideriviera.com Oeste do Loire www.westernloire.com Itinerários rodoviários Autoroutes de France www.autoroutes.fr Michelin www.viamichelin.com Mappy www.mappy.com Transporte Aeroportos de Paris www.adp.fr Air France www.airfrance.ca Air France buses http://cars.airfrance.com TAM www.tam.com.br Eurostar www.eurostar.com Rail Europe www.raileurope.com RATP (Paris transit) www.ratp.fr SNCF Ferrovia Nacional Francesa www.sncf.com Accor Tour www.accortour.com.br MUSEUS E MONUMENTOS Centre des Monuments Nationaux www.monum.fr Château de Versailles www.chateauversailles.fr Musée du Louvre www.louvre.fr Musée d’Orsay www.musee-orsay.fr Répertoire des musées français http://museofile.culture.fr Torre Eiffel www.tour-eiffel.fr ESPORTES Aberto de Tênis da França www.frenchopen.org Ski France www.skifrance.fr Tour de France www.letour.com Caminhada www.sentiersdefrance.com Surfe www.surfingfrance.com Vela www.ffvoile.org
AS CINCO ETAPAS PARA RECEBER DE VOLTA SEU IMPOSTO SOBRE CONSUMO Receber de volta parte do TVA (Taxe sur la Valeur Ajoutée), o imposto sobre consumo pago em compras realizadas na França durante sua estadia, é um direito de todo viajante não residente em países da União Europeia. 1) Verifique se você está apto a solicitar o reembolso - Ter, no mínimo, 15 anos de idade - Residir em países que não pertençam à União Europeia - Ter permanecido, no máximo, seis meses na União Europeia 2) Saiba se suas compras são elegíveis para reembolso -C ompras de mercadorias no valor mínimo de € 175, realizadas em uma mesma loja e na mesma data. -A loja deve estar qualificada para o recolhimento do imposto. Grandes lojas de departamento como Galeries Lafayette e Printemps são boas opções por reunirem grande variedade de artigos, o que facilita compras em conjunto para atingir o valor mínimo exigido para o reembolso. 3) Solicite na loja o formulário para reembolso de TVA (bordereau de détaxe) - L ojas como Galeries Lafayette, em Paris, mantêm uma área especial para atendimento aos clientes que queiram requisitar o reembolso. -U m funcionário da loja fará a conferência dos itens, do recibo de compra e fornecerá o formulário autenticado. - É imprescindível estar de posse do formulário ao deixar a França ou seu último destino na União Europeia. 4) Tenha suas compras à mão na hora do embarque - T odos os itens adquiridos e para os quais será pedido o reembolso do TVA devem ser mantidos em sua bagagem pessoal no momento do embarque. Eles não podem ser despachados antes de serem apresentados ao funcionário da alfândega responsável pela conferência e validação de seu formulário de reembolso no aeroporto de saída. -C ertifique-se de que os itens adquiridos não estejam embrulhados e possam ser facilmente mostrados quando solicitados pelo funcionário da alfândega. 5) Valide seu formulário antes de embarcar -A validação do(s) formulário(s) para reembolso só pode ser feita no aeroporto do último país da União Europeia, antes de sua partida. Por exemplo, se ao sair de Paris você ainda desembarcar em outro país europeu, antes do seu retorno final ao Brasil, o formulário deverá ser validado neste último país. -A lém do formulário para o reembolso, é preciso apresentar passagem aérea e passaporte para que o funcionário da alfândega possa endossar o pedido de reembolso. -C om o formulário validado, coloque-o no envelope apropriado e deposite-o na caixa de correio mais próxima, dentro do próprio aeroporto. Guarde com você uma cópia do formulário validado. -A ntecipe sua chegada ao aeroporto em pelo menos uma hora com relação à prevista para os procedimentos de embarque. Nos grandes aeroportos é comum haver filas na alfândega para a validação do formulário de reembolso, especialmente durante a alta temporada. Reembolso Uma vez cumpridos corretamente os procedimentos acima, o valor do reembolso poderá ser pago na hora (em euros) ou ser depositado em seu cartão de crédito.
DEFICIENTES FÍSICOS Na França, é dada consideração especial às pessoas com restrição de mobilidade e em cadeira de rodas. Esta atenção pode ser observada em muitos locais públicos onde há adaptações especiais para essas pessoas, tais como rampas de acesso, elevadores, banheiros, estacionamentos e cabines telefônicas. Para maiores informações, acesse www.tourisme-handicaps.org.
TELEFONES DE EMERGÊNCIA Em toda a França Emergências Médicas e SAMU (ambulância 24 horas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Polícia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Bombeiros e outras emergências . . . . . . . . . . . 18 Em Paris SOS Médecins (atendimento médico domiciliar 24 horas) Tel. 0820 33 24 24
SOS Dentaire (dentista; das 8h00 às 23h) Tel. 01 43 37 51 00 SOS Help (atendimento em inglês para situações de crise, das 15h às 23h) Tel. 01 47 20 57 37 Farmácia 24/7 (atendimento 24 horas, diariamente) Avenue des Champs-Elisées, 84 (8º) Tel. 01 45 62 02 41
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Informações úteis
Principais operadoras que programam a França ABREUTUR Rio de Janeiro – RJ – 21 2586 1840 atendimento@abreutur.com.br www.abreutur.com.br Excursões e serviços em geral ACTION TURISMO Rio de Janeiro – RJ – 21 3861 9900 action@actionturismo.com www.actionturismo.com Ski, forfaits e serviços em geral ADV OPERADORA São Paulo – SP – 11 2167 0633 operadora@advtour.com.br www.adv.com.br Caribe Francês, Serviços em geral em toda a França AGAXTUR TURISMO LTDA. São Paulo – SP – 11 3067 0900 contato@agaxtur.com.br www.agaxtur.com.br Lazer, Incentivos e serviços em geral AGENCIA DE VIAGENS CVC TURISMO LTDA São Paulo – SP – 11 2191 1000 barbarapicollo@cvc.com.br www.viagenscvc.com.br Excursões e forfaits, produtos especiais para a região da Provence AIR INTERNATIONAL Rio de Janeiro – RJ – 21 2533 6716 leonardo@airinternational.com.br www.airinternational.com.br Ski, forfait e serviços em geral ALTERNATUR AG DE VIAGENS E TURISMO LTDA São Paulo – SP – 11 3257 0955 alternatur@alternatur.com.br www.alternatur.com.br Incentivos, forfaits e viagens temáticas ANCORADOURO VIAGENS Campinas – SP – 19 2137 3000 gaona@ancoradouro.com.br www.ancoradouro.com.br Forfaits e serviços em geral BELVITUR Belo Horizonte – MG – 31 3290 9090 belvitur@belvitur.com.br www.belvitur.com.br Forfaits e serviços em geral BIARRITZ TUR - BUISSON, GALANT E CIA LTDA Porto Alegre – RS – 51 3026 2233 turismo@biarritz.com.br www.biarritz.com.br Forfaits, viagens temáticas e serviços em geral BON VOYAGE OP E REPR LTDA Rio de Janeiro – RJ – 21 2532 7145 bvop@bonvoyage.com.br www.bonvoyage.com.br Forfaits, viagens temáticas e serviços em geral
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KEITH PROWSE ENTERTAINNEMENT TRAVEL São Paulo – SP – 11 3167 2757 josericardo@keithprowse.com www.keithprowse.com.br Lazer, forfaits, viagens temáticas e serviços em geral
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QUEENSBERRY VIAGENS E TURISMO LTDA São Paulo – SP – 11 3217 7200 central@queensberry.com.br www.queensberry.com.br Incentivos, excursões, forfaits, viagens temáticas e serviços em geral
MALA E CUIA OPERADORA TURISTICA Porto Alegre – RS – 51 3221 8666 malaecuia@malaecuia.com.br www.malaecuia.com.br Excursões e serviços em geral MARKTUR OPERADORA Florianópolis – SC – 48 3251 8000 janete@marktravel.com.br www.marktur.com.br Turismo religioso, pacotes e serviços em geral MARSANS INTERNACIONAL BRASIL Rio de Janeiro – RJ – 21 2106 6754 ppimentel@marsans.com.br www.marsans.com.br Serviços em geral MERCATUR TURISMO Porto Alegre – RS – 51 3026 8055 mercatur@mercatur.com.br www.mercaturoperadora.com.br Serviços em geral
RAIDHO TURISMO São Paulo – SP – 11 3383 1200 roberto@raidho.com.br www.raidho.com.br Viagens temáticas, forfaits, e serviços em geral RENOCAR by NETT VOYAGES São Paulo – SP – 11 2714 4222 nettvoyages@nettvoyages.com.br www.nettvoyages.com.br Incentivos, forfaits e serviços em geral SOFT TRAVEL VIAG. E TUR. LTDA São Paulo – SP – 11 3017 9999 softravel@softravel.com.br www.softtravel.com.br Serviços em geral
STAFF ONE TOUR OPERATOR Rio de Janeiro – RJ – 21 2532 2575 management@staffone.com.br www.staffone.com.br Viagens temáticas, forfaits e serviços em geral STB STUDENT TRAVEL BUREAU São Paulo – SP – 11 3038 1500 info@stb.com.br www.stb.com.br Turismo jovem e viagens temáticas SUD TRAVEL TOURS OPER E REPRES LTDA Curitiba – PR – 41 3026 6060 info@sudtravel.com.br www.sudtravel.com.br Serviços em geral TAM VIAGENS - FIDELIDADE VIAGENS E TURISMO LTDA São Paulo – SP – 11 3068 7949 Melissa.Mallevergne@tam.com.br www.tamviagens.com.br Pacotes, forfaits e serviços em geral TERESA PEREZ TOURS São Paulo – SP – 11 3799 4000 info@teresaperez.com.br www.teresaperez.com.br Viagens temáticas, forfaits e serviços em geral VIVERE VIAGENS COM ESTILO São Paulo – SP – 11 3124 7100 vivere@vivere.com.br www.vivere.com.br Viagens temáticas, forfaits e serviços em geral VL TOUR São Paulo – SP – 11 3057 3686 vltour@vltour.tur.br www.vltour.tur.br Serviços em geral CWT TURISMO São Paulo – SP – 11 3147 8000 cwtturismo@carlsonwagonlit.com.br www.cwtturismo.com.br Passes de trem, forfaits e serviços em geral WEGE OPERADORA Belo Horizonte – MG – 31 3115 4600 patricia@wegetour.com.br www.wegetour.com.br Forfaits e serviços em geral WINDOWS TOUR OPERATOUR Barueri – SP – 11 4195 0117 info@windowstour.com www.windowstour.com Rotas de vinho, forfaits e serviços em geral ZENITHE TRAVELCLUB Belo Horizonte – MG – 31 3225 7773 zenithetravelclub@zenithe.tur.br www.zenithe.tur.br Rotas de vinho, forfaits e serviços em geral