APITO VIGIADO ESPECIAL BASE FPF promete rigor com a arbitragem: “Se errar demais, está fora”, ameaça o Coronel Marinho i pág. 07
No ritmo da Copa SP, saiba como o futebol brasileiro cuida de seus jovens talentos i pág. 04
TÁ LÁ 27/jan a 02/fev
O FUTEBOL ALÉM DAS 4 LINHAS i nº 03
UM ÍDOLO ANGUSTIADO Em entrevista ao Tá Lá!, Marcelinho revela incômodo com o fato do Corinthians nunca ter ganho a Libertadores. Como jogador, ele defendeu o clube três vezes na competição e o mais longe que chegou foi a uma semifinal pág. 08
palmeiras Clube sofre para arranjar patrocínio master. Clube quer R$ 30 milhões por 18 meses. i pág. 09
JABULANI BRASILEIRA Campanha tenta convencer a FIFA a chamar de Gorduchinha a bola da Copa de 14 i pág. 10
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“O que será o amanhã? Como vai ser o meu destino?” O título deste editorial é um verso do samba-enredo União da Ilha, que fez sucesso no carnaval carioca de 1978 e, 34 anos depois, continua a ser cantada por aí. A pergunta tem a ver com muito da edição desta semana do Tá Lá! Primeiro pelos meninos que disputaram ao longo do mês de janeiro a Copa São Paulo de Futebol Júnior. O torcedor de cada um dos times que estiveram na competição certamente se perguntam quais entre tantos garotos que se destacaram realmente se transformarão em realidade no futuro. A pergunta é ainda mais presente nos corintianos e nos tricolores cariocas. Os dois
maiores campeões da história da Copinha se encontraram na decisão. São quatro páginas dedicadas às categorias de base do futebol nacional. Além dos destaques da Copa São Paulo, mostramos o que os clubes têm feito de bom e de ruim. O São Paulo, com toda a estrutura de Cotia, caiu na primeira fase da Copinha, mas revelou nos últimos tempos talentos como Lucas e Casemiro, o Corinthians, maior detentor de títulos, mas que pouco tem conseguido acrescentar ao time profissional, e o Santos, cuja base revelou mais do que qualquer outra neste século com jogadores do quilate de Robinho, Diego, Neymar
e Paulo Henrique Ganso. O maior exemplo de sucesso, no entanto, está longe daqui. O Barcelona, melhor time do mundo, tem em quase todos os jogos oito ou nove jogadores formados em La Masia. A semana também terá o início da Libertadores. Para falar a verdade, se trata da Pré-Libertadores. Flamengo e Internacional estão nessa. Mas a pergunta que os corintianos não param de se fazer é se desta vez o clube conseguirá acabar com o tabu de nunca ter vencido a competição. O ídolo Marcelinho Carioca abre o coração na entrevista e se mostra angustiado com o fato do Timão ainda não ter tido a
Fernando Gavini Editor Chefe gavini@talanet.com.br
oportunidade de levantar o troféu, que virou o maior objeto de desejo dentro do Parque São Jorge. O futuro é obscuro para o Palmeiras. Além das dificuldades encontradas na montagem do time para a temporada e das frequentes discussões entre comissão técnica, diretoria e jogadores, o clube abre o ano sem ter o patrocinador master da camisa. Fica para o futuro também a decisão para a escolha do nome da bola da Copa de 2014. Um publicitário lançou a ideia de batizá-la de Gorduchinha em homenagem a Osmar Santos. E também só o futuro irá dizer se a promessa feita pelo Coronel
Marinho será cumprida. Segundo ele, que é o presidente da Comissão de Árbitros da Federação Paulista de Futebol, o juiz que errar demais no Paulistão será afastado. As perguntas são muitas. Que menino bom de bola vai virar craque de verdade? Quando o Corinthians vai, enfim, ganhar a Libertadores? O Palmeiras vai tomar jeito? A bola da Copa? A arbitragem do Paulistão? Mas apenas uma coisa não será preciso do DeLorean para adivinhar o futuro. Você que começa agora a ler estas páginas, certamente gostará do que vai encontrar. Vá em frente e divirta-se!
paulistão 2012 3a rodada
4a rodada
28/01/2012 - sábado 17h00 – São Paulo x São Caetano - Morumbi 17h00 – Oeste x Mirassol – Amaros 19h30 – Botafogo x Comercial – Santa Cruz 19h30 – XV de Piracicaba x Bragantino – Barão de Serra Negra 19h30 – Portuguesa x Guaratinguetá – Canindé
29/01/2012 - domingo 17h00 – Corinthians x Linense – Pacaembu 17h00 – Catanduvense x Palmeiras – Silvio Salles 19h30 – Paulista x Santos – Jaime Cintra 19h30 – Guarani x Ituano – Brinco de Ouro 19h30 – Mogi Mirim x Ponte Preta – Romildo Ferreira
5a rodada
01/02/2012 - quarta
04/02/2012 - sábado
17h00 - São Caetano x XV de Piracicaba – A. Campanella 17h00 – Guaratinguetá x Botafogo – Dario Rodrigues Leite 19h30 – Bragantino x Portuguesa – Nabi Abi Chedid 19h30 – Comercial x Catanduvense – Palma Travassos 19h30 – Mirassol x Paulista – José Maria de Campos Maia 22h00 – Ituano x Corinthians – Novelli Júnior 22h00 – Palmeiras x Mogi Mirim – Pacaembu
17h00 – Mirassol x Botafogo - José Maria de Campos Maia 19h30 – Comercial x Mogi Mirim – Palma Travassos 19h30 – Portuguesa x Ituano – Canindé 19h30 – Paulista x Catanduvense – Jaime Cintra
02/02/2012 - quinta 19h30 – São Paulo x Guarani – Morumbi 21h00 – Santos x Oeste – Vila Belmiro 21h50 – Ponte Preta x Linense – Moisés Lucarelli
O Periódico “TÁ LÁ”, produzido pela Áurea Editora, de distribuição semanal, e estritamente no município de São Paulo, observa formato, conteúdo e distribuição de acordo com as disposições legais e infralegais pertinentes, especialmente a Lei Municipal nº 14.517, de 16 de outubro de 2007. Declaram ainda os editores que os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores, e não correspondem à opinião do Periódico, o mesmo ocorrendo com os anúncios e ações publicitárias, cabendo a responsabilização direta dos seus subscritores e anunciantes.
05/02/2012 - domingo 17h00 – Santos x Palmeiras – Vila Belmiro 17h00 – Corinthians x Bragantino – Pacaembu 17h00 – XV de Piracicaba x Oeste – Barão de Serra Negra 19h30 – Ponte Preta x São Paulo – Moisés Lucarelli 19h30 – São Caetano x Guarani – Anacleto Campanella 19h30 – Linenses x Guaratinguetá – Gilbertão
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copa são paulo
POR Wagner Eufrosino
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Matheuzinho vira casaca
para ser campeão da copinha no Corinthians Camisa 10 que defendeu o Timão na Copinha jogou quatro anos nas categorias de base do São Paulo
trocar as quadras pelo campo. “Não gostava muito de jogar em campo, mas uma hora tive que decidir”, recordou o jogador. E foi nos gramados do próprio CT do Corinthians que Matheuzinho teve a oportunidade de conviver com o seu maior ídolo: Ronaldo, o Fenômeno. “Tive o privilégio de pegar a época dele aqui e até tenho um pôster com uma foto quando tomei uma caneta dele. É orgulho tomar uma caneta dele, dele pode. Conviver com o Ronaldo foi a melhor sensação que eu tive na minha vida”, disse o jogador. No ano passado, o meia chegou a treinar com o elenco principal e foi relacionado para dois jogos, mas acabou sendo cortado. Mesmo assim se considera campeão brasileiro e aprendeu muito com duas figuras importantes, o técnico Tite e o meia Alex. “Me lembro no jogo contra o Avaí, o Tite entrou no vestiário com os olhos brilhando. Você olhava para ele e dava vontade de chorar. Ele cumprimentou a todos, desde a faxineira até o presidente. Eu pensava: esse cara merece, por tudo que ele batalhou”, contou Matheuzinho.
Herói da final foi dispensado pelo rival por não ter altura Autor de dois gols na final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o zagueiro do Corinthians, Antônio Carlos, deu o troco em seu ex-clube, que o mandou embora depois de seis anos, alegando que ele era muito baixo para jogar na defesa. Nascido no humilde bairro de Coelho Neto, no Rio de Janeiro, Antônio Carlos defendeu as cores do Fluminense dos 7 aos 13 anos, mas quando atingiu essa idade os responsáveis pela base do Tricolor das Laranjeiras resolveram dispensá-lo.
Apesar de não guardar nenhum tipo de mágoa em relação ao Fluminense, Antônio Carlos sentiu um gosto especial ao fazer os gols que deram a vitória ao Timão. “Tinha uma motivação maior jogar contra o ex-clube. Fui dispensado lá e não gosto de falar muito disso. Estou muito feliz e graças a deus estou aqui no Corinthians e consegui ser campeão”, comemerou o zagueiro, que também foi eleito o craque da final. A família de Antônio Carlos veio do Rio para acompanhar a decisão da
Já o meia Alex se tornou amigo, conselheiro e fonte de inspiração. “Ele é diferente tanto dentro como fora de campo. As atitudes dele mostram tudo, Me espelho nele pelo caráter que ele tem e pela
“Conviver com o Ronaldo foi a melhor sensação que eu tive na minha vida”
Raio X pessoa que ele é”, disse o garoto. Com a medalha de campeão da Copinha no peito, Matheuzinho já sonha mais alto e espera ser realmente aproveitado na equipe principal. “O mais importante na vida é ter metas e uma delas era ser campeão da Copa São Paulo. Agora que conseguimos, isso vai dar moral, um ou outro vai ter sua oportunidade porque até a torcida vai cobrar. Sei que vou ter a minha e quando tiver tenho que estar preparado”, afirmou a revelação da Copinha.
Copinha e também estava muito feliz com o título conquistado pelo jovem zagueiro. “Agora não temos mais que falar do Fluminense, pois eles não quiseram ficar com o Antônio Carlos, mas tenho certeza que esses gols foram especiais para ele”, afirmou o pai do jogador, que também se chama Antônio Carlos. Mesmo com todo clima festivo, o zagueiro Antônio Carlos, que está há sete meses no clube, tem uma preocupação muito grande em relação ao seu futuro. O contrato de empréstimo do jogador termina em agosto. Os direitos do zagueiro pertecem ao Audax, mas o Corinthians tem a prioridade de compra em 50% desses direitos.
Nome: Matheus Cotulio Bossa Idade: 18 anos Data e Local de nascimento: 21/02/1993, Penápolis Altura: 1,71m Peso: 66kg Posição: meia Chuteira: nº 40 Ídolo: Ronaldo Comida preferida: Lasanha Lazer: Churrasco com a família Filme: Desafiando Gigantes
Fotos: Gazeta Press
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ampeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano pelo Corinthians, o meia Matheuzinho um dos grandes destaques da competição, que já revelou craques como Casagrande, Raí, Falcão, Rogério Ceni, Dida, entre tantos outros. Na decisão, o alvinegro de Parque São Jorge bateu o Fluminense por 2 a 1, no estádio do Pacaembu. Mas, para alcançar essa conquista tão importante neste início de carreira, o garoto de 18 anos teve fazer difíceis escolhas, como deixar o São Paulo depois de passar quatro anos nas categorias base do clube do Morumbi para tentar uma oportunidade em outro lugar. “Comecei com 8 anos na minha cidade que é Penápolis e com 13 anos vim para o São Paulo. Fiz toda a base lá e com 16 anos eles quiseram me emprestar, mas eu não quis. Resolvi rescindir meu contrato e voltei para a minha cidade. Fui jogar no Corinthians de Penápolis que tem uma parceria com Corinthians daqui e acabei vindo para cá”, explicou o meia que está no clube há dois anos. Habilidoso, o meia do Timão iniciou no futsal, mas logo teve que
Antônio Carlos comemora um dos dois gols marcados na final
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especial - categoria de base
POR João Henrique Pugliesi
Categorias de base:
Ganhar títulos ou revelar craques? Júlio César é o único titular do Corinthians que foi formado nas categorias de base do clube
clube ou associação tem a sua maneira de trabalhar. Na maioria dos casos, revelar é o essencial, mas quem ganha títulos sempre quer mais, como o Corinthians, por exemplo, o maior vencedor da Copinha, e que na última quarta-feira, ganhou o seu oitavo título. Em contrapartida, do time principal, comandado por Tite, e atual campeão brasileiro, somente o goleiro Júlio César é prata da casa. O presidente em exercício do Corinthians, Roberto de Andrade, empolgado com as atuações da garotada nesta Copa São Paulo já sugeriu ao técnico Tite que olhe com mais carinho para as categorias de base. “Não sou de pedir pra escalar este ou aquele, mas a base tem ficado esquecida nos últimos anos e isso precisa mudar. Veja o
Robinho, Diego, Ganso e Neymar são exemplos no Santos Neymar é a maior revelação do Santos nos últimos anos
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evelar um Neymar a cada um, dois, três anos, seria a solução para a crise financeira de qualquer clube brasileiro e o sonho de todos os torcedores. Nos últimos anos, o clube que teve Pelé tem tido um pouco desta sorte. Sorte que pode ser sinônimo de competência. Em 2002, surgia Robinho, que formava dupla com Diego, na conquista do título brasileiro. E agora Neymar e o inseparável Paulo Henrique Ganso, atuais bicampeões paulista e campeões da Libertadores.
A final contra o Barcelona no Mundial de Clubes do ano passado serviu de lição aos santistas, não só dentro das quatro linhas, mas também de administração e preocupação com as categorias de base. O próprio presidente santista, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, afirmou que dará maior importância à revelação de futuros craques. “Nossa categoria de base será feita nos moldes do Barcelona. Jogador já terá que vir quase pronto, com o mesmo pensamento da equipe principal”, destacou o presidente
Denner (lateral esquerdo do Corinthians na Copinha), ele é um ótimo jogador, mas imaturo e só vai adquirir experiência jogando”, avaliou o presidente corintiano. Técnico e presidente neste caso parecem estar em sintonia. Tite garante que os jovens terão chance com ele. “Se há qualidade, boto pra jogar. Estamos fazendo um acompanhamento de perto de todos eles. Eu não consegui ver muitos jogos por causa do meu problema de saúde (operação de hérnia), mas a comissão técnica está atenta à possibilidade de agregar garotos ao time. Você só lança um atleta quando o time está ajustado. Caso contrário, você pode queimá-lo”, analisou Tite. O ex-jogador Marcelinho Paulista, há pouco mais de um ano trabalhando nas categorias de base do
Corinthians, ressalta a filosofia de jogo adotada no clube. “Eu converso muito com o Tite. Realmente é importante revelar atletas para o time principal. Estamos implantando uma característica de jogo semelhante à dos profissionais. Todas as categorias adotam o mesmo plano tático”. Apesar de maior vencedor da Copi-
nha, o Corinthians revelou nos últimos anos pouquíssimos jogadores. Destaque apenas para Dentinho, hoje no Shaktar Donetsk, da Ucrânia, e Lulinha, que está no Bahia. Ambos surgiram no início de 2007. A história pode mudar já que dos juniores atuais, o zagueiro Marquinhos, o lateral Denner e o meia Matheus, já treinaram no time de cima.
do Santos, impressionado com o show de bola dado pelos espanhóis na decisão disputada em Yokohama, no Japão, em dezembro do ano passado. Esta filosofia foi implantada na disputa da atual Copa São Paulo. O Santos caiu nas quartas-de-final, quando perdeu para o Desportivo Brasil, por 2 a 1. Apesar da desclassificação, o trabalho será mantido. “A nossa preocupação não é somente com o resultado imediato. Os jogadores mais técnicos vão ter espaço. Com isso, buscamos qualidade e um futebol alegre”, avaliou Claudinei Oliveira, técnico do Santos na Copinha, seguindo o “conceito Barcelona”. Uma das grandes promessas desta temporada e para os próximos anos é o jovem Victor Andrade, um atacante de apenas 16 anos, que chegou na Vila em 2007. “É bom saber que o Santos tem nas suas categorias de base um jovem como o Victor, que tem uma velocidade e uma habilidade impressionantes”, avaliou Paulo Henrique Ganso. Fã do futebol de Robinho, comenta-se na Baixada Santista que ele já
teria despertado o interesse de clubes badalados como o Manchester City, da Inglaterra, e até mesmo do Barcelona. Por causa deste assédio europeu, Victor Andrade assinou em outubro do ano passado contrato de três anos com o time da Vila Belmiro, com multa rescisória no valor de 50 milhões de euros (aproxima-
damente R$ 120 milhões). Mas o garoto ainda terá que amadurecer. Victor Andrade deverá permanecer mais tempo nas categorias de base. O técnico Muricy Ramalho deverá dar uma chance para treinar entre os profissionais para o lateral esquerdo Paulo Henrique e o meia Pedro Castro, ambos prestes a completar 19 anos.
Fotos: Gazeta Press
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a quarta-feira, dia 25, em uma das festividades pelos 458 anos da cidade de São Paulo, já é tradição que os dois melhores times da Copa São Paulo de Futebol Júnior disputem o título. Neste ano, Corinthians e Fluminense, as duas equipes que mais venceram o torneio, estiveram frente a frente. Entretanto, uma questão foi bastante avaliada durante as três semanas de competição. O trabalho nas categorias de base do futebol brasileiro visa títulos imediatos ou a simples revelação de jogadores para o time principal ou até mesmo como receita em vendas de atletas, não importando se estes já adquiram o amadurecimento necessário para uma transferência para o exterior? São vários pontos de vista e cada
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Nove titulares do Barça foram
formados na base
O melhor do mundo tem um carinho todo especial com as categorias de base. Não é à toa que o Barcelona encanta o planeta com um futebol moderno
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utebol no Barcelona se aprende na escola. Uma escolinha de futebol chamada La Masia. Na Catalunha, masia é uma típica casa de fazenda, feita de pedra. Pelo local passaram vários craques do time atual do Barça, entre eles Messi, três vezes eleito pela Fifa como melhor jogador do mundo, Victor Valdés, Piqué, Xavi, Iniesta, Puyol, Fábregas, Busquets, Pedro, entre tantos, além de inúmeras outras revelações que surgem a cada ano. Atualmente, o Barcelona tem quase 300 jogadores nas categorias de base e La Masia ficou pequena. Em outubro do ano passado, foi inaugurado um prédio com 12 andares, que custou mais de R$ 20 milhões, para receber jogadores a partir de 12 anos, vindos de todo o mundo. São cinco andares, com 78 quartos, cozinha, refeitório, departamento médico e salas de aula com professores contratados pelo próprio clube. Para se ter uma idéia de como nasce um craque no Barcelona, somente em 2011, quase cinco mil meninos, a partir dos oito anos de idade, fizeram testes. Só 80 deles tiveram a sorte de serem aprovados. Revelado no clube e ídolo nos anos 90, Guillermo Amor comanda a escolinha do Barcelona. “Queremos bons jogadores, mas que sejam grandes pessoas e que saibam que ganhar não é uma obsessão”, afirma Amor. O próprio treinador Josep Guar-
diola, formado na base do Barça e que inclusive foi gandula no Camp Nou, logo após a vitória por 4 a 0 diante do Santos na decisão do Mundial de Clubes, destacou o trabalho feito nas categorias de base. “Nós formamos nossos jogadores. Quase todos custaram zero euro aos cofres do clube. Jogamos com nove jogadores formados aqui (apenas Daniel Alves e Abidal não cresceram no clube)”, salientou o melhor técnico do mundo, eleito pela Fifa. O excelente trabalho feito nas categorias de base do Barcelona foi um dos temas abordados no Footcom, seminário realizado em dezembro do ano passado, no Rio de Janeiro. Jordi Mestre, um dos responsáveis pelo La Masia, discursou para celebridades do nosso futebol, entre eles os técnicos Carlos Alberto Parreira e Mano Menezes. “A filosofia no nosso clube é que a vitória não é essencial na formação. O importante é avaliarmos o lado humano de todos que nos procuram”, explicou o dirigente espanhol. Impressionado com a excelente estrutura do clube catalão, Mano Menezes, atual técnico da Seleção Brasileira, se preocupa com o futuro do atleta brasileiro. “Por aqui, o garoto de 14, 15 anos já tem a responsabilidade de sustentar a sua família e precisa sair do país. Além disso, os clubes não mantêm os técnicos nem nas categorias de base”, comentou Mano.
No São Paulo, revolta do presidente, mas trabalho continua Juvenal Juvêncio ficou indiginado com a eliminação na primeira fase da Copinha: “Alguém vai pagar por isso”
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er o São Paulo fora da Copinha ao final da primeira fase da competição foi demais para o presidente Juvenal Juvêncio. “Não pode perder para uma equipe que junta jogadores. E está cheio disso aí, ou não é verdade? Eu não posso perder de clube juntado. Disse que eu não posso perder e perdi. E alguém vai pagar por isso”, esbravejou o comandante tricolor. Juvenal se baseia no fato de que, para um clube que investe alto nas categorias de base e tem um Centro de Formação de Atletas, localizado em Cotia, super moderno, é difícil engolir uma campanha tão ruim. Três jogos, sendo uma vitória (10 a 0 sobre o Palmas-TO), um empate sem gols com o Sergipe e a derrota por 2 a 1 diante do Grêmio Barueri. O São Paulo está acostumado também a revelar jogadores. Em 2010, ano em que conquistou pela quarta vez a Copa São Paulo, o Tricolor paulista tinha por exemplo, jogadores como Lucas, Bruno Uvini, Henrique e Casemiro. Isso sem falar em Kaká, que apareceu na Copa São Paulo disputada em 2001, e o ídolo Rogério Ceni, campeão em 1993, no time que ainda tinha Jamelli, atual técnico do Marcílio Dias (SC), e Caio, atual comentarista da TV Globo, entre outros. Dos novos valores do time atual, somente o atacante Ademílson deverá ser aproveitado por Émerson Leão entre os profissionais. O treinador, inclusive, acompanhou a garotada in loco nesta Copinha. Em conversa por telefone com a reportagem do “Tá Lá”, o técnico do São Paulo na Copinha, o ex-ponta Zé Sérgio, que está nos EUA, em visita a seu filho que mora lá, concordou com a reação do
presidente do clube. “O Juvenal ficou aborrecido. Isso é natural. Até eu fiquei. Ser eliminado na primeira fase da Copinha foi a maior decepção em toda minha carreira”, avaliou Zé Sérgio, que há oito anos trabalha junto às categorias de base do São Paulo. Entretanto, o trabalho de Zé Sérgio não deverá sofrer qualquer modificação. “Eu conversei com o presidente depois da eliminação e fiz minhas ponderações. Acho que não deve mudar nada, mesmo porque eu peguei um time que já estava montado pelo Baresi (Sérgio Baresi que assumiu o time principal do Paulista de Jundiaí). O maior problema foram os jogadores que tinham idade pra jogar a Copinha e não foram liberados. Aí o problema já não é meu”, disse Zé Sérgio, referindo-se a Felipe Miranda, Luís Eduardo e Rodrigo Caio, que permaneceram em Cotia, em pré-temporada com o time profissional. Apesar da reação de Juvenal, a filosofia no São Paulo não deverá
Bruno Uvini, campeão da Copa São Paulo em 2010 com o Tricolor
mudar. “Desde que estou no São Paulo, a preocupação é revelar jogador. Ganhar títulos também é importante, principalmente num clube como o São Paulo, mas o título passa. A revelação é pra sempre. Além disso, ninguém constrói um Centro de Treinamento, como aquele em Cotia, pra ganhar Copinha”, resumiu o treinador são-paulino. O pensamento de Zé Sérgio é semelhante ao do vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes. “O Centro de Formação de Atletas, em Cotia, não é voltado para a competição. Ele é voltado para a formação de atletas e o São Paulo tem mostrado ao longo dos anos que tem revelado bons valores”, argumentou o dirigente, exemplificando com números qual é a prioridade. “Nos últimos dez anos, posso dizer que a categoria de base do São Paulo vendeu 150 atletas, o que nos rendeu a quantia de 10 milhões de dólares por ano com a venda de jogadores.”
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especial - categoria de base
Corinthians/Santa Fé, o
novo “viveiro de craques” Não basta ser o maior vencedor da história da Copa São Paulo. O Corinthians quer ampliar a estrutura e buscar novos horizontes para fortalecer ainda mais as categorias de base do clube. No início desta semana, a diretoria anunciou a parceria com o Santa Fé, da Argentina, equipe voltada apenas para as categorias de base, que tem como
único objetivo revelar atletas. O distintivo desta nova agremiação é bem parecido com o do Sport Club Corinthians Paulista. A única diferença no escudo do time dos hermanos, o Sport Club Corinthians Santa Fé, é a bandeira argentina no local da bandeira do Estado de São Paulo. No intercâmbio anunciado na úl-
Luís Paulo Rosenberg, vice de marketing do Timão, e Esteban Kreig, presidente do time de Santa Fé, no anúncio da parceria
tima segunda-feira pelo diretor de marketing do Corinthians, Luís Paulo Rosemberg, o atual campeão brasileiro terá preferência nos jogadores revelados nesta nova parceria. Criado há seis anos, o Santa Fé tem contribuído com muitas equipes argentinas, fornecendo jovens talentos. A direção do clube argentino informou que mais de 50 atletas estão espalhados por todo o país, com destaque para o atacante Julián Cardozo, que defende o Arsenal de Sarandí. Os brasileiros também poderão ir para a cidade de Santa Fé, distante 500 quilômetros de Buenos Aires, para adquirir experiência internacional. “Intenção não é fazer com que o nosso jogador brilhe na Argentina. Eles vão pra lá pra adquirir mais experiência e depois retornam ao Brasil”, explicou Rosemberg, acrescentando que “será um viveiro de craques. Encontramos um bando de loucos em Santa Fé e eles aceitaram o desafio”.
POR João Henrique Pugliesi
Para clube-empresa, a prioridade
é revelar e vender Que o futebol é um excelente negócio não é novidade pra ninguém, mas algumas empresas entram em campo com altos investimentos e o objetivo principal é mesmo revelar, formar cidadãos e passá-los para frente. O caso mais conhecido é do volante Paulinho, Corinthians. O jogador teve destaque no Pão de Açúcar na quarta divisão paulista, foi para o Bragantino e chegou ao Parque São Jorge em 2010. O Pão de Açúcar Esporte Clube foi fundado em dezembro de 1985, com ênfase no atletismo. O futebol chegou só em 2003. Cinco anos depois, foi campeão da quarta divisão e subiu para a A-3. Em 2009, ficou entre os quatro times que ascenderam à Série A-2, onde está até hoje. Em julho do ano passado, o clube passou a se chamar Audax São Paulo. Adversário do Audax na Série A2 do Paulistão, o Red Bull Brasil é outro clube formado para revelar atletas. A sede é na cidade
de Campinas e o time tem mandado suas partidas no estádio da Ponte Preta, o Moisés Lucarelli. Fundado em 2007, o RB Brasil disputou a Série B do Campeonato Paulista em 2008, mas foi no seguinte que foi campeão e garantiu acesso à Série A3. A partir daí, o time não parou de subir. Em 2010, levou também o título da Série A3 e a ascensão à A-2. Localizado em Porto Feliz, interior de São Paulo, o Desportivo Brasil, cujo dono é a Traffic, existe desde 2005. O objetivo é formar e preparar jovens talentos do futebol para atuar no Brasil e no exterior. O clube oferece capacitação total a meninos de 13 a 20 anos. Atualmente, o Desportivo trabalha com cerca de 200 garotos. O time profissional disputa a Série B do Campeonato Paulista. Já os juniores fizeram um bom papel na Copinha, eliminando o Santos nas oitavas-de-final e caindo só diante do Fluminense na fase seguinte.
arbitragem
Fernando Badô
Alerta aos árbitros: “errou demais será
afastado”
Presidente da Comissão de Arbitragem da FPF exige padrão de qualidade para os jogos do Paulistão-2012
Á
rbitro que não se enquadrar no padrão de qualidade exigido para a Série A1 do Campeonato Paulista-2012 será afastado “sumariamente”. É o que afirma o presidente da comissão de arbitragem da Federação Paulista de Futebol, Coronel Marcos Marinho. E para atingir tal padrão de qualidade, o árbitro precisará se mostrar bem não apenas em aspectos técnicos e físicos mas também psicológicos e éticos. Qualquer desvio não será tolerado. “Se não estiver se enquadrando, tem que
TA LÁ – Que a avaliação pode ser feita da preparação dos árbitros para o Paulsitão-2012? Positiva. Repetimos o sistema usado em 2010 e 2011, pré-selecionando árbitros para iniciar a preparação já em setembro passado. Não vamos mais reunir os árbitros uma semana antes de ir a campo, mas
ser afastado mesmo”, afirma o dirigente que, por outro lado, diz ter muita confiança nos integrantes do quadro da FPF. Em entrevista exclusiva ao Ta Lá, Coronel Marinho falou sobre a preparação dos árbitros para o Paulistão, incluindo os árbitros assistentes adicionais, e classificou como “dor de cotovelo” a postura do árbitro Gutemberg de Paula Fonseca, que após ser afastado do quadro da Fifa, disse ter sido intimidado pelo presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa, a favorecer o Corinthians na partida contra o Goiás no Brasileirão-2010.
fazer treinamentos intensivos, prolongados, contínuos e de correção. O objetivo é aprimorar o árbitro. Hoje os árbitros apitam sob constante tensão. A federação realiza um trabalho psicológico que ajude a melhorar a qualidade da arbitragem?
APOIADORES DO TÁ LÁ:
Trabalhamos todos os aspectos, físico, técnico, tático e psicológico, de forma integrada. Há um trabalho psicológico direcionado a todo o quadro, mas com atenção especial aos árbitros “top”, que atuam no Paulistão. Um psicólogo do esporte já nos acompanha há quase dois anos, desenvolvendo
trabalhos práticos relacionados a potencial de concentração, controle emocional e nível de estresse. O fundamental é capacitá-los melhor na parte técnica. Quanto mais ele estiver preparado, mais terá confiança para atuar e a questão psicológica será minimizada. Há uma recomendação geral a respeito dos critérios? A orientação geral é que utilizem os critérios da Fifa. O modo como cada um fará isso, como conduzirá o jogo dentro de campo, vai da conduta de cada um. Só não queremos que o árbitro apareça mais do que o jogador. Tem que aparecer o menos possível em uma partida. E no caso dos erros se tornarem frequentes? Temos um analista acompanhando todos os jogos da Série A1. Ele vê o jogo e faz um relatório da atuação do árbitro. Paralelamente, avaliamos as reclamações das equipes, quando ocorrem. Se entendermos que o árbitro está fugindo repetidamente do padrão que estabelecemos, eles são, primeiramente, chamados para serem corrigidos e, se ainda assim persistirem, serão afastados da competição. Isso está bem claro para todos, tanto para árbitros como para assistentes. Mesmo utilizados pelo segundo ano consecutivo no Paulistão, os árbitros assistentes adicionais ainda têm jeito de novidade. Houve preparação específica para eles? É importante dizer que os árbitros assistentes adicionais são árbitros e receberam o treinamento específico para a função. Ou seja, estão preparados para serem árbitros, árbitros assistentes adicionais e quarto árbitro. E qual é atribuição deles em campo? Eles podem auxiliar o árbitro em qualquer marcação, sejam faltas, pênaltis ou se a bola passou da
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linha de gol. Pode também dar informações ao árbitro sobre qualquer ocorrência, dando assessoria para qualquer decisão. Qual tem sido a atuação da Federação para evitar condutas inadequadas do ponto de vista ético? Olha, posso dizer que aqui temos árbitros muito bem preparados, capazes de suportar a pressão imposta por alguém. Nós os preparamos há muito tempo, e os que estão na Série A1 hoje estão muito bem blindados. E dou uma certeza, se houver um desvio mínimo de conduta, eles serão sumariamente eliminados do quadro. Mas eu tenho uma confiança muito grande em nossos árbitros. São pessoas de alto nível de formação, que têm apoio do presidente da comissão e que, portanto, não tem motivo nenhum para buscar alguma outra coisa. Quando se sabe que há comando, é difícil acontecer algum desvio do conduta, pois se sabe que apareceria muito rapidamente. Qual é sua opinião sobre as denúncias feitas pelo árbitro Gutemberg de Paula Fonseca? Para mim foi uma grande dor de cotovelo. Quando ele era da Fifa, estava tudo bem. Quando saiu, a situação mudou? O escudo da Fifa não é propriedade de ninguém. Para um árbitro ostentá-lo, é preciso ter competência. Se não estiver se enquadrando no padrão, tem que ser afastado mesmo. Quem for mais competente irá atuar. Para encerrar: quais são os próximos bons nomes da arbitragem do futebol paulista? Os que estão sendo analisados e preparados para serem grandes árbitros no futuro são Rafael Kraus, Vinicius Furlan, Guilherme Cereto de Lima, Leonardo Ferreira Lima, Leandro Bizzio Marinho. Já contando com eles, hoje temos 14 árbitros aptos a apitarem qualquer jogo, inclusive clássicos.
08 entrevista
POR fernando gavini
com a falta da Libertadores
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arcelinho Carioca pode não ter sido o melhor, mas não há como negar que foi o mais importante jogador da história do Corinthians. Esteve presente nas principais conquistas do clube, sempre como ídolo e exercendo papel de protagonista. Ganhou um Mundial, dois Brasileiros, uma Copa do Brasil e quatro Campeonatos Paulistas. Um currículo de encher os olhos de qualquer um. Mas faltou um. A maior frustração do Pé-de-Anjo foi não ter levantado a taça da Libertadores, competição que ele disputou três vezes com a camisa alvinegra. “Você não tem noção que quando eu saio na rua, vou no teatro, ao cinema ou a algum restaurante. Sempre aparece um palmeirense, sãopaulino ou santista brincando com isso. E essa Libertadores não chega para nós. Ela tem que chegar. Eu falo para nós porque sou corintiano. Não sou hipócrita”, diz angustiado.
Nas três participações na Libertadores pelo Corinthians, Marcelinho estava em times que haviam sido campeões no ano anterior: Copa do Brasil em 1995 e o bicampeonato brasileiro 1998/1999. Mesmo assim, o título não veio (veja abaixo). “Para ganhar uma Libertadores não basta a técnica. É preciso um algo a mais. Você tem que ter um grupo diferenciado, tem que conversar com treinadores que já foram campeões dessa competição. Você tem que buscar o que aconteceu naquele ano que levou o pessoal a ser campeão”, analisa o ídolo. Em 2012, o Corinthians terá uma nova chance. Campeão brasileiro, o Timão está no Grupo 6 e terá como adversários o Cruz Azul, do México, o Nacional, do Paraguai, e o Deportivo Táchira, da Venezuela. Os principais adversários na caminhada até o sonhado título serão os brasileiros Santos, Vasco, Fluminense, Flamengo e Internacional, além do Boca
Título continental foi o único que faltou na extensa galeria conquistada pelo ídolo corintiano no Parque São Jorge
Marcelinho acredita que time atual precisa de um camisa 10. “Pode ser o Alex se ele jogar como no Inter”
Juniors, bicho papão que andava afastado da competição, e o Universidad de Chile, atual campeão da Copa Sul-Americana. Para Marcelinho, o Corinthians tem qualidade para brigar para chegar ao topo. “O Tite tem o grupo na mão e trouxe um baita atacante que é o Elton. Joguei com ele no Santo André e sei a qualidade que ele tem. Um cara sensacional. Vai ajudar muito. Vai dar dor de cabeça ali na frente.
Em 2000, ídolo corintiano ficou marcado por pênalti perdido “Até hoje eu brinco com o Marcos que eu o consagrei. Ele tinha que me dar metade do bicho da Copa do Mundo porque foi por minha causa que ele foi para o Mundial da Coréia e do Japão”. É assim que Marcelinho Carioca define o pênalti batido por ele e defendido pelo goleiro do Palmeiras, que eliminou o Corinthians da Libertadores de 2000. A derrota, ocorrida poucos meses depois da conquista do Mundial, foi a maior frustração da carreira do ídolo corintiano. “Nosso time era brilhante, vindos de uma sequência de entrosamento perfeito, tanto que fomos bicampeões brasileiros e campeões mundiais. Um timaço com uma qualidade técnica fora de série, treinador brilhante, mas um detalhe fez a gente não chegar lá”, lembra o ex-jogador. Naquele ano, o Corinthians terminou em primeiro de seu grupo, a frente do América, do México, do
Olímpia, do Paraguai, e da LDU, do Equador. Passou nos pênaltis pelo Rosario Central, da Argentina, nas oitavas, bateu o Atlético Mineiro nas quartas e caiu diante do Palmeiras na semifinal. “Em 2000, tínhamos um time bem melhor do que o Palmeiras. Anos luz na frente. Era para termos definido no primeiro jogo. Vencíamos por 3 a 1 e não definimos”, acredita. Ricardinho abriu o placar, Júnior empatou, mas Marcelinho e Edílson abriram dois gols de vantagem. O Corinthians deu mole e o Palmeiras empatou com Alex e Euller. O gol da vitória saiu aos 45 do segundo tempo com Vampeta. Na segunda partida, o empate bastava para o Corinthians. Euller fez 1 a 0 para o Palmeiras, mas com dois gols de Luizão o Timão virou e ficou muito perto da vaga. Alex e Galeano, no entanto, viraram de novo para o Alviverde e a decisão foi para os pênaltis. Nas cobranças,
Fotos: Gazeta Press
Marcelinho admite incômodo
Marcelinho foi o único a errar e a exemplo do ano anterior, a equipe foi eliminada da Libertadores pelo arquirival. “Em 1999, os times eram mais equilibrados e perdemos na loteria dos pênaltis. Dinei e Vampeta erraram”, recorda-se.
Marcos comemora defesa do pênalti cobrado por Marcelinho em 2000
Se derem brecha ele vai jogar e vai ficar como titular. O ambiente de trabalho é maravilhoso. O cara que chega hoje no Corinthians fica assustado com a estrutura”, acredita o ídolo, que, no entanto, faz ressalvas. “Acho que ainda faltam algumas peças. O Corinthians necessita de um camisa 10. Um grande articulador que chame a responsabilidade e decida. Quando o adversário vê um baita camisa 10, o respeito é dife-
rente, um cara bom de bola parada também, entende?”, pergunta Marcelinho, que vê Alex como um cara capaz de assumir a função, mas, para isso, vai ter que jogar mais do que fez até agora com a camisa do Corinthians. “Pode ser ele se conseguir fazer o que fazia no Internacional. Mas o Corinthians é uma coisa diferente. Se não vai ficar sempre na troca entre ele e o Danilo. E isso é ruim”, acredita.
Problema de relacionamento atrapalhou em 1996 O Corinthians se classificou para a disputa da Libertadores de 1996 graças ao título da Copa do Brasil do ano anterior, conquistado sobre o Grêmio. No papel, o time comandado por Eduardo Amorim era muito bom. Tinha jogadores como Célio Silva, Silvinho, Bernardo, Zé Elias, Marcelinho Carioca e Edmundo, o grande reforço contratado para aquela temporada. Mas problemas de relacionamento fizeram a equipe ficar pelo caminho. Pelo menos esta é a opinião do Pé de Anjo. “Tínhamos um timaço, mas nós tivemos um problema interno que acabou afetando muito o grupo. Prefiro não citar o nome da pessoa, mas afetou tanto que o Bernardo (volante) foi para cima e fez com que essa pessoa saísse porque desestruturou tudo, desequilibrou tudo”, conta Marcelinho. Perguntado se o jogador-problema em questão
era Edmundo, o ídolo corintiano desconversa, mas coincidência ou não o Animal deixou o Parque São Jorge pouco depois da eliminação da Libertadores. Na primeira fase, o Corinthians fez uma campanha brilhante. Terminou em primeiro no Grupo 4. Nas oitavas, passou como um furacão pelo Espoli, do Equador, mas parou diante do Grêmio, que era o atual campeão da Libertadores. A fatura foi liquidada no primeiro jogo quando o Timão perdeu de 3 a 0. No jogo de volta, no Olímpico, venceu por 1 a 0, gol de Edmundo, que fez cinco ao longo da competição. “Esse problema de relacionamento foi o grande problema nosso? Foi um dos. Apesar de termos perdido para o Grêmio por 3 a 0, esse problema aconteceu antes e deixou muita gente no nosso vestiário chateada”, afirma Marcelinho.
palmeiras
POR Diógenes Menon
Ainda sem patrocínio,
Palmeiras tenta ampliar receitas
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Cargos ameaçados no
Fotos: Gazeta Press
marketing e no futebol O departamento de marketing do Palmeiras é apenas mais um que vem sofrendo críticas internas desde 2011. Os acusadores apontam a falta de criatividade e a timidez como pontos determinantes para a não consolidação de projetos para alavancar rendas extras ao clube. Arnaldo Tirone, mesmo entendendo ser “normal” ficar sem patrocínio, chegou até a considerar a terceirização da pasta, visando a profissionalização dos processos. Porém, uma mudança ainda mais significativa pode ocorrer nas próximas semanas: Roberto Frizzo, vice-presidente de futebol, dá sinais de perder força na queda de braço com Felipão. Antes apoiado por parte dos conselheiros, o dirigente eleito já não conta mais com tanta simpatia dentro do clube. Ao demitir funcionários em novembro, Tirone ponderou: “Nin-
Frizzo corre risco de demissão
guém é eterno”. E foi com essa frase que o presidente sinalizou, no início deste ano, que Frizzo pode estar na alça de mira. “Não o estou mantendo por gratidão. Se precisar tirar, eu tiro. Ainda vamos conversar”. Para piorar, a torcida alviverde lançou um abaixo-assinado exigindo a saída de Frizzo do cargo, manifesto que conta com cerca de 20 mil assinaturas. “Todos têm o direito de dizer o que pensam”, comentou o vice palmeirense.
Maikon Leite comemora o gol da vitória sobre o Bragantino com a camisa sem patrocinador master
Clube quer receber cerca de R$ 30 milhões para estampar a marca de uma empresa na camisa por 18 meses “Quer andar de carro velho, amor? Que venha! Pois eu sei que amar a pé, amor, é lenha.” O verso eternizado pela cantora e compositora Ivete Sangalo poderia muito bem servir de trilha sonora ao Palmeiras, neste início de 2012. Com o contrato com a Fiat findado em dezembro do ano passado e com as negociações com a JAC Motors em marcha lenta, o Verdão começou a temporada sem um patrocinador máster para seu uniforme. No processo de transição entre as duas montadoras, o clube segue “a pé”. A parceria com a Fiat rendeu aos cofres do Palmeiras R$ 26 milhões, por um período de 18 meses. O discurso dos dirigentes ao final do ano passado era o de buscar um novo patrocínio de R$ 30 milhões, para um período igual ou até menor. De acordo diferentes fontes, a oferta recebida dos chineses da JAC giraria em torno de R$ 20 milhões por ano, para exposição
exclusiva na camisa. Isso representaria um empate técnico com os rendimentos de 2011, quando o clube teve Fiat, Fisk, TIM e Unimed Seguros no uniforme, além de um acordo para troca de dívida com o BMG – estes dois últimos também com contratos não renovados. Clube e montadora, no entanto, negam o namoro: “Ninguém da JAC Motors nos procurou. Há três empresas que apresentaram boas propostas, mas nenhuma delas ligada ao setor automotivo”, revela Rubens Reis, diretor de marketing do Palmeiras. A JAC vai além e adianta que estuda, inclusive, um corte nas verbas de publicidade para este ano, o que iria na contramão de um contrato milionário. O diretor do marketing alviverde prossegue, sempre cauteloso sobre o futuro: “Estamos trabalhando nisso (novo patrocinador). Assim que houver algo concreto falaremos”, resume. Neste ponto, ele conta com a anuência do
Bang-bang à italiana na política do palestra
presidente: “Vários clubes às vezes ficam sem patrocínio, o que é normal”, considera o presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone. Na esteira da indefinição sobre o novo patrocinador vem a falta de competitividade no mercado.
“Ninguém da JAC Motors nos procurou. Há três empresas que apresentaram boas propostas, mas nenhuma delas ligada ao setor automotivo”
Sem dinheiro em caixa e sob a política de “estancar a sangria deixada pelas administrações anteriores”, como Tirone faz questão de lembrar, o Palmeiras não consegue pescar os camarões pedidos pelo técnico Luís Felipe Scolari, ao final de 2011.
o presidente Tirone sofre com acusações da oposição
A associação clássica entre a torcida do Palmeiras e os oriundi parece ter extrapolado a história de fundação do clube. Em pleno século XXI, o clima político no Palestra Italia lembra mais o de uma terra sem lei, sem mocinhos ou bandidos, um roteiro ideal para um bom Spaghetti Western. “Existem quatro grupos políticos dentro do Palmeiras. Um que é situação e três unidos na oposição. A cada dois anos, mudam-se os dirigentes. Mas a conta é sempre
a mesma”, relata Genaro Marino, vice na gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo. “O Tirone, por exemplo: foi um nome que apareceu de um acerto político, sem qualquer ideologia ou meta. Isso é até curioso, porque nem sequer podemos cobrar algo dele – ele não prometeu nada mesmo”, ironiza. “O fato é que ninguém pensa no Palmeiras, mas sim em vantagens pessoais”. Mesmo para quem não frequenta as áreas sociais do Palestra desde criança – como é o caso da grande maioria dos conselheiros, esse cenário de faroeste torna-se evidente. Euller, ex-atacante do próprio Palmeiras e que hoje faz estágio para ser treinador ao lado de Felipão, aponta: “É muito difícil desenvolver algo lá dentro. São muitos grupos, todos contra todos, e tudo fica emperrado, nada parece andar para frente. Trata-se de um clube enorme, com um patrimônio e uma torcida admiráveis. Mas, enquanto essas pessoas não perceberem que têm de pensar no Palmeiras antes de si próprias, a impressão que fica é a de que nada vai dar certo”, decreta.
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copa 2014
POR Fernando Badô
Há 18 anos, acidente deixou o “Pai da Matéria” com a
fala comprometida
Gorduchinha: a Jabulani brasileira? Campanha quer batizar bola da Copa-2014 de Gorduchinha. Movimento ganha força na internet e quer sensibilizar fornecedora de materiais esportivos da Fifa a homenagear Osmar Santos
“Gorduchinha” é um dos apelidos mais populares da bola de futebol no Brasil, criado e consagrado pelo locutor esportivo Osmar Santos ao longo de três décadas, desde os anos 70. E se depender de um movimento que vem ganhando cada vez mais força, principalmente com auxílio da internet, pode batizar a maior personagem do jogo - ou, pelo menos, o modelo oficial da Copa do Mundo de 2014, que acontecerá por aqui. Porém, para isso se concretizar, é preciso antes convencer a Adidas, patrocinadora da Fifa e fornecedora do material esportivo para a competição, que detém os direitos sobre o nome. O pontapé inicial da “Gorduchinha 2014” foi dado pelo publicitário Delen Bueno Paquis, logo após o término da Copa do Mundo de 2010. Segundo ele, a ideia surgiu devido ao sucesso do nome Jabulani, da polêmica – e traiçoeira para os goleiros – bola do Mundial da África do Sul. “Resolvi que um dia home-
nagearia o Osmar”, explica Bueno, que decidiu falar com o ex-narrador antes de iniciar a campanha. A conversa aconteceu durante um almoço, em dezembro de 2010. “Eu disse a ele: ripa na chulipa e pimba na Gorduchinha. Vamos chamar bola assim?’. Ele topou na hora”. Com a aprovação do homenageado, Bueno contou para os colegas de trabalho Mariangela Ribeiro e Andre Voltarelli, que criaram os perfis no Twitter e no Facebook na hora. “Mas achei que ainda era cedo e pedi para eles esperarem”. A data ideal para lançar o movimento chegou seis meses depois, em 28 de julho, dia do aniversário de Osmar Santos. “Era o dia perfeito, pois a atenção da mídia estaria sobre ele”, afirma o publicitário. Desde então, mais de 800 mil pessoas já viram as publicações da campanha, segundo números dos organizadores. Personalidades de diversas áreas também já declararam apoio, entre eles o governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin; os ex-jogadores Raí e Zico; a cantora Ivete Sangalo; o publicitário Washington Olivetto e os integrantes do programa CQC, da Band. “A campanha é do povo brasileiro e dos amigos do Osmar. Por isso, todo mundo pode dar seu apoio”, diz Bueno, que está confiante no sucesso. “Osmar não é apenas uma personalidade do futebol. Ele tem um vínculo muito grande com a história do Brasil, principalmente por ter sido a voz das ‘Diretas Já’. A rejeição dele é zero”. O site www.gorduchinha2014.com reúne notícias, fotos e vídeos sobre o movimento. Também é possível acompanhar as novidades pelo Facebook (www.facebook.com/ OsmarSantos2014) e pelo Twitter (twitter.com/gorduchinha2014). Além disso, o canal no You Tube (www.youtube.com/gorduchinha2014) traz vídeos com depoimentos das personalidades que apoiam a ideia.
“Ripa na chulipa e Pimba na gorduchinha” é apenas um dos bordões criados por Osmar Aparecido Santos, nascido há 62 anos no município de Osvaldo Cruz, em São Paulo. Narrador de estilo veloz, tinha grande desenvoltura para usar termos difíceis, como “tirulirulá, tiruliruli, eeee que gol!”. Também consagrou expressões como “vai lá, garotinho”, “por que parou, parou por quê?” e “animal”, que acabou virando alcunha do ex-jogador Edmundo, hoje comentarista de TV, na Band. Ao longo de três décadas, o “Pai da Matéria” narrou jogos pelas rádios Jovem Pan, Record e Globo. Na TV, fez sucesso na Globo, onde cobriu a Copa de 1986, e na Manchete, fazendo a Copa de 1990. Narrou momentos históricos do futebol, como a conquista do Tetra contra a Itália, na decisão da Copa de 1994; o título mundial do São Paulo contra o Barcelona, em 1992; e o gol do Corinthians na final do campeonato paulista de 1977, contra a Ponte Preta – o tempo usado por ele para narrar o gol serviu de base para o título do documentário “23 anos em 7 segundos”, que retrata o fim do jejum corintiano. Ao lado de personalidades como o ex-jogador Sócrates, falecido em dezembro passado, e da cantora Rita Lee, Osmar foi uma das figuras
não políticas mais importantes do movimento “Diretas Já”, que pedia eleições diretas para presidente em 1985, sendo o locutor de comícios que receberam centenas de milhares de pessoas, entre eles o do Vale do Anhagabaú, que reuniu, segundo estimativas, 1,5 milhão de pessoas. Em 1994, um acidente automobilístico no trajeto entre Marília e Lins, no interior de São Paulo, deixou graves sequelas no narrador, abreviando sua carreira. Osmar sobreviveu, contrariando muitas expectativas, mas sua fala foi totalmente comprometida, o que impediu de voltar a narrar.
Acidente de carro abreviou carreira de Osmar Santos
posicionamento ainda no 1º trimestre é o que promete a patrocinadora da fifa A escolha pelo nome da bola da Copa de 2014 está em aberto. Contudo, a Adidas, que detém os diretos sobre o material esportivo oficial do Mundial, não descarta a possibilidade de batizá-la como Gorduchinha. Ainda não há informações sobre como o processo para a definição do nome será conduzido, mas há a possibilidade de até mesmo acontecer uma votação popular. Segundo reportagem publicada pela revista Veja, a decisão ainda está em aberto, mas o posicionamento deve sair ainda no pri-
meiro trimestre de 2012. O primeiro objetivo da campanha Gorduchinha-2014 já foi alcançado. “É a primeira vez que há uma campanha pelo nome da bola, mas eles [a Adidas] já estão sabendo”, afirma Delen Bueno. Na reportagem, a Adidas também afirma que Gorduchinha não é a única opção. De acordo com o gerente da categoria de futebol da empresa no Brasil, Daniel Schimid, outras sugestões foram enviadas, e todas serão levadas em consideração para melhor representar o país.
história
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a história das bolas usadas nos mundiais da fifa Uruguai 1930 Modelo T e Tiento
Itália 1934 Federale 102
França 1938 Allen
Brasil 1950 Super Duplo T
Cada seleção tinha sua bola, ambas com 12 gomos. A T, dos uruguaios, era ligeiramente maior e mais pesada que a Tiento, dos argentinos. Na final, cada uma foi usada em um tempo.
Deformava tanto que ajudou os italianos a empatarem o placar nas quartas de final, contra o Tchecos: Orsi chutou e a bola fez uma curva “impossível”, enganando o goleiro.
Idêntica às anteriores, mas com a cor marrom num tom mais escuro, por ter sido produzida com matéria-prima de fornecedores locais.
Inovou por ter uma válvula pela qual se podia encher a câmara externamente, com uma bomba de ar. Antes, a câmara era colocada por uma abertura. Só então a bola era fechada e costurada.
Suécia 1958 Top Star
Chile 1962 Mr. Crack
Inglaterra 1966 Challenge 4-Star
méxico 1970 Telstar
alemanha 1974 Telstar
Escolhida após um teste com mais de 100 modelos, tinha costuras feitas em zigue-zague, o que reduzia a tensão interna criada pela câmara de ar.
Inovou no formato dos gomos, com a intenção de reduzir a infiltração de água. Foi um fracasso: sob a chuva, encharcava mais do que todas as outras.
De couro marrom-avermelhado, foi a primeira a utilizar somente costuras internas, mas foi a última a utilizar o formato de 18 gomos alongados.
Seu design de hexágonos brancos e pentágonos pretos virou sinônimo visual de bolas de futebol.
Idêntica ao modelo de 1970, apareceu completamente branca em oito jogos, como Brasil x Holanda.
Argentina 1978 Tango
Espanha 1982 Tango España
México 1986 Azteca
Itália 1990 Etrusco
EUA 1994 Questra
França 1998 Tricolore
1ª a com o visual de faixas pretas que criavam 12 círculos, básico para bolas das Copas por mais 20 anos.
Última bola de couro usada em Copas, inovou ao fabricada com costuras impermeáveis.
Inaugurou a era das bolas fabricadas com material sintético, sendo totalmente impermeável.
Tinha uma camada de espuma que diminuía perdas no chute e garantia mais potência e velocidade
Revestida com espuma de polietileno e câmera de látex, era muito rápida e gerou críticas de goleiros
CPrimeira bola multicolorida, seu design aumentava sua visibilidade ao longe.
ERA ANTIGA Couro marrom e costurada a mão ERA ADIDAS do couro ao material sintético
Suíça 1954 Swiss WC Match Ball Primeira bola com 18 gomos, inaugurou as dimensões oficias da Fifa, utilizadas ainda hoje: peso entre 410g e 450g e circunferência 68cm e 70cm
esta deu o que falar África do Sul 2010 Jabulani
Coreia do Sul e Japão 2002 Fevernova Com design inovador, tinha três camadas de espuma sintética para reduzir o desgate, mas gerou críticas por ser muito leve.
Alemanha 2006 Teamgeist Cada seleção tinha sua bola, ambas com 12 gomos. A T, dos uruguaios, era ligeiramente maior e mais pesada que a Tiento, dos argentinos. Na final, cada uma foi usada em um tempo.
O nome Jabulani significa “celebrar” em zulu, uma das línguas faladas na África do Sul. Primeira bola sem costura a ser usada em uma Copa do Mundo, era uma esfera perfeita com ranhuras para, teoricamente, proporcionar melhor aderência ao pé. A ideia que, com isso, fizesse um trajeto regular e retilínio, mas apresentou efeitos nunca antes vistos. Quem celebrou foram os atacantes para desespero dos goleiros.
GORDUCHINHA: a bola da Copa de 2014 A Campanha Gorduchinha 2014 tem como objetivo batizar a bola da Copa de 2014 de Gorduchinha, nome eternizado pelo famoso bordão de Osmar Santos: Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha!
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