MACEIÓ
TODOS OS TONS DO MAR DE ALAGOAS
CURITIBA
O HYPE DA CAPITAL PARANAENSE
LETÍCIA COLIN
EM CONSTANTE TRANSFORMAÇÃO, ATRIZ VOLTA À TV E SE PREPARA PARA NOVO PAPEL ESTE EXEMPLAR É SEU
Tem gente que olha um carro e vê custo, e gente que vê uma passagem para qualquer lugar. Tem quem enxergue em um carro o futuro para a família, e quem veja como um esconderijo pra namorar. Tem gente que vê o carro como o próprio escritório, e gente que só olha pra um quando vai viajar. Tem gente que vê o carro como um acessório, e gente que vê o jeito do seu negócio prosperar. Tem quem enxergue em um carro só um carro, e quem veja como uma janela para redescobrir o luar. É olhando para o que você olha que a gente se localiza. Hoje e há 46 anos.
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CONTENT
SUMário edição 106
/ summary
maio de 2019
edition #106 May, 2019
Letícia Colin
Atriz fala sobre momento de crescimento e maturidade
// The actress speaks about her moment of growth and maturity
44
10 Backstage Calça e camisa Aluf Cinto Amaro Bota Schutz Jóias Dior
12 Editorial 14 We Love Avianca 16 #ReporterAvianca
Os cliques dos nossos leitores nas redes sociais // Our readers’ clicks on the social network
Desbrave a capital baiana
// Explore the capital of Bahia
20 Agenda
Atrações culturais para se programar // Cultural attractions for your agenda
24 Nas telas / On the screen
“Aladdin” e outras três estreias nos cinemas
// “Aladdin” and three other releases hit the theaters
34
Maceió
O charme paradisíaco da capital alagoana
// The amazing charm of Alagoas' state capital
FOTOS: GLEESON PAULINO, WESLE Y MENEGARI, TOMAS R ANGEL E DIVULGAÇÃO
18 Salvador
52
Curitiba
Uma nova cena desponta no sul do país
// A new scene emerging in the south of the country
32
Shopping Buquê Mix, Giuliana Flores R$ 289,90 giulianaflores.com.br
26 Boa leitura / Nice reading Autoajuda para colocar na cabeceira
// Self-help books for your bedside table
28 Do balcão / From the counter Uma seleção de bares e bons drinks // A good selection of bars and drinks
62 Biografia / Biography
Alcione Belache, CEO da Renovigi // Alcione Belache, CEO of Renovigi
68 A onda das artesanais / The trend of artisanal products Onde degustar craft beers pelo Brasil
// Where to try craft beers in Brazil
72 BH dos sabores / Belo Horizonte and its flavors Um passeio pela gastronomia mineira
// A look at the Minas Gerais cuisine
78 Family Trip
Como incluir a criançada no roteiro
// How to include kids in your itinerary
30 Gastronomia / Eating Novos endereços para comer bem
// New places for great food
80 Expedição / Expedition Um encontro especial na Indonésia // A special get-together in Indonesia
82 Litro de Luz
Eletricidade para todos
// Electricity for everyone
BACKSTAGE
EXPEDIENTE Diretor-geral Jorge Vianna Vice-presidente de Marketing e Vendas
RECOMEÇOS
Alberto Weisser Conselho Editorial: Diretora de Marketing Thais Skitnevsky Grinberg Gerente de Marketing Gabriel Lago Gerente de Comunicação Mariana Garbin Coordenadora de Marketing Fernanda Coelho Coordenador de Marketing Kleber Sanches Analista de Comunicação Externa Jéssica Alves www.aviancabrasil.com.br E M R E V I S TA
Diretor Executivo Carlos Koga c.koga@mediaonboard.com.br
Editora Juliana Deodoro Editora Assistente Luiza Vieira Marketing Priscila Soares Produção Guiomar Barbuto Repórter e Online Renata Canivezo Comercial Luciana Borelli, Miriam Pujol, Regina Moreno Financeiro Jane Elaine Assistente de Direção George Tebet Designers Ana Carolina Abreu e Bia Gomes Edição de Imagem Grazi Ventura Revisão TGA Idiomas
Sob os olhares atentos da mãe, Analdina, e do marido, o ator e dramaturgo Michel Melamed, a atriz Letícia Colin posou para as fotos desta edição da Avianca em Revista na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Com mais de vinte anos de carreira, ela falou sobre o processo de se desconstruir e reconstruir a todo momento, na profissão e na vida. Ao fim da entrevista, bem-humorada, brincou: “Parece que saí de uma sessão de terapia”. // New start - Under the watchful eyes of the mother, Analdina, and the husband, the actor and playwright Michel Melamed, the actress Letícia Colin posed for photos of this Avianca em Revista issue at Cinemateca Brasileira in São Paulo. With more than twenty years in business, she spoke about the process of deconstructing and reconstructing continuously in the profession and in life. At the end of the interview, good-humored, she said playfully: “It seems like I have just left a therapy session”.
“Eu tive muita sorte. A vida não me deixou desistir. Quando eu pensava que não deveria continuar como atriz, aparecia um teste, e eu me ‘reapaixonava’ pela profissão, pela coxia, por este trabalho que me encanta, que eu adoro, e no qual me sinto bem.” // “I was very lucky. Life didn't allow me to give up. Whenever I thought I didn't want to move on as an actress, another test would come up, I would fall in love again for my job, for the backstage, for this work that I get delighted with, that I love, and that makes me feel at home.” veja mais em @aviancaemrevista / read more at @aviancaemrevista
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AVIANCA EM REVISTA
Tradução Berlitz Assessoria Jurídica Savatore Morello Advogados Colaboradores Bruno Pimentel, Camila Balthazar, Carla Biriba, Carla Castellotti, Carla Lencastre, Daniel Salles, Edison Veiga, Gleeson Paulino, Heloisa Schurmann, Marília Marasciulo, Mari Veiga, Marina Azaredo, Nicolas Leite, Pedro Pradella, Raphael Calles www.aviancaemrevista.com.br redacao@mediaonboard.com.br
PARA ANUNCIAR comercial@mediaonboard.com.br (55 11) 5505-0078
Impressão Eskenazi Tiragem 20.000 exemplares A Avianca em Revista é uma publicação da Media Onboard, sob a licença da empresa aérea Avianca Brasil, distribuída exclusivamente a bordo das aeronaves nos voos nacionais. Venda proibida. As pessoas que não constam do expediente da revista não têm autorização para falar em nome da revista. É necessário uma carta de autorização, atualizada e datada em papel timbrado assinada pelos editores. Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e fica expressamente proibido a reprodução total ou parcial sem autorização prévia. Todos os direitos reservados.
Media Onboard Rua Pensilvânia, 1126 - Brooklin São Paulo - SP CEP: 04564 003
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# UQOC FQ PQĨQ VTCDCNJQ Ffifiífififi Bfififififi, fifi Sfifififi (SC), associada à Copérdia, representa uma das mais de 65 mil famílias de empresários rurais, que se dedicam diariamente a produzir com qualidade a matéria-prima que origina os produtos das marcas Aurora.
Sfififi é fi qufi fififi fifififififififi fi Aufifififi fifififiífififi há 50 fifififi. A soma de talentos, a soma do campo e da indústria e de mais de 100 mil famílias que juntas levam à mesa dos brasileiros produtos dos quais nos orgulhamos. Porque somar gente, aprendizado e dedicação sempre dá resultado. Aufifififi 50 fififififi A fifififi fifi fififififi fiófifi
EDITORIAL
BEM APONTADOS
R
ealizar um trabalho de forma leve, deixando a ansiedade e o medo de falhar de lado para seguir a intuição não é uma tarefa fácil. Exige desprendimento, maturidade e segurança. Mais que isso: nos obriga a confiar que não ter controle de tudo pode ser uma coisa boa. Para Letícia Colin, capa desta edição da Avianca em Revista, perceber a carreira (e a vida) dessa forma foi transformador. “A vida é caótica e é bom viver o caos. Estou achando cada vez mais interessante viver assim – e mais possível também. É importante o respiro, a fluidez, o ar que entra e que sai. Temos que estar bem apontados, porque, de resto, a gente não controla nada.” A conversa com a atriz de 29 anos foi inspiradora. Considerada por muitos como uma das novas promessas da TV – apesar de ter uma carreira de 21 anos –, Letícia está em São Paulo para gravar a série “Onde Está Meu Coração”. Em uma tarde na Cinemateca Brasileira, conversamos sobre sua trajetória, esse processo de amadurecimento e a responsabilidade de ser uma artista hoje no Brasil. Ainda nesta edição, mostramos que uma nova Curitiba está surgindo por meio da ação de jovens. A repórter Marina Azaredo foi recentemente à capital paranaense e descobriu uma cena cool na cidade, com o surgimento de marcas sustentáveis e espaços colaborativos, além de uma gastronomia autoral e bares descolados. O outro destino deste mês é Maceió. Com um dos litorais mais “instagramáveis” de todo o nordeste, Alagoas se revela um destino para todo tipo de viajante. Para casais apaixonados a famílias com crianças, para quem quer sossego ou badalação, a cidade oferece programas e passeios que comportam todos. O importante é arrumar a mala e se deixar levar. Boa viagem!
Juliana Deodoro Editora / Editor
CAPA // Cover LETÍCIA COLIN CINEMATECA BRASILEIRA Fotos/Photos: Gleeson Paulino Look – Gucci
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AVIANCA EM REVISTA
// WELL DESIGNATED Doing some work easily, leaving anxiety and the fear of failing aside in order to follow your intuition is not an easy task. It demands detachment, maturity, and confidence. More than this: it makes us sure that not having control over everything can be a good thing. For Letícia Colin, the cover of this Avianca em Revista issue, realizing her career (and life) like this was something transforming. “Life is chaotic and it is good to live in chaos. I think that living like this is more and more interesting – and more possible as well. What is important is the breath, the fluidity, the air that comes in and out. We should be well designated because the rest is out of our control.” The talk with the actress aged 29 was inspiring. Considered by many as a new TV promise – regardless of having a 21-year-long career –, Letícia is in São Paulo to shoot the series “Onde Está meu Coração”. Over an afternoon at Cinemateca Brasileira, we talked about her trajectory, the process of becoming mature, and the responsibility of being an actress in Brazil. Also in this issue, we show that a new Curitiba is emerging due to initiatives of youth people. Reporter Marina Azaredo has recently been to the capital of Paraná, and discovered a cool scene in the city, as sustainable brands and collaborative spaces start to appear, in addition to authorial culinary and bars. Another destination this month is Maceió. Presenting one of the most instagramable coasts in the Northeast, Alagoas reveals a destination for any kind of traveler. For couples in love and or with children, for someone searching for peace or hustle and bustle, the city offers programs and tours that suit everyone's need. The most important is packing and let yourself be taken away. We wish you a pleasant trip!
WE LOVE
WE
Amanda Ludwig e Maria Aparecida Ludwig Porto Alegre > Fortaleza
AVIANCA
Paulo Ramos Santos São Paulo > Foz do Iguaçu
Lenin Mello e Laura Mello Ilhéus > Brasília
Mariana Oliveira Fortaleza > Rio de Janeiro
Fabrício Lima Juazeiro > Fortaleza
Átila Muniz Belo Horizonte > São Paulo
Daniela Simplício Cardoso Barbosa São Paulo > Miami
Jota Dantas & Zenailde Dantas Petrolina > Salvador
“Finalmente tive a oportunidade de viajar com a Avianca Brasil e amei! Conforto, limpeza e atendimento excelentes!” / “I finally had the opportunity to travel with Avianca Brasil and I loved it! Comfort, cleanliness and first class service!”
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AVIANCA EM REVISTA
Acesse o site www.aviancaemrevista.com.br e envie sua foto. Você também pode postar no seu Instagram com a hashtag #weloveavianca ou encaminhar para o email welove@aviancaemrevista.com.br // Enter the website www.aviancaemrevista.com.br and send your picture. You can also post it on your Instagram account using the hashtag #weloveavianca or send it to the email welove@aviancaemrevista.com.br
Bernardo Lima e Victor Lima João Pessoa > São Paulo
Lígia Oliveira e Aisha Oliveira Recife > São Paulo
Marcelo Nunes e Graziela de Oliveira Porto Alegre > Recife
Joice e Tiago Minguini São Paulo > Rio de Janeiro
Murilo e Marcos Neves Fortaleza > Navegantes
Israel Oliveira Salvador > Rio de Janeiro
Maria Divina de Oliveira Goiânia > Salvador
Laís Utida Fortlaeza > São Paulo
“Já viajei várias vezes pela Avianca Brasil e, sinceramente, é a melhor!” / “I have traveled many times with Avianca Brasil and, honestly, this is the best one!”
REPOST
REPÓRTER AVIANCA Viajou para um destino incrível, viveu uma experiência inesquecível ou descobriu um restaurante delicioso e acha que rende uma boa história? Use #REPORTERAVIANCA e a sua dica pode ser publicada na revista // Have you traveled to an incredible destination, experienced something unforgettable or found an amazing restaurant and do you think it sounds like a nice story to be shared? Use #REPORTERAVIANCA and your tip may be published in our magazine
Um dos meus programas favoritos no Porto, em Portugal, é sair para uma longa caminhada nos Passadiços do Paiva. A duas horas da cidade, é a combinação perfeita de relaxamento, exercício e encontro com a natureza. As árvores e o riacho que acompanham o trajeto parecem ter saído de um livro de conto de fadas dos Irmãos Grimm.”
Na Chapada Diamantina, não deixe de passar uns dias no Vale do Pati. As trilhas e cachoeiras são paradisíacas e você pode se hospedar na casa de famílias locais. Dá pra se deliciar com paisagens, comidas e histórias.”
A poucos metros dessa viela em Havana, o Nazdarovie me ofereceu o melhor estrogonofe da minha vida. O tradicional restaurante soviético está instalado ali desde a Guerra Fria.”
// “At Chapada Diamantina, you should spend some days at Pati Valley. The tracks and waterfalls are amazing and you should stay at a local family house. You can really enjoy the landscapes, food, and stories."
// “A few meters from that alley in Havana, Nazdarovie offered me the best stroganoff ever. The traditional Russian restaurant is located there since the Cold War time.”
Vale do Pati | Lençóis, Brasil
Lucas Lara @lucas275
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AVIANCA EM REVISTA
Nazdarovie | Havana, Cuba
Diego Salmen @diegozn_
// “One of my favorite programs in Porto, Portugal, is to go for a walk at Passadiços do Paiva. Located two hours from the city, this is a perfect combination of relaxation, sports activity, and contact with nature. The trees and the creek along the way look as though they have been taken from a fairy tale by Brothers Grimm.” Passadiços do Paiva | Porto, Portugal
Manoela Meirelles @manumeirellesva
Publique sua foto no Instagram com #reporteravianca e conte porque mais pessoas deveriam conhecer este lugar // Publish your photo at Instagram with #reporteravianca and tell us why more people should know this place
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RETRANCA SLIDE
SALVADOR · BA // The wonders of Bahia’s capital draw tourists from all over the world, searching for sight-
seeing, local cuisine, kindness, and the energy that you can only find in Bahia. Having eaten acarajés, vatapás and moquecas, get ready for an intensive program. Begin your tour at the Historical Center, walking past Praça Castro Alves and Pelourinho, towards the Elevator Lacerda – in time to enjoy the panoramic view of Todos os Santos Bay by the sunset.
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AVIANCA EM REVISTA
FOTO: SHU T T ERS TOCK
Os encantos da capital baiana atraem turistas do mundo inteiro, ávidos pelas paisagens, culinária, simpatia e energia que só se encontram na Bahia. Devidamente abastecido de acarajés, vatapás e moquecas, prepare-se para uma intensa programação. Comece com um tour pelo Centro Histórico, passando pela Praça Castro Alves e Pelourinho, em direção ao Elevador Lacerda – a tempo de aproveitar a panorâmica da Baía de Todos os Santos ao pôr do sol.
APROVEITE
// ENJOY IT
O litoral baiano é para todos os gostos. Menos concorridas, as praias Stella Maris e do Flamengo estão a 40 minutos de carro. Para curtir a natureza, siga para Guarajuba, Itacimirim e Imbassaí, a 1h30 de Salvador.
Bahia’s coast pleases everyone. Less crowded, the beaches Stella Maris and Flamengo are located 40 minutes far by car. In order to enjoy the nature, you should head towards Guarajuba, Itacimirim and Imbassaí, about 1.5 hours from the capital.
A Jam no MAM é um dos programas mais populares da capital baiana. Aos sábados, o pátio do Museu de Arte Moderna recebe músicos para apresentações ao vivo, que já contaram com nomes como Gilberto Gil.
The Jam at MAM is one of the most popular programs of Salvador. On Saturdays, the yard at Museu de Arte Moderna hosts musicians in live performances, which has already counted on names like Gilberto Gil.
Vale esticar a viagem para curtir as ilhas de Morro de São Paulo e Boipeba, na Costa do Dendê, de fácil acesso por barcos que partem da capital.
You can stretch your trip to enjoy the islands of Morro de São Paulo and Boipeba on Dendê Coast, easily accessible by boats that leave from Salvador. AVIANCA EM REVISTA
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NEWS
AROUND Eventos ao redor do país // Events around the country POR / BY MARÍLIA MARASCIULO
MECAINHOTIM 7 e 8 de maio, em Campinas; 9, em Ribeirão Preto; 11, em Brasília; e 12, em Goiânia A companhia russa de balé clássico retorna ao Brasil após nove anos para uma turnê inédita em diversas capitais. O espetáculo “The Best of Tchaikovsky” tem três atos: “O Lago dos Cisnes”, “A Bela Adormecida” e “O Quebra-Nozes”. // The Russian classic ballet company returns to Brazil after nine years for a new tour in several capitals. The performance “The Best of Tchaikovsky” has three acts: “Swan Lake”, “The Sleeping Beauty” and “The Nutcracker”.
// The biggest open-air museum in Latin-America will host the third edition of MECAInhotim, which presents as a distinctive feature the Brazilian lineup with concerts by Gilberto Gil, Céu and Duda Beat. The festival also promotes cultural and gastronomic experiences, among them there are parties, lectures, workshops, film festival and guided tours around the museum.
eventim.com.br
meca.love
BABY SHARK – O MUSICAL
18 e 19 de maio, em Brasília O fenômeno mundial infantil, que nasceu em vídeos na internet, apresenta o espetáculo “Salvando os Oceanos”. Nele, a família de tubarões e seus amigos incentivam a conscientização das pessoas sobre a sujeira que polui os mares. // The global phenomenon for children, that has its origins in internet videos, shows the performance “Rescuing the Oceans”. In this show, the shark family and their friends try to enhance people's awareness of the dirt that pollutes the seas. bilheteriadigital.com
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AVIANCA EM REVISTA
FOTOS: GUS TAVO HENRIQUE, T HIAGO LIMA, CAIO BRI TO E DIVULGAÇÃO
IMPERIAL RUSSIAN BALLET
17 a 19 de maio, em Brumadinho O maior museu a céu aberto da América Latina será sede da terceira edição do MECAInhotim, que tem como destaque o lineup brasileiríssimo com shows de Gilberto Gil, Céu e Duda Beat. O festival também promove experiências culturais e gastronômicas, entre elas festas, palestras, oficinas, mostra de cinema e visitas guiadas pelo museu.
HUMBERTO GESSINGER – DOIS TRIOS
MARC FERREZ: TERRITÓRIO E IMAGEM
Até 21 de julho, em São Paulo Em seus mais de 50 anos de carreira, o fotógrafo Marc Ferrez documentou importantes momentos da história do Brasil no século 19. Além da exposição das obras, de objetos pessoais e de documentos do artista, a mostra marca o lançamento do livro “Marc Ferrez, Uma Cronologia da Vida e da Obra”, de Ileana Pradilla Ceron. // In more than 50 years of career, the photographer Marc Ferrez recorded important moments of the 19th Century Brazilian History. In addition to exhibiting artwork, personal objects and documents of the artist, the exhibit celebrates the launch of the book “Marc Ferrez, Uma Cronologia da Vida e da Obra”, by Ileana Pradila Ceron. ims.com.br
18 de maio, em Natal No comando de um violão, viola caipira e harmônicas, o cantor e compositor sobe ao palco em uma apresentação que começa acústica e segue rumo às guitarras. O nome do show representa os dois trios de músicos que se formam em diferentes momentos da noite. // Playing the guitar, country guitar and harmonicas, the singer and composer goes on stage in one show that begins with acoustic performance and moves to electric guitar. The concert name represents the two musician trios that are formed in different moments of the evening. teatroriachuelonatal.com.br
STEPHEN KING NO CINEMA
9 a 12, e 23 a 26 de maio, em São Paulo A Cinemateca presta homenagem ao escritor com uma mostra de onze filmes baseados em sua obra. Entre a seleção, estão clássicos como “Carrie, a Estranha” (1976), “Cemitério Maldito” (1983) e o drama “À Espera de um Milagre” (1999). Toda a programação é gratuita. // Cinemateca pays a tribute to the writer, showing eleven films based on his work. Among the selected ones are classics like “Carrie” (1976), “Pet Sematary” (1983) and the drama “The Green Mile” (1999). All programs are admittance free. cinemateca.org.br AVIANCA EM REVISTA
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NEWS
AROUND
PROGRAMA SOLO – JOSÉ DAMASCENO
Até 16 de junho, no Rio de Janeiro Sete obras do carioca José Damasceno, entre elas “Cartograma” (2000), uma estrutura de linhas de metal apoiada em nove compassos, estarão expostas na estreia do programa solo, que traz mostras individuais de artistas que compõem as coleções do museu. // Seven works of the Carioca José Damasceno, among them “Cartograma” (2000), a structure presenting metal lines sustained on nine compasses, will be exhibited in the premiere of the solo program, that features individual exhibits that makes the museum collection. mamrio.org.br
COOLRITIBA
10 e 11 de maio, em Curitiba Em sua terceira edição, o festival terá shows, exposições, intervenções, moda e gastronomia, tudo com atenção à sustentabilidade. Na programação musical, destaques para Los Hermanos, Jorge Ben Jor, Criolo, Letrux e Otto. // In its third edition, the festival will present concerts, exhibitions, interventions, fashion and gastronomy, paying full attention to sustainability. The music program features bands such as Los Hermanos, Jorge Ben Jor, Criolo, Letrux and Otto.
IL DIVO
12 de maio, no Rio de Janeiro Com 15 anos de carreira, o quarteto traz para o Brasil a turnê mundial “Timeless”. Conhecido pelo estilo de crossover clássico, que combina ópera, música clássica e outros gêneros, como pop, o grupo já vendeu mais de 30 milhões de álbuns. // With more than 15 years on the road, the quartet brings to Brazil the world tour “Timeless”. Known for its classical crossover that mixes opera, classical music and other styles, such as pop, the group has already sold more than 30 million albums. vivorio.com.br
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AVIANCA EM REVISTA
FOTOS: ALE X ANDRE WOLOCH, T HAIS MESQUI TA E DIVULGAÇÃO
coolritiba.art.br
SMORGASBURG
25 e 26 de maio, em São Paulo O famoso festival gastronômico de Nova York desembarca pela primeira vez no Brasil, com a expectativa de mais de 50 mil visitantes durante o fim de semana. A feira ocupa o Obelisco do Ibirapuera com mais de 100 expositores, todos com foco na comida de rua. A entrada é gratuita. // The famous gastronomic festival of New York arrives in Brazil for the first time, expecting to receive more than 50 thousand visitors over the weekend. The fair will take place at Obelisco do Ibirapuera, featuring more than 100 vendors, all of them engaged in the street food market. Admittance is free. @smorgasburg_brasil
DFB FESTIVAL
15 a 18 de maio, em Fortaleza Maior encontro de moda autoral da América Latina, o festival celebra 20 anos com programação multicultural, com moda, música, artes, gastronomia, turismo, formação e empreendedorismo. // As the biggest authorial fashion meeting in Latin America, the festival celebrates the 20th anniversary with a multicultural program, featuring fashion, music, arts, gastronomy, tourism, and entrepreneurship. dfhouse.com.br
SHELL OPEN AIR
15 de maio a 2 de junho, no Rio de Janeiro 15 de maio a 2 de junho, no Rio de Janeiro A super tela de 325 metros quadrados invade a Marina da Glória para sessões de cinema ao ar livre. No repertório, estão clássicos, como “Clube da Luta”, e sucessos de bilheteria, como “Bohemian Rhapsody”, premiado no Oscar 2019. Além dos filmes, o evento conta com atrações musicais e comidinhas – a pipoca é por conta da casa. // The 325 square meter mega screen invades Marina da Glória for open-air movie shows. In the repertoire, there are classics such as “Fight Club” and blockbusters like “Bohemian Rhapsody”, a 2019 Oscar winner. In addition to films, the event includes music attractions and snacks – popcorn is on the house. openairbrasil.com.br AVIANCA EM REVISTA
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CINEMA
ESTREIAS
POR / BY RENATA CANIVEZO
A história teve origem no conto “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa”, da coletânea árabe “As Mil e Uma Noites”.
AVENTURA 23/05
ALADDIN
TUDO O QUE TIVEMOS
O longa-metragem marca a estreia da escritora Elizabeth Chomko na direção. Na trama, Hilary Swank interpreta Bridget, uma mulher que volta à cidade natal na tentativa de ajudar a mãe Ruth (Blythe Danner), diagnosticada com Alzheimer. Lá, os familiares têm de lidar com as adversidades causadas pela doença.
DOCUMENTÁRIO 09/05
AMAZÔNIA, O DESPERTAR DA FLORESTANIA
O documentário aborda a relação entre Brasil e a floresta amazônica desde o século 20. Para isso, resgata personagens históricos e reúne depoimentos de pessoas ligadas ao tema. A produção traz à tona questões ambientais e discussões, como identidade social, desmatamento e mudanças climáticas.
// WHAT THEY HAD The writer Elizabeth Chomko makes feature debut as a director. In the plot, Hilary Swank plays the role of Bridget, a woman that returns to her hometown to try to help her mother Ruth (Blythe Danner), diagnosed with Alzheimer. There, the family members have to deal with adversities caused by the disease.
// AMAZONIA, THE FOREST AWAKENING The documentary addresses the relationship between Brazil and the Amazon jungle of the 20th century. In order to do so, it restores historical characters and gathers testimonials of people involved with the theme. The production digs up environmental issues and discussions such as social identity, deforestation and climate change.
Drama 05/02
Documentary 05/09
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AVIANCA EM REVISTA
AVENTURA 30/05
O HOMEM QUE MATOU DOM QUIXOTE
O diretor de comerciais Toby (Adam Driver) volta a um pequeno vilarejo espanhol para encontrar os personagens de sua adaptação de Dom Quixote, filmada anos antes. Após descobrir que o local ainda sofre influências do filme, Toby se vê preso nas ilusões de um velho sapateiro que acredita ser o cavaleiro do romance de Cervantes. // THE MAN WHO KILLED DON QUIXOTE The TV commercial director Toby (Adam Driver) revisits a small Spanish village to meet the characters of his Dom Quixote’s adaptation, shot years before. After discovering that the place is still influenced by the film, Toby is caught up in the delusions of an old shoemaker, who is convinced he is the knight from Cervantes' novel. Adventure 05/30
// ALADDIN Directed by Guy Ritchie, the live-action Disney classic hits the theaters. The new version features the protagonists Mena Massoud, Naomi Scott and Will Smith, who play the roles of Aladdin, Jasmine and Genie, respectively. Like the 1992 animated movie, the adventure begins when the young man goes after the Magic Lamp. In addition to including songs of the first movie, like “Friend Like Me” and “A Whole New World”, the feature presents new songs. Adventure 05/23 * The story is based on the tale “Aladdin and the Magic Lamp”, from the Arabic collection “Tales from a Thousand and One Nights”.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
DRAMA 02/05
O live-action do clássico da Disney chega às telonas com a direção de Guy Ritchie. A nova versão traz como protagonistas Mena Massoud, Naomi Scott e Will Smith, que interpretam Aladdin, Jasmine e o Gênio, respectivamente. Como na animação de 1992, a aventura começa quando o jovem vai em busca de uma lâmpada mágica. Além de incluir canções do primeiro filme, como “Nunca Teve Um Amigo Assim” e “Um Mundo Ideal”, o longa traz músicas inéditas.
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READ
da estante
Livros de autoajuda para colocar na cabeceira // From the bookshelf - Self-help books to have at your bedside
POR / BY RENATA CANIVEZO
F*deu Geral – Um Livro Sobre Esperança?
A Liberdade de Ser Quem Você É – Um guia para o despertar do amor-próprio e para uma vida com mais sentido
MARK MANSON Intrínseca
JOAQUIM LOPES
Ator Indica “Cozinha Confidencial”, de Anthony Bourdain “De uma humanidade assombrosa, esse livro mostra com poesia o submundo, os prazeres, os desafios e a realidade do universo das cozinhas profissionais e seus habitantes.”
JULIANA GOES E KALINA JUZWIAK Academia
// JOAQUIM LOPES ACTOR
O livro faz um convite ao leitor: refletir sobre sua relação consigo mesmo. Os capítulos são, na verdade, as estações do ano – outono, inverno, primavera, verão –, nas quais cada pessoa pode encontrar os próprios ciclos por meio de exercícios para ampliar a visão de si e da vida. // The book invites readers to reflect about the relationship with themselves. The chapters are actually the seasons of the year – fall, winter, spring, and summer –, in which everyone is able to find their own cycles by means of exercises that help them expand the vision of themselves and of life.
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AVIANCA EM REVISTA
MARIO SERGIO CORTELLA Planeta
Para o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella, a coragem não é a ausência do medo, mas, sim, a capacidade de enfrentá-lo. Em seu novo livro, o autor discute as justificativas mais comuns para explicar o fracasso e aponta meios para que, em vez de atribuir o insucesso a forças externas, o leitor possa cultivar a própria sorte. // According to the writer and philosopher Mario Sergio Cortella, courage is not the absence of fear, but actually the incapacity to face it. In his new book the author discusses the most common grounds to explain failure and shows means that enable the reader to cultivate his own luck, instead of putting the blame for his failure on external forces.
“F*deu Geral” vem após o sucesso de “A Sutil Arte de Ligar o F*da-se”, no qual Mark Manson discute a pressão para permanecer otimista a todo custo. Agora, o autor fala sobre as calamidades do mundo, como governos ruins, aquecimento global e economias em crise. Religião e tecnologia também não escapam ao olhar crítico do norte-americano. “Everything is F*” follows the successful “The Subtle Art of Not Giving a F*”, in which Mark Manson discusses the pressure to remain optimistic by all means. Now, the author speaks about the world's calamities, bad governments, global warming and economies in crisis. Religion and technology cannot escape the critical eye of the North-American writer.
JULIA RABELLO
Atriz e apresentadora Indica “História das Mulheres no Brasil”, de Mary Del Priore “Conta a trajetória das mulheres desde o Brasil Colonial, derruba mitos, encoraja debates e estimula a reflexão.” // JÚLIA RABELLO Actress and presenter
Recommends “História das Mulheres no Brasil” by Mary del Priore “The book tells the trajectory of women in Brazil since the Colonial time and it destroys myths, encourages debates and prompts to further reflection.”
FOTOS: DIVULGAÇÃO E BOB WOLFENSON
A Sorte Segue a Coragem! – Oportunidades, Competências e Tempos de Vida
Recommends “Kitchen Confidential”, by Anthony Bourdain “With an amazing sensibility, this book shows the underworld, the pleasure, challenges, and reality of the professional kitchen world and their players.”
TASTE
BOA MESA
Restaurantes para comer bem // Good cuisine - Restaurants to eat well
POR / BY LUIZA VIEIRA
VOKOS
RIO DE JANEIRO, RJ Com menu desenvolvido por Kiko Faria (ex-Grupo Fasano e Quadrifoglio), o Vokos é endereço certo da culinária grega no Rio. À frente da operação, o chef Rafael Scatolin prepara clássicos da culinária mediterrânea, como moussaka, gyros, souvlaki, linguicinha de frutos do mar, polvo na páprica – (e tzatziki, pasta de iogurte, pepino e dill). O crocante de camarão, com emulsão de siciliano, gengibre e gotas de maracujá, é novidade entre as entradas – e uma ótima maneira de começar. // With the menu developed by Kiko Faria (ex-Chef at Grupo Fasano and Quadrifóglio), VOKOS is the right place when it gets to Greek Cuisine in Rio. Managing the operation, the Chef Rafael Scatolin prepares classic Mediterranean dishes such as moussaka, gyros, souvlaki, seafood sausage and octopus with paprika – (and tzatziki, yogurt dip, cucumber and dill). The crispy shrimp, with lemon, ginger and passion fruit emulsion is the new dish among the appetizers, and a very nice choice to start eating. @vokosgrego
Um pedacinho de roça ocupa a Ponta da Praia, em Santos, no litoral sul paulista. Com ingredientes frescos da horta do restaurante, o recém-inaugurado Sítio 17 oferece uma experiência gastronômica praiana, com peixes e frutos do mar, aliada a delícias interioranas, como panceta de porco e bolinho de feijão fradinho. Há ainda pães de fermentação natural e serviço de charcutaria, com produção de linguiça, salsicha, bacon e presunto artesanal. // A small piece of the countryside takes Ponta da Praia in Santos, on the coast of São Paulo state. Using fresh ingredients produced in the restaurant garden, the brand-new Sítio 17 offers a gastronomic experience at the beach, with fish and seafood, together with delicacies from the countryside such as pork panceta and bolinho de feijão fradinho. There are many kinds of bread with natural leavening and delicatessen service, producing sausage, bacon and artisanal ham. @sitio17
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FOTOS: TOMAS R ANGEL, GUS TAVO PORTO, LIGIA SKOWRORONSKI E DIVULGAÇÃO
Sítio 17 Mar e Campo | SANTOS, SP
Souq Gastronomia
CURITIBA, PR Como um grande mercado, o Souq ocupa um galpão de 3.500 metros quadrados, que abriga mais de 30 restaurantes de especialidades diversas. É possível viajar da Índia à Sicília em poucos minutos, em um roteiro gastronômico que permite degustar o melhor da cozinha de diferentes regiões do mundo. Programa para toda a família, com área kids, pet friendly e estacionamento no local.
// As a large market, the Souq is located in a shed with 3,500 square meters and hosts more than 30 restaurants of different cuisines. It is possible to travel from India to Sicily in a couple of minutes, on a gastronomic tour that allows you to try the best cuisine of different parts of the world. A program for the whole family, with an area for kids, a pet-friendly place and parking lot available. @souqcuritiba
Satú | SÃO PAULO, SP
O burburinho gastronômico do Baixo Pinheiros acaba de ganhar uma casa de peso. O Satú chegou para engrossar o caldo com ingredientes brasileiríssimos trabalhados pelas mãos do chef Flávio Miyamura, em pratos típicos de diversas regiões, como lagostins na brasa com creme de milho e tucupi e leitãozinho crocante com purê de castanha de caju e caldo de carne. Aos sábados, a feijoada completa é programa certeiro. Atenção para a carta de drinks, que garante um fim de tarde animado.
// The gastronomic buzz of Baixo Pinheiros has just gotten an important place. Satú opens its doors presenting very Brazilian ingredients, prepared by Chef Flávio Miyamura, in typical dishes from various places, such as grilled lobster with corn cream and tucupi and crispy pork with cashew nut puree and meat broth. On Saturdays, feijoada is the right choice. Have a look at the drink list, with items that provide you with a fun end-of-day program. @saturestaurante
Íz Restaurante | GOIÂNIA, GO O ragu de leitão com tartar de vegetais, pão chinês no vapor e um ovo perfecto é de brilhar os olhos de qualquer comensal. O prato é apenas uma das novidades do novo menu do Ìz, restaurante contemporâneo do chef Ian Baiocchi. Outro prato de destaque é o polvo à la plancha, com quinoa tostada, emulsão de leite, banana da terra assada com óleo de carvão e gremolata. Fique de olho: para comemorar os quatro anos de casa, o chef se prepara para uma série de jantares especiais, com cozinheiros convidados de todo o Brasil. // Ragu de leitão with vegetable tartar, steamed Chinese bread, and a perfect egg attracts any gourmet. The dish is only one of the news on the menu of Ìz, a contemporary restaurant belonging to Chef Ian Baiocchi. Another highlight dish is the octpus à la plancha, with toasted quinoa, milch emulsion, baked banana with coal oil, and gremolata. Do not miss it: in order to celebrate the place’s fourth anniversary, the chef is planning a number of special dinner events, with cooks invited from parts of Brazil. @izrestaurante
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DRINK
BONS DRINKS
Novidades dos balcões no Brasil e no mundo // Good drinks - News from counters of Brazil and the world
POR / BY LUIZA VIEIRA
Bier Vila | BLUMENAU, SC Com 40 opções de chopes todos os dias, a Bier Vila é parada obrigatória de um roteiro cervejeiro em Blumenau. O bar é um dos principais pontos da turística Vila Germânica, e referência em rótulos artesanais, nacionais e internacionais. Para acompanhar a vasta carta de cervejas, há petiscos tradicionais de boteco e culinária alemã, como o risoto de linguiça Blumenau, uma iguaria da região, que leva, inclusive, cerveja no preparo. must-stop during a brewery tour in Blumenau. The bar is one of the most important places of the German tourist village in Brazil, and a reference in artisanal labels, both national and international. If you want to eat something with the vast beer list, there are delicacies from traditional snack bars and the German cuisine, such as Blumenau Sausage Risotto, a typical local dish that includes beer in the making.
@biervila
Na Vida Real Bar | PORTO ALEGRE, RS Ambiente descontraído, drinks elaborados e porções para dividir. Esse é o clima do divertido Na Vida Real, na capital gaúcha. Com frases em neon nas paredes, como “Qual foi a última vez que você falou eu te amo?”, a proposta é aproximar pessoas e compartilhar momentos em torno da mesa. A apresentação dos drinks também é atração à parte. O Bagé Mule tem cachaça de butiá, suco de limão tahiti, xarope de camomila, apple cider e espuma cítrica de erva-mate, e vem numa cuia de chimarrão, com direito a bomba e tudo.
// A cool environment, sophisticated drinks, and portions to be shared. This is the fun climate at Na Vida Real, in the capital of Rio Grande do Sul. With neon phrases on the walls, such as ”When was the last time you said ‘I love you?’”, the idea is to bring people closer and share nice moments at the table. The drinks presentation is also a special attraction. The Bagé Mule contains cachaça de butiá, lime juice, chamomile syrup, apple cider, and mate herb citric foam, and it is served in a chimarrão gourd, including the typical straw. @navidarealbar
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FOTOS: EO L APS, DIEGO L ARRÉ, ROBERTO SEBA, GABRIEL A RODRIGUES E DIVULGAÇÃO
// With more than 40 draft beer options every day, Bier Vila is a
Burle Bar | SÃO PAULO, SP Um dos pontos mais exclusivos de São Paulo, o hotel Palácio Tangará também conta com um bar animado e com coquetelaria refinada. No Burle Bar, hóspedes e visitantes curtem noites temáticas, como a Pink Martini Night, às quartas-feiras, com drinks como o Le Rosé Tonic, que leva gin Vitória Régia orgânico em infusão de hibisco, tônica e folha de limoeiro. Aos sábados, o Burle Bar se transforma em lounge, com DJs residentes que vão até a madrugada.
// One of the most exclusive places in São Paulo, the hotel Palácio
Candeeiro | SÃO PAULO, SP
Do premiado bartender Laércio Zulu, o Candeeiro é uma homenagem à história e cultura brasileiras. Cachaça, rum e tequila são a essência do bar recém-aberto nos Jardins, em drinks autorais, como o Maria Bonita, com cachaça Leblon, cozido de maracujá com casca de cajueiro, óleo saccharum de laranja com amburana e abacaxi. Do balcão adornado com literatura de cordel saem ainda petiscos brasileiríssimos. Tem de acarajé a bolinho de barreado, com carnes cozidas em panela de barro vedada.
Tangará has now a lively bar with refined cocktails. At Burle Bar, guests and visitors enjoy theme evenings such as the Pink Martini Night on Wednesdays, serving drinks like Le Rosé Tonic, containing the gin Vitória Régia orgânico in hibiscus infusion, tonic water, and lemon tree leaves. On Saturdays, the Burle Bar turns into a lounge, with local DJs that play until the early morning. @palaciotangara
// Belonging to the awarded bartender Laércio Zulu, Candeeiro pays a tribute to the Brazilian history and culture. Cachaça, rum and tequila are the essence in the brand new bar in Jardins, included in original drinks like the Maria Bonita, with cachaça Leblon, passion fruit cooked with cashew nut tree bark, oleo saccharum with amburana and pineapple. At the counter, decorated with Cordel literature, you can order typical Brazilian delicacies. Choices range from acarajé to bolinho de barreado, with meat cooked in clay pots. @barcandeeiro
Liga | RIO DE JANEIRO, RJ No descolado Botafogo, o Liga abre as portas com o melhor de quatro botecos que já fazem sucesso no bairro. O novo endereço reúne petiscos do Botero, Momo, Cachambeer e Bar da Frente, além de receitas autorais do próprio bar, como coração de galinha salteado e finalizado com farelo de pão de alho com limão e ervas. Para acompanhar, cerveja gelada, chopp, carta especial de gin tônica e drinks da casa, como o meninas vestem azul. Com vodka, notas de baunilha, limão, curaçao blue e gás.
// In the cool district of Botafogo, the Liga opens the doors introducing the best of four bars that are already a success in the area. The new address offers snacks from the places Botero, Momo, Cachambeer, and Bar da Frente, in addition to recipes created in the bar, like sautéed chicken heart with garlic bread bran with lime and herbs. To drink with, there is cold beer, draft beer, a special list of gin tonic and drinks of the house, such as meninas vestem azul. With vodka, a touch of vanilla, lime, blue curacao and gas. @ligadosbotecos
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SHOPPING
WISH LIST
Sugestões de presentes para o Dia das Mães / Suggestions for Mother's Day gifts POR / BY RAPHAEL CALLES
BOLSA EM LONA
IPAD PRO
A bolsa estampada tem formato de saco, é feita em lona com acabamento em couro e detalhes em palha.
A nova geração do iPad ganha função de reconhecimento facial. Com isso, o botão inicial é removido – é a mudança estética mais radical que o iPad já teve.
EMILIO PUCCI
APPLE
// CANVAS HANDBAG, EMILIO PUCCI The multicolor bag-shaped handbag is made of canvas, with finishing in leather and straw details.
R$ 6.500 cjfashion.com
// IPAD PRO, APPLE The new iPad generation is provided with Face ID recognition. As a result, the start button is removed – this is the most radical esthetic change that iPads have ever had.
A partir de R$ 6.799 a versão de 11 polegadas apple.com
ÓCULOS DE SOL
VINHO EM LATA
A armação de formato clássico é feita em acetato e conta com o famoso Burberry Check, em preto, vermelho e branco sobre o marrom.
Nas versões branco, tinto e rosé, os vinhos selecionados têm um blend especial que se adapta a latas de alumínio.
BURBERRY
VIVANT WINES
// SUNGLASSES, BURBERRY The classic-shaped frame is made of Acetate and it features the famous black, red and white tartan pattern on brown.
// CANNED WINE, VIVANT WINES Available as white, red and rosé, the selected wine has a special blend that suits aluminum cans.
R$ 870 sunglasshut.com
A partir de R$ 15. vivantwines.com.br
COPO BOLA
CRISTALERIA NACIONAL
// BALL GLASS, CRISTALERIA NACIONAL The model can be found in three different sizes and colors. The item is part of a collection of Cristaleria Nacional, a glass and crystal manufacturer of the 20th century.
R$ 40 cristalerianacional.com.br
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
O modelo conta com três cores e três tamanhos diferentes. A peça faz parte do acervo da Cristaleria Nacional, fábrica de vidros e cristais do século 20.
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TRAVEL
UM LUGAR PARA DESCANSAR Dona da orla mais “instagramável” do Nordeste, Maceió é o destino para quem procura praia, sol, sossego — e muita comida boa
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FOTO: C. KOGA
FOTOS: MARCO ANKOSQU/MTUR, WESLEY MENEGARI E ARQUIVO SEMTUR
TEXTO / TEXT CARLA CASTELLOTTI
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TRAVEL
A
o sair do avião, chegando a Maceió, dois fatores são marcantes: a brisa e o calor. E mesmo no outono alagoano, a temperatura raramente será menor que 28ºC, o que é ótimo para quem quer descansar à beira-mar. E a praia, claro, é de longe o que mais chama atenção na capital, mesmo para os viajantes mais experientes. Não à toa, a orla da cidade é conhecida como a mais “instagramável” do Nordeste. Ainda que com mais de um milhão de habitantes, Maceió é uma capital de tons pacatos. Não importa a hora do dia, você pode andar — da praia ao restaurante — de shorts e chinelo sem se preocupar. E uma das coisas boas de se visitar a cidade fora da temporada de verão é não ter de lidar com lotação na faixa de areia, na feira de artesanato ou nos bons restaurantes locais.
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As famosas mini bruschetas de beiju do Lopana: discos de beiju gratinados com filé de camarão e queijo parmesão, acompanhados de molho pesto alagoano
FOTOS: WESLE Y MENEGARI, ARQUIVO SEM T UR E DIVULGAÇÃO
Jangadas nas piscinas naturais da Praia de Pajuçara: passeio obrigatório para turistas de primeira viagem
Seja em uma viagem de casal, em família ou mesmo entre amigos, Maceió é um destino, essencialmente, para quem quer desopilar. Hospedar-se na orla urbana da cidade é uma boa para quem quer fazer tudo a pé — táxis e corridas de aplicativo dificilmente sairão por mais de R$ 15. Nos seis quilômetros de extensão entre as praias de Pajuçara e Cruz das Almas, dá para escolher sempre um guarda-sol diferente. Um dos melhores lugares para dar um mergulho é na praia de Ponta Verde, característica pelo charmoso farolete de listras vermelhas e brancas: na maré baixa, é possível ir andando até ele. Outra opção é embarcar no passeio das piscinas naturais da Pajuçara. Você vai de jangada, e navega rumo a um ponto em que o mar não
passa da altura do quadril. Lá, pode mergulhar de snorkel e ver inúmeros peixinhos, ou simplesmente admirá-los a olho nu, tamanha a transparência da água. Em terra firme, numa caminhada de fim de tarde, não deixe de experimentar sorvetes de frutas típicas, como mangaba, cajá e graviola na sorveteria Bali, também na Pajuçara. Ali perto, há um simpático cinema de rua no Centro Cultural Arte Pajuçara, que resiste com sua programação cult. E para quem quer festa, de quarta a domingo, nas barracas Lopana e Kanoa, localizadas na praia de Ponta Verde, há shows de bandas locais e DJs. No setor das compras, a Feira de Artesanato (adivinhe de onde? Da Pajuçara!) é a mais conhecida. Dê preferência às castanhas, ao bolo de
Panorama da Praia de Ponta Verde
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rolo e à boa cachaça local Caraçuípe — estes itens vão fazer mais sucesso na volta para casa do que bijuterias genéricas e camisetas com dizeres engraçados. Para quem quer conhecer o artesanato local, o mais indicado é ir até o Mercado da Produção, no centro da cidade, onde é possível encontrar os trabalhos feitos em filé e peças de renda renascença, além de cestaria variada e os calçados conhecidos como “xoboi”. Para além da orla urbana de Maceió, dá para alugar um carro — ou mesmo ir de motorista de aplicativo — para um bate e volta até as praias mais afastadas do centro. As barreiras de corais, presentes em diferentes pontos do litoral alagoano, a cor da areia de cada uma das praias, além da presença de lagoas, fazem com que a água do mar tenha diferentes tonalidades e temperaturas a cada nova parada. Ao norte da capital, a água costuma ser mais azul-turquesa, enquanto ao sul, ganha um tom verde-esmeralda.
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Artesã trabalhando e, abaixo, vista do mar da orla de Pajuçara
PARA PROVAR A CULINÁRIA ALAGOANA
Ceviche Provocador do Wanchako
Não faltam bons restaurantes em Maceió. E, agora, depois da participação de quatro chefs alagoanos na última edição do programa MasterChef Profissionais, tem muita gente prestando atenção na culinária local. Caso não conheça, experimente o sururu, molusco que costuma ser servido em forma de caldinho na praia. Parada obrigatória para quem gosta de frutos do mar, o polo gastronômico da Massagueira fica no município vizinho de Marechal Deodoro. Pare por lá na volta do litoral sul e conheça o restaurante Aratu. No sítio comandado pelo jovem chef Paulo Quintella, você pode curtir um pôr do sol na Lagoa Manguaba e experimentar pratos feitos com muitos ingredientes locais — aposte no siri de coral. Na capital, reserve uma das noites para jantar no Wanchako. Primeiro restaurante peruano do país, na casa comandada por Simone Bert os frutos do mar são matéria-prima para receitas repaginadas, como o Ceviche Provocador, feito com filé de peixe ao leite de tigre, azeite de alcaparras e lulas crocantes em salsa de laranja.
FOTOS: ARQUIVO SEM T UR E DIVULGAÇÃO
Polvo com arroz de lagostins, alioli e emulsão de abóbora do restaurante Sur
Outro lugar que merece sua visita é o Sur, restaurante dos chefs Serginho Jucá e Felipe Lacet. Depois de uma temporada de estudos na Espanha, os rapazes têm feito história na cidade ao usar as melhores técnicas gastronômicas para extrair o máximo de sabor dos ingredientes regionais. Para além das casas mais sofisticadas, há muita comida honesta servida nos quiosques ao longo da orla urbana. Tem cuscuz com os mais diversos recheios, carne de sol na manteiga de garrafa e ótimas tapiocas doces, todas opções boas e baratas – e capazes de matar a fome de quem passou o dia na praia. @aratu.alagoas @restaurantesur @restaurantewanchako
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LITORAL NORTE No lado norte da capital alagoana, há praias pouco habitadas e para chegar lá nem é preciso sair de Maceió. Uma boa parada é a Garça Torta, a dez quilômetros, fácil de chegar, inclusive de ônibus. Na Garça, como é chamada, existem algumas boas barracas de praia, como o Milk Beach Pub, onde você pode dar um mergulho no mar e depois balançar nas redes dispostas pelo local. Dez quilômetros para cima, você chega a Ipioca. Com areia muito branca e uma faixa de coqueiros a perder de vista, o lugar para-
Vista aérea de Ipioca
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disíaco é ótimo para quem gosta de mar calminho. A barraca de praia Hibiscus oferece uma senhora infraestrutura, mas é preciso pagar uma taxa para entrar no espaço. Lá dentro, além de serviço de restaurante e banho de água doce pós-praia, há também massagem relaxante e recreação para as crianças. Para os que gostam de estender a canga e ficar debaixo do coqueiro por conta própria, dá para ir só pelo visual também. hibiscusbeachclub.com.br
Pôr do sol na Praia do Francês
LITORAL SUL
Há 20 minutos de Maceió, no município de Marechal Deodoro, está a Praia do Francês. Na pequena orla do que parece a Búzios alagoana, famílias e grupos de jovens convivem em harmonia. Num dos pontos, onde a água é uma piscina, a área parece mais destinada a quem quer praticar stand up paddle, andar de banana boat e tomar drinks açucarados no abacaxi. Enquanto o outro lado, com ondas, é habitado por grupos de jovens e surfistas. Além da praia convidativa, a infraestrutura do Francês ajuda: há pousadas, um bom hotel e inúmeros restaurantes.
Quatorze quilômetros adiante fica a Praia do Gunga, localizada entre a Lagoa do Roteiro e o Oceano Atlântico. Na área, há inúmeras barracas com boa infraestrutura para a família — ainda que o som costume ser alto. Mas é possível chegar e encontrar um ponto mais pacato na faixa de areia. Para isso, é melhor ir cedinho ou mais no fim da tarde. O único defeito do Gunga é não poder pernoitar na região, já que só se tem acesso à praia ao entrar numa propriedade particular que, ao fim do dia, fecha os estabelecimentos.
FOTOS: TALES A ZZI, MARCO ANKOSQUI /M T UR E DIVULGAÇÃO
PASSEIO HISTÓRICO Quer um descanso da praia? Visite o Palácio Floriano Peixoto, um prédio imponente de arquitetura eclética, erguido ainda no século 19 no centro da capital. A sede do governo de Alagoas tem um museu que guarda o mobiliário do século 19 e 20, que ajuda a contar a história do estado. Outra boa parada é no Museu Théo Brandão. O palacete, que fica em frente à Praia da Avenida, leva o nome do médico e folclorista alagoano e guarda peças nordestinas e da cultura popular local. mtb.ufal.br
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TRAVEL // A GOOD PLACE TO REST In the Northeast, Maceió is the destination for those in search of the beach, sun, peace — and a lot of good food When you leave the plane, arriving in Maceió, two things are remarkable: the breeze and the heat. Even in winter, the temperature will seldom be lower than 28 degrees Celsius in Alagoas, something amazing if you want to get some rest at the seashore. And the beach, of course, is by far what mostly holds your attention in the capital, even if you are an experienced traveler. Not by chance, the city waterfront is known as the one most "instagrammable" beachs in the Northeast. Although the city has more than a million inhabitants, Maceió is a quiet style of capital. Whenever you want, you can walk — from the beach to the restaurant — wearing shorts and flip flops without getting worried about the dress code. One of the good things about visiting the city in the summer off-season is that you do not run into crowded places, whether on a sand strip or at the craft fair or in good local restaurants. Regardless of traveling as a couple, as a family or with friends, Maceió is a destination for those longing to relax. Staying in a hotel at the city waterfront is a good choice if you only want to walk— taxi and driver app fares will hardly be more than R$ 15. Along the six-kilometer-long distance between the beaches of Pajuçara and Cruz das Almas, you can always choose a different beach umbrella. One of the best places for you to get wet is at Ponta Verde Beach, remarkable because of the charming red-and-white lighthouse: at low tide, it is possible to walk to it. But if you really want to play the role of a real tourist, the trend is to join a tour to the natural pools of Pajuçara. You go aboard a jangada and sail to a spot where the sea water level is not above your waist. There you can snorkel and see the fish or simply admire them with the naked eye from above the surface since the water is crystal clear. On dry land, during an end-of-day walk, you should try the ice-cream of typical fruits like mangaba, cajá and graviola at the parlor Bali, also located at Pajuçara. In that area there is a nice movie theater at Centro Cultural Arte Pajuçara, showing until today a program of cult movies. And if you want to party, from Wednesdays to Sundays, there are concerts of local bands and DJs at the stalls Lopana and Kanoa, located at Ponta Verde Beach. In the shopping area, the Craft Fair (guess which one? The one from Pajuçara!) is the most famous one. You would better choose nuts, bolo de rolo and the good local cachaça Caraçuípe — it will be a more successful souvenier when you get back home than the ordinary costume jewelry and T-shirts with funny themes. If you want to know the local craftwork, the best choice is going to Mercado da Produção, located downtown, where it is possible to find works made in filet crochet and in items of renaissance lace, in addition to varied wickerwork and footwear known as "xoboi”. In case you would like to go further away than urban waterfront of Maceió, you can rent a car
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— or to use a driver app — for a getaway to the more distant beaches. The coral barrier, present in different spots of Alagoas coast, the color of the sand in every single beach, in addition to the lagoons, surprise you with beach water ranging from different color tones and temperature every time you make a new stop. The water tends to be more turquoise to the north of the capital, whereas it gets an emerald green tone southbound. NORTH COAST In the north of Alagoas capital, there are less crowded beaches and you do not even need to leave Maceió to get there. A good place to stop is Garça Torta, ten kilometers away, easily accessible even by bus. At Garça, as it is called, there some good stalls by the beach like the Milk Beach Pub, an area where you can get into the beach water and then lay in one of the hammocks available at the place. Heading 10 kilometers northbound, you get to Ipioca. Featuring very white sand and a coconut tree strip as far as the eye can see, this breathtaking place is excellent for those who like a calm sea. The beach stall named Hibiscus offers amazing infrastructure, but you need to pay a fee to enter the space. In addition to restaurant service and a freshwater shower after returning from the sea, such space provides you with relaxing massage and entertainment for the kids. For those who prefer to roll out the cover-up on the sand and stay under the coconut tree by themselves, the choice is also good due to the fantastic view. hibiscusbeachclub.com.br SOUTH COAST Located 20 minutes far from Maceió, in the municipality of Marechal Deodoro, you get to Francês Beach. At the small shore of a beach that looks like Búzios in Rio de Janeiro, families and groups of young people live together in harmony. There is a determined place of the beach, where water seems to be like a pool, something that lures you to try stand-up paddling, riding a banana boat, and drinking sweet drinks in a pineapple. On the other hand, the opposite side is packed with youth groups and surfers. In addition to a beach that welcomes everyone, the infrastructure at Francês Beach helps a lot: there are hostels, a good hotel, and uncountable restaurants. Fourteen kilometers far ahead is the location of Gunga Beach, between Lagoa do Roteiro and the Atlantic Ocean. At the beach, there are several stalls providing families with good infrastructure — regardless of the music that is usually played very loud. But it is possible to get there and find a quieter place at the sand strip. To achieve this goal, you would better get there very early or late in the afternoon. The only disadvantage at Gunga is that you cannot sleep in the region, since access to the beach is through private property, closed at the end of the day. TRYING THE CUISINE OF ALAGOAS There are many good restaurants in Maceió. And now, after four chefs from Alagoas participated in the last edi-
tion of the program Professional Master Chef, a lot of people are paying more attention to the local culinary. In case you do not know, try the Sururu, a shellfish that is served as a kind of soup at the beach. The gastronomic pole Massagueira, located in the neighbor city of Marechal Deodoro, is a must-stop for those who like seafood. Stop there when you are returning from the south coast and try the restaurant Aratu. On the site managed by the young chef Paulo Quintella, you can enjoy the sunset at Lagoa Manguaba and try dishes made of local ingredients — a good recommendation is the Coral crab. In the capital, book a table at Wanchako for one of your evening dinners. As the first Peruvian restaurant in the country, in the place managed by Simone Bert, seafood is the raw material in readapted recipes like Provoking Ceviche, prepared with fish steak in tiger's milk, olive oil with capers and crunchy squid in orange sauce. Another place that deserves your visit is the Sur, a restaurant belonging to the chefs Serginho Jucá and Felipe Lacet. After studying some time in Spain, the young men have made history in town for using the best culinary techniques to obtain the maximum flavor of regional ingredients. If you want something other than the sophisticated places, there is plenty of good food served along with the food kiosks at the urban waterfront. There is cuscus with many different fillings, dried meat with butter-in-a-bottle and very good sweet tapiocas, all options are good and cheap – and they are able to satisfy the hunger of those who spend the day at the beach. @aratu.alagoas @restaurantesur @restaurantewanchako HISTORICAL TOUR Would you like to enjoy some time far from the beach? Visit the Palace Floriano Peixoto, an impressive building with eclectic architecture, built in the 19th century in the center of the capital. The seat of government in Alagoas has a museum that hosts furniture of the 19th and 20th century, something that helps to tell the history of the state. Another nice stop is Théo Brandão Museum. The small pa-lace is located opposite the beach at the avenue that is named after the doctor and folklorist from Alagoas and it stores Northeast and local popular culture items. mtb.ufal.br Pg. 40-41 Jangadas in the natural pools of Pajuçara Beach: a must for first-time tourists Lopana's famous mini beiju bruschetta: beiju disks au gratin with shrimp fillet and Parmesan cheese, accompanied by pesto alagoano sauce Panorama of Ponta Verde Beach Pg. 42-43 Craftswoman working and, below, view of the sea from the shore of Pajuçara Wanchako's Ceviche Provocador Octopus with langoustine rice, alioli and pumpkin emulsion from the Sur restaurant Pg. 44-45 Aerial view of Ipioca Sunset on French Beach Pg. 46 Gunga Beach and, next to it, the caipirinhas of Lopana
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ABERTO Depois do reconhecimento com a novela “Segundo Sol”, Letícia Colin volta à TV e se prepara para viver uma nova personagem com a leveza e a maturidade de quem está se descobrindo (e evoluindo) como artista e mulher TEXTO / TEXT JULIANA DEODORO FOTOS / PHOTOS GLEESON PAULINO STYLIST BRUNO PIMENTEL MAKE CARLA BIRIBA
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“O
lha como a Letícia é diferente”, disse dona Analdina Colin, 70 anos, no momento em que a filha, vestida com um tailleur com um coração enorme bordado no peito, quebrou os joelhos e o pescoço para uma pose deste ensaio. Professora de Educação Física aposentada, estava naquele dia repetindo algo que fez durante quase duas décadas da vida: acompanhar Letícia em um trabalho, o que foi obrigatório até que a atriz – que começou a fazer campanhas publicitárias aos oito anos – se tornasse maior de idade. Desta vez, porém, ela estava ali apenas para matar a saudade, curtir a companhia da caçula e se distrair. Entre uma troca de roupas e outra (além de perguntar se Letícia não queria comer alguma coisa), contava a quem quisesse ouvir todas as qualidades da filha: a organização, a dedicação, o gosto pelos estudos. “Ela lê cada livro de arte dessa grossura”, disse, formando no ar um calhamaço com os dedos. Corujices à parte, dona Analdina tem razão: Letícia é realmente diferente, mas não pelas poses que faz diante da câmera e sim pelo que tem para compartilhar com o mundo. Apesar de jovem – ela acaba de completar 29 anos – fala com a maturidade de quem já viveu muito. Não responde nada de supetão. Pensa, reflete, e escolhe bem cada palavra antes de falar. Na nossa conversa, nenhum fato foi lembrança por si só. Todos traziam algum tipo de reflexão. O início da carreira, por exemplo, quando fazia testes e gravava comerciais, é motivo para falar sobre o encantamento que o ambiente do set ainda lhe proporciona. “Estou sempre conectada com esse sentimento primordial, da alegria, de não saber fazer direito. Gosto de ter a sensação de que eu não sei. Revisito sempre esse passado que está em mim”, diz. De propaganda de pizza a cremes antirrugas, Letícia fez de tudo um pouco. Natural de Santo André, na Grande São Paulo, é a mais nova de quatro irmãos. A sugestão para que fosse a uma agência partiu da tia Adriana Colin, apresentadora e ex-cantora do grupo Banana Split. Como era uma menina “desinibida e muito esperta”, segundo a mãe, a carreira deslanchou. O primeiro trabalho na televisão foi no seriado “Sandy & Junior”, em 2000. Aos 12 anos, escalada para “Malhação”, mudou-se para o Rio de Janeiro e se reconheceu, pela primeira vez, como atriz. “Foi na primeira cena de choro que fiz. O diretor falava: você pode mais. Eu fiquei emocionada e percebi que estava fazendo aquilo pela personagem e não por mim”, lembra e logo emenda: “Mas também duvidei muitas vezes de que deveria seguir na profissão.” Aos 17 anos, Letícia prestou vestibular e passou em História e Letras – que nunca cursou. Um ano depois fez também Jornalismo, mas trancou a matrícula. “Eu me cobrava muito e não confiava na minha intuição. Achava que não tinha papel para mim, mas tive muita sorte. A vida não me deixou desistir. Quando pensava que não deveria continuar como atriz, aparecia um teste e eu me ‘reapaixonava’ pela profissão, pela coxia, por este trabalho que me encanta, que eu adoro, e no qual me sinto bem.”
“Comecei a falar muito ‘não sei’ para os meus personagens, do mesmo jeito que eu falo na vida. E eu acho que isso dá uma complexidade que engrandece a cena. Aceitar o que não se nomeia, não está na sinopse, e que não está na vida. Isso me fez uma pessoa e uma atriz melhores.” 46
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“Personagens são pérolas. Todos têm potencial humano de contar uma história, de ver aquela vida se transformando, a dramaturgia evoluindo. Eu sou apaixonada por isso. Sou atriz por isso.”
Camisa Ferragamo Calça Nk Store Jóias Dior Sapato Jimmy Choo
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“O budismo foi muito importante por me colocar neste lugar de não ter controle, de confiar na vida, no universo, de estar conectada com uma coisa boa, otimista e esperançosa.”
Ao todo, são 21 anos de carreira, sete novelas, oito séries, sete filmes e dez peças. Uma trajetória que a levou para diferentes emissoras e trabalhos e lhe ensinou, acima de tudo, a viver de forma cada vez mais leve e simples. “Eu já achei que minha carreira deveria ser uma escada e fui infeliz. Isso gerava muita ansiedade e frustração porque a vida não é cartesiana, matemática. Houve momentos que eu achava que seriam grandes turning points, que não aconteceram. Essa quebra de expectativa é muito rica para a gente se desenvolver”, afirma, creditando esses aprendizados ao budismo, que pratica há quatro anos, e à maturidade. “Os grandes momentos acontecem mais quando você está fluido. A vida é sutil, errática, misteriosa. Eu sinto que estou vivendo melhor. Tudo já foi muito pesado, sufocante, mas hoje tento não entrar nessas agendas que não são minhas.” Rosa, seu último papel na TV, que cresceu ao longo da novela “Segundo Sol” e se transformou em uma das figuras mais importantes da trama e queridas do público, foi um desses acontecimentos inesperados. “Eu estava desavisada, sendo feliz mesmo, e ela aconteceu”, conta. Livre e dona de seu próprio corpo, a personagem tinha uma complexidade que lhe permitiu explorar camadas ainda mais profundas. “Existe tudo aquilo que a gente consegue nomear, falar, pensar, dizer. E existe o que não se nomeia, que é misterioso. Eu dei um salto no meu ofício como atriz quando passei a assumir e trazer para o trabalho essa coisa misteriosa, do imponderável da vida.” Agora, em maio, Letícia volta às telas da TV na série “Cine Holliúdy”, uma adaptação do filme de Halder Gomes que, em 2003, levou mais de 400 mil pessoas ao cinema só no Ceará, onde a trama se passa. Ao mesmo tempo, segue em São Paulo para a gravação de “Onde Está Meu Coração”, que deve estrear no GloboPlay no se-
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gundo semestre. Na série, escrita por George Moura e Sergio Goldenberg, ela será uma médica residente que se envolve com crack – outra personagem complexa e cheia de camadas. Para fazer o papel, entrou de cabeça no mundo da medicina e descobriu um universo bonito, emocionante e, ao mesmo tempo, muito duro. “Sabemos que as coisas findam e que a gente morre, mas o médico de um pronto-socorro lida com isso ativamente. Ninguém vai ao hospital se não estiver sofrendo. Eles jogam xadrez com a morte todo dia – e sem poesia. É na concretude”, diz, fazendo referência a uma cena do filme “O Sétimo Selo”, de Ingmar Bergman. Segundo ela, essa disposição para enfrentar a finitude com coragem faz com que essas pessoas se fechem de alguma forma. “É um movimento diferente do ator, que está sempre aberto para sentir e entender no corpo de onde vêm as emoções.” Letícia vê a arte como o lugar de resgate da sensibilidade humana, o que, para ela, traz uma responsabilidade enorme, especialmente na televisão. “Eu sei que este é um espaço precioso, que tem muita gente vendo. E como é um privilégio, eu preciso fazer deste um lugar para acrescentar alguma coisa, mesmo que seja uma utopia positiva e construtiva.” Ao fim da entrevista, dona Analdina, que acompanhou tudo sentada em uma cadeira por perto, estava encantada com o que a filha tinha acabado de dizer. “Eu não sei onde ela aprendeu a falar essas coisas”, afirmou, fazendo a equipe toda rir. Ao ouvir a mãe, Letícia sorriu. Ciente da porta que se entreabria, fez logo um convite: “Podemos seguir juntas, para aprender ainda mais coisas.”
// WITH AN OPEN HEART After having her work recognized with the soap opera “Segundo Sol”, Letícia Colin gets back to TV and gets ready to play the role of a new character with the easiness and maturity of a person who is discovering herself (and developing) as an artist and woman “Look how different Letícia is”, said Analdina Colin, aged 70, when her daughter, dressing a costume with an embroidered heart at the chest, bent her knees and neck for a shooting session pose. As a retired Physical Education teacher, she was on that day repeating something that she would do for almost two decades of her life: looking after Letícia at a job, since it was mandatory up to the moment that the actress – who started working on advertising campaigns at the age of eight – would come of age. This time, however, she was there only to take a nostalgic look, enjoy being with the youngest daughter, and to amuse herself. Between one and other change of clothes (in addition to asking Letícia if she did not want to eat something), she was telling about all the skills of the daughter: organization, dedication, appreciation for learning. “She reads books this thick”, she said, showing in the air with her fingers a big bunch of paper. Regardless of being a doting mother, Analdina is right: Letícia is really different, not because of the poses she performs before the camera, but because of the things she is able to share with the world. In spite of being young – she has just turned 29 – she speaks with the maturity of someone who has already lived a lot. She never answers anything on the spur of the moment. She thinks, reflects, and chooses well any single word before speaking. Over our talk, not a single fact was only an occasional reminiscence. All of her included some kind of reflection. The career beginning, for instance, when she would do tests and shoot commercials, is a reason for speaking about the way that the set environment still delights her. “I am always connected to this primordial feeling, the joy of not knowing how to do perform correctly. I like having the sensation that I don't know enough. I always revisit this past that lives within”, she says. From pizza commercial to anti-wrinkle cream, Letícia had already done a little of everything. Born in Santo André, in the outskirts of São Paulo, she is the youngest of four children. The suggestion to look for an agency came from her aunt Adriana Colin, former singer of the group Banana Split and a presenter. Since she was an “uninhibited and very clever” girl, according to her mother, the career took off. The first job on television was at the series “Sandy & Junior” in
2000. At the age of 12, she became part of the cast for “Malhação”, moved to Rio de Janeiro, and she recognized herself for the first time as an actress. “It was during a scene I was supposed to cry. The director said: you can do more than that. I got touched and realized that I was doing that not for my sake, but for the character’s”, she remembers and immediately adds: “But I many times doubted that I should proceed with the career.” At the age of 17, Letícia took the college admission exams and was admitted to the course History and Languages – which she never actually attended. A year later she started studying Journalism, but she dropped off. “I charged myself a lot and didn't trust in my intuition. I thought that there wouldn't have been a role for me, but I was very lucky, life didn't let me give up. Whenever I thought I didn't want to move on as an actress, another test would come up, I would fall in love again with my job, for the backstage, for this work that I get delighted with, that I love, and that makes me feel at home.” Altogether, there are 21 years in a career, including seven soap operas, eight series, seven films, and ten theater plays. This is a trajectory that took her to different TV channels and jobs, and taught her, on top of that, how to live more and more easily and simply. “I have already thought that my career was supposed to be like a ladder and I became unhappy. This would create a lot of anxiety and frustration because life is not something Cartesian, precise. There were moments when I thought that great turning points would come up, which actually didn't happen. This breach of expectation is very rich for us to progress”, she affirms, attributing this learning process to Buddhism, practiced for four years, and to maturity. “The great moments mostly happen when you are fluid. Life is fine, erratic, and mysterious. I have the feeling I'm living better. Everything has already been heavy, suffocating, but now I try not to join those agendas that don't belong to me.” Rosa, her last character played on TV, who became famous over the soap opera “Segundo Sol” and turned into one of the most important players in the plot and loved by the public, was one of these unexpected events. “I was not aware of that, I was really happy, and so the character blossomed”, she tells. Free and owner of her own body, the character had such complexity that allowed her to exploit its deepest layers. “There are things that we can name, speak of, think of and say. And there is also a thing we cannot nominate, a thing that is mysterious. I leaped forward in my profession as an actress when I began to assume and bring to work this mysterious thing, the life's imponderability.”
Now in May, Letícia is back on TV screens with the series “Cine Holliúdy”, an adaptation of the film by Halder Gomes that in 2003 brought more than 400 thousand people to the movies only in the state of Ceará, where the plot takes place. At the same time, she stays in São Paulo for the shooting “Onde Está meu Coração”, which might be available on GloboPlay at the second semester. In the series, written by George Moura and Sergio Goldenberg, she will be playing the role of a resident who gets involved with crack – another complex and layered character. In order to perform this role, she dove deep in the world of medicine and discovered not only a beautiful and touching universe but also a very hard one at the same time. “We know that things come to an end and that we die, but an emergency room doctor deals actively with it. No one goes to the hospital if they are not suffering. They play chess with death every day – and they do it mercilessly. It is in concretism”, she says, referring to a scene of the film “The Seventh Seal” by Ingmar Bergman. According to her, this willing to face finitude boldly turn these people into self-enclosed individuals in a certain way. “It's a different movement of the actor, who is always open to feel and understand in the body, where emotions come from.” Letícia sees art as a place to rescue human sensitivity, something that for her carries an enormous responsibility, especially on television. “I know that this is precious space, that a lot of people are watching it. And since it's a privilege, I have to make from it a place where I can add something, even if it's something utopian or constructive.” At the end of the interview, Analdina, who followed it sitting on a chair nearby, was delighted with the things her daughter had just said. “I don't know where she learned how to speak those things”, she affirmed, making all the staff laughs. As she listened to the mother, Letícia smiled. Aware of the door that was about to be opened, she soon made an invitation: “We can walk together to learn even more things.” QUOTES “I started speaking a lot ‘I don't know’ to my characters in the same way I do in life. And I think that it creates a complexity that enlarges the scene. Accepting what you cannot name, what is not in the overview, and not in life. That made me a better person and a better actress.” “Characters are like pearls. All of them have a human potential, have to tell a story, have to experience that life getting transformed, the drama in evolution. I am in love with it. This is why I am an actress.” “Buddhism was very important since it put me in this place of not having control, not trusting in life, in the universe, in this place of being connected to something good, optimistic and hopeful.” AVIANCA EM REVISTA
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CURITIBA ESTÁ HYPE
Marcas sustentáveis, bares descolados e endereços colaborativos dão nova cara à capital paranaense, destino perfeito para quem busca arte, cultura, consumo consciente e gastronomia de qualidade
FOTO: DIVULGAÇÃO
TEXTO / TEXT MARINA AZAREDO
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Alameda Júlia da Costa, reduto de restaurantes e espaços culturais
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s noites na Alameda Júlia da Costa, na região central de Curitiba, costumavam ser inóspitas. Poucas pessoas se aventuravam a caminhar no trecho entre a Rua Kellers e a Alameda Cabral. Até que, há pouco mais de três anos, um grupo de cinco amigos se encantou pela casa de número 102, então disponível para locação. Eles viram no simpático imóvel a possibilidade de trabalhar, colocar em prática ideias inovadoras e reunir amigos, artistas e gente criativa. Alguns meses depois, o grupo – todos entre 25 e 35 anos – inaugurou a Casa 102, um espaço colaborativo com ateliês, oficina, escritórios, sala de coworking e uma loja de produtos locais. “Era uma necessidade nossa, precisávamos de um lugar para estar juntos e trabalhar, mas a casa é grande e abrimos as portas para outras pessoas ligadas à economia criativa e à sustentabilidade”, conta Daiana Lopes, de 33 anos, uma das fundadoras. A empreitada deu certo e o local logo passou a receber eventos que ocuparam também a área externa, com um charmoso balanço e cadeiras de praia na calçada. Assim, a Alameda Júlia da Costa começou a ganhar vida e, há um ano, o imóvel em frente à casa foi transformado no Soy Latino, um bar com cerveja gelada, música ao vivo e mesas ao ar livre. Desde então aquele trecho da rua nunca mais foi o mesmo. Agora as noites são animadas, com a calçada
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A Casa 102 abriga ateliês, oficina, escritórios e loja
Soy Latino: música ao vivo e mesas ao ar livre
EXPLORE A ALAMEDA JÚLIA DA COSTA
// EXPLORE THE LANE JÚLIA DA COSTA CASA 102 @casa102cwb SOY LATINO @soylatinobar AL SABABA facebook.com/alsababasiria ESPAÇO DA ZÉ (41) 3082-5827
FOTOS: CESAR BRUSTOLIN/SMCS, GUILHERME DA COSTA/FEIRA MAMUTE E DUDA DALZOTO
FOTOS: SHU T T ERS TOCK E T RIP ADIVSIOR
VEG VEG @vegvegacasa
sempre ocupada por uma turma jovem “pero no mucho” – artistas, jornalistas, publicitários e empreendedores criativos na faixa dos 30 anos – que só vai embora quando o bar fecha, nas primeiras horas da madrugada. O movimento é tanto que o Espaço da Zé, coladinho no “Soyla” (os habitués logo trataram de encurtar o nome), deixou de abrir no almoço para fechar as portas mais tarde e aproveitar o burburinho noturno. Perto dali ainda há outros endereços disputados, como os restaurantes Al Sababa, de comida árabe, e o Veg Veg, vegetariano. O que aconteceu nos últimos anos na Júlia da Costa não é um fato isolado na capital paranaense. Apesar da fama de fechado e caseiro, o curitibano mostra cada vez mais vontade de ocupar as ruas. E não há inverno gelado que o segure – a cidade é a capital mais fria do Brasil, com mínimas em torno dos 10ºC em junho e julho. O resultado é uma profusão de bares, espaços ao ar livre e empreendimentos que favorecem o convívio entre as pessoas. Curitiba está fervendo. E o turista é muito bem-vindo nesse caldeirão de arte e criatividade que tomou conta da cidade. AVIANCA EM REVISTA
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“CRESCEMOS EM UMA CIDADE PREOCUPADA COM O MEIO AMBIENTE E COM O DESCARTE DE RESÍDUOS” Jessica Pertile, uma das fundadoras da BeeGreen
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A cena começou com iniciativas individuais e privadas, mas o poder público percebeu o movimento e tem dado a sua contribuição. Em março, foi inaugurado o Cine Passeio, um complexo cultural com duas salas de cinema e espaço de coworking para empreendedores da economia criativa. Fazendo reverência aos antigos cinemas de rua da cidade, os cines Luz e Ritz, o espaço marca a revitalização de uma região que ficou esquecida por algum tempo. A uma quadra dali, o bucólico Passeio Público, parque mais antigo de Curitiba, recebe uma feira de orgânicos todos os sábados. Alimentos frescos e saudáveis também estão cada vez mais presentes nos restaurantes da cidade. Um dos pioneiros foi o Manu, da jovem Manu Buffara, que serve menus-degustação feitos à base de ingredientes locais. “Não uso nada que tenha sido produzido a mais de 300 quilômetros daqui. E não trabalhamos com nada enlatado, nem mesmo refrigerantes”, conta a chef de 34 anos. A casa, que está em seu sétimo ano, foi escolhida pelo conceituado ranking de gastronomia “50 Best Restaurants” como o restaurante para ficar de olho na América Latina, devido ao seu potencial para fazer parte da lista oficial.
Polenta cremosa com molho de tomate rústico e frango confit de pele crocante do O Locavorista
RESTAURANTES AUTORAIS
// AUTHOR'S CUISINE
MANU restaurantemanu.com.br O LOCAVORISTA olocavorista.com.br
FOTOS: CIDO MARQUES/FCC E DIVULGAÇÃO
A chef Manu Buffara, do Manu
Inaugurado em fevereiro, O Locavorista bebe na mesma fonte do Manu, privilegiando valores como o resgate das tradições locais, o consumo de produtos do entorno, a economia colaborativa e a sustentabilidade. Localizado estrategicamente numa região que fica entre o Mercado Municipal e a Universidade Federal do Paraná, o restaurante serve pratos inteiramente inspirados na cultura paranaense. Mas não pense que você vai encontrar barreado e pinhão: a proposta é agregar valor a receitas típicas. Com o sugestivo nome de Litorina, vagão usado para o transporte de trem entre Curitiba e o litoral do estado, um dos principais pratos da casa leva peixe grelhado e cuscuz de banana da terra, acompanhados de quiabo tostado, acidez das ovas falsas de quiabo e béarnaise de erva-mate. A sustentabilidade parece ser mesmo a tônica de muitos dos novos empreendimentos criativos de Curitiba. “Crescemos em uma cidade preocupada com o meio ambiente e com o descarte de resíduos”, justifica Jessica Pertile, de 31 anos, uma das fundadoras da BeeGreen, marca de produtos sustentáveis que foi pioneira no desenvolvimento de canudos de inox em território nacional – antes, outras empresas importavam o produto da China. Fundado em 2016, o negócio cresce junto com a aversão ao plástico. Há meses em que a BeeGreen chega a vender 100 mil canudos, e a empresa já AVIANCA EM REVISTA
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Canudos de inox da BeGreen, primeira marca a produzi-los no país
MARCAS SUSTENTÁVEIS // SUSTAINABLE BRANDS BEEGREEN beegreen.eco.br GASP oficinadagasp.com FARRAPO COUTURE farrapocouture.com.br CIGANITA @lojaciganita REPTILIA reptilia.name
Ateliê da Reptilia, marca de roupas sustentáveis
fechou parcerias com grandes marcas, como O Boticário e Electrolux. Para conhecer seus produtos sustentáveis, vá até o Centro Histórico: a loja da marca fica em um casarão da década de 1920. Aproveite a viagem para conhecer um pouco mais da arquitetura curitibana do início do século passado. A região concentra diversos imóveis com valor histórico. Um deles é a Casa Modernista, considerada pioneira nesse estilo na cidade. Projetada em 1929 pelo arquiteto Frederico Kirchgässner, ela foi vista com estranhamento durante muitos anos pelos moradores locais por ter sido a primeira residência da cidade a ostentar uma suíte – o que era considerado intimidade demais na época. Além disso, ficou famosa por aparentemente não ter telhado. O imóvel acaba de ter a fachada revitalizada pelo projeto Rosto da Cidade, da prefeitura, que promete recuperar uma área de 230 mil metros quadrados da região central. Quem se interessa por produtos sustentáveis pode voltar para a Casa 102, que fica a apenas duas quadras dali. Na loja do coletivo, há os sapatos da Gasp, feitos com resíduos de outras indústrias, e as roupas da Farrapo Couture, produzidas artesanalmente com tecidos de reuso e roupas vintage, entre outros itens de artistas e artesãos locais, como os acessórios charmosos da Ciganita.
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“OS CRIATIVOS DA CIDADE TÊM UM ESPÍRITO MUITO COLABORATIVO, EXISTE ESSA TENDÊNCIA DE FORMAR NÚCLEOS” Heloisa Strobel Jorge, criadora da Reptilia
O mergulho nas águas de Ik-KIl; abaixo, o cenário pitoresco de Tulum
FOTOS: DANIEL CARVALHO, AMANDA L AVOR ATO, CESAR BRUS TOLIN /SMCS E RICARDO ALMEIDA /SMCS
Museu Oscar Niemeyer, também conhecido como Museu do Olho
A alguns quarteirões, a Alameda Prudente de Moraes concentra outro importante reduto de endereços autorais de Curitiba. A rua tranquila e arborizada – a impressão é que não se está na região central de uma metrópole de 1,7 milhão de habitantes – tem sorveterias, cafés, bares e lojas de moda. “Os criativos da cidade têm um espírito muito colaborativo, existe essa tendência de formar núcleos”, afirma Heloisa Strobel Jorge, 32 anos, o nome por trás da Reptilia, marca que produz peças sustentáveis com design atemporal e ocupa o número 1282 da alameda. Antes de enveredar pelo mundo da moda, ela trabalhou com o urbanista e ex-prefeito Jaime Lerner, idealizador de algumas iniciativas que renderam à capital paranaense a fama de “cidade verde”. Curitiba tem hoje 29 parques e bosques e centenas de espaços públicos verdes. Um bom jeito de conhecer alguns deles é sobre duas rodas. A Yellow, plataforma de compartilhamento de bicicletas e patinetes, chegou à cidade este ano,
facilitando a vida de moradores e turistas. Uma dica de roteiro acessível na região do Passeio Público é pegar a ciclovia na Rua Euclides Bandeira, margeando o Rio Belém. Após passar pelo Palácio das Araucárias e pelos prédios do Centro
PROGRAMAS TRADICIONAIS
// TRADITIONAL PROGRAMS Bosque do Papa
MUSEU OSCAR NIEMEYER museuoscarniemeyer.org.br YOGA NO PARQUE yoganoparque.com.br
Sete casas típicas polonesas formam uma pequena aldeia no Bosque do Papa
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Cívico, faça uma parada no Bosque João Paulo II, ou simplesmente Bosque do Papa, onde há sete casas típicas polonesas em forma de aldeia, que remontam ao período da colonização polonesa no Paraná, no século 19. A uma curta caminhada dali, fica o Museu Oscar Niemeyer, também conhecido como Museu do Olho devido à sua arquitetura peculiar, que abriga interessantes exposições de arte contemporânea. Entre os parques da cidade, o mais famoso – e o preferido dos turistas – é o Jardim Botânico, que recebe os visi-
tantes com um exuberante tapete de flores. Lá é possível visitar uma estufa metálica que abriga diversas espécies botânicas, além de uma fonte de água. O melhor dia para conhecê-lo é no sábado, quando há sessões gratuitas de yoga – sempre às 9h, com exceção dos dias chuvosos –, oferecidas pelo projeto Yoga no Parque. Mesmo no inverno, as aulas costumam ser bastante cheias, com dezenas de alunos. Mais uma prova de que a capital já não pode ser chamada de a mais fria do Brasil.
// CURITIBA IS HYPE Sustainable brands, cool bars and collaborative workspaces give a new look to the capital of Paraná, a perfect destination for someone looking for art, culture, conscious consumption and a quality gastronomy
The evenings at Júlia da Costa Lane, in the central neighborhood of Curitiba, used to be inhospitable. Only a few people would dare to walk the way between Kellers Street and Cabral Lane. Until slightly more than three years ago, when a group of five friends got thrilled with the house at the number 102, available then for rent. They envisioned the possibility of working in a friendly house, implementing innovative ideas, and gathering friends, artists and creative people.
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Some months later, the group – all of them aged between 25 and 35 – opened the Casa 102 (House 102) a collaborative space featuring studios, workshop, offices, and local product store. “This was our need then, we longed for a place to stay and work together, but the house is big and so we opened the doors to other people connected to economy and sustainability”, tells the 33-year-old Daiana Lopes, one of the founders. The endeavor took off and the place started hosting events that would take the outdoor space, provided with a charming swing and beach chairs on the sidewalk. This is how Júlia da Costa Lane began gaining a new life and, one year ago, the property right across from it was transformed into Soy Latino, a bar serving cold beer, with live music and outdoor tables.
Since then, that part of the street has never been the same. Now the evenings are lively, the sidewalks are packed with young people and some "not so young" – artists, journalists, creative advertisers, and entrepreneurs aged around 30 – who only go home when the bar closes at the early hours of the morning. So intense is the activity that the Espaço da Zé, next to “Soyla” (habitués soon began to abbreviate the name Soy Latino), stopped opening for lunch in order to close its doors later and started enjoying the night bustle. Not far from there, there are other disputed addresses, such as the restaurants Al Sababa, serving Arab food, and the vegetarian Veg Veg. What happened in the last years at Júlia da Costa is not an isolated event in the capital. Despite the fame of being closed people and
FOTO:LUCILIA GUIMAR ÃES/SMCS
Tingui, um dos 29 parques e bosques que renderam a fama de “cidade verde” a Curitiba
homebodies, residents of Curitiba are more and more willing to gain the streets. And no cold winter will hold them home – the city is considered the coldest capital in Brazil, with the lowest temperatures around 10°C in June and July. The result is the proliferation of bars, outdoor spaces, and entrepreneurship that favor the interaction among people. Curitiba is boiling. And the tourist is welcome in the cauldron of art and creativity that has dominated the city. The scene had begun with individual and private initiatives, but the public authority noticed the movement and has been given its contribution. In March, Cine Passeio was opened, a cultural complex featuring two movie theaters and coworking space for entrepreneurs of the creative economy. Paying a tribute to the late movie theaters of the city, the theaters Luz and Ritz, such space is responsible for revitalizing a region that had been forgotten for quite a while. One block far from that place, the bucolic Passeio Público, the oldest park from Curitiba, hosts an organic open-air fair every Saturday. Fresh and healthy foods are more and more present in the restaurants of the city. One of the pioneers was Manu, belonging to the young Manu Buffara, who serves tasting menus that basically include locally grown ingredients. “I don't use anything that has been grown more than 300 kilometers far from here. And we don't work with anything canned, not even soda”, tells the 34-year-old chef. The house, which already celebrated its seventh anniversary, won the Miele One To Watch Award by the reputable culinary ranking “Latin America 50 Best Restaurants”, due to its potential of belonging to the official list. Opened in February, O Locavorista follows the same principles of Manu, prioritizing values such as rescuing local traditions, consumption of products grown in the region and sustainability. Strategically located in an area that is between the City Market and Paraná Federal University, the restaurant serves dishes entirely inspired by the culture of Paraná. But do not expect to find barreado and pine nut there: the goal is to add value to typical recipes. With the suggestive name Litorina, the train used as transportation between Curitiba and the coast of the state, this is one of the main dishes of the house, including grilled fish and banana cuscus, served with toasted okra, the acidity of okra fake roe, and béarnaise of yerba mate. Sustainability seems to be setting the tone in many of the new creative undertakings in Curitiba. “We have grown in a city concerned about the environment and waste disposal”, justifies Jessica Pertile, at the age of 31, one of
the founders of BeeGreen, a brand of sustainable products that was pioneer in the development of stainless steel straws in the country – before that, other companies used to import the product from China. Founded in 2016, the business grows hand in hand against the use of plastic. For the last months, BeeGreen has sold 100 thousand straw units, and the company has already partnered with great brands, such as O Boticário and Electrolux. In order to learn their sustainable products, go to the Historical Center: the store is situated in a big house built in the 1920s. Make the best of your trip and learn a little more about last century’s architecture of Curitiba. The region concentrates several properties with historical value. One of them is Casa Modernista, considered a pioneer in such style in the city. Designed in 1929 by the architect Frederico Kirchgässner, it was seen with disapproving eyes for many years by the local residents since it was the first residence of the city to have a suite – something that was considered too much privacy then. Moreover, it became notorious for apparently not having a roof. The property has just had its facade revitalized by the City Hall project Rosto da Cidade that is committed to revitalizing an area of 230 thousand square meters in the central region. Whoever is interested in sustainable products can return to Casa 102, located only two blocks from there. In the collective store, there are shoes made by Gasp, manufactured with residues from other industries, and clothes by Farrapo Couture, artisanally manufactured with second-hand fabric and vintage clothing, among other items made by local artists and artisans, such as the charming accessories of Ciganita. Some blocks away, Prudente de Moraes Lane is a center of another important stronghold of authorial addresses in Curitiba. The calm and wooded street – it seems like you are not in the center of a 1.7-million-resident metropolitan area – is provided with ice cream parlors, cafés, bars, and fashion stores. “The creative city residents have a very collaborative spirit, there is a trend of creating centers”, affirms Heloisa Strobel Jorge, 32 years old, the name behind the brand Reptilia, which manufactures sustainable items with timeless design and is located at the number 1282 of the street. Before joining the fashion world, she worked with the planner and former mayor Jaime Lerner, who idealized some initiatives that gave the capital the fame of "green city". Curitiba has now 29 parks and woods and hundreds of green public spaces. A good way to learn some of them is on two wheels. The company Yellow, a platform of bicycle and scooter sharing, has arrived in the city this year,
making the life of residents and tourists easier. An accessible tour tip in the area of Passeio Público is riding on the bike path of Euclides Bandeira street, at the banks of Belém River. After you go past Palácio das Araucárias and buildings of the Civic Center, make a stop at the woods Bosque João Paulo II, a.k.a. Bosque do Papa, where there are seven typical village-shaped Polish houses that date back to the colonization period in Paraná, in the 19th century. A short walk far from there and you will get to Museu Oscar Niemeyer, also known as Museu do Olho (The Eye-Shaped Museum) thanks to its peculiar architecture that hosts interesting exhibitions of contemporary art. Among the city parks, the most famous – and favorite one by tourists – is the Botanic Garden, which welcomes visitors with an exuberant flower carpet. There you can visit a metallic greenhouse that is shelter for diversified botanic species, in addition to a water fountain. The best day to get to know it is on Saturday when there are free yoga sessions – always at 9:00 am, except on rainy days –, offered by the project Yoga in the Park. Even in winter, lessons are usually very well attended with dozens of learners. One more proof that the capital may not be called the coldest city in Brazil any longer. VIEWS “We have grown in a city concerned about the environment and waste disposal” - Jessica Pertile, one of the founders of BeeGreen “The creative city residents have a very collaborative spirit, there is a trend of creating centers” - Heloisa Strobel Jorge, creator of Reptilia CAPTIONS PG. 58-59 Alameda Júlia da Costa, full of restaurants and cultural spaces Casa 102 houses workshops, workshops, offices and a store Soy Latino: live music and outdoor tables PG. 60-61 Creamy polenta with rustic tomato sauce and confit chicken from O Locavorista Manu's chef Manu Buffara PG. 62-63 BeGreen stainless steel straws, the first brand to produce them in the country Reptilia`s office, a sustainable clothing brand Oscar Niemeyer Museum, also known as the Museum of the Eye Seven typical Polish houses form a small village in Bosque do Papa PG. 64 Tingui, one of the 29 parks that have earned Curitiba the reputation of "green city" AVIANCA EM REVISTA
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A VIRADA DE JOGO DE ALCIONE BELACHE, CEO DA RENOVIGI ENERGIA SOLAR “Não somos concorrentes. Somos muito maiores. A Renovigi não é nada”, ouviu Alcione de um aparente rival na primeira vez em que participou de uma feira do setor de energia renovável. “A frase está engasgada até hoje”, comenta o CEO da Renovigi. “Mas uma hora o jogo vai virar.” Apontada pela Deloitte como a empresa de médio porte que mais cresceu no país em 2018, a fabricante de sistemas fotovoltaicos espera faturar R$ 1 bilhão em 2020. “Um dia vou falar para o cara: lembra que eu era pequeno, do tamanho de um botão? Agora não sou mais”, brinca Alcione. TEXTO / TEXT CAMILA BALTHAZAR
FOTO: DIVULGAÇÃO
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epois de passar uma semana visitando as fábricas que produzem os sistemas fotovoltaicos da Renovigi, Alcione Belache deixou seu hotel em Xangai, na China, às nove horas da manhã de uma quinta-feira de abril. Voou até Frankfurt, na Alemanha, embarcou em outro avião rumo a São Paulo, passou pela imigração e aguardou a decolagem para Chapecó, no oeste catarinense. Ao entrar em casa e conferir o relógio, viu que ainda eram dez horas da manhã de sexta-feira. O fuso de onze horas o fez voltar no tempo. Logo depois do almoço, ele já estava acomodado no escritório de sua casa para esta entrevista, que inspirou uma viagem ainda maior. O CEO de uma das maiores fabricantes de sistemas fotovoltaicos do Brasil voltou mais de quatro décadas no tempo. Ele relembrou seu passado de vendedor em uma feirinha hippie em Curitiba, quando produzia colares e pulseiras de palha, miçanga e arame, e sua aventura como DJ e técnico de som em festinhas de 15 anos. “Eram hobbies, mas davam uma graninha”, lembra Alcione, que na época tinha pouco mais de 13 anos. “Meu sonho mesmo era ser cientista. Desde os 10 anos eu sabia que queria ser engenheiro eletrônico.” O en-
sino médio se misturou com o curso técnico em eletrônica, abrindo uma porta para ele trabalhar na Sid Informática, extinta fábrica de microcomputadores. “Foi a minha primeira grande escola”, diz. “Desenvolvi softwares e hardwares e fui um dos escolhidos para participar de um programa de transferência de tecnologia no Vale do Silício, nos Estados Unidos.” Alcione passou toda a década de 1980 na Sid Informática, até perceber que seu diploma universitário de engenheiro industrial elétrico não o levaria a altos cargos gerenciais. “Na época, não se dava tanto valor para o lado engenheiro”, lembra. “Para ter salários melhores, eu precisava embrenhar para a gestão.” Quando ele recebeu uma proposta para assumir como gerente industrial da Nutron Telecomunicações, o pai não entendeu nada. “Está louco?”, questionou. “Faz 10 anos que você está na Sid e já te mandaram até para os Estados Unidos. Vai trocar por uma empresa menor?” “Vou”, decidiu Alcione. Assim começou a segunda escola da sua carreira, que durou mais uma década. “Aprendi muito como gestor de fábrica. Saí de lá como diretor executivo e com o diploma de pós-graduação em administração.” Mas o lado cientista continuava desperto nas AVIANCA EM REVISTA
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horas vagas. Ao assistir à notícia de uma morte em decorrência de um vazamento de botijão de gás em um jornal na televisão, uma faísca acendeu: e se ele desenvolvesse um sistema de alarme de vazamento de gás? O engenheiro tirou a ideia do papel, mas não conseguiu vender. “Não sei se o preço não era compatível ou se faltou experiência na precificação.” Ele fez uma segunda tentativa como cientista. Desafiados por empresários da área de transporte interessados em investir em um sistema para rastreamento de frotas, Alcione e um colega desenvolveram software e hardware baseados em satélite de baixa órbita para gerenciar esse rastreamento. “De certo viram que éramos um bando de engenheiros meio malucos”, brinca. “Mas, de novo, não deu certo. Acabamos desistindo.” A proposta para entrar no que considera a terceira grande escola da vida profissional veio de dois amigos fundadores da Bematech. O salário era o mesmo da Nutron Telecomunicações, e o cargo descia de diretor para gerente. “Aceitei porque percebi que eu acordava e não tinha mais paixão para trabalhar”, comenta. “Meu desafio na Bematech era montar um novo negócio dentro da empresa. Isso me motivou.” Dois anos depois e com um MBA em marketing no currículo, ele assumiu a direção de operações – e até hoje carrega o que aprendeu em atendimento, pós-venda e relacionamento com cliente. Seu projeto de conclusão do MBA considerava a criação de uma empresa de soluções de automação para o pequeno varejo. Em 2006, após cinco anos na Bematech, Alcione, o irmão
“OS INVESTIDORES DO VALE DO SILÍCIO PREFEREM APOSTAR EM QUEM JÁ TENTOU VÁRIAS VEZES, EM VEZ DE INVESTIR EM QUEM ESTÁ TENTANDO PELA PRIMEIRA VEZ. NO BRASIL, TENDEM A VER UM FRACASSADO.” 64
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e um colega juntaram as economias e fundaram a Thrio, apostando na ideia do MBA. “O produto já tinha o conceito de nuvem, quando ainda nem se falava disso”, expliLivro ca. “Estávamos no lugar errado, na hora errada. O dinheiro acabou e fomos atrás de “Satisfação investidores. Mas também estávamos na Garantida”, de época errada. Hoje em dia é muito mais Tony Hsieh fácil buscar fundos de investimento.” Um dos investidores contatados tinha acabado de comprar uma empresa e o conFilme vidou para trabalhar lá. Depois de cinco “Bohemian anos investindo na Thrio, Alcione abandoRhapsody”, de nou o barco. “Eu tinha uma casa para susBryan Singer tentar”, lembra. “Doeu sair. A empresa era como um filho.” O fim da Thrio pode até ser visto como o terceiro fracasso da sua Cidade carreira empreendedora, mas também deiCuritiba xou aprendizados importantes. “Um dado curioso é que investidores do Vale do Silício preferem apostar em quem Líder já tentou várias vezes, em vez de investir Steve Jobs em quem está tentando pela primeira vez”, diz. “No Brasil, a visão é diferente. Tendem a ver um fracassado.” Ninguém gosta de Banda perder, mas Alcione detesta. Quando crianDire Straits ça, se perdia no jogo de futebol de botões, tacava todas as peças na parede. “O segundo é o primeiro dos últimos”, diz o engenheiro, citando a frase do seu ídolo Ayrton Senna. A vida ainda deu algumas voltas até o executivo assumir um bom lugar de largada. Ele concluiu o mestrado em administração, deu aula de planejamento estratégico em uma universidade de Curitiba, assumiu um cargo na direção do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) e prestou algumas consultorias. A inquietação continuava. Em uma das tantas viagens a Chapecó, cidade de origem da esposa, Alcione conheceu um empresário da região durante um evento. “Comentei que eu tinha interesse em morar em Chapecó”, lembra. Três meses depois, o novo amigo telefonou: “A ideia de vir para cá ainda está de pé?”. O engenheiro viajou a noite de ônibus para ouvir a proposta. Um grupo de seis empreendedores estava com a ideia de montar uma empresa para atuar no ramo de energias renováveis, que viria a ser a Renovigi Energia Solar, e precisavam de um sócio que tocasse a operação como CEO. “Abri mão de um salário bom de mercado para vir para cá com um pró-labore irrisório”, diz Alcione. “Mas nunca pensei que fiz besteira, mesmo tendo tudo para desistir, porque o negócio não andava.” A Renovigi começou a operar em agosto de 2012. No final de 2014, ainda era comum ver o próprio Alcione subindo nos telhados de casas residenciais para instalar os painéis solares. “Fizemos nossa festa de fim de ano, em 2014, em um bar e sobrou uma cadeira na mesa”, brinca o empresário, lembrando que apenas ele e mais dois funcionários se revezavam entre todas as funções. “Eu estava sendo engenheiro de novo, colocando a mão na massa”, diz. “Talvez por isso não tenha pensado em desistir em nenhum momento.” O mercado de energia renovável começou a aquecer apenas no segundo semestre de 2015. “Quando a porteira finalmente abriu, estávamos prontos para passar”, lembra. “Já tínhamos estrutura, fornecedores e
Inspirações
política comercial para os credenciados.” Se 2015 encerrou com R$ 5 milhões de faturamento, 2016 bateu em R$ 19 milhões. Em 2017, foram R$ 41 milhões e, em 2018, R$ 147 milhões. A previsão é de R$ 500 milhões para 2019 e, para 2020, eles esperam atingir o primeiro bilhão. “Tenho muito orgulho dos nossos números”, diz o CEO. Quando a Renovigi faturou R$ 300 mil de uma única vez, todos fizeram um escarcéu, como Alcione mesmo diz. “Até hoje celebramos nossas conquistas.” “Quando batemos um recorde, a empresa inteira vai para o bar comemorar. Isso quebra qualquer tipo de hierarquia.” Para ele, os 70 funcionários – que agora já ocupam várias mesas – são colegas de trabalho. “O fato de eu ser acionista e CEO não muda nada”, garante. “Quem trabalha comigo não é funcionário ou colaborador. É colega de trabalho.” O ambiente da empresa é descontraído, oferece inglês grátis para todos e atendimento com uma psicóloga organizacional três vezes por semana, para quem se interessar. “Sou transparente e tolerante na hora de tomar decisão. Nunca fui mandão. O verbo imperativo não se aplica ao meu dia a dia”, explica Alcione, fazendo questão de apresentar também seu lado de marido e pai de três filhos – um menino e duas meninas. “Mesmo na minha vida pessoal, sempre tive bom relacionamento. Sei dividir meu tempo e minha dedicação entre trabalho, família e amigos.” Esse cuidado também vale para os clientes. A Renovigi oferece garantia de até 15 anos para os sistemas instalados e enfatiza essa cultura entre os mais de três mil credenciados que vendem seu sistema por todo o país. “Não deixo meu consumidor na mão”, diz. Certa vez, um cliente teve problema com o inversor, que é o “cérebro” do sistema solar. Alcione pagou a conta de energia elétrica desta pessoa até a nova peça chegar da importação. “Transmito essa cultura para os meus colegas de trabalho”, diz. “A palavra-chave do nosso sucesso é a nossa cultura.” O empresário cita outros dois elementos importantes para construir essa história que faz valer cada um dos fracassos passados: foco e paixão. “Dizem que fico 24 horas conectado. Mas faço isso porque gosto muito do que faço.” Ao fim da entrevista, em vez de aproveitar o restinho da sexta-feira para descansar da viagem de 36 horas de volta da China, ele planejava aproveitar o fim da tarde na Renovigi. “Vou dar um pulo lá na empresa”, diz. “Quem sabe sai um happy hour?”
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BELACHE
TURNING THINGS AROUND - ALCIONE BELACHE, CEO OF RENOVIGI SOLAR ENERGY “We are not competitors. We are a lot larger. Renovigi is nothing”, Alcione heard it from a probable competitor when he attended a trade show for the first time in the segment of renewable energy. “So far today I haven't been able to digest the phrase”, the CEO of Renovigi comments. “But things will turn eventually around.” The middle-sized company that in 2018 grew the most in the country, according to Deloitte the manufacturer of photovoltaic systems aims to make R$ 1 billion in 2020. “Someday I will tell that guy: do you remember that I was as big as a small button? Not anymore”, says Alcione playfully.
After spending a week visiting the plants that manufacture the voltaic systems of Renovigi, Alcione Belache left his hotel in Shanghai in China at nine in the morning of a certain Thursday in April. He flew to Frankfurt in Germany, took another flight to São Paulo, went through the immigration and waited to take off to Chapecó, located in the west of Santa Catarina. As he entered home and checked the clock, he realized that it was still ten in the morning of Friday. The eleven-hour time zone shift turned back the time. Shortly after lunch, he was comfortably seated in his home study for this interview, which inspired an even longer journey. The CEO of one of the largest photovoltaic systems in Brazil went back more than four decades in time. He remembered his past as a salesperson in a small hippie fair in Curitiba, when he manufactured necklaces and armbands made of straw, beads and wire, and his adventures as a DJ and sound technician in 15-year birthday celebrations. “These were sort of hobbies but they would provide me with some money", Alcione remembers, at the age of a little more than 13 then. "My dream was to become a scientist. Since I was 10, I knew I wanted to become an Electronic Engineer.” High school got mixed up with a course in Electronics, opening a door for him to work at Sid Informática, an already dissolved microcomputer company. “That was my first big school”, he says. "I developed softwares and hardwares and I was one of the chosen ones to attend a technology transfer program at the Silicon Valley in the United States.” Alcione spent all decade of the 1980s at Sid Informática, until he realized that his Industrial Electric Engineer university degree would not lead him to top management positions. “At that time, being an Engineer was not really taken seri-
ously”, he recalls. “In order to have a better salary, I would have to get into management.” When he received a proposal to take over as an industrial manager of the company Nutron Telecomunicações, his father did not understand anything. “Are you insane?”, he asked. “You have been with Sid for 10 years and they have even sent you to the United States. Are you going to change it for a smaller company?” “Sure am”, Alcione decided. And so he joined the second school of his career, which lasted more than a decade. “I learned a lot as a plant manager. I left there as an executive director and with a post-graduate course in Administration.” However, my scientist side was always awake at my leisure hours. While I was watching the news on television about the death of a person due to gas bottle leak, he had am Eureka moment: what if he developed an alarm system for gas leaks? The engineer got his idea down on paper but was not able to sell it. “I don't know whether the price was unreal or I lacked experience in pricing.” As a scientist, he made a second try. Challenged by entrepreneurs of the transportation area who were interested in investing in a fleet tracking system, Alcione and a colleague developed software and hardware based on low orbit satellites to manage this tracking. “Of course they realized we were a bunch of rather crazy engineers”, he says playfully. “But once again it didn't work. We ended up giving up.” The proposal to join what he considers to be the third great school of his professional life came from two friends who were the founders of Bematech. The salary was the same as at Nutron Telecomunicações, and the position went down from director to a manager. “I accepted it because I noticed that I would wake AVIANCA EM REVISTA
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up with no passion whatsoever to go to work then”, he comments. “My challenge at Bematech was to create a new kind of business within the company. That motivated me.” Two years later, and with an MBA in Marketing on the résumé, he assumed as the Operation Director – and so far today he makes good use of what he learned in service, after-sales, and customer relationship. His MBA Final Degree project considered the creation of a company for automation solutions in small retail. In 2006, after five years at Bematech, Alcione, his brother and a colleague put their savings together and founded the Thrio, relying on the idea of his MBA. “The product included the concept a cloud, at a time no one would speak about it”, he explains. “We were on the wrong place at the wrong time. We ran out of money and started looking for investors. However, we were also in the wrong period of time. Nowadays it is a lot easier to search for investment funds.” One of the investors we contacted had just bought a company and invited him to work there. After five years investing in Thrio, Alcione abandoned the ship. “I had a home to provided”, he remembers. “Leaving it hurt. The company was like a child.” The end of Thrio can be even regarded as a third failure over his entrepreneurial trajectory, but it provided him with important lessons. “A curious aspect is that Silicon Valley investors would rather bet on someone who had tried many times, instead of the one who is trying for the first time”, he says. “In Brazil, the vision is different. They tend to consider the person a failure.” No one likes to lose, but Alcione hates it. As a child, if he would lose a button soccer game, he would throw all game parts at the wall. “The second one is the first of the last ones”, says the engineer, quoting his idol Ayrton Senna. Life went round a couple of times until the executive assumed a good place at the grid position. He concluded a Master Degree, worked as a Strategic Planning teacher in a university in Curitiba, took over a position at the direction of Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), and provided some consulting service. The uneasiness would not stop. In one of the many trips to Chapecó, his wife's hometown, Alcione met a local entrepreneur during an event. “I mentioned I was interested in living in Chapecó”, he recalls. After three months, the new friend called him: “Do you still intend to move to the area?”. The engineer took the night bus to listen to
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the proposal. A group of six entrepreneurs was willing to build a company to work in the segment of renewable energy, that would become Renovigi Energia Solar, and they needed a partner to manage the operation as a CEO. “I gave up a good salary in the market to come to this place and earn negligible wage compensation”, Alcione says. “But I never considered I took the wrong decision, although I usually had reasons to give up since the business wouldn’t take off.” Renovigi started its operations in August 2012. At the end of 2014, it was very common to see Alcione on the roof of houses installing solar panels himself. “We made our end-ofyear celebration party in 2014 in a bar and there was one seat free”, he says playfully, as he remembers that only he and other two employees would take turns among all company functions. “I was acting as an engineer again, rolling up my sleeves”, he says. “Maybe this is why I haven't considered giving up at any single moment.” The renewable energy market started to boom only in the second semester of 2015. “When the door was really opened, we were ready to go through”, he recalls. “We had the infrastructure, suppliers and commercial policy for accredited ones.” If 2015 ended with R$ 5 million in revenues, in 2016 we achieved R$ 19 million. In 2017 we made R$ 41 million, and in 2018, R$ 147 million. They anticipate R$ 500 million for 2019, and in 2020 they expect to achieve the first billion. “I am very proud of our figures”, the CEO says. When Renovigi made R$ 300 thousand on a single business, all staff exploded of for joy, according to Alcione. “So far today we are used to celebrating our achievements”, he mentions. “When we break a record, the whole staff goes to a bar to celebrate. It breaks any kind of hierarchy.” For him, the 70 employees who now take several office desks – are co-workers. “Nothing actually changes just because I am a stockholder”, he assures. “Whoever works with me is not an employee or a staff member. They are co-workers.” The work environment is relaxed, English lessons paid fully by the company for everyone, and an organizational psychologist is available for sessions three times a week for those who are interested in. “I consider myself transparent and tolerant whenever I make a decision. I have never been a bossy person. I never use imperative verbs on my daily routine”, Alcione explains, insisting on showing his side of husband and father of three children – a boy and
two girls. “Even in my personal life, I have always had a good relationship. I know how to balance my time and dedication between work, family, and friends.” And this care includes clients as well. Renovigi offers a warranty of up to 15 years for the installed systems and emphasizes this culture among more than three thousand accredited sales reps who sell their system across the country. “I never leave any customer unattended”, he tells. There was a time when a client had a problem with the inverter, which is the "brain" of the solar system. Alcione paid the customer's electric bill until the new part was effectively imported. “I convey this culture for my co-workers”, he says. “Our culture is the key-word for our success.” The entrepreneur quotes two important elements to build a story that is worthwhile despite all failure from the past: focus and passion. “It is told that I am connected 24/7. But I do it because I pretty much like what I do.” At the end of this interview, instead of using the end of Friday to rest a while after a 36hour trip back from China, he was planning to spend the rest of the afternoon at Renovigi. “I will have a look at things in the company”, he mentions. “Who knows whether we are not having an after-work happy hour?” VIEW “Silicon Valley investors would rather bet on someone who had already tried many times, instead of the one who is trying for the first time. In Brazil, they tend to consider the person a failure.”
Some of the CEO's inspirations Book “Delivering Happiness”, by Tony Hsieh
Film “Bohemian Rhapsody”, by Bryan Singer
City Curitiba
Leader Steve Jobs
Band Dire Straits
BREWERY
REPÚBLICA FEDERATIVA DA CERVEJA ARTESANAL Graças à febre das especiais, o Brasil ganha uma nova cervejaria a cada dois dias POR / BY DANIEL SALLES
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dinamarquesa Mikkeller. A escocesa BrewDog. A americana Goose Island. Não faz muito tempo, eram só marcas como essas, invariavelmente estrangeiras, que deixavam salivando os aficionados por cerveja artesanal no país. Hoje o cenário mudou e não faltam cervejarias especiais por aqui que não devem nada às mais incensadas de fora. Uma nova abre as portas no Brasil a cada dois dias, informa o Ministério da Agricultura – só no ano passado, foram inauguradas 210. E não só em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde o fenômeno começou. Há boas novas na Bahia, em Pernambuco e em vários outros estados. Conheça a seguir alguns achados Brasil afora para provar as melhores novidades.
Rua Alexandre Herculano, 45, 1°andar, Pituba @tonobunker
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FOTOS: TAYLL A DE PAUL A, DANIEL MANSUR E DIVULGAÇÃO
The Bunker | SALVADOR
Pense rápido: o que você estocaria num bunker na iminência de um apocalipse zumbi ou algo do gênero? A resposta dos amigos Marcelo Rodrigues e Vinicio Carvalho está na ponta da língua: cerveja especial. Os dois não esperam por dias sombrios, mas já têm tudo preparado no The Bunker, o bar aberto pela dupla em Salvador no ano passado. O nome veio da falta de janelas do imóvel e da brincadeira acima. As prateleiras abrigam quase 300 rótulos, com maior espaço para belgas e nacionais. “Para provar o que a Bahia tem de cerveja boa, peça a Sertão Origem, da marca Água de Meninos, e a Já Que Sou Brasileiro, da Proa, que leva jaca na receita”, diz Carvalho, sommelier de cervejas.
BeerDock | RECIFE
Pernambuco não ficou de fora da onda. De quatro anos para cá, o estado ganhou cerca de dez marcas de cerveja artesanal, a exemplo da DeBron, de Jaboatão dos Guararapes; da Duvália, de Olinda; e da Capunga, de Recife. O melhor endereço para experimentá-las é no BeerDock, que abriu as portas na capital em 2015 e dois anos depois ganhou uma imponente filial no bairro de Boa Viagem. As duas unidades te esperam com quinze torneiras de chope e uma carta com cerca de 300 variedades de cerveja, incluindo as melhores representantes do estado. Rua Maria Carolina, 273, Boa Viagem Rua Desembargador Luiz Salazar, 98, Madalena @beerdock_recife
Hey Ho Beer Pub | FORTALEZA
Situado num imóvel avarandado, decorado com pôsteres de cervejarias pouco conhecidas e garrafinhas vazias, o estabelecimento inaugurado há três anos só abre espaço para os rótulos nacionais. O cardápio lista 160 latas e garrafas e ainda há vinte torneiras acopladas a uma câmara fria. Do Ceará é possível provar a Abyssal, a Russian Imperial Stout da 5 Elementos, e a MandacarIPA, uma american IPA da Donkey Head – as duas cervejarias são sediadas em Fortaleza. Batata rústica com cheddar e grão de malte de cevada torrados, além de pastéis e hambúrgueres, ajudam a equilibrar o álcool. Rua Nunes Valente, 1.247, Aldeota @heyhobeerpub
Ateliê Wäls | BELO HORIZONTE
Foi em fevereiro de 2015 que a AmBev anunciou a fusão de uma de suas marcas, a Bohemia, com a mineira Wäls, que no ano anterior havia faturado uma medalha de ouro no torneio World Beer Cup, tido como o Oscar das artesanais. Fundada em 1999 por Miguel Carneiro, a cervejaria sediada em Belo Horizonte começou produzindo chope pilsen e, há uma década, passou a investir em estilos checos e belgas. Com a fusão, a produção mensal da Wäls saltou de 50 para 150 mil litros e foi possível erguer o suntuoso Ateliê Wäls, inaugurado em 2017 no bairro Olhos d’Água. Com arquitetura arrojada, o brewpub produz somente cervejas que são envelhecidas em barris feitos com doze tipos de madeira. Rua Gabriela de Melo, 566, Olhos d'Água @walscervejas AVIANCA EM REVISTA
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Hop'n Roll Brewpub | CURITIBA
O Paraná está bem abastecido de marcas locais, como a Way e a Maniacs. Animado por bandas como Black Sabbath e AC/DC, que emanam a todo volume das caixas de som, este pub é um dos melhores endereços para saboreá-las na capital. Com uma carta abastecida de 120 variedades, além de 32 torneiras enfileiradas sobre o balcão, o endereço dispõe ainda de uma microcervejaria separada por uma parede de vidro. Ali são produzidos cerca de sete rótulos sazonais, a exemplo do Hop Pamela Anderson, e as cervejas da clientela (para fazer a sua, basta agendar com antecedência). Rua Mateus Leme, 950, Centro Cívico @hopnroll
The Danish Mikkeller. The Scottish Brewdog. The American Goose Island. Not so long ago, only these brands, invariably foreign ones, would make the mouth of artisanal beer fans in the country start watering. Nowadays, the scenery has changed and there are plenty of artisanal breweries here that can be easily compared to the most flattering foreign ones. A new one opens its doors every other day, according to the Ministry of Agriculture – only last year, 210 came to market. And this is not only in São Paulo and Rio de Janeiro, where this phenomenon had its start. There are good new ones in Bahia, in Pernambuco and in many other states. You will now learn some of the findings across the country so that you can try the best new beer. THE BUNKER, SALVADOR Think fast: what would you store in a bunker in the case of a zombie apocalypse or something like that? The answer of Marcelo Rodrigues and Vinicio Carvalho friends is on the tip of their tongue: special beer. The two of them anticipate no gloomy days, however, they have everything prepared at The Bunker, a bar opened by them in Salvador last year. The name is due to the lack of windows at the place and the joke in the previous lines. The shelves store almost 300 labels, prioritizing the Belgian and domestic ones. “In order to prove that Bahia has good beer, order Sertão Origem belonging to the brand Água de Meninos, and Já Que Sou Brasileiro, brewed by Proa, including jack fruit in the recipe”, says
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Carva-lho, who is a beer sommelier. Rua Alexandre Herculano, 45, 1°andar, Pituba @tonobunker BEERDOCK, RECIFE Pernambuco has not been left out of the market. For the last four years, the state got approximately ten new artisanal beer brands, for instance, DeBron from Jaboatão dos Guararapes; da Duvália from Olinda; and Capunga from Recife. The best address for you to try them is at BeerDock, which opened its doors in the capital in 2015 and two years later, opened an impressive branch in the district of Boa Viagem. The two of them await customers with fifteen draft beer taps and a beer list featuring almost 300 kinds of beer, including the best representatives of the state. Rua Maria Carolina, 273, Boa Viagem Rua Desembargador Luiz Salazar, 98, Madalena @beerdock_recife HEY HO BEER PUB, FORTALEZA Located in a place with a veranda decorated with posters of less well-known breweries and with empty bottles, the establishment opened three years ago and sells exclusively domestic labels. The beer list features 160 cans and bottles and there are more 20 beer taps connected to a cold storage room. From Ceará you may try Abyssal, a Russian Imperial Stout style belonging to 5 Elementos, and MandacarIPA, an American IPA belonging to Donkey Head – the two breweries have their headquarters in Fortaleza. Baked potato with cheddar cheese and toasted barley malt grain, in addition to pastéis and hamburgers, help balance the alcohol intake. Rua Nunes Valente, 1.247, Aldeota @heyhobeerpub
ATELIÊ WÄLS, BELO HORIZONTE In 2015 AmBev disclosed the merger of one of its brands, the Bohemia, with Wäls, from the state of Minas Gerais, which had in the year before won the Gold Medal in the contest World Beer Cup, considered the Oscar of artisanal beer. Founded in 1999 by Miguel Carneiro, the brewery with head office in Belo Horizonte began brewing pilsner draft beer and, for one decade, invested in Czech and Belgian styles. With the merger, the monthly production soared from 50 to 150 thousand liters and so it was possible to build the sumptuous Ateliê Wäls, opened in 2017 in Olhos d’Água neighboorhood. Presenting modern architecture, the so-called brewpub brews only beer that is aged in barrels made of twelve kinds of wood. Rua Gabriela de Melo, 566, Olhos d'Água @walscervejas HOP'N ROLL BREWPUB, CURITIBA The state of Paraná is well provided with local brands such as Way and Maniacs. The music of Black Sabbath and AC/DC, cheering customers up with speakers at full blast, makes the pub one of the best places to try them in the capital. With a beer list featuring 120 different ones, in addition to 32 draft beer taps in line over the counter, the address is provided with a small brewery you can see through the window wall. At the premises, seven seasonal labels are produced, like the Hop Pamela Anderson, as well as the customers' beer (in order to brew yours, you need to schedule it ahead of time). Rua Mateus Leme, 950, Centro Cívico @hopnroll
FOTO: DIVULGAÇÃO
// FEDERATIVE REPUBLIC OF CRAFT BEER Thanks to the artisanal beer fever, a new brewery is being opened in Brazil every other day
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ESCAPE
O feijão tropeiro do Casa Cheia
LINGUIÇA, JILÓ E CERVEJA Tradicional Mercado Central e Velho Mercado Novo atraem visitantes ao centro de Belo Horizonte com comidas e bebidas mineiras TEXTO / TEXT CARLA LENCASTRE
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omo se todas as delícias de Belo Horizonte coubessem em um único lugar, o Mercado Central é daqueles endereços raros que resumem a alma de uma cidade. Há nove décadas suas centenas de lojas atraem moradores e visitantes em busca de queijos, manteigas, embutidos e doces de tacho impecáveis, cachaças e cervejas locais, especiarias e pimentas variadas, um
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jiló acebolado irresistível, e aquele feijão tropeiro sem igual Brasil afora. É passeio encantador se perder pelos corredores repletos de cores e aromas e se surpreender com o inesperado a cada esquina. Mas também é possível agendar visitas guiadas. O posto de informações turísticas ajuda o visitante perdido entre o flanar ao acaso e o tour, traçando rotas em
Pimentas nas prateleiras do Mercado Central
Entre os pratos mais pedidos – e premiados – estão o feijão mexicano e as almôndegas exóticas. O feijão é feito com carne seca e linguiças calabresa e defumada, temperado com mostarda ao alho. As irresistíveis almôndegas são de carne de sol e queijo ao creme de abóbora e manjericão. Também podem ser pedidas em uma porção menor, como entrada. Outros petiscos imperdíveis são o jiló ao alho e o Mexidoido, um mexido feito na chapa com arroz, iscas de carne, linguiça, legumes e um ovo de codorna frito para arrematar. A cinco minutos dali, outro mercado tem chamado a atenção no Centro de Belo Horizonte. É o Novo, que na realidade é da década de 1960, e que desfruta de menos fama que o vizinho mais velho. No final do ano passado, o cenário com paredes em cobogó começou a mudar. No segundo andar, novos bares e restaurantes do Velho Mercado Novo, como é chamado o projeto de revitalização, enfatizam produtos mineiros. Como a Distribuidora Goitacazes, dos mesmos donos da Cervejaria Viela e do Bar Juramento 202, na Pompeia. Já a Cozinha Tupis, em frente e trabalhando em AVIANCA EM REVISTA
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FOTOS: PEDRO VILEL A E DIVULGAÇÃO
busca dos seus interesses, se o tempo for curto ou os objetivos, específicos. Como encontrar o movimentado Bar da Lora, o tradicional restaurante Casa Cheia (o nome corresponde à realidade) e a encantadora padaria artesanal de inspiração francesa Du Pain. Em uma esquina, o Bar da Lora é um boteco com balcão concorrido, no qual são servidas porções generosas de jiló acebolado, clássico local. Arrume um cantinho e seja feliz. Ou tome o rumo da fila do Casa Cheia. Cervejas e cachaças artesanais dividem o cardápio com petiscos locais e pratos tradicionais da cozinha mineira. A maior dificuldade é decidir se o almoço será uma sucessão de entradas, cada uma melhor do que a outra, ou se é melhor investir em uma daquelas comidas típicas que fazem as gentes de outros estados salivarem só de pensar. Criada na década de 1950 como uma loja de doces, o Casa Cheia virou restaurante em 1974. Segue nas mãos da mesma família e, há mais de 30 anos, é comandada pelo chef Ilmar Antônio de Jesus. Um dos filhos de Dona Maria, que abriu o restaurante, Ilmar trocou a carreira de engenheiro pelo negócio, que hoje tem uma filial na Savassi.
Fígado acebolado com jiló: um dos clássicos do Casa Cheia
ESCAPE
No segundo andar, novos bares e restaurantes do Velho Mercado Novo, como é chamado o projeto de revitalização, enfatizam produtos mineiros.
conjunto, comandada pelo chef Henrique Gilberto, compra os ingredientes para seus petiscos e refeições dos comerciantes do próprio mercado. Para acompanhar as cervejas artesanais engarrafadas, há também os embutidos e defumados artesanais da Charcutaria Tapera. Um bar do ótimo gim mineiro Yvy está na lista de aberturas previstas. A ideia é que cada bar ou loja do Mercado Novo tenha uma especialidade diferente, para se-
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rem complementares e, sempre que possível, valorizarem os comerciantes tradicionais que ali já estavam. Além de comes e bebes, há também shows, festas e outros eventos culturais.
MERCADO CENTRAL DE BELO HORIZONTE Avenida Augusto de Lima, 744 - Centro mercadocentral.com.br MERCADO NOVO Avenida Olegário Maciel, 742 - Centro
FOTOS: NANI RODRIGUES, SUPER CAMER A E DIVULGAÇÃO
Nesta página, cenas do Velho Mercado Novo, com a Cozinha Tupis e a Distribuidora Goitacazes
Os pães da Du Pain
À FRANCESA
Boa gastronomia em Minas Gerais não é feita apenas de clássicos. E dá para comprovar no próprio Mercado Central. A charmosa padaria Du Pain acaba de completar três anos e tem brilho próprio (e fila na porta). Os pães são tão bonitos quanto gostosos. Financiers (bolinhos franceses com amêndoas) derretem na boca. Dá vontade de comprar todo o estoque.
// SAUSAGE, SCARLET EGGPLANT, AND BEER Traditional Mercado Central and Old Mercado Novo draw visitors to downtown Belo Horizonte with Minas' foods and drinks Assuming that all kinds of delicacies from Belo Horizonte could be found in just one place, we may say that Mercado Central is an address that transpires the city soul. For nine decades, its stores lure local residents and visitors who look for cheese, butter, sausage, amazing handmade sweets, local cachaça and beer, spice and varied kinds of chili, irresistible scarlet eggplant cooked with onions, and Tropeiro beans, unique in Brazil. Getting lost in the market aisles, full of colors and aromas, and becoming surprised at every corner shop is a really nice program. But it is also possible to schedule a guided tour. The tourist information office helps the lost visitor either to wander in the market or to book a tour, helping you to meet your specific shop destination, in case you do not have much time available. You are informed on how to find the busy Bar da Lora, the traditional restaurant Casa Cheia (Full Place in English, which is indeed the reality) and the amazing artisanal bakery Du Pain, inspired by the French ones. At a corner shop, Bar da Lora is a place featuring a disputed counter, on which you may order generous portions of scarlet eggplant cooked with onions, a local classic dish. Find a seat there and enjoy it. Or you can head to the line in front of Casa Cheia. Artisanal beer and cachaça share the menu together with local traditional Minas' cuisine delicacies. It is really difficult to make up your mind either between the uncountable varieties of appetizers, one
more delicious than the other, or one typical main dish, that causes the visitors' mouth to water when they just consider eating it. First opened in the 1950's as a candy store, Casa Cheia became a restaurant only in 1974. It is still in the hands of the same family and for 30 years it is managed by Chef Ilmar Antônio de Jesus. One of the sons of Dona Maria, the lady who opened the restaurant, Ilmar changed from engeneering to the business, that has currently a branch in Savassi. Among the most ordered – and awarded – dishes are the Mexican beans and exotic meatballs. Beans are cooked with dried meat and smoked sausage, seasoned with mustard and garlic. The irresistible meatballs are made of dried meat and cheese with pumpkin and basil dip. You may also order a small portion of it as an appetizer. Other not to be missed delicacies are garlic scarlet eggplant and Mexidoido, a scrambled dish, grilled with minced meat, sausage, vegetables and a fried quail egg to top the dish. Five minutes far from that location, another market grabs attention in downtown Belo Horizonte. This is the Novo, or the New, which actually dates from the 1960s and is not as famous as the older neighbor. At the end of last year, the scenery with cobogó walls, or walls with leaked elements, began to change. On the second floor, new bars and restaurants of the Velho Mercado Novo (Old New Market), as the revitalization project is called, prioritize Minas Gerais' products. An example of it is the supplier Distribuidora Goitacazes, which belongs to the same owners of the brewery Cervejaria Viela and Bar Juramento 202, in Pompeia. Cozinha Tupis, on the other hand, located right
across from it, is ma-naged by the Chef Henrique Gilberto, who buys ingredients for the delicacies and meals in that same market. In order to pair artisanal bottled beer, there are artisanal sausage and smoked products at Charcutaria Tapera. A bar belonging to the owner of the very good Minas' gin Yvy is in the list of future scheduled openings. The idea is that every bar or store at Mercado Novo presents different expertise, so that all of them are eventually complimentary one to another, adding value to traditional former shopkeepers, as much as it is possible. In addition to eats and drinks, there are shows, parties, and cultural events as well.
FRENCH STYLE Good gastronomy in Minas Gerais is not only the classic one. And you may realize it at Mercado Central. The charming bakery Du Pain has just celebrated the third anniversary and it is a success (just see the line at the door). All kinds of bread are as beautiful as tasty. Financiers (French almond cakes) dissolve in your mouth. You might want to buy the whole baked stock.
CAPTIONS Pg. 76-77 - The “tropeiro” bean of Casa Cheia - Peppers on the shelves of Mercado Central - Liver with onions and scarlet eggplant: one of the classics of Casa Cheia Pg. 78-79 - In this page, scenes of Velho Mercado Novo, with Cozinha Tupis and the Distribuidora Goitacazes - The pains of Du Pain AVIANCA EM REVISTA
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FORNERIA, BAR E PÔR DO SOL NO NOVO HOTSPOT DE SÃO PAULO Prédio dos anos 1950 hospeda nova forneria paulistana. Ambiente nova-iorquino tem pizzas napolitanas, drink autoral e bar ao ar livre com vista para o Minhocão e seu futuro parque suspenso
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número 228 da Rua Tupi passou vários anos com as portas fechadas. Nos últimos meses, porém, quem transitava em frente ao endereço no coração da transformação do centro paulistano acompanhava o burburinho de uma restauração. O edifício de 1954 reabriu as portas exibindo fachada e ambiente interno com design sofisticado e contemporâneo, inspirado nas construções industriais de Nova York. Batizado de FRÊ Forneria em homenagem ao cachorro de um dos sócios, o restaurante pet friendly logo atraiu a atenção dos vizinhos e da crítica gastronômica. A história do Frê é uma inspiração. O cachorro, encontrado abandonado e ferido, demorou a aceitar o acolhimento da nova família e a entender que podia brincar, correr e comemorar. Ao trazer o ícone dessa amizade sincera em seu nome, o restaurante vira palco de bons momentos entre amigos e família.
A arquitetura do espaço de 500 m2 favorece celebrações. Peças de design criam a atmosfera intimista, com destaque para o par de luminárias Zettel’z do renomado light designer alemão, Ingo Maurer. Folhas de papel japonês translúcidas exibem cartas de amor escritas em diferentes idiomas e suavizam a luz que se espalha pelo ambiente. Há papéis em branco, aguardando a criatividade de novos escritores. Obras de artistas conceituados, como Gabriel Wickbold, Paula Delmanto, Fernando Bento e Paulo Von Poser, também estão expostas nas paredes. Todas as peças e quadros estão à venda.
UM BRINDE AOS MELHORES SABORES
FOTOS: HENRIQUE PERON
A produção da massa napolitana de longa fermentação começa 24 horas antes de chegar à mesa. É o descanso necessário
para garantir a máxima leveza da pizza individual. O FRÊ tem um cardápio de clássicos, como as deliciosas pizzas de burrata e de zucchini, acompanhado de criações únicas – caso do hambúrguer no pão de pizza. A receita desenvolvida na casa leva um blend especial de carne, cheddar inglês e cebola caramelizada, envoltos na massa de pizza finalizada no forno, que é uma das grandes atrações da cozinha aberta ao público. Além das massas crocantes, o chef Léo Conral assina o menu de pratos, seguindo a sazonalidade dos ingredientes. Com
passagem pelo Bistrot du Bord de l’Eau, restaurante do luxuoso hotel Hostellerie de Levernois, em Borgonha, na França, o chef saltense imprime sua marca na gastronomia do efervescente centro de São Paulo. Bons vinhos harmonizam os pratos de apresentação impecável. Uma adega exposta logo na entrada da forneria tem mais de cem rótulos selecionados pela Mistral. Já o cardápio de drinks mistura clássicos e autorais, como o Cosmo Gin, receita que substitui a vodca do tradicional Cosmopolitan pelo gin Tanqueray. Mas a estrela da casa é o Gin Tônica Rosé, preparado com a tônica Wewi orgânica rosé. Aberto de terça a domingo para o jantar, o FRÊ já prepara o cardápio dos brunchs de fim de semana e do almoço executivo durante a semana, além de abertura de um salad bar. O novo hotspot de São Paulo também se prepara o céu azul do outono. A música dos sunsets de sábados e domingos acompanhará entardeceres ainda mais coloridos, com o sol se pondo no skyline do concorrido backyard, que se debruça sobre o deslumbrante triângulo dos bairros Pacaembu, Higienópolis e Santa Cecília. Rua Tupi, 228 – Higienópolis – São Paulo – SP @freforneria AVIANCA EM REVISTA
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POINT OF VIEW
Family trip
SERÁ MESMO QUE NÃO DÁ? Como incluir os filhos em todos os tipos de viagens The Veigas
são a designer Mariana, o jornalista e escritor Edison e o pequeno Chico – que tem 5 anos e já fez bagunça em 25 países diferentes / @the_veigas // Are the designer Mariana, the journalist Edison and Chico, who is 5 and has messed around in 24 dfferent countries | @the_veigas
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uando tentamos incentivar amigos com filhos a levarem os “malinhas” em viagens, muitas vezes ouvimos coisas do tipo “mas com criança não dá para fazer tal e tal coisa”. Sejamos realistas: é verdade que a programação muda quando você está com filho pequeno – da mesma forma que viagem em casal é de um jeito, com turma de amigos é outro, sozinho é diferente também. Claro, se você pensa em assistir a uma ópera em Viena, realmente vai ter de arrumar um esquema para alguém ficar com a criança – ou o casal vai precisar se revezar. No ano passado, fomos visitar Chernobyl e, como a zona de exclusão é proibida para menores de 18 anos, precisamos combinar com a empresa que realiza os tours para que Mariana fizesse em um dia, Edison em outro – ao Chico, restaram as diversões em Kiev. Mas apesar de serem muitas as impossibilidades em um roteiro com criança, há coisas inusitadas nas quais dá para incluí-los numa boa. Antes de descartar completamente, tente descobrir se não há um jeito de ir com seu filho naquele programa que você gosta. É o caso de degustações de vinho – e aqui ninguém
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está falando para você embebedar seu filho, obviamente. Vale a pena se informar antes, mas se conhecer vinícolas e fazer degustações é algo que lhe agrada, saiba que muitas delas são bastante family friendly. Quando fomos à Matetic, no Chile, Chico tinha 3 anos – e enquanto a gente se esbaldava experimentando os rótulos de lá, a sommelier gentilmente ofereceu para ele um delicioso suco de uva. O menino também ganhou uma caixinha de lápis de cor e ficou desenhando. Tr ê s m e s e s d e p o i s , fizemos um tour por África do Sul, Namíbia, Zimbábue e Zâmbia, em que o périplo incluiu visitas a vinícolas. Chico foi bem-vindo em todas. Em algumas, com direito a mimos. Geralmente, ele ganhava um livrinho de colorir e ficava entretido. Mas a Neethlingshof foi a mais legal: enquanto fazíamos a tradicional harmonização de vinhos com comidinhas, Chico também recebeu a sua cartela. No caso dele, pôde combinar dois tipos de suco e milk-shake com chocolate, bolachas e pãezinhos. Agora que estamos instalados há quatro meses na Eslovênia, não vemos a hora de rodar pelas vinícolas daqui também.
// ISN'T IT REALLY POSSIBLE? How to include kids in all kinds of trips When we try to incentive friends with children to take “the mischievous little ones” on trips, many times we hear something like “but with children we are not able to do this or that”. Let's be realistic: it is true that the program changes when you are with a small kid – the same way that travelling as a couple, as a group of friends or even alone is also completely different. Of course, if you intend to see an opera performance in Vienna, you really have to find a way to have someone look after your children – or the couple will need to take turns. Last year, we went to visit Chernobyl and, since the exclusion zone is not allowed to people under 18 years old, we had to make a deal with the tour guide so that Mariana would take it on one day and Edison on the other – Chico had to amuse himself in Kiev. Although there are several things impossible to be done in an itinerary with children, there are unusual ones in which you could easily include them. Before giving up completely, try to discover if it is not possible to take your child with you in that program you are really willing to do.
This is the case of wine tasting – and here we do not mean you have to let your child drink, of course not. Getting informed beforehand is worthwhile, but if knowing the wineries and tasting wine is what pleases you, be aware that a lot of these locations are family friendly. When we went to Matetic, in Chile, Chico was 3 – and while we were having fun trying different labels of the region, the sommelier kindly offered him a delicious grape fruit. The boy also got a box of colored pencils and stayed quietly drawing. Three months later, we took a tour through South Africa, Namibia, Zimbabwe, Zambia, and the excursion included some visits to wineries. Chico was pretty much welcomed in all of them. In some of them, he was even spoiled by the hosts. He would usually get a booklet to be colored that entertained him. Neethlingshof, however, was undoubtedly the best one: while we were having a traditional wine and food pairing, Chico was given a list too. In his case, he could pair two kinds of juice and milk-shake with chocolate, cookies and some bread. Now that we have been living for four months in Slovenia, we cannot wait to start visiting the wineries here as well.
POINT OF VIEW
Expedition
A INDONÉSIA DOS NOSSOS “ANCESTRAIS” O encontro com os orangotangos: uma das experiências mais marcantes da Expedição Oriente Heloisa Schurmann Velejadora, professora, palestrante, escritora, pesquisadora da Família Schurmann e embaixadora da campanha Mares Limpos, da ONU Meio Ambiente. // Yachtswoman, professor, lecturer, writer, researcher of the Schurmann Family and ambassador of the UN Environment CleanSeas.
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avegando pelo mundo nesses últimos 35 anos, tenho tido a oportunidade de conferir de perto o pior e o melhor da nossa raça humana. Com pesar, testemunhei as consequências assustadoras de um comportamento destrutivo. Mas também tenho a alegria de ver a mobilização das pessoas em prol do nosso planeta e das espécies. Durante a Expedição Oriente vivenciei esses sentimentos conflitantes em nossa passagem pela Indonésia. A Indonésia é um arquipélago formado por mais de 17 mil ilhas com praias exuberantes, areias brancas e águas cristalinas. Um paraíso! São ilhas montanhosas com floresta densa e tropical, onde é possível encontrar mais de 15 mil plantas, sendo que, entre elas, seis mil só existem lá. Que ecossistema diversificado! Mas o cenário fascinante sucumbiu aos ataques do ser humano, responsável pelo desmatamento das florestas para que o espaço deixado fosse ocupado por plantações de óleo de palma. E, assim, a atividade econômica colocou os orangotangos em risco de extinção. Para você ter uma ideia, em 1970 existiam quase 300 mil orangotangos em Bornéu. Quando estivemos por lá, eram pouco mais de 100 mil. Em poucas décadas, 200 mil animais da espécie simples-
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mente “desapareceram” do mapa. Lamentável. Para reverter esse panorama, o país conta com uma área preservada de aproximadamente três mil metros quadrados, onde encontra-se o Parque Nacional Tanjung Puting e onde estivemos e renovamos nossas esperanças. Visitar o parque foi uma das experiências mais marcantes da minha vida. Que emoção estar tão perto dos nossos “ancestrais”. Você sabia que os orangotangos têm 97% do DNA igual ao nosso? Apesar da estatura não tão impressionante (eles medem entre 1,10 e 1,40 metro de altura e pesam de 40 a 80 quilos), de pertinho, eles parecem gigantescos. Talvez por aparentarem ser naturalmente majestosos. E o curioso é que essa imponência se faz presente, apesar do olhar doce de uma espécie tranquila. O Pa r q u e N a c i o n a l Tanjung Puting, em Bornéu, tem como missão resgatar, reabilitar e reinserir os orangotangos na natureza. Uma área fascinante com um propósito nobre e admirável, que merece ser visitada e divulgada. Ali, me encantei por essa espécie, que marcou nossa passagem pela Indonésia – um país que vai muito além de suas praias paradisíacas.
// INDONESIA OF OUR "ANCESTORS"
Meeting orangutans: one of the most remarkable experiences of the Orient Expedition Having navigated around the world in the last 35 years, I have had the opportunity to assess closely the worst and the best characteristics of human beings. With a heavy heart, I witnessed daunting consequences of destructive behavior. On the other hand, I am happy to verify the mobilization of people on behalf of our planet and species. During the Orient Expedition, I experienced those mixed feelings while passing by Indonesia. Indonesia is an archipelago formed by more than 17 thousand islands with astonishing beaches, white sand and crystal clear water. A real paradise! The islands are mountainous with dense tropical forest, where you can find more than 15 thousand kinds of plants, whereas six thousand of them can only be found there. What a diversified ecosystem! But the fascinating scenery succumbed to the human being attack, responsible to the deforestation to make room for oil palm plantation. And so, the economic activity endangered orangutans to extinction. To give you an idea, in 1970 there were almost 300 thousand orangutans in Borneo. When we were there, they were a little more than 100 thousand. In a few decades, 200 thousand animals belonging to that species
simply "disappeared" from the planet. This is regrettable. In order to reverse this panorama, the country relies on a preserved area of approximately three thousand square meters, where the National Park Tanjung Puting is located and where we have been to, having then our hope renewed. Visiting the park was one of the most outstanding experiences of my life. How thrilling it was, to be so close to our "ancestors". Did you know that 97% of the orangutan DNA is the same as ours? Considering that their height is not so impressive (they are approximately 1.10 to 1.40 meters tall and weigh from 40 to 80 kilograms), when you are very close to them, they seem to be very tall. Maybe because they look like naturally majestic. And it is curious that this magnificence is apparently present, regardless of the sweet gaze of a peaceful species. The National Park Tanjung Putingin in Borneo has the mission of rescuing, rehabilitate and reinsert the orangutans in nature. This is a fascinating area with a noble and admirable purpose that deserves being visited and promoted. This is where I was ravished with delight by that species, which left a mark on our tour through Indonesia – a country that goes far beyond its breathtaking beaches.
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INSPIRATION
LITRO DE LUZ
A
organização internacional Litro de Luz leva iluminação para comunidades que não têm acesso à energia elétrica. Com garrafas plásticas, canos PVC, painéis solares, baterias e lâmpadas LED, a associação desenvolveu dispositivos de baixo custo para ambientes internos e áreas públicas. Simples e sustentável, a tecnologia já impactou mais de 10 mil pessoas ao redor do mundo. A ideia surgiu em 2002, quando o mecânico brasileiro Alfredo Moser instalou no telhado de casa uma lâmpada artesanal, feita com garrafa PET, água e alvejante. Dez anos depois, influenciado pela criação, o filipino Illac Diaz criou o projeto Litro de Luz para expandir a ideia e ajudar famílias em seu país. Hoje, a iniciativa está presente em mais de 20 países, incluindo Colômbia, Quênia, Honduras e Brasil, com mais de 1 milhão de lâmpadas instaladas.
// LITRO DE LUZ The international organization Liter of Light brings lighting to communities with no access to electric light. Using plastic bottles, PVC pipes, solar panels, batteries and LED light bulbs, the association developed low-cost devices for indoor environment and public spaces. Simple and sustainable, technology has already impacted more than 10 thousand people around the world. The idea came up in 2002 when the Brazilian mechanic Alfredo Moser installed on the roof of a house an artisanal light bulb made of a PET bottle, water, and bleach. Ten years later, influenced by the invention, the Philippine Illac Diaz created the project Litro de Luz in order to expand the idea and help people in his home country. Today, the initiative is present in more than 20 countries, including Colombia, Kenya, Honduras, and Brazil, with more than 1 million light bulbs already installed.
litrodeluz.com
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FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK
TEXTO / TEXT RENATA CANIVEZO
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