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Pedra do Valado – revelou os seus tesouros Em sessão realizada em Armação de Pêra
Um espaço emblemático da vila de Armação de Pêra – a Lota - foi o local escolhido para uma apresentação pública com o tema “O Recife do Algarve – Pedra do Valado: um tesouro escondido a proteger”.

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A sessão decorreu no dia 26 de maio, por ocasião do 24º Festival da Caldeirada e do Mar, que nesse dia se iniciava em Armação de Pêra, organizado pela Câmara Municipal de Silves.
A presidente da autarquia, Rosa Palma, deu as boas vindas aos presentes e deixou no ar a questão: “o que é este tesouro tão especial?”
A resposta foi dada por Jorge Gonçalves, investigador do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve, entidade que estuda há vários anos esta zona, entre o farol de Alfanzina e a Marina de Albufeira, até uma distância da costa com cerca de 50 metros de profundidade, abrangendo os municípios de Silves, Lagoa e Albufeira, na qual se encontra, junto a Armação de Pêra, a Pedra do Valado.
A Pedra do Valado é o maior recife rochoso costeiro a baixa profundidade em Portugal, com condições naturais muito singulares, que têm permitido o desenvolvimento de uma biodiversidade marinha única. É o que possui maior número de espécies com estatuto de conservação, com 889 espécies observadas, com 45 novos registos para a ciência em Portugal e onde foram encontradas 12 novas espécies para a ciência, a ní- vel mundial. É igualmente um local privilegiado para as ervas marinhas e jardins de gorgónias, com corais moles.
A par do seu interesse científico, é uma das áreas mais ricas e produtivas da região do Algarve, com muitas espécies com interesse comercial e que suporta muitas atividades económicas e modos de vida, como a pesca local.
Toda esta riqueza, como explicou Jorge Gonçalves, esteve seriamente ameaçada, em 2018, quando foi apresentado, para esta zona, um projeto de aquacultura, com uma área de 60m2. A sua imple- mentação, significaria que “não haveria pesca nenhuma, nem atividades marítimo-turísticas”.
Foi então que surgiu o projeto da criação de uma área marinha protegida ao largo de Armação de Pêra, tendo como promotores o CCMAR, a Fundação
Oceano Azul, a Câmara Municipal de Silves, a Junta de Freguesia de Armação de Pêra e a Associação de Pescadores de Armação de Pêra, a que se juntaram posteriormente os municípios de Lagoa e Albufeira.
Aos objetivos de proteção da natureza aliaram-se os objetivos de defesa da pesca local, que vinha a sofrer um decréscimo, quer em volume de pesca desembarcada quer em número de embarcações e se tornara bastante dependente da pesca de uma única espécie, o polvo. O processo de constituição da área marinha protegida desenrolou-se durante dois anos, ao longo de mais de 60 reuniões, com a participação de 89 entidades, incluindo associações da pesca profissional e lúdica, representantes de empresas marítimo-turísticas, administração regional, local e central, centros de investigação científica, federações desportivas, autoridade marítima, agrupamentos de escolas, organizações não-governamentais e associações empresariais. Segundo o CCMAR, foram realizadas seis sessões presenciais, mais de 60 reuniões bilaterais, e uma sessão final de apresentação da proposta de zonamento e das bases
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NIF : para o regulamento desta área marinha protegida. Este é um processo que orgulha os seus promotores porque foi a primeira vez em Portugal, que um projeto desta natureza foi construído “de baixo para cima”, com a participação de todos os interessados, o que lhe permitirá, pensam, “funcionar, ao contrário do que aconteceu com as outras áreas marinhas protegidas, criadas a partir de gabinetes”, sem a participação dos locais. Em resultado de todo este trabalho, em maio de 2021, o dossier com a proposta de criação da primeira Área Marinha Protegida de Interesse Comunitário (AMPIC) em Portugal, designada Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado. A proposta aguarda ainda uma decisão final.
O modelo proposto inclui a criação de uma área de proteção total de quatro quilómetros quadrados, a zona de maior biodiversidade marinha, onde estão proibidas a passagem e quaisquer atividades, com exceção de estudos científicos.
Está prevista também uma área de proteção parcial na crista do recife, com 16,5 quilómetros quadrados, para a salvaguarda de uma zona de interesse ecológico elevado, que une as duas áreas com mais importância para a biodiversidade marinha. Aqui serão apenas permitidas atividades não extrativas, sustentáveis e devidamente regulamentadas, como mergulhos e passeios.
A área de proteção comple- mentar tem 135 quilómetros quadrados, abarca grande parte do recife rochoso e é onde vai ser permitida a pequena pesca artesanal. Serão ainda criadas zonas de proteção especial na costa, para proteção das ervas marinhas e poças de marés. Na zona exterior do recife, poderão operar todas embarcações ções do vereador da Câmara Municipal de Silves, Maxime Sousa Bispo, do presidente da Associação de Pescadores de Armação de Pêra, Manuel João Prudêncio, da investigadora do CCMAR Mafalda Rangel e de alguns dos presentes, sobretudo pescadores. Das intervenções realizadas, destaca-se a chamada de atenção para a necessidade de intervenção na Ribeira de Alcantarilha que “era uma maternidade natural que alimentava a Pedra do Valado” , e que se encontra assoreada. Manuel João, da Associação de Pescadores, defendeu a preservação da riqueza desta área, uma realidade que os “pescadores já conheciam há muito tempo” e sublinhou que a defesa do ambiente tem que ser feita com equilíbrio, de forma a “garantir a sustentabilidade dos pescadores”. Afirmou que, ao contrário do que por vezes se diz, a “comunidade piscatória de que “o grosso do peixe que é comercializado em Armação de Pêra venha de outras zonas do Algarve e até de Marrocos”.
Na sua opinião, a implementação da AMPIC deveria ser complementada com outras iniciativas, em Armação de Pêra, como a criação do Museu do Mar, do qual se fala há muitos anos, e de uma biblioteca temática, relacionada com o mar, no antigo Mercado Municipal, “edifício centenário que está a servir de arrecadação, depois de ter sido desmontado em Silves, e transportado para Armação”.
Forma de Pagamento: Cheque Transferência de pesca, mas por toda a área protegida são excluídas o arrasto, a ganchara e a xávega. Ficam também proibidas as atividades de aquacultura, dragagens comerciais e a alimentação de praias, a não ser por razões de necessidade extrema e segurança da costa.
Medidas compensatórias Após a apresentação do projeto e de uns vídeos sobre o Parque Marinho, seguiu-se um debate com as participa-
Armação de Pêra tem mais jovens e pescadores do que há dois anos atrás” e que tem de ser defendida, nomeadamente através das “medidas compensatórias” que estão previstas aquando da implementação da AMPIC. Uma das medidas, deveria ser a requalificação da Lota de Armação de Pêra, que, a funcionar, iria “melhorar o preço do pescado” e rendimento dos pescadores. A situação atual, da Lota encerrada, faz com
Da parte do Município de Silves, interveio o vereador Maxime Sousa Bispo, que elogiou este “projeto inovador e pioneiro”, no qual o Município participa “desde a primeira hora” e cuja primeira conquista foi “conseguir travar o projeto de aquacultura” previsto para a zona. O vereador falou da necessidade de “acautelar” os interesses dos pescadores que, “num primeiro momento” poderão registar “eventuais perdas económicas” que terão de ser contrariadas com “medidas compensatórias”. Da parte do Município, disse, este está “empenhado em criar condições para apoiar a comunidade”, nomeadamente através de medidas como a recente aquisição de um novo trator, ou da requalificação dos abrigos de pesca, um projeto a iniciar em breve, estando igualmente em conversações com a Docapesca, com vista à requalificação da Lota. Mas não deixou de sublinhar que se é verdade que não se pode corrigir “erros urbanísticos do passado”, o facto é que em Armação existe um “capital natural, acrescido e único” com a possibilidade de lhes contrapor um “destino turístico ambiental e distinto”.
O desafio, acrescentou o vereador, é o de firmar o concelho de Silves, com Armação de Pêra e Pêra (incluindo a Ribeira de Alcantarilha e a Lagoa dos Salgados), como um concelho comprometido com a defesa da AMPIC e com o legado a deixar às gerações vindouras.
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Opinião
Editorial Paula Bravo
Mostra-me a conta Jornalista
Muitas são as vozes que se têm insurgido contra o facto do edifício do Cineteatro Silvense se encontrar à beira da ruína, bem no meio da cidade, colocando já em causa a segurança pública. E ainda são mais aqueles que se lembram e recordam com nostalgia os filmes e espetáculos que por ali passaram e que marcaram épocas das suas vidas…
O futuro do Cineteatro Silvense esteve há dias em discussão, numa tertúlia em Silves, na qual várias pessoas
Tomar
Partido Francisco Martins Economista
Desafios dos Fundos Europeus
Aexecução do vasto pacote financeiro colocado à disposição de Portugal, constituído pelo que resta do Programa 2020, pelo Plano de Recuperação de Resiliência (PRR) e o novo Quadro Comunitário Portugal 2030, representa um desafio único para a competitividade, a transição climática e o desenvolvimento do país. São cerca de 50 mil milhões defenderam que a Câmara Municipal tem obrigação de recuperar o edifício e transformá-lo num novo pólo cultural na cidade. O que levanta uma questão: quanto custaria isso e a quem serviria? Pessoa mais informada do que eu e que já fez as contas, diz-me que uma obra dessa envergadura não custaria menos de um milhão de euros, para recuperar o edifício em ruínas e converte-lo num espaço aberto ao público, obedecendo a todas as novas exigências. Além de que –pormenor importante – seria necessário que a Câmara conseguisse adquirir o Cineteatro, que é pertença de algumas dezenas de investidores, alguns deles em parte incerta e sem qualquer interesse manifesto na sorte do cineteatro.
Pondo de parte esse pormenor de euros que implica um ritmo de execução de mais de 7 mil milhões por ano, notoriamente um objetivo altamente exigente, se comparado com os últimos quadros comunitários que foram executados à média de 2,5 mil milhões por ano. É requerido neste processo, articulação e foco, desburocratização e agilização na criação dos procedimentos por parte do governo e entidades gestoras, que conduzam à operacionalização dos instrumentos, implementação dos regulamentos específicos, publicação dos Avisos de Concurso e submissão das candidaturas. Sendo que nesta última fase terão prioridade e vantagem os beneficiários que previamente se prepararam fundamental (da enorme verba que a Câmara teria de investir) levanta-se a outra questão. E para quê/ para quem? Sejamos francos. Qualquer cidadão que frequente os espaços e iniciativas culturais na cidade sabe que o público, salvo raríssimas exceções, se resume a escassas dezenas de pessoas. Não é só em Silves que isto acontece, mas é um facto. A indignação, os gostos e os emojis que pululam nas redes sociais não se transportam para a realidade. Exponho mais um caso. Esta semana vi umas fotos que dão conta da derrocada da Ermida de Sant’Ana, na freguesia de São Bartolomeu de Messines. A última vez que por lá passei, o telhado estava já a desabar, com buracos abertos, este inverno completou a destruição. A consternação foi geral. Muita emoção nas redes sociais, ai que pena… Ai que desperdício, pensei eu. Lembro-me bem quando, há algumas décadas atrás, no mandato do presidente José Viola, a Câmara, embora não fosse da sua competência, recuperou a ermida que se encontrava abandonada há muito, por insistência do pároco de Messines, pessoa empenhada na recuperação do património religioso da freguesia. Falecido o padre Brito, a vida avançou noutras circunstâncias e a ermida encontra-se de novo em ruína. E claro, há um movimento de cidadãos para que a Câmara faça as obras de recuperação… E quando se fala em património religioso no concelho, não há como escapar ao tema da Sé de Silves. Os silvenses lembrarão quando, há alguns anos, o padre Carlos Aquino, teve que interromper os serviços religiosos, caíram bocados do telhado na rua e embora não fosse da competência da Câmara, a presidente Isabel Soares procurava mecenas privados que financiassem as obras, enquanto a Igreja e o Estado se alheavam da situação…
E veja-se, nos dias de hoje, quem tem estado a zelar para as obras de manutenção e recuperação dos principais monumentos da cidade, do Castelo, às muralhas, passando pela Ponte Velha. Mais uma vez, o esforço, o empenho e o financiamento (total ou parcial) tem sido da Câmara de Silves.
Dirão: não faz mais do que a sua obrigação. E há muita verdade nessa observação. Mas pergunto: e quem paga a conta? E mais: é justo que o faça? Quem lida com um orçamento, se coloca num lado terá de tirar de outro –é a regra. Onde tirar e onde colocar são decisões que cabem ao poder político que num determinado momento dirige o município. Mas, muitas vezes, os executivos não têm escolha: ou agarram ou deixam cair.
E terão de tomar essa decisão sabendo que seja uma ou outra escolha, de uma forma ou de outra, serão sempre criticados e julgados. Quanto a nós, cidadãos, cabe-nos analisar, tentando não nos deixarmos conduzir por nostalgias pessoais ou ambições que só servem o nosso tempo. Porque, o que queremos, é futuro construído com rigor, com as contas certas e justas. Para que uns não tenham de pagar pela negligência de outros.
P.J.G.
Rua António Aleixo nº3
Propriedade e Editor: com a contratação e elaboração dos projetos técnicos, sem os quais não haverá aprovação de candidaturas ou lançamento de concursos públicos para a execução de empreitadas e investimentos.
Associação de Desenvolvimento do Concelho de Silves, “Pé de Vento”, Morada: Rua da Fábrica, nº3, 8375147 S. Bartolomeu de Messines, NPC: 510985807 | Registo ERC Nº 123511. Depósito Legal nº 153123/00.

O Município de Silves encontrar-se-á neste patamar de exigência, visto ter lançado elevado número de candidaturas a financiamento comunitário, destacando-se do seu conjunto, um bom número de projetos na sua maturação máxima, i.e., projetos de execução, vários deles em fase de concurso público, outros com obra executada ou com obra em curso, que é demonstrativo de eficiência no aproveitamento das oportunidades de financiamento externo e na alavancagem do investimento municipal. No Plano de Ação submetido recentemente à Associação de Municípios do Algarve (AMAL), no âmbito do Portugal 2030, o Município de Silves integrou 50 projetos no valor global de 27,8 milhões de euros, abarcando eixos e áreas como a eficiência energética, o ciclo urbano da água, o sistema de higiene pública, o património cultural e natural e a proteção civil. Numa das componentes (cultura e património) das candidaturas ao PRR o Município de Silves alcançou assinalável êxito ao garantir financiamento comunitário para a obra de Reabilitação, Conservação e Restauro das Muralhas e Porta da Almedina de Silves (2, 2 milhões de euros). É elucidativo que o projeto de execução das “Muralhas de Silves” foi concluído em 2017.
Uma das condições para uma boa gestão autárquica pressupõe dinâmica, visão e eficiência na obtenção de meios financeiros externos, precedido, necessariamente, de programação e planeamento.
Apostila – O ex-Ministro da Educação do tempo da troika (2011-2015), Nuno Crato, tem dado à costa para criticar a falta de professores nas escolas. Até aqui tudo muito bem, não fosse o facto de Nuno Crato ter afirmado durante o seu consulado na Educação que tínhamos professores a mais e que a redução era inevitável. E neste aspeto foi consequente. Foi com ele no ministério que o número de professores foi reduzido em 30 mil, ou seja, em 20% do total! Acrescendo ainda que o ex-primeiro-ministro do seu governo, Passos Coelho (PSD), convidava na altura os professores desempregados a “abandonarem a sua zona de conforto” e a “procurarem emprego noutro sítio”! Objetivamente, são estes os políticos que descredibilizam e afastam os cidadãos da política e da defesa da Democracia, levando-os a pensar (erradamente) que são todos iguais.
Contabilidade Unipessoal, Lda.
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António Eugénio, António Guerreiro, Aurélio Nuno Cabrita, Fabrice Martins, Francisco Martins, Helena Pinto, José Alberto Quaresma, José Manuel Vargas, Miguel Braz, Mónica Gonçalves, Paulo Penisga, Ricardo Camacho, Sara Lima, Teodomiro Neto, Tiago Brás.
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Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores.
Concelho
Pavimentação de caminhos em Tunes
O Município de Silves concluiu recentemente a pavimentação de três caminhos, localizados em Várzea da Figueira, a norte e a sul da EN 269-1, na freguesia de Tunes, numa extensão de 1,3 km.
“A pavimentação dos caminhos em betuminoso contemplou a construção de rede de drenagem e passagens hidráulicas, para além da instalação de sinalética rodoviária, num investimento que ascendeu a 227 mil euros”, informa a autarquia. “Este novo investimento vem melhorar os níveis de bem-estar, mobilidade e segurança rodoviária, bem como o desenvolvimento da atividade empresarial, integrando-se na estratégia mais geral de reabilitação e modernização da rede viária em todo o concelho de Silves.”
Novas viaturas para freguesias
O Município de Silves ofereceu à Junta de Freguesia de São Marcos da Serra e às Uniões de Freguesia de Algoz e Tunes
A Joelette é uma cadeira concebida originalmente no final dos anos 80 do século XX por Joël Claudel, um guia de montanha que queria que o seu sobrinho, que sofria de miopatia, pudesse desfrutar dos grandes espaços naturais.
A Joelette pode ser usada para transportar crianças ou adultos que contem com o auxílio de pelo menos dois acompanhantes, que asseguram a condução. Esta cadeira pode circular em qualquer terreno por onde uma bicicleta de montanha seja também capaz de passar. A cadeira é desmontável e cabe na bagageira de um automóvel.

A Joelette foi adquirida pela Associação Almargem, entidade gestora da GR13 – Via Algarviana, no âmbito da candidatura Via Algarviana – (Des)envolvendo o interior do Algarve ao abrigo do programa Valorizar”, Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, financiado pelo Turismo de Portugal. Recorde-se que a GR13 –Via Algarviana, cuja entidade gestora é a Associação Almargem, liga Alcoutim ao Cabo de São Vicente, numa extensão de cerca de 300 quilómetros, percorrendo os territórios de baixa densidade do Algarve. Neste momento, além do seu eixo principal, inclui uma grande rede de rotas complementares.
Os percursos estão distribuídos por 13 concelhos, entre os quais o de Silves.
IP abre concurso para estrada do Furadouro

A Infraestruturas de Portugal tem aberto um concurso público para Empreitada de Linha do Sul e alargamento da Estrada Municipal, (Bairro do Furadouro), na freguesia de São Bartolomeu de Messines.
O preço-base é de 600 mil euros.
A concretização desta obra poderá vir a resolver os problemas existentes nesta estrada municipal, frequentemente apontada como perigosa, quer para viaturas, quer para peões.
“Trata-se de um percurso bastante perigoso e onde já ocorreram diversos acidentes. Por outro lado, quando as viaturas se encontram no cimo da lomba, os condutores têm de recorrer a manobras difíceis e perigosas, fazendo marcha atrás durante trajetos extensos”.
Nesta estrada circula “trânsito com uma certa frequência, pois além de servir os residentes da área e zonas limítrofes, é a via que dá acesso à Barragem do Funcho”.

Para o BE, “a situação da via estreita pode ser resolvida com o recurso a sinais luminosos (semáforos), ou então procedendo ao seu alargamento ao longo da linha férrea, como estava previsto em 2004, mas nunca concretizado pelas entidades competentes”.
A falta de soluções, apesar de muitas reclamações dos moradores da zona, levou também o presidente da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines, à época, João Carlos Correia, a defender a colocação de semáforos neste troço da estrada, considerando ser esta a solução mais viável e económica para resolver a situação de perigo que existe no Furadouro e que já resultou em vários acidentes, alguns dos quais com gravidade. Esta situação foi criada com a supressão da passagem de nível do Furadouro e, logo na altura, em 2003, os moradores levantaram esse problema dizendo que as obras da REFER, iriam criar “mais um troço de alto risco e sem margem de alargamento, dada a sua apertadíssima localização ainda mais rente à linha e ladeado por uma incrível e perigosa escarpa, mesmo a pique, onde se encontra a capela”.
Mais tarde, a REFER veio falar no alargamento da via, (para o lado da linha férrea) e na construção de uma passagem superior para peões, mas nem uma obra nem outra foram executadas.
IV Encontro de Ciclomotores em Silves
OVI Encontro de Ciclomotores terá lugar no dia 11 de junho, organizado pela Associação Rodas Lentas de Silves.
A concentração será junto da Fissul, em Silves, pelas 9h. Pelas 10h tem início o passeio que termina, pelas 13h, com um almoço aberto a todos os participantes.
O evento tem o apoio da Câmara Municipal de Silves e Junta de Freguesia de Silves.
e de Alcantarilha e Pêra, três viaturas ligeiras para a recolha de monos e verdes, num valor que ascendeu a 170 mil euros. “O investimento da autarquia representa um reforço adicional aos Autos de Transferência e Contratos Interadministrativos de Delegação de Competências que foram estabelecidos para o mandato autárquico 2022-2025 (1 milhão 321 mil euros / ano), dando melhores condições às freguesias para a prestação do serviço de limpeza e higiene urbana e recolha de monos. O presente investimento integra um pacote mais vasto que inclui a oferta de mais três viaturas, atingindo o valor global de 370 mil euros”, informa a autarquia.
Via Algarviana já tem cadeira para turismo inclusivo
A Via Algarviana já tem disponível para empréstimo, uma cadeira Joelette –um veículo monorroda para turismo inclusivo. “O objetivo é que cada vez mais pessoas com mobilidade reduzida possam ter os benefícios físicos e mentais da prática do pedestrianismo no território Via Algarviana e a experiência da beleza destes espaços naturais”, informa a Associação Almargem.
A cadeira Joelette está disponível, desde o dia 23 de maio, e pode ser requisitada, gratuitamente, por pessoas individuais, associações, instituições ou empresas de animação turística.
Em 2018, os deputados do Bloco de Esquerda, João Vasconcelos e Heitor Sousa, questionaram o Ministério do Planeamento e Infraestruturas, sobre a perigosidade da estrada do Furadouro, na freguesia de São Bartolomeu de Messines.
No seu documento, que o Terra Ruiva publicou, sublinhavam que a referida estrada municipal tem uma passagem muito estreita, que não permite o cruzamento de viaturas, junto à capela de S. Pedro, num percurso de cerca de 100 metros, caracterizado por uma lomba muito acentuada (subida e descida muito inclinadas) que retira a “completa visibilidade aos condutores”.
Mais informações através do 967 600 627, ou associacaorodaslentassilves@gmail.com . As inscrições são no local, no dia do passeio.
