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Tertúlia sobre o passado e o futuro do Cineteatro Silvense

seio da sociedade anónima, proprietária do espaço, pois não havendo iniciativa e consenso dificilmente a situação poderá ser desbloqueada. Dos dois sócios maioritários, um tem vontade de avançar, tem um projeto que contempla a manutenção da vertente cultural. O outro, remete-se ao silêncio.

sublinhando que tal situação é insustentável e quem de direito terá de assumir responsabilidades.

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Decorreu no passado dia 26 de maio, na Biblioteca Municipal de Silves, a tertúlia debate organizada pelos Amigos de Silves, com o tema Cineteatro Silvense - Memórias do Passado, Perspetivas de Futuro. A sessão foi animada, contando com ampla partici- pação. Se as memórias são tranquilas e repousam mais ou menos vivas nas recordações evocadas por alguns dos presentes, já no que concerne às perspetivas de futuro para o edifício do Cineteatro as opiniões ganharam ânimo e até alguma polémica.

O principal problema está no

José Manuel Coelho Guerreiro

Materiais Eléctricos

Instalações Eléctricas

Electrobombas - Ferramentas

Mini-Mercado

Assim, com este impasse, a degradação do edifício continua a cada dia que passa. Porém, os responsáveis autárquicos presentes na sessão, o vereador Maxime Sousa Bispo e o presidente da junta de freguesia, Tito Coelho, chamaram a atenção para os problemas de segurança que se colocam, como aconteceu ainda recentemente com a queda de vidros do edifício;

O tema em debate foi adquirindo amplitude de discussão quando se falou de política cultural e da pertinência ou não da manutenção da função cultural do Cineteatro na cidade. Aí, entre os participantes houve quem tivesse referido que a cidade já tem alguns espaços culturais que permitem eventos, questionando a criação de um novo, se muitas vezes há escassez de público nos que já existem. Também a questão: se o município tem ou não uma política cultural, sustentada numa programação regular, consistente e inovadora foi referida. Também se falou da maior mobilidade nos dias de hoje, com a facilidade de deslocação a concelhos vizinhos para usufruir de outros géneros de oferta cultural mais contemporânea (dança, teatro, concertos).

Contudo, a auscultação das intervenções permite concluir que a maior parte gostaria de ver recuperado um espaço com profundo significado na História da cidade.

Tendo o apresentador e moderador da sessão, Paulo Penisga, questionado em jeito de conclusão: “Já pensaram que quando se trata da construção de mais um hipermercado, aceitamos demasiado facilmente a sua instalação, não começamos a falar de problemas de estacionamento e se haverá clientes ou não...Cabe também ao poder político, penso, exercer uma função pedagógica, de mudança de mentalidades, e decidir de forma clara e convicta, numa perspetiva cívica e cultural, o que é melhor para a cidade, para os que a habitam e visitam. Silves tem a oportunidade única, se houver reabilitação do cineteatro, de acolher no coração urbano um novo equipamento cultural, não apenas para exibir cinema, mas como sala/auditório para artes de palco que exigem maior dimensão e meios técnicos, capaz de acolher novas propostas e mais público, revitalizando e tornando atrativa essa zona da baixa”.

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