Tímpano O tímpano é o único tambor da orquestra que produz notas de altura definida. A membrana do tímpano, de couro de bezerro ou plástico, é esticada sobre uma bacia de cobre. A tensão da membrana ou pele é regulada ao se apertarem os parafusos em forma de "T" que estão colocados em volta da borda do tímpano. Ao aumentar-se a tensão da pele, obtêm-se notas mais agudas; ao diminuir-se a tensão, obtêm-se as notas graves. Os tímpanos afinados por pedal (ou "cromáticos") são comumente usados hoje em dia, produzindo notas de alturas diferentes bem mais rapidamente, sendo a tensão da pele regulada por um pedal. Os compositores modernos às vezes indicam na partitura que a altura da nota deverá ser mudada ao mesmo tempo em que se percute o tímpano. O timpanista pode percutir com golpes isolados, ou rufar, percutindo com as baquetas direita e esquerda, alternadamente, com muita rapidez; também é possível executar ritmos extremamente complexos em grupos de até quatro tímpanos. A cabeça das baquetas pode ser feita de feltro, espuma de borracha, cortiça ou madeira. O grau de dureza das cabeças das baquetas afeta o ataque, o volume e o timbre. Os timpanistas tocam somente os tímpanos, deixando os outros instrumentos especificados pela composição para serem tocados pelos outros percussionistas. Os tímpanos foram incorporados à orquestra século XVII. Por muito tempo, os tímpanos foram os únicos instrumentos de percussão admitidos na orquestra.
Bombo A caixa baixo ou bombo pode ter duas membranas ou somente uma. Os parafusos são regulados para a obtenção da melhor ressonância - pois esse tambor ou caixa não produz notas de altura definida, apenas um grave e sonoro "buum". O bombo é o instrumento que possui o maior poder de dinâmica de todos os instrumentos da orquestra. Tocado suavemente, ele é percebido, sentido, mais do que ouvido. Tocado vigorosamente, pode tornar-se eletrizante. A baqueta do bombo tem uma cabeça ampla almofadada. Podem-se percutir ataques isolados ou rufar usando as baquetas de tímpano. Efeitos especiais incluem percussão com baquetas duras, com vassourinhas de metal ou um feixe de varetas de vidoeiro.
Caixa Clara Esse tambor é proveniente da parte musical dos acontecimentos militares. Nessas ocasiões, ele é geralmente colocado a tiracolo, do lado direito do instrumentista, para ser percutido enquanto se marcha. A caixa clara tem duas membranas: a superior, que é percutida, e a inferior, que entra em contato com a esteira. A esteira consiste em segmentos de arame espiralado ou tripa, esticados ao longo da membrana inferior. Quando a membrana superior é percutida, geralmente com baquetas duras, a esteira vibra a membrana inferior, produzindo um som claro, enérgico, chocalhante. Às vezes, os compositores pedem para suspender a esteira, evitando assim que ela entre em contato com a membrana inferior e permitindo que as duas membranas vibrem sozinhas. Os toques característicos da caixa clara incluem o rufo ou "rulo", o flam e o drag. O rufo é produzido ao se alternarem toques duplos com cada baqueta - dois com a direita, depois dois com a esquerda e assim por diante. O flam consiste em uma nota acentuada precedida por uma nota de apoggiatura. O drag consiste em uma nota acentuada, precedida por duas ou mais de apoggiatura. Os efeitos especiais incluem: tocar com, vassourinhas de metal; o rim-shot, produzido ao percutir a baqueta esquerda com a direita, estando a baqueta esquerda com a cabeça tocando a pele da caixa e o meio da baqueta apoiado no aro, com o que o som obtido é similar ao tiro de uma pequena arma de fogo; tocar no aro - percutir no aro de metal ou madeira do instrumento, às vezes percutindo simultaneamente a pele ou alternando entre percutir a pele e o aro. A caixa tenor é realmente uma caixa clara sem esteira e com um som mais grave.