LISTA DE SIGLAS ASSUMA – Associação dos Servidores da Universidade Federal do Maranhão BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento. CACEM – Centro de Artes Cênicas do Maranhão. CCT – Centros de Capacitação Técnica. CEM – Centro de Ensino Médio. CORSUP – Coordenadoria dos Órgãos Suplementares da UFMA. COTEATRO – Companhia Oficina de Teatro. DAC – Departamento de Assuntos Culturais. EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo. EMEM – Escola de Música do Estado do Maranhão. ETAM – Escritório Técnico de Assistência aos Municípios. FMR – Fundação da Memória Republicana. IAPAS – Administração Financeira da Previdência e Assistência Social. IBPC – Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural. IDH – Instituto de Desenvolvimento Humano. IEMA – Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. IMPUR – Instituto de Paisagem Urbana. INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. MAS – Museu de Arte Sacra. MHAM – Museu Histórico e Artístico do Maranhão. PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. PPRCH – Programa de Preservação e Revitalização do Centro Histórico. PPRCHSL – Programa de Preservação e Revitalização do Centro Histórico de São Luis. PREXAE – Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Maranhão SEBRAE – Sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. SECMA – Secretaria de Estado da Cultura. SENTA – Serviço de Mobilização dos Trabalhadores. SEPLAN-MA – Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento do Maranhão. SPHAN – Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. UFMA – Universidade Estadual do Maranhão. UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. ZTE – Zona de Tombamento Estadual.
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3
PREFÁCIO O convite que faço agora é para uma viagem longínqua no conhecimento de uma pequena parte da riqueza dos monumentos históricos localizados nas cidades de São Luis, Alcântara e Rosário, no estado do Maranhão. O livro a seguir, surge como produto do Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual do Maranhão. Orientado pela professora Dra. Márcia Tereza Campos Marques, consiste na revisão e atualização do exemplar “Monumentos Históricos do Maranhão” escrito em 1979 mediante pesquisa em órgãos públicos, acervo dos imóveis e bibliografia relacionada à história do Maranhão. A ideia de atualizá-lo surge a partir da curiosidade de saber como estão hoje - 35 anos depois de sua publicação - os 82 monumentos escolhidos na época para serem estudados e da percepção da necessidade de livros que deem continuidade à história, documentando o nosso acervo presente para o conhecimento de gerações futuras. Como acréscimos realizados nesta versão podese destacar o complemento da parte histórica e de intervenções realizadas, a atualização das características arquitetônicas, análise da conservação e levantamento fotográfico de cada monumento. Quanto à análise de conservação é válido destacar que, por ocasião do tempo disponível, esta foi feita com observação apenas do exterior dos imóveis e leva em consideração sua integridade física. Para tanto, serão utilizados quatro termos de avaliação baseados no método utilizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), são eles: Bom, regular, ruim e em arruinamento. Baseado em literatura referente à conservação patrimonial, considerar-se-á que o imóvel está em bom estado de conservação quando este não apresenta danos no que diz respeito à sua estrutura; em estado regular, se apresentar trincas, fissuras ou pequenos danos em seus elementos arquitetônicos; ruim, se apresentar rachaduras ou fendas, danos graves, mas que ainda apresentam possibilidade de reparo; e por fim, em arruinamento, quando sua estrutura já não se encontra mais completa, com queda de paredes, ausência de cobertura ou danos irreparáveis. 4
Para melhor compreensão e entendimento do conteúdo que compõe esta versão do livro, é necessário que se tenha em mente algumas opções de formatação escolhidas: Todos os trechos do texto que estiverem escritos em fonte itálica e todas as fotografias impressas em preto e branco pertencem ao livro original “Monumentos Históricos do Maranhão”, de 1979; ao lado do título de cada monumento, entre parênteses, encontra-se o trecho das páginas em que você poderá encontrar, no livro original, as informações sobre o monumento e as imagens apresentadas; e para facilitar possíveis pesquisas futuras, as referências bibliográficas encontram-se organizadas por monumento. Espera-se que a partir deste, possa-se contribuir com a ampliação do conhecimento de moradores, pesquisadores e visitantes e despertar a curiosidade a cerca não só desta pequena parte, mas de todo o nosso patrimônio, entendendo que para preservar é necessário apropriar-se e para isso precisa conhecer.
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SUMÁRIO SÃO LUÍS – UMA LEITURA ATRAVÉS DO TEMPO....................................................................................... 8 Mapa: Monumentos de São Luis................................................................................................................... 12 Mapa: Monumentos do Centro Histórico de São Luís.............................................................................. 14 Av. Pedro II.......................................................................................................................................................................... 16 Beco Catarina Mina.......................................................................................................................................................... 18 Cafua das Mercês............................................................................................................................................................. 20 Cais da Sagração.............................................................................................................................................................. 22 Capela Bom Jesus dos Navegantes............................................................................................................................. 24 Capela das Laranjeiras..................................................................................................................................................... 26 Capela do Recolhimento................................................................................................................................................ 28 Casa das Minas - Gegê................................................................................................................................................... 30 Casa das Tulhas................................................................................................................................................................. 32 Casa de Ana Jansen......................................................................................................................................................... 34 Casa Nobre de Ana Jansen............................................................................................................................................ 36 Casa onde Aluísio Azevedo escreveu “O Mulato”.................................................................................................... 38 Edifício “São Luis”.............................................................................................................................................................. 40 Escola Técnica do Centro Caixeiral............................................................................................................................... 42 Fonte das Pedras............................................................................................................................................................... 44 Fonte do Bispo................................................................................................................................................................... 46 Fonte do Ribeirão............................................................................................................................................................. 48 Forte de Santo Antônio.................................................................................................................................................. 50 Frades de Pedra................................................................................................................................................................. 54 Hospital Geral Tarquínio Lopes...................................................................................................................................... 56 Igreja da Sé......................................................................................................................................................................... 58 Igreja de Santana.............................................................................................................................................................. 62 Igreja de São João............................................................................................................................................................ 64 Igreja de São João Batista.............................................................................................................................................. 66 Igreja de São Joaquim..................................................................................................................................................... 68 Igreja de São Pantaleão.................................................................................................................................................. 70 Igreja do Carmo................................................................................................................................................................ 74 Igreja do Desterro............................................................................................................................................................. 78 Igreja dos Remédios........................................................................................................................................................ 82 Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos............................................................................................................. 84 Largo do Carmo................................................................................................................................................................ 86 Monumento à Gonçalves Dias...................................................................................................................................... 90 Monumento ou Pirâmide de Beckman....................................................................................................................... 92 Monumento Outeiro da Cruz....................................................................................................................................... 94 Museu Histórico e Artístico do Maranhão.................................................................................................................. 96 Palacete do Canto da Viração....................................................................................................................................... 98 Palácio Cristo Rei............................................................................................................................................................... 102 Palácio dos Leões............................................................................................................................................................. 104 Palácio Episcopal.............................................................................................................................................................. 108 Palácio de La Ravardière................................................................................................................................................. 110 Passos da Quaresma........................................................................................................................................................ 112 Pedra da Memória............................................................................................................................................................ 118 Portão da Quinta das Laranjeiras.................................................................................................................................. 120 Praça e estátua Benedito Leite...................................................................................................................................... 122 Praça Gonçalves Dias...................................................................................................................................................... 124 Prédio dos Diários Associados....................................................................................................................................... 126 Quartel da Polícia Militar................................................................................................................................................. 130 Santa Casa de Misericórdia............................................................................................................................................ 134 6
Sítio do Físico.................................................................................................................................................................... 138 Sobradão da Praia Grande........................................................................................................................................... 142 Sobrado da Rua Formosa............................................................................................................................................. 144 Sobrado onde viveu Graça Aranha............................................................................................................................. 146 Sobrado Pontes Visgueiro............................................................................................................................................ 148 Solar Cesário Veras......................................................................................................................................................... 150 Solar da Baronesa............................................................................................................................................................ 152 Solar da Baronesa de Anajatuba................................................................................................................................... 154 Solar do Barão de Grajaú.............................................................................................................................................. 156 Solar dos Belfort............................................................................................................................................................... 158 Solar dos Vasconcelos.................................................................................................................................................... 160 Teatro Arthur Azevedo.................................................................................................................................................. 162 ALCÂNTARA...................................................................................................................................................... 166 Mapa: Monumentos de Alcântara.................................................................................................................. 167 Calçada do Jacaré............................................................................................................................................................ 169 Capela das Mercês.......................................................................................................................................................... 171 Capela de Nossa Senhora do Desterro........................................................................................................................ 173 Casa de Câmara e Cadeia............................................................................................................................................. 175 Cavalo de Tróia (Rua Grande)........................................................................................................................................ 177 Fonte das Pedras.............................................................................................................................................................. 179 Fonte do Mirititiua........................................................................................................................................................... 181 Forte de São Sebastião.................................................................................................................................................. 183 Igreja e Convento do Carmo........................................................................................................................................ 185 Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos............................................................................................................ 187 Palácio do Barão do Mearim......................................................................................................................................... 189 Passo da Quaresma - Rua da Amargura.......................................................................................................................... 191 Pelourinho........................................................................................................................................................................ 193 Pousada do Imperador................................................................................................................................................... 195 Ruínas da Igreja de São Francisco de Assis.................................................................................................................. 197 Ruínas da Igreja Matriz de São Matias............................................................................................................................. 199 Ruínas do Palácio do Barão de Pindaré...................................................................................................................... 201 ROSÁRIO............................................................................................................................................................ 203 Mapa: Monumentos de Rosário.................................................................................................................... 204 Forte do Itapecuru........................................................................................................................................................ 206 Igreja de Nossa Senhora do Rosário............................................................................................................................. 210 Referências....................................................................................................................................................................... 214
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SÃO LUIS - UMA LEITURA ATRAVÉS DO TEMPO São Luis, a capital do Maranhão, traz consigo desde os primórdios de sua história, uma grande riqueza cultural oriunda da diversidade de povos que por ela lutaram. No princípio a ilha de Upaon-açu, ou ilha grande, era ocupada por índios Tupinambás até que , em 26 de julho de 1612, sob o comando do tenente general Daniel de La Touche, Sieur de La Ravardière uma expedição francesa aqui aportou com a intensão de fundar uma nova colônia, tendo como primeiras providências: a construção do Forte Saint Louis – assim nomeado em homenagem ao Rei-Menino Luís XIII – e transmissão dos ensinos religiosos e noções de trabalho aos nativos, tornando-os aliados. No ano de 1614, foi ordenado pelo Governador Geral do Brasil que uma expedição militar, sob o comando do português Jerônimo de Albuquerque, saísse de Pernambuco com destino a São Luis para que dela expulsasse os franceses. Foi então que, na grande Batalha Guaxenduba os portugueses guerrearam e venceram a batalha contra os franceses e seus aliados indígenas. Foi Portugal o grande responsável pela maior herança arquitetônica e urbanística da cidade, pois foi a mando de Jerônimo de Albuquerque, primeiro governador do Maranhão, que o engenheiro militar Francisco Frias de Mesquita criou o plano de arruamento da cidade, o qual foi desenvolvido sobre malha ortogonal, simétrica, com ordenação racional dos espaços públicos e sem hierarquização ou distinção funcional das ruas. Seu traçado, por ser orientado de acordo com os pontos cardeais, favorecia a insolação e ventilação uniformes de todas as edificações. Os prédios, pensados para se adaptarem ao clima, possuíam arquitetura rica em detalhes, revestimento feito com azulejos importados de Portugal – o que lhe confere o título de “Cidade dos Azulejos” – e plantas em “L” ou “U” (principalmente). Entretanto, apesar da aparente estabilidade, as disputas ainda não haviam cessado. Em 1641, objetivando retomar sua hegemonia de distribuidores de açúcar na Europa e explorar as riquezas da colônia, os holandeses invadiram a ilha, deixando a cidade quase totalmente deserta e sua economia abalada. Ao longo de três anos os portugueses resistiram bravamente e apesar da destruição, obtiveram êxito no ano de 1644, expulsando os povos 8
inimigos. São Luis então se desenvolveu e modernizou-se, chegando a ser uma das cidades mais importantes do Brasil no âmbito econômico e intelectual, tornando-se então a “Atenas brasileira”, inspiração literária, berço e residência para poetas, prosadores, romancistas, teatrólogos e historiadores; terra de Gonçalves Diaz, Odorico Mendes, Sotero dos Reis, Antônio Henrique Leal e tantos outros, os quais têm suas estátuas e seus bustos, erguidos venerandos, e seus nomes em praças e avenidas até os dias atuais. A cidade cresceu muito além da área do entorno do forte e em 1970, com a construção da ponte José Sarney, permitiu-se a construção de bairros como São Francisco, Ponta D’areia e Renascença, com características arquitetônicas e urbanísticas bem diferentes, transformando a “cidade antiga” em centro-histórico. Tombado em 1974 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o conjunto do Centro Histórico de São Luis, passa a partir de 1940 por um lento processo de tombamentos desenvolvidos pelo mesmo órgão. Estes, na maioria das vezes priorizava o monumento isolado levando em conta sua relação direta com a história brasileira - principalmente no que diz respeito ao período colonial - predominando o valor artístico do monumento. O tombamento de conjuntos urbanos só começa a ser realizado após a publicação da CARTA DE VENEZA (1964), que traz a mudança do conceito de “monumento histórico”, o qual passa a compreender tanto a criação arquitetônica isolada quanto o sítio, seja ele urbano ou rural. Entretanto, ainda da existência do tombamento, o conjunto arquitetônico continuava sem receber a devida atenção, caminhando aos poucos para o arruinamento. A necessidade de intervenções urbanísticas destaca-se somente no final da década de 1970, durante o governo de João Castelo, que tinha como uma de suas metas a preservação do Centro Histórico de São Luis. Foi então que, em outubro de 1979, o Governo do Estado do Maranhão, através da Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento do Maranhão (SEPLAN-MA), promoveu o “I Encontro Nacional da Praia Grande”, realizado em São Luis e que teve como resultado recomendações para a
formulação de políticas públicas específicas para a preservação do patrimônio tombado, como por exemplo, a necessidade de criação de um grupo de trabalho e uma comissão para desenvolver e implantar o Programa de Preservação e Revitalização do Centro Histórico – PPRCH. Sob este contexto de inicio de reflexão sobre a importância da preservação patrimonial que, ainda em 1979, é publicado o livro “Monumentos Históricos do Maranhão”. Desenvolvido pelo Projeto Rondon - programa criado em 1967, durante a ditadura militar, pelo governo federal e que promovia atividades de extensão universitária com o lema: “integrar para não entregar” - foi o primeiro inventário de bens imóveis realizados acerca do patrimônio do Maranhão e surge com a intenção de, além de documentar, divulgar a correta história para moradores e turistas. Nele foram catalogados 82 monumentos, expondo seus dados técnicos, jurídicos, arquitetônicos e históricos. Dentro de um universo de milhares de possibilidades, partiu-se dos seguintes princípios para a escolha dos monumentos a serem publicados: iniciou-se com as igrejas, importantes marcos históricos na colonização e muitas vezes responsáveis pelo traçado urbanos das cidades e depois foram selecionados os imóveis que, de alguma forma, relacionavam-se com personagens ilustres da história do Maranhão. Evidenciando a visão predominante de patrimônio isolado, com ausência de mapas e da compreensão do conjunto urbano. Em 1976, passa a funcionar em São Luis a 3ª Diretoria Regional do IPHAN, apontando a atenção nacional para o patrimônio de São Luis. Dez anos depois, através do Decreto Estadual nº. 10.089, foi promulgado o tombamento de uma área de aproximadamente 160 hectares, englobando a área já tombada anteriormente pela União e criando a Zona de Tombamento Estadual (ZTE), assegurando-se assim estabelecer maiores condições de intervenção ordenada e proteção aos bens culturais inseridos tanto no perímetro estadual, quanto no perímetro de tombamento federal por meio de medidas de proteção descritas na legislação. O PPRCH previu uma série de intervenções no centro histórico de São Luís, que foram realizadas por etapas. Na primeira, foram realizados debates para a montagem da equipe técnica e iniciadas as 9
intervenções urbanísticas no sítio histórico (ANDRÈS, 1998), as quais se concentraram principalmente no perímetro da Praia Grande. A segunda etapa transcorre durante o mandato do governador Luís Alves Coelho Rocha (1983-1987), que deu continuidade às obras, porém, com diminuto ritmo por conta da ausência de recursos. Após a realização da terceira etapa das obras urbanísticas, em 1989, período em que José Sarney ocupava a Presidência da República, o PPRCH passou a denominar-se Projeto Reviver, foram realizadas novas obras em imóveis concentrados principalmente no perímetro da Praia Grande. Ao longo dos anos, a cidade cresceu, os moradores do centro começaram a migrar em busca de novos locais de moradia além-ponte, passando a denominar-se cidade com centro histórico; com isso, foram realizadas várias outras obras de intervenção com a tentativa de atrair novamente os olhares para este pedaço tão importante da cidade. Passou então por um processo de adaptação na tentativa de implantação de projeto de habitações sociais e diversas restaurações. No ano de 1995, foram intensificadas as obras de requalificação objetivando apresentar a cidade como aspirante ao título de Patrimônio da Humanidade, despertando neste momento, o interesse de financiadores que passaram a ver o centro da cidade como potencial de fonte de renda e turismo. O empenho foi reconhecido e, em 1997, o título foi concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Abrindo um parêntese para a questão mundial, a esta altura, já se passava a entender que o patrimônio histórico só é assim denominado porque em algum momento foi construído por alguém, por uma comunidade e que, sem a participação popular não haveria tradição ou até mesmo conservação, assim, as percepções de preservação e conservação antes associadas apenas a bens materiais, passam a envolver também bens imateriais, tal como indicou-se na convenção para a salvaguarda do património cultural imaterial, realizada pela UNESCO no ano de 2003 em Paris: 10
“(...) Este patrimônio cultural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, se sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.” (UNESCO, 2003).
Eis que, com uma visão bem mais discutida e esclarecida a respeito da questão patrimonial, no ano de 2008, é publicado com incentivo do IPHAN, o livro “Guia de São Luis e Alcântara”. Fica claro na leitura do livro, o entendimento do conjunto arquitetônico como elemento de estudo, quando, apesar de abordados individualmente, a escolha e organização dos imóveis abordados seguem a lógica urbanística, contendo inclusive um mapa para a espacialização do leitor. Outro aspecto importante a se comentar é a inclusão do patrimônio cultural e imaterial do Maranhão, que enriquece e complementa o patrimônio material. Este pensamento deixa bem claro a evolução do pensamento preservacionista, que antes tinha o monumento como exemplar a ser preservado e conservado e, atualmente a preocupação se estende não só ao sítio, mas também a toda riqueza imaterial de ritmos, sabores e costumes do nosso povo, peça indispensável para a existência e preservação do patrimônio.
11
1
Igreja de São Joaquim
2
Igreja de São João
3
Outeiro da Cruz
4
Sítio do Físico
1
4
2
ESCALA - 1 : 25000
3
1
Av. Pedro II
2
Beco Catarina Mina
Maranhão 31 3 Palacete do Canto da Viração
3
Cafuá das Mercês
32 Palácio Cristo Rei
4
Cais da Sagração
33 Palácio dos Leões
5
Capela Bom Jesus dos Navegantes
34 Palácio Episcopal
6
Capela das Laranjeiras
35 Palácio de La Ravardière
7
Capela do Recolhimento
36 Passo da Quaresma (Rua 13 de maio)
8
Casa das Minas
37 Passo da Quaresma (Av. Pedro II)
9
Casa das Tulhas
38 Passo da Quaresma (Rua Henrique
Centro Histórico - São Luís
10 Casa de Ana Jansen 11 Casa nobre de Ana Jansen 12 Casa onde Aluísio Azevedo escreveu
30 Museu Histórico e Artístico do
7 52 27
41 33
1
50
35
48 2 9
34 17 20 37 43 14 13 28 58 54
40 Passo da Quaresma (Rua João Vital de
40
Matos)
41 Pedra da Memória 42 Portão da Quinta das Laranjeiras
14 Escola Técnica do Centro Caixeiral
43 Praça e estátua Benedito Leite
15 Fonte das Pedras
44 Praça e monumento à Gonçalves Dias
16 Fonte do Bispo
45 Prédio dos Diários Associados
17 Fonte do Ribeirão
46 Quartel da Polícia Militar
18 Frades de pedra
47 Santa Casa de Misericórdia
19 Hospital Geral Tarquínio Lopes
48 Sobradão da Praia Grande
20 Igreja da Sé
49 Sobrado da Rua Formosa
21 Igreja de Santana
50 Sobrado onde viveu Graça Aranha
22 Igreja de São João Batista
51 Sobrado Pontes Visgueiro
23 Igreja de São Pantaleão
52 Solar Cesário Veras
24 Igreja do Carmo
53 Solar da Baronesa
25 Igreja do Desterro
54 Solar da Baronesa de Anajatuba
26 Igreja dos Remédios
55 Solar do Barão de Grajaú
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos 28 Largo do Carmo
56 Solar dos Belfort
29 Monumento ou pirâmide de Beckman
58 Teatro Arthur Azevedo
24 56 39 10 45
53
12
30 36 55 22
31 42 6
38 57
3
15
46
18
47
25
23
16 8
19
57 Solar dos Vasconcelos
ESCALA - 1 : 8000
N
32
5
21
49
26
11
51
29
4
Leal) 39 Passo da Quaresma (Rua Grande)
O Mulato 13 Edifício São Luis
27
44
Avenida Pedro II (82-83)
Localização: Entre as vias paralelas Rua Nazaré e Av. embelezou-a, convertendo-a num passeio bem agradável. Beira Mar. 1904. Toma feição de avenida, com passeios, aléias Utilização Atual: Passeio público. e canteiros, na administração do Intendente Afonso Dados tipológicos: Importante avenida do centro histórico, possui lar- Henriques de Pinho. Restauração efetuada pela Prega caixa de via de sentido único, com início mar- feitura de São Luís. Passa então a denominar-se Av. cado por grande muralha de pedras, ladeada por Maranhense. vias auxiliares de acesso aos prédios e com calça- 1922. Instalado monumento como marco comemento em pedras portuguesas. Estende-se da Av. morativo da fundação da cidade, projetado por Beira Mar até a Rua do Egito e em sua extensão Carlos Braga de Diniz. encontram-se importantes exemplares da arquite- 1962. Marco comemorativo dos 350 anos de tura colonial e moderna e as praças Mãe D’Água fundação de São Luís, em mármore preto e branco, (centrada por escultura produzida por Newton de concepção do arquiteto Carlos Braga Diniz. 1971. Seccionado o segundo patamar da cortina de Sá) e Benedito Leite. proteção do forte para a interligação da Av. Pedro II Dados cronológicos: à Av. Beira Mar. Esta avenida, outrora denominada Av. Maranhense, 2002. Realizadas obras de restauração da Praça D. apesar de um pouco desfigurada pelo tempo e pe- Pedro II e entorno, contemplando a muralha da Av. las reformas sucessivas, constitui ainda hoje um dos Beira Mar, a vala por onde passa a avenida e seu principais locais históricos de São Luís, isto porque foi estacionamento e paisagismo. nesse largo que os franceses pretenderam implantar, 2006. Demolido monumento em comemoração no ano de 1612, o coração da França Equinocial. aos 350 anos da cidade, instalado em 1922. Dada sua importante localização, foi uma das pio- 2015. Serão realizadas, por ocasião do PAC, obras neiras no recebimento de tratamento urbanístico, de requalificação da avenida, com substituição do tornando-se a primeira praça da cidade. Em 1821, piso em pedras portuguesas, nova iluminação com após a execução das obras ordenadas por Marechal direcionamento artístico e arborização sob responsBernardo da Silveira Pinto, começa a ganhar for- abilidade do Instituto de Paisagem Urbana (IMPUR). mas de via, em 1904, o largo passa a denominar-se Avenida Maranhense e, mais tarde, Avenida Pedro Estado de conservação: Por encontrar-se no centro político da cidade, II, com a abertura de passeios, alas e canteiros. A partir de 1940, a arquitetura moderna passa a a avenida apresenta bom estado de conserfazer parte da composição de sua paisagem, com vação. Ao longo de sua extensão notam-se a construção de grandes prédios em concreto en- danos principalmente nas calçadas, que em alguns trechos possuem pedras soltas ou austremeados aos imóveis coloniais. Limitada por muralha em pedra pertencente ao entes, prejudicando a travessia dos pedestres. segundo patamar da cortina de proteção do forte, Na grande muralha que a limita existem pontos com recebe durante o mandato do prefeito Costa Ro- vegetação de pequeno porte em locais indevidos. drigues, em 1971, uma de suas maiores intervenções, a qual seccionou o limite interligando a Av. Pedro II à Av. Beira Mar. Ali está situado o Palácio dos Leões, sede do Governo Estadual e residência do governador, o Palácio La Ravardière, sede da Prefeitura Municipal, além da Catedral Metropolitana, Palácio do Arcebispado, Tribunal de Justiça do Estado e outras repartições. Atualmente, tomada por carros durante a semana, camufla sua beleza em meio aos estacionamentos e às agitadas idas e vindas dos automóveis, os quais ocupam um lugar antes destinado apenas para pedestres. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1821. Mal. Bernardo da Silveira Pinto da Fonseca 16
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BECO CATARINA MINA (84-85)
Há dois anos, o Beco foi uma das áreas de intervenção do Projeto Florescer, desenvolvido inicialmente por Poliene Schalcher, Sergio Santos Barbosa, Gilberto Lago e Fafá Lago, que consistia na colocação de jarros com plantas nas ruas, becos e escadarias do centro histórico. Atualmente, ao longo do beco encontram-se lojas de artesanato, agência de viagens, grupos de teatro e alguns bares. Linha do tempo e intervenções realizadas: Séc. XVIII. Construção da escadaria composta de 33 degraus em pedra de lioz. 1930. Teve seu nome alterado para Rua Djalma Marques. 2013. Foi uma das áreas de intervenção do Projeto Florescer.
Localização: Rua Djalma Dutra. Utilização Atual: Passeio Público.
Estado de conservação: O Beco Catarina Mina encontra-se em estado regular de conservação, apresentando degraus repletos de sujidades, com presença de vegetação de pequeno porte em local indevido e bordas quebradas. Na margem da escadaria há manchas de umidade. Os imóveis ao longo da rua apresentam, em geral, bom e regular estado de conservação.
Dados tipológicos: O Beco tem início na Av. Pedro II, terminando na Rua da Alfândega. Parte dessa rua é formada por uma escadaria com largos degraus (33) em cantaria, limitada nos extremos por sobrados coloniais. Dados cronológicos: Este beco teve esta denominação, devido à bela negra Catarina Rosa de Jesus Ferreira, que ali morava e que logrou amealhar considerável fortuna, com que alforriou sua mãe, e se fez proprietária de imóveis e senhora de escravos, acabando por tomar ares de grande dama. Era muito inteligente, bonita e elegante. Sabia enfeitiçar com a sua simpatia e insinuante meiguice os ricaços da Praia Grande. Inicialmente era apenas uma ladeira com grande inclinação, até que, no séc. XVIII construiu-se escada com degraus em pedra de lioz, a qual permanece até os dias de hoje. Com localização privilegiada, esta era uma importante ligação entre a Rua Portugal, grande centro comercial no período áureo de São Luis, ao Forte São Luis. Em 1930 teve seu nome alterado para Rua Djalma Marques, homenagem a um dos heróis da revolta do Forte de Copacabana (1922), porém o nome original é o mais utilizado popularmente. 18
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CAFUA DAS MERCÊS (54-55)
Localização: Rua Jacinto Maia, quadra 136. Utilização Atual: Museu do negro. Dados tipológicos: Pequeno sobrado de estilo colonial; fachada uniforme, com dois pavimentos, que se destinavam a suposto mercado de escravos. Contém uma porta principal ladeada e encimada por seteiras, estas centradas em nichos emoldurados por argamassa. Constituem únicas aberturas de penetração de luz e ventilação. O telhado termina em beiral com dupla bica precedido por cimalha. Seu aspecto sóbrio retrata a tirania da escravatura. Possui uma calçada externa revestida com pedras de cantaria. Ao lado da porta principal e no cunhal da lateral direita, placas com as inscrições: “Governo Pedro Neiva – Cafuá Restaurado em 1975” e “Cafua das Mercês – Mercês Cafua” respectivamente. Dados cronológicos: A Cafua das Mercês – nome composto da palavra “Cafua” originada do dialeto Banto, que significa cova, caverna, lugar escuro e isolado; e “das Mercês” por locar-se no antigo largo da Igreja das Mercês – está localizada na Praia Grande, tradicional 20
bairro das grandes casas comerciais do Maranhão no século XIX e início do século XX. Encontra-se bem próximo da Igreja de Nossa Senhora do Desterro e antigo Convento das Mercês. Este museu, segundo a tradição, foi um dos locais onde eram depositados os escravos que desembarcavam em São Luís para serem leiloados. Foi restaurada pelo Setor de Obras da Fundação do Bem-Estar Social do Maranhão, sob a orientação do arquiteto Leônidas Cumplido e da Sra. Eney Tavares de Santana, tendo para isso contado com as modernas técnicas museológicas da Sra. Jenny Dreyffus (Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro) e do Sr. José Jansen, escritor maranhense, os quais durante cerca de dois meses permaneceram em São Luís, coletando material e organizando a exposição inaugural do Museu, que ocorreu no dia 5 de fevereiro de 1975. No seu pátio interno encontra-se réplica do pelourinho, em pedra talhada, que se localizava na Praça João Lisboa. Atualmente, ainda desempenha a mesma função de Museu do Negro.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1975. Grande reforma para restauro e adaptação do imóvel de modo a torná-lo sede do Museu do Negro. Durante esta intervenção o primeiro pavimento foi reduzido a um compartimento sem janelas, iluminado apenas pelas seteiras, a escada de madeira existente foi substituída por outra em concreto, foi projetado um banheiro, o piso em cimento cozido foi substituído por lajotas e dividiu-se o térreo em dois pavimentos. A obra ocorreu sob a orientação do arquiteto Leônidas Cumplido e da Sra. Eney Tavares de Santana. Estado de conservação: A Cafua das Mercês apresenta bom estado de conservação. Sua pintura, principalmente no que diz respeito às fachadas laterais (as quais não tem proteção do beiral), apresenta manchas de umidade e pequeno trecho com reboco aparente na área do cunhal esquerdo. Na cimalha, manchas de umidade e fungos e, no telhado, há vegetação de pequeno porte em local indevido.
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CAIS DA SAGRAÇÃO
(92 - 93)
Localização: Av. Beira Mar. Utilização atual: Proteção contra as marés. Dados tipológicos: Grande extensão de muralhas de avultada espessura, construída em alvenaria de pedra e reboco, que se estende desde a Praia do Caju até a Rampa do Palácio. É interrompida por três rampas: Praia do Caju, das Palmeiras e, logo após, o Baluarte de São Cosme. Além do muro dotado de bancos embutidos, a mesma dimensão em entulhamento para atingir o nível das ruas adjacentes. Atualmente asfaltada, denomina-se Av. Sen. Vitorino Freire, porém é popularmente conhecida como Av. Beira Mar. As duas meias-laranjas correspondentes aos baluartes de São Cosme e São Damião do Castelo, ao lado do Palácio dos Leões, vêm quebrar seu sentido retilíneo. Sob o viaduto, liga-se diretamente com a Av. Pedro II. Dados cronológicos: O cais da capital maranhense é, sem dúvida, uma obra de importância imprescindível que surgiu na colônia, arrastando-se até nossos dias. Na segunda metade do século XVIII, durante a administração pombalina, o Maranhão passou por seu apogeu econômico, e este crescimento refletia-se diretamente em urbanizações para cidade, tal como a construção do complexo da Praia Grande. É neste período que, sob ordens do Governador de Joaquim de Mello e Póvoas o Cais começa a ser construído no formato em que o conhecemos hoje, com a fortificação dos dois baluartes (que já não
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aguentavam a força da maré) elevando-os acima do nível do mar e melhorias no porto existente. Sua construção teve como objetivo evitar a escavação e o desmoronamento do baluarte; facilitar a comunicação entre a Praia Grande e as ruas que terminam no mar; acabar com o pântano que existia desde o Baluarte até os Remédios e, por fim, dar melhor estética à vista da cidade. Foi projetado sob interesses do capitão general D. Diogo de Sousa, Conde do Rio Pardo. Nesse projeto, o cais deveria partir do forte até as Mercês. O conde foi seguido em suas ideias por José Teles da Silva, Fernando Pereira Leite de Foios e D. Fernando Antônio de Noronha. Infelizmente ficou em projeto, não se dando a ajuda do comércio para o estabelecimento de armazéns e a edificação de uma alfândega. Nova tentativa fez-se em 1830, pelo Conselho da Província, pedindo planta do litoral do Anil, desde o Baluarte até a ponta dos Remédios, e outra da barreira do S. Francisco até a embocadura do Igarapé da Jansen, com projeto e orçamento de dois cais, um entre o 1º e o 2º ponto e outro entre o 3º e o 4º. Após várias tentativas, finalmente na presidência do engenheiro Dr. Antônio de Miranda, foi posto em execução o projeto. As obras tiveram início em 14 de setembro de 1841, ano das festividades em comemoração à coroação de D. Pedro II, motivo pelo qual deu-se o nome “Sagração” e dezessete anos depois, em relatório do presidente da província Dr. Francisco Xavier Paes Barreto, consta que as obras ainda não haviam sido
concluídas e andavam a passos lentos por falta de recursos, com paralisação completa em 1865. Assim, o projeto nunca foi completamente executado, visto que pretendia chegar até a altura da Praia das Mercês, onde localizava-se o convento de mesmo nome, e hoje finaliza-se pouco depois da muralha do Palácio dos Leões. Encontram-se no Cais da Sagração, entre a rampa do Caju e a das Palmeiras, a ponte Governador José Sarney; em frente, a Pirâmide de Bequimão, a antiga rampa das Palmeiras, onde atracavam canoas de pescadores e as que serviam de transporte para a praia da Ponta D’Areia. Adiante está o Baluarte, atual Palácio dos Leões, localizado em frente às meias-laranjas, na de S. Cosme e S. Damião está a Pedra da Memória. Além do cais, a Rampa Campos Melo, ainda hoje utilizada pelas embarcações que faziam linha para o interior do Estado. Este cais teve várias denominações: Av. Beira-Mar, Magalhães de Almeida, 5 de Julho e, finalmente Av. Jaime Tavares, numa justa homenagem ao prefeito que o remodelou. Tamanha foi a importância da construção deste cais para a cidade, que o escritor maranhense Josué Montello imortalizou-o no romance Cais da Sagração, em que se eleva, sobranceira, a figura do mestre Severino.
engenheiro Cantanhede. Nesta ocasião foram construídas as calçadas e áreas centrais para passagem de veículos. 1891. Instituiu-se no Maranhão a “Companhia Geral de Melhoramentos do Maranhão” que realizou obras de melhoramento no cais preocupando-se com o embelezamento, melhor circulação e a salubridade dessa área. 2012. Recuperada toda a estrutura do cais, contemplando calçada, sarjeta, meio-fio e guarda-corpo. A obra foi realizada pela Prefeitura de São Luis e foi condenada pelo IPHAN, pois, ao nivelar a calçada acabou tomando parte da altura dos bancos, descaracterizando-os. 2013. Mesmo tendo sido reformada no ano anterior, já apresentava danos em sua estrutura. Estado de conservação: O cais da sagração encontra-se em estado regular de conservação. Apesar de ter sido recuperado a pouco tempo, ao longo de seu calçamento encontram-se buracos e desníveis. Não existe acessibilidade e os bancos danificados na intervenção de 2013 ainda não receberam os devidos reparos, tal como solicitou o IPHAN.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1841. Início de sua construção. 1865. As obras encontram-se paralisadas. 1883. O cais passa por reformas. 1889. Encontrava-se em obras sob o comando do
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CAPELA BOM JESUS DOS NAVEGANTES (134 - 135)
Localização: Alameda do Seminário, quadra 39. Utilização atual: Capela católica. Dados tipológicos: A primitiva capela do Senhor Bom Jesus dos Navegantes, data do séc. XVII, original em seus complementos. Reminiscência dos tempos jesuíticos, tem sua fachada interceptada com a construção da atual Igreja de Santo Antônio. Possui fachada composta por apenas um pavimento terminado em beiral com dupla bica e elevado pé direito com duas linhas de esquadrias. Apresenta vãos com verga em arco pleno e folhas de esquadria em madeira e vidro, a porta de acesso encontra-se ao centro. Na lateral esquerda, nome da instituição pintado na cor azul.
sua expulsão. Frei Cristóvão, verificando a grande necessidade, constrói novo convento com invocação de Santa Margarida e contígua ao mesmo a Capela do Bom Jesus dos Navegantes. Foi do púlpito dessa capela que Antônio Vieira dissera o célebre “Sermão aos Peixes”, que por meio de parábolas caracteriza os figurões da época. Dizse ainda que nela foi armado o 1º presépio pelos irmãos franciscanos. Quando a Igreja de Santo Antônio foi construída, os franciscanos doaram a capela à Irmandade do Bom Jesus dos Navegantes. Nessa capela havia duas solenidades: a festa solene de Bom Jesus dos Navegantes e a Procissão da Quaresma. Atualmente encontra-se resguardada por muro externo, seu acesso é dado por meio do interior da Igreja de Santo Antônio, e continua sendo espaço dos rituais religiosos a exemplo das missas dominicais entre outros.
Dados cronológicos: A Capela Bom Jesus dos Navegantes, antes chamada de Capela de São Francisco, data de 1624, construída por Frei Cristóvão de Lisboa. Chegado de Pernambuco, encontrou em ruínas o antigo Con- Linha do tempo e intervenções realizadas: vento de São Francisco, edificado em 1612 pelos ca- 1856/1857. Com a construção da Igreja de Sanpuchinhos franceses que o abandonaram quando de to Antônio, a capela foi anexada a esta edificação 24
passando por grande reforma. O seu altar mor primitivo, em ruínas, foi substituído nessa época pelo que se encontra atualmente na capela. Década de 70. Reparos no teto feito pelo Governo do Estado em pagamento a uma arca doada pela Irmandade ao Palácio do Governo. 1978. A capela passou por reformas, contemplando principalmente o madeiramento. 1980. Tombada pelo Governo Estadual sob decreto nº 7.933. Inscrição nº 022. 1987. A capela foi completamente recuperada com fundos arrecadados pelos fiéis. 2006. A capela passou por completa restauração, contemplando os altares e imagens do acervo, reparos elétricos, luminotécnicos, na cobertura do prédio, recuperação do assoalho, reboco e a pintura. Estado de conservação: A capela encontra-se em bom estado de conservação. Apresenta manchas de umidade, pequeno trecho com reboco aparente e esquadrias com pintura desgastada. 25
CAPELA DAS LARANJEIRAS (132 - 133)
cantaria. No corpo da fachada, duas janelas em sentido vertical, apresentam: A superior – balcão sacado apoiado sobre piso de cantaria, moldura em lioz e guarda-corpo de ferro com desenho próprio, centrado por cruz e inscrição do primeiro proprietário: “J.G.S.”- José Gonçalves da Silva. Esta janela fechada por venezianas corresponde a um coro interno. A inferior – moldura também em lioz, balcão entalado, gradeado de ferro e corpo de madeira simples em duas peças, muito difere da outra. Ao lado, situam-se dois óculos no estilo do anterior.
Localização: Rua Grande. Utilização atual: Capela católica. Dados tipológicos: Fachada formada por três planos retos compreendendo (da esquerda para a direita): 1- muro encimado por colunelo; 2- um segundo muro, mais alto, terminado em beiral de bica simples e que contém porta de madeira com arco pleno e bandeira de ferro simples centrada por cruz. Esta porta constitui única entrada para a capela. Ainda neste trecho, placa memorativa com a inscrição: “Fundada em 1812 por José Gonçalves da Silva, conhecido como “O BARATEIRO” proprietário da Quinta das Laranjeiras – Tombada pelo IPHAN em 16.04.1940 – Esta capela encontra-se sob a proteção do Patrimônio Histórico Federal e estadual”; 3- a parte principal, correspondente à área coberta, composta de três pilastras terminadas por coruchéus simples, sendo que, apenas duas suportam um entablamento e frontão com duas seções encimado por cruz de ferro e contornado por cornija, além de detalhes ovalados e circulares em baixo relevo. O entablamento é interrompido na extremidade esquerda por uma envasadura (supõe-se ter sido antiga sineira) que fica assim ladeada por duas pilastras e coruchéus. Abaixo, um óculo emoldurado em 26
Dados cronológicos: No dia 26 de março de 1811, o bispo diocesano deu ordem para que fosse passada portaria na forma de estilo, a requerimento de José Gonçalves da Silva (“O Barateiro”), para que pudesse ser erigido um oratório público com porta para a rua na Quinta das Laranjeiras. A 17 do mês seguinte foi passada a referida portaria, mas a capela só teve a construção iniciada nos meados de 1812. A capela, apesar de construída já ao tempo de assistência da família real no futuro Reino e Império do Brasil, conserva ainda o caráter colonial. Ela foi visitada e benzida em 19 de agosto de 1816 pelo Cônego Felipe Berúcio dos Passos Cardoso, celebrando ali, pela primeira vez, o santo sacrifício da missa. Nesta singela capela anos depois, em 22 de novembro de 1821, foram sepultados os restos mortais do seu piedoso instituidor que, na idade de 75 anos, faleceu vítima de uma arcite. Após a morte de José Gonçalves e de sua filha e herdeira Maria Luíza do Espírito Santo, a propriedade passou por diversas mãos, o que contribuiu para o desgaste tanto da Quinta quanto da capela. Em 1938 seu domínio foi comprado pela Arquidiocese de São Luís e depois fora vendida aos irmãos Maristas, que demoliram os edifícios originais, com exceção do portão armoriado, para construir um colégio. A Capela das Laranjeiras não fora incluída na venda feita a Arquidiocese, mas por falta de interesse dos donos acabou ficando sob a guarda dos Maristas que pouco fizeram pela sua conservação, ficando totalmente abandonada até 1881, quando foi restaurada e reaberta ao culto católico. Atualmente pertence à Arquidiocese do Maranhão que impediu a venda da Capela ao Estado do Maranhão que ali pretendia instalar um museu de arte sacra.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1881. Completamente restaurada e reaberta ao culto católico. Meados de 1940. O piso, originalmente em lajes de cantaria, foi substituído a mando do Sr. José B. Coelho por assoalho de madeira de lei nas cores preta e branca. Nesta ocasião foi retirada ainda do piso uma pedra de cantaria com as armas do Sr. José Gomes da Silva. 1940. Inscrita no livro do Tombo das Belas Artes. O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN. 1979. Abandonada, corria risco de arruinamento. 1981. Completamente restaurada com recursos do Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), Banco do Brasil e Governo do Estado do Maranhão, com assessoria técnica do IPHAN e da Fundação Cultural do Maranhão, pelo restaurador Antônio Garcês. 2003. Realizadas obras emergenciais para reparos. Na ocasião foi completamente reformada. 2004. Após um ano fechada para a reforma, é reaberta ao público.
Estado de conservação: A Capela das Laranjeiras encontra-se em bom estado de conservação. No primeiro plano da fachada possui pintura em mal estado, com presença de eflorescências, fungos, manchas de umidade, reboco aparente e grafitismo. Os segundos e terceiros trechos possuem umidade ascendente, pintura em mau estado apresentando trechos com reboco aparente e pichações. No frontão, manchas de umidade, presença de eflorescências e fungos.
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CAPELA DO RECOLHIMENTO
Localização: Rua do Egito, quadra 11. Utilização atual: Capela do Colégio Santa Tereza. Dados tipológicos: De fachada simples, sem torres, exibe frontão triangular de linhas curvas, encimado por cruz em ferro, ornado por cornijas, frisas e estuques no vértice; no tímpano, a inscrição “JHS” que significa: “Iesus Hominibus Salvatoren”, em latim, ou “Jesus Salvador dos Homens”, em português. Abaixo do entablamento, três janelas cujos vãos em arco estilizado, estão colocados em eixo de simetria com a porta principal (original) com decoração rococó. A simetria da fachada é alterada por um prolongamento na lateral direita (anexo) que corresponde ao corredor, cuja janela funciona como sineira disfarçada.
(118-119) para a educação civil, moral e religiosa das órfãs e recolhidas não professas, com as regras e hábito das Ursulinas. Foi o primeiro educandário feminino da Província. Com a expulsão dos jesuítas, as recolhidas foram obrigadas, em 1768, a mudarem o regulamento e o hábito, sendo substituídos pelo das agostinianas, eliminando assim toda sua relação com os padres expulsos. Foi a primeira diretora ou regente, Sóror Maria Josefa de Jesus, que governou a comunidade até 1793. Malagrida, enquanto esteve aqui, muito trabalhou angariando fundos para o sustento das recolhidas e do próprio Recolhimento, construindo ao lado deste, uma capela. Existiu ainda aí a imagem de N. S. das Missões, que o missionário levava consigo para onde ia fundar seminários e conventos. Desde sua fundação passou por várias reformas e transformações que muito contribuíram para seu melhoramento. Em 1840, D. Marcos Antônio de Sousa dotou este estabelecimento de Estatutos que se observaram até a chegada das Irmãs Dorotéias. O Dr. Olímpio Machado, em 1854, criou o Asilo Sta. Tereza, sob a proteção da Imperatriz, o qual teve como primeiro diretor Manoel da Silva Belfort, Barão de Coroatá, e em 1863, a Lei Provincial 635 mandou que fossem transferidas as educandas do Asilo Sta. Tereza para o Recolhimento de N. S. da Anunciação e Remédios. D. Luís da Conceição Saraiva, em 1865, fundou um colégio sob a invocação de N. S. da Anunciação e Remédios, funcionando separadamente do asilo. Até 1869, a capela e o convento permaneceram inalterados, quando o Asilo de Santa Tereza, que funcionava na Rua Formosa nº 11 e as órfãs foram transferidas para o Recolhimento e por isso passou a chamar-se “Colégio de Santa Tereza”. Para melhorar as condições do prédio, que encontrava-se em situação precária, o Bispo D. Luís da Conceição Saraiva iniciou uma grande reforma, que durou até 1871. Em 1946 foi a abertura do Curso Científico e em 1962, inauguração do novo prédio do Colégio Santa Tereza. Atualmente, o Colégio Santa Tereza e a Capela ainda estão em funcionamento e encontram-se sob os cuidados das Irmãs Dorotéias.
Dados cronológicos: Fundado pelo Pe. Gabriel Malagrida, da Companhia de Jesus, este Recolhimento foi autorizado a funcionar pelo Alvará Régio de 1753, sendo instalado provisoriamente na casa do Pe. Teles Vidigal, atual Centro Caixeiral, enquanto o missionário obtinha licença da Câmara Eclesiástica para dar início à construção do novo Recolhimento, que foi inaugurado em 1753, com o nome de Recolhimento de N. S. da Anunciação e Remédios. Teve este nome, em virtude do Pe. Malagrida venerar N. S. da Anunciação, e como o bairro onde foi Linha do tempo e intervenções realizadas: construído o Recolhimento pertencia ao distrito dos 1894. As Irmãs Dorotéias chegaram a S. Luís, a peRemédios, acrescentou-lhe “e Remédio”. Foi fundado dido do Bispo D. Antônio Alvarenga. 28
1895. Houve a abertura do Externato para meninas pensionistas. Séc. XX. Me. Barreto Feliciana manda fazer novo altar-mor de mármore, forro de estuque, a gruta de N. S. de Lourdes, e melhoramentos nos aposentos das Irmãs. 1937. Me. Maria da Conceição Machado mandou construir os altares de mármore para Sta. Tereza de Jesus; para a Beata Me. Fundadora, reconstruiu o forro da capela-mor em ruínas e mudou o forro antigo do corpo da igreja, pelo atual. 1946. Abertura do Curso Científico no Colégio Santa Tereza. 2007. A capela é tombada pelo instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. 2015. A imagem de Nossa Senhora das Missões, pertencente ao Pe. Malagrida foi restaurada. Estado de conservação: A igreja encontra-se em bom estado de conservação e não apresenta danos em sua estrutura, pintura ou detalhes. Apenas sua esquadria da lateral esquerda encontra-se pintada em tonalidade diferente das demais. 29
CASA DAS MINAS - GEGÊ (64 - 65)
Localização: Rua de São Pantaleão, nº 857. Utilização atual: Terreiro de tambor de mina. Dados tipológicos: Construção de aspecto simples com fachada principal voltada para a Rua de São Pantaleão, contém dois conjuntos de porta e janelas, ambos seguindo o mesmo padrão, com uma janela à esquerda e duas à direita, estas se diferenciam pela forma de suas vergas, sendo o primeiro conjunto de vergas retas e o segundo com vergas em arco pleno. Possui telhado terminado em beiral com cachorros aparentes. A casa grande reflete a alma africana, até à geração que a herdou e conservou. Sua original construção em adobe, de fachada simples, com vãos divididos em retos e arco pleno. Examinando-a do lado da Rua de São Pantaleão, acredita-se, à primeira vista, que ali estão duas moradas, com uma porta e três janelas cada uma (padrão 3/4 de morada). Entretanto, uma só porta dá acesso ao interior, através de um pequeno corredor cimentado que leva à varanda, cujo piso é de barro, onde os Voduns dançam em certas solenidades. A casa é composta de vários compartimentos. O terreiro é amplo, com plantas ornamentais, árvores, inclusive a sagrada cajazeira. Na fachada encontra-se uma placa de identificação feita em azulejos pintados com a inscrição: “CASA DAS MINAS. Querebentá de Zomadonu. Tombado pelo IPHAN em 2002”. Dados cronológicos: A Casa das Minas, puramente “jeje”, abriga os rituais de uma das mais antigas religiões de origem africanas existentes no Maranhão, o Tambor de Mina. Foi fundada no séc. XIX, porém não se tem certeza até os dias de hoje, quem seria seu(sua) fundador(a). Existem fortes indícios de que tenha sido Ná Agotimé, da família real de Abomey, 30
esposa do rei Agonglô e mãe do rei Ghezo, que fora ven dida como escrava por Adandozan, entretanto, os frequentadores da Casa contam que a fundadora do terreiro foi Maria Jesuína, a qual era consagrada ao vodun Zomadonu, o dono da casa. Desde a sua origem esta casa foi destinada para reunião social, política e religiosa. Ali se deu a fundação espiritual e jurídica dos representantes de uma tribo africana trazida para o Brasil aos farrapos. Talvez, também, a alcunha dos negros Mina tenha surgido com a repressão ao contrabando de peças da Costa da África, assim que a Inglaterra e Portugal acordaram pôr fim à escravatura. Sabe-se, geralmente que entre os vários povos de raça negra, introduzidos no Brasil nas províncias de Minas, Bahia, Pernambuco e Maranhão, aparecem os Minas, com os seus braços para o trabalho da terra e para as ocupações domésticas e cujo nome se prendeu à história e à tradição. Eram negros procedentes diretamente dos portos do Continente Africano ou levados de São Luís para o Pará. Mas, à parte São Luís, em nenhum outro ponto do extremo-norte a sua fé deixou sinais mais resistentes. A Casa das Minas possui organização matriarcal e já foi chefiada pelas mães: Na Agontimé, Luísa, Hosana, Andresa Maria e Leocádia. Em seguida vieram as mães: Anéris Santos, Manoca, Filomena, Amância, Amélia Vieira Pinto até chegar à Mãe Deni (a nona dirigente da Casa). Os voduns da Casa são agrupados em quatro famílias principais: a família Davisse do vodun Zomadonu, a família Davisse do vodun Toi Dadarro, a família Odan do vodun Dambirá e a família de Quavioçô, que têm como hóspedes voduns das famílias de Savalunu e Aladanu. Conta-se que as pedras de assentamento que
recebem a força de voduns e representam divindades foram trazidas da África por suas fundadoras e acredita-se que nelas reside a força mágica das divindades, sendo por elas que chega a força do vodun, antes de ir para as filhas. Desde 1970, após a morte das últimas gojaí, não foram preparadas outras, dando início a um declínio das atividades praticadas na casa, fato que vem acentuando-se com o tempo e preocupa os estudiosos, pois existe um quadro reduzido de participantes e não há incentivos para a atração de novos membros, deixando em risco a preservação dos segredos, que são passados de geração para geração, o crescimento das religiões pentecostais e a perda de rituais importantes. Linha do tempo e intervenções realizadas: 2002. Tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). 2005. Foi inscrita como patrimônio nacional no Livro do Tombo Histórico e no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. 2006. Realizados serviços técnicos de engenharia para manutenção do terreiro. 2007. Realizada restauração. 2008. Realizada reforma geral com execução de melhorias no revestimento, instalação de esquadrias em madeira de lei e nova cobertura. 2010. Foram feitas intervenções em instalações elétricas e telefônicas, adicionaram-se elementos
paisagísticos, um parquinho e equipamentos de ginástica. Áreas livres foram urbanizadas e houve a recuperação de calçadas e de meios-fios e da parada de ônibus. Realizado também, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) pesquisa e elaboração de projeto para o Memorial da Casa das Minas Jeje - Querebentã de Zomadônu. Estado de conservação: A Casa das Minas encontra-se em bom estado de conservação, com telhado e madeiramentos bem conservados. A pintura, em geral, também se encontra em bom estado, porém, na lateral voltada para a Rua Lucas e Baldez apresenta áreas com pichação e sujidades.
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CASA DAS TULHAS (42 - 43)
Localização: Praia Grande, quadra 59. Utilização atual: Mercado para venda de produtos regionais. Dados tipológicos: A Casa das Tulhas é na verdade um conjunto de edificações que ocupam um quarteirão completo com pátio central; onde estão dispostas as bancas de venda. Possui quatro saídas, uma voltada para cada rua de acesso. Voltadas para a área externa existem lojas com acessos individuais e sem ligação com a área interna. Possui quatro fachadas, todas com grande quantidade de portas em arco pleno e molduras em lioz. Destas, destaca-se a entrada principal, com frente para a Rua da Estrela (Largo do Comércio), a qual apresenta frontão triangular clássico e ao centro brasão português talhado em pedra de lioz com a inscrição: “ Em 28 de julho de 1855”, e medalha em ferro centrada por imagem de um padre com a inscrição “Esperança Maranhense”. Exibe também bandeira em ferro centrada pela inscrição: “MC1861” – Mercado Central (1861). Dados cronológicos: A área fronteira ao ângulo formado pelas ruas Estrela e Portugal é o que chamamos de ‘’Praia Grande’’. Quando ainda não aterrada e não repartida em rua, apresentava nos meses de inverno e nas épocas de 32
de maré alta grandes dificuldades com o transporte das mercadorias até a alfândega velha. Com pedra fundamental lançada em 1855, a implantação da Casa das Tulhas está diretamente relacionada com a prosperidade econômica de São Luis, que com a criação da Companhia de Comércio Grão Pará e Maranhão passou a fazer parte da rota comercial mundial na venda de arroz e algodão. Apesar de seu grande crescimento econômico, a cidade ainda não apresentava área adequada para o recebimento e compartilhamento de mercadorias, assim, em 1780, a partir de oficio vindo de Lisboa, ordenou-se a construção de área adaptada para o comércio, porém, durante quatro anos nada foi feito, pois o Governador Teles da Silva não concedeu os terrenos solicitados. A primeira construção no local onde está atualmente a Casa das Tulhas deu-se em forma de praça, circundada por barracas feitas de paus, para a venda de gêneros alimentícios. Em 1805 foi instituído o chamado ‘’Terreiro Público’’ com suas barracas de praça e que depois, já em 1820, veio a ser ‘’Casa das Tulhas’’, uma espécie de mercado-modelo. De 1833 a 1855 a feira ficou desativada, sendo uma nova construção feita na mesma área e inaugurada em 1862. Até a década 1960 ficou abandonada juntamente com o Centro Histórico de São Luis. Somente em 1982, por ocasião do Programa de Preservação e Revitalização do Centro Histórico de São Luís e do Programa de Obras do Largo do Comércio e Áreas Vizinhas foram realizadas obras primárias prioritárias de restauração, reforma e ampliação da feira, que passou a oferecer condições adequadas de higiene para o seu funcionamento. Nesta ocasião, isolaram-se as portas que voltavam para seu interior, deixando apenas as quatro entradas principais, uma voltada para cada face do imóvel e criaram-se várias lojas individuais com abertura apenas para a rua. Na parte onde antes funcionada o jardim, área ocupada pelos feirantes de maneira insalubre, criou-se cobertura e várias “bancas” ondem pudessem comercializar seus produtos. Atualmente, alguns dos prédios que compõem a Casa das Tulhas possuem dois andares e o complexo oferece aos seus visitantes, grande variedade de produtos locais, como artesanatos, doces, castanhas, bebidas e roupas; além de possuir bares e restaurantes variados, capazes de atender a todos os gostos.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1805. Foi instituído o chamado ‘’Terreiro Público’’ com suas barracas de praça e que depois, já em 1820, veio a ser ‘’Casa das Tulhas’’, uma espécie de mercado-modelo. 1833/1855. A feira ficou desativada 1862. Realizada construção de uma nova feira, na mesma área onde foi implantada a Casa das Tulhas. 1979. As fachadas, antes uniformes, encontravam-se grandemente alteradas. Desproporcionais sobradões, alguns de platibanda e revestidos de azulejos industrializados, desfiguram-na cada vez mais. 1982. Foram realizadas obras primárias prioritárias de restauração, reforma e ampliação da feira, que passou a oferecer condições adequadas de higiene para o seu funcionamento. 2009. Realizada pintura do prédio pela Fundação Municipal do Patrimônio Histórico. 2012. Realizadas obras de melhoramento da pintura e instalações hidráulicas, limpeza de telhado, desentupimento e duplicação das fossas e reordenamento de calçamento. A obra aconteceu por ocasião do projeto “Cores de São Luis”.
Estado de conservação: O imóvel está bom estado de conservação. Ao longo de suas fachadas, apresenta pontos com umidade ascendente, vegetação de pequeno porte em locais indevidos (principalmente nos beirais) e desenvolvimento de fungos. No frontão voltado para a Rua da Estrela percebe-se pequenos trechos com mancha de umidade; o brasão em lioz encontra-se bem conservado, porém a medalha está em processo de oxidação. 33
CASA DE ANA JANSEN (56 - 57) Localização: Rua Grande, quadra 71. Utilização atua: Sem uso.
a grande quantidade de autônomos que montam suas barracas no entorno.
Dados tipológicos: Exemplar de valor monumental, desenvolvido em dois pavimentos com terminação em beiral com dupla bica. Com duas fachadas uniformes, revestidas de azulejo português (azul e branco), apresenta predominância de vazios sobre cheias de forma simétrica. Todas as suas aberturas possuem verga reta e moldura em lioz. No térreo, apenas portas; já no primeiro pavimento, portas-janelas com bandeiras móveis e desenhos idênticos aos do Centro Caixeiral com balcão sacado e guarda-corpo em ferro.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1922. Sede da Escola Belas Artes do Maranhão. 1979. O imóvel era sede do comercial Dental Reis. Encontrava-se conservada, porém prejudicada por placas e propagandas comerciais e aparelho de ar condicionado. 2002. No imóvel funcionava a Loja Sabina.
Dados cronológicos: Não sabemos a data de sua construção. No entanto, sabemos que outrora fora uma das residências da Senhora Ana Jansen Pereira, que, segundo a lenda, nas noites sem lua, sai a penar seus pecados aterrorizando as pessoas com o barulho das rodas ferradas de seu carro de fogo, puxado por uma mula-sem-cabeça, pelas estreitas ruas da cidade. Por muito tempo, esta poderosa matrona reinou, absoluta, na vida política da cidade do alto deste solar. Ana Jansen foi uma mulher forte, sagaz e inteligente, que dominou o cenário político e social da Província, elegendo deputados, alargando dia a dia seu mandonismo e consolidando apreciável fortuna. Era realmente temida, porque sabia querer e realizava os desígnios e planos que lhe acudiam à mente. Uma vez na luta, não escolhia armas nem recuava. Financiou muitos jornais, cuja missão consistia em denegrir reputações, assoalhar mofinas contra os adversários políticos, campanhas difamatórias que maculam esse período do jornalismo maranhense. Em 1922, José de Paula Barros, artista renomado graduado em Paris, fundou em São Luis a Escola de Belas Artes do Maranhão, sendo o referido imóvel sua primeira sede, nele coordenava e ensinava desenho e pintura. Mais tarde, o sobrado foi também sede do Casino Maranhense, uma das melhores casas do gênero, que realizava suas festas carnavalescas na parte superior do imóvel e no pavimento térreo funcionava o Bazar Valentim Maia. Em 1979 encontravam-se instalados em sua parte superior vários consultórios e no térreo, lojas comerciais e atualmente encontra-se sem uso, fechado e, durante a semana, fica camuflado em meio 34
Estado de conservação: O prédio encontra-se em bom estado de conservação. Seus azulejos e elementos em lioz estão bem conservados. Na cimalha há presença de manchas de umidade, no telhado, pontos com vegetação de pequeno porte em locais indevidos e na pintura (principalmente do pavimento térreo) existem sujidades devido ao grande fluxo de pedestres. Na fachada voltada para a Rua Godofredo Viana apresenta umidade ascendente em sua base.
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CASA DE NOBRE DE ANA JANSEN (40 - 41)
Localização: Rua Rio Branco. 31/08/1935, nesta época, o imóvel apresentava dois Utilização atual: Centro de Olhos Maranhenses usos diversos, residência e o Laboratório Moraes. Eireli. Atualmente o imóvel é sede do Centro de Olhos Maranhense Eireli. Dados tipológicos: O imóvel desenvolve-se em pavimento térreo e mirante, com fachadas revestidas por azulejos nas cores azul e branco, exceção de parte da lateral, apenas pintada na cor branca e azul, e terminação em beiral com dupla bica e asa de andorinha. Devido ao declive da rua lateral, apresenta porão alto não visível na fachada frontal. Tem como eixo de simetria a portada emoldurada em cantaria e a inscrição “ANNO DE MDCCCXXV” e acima uma pequena pedra gravada: “Agosto de 1860”. É encimada pelo mirante fazendo com o térreo um só corpo de fachada no centro; tem balcão sacado corrido, piso de cantaria e gradil de ferro, vãos em arco abatido e bandeiras envidraçadas. O mirante é uma particularidade da ala direita. Os vãos do térreo têm parapeito em treliça protegida por gradil de ferro no lado externo e rótulas no lado interno. As bases dos cunhais são de cantaria.
Dados cronológicos: O casarão localizado na Rua Rio Branco, onde hoje funciona o Centro de Olhos Maranhense Eireli outrora foi a Casa Nobre de Dona Ana Jansen, comerciante que, tendo acumulado grande fortuna, exerceu forte influência na vida social, administrativa e política da cidade e que ali ditou seu testamento. Construída no século XIX, esta casa, como tudo que se refere a Ana Jansen, é envolta em mistérios indecifráveis, pelo menos para a crendice popular. O mistério ali existente é referente ao portão que nunca se abriu, mas que se crê tenha sido a entrada da carruagem da poderosa senhora maranhense que viveu no séc. XIX. É fato de se acreditar, porque até 1935, em frente ao portão, havia 2 frades de mármore de Carrara, que provavelmente serviram para impedir arranhões no portão. O imóvel foi arrematado em leilão por Hermenegildo Jansen Ferreira, em 1865, quando da execução movida pelos herdeiros de Henrique Siason, contra os do Cel. Isidoro Jansen Pereira para pagamento de dívida. Em 1979 tinha como proprietário o Sr. Benedito Laurindo de Moraes, que o adquirira do Sr. Garibaldi Pinheiro Brito, pela quantia de 12.000$000 sob escritura pública lavrada no Cartório Domingos Barbosa, 1º Tabelião, Ofício do Registro de Imóveis, e Oswaldo Soares, substituto, sob nº de registro 6.320. Protocolo nº 243, pag. 245, do Livro nº 3-K, transcrição, em 36
Linha do tempo e intervenções realizadas: Não foram encontrados registros de intervenção.
Estado de conservação: O imóvel encontra-se em bom estado de conservação. Vítima de vandalismo, possui pichações em suas duas fachadas. Nota-se a inserção de elementos típicos de errônea adaptação para adequar edificações históricas a novos usos, tal como a presença das caixas de ar condicionado localizadas nas laterais do mirante. No telhado há vegetação de pequeno porte em locais indevidos e seus azulejos apresentam sujidades possivelmente ocasionadas pela fuligem liberada na passagem intensa de ônibus na Rua Rio Branco. Na base do prédio, umidade ascendente. Cunhais e molduras apresentam pintura em mau estado de conservação e vários trechos com o reboco aparente.
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CASA ONDE ALUÍZIO AZEVEDO ESCREVEU “O MULATO” (36 - 37)
Localização: Rua do Sol. Utilização atual: Sem uso.
encontra-se em balanço e com risco de desmoronamento. O instituto aguarda no momento a apresentação de um projeto estrutural para permitir o Dados tipológicos: Casa de estilo colonial, construção morada intei- prosseguimento das obras. ra de um só pavimento e mirante com terminação Linha do tempo e intervenções realizadas: em beiral. De fachada simétrica, tendo como eixo 2014. A casa teve seu interior completamente imaginário o mirante de frente para a Rua do Sol, demolido, restando apenas as fachadas. apresentando pequeno balcão sacado. Esta fachada 2015. Embargadas as obras de recuperação do encontra-se prejudicada por um acidente de coleti- imóvel por estarem em inconformidade com o vo, e o seu revestimento original (azulejo português projeto arquitetônico aprovado pelos órgãos verde, amarelo e branco) sofreu total substituição responsáveis. As mesmas só prosseguirão após por azulejo industrial. Janelas em arco pleno com a apresentação de projeto estrutural adequado e regularização da obra. bandeiras de vidro. Observa-se a existência de pequenas aberturas cir- Estado de conservação: culares próximas ao chão com proteção em gradil O imóvel encontra-se com estado ruim de conserde ferro, as quais serviam para arejar o assoalho de vação. Seu interior foi completamente demolido e madeira. seu mirante, atualmente em balanço, ameaça deNa fachada lateral, quatro janelas com peitoril e sabar e levar o que ainda resta do prédio ao arverga em arco abatido e uma porta-janela com bal- ruinamento. O telhado apresenta telhas quebracão entalado guarnecido por gradil em ferro na ex- das, deslocadas e vários pontos com vegetação de tremidade direita. Há também, pequena esquadria pequeno porte em local indevido. com verga reta na altura do mirante. Todas as esquadrias estão danificadas, com vidros Dados cronológicos: Não há indicações precisas sobre a data de construção deste sobrado, que apresenta caracteres de construção do século XIX. Neste sobrado, especificamente em seu mirante, o escritor maranhense Aluísio Azevedo escreveu o famoso Romance O Mulato, publicado no ano de 1881 e com o qual deu nova dimensão à Escola Naturalista. Foi também neste mesmo prédio que viveu Antônio Lobo e no mesmo mirante, escreveu o Romance, também Naturalista, A Carteira de um Neurastênico. Em 1979, o imóvel era ocupado pelo Gen. Alexandre de Sá Collares Moreira e durante alguns anos pertenceu ao Sindicato dos Urbanitários que o vendeu em 2006. Ano passado, foi feita denúncia através da rede social do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM) anunciando que o casarão estava a ser demolido internamente para tornar-se estacionamento, a notícia teve grande repercussão no âmbito nacional e o ato foi interrompido, evitando que sua fachada também fosse danificada. Em 2015, a proprietária apresentou ao IHGM um projeto arquitetônico para reforma da casa que se enquadrava dentro das diretrizes de preservação patrimonial, entretanto, as obras foram interrompidas após a verificação de irregularidades, dentre as quais destaca-se a situação atual do mirante, que 38
quebrados, folhas quebradas e pintura desgastada. Ao longo da cimalha existem vários pontos com manchas de umidade. Tanto na fachada principal como na lateral, há trechos com reboco aparente, bem como umidade ascendente em sua base.
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EDIFÍCIO SÃO LUÍS (22 - 23) Localização: Rua de Nazaré, quadra 66. Utilização atual: Sede da Superintendência da Caixa Econômica. Dados tipológicos: Desenvolvido em três pisos, com duas fachadas revestidas de azulejos portugueses, nas cores azul e branco, e beiral em telha de faiança, apresentada ainda a base dos cunhais em cantaria. Predomínio de vazios sobre cheios com os respectivos vãos das portas e janelas em arco pleno. Na extremidade de seu belo beiral, possui arremate em forma de pomba. A fachada principal (Rua de Nazaré) tem cinco portas, destacando-se a central, com chave de arco decorada com uma folha de acanto, encimada por um painel contendo inscrição talhada em pedra de lioz : “1866, nº 33” e cinco portas com balcão sacado contínuo a nível do 1º andar; o segundo andar apresenta as mesmas características, porém, com janelas guarnecidas por balcões entalados. Todos os vãos são emoldurados em cantaria. A fachada voltada para a Rua do Egito, compõe-se no pavimento térreo de 8 portas e 3 janelas guarnecidas por grade em ferro; o primeiro e segundo pavimentos possuem 9 janelas e 6 portas cada. Compõe-se de duas partes; as seis primeiras janelas têm as mesmas características; com referência à fachada principal, as restantes apresentam os vãos das janelas guarnecidas de peitoril. Possui ainda placa memorativa ao lado da porta principal com a inscrição: “AQUI TOMBOU O BRAVO OTHELINO NOVA ALVES EM DEFESA DA LIBERDADE DE IMPRESA – HOMENAGEM DO JORNAL PEQUENO – 30/9/68”, a data nela escrita erroneamente refere-se à morte do homenageado, que ocorreu em 30 de setembro de 1967. Dados cronológicos: Considerado o maior prédio de azulejos do país, em estilo colonial, pertence ao 3º quartel do séc. XIX. Não se tem conhecimento de seu primeiro dono, sabe-se, porém, que passou por diversos usos ao longo dos anos. Em 1932, João Gomes, interventor militar do Maranhão, nele instalou o seu Quartel. Com o passar do tempo, já em 1941, as dependências superiores do prédio foram ocupadas pela família Areia Guimarães. Durante a 2ª Guerra Mundial foi alugado ao SENTA (Serviço de Mobilização dos Trabalhadores). Foi então adquirido pelo Sr. Gonçalo Moreira Lima, que ali instalou o Hotel Serra Negra, quando do incêndio que o destruiu, a 3 de agosto de 1969, além 40
de um café, no terreno, abrigava a Livraria Moderna e o Consultório Médico do Dr. Antônio Dino. Como fato histórico ligado ao prédio destaca-se a morte de Othelino Nova Alves, jornalista profissional, estudioso de direito, advogado dos partidos trabalhistas que se organizaram no Brasil, fundador do Sindicato dos Jornalistas de São Luís e importante combatente na luta pela liberdade de imprensa que, em 1967, foi brutalmente assassinado na Rua de Nazaré. No ano de 1976, o imóvel foi adquirido pela Caixa Econômica Federal, que contratou o arquiteto Antônio Pedro de Alcântara para elaborar o projeto de adequação e restauro do prédio. As obras tiveram início em 1980 e dois anos depois era inaugurado como sede de uma das agências da Caixa. Atualmente o prédio sedia a superintendência da instituição. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1932. João Gomes, interventor militar no Maranhão, nele instalou seu Quartel. 1939/1945. Foi alugado ao SENTA (Serviço de Mobilização dos Trabalhadores). 1969. Um incêndio destruiu todo o seu interior. 1976. O imóvel foi adquirido pela Caixa Econômica Federal. 1979. O prédio ainda encontrava-se danificado pelo incêndio que o atingiu. As paredes externas têm a sua estabilidade ameaçada pelos rigorosos invernos, falta de proteção, ventos, o que pode causar-lhe desabamento a qualquer momento. 1980/1982. Reforma completa do imóvel com projeto de adequação e restauro feito pelo arquiteto Antônio Pedro de Alcântara. 2015. Sede de uma das agências da Caixa Econômica Federal. Estado de conservação: O prédio encontra-se em estado regular de conservação. Apresenta manchas de umidade, pintura em mau estado e reboco aparente no cunhal, cimalha e frisos. Em alguns pontos da fachada e telhado nota-se presença de vegetação de pequeno porte em locais indevidos. Suas esquadrias estão com pintura em mal estado de conservação e há sujidades nas fachadas do pavimento térreo. Algumas de suas belíssimas telhas estão quebradas, bem como a pomba que arremata o telhado, que está sem uma de suas asas.
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ESCOLA TÉCNICA DO CENTRO CAIXEIRAL (60 - 61) Localização: Rua da Palma, quadra 66. Utilização atual: Em parte do pavimento térreo funcionam um Banco de Serviço de Crédito e pequeno comércio com serviços gráficos.
Dados tipológicos: Prédio em estilo colonial, com dois pavimentos e sótão da primeira metade do séc. XVII, com um só corpo de fachada e planta em forma de U; telhado em seis águas, e beiral em telha canal e dupla bica. Composto de três fachadas de aparência sóbria, este prédio apresenta nítidas características das primitivas instalações jesuíticas, pela uniformidade na disposição das inúmeras portas e janelas cujos vãos, em arco abatido, exibem bandeiras e balcões sacados intermitentes, de ferro forjado, e piso de pedra de cantaria. Apesar de demolida uma parte da fachada lateral esquerda, houve preocupação em manter as suas características originais. Dados cronológicos: O prédio do centro Caixeiral foi uma residência particular, pertencia ao Padre José Teles Vidigal e, mais tarde, foi escolhido pelo Frei apostólico Gabriel Malagrida para funcionar como abrigo de Nossa Senhora da Anunciação e Remédios enquanto eram executadas as obras do abrigo permanente e da capela, localizados onde hoje se encontra a Capela do Recolhimento, no colégio Santa Tereza. O Padre reconheceu que a referida casa realmente era apropriada para tal, sendo então autorizada pelo Alvará Régio de 02-03-1751. Esta escolha deveu-se à localização junto ao Colégio dos Jesuítas, hoje Palácio Episcopal. Neste abrigo, foram feitas várias vistorias com a finalidade de saber se possuía todas as comodidades e capacidades de casa clausuradas com vários quartos, para depois ser julgada por sentença do Reverendo Cabido a 05-08-1753. A partir da aprovação, foram congregadas as primeiras recolhidas, dando origem ao 1º Educandário Feminino do Maranhão, sendo dirigido pelas Ursulinas do Coração de Jesus. Este Recolhimento a princípio viveu às custas de esmolas pedidas pelo frei Malagrida, para que as donzelas e senhoras desamparadas, que estavam sob sua proteção, pudessem ser mantidas. Malagrida dedicou-se de corpo e alma à criação e fundação do Recolhimento, porém em 1758 quando voltou a Lisboa, foi acusado pela Santa Inquisição (1765). Concluídas as obras da sede oficial do recolhimento, esta casa voltou a ser residência particular dos Srs. 42
Joaquim Francisco Rodrigues, Ignês Magna de Sousa Rodrigues e Sr. Raimundo Gabriel Viana que mais tarde a venderam para a Associação dos Caixeiros, a qual, segundo certidão de registro, teve sua sociedade fundada em 21 de janeiro de 1890 e instalou sua sede em São Luis a 2 de março de 1890. Em 1926, instalou-se no prédio a Escola Técnica de Comércio do Centro Caixeiral, fundada por Luis Morais Rêgo e Mata Roma, a qual formou, até 1945, peritos em Contabilidade e Guarda-Livros. Eram considerados cursos Superiores. Extintos quando se encontrava na direção da Escola, o Sr. Caio Carvalho. Durante esta época, a escola funcionava na parte superior do prédio, enquanto no térreo, funcionavam estabelecimentos comerciais, como mostra uma fotografia da época, em mãos do professor Jefferson, ex-aluno do Centro Caixeiral e, mais tarde, Diretor. Sabemos, portanto, que pessoas relacionadas com a História do Maranhão lá passaram em visitas, como o escritor Coelho Neto que deixou certa vez escrito no livro de Honra de Presença: “É certo que mercúrio com asas nos pés e na cabeça representa o Comércio”. Antônio Lobo e Fran Pacheco lá fizeram uma série de Palestras Literárias. E, nomes que hoje elevam o Maranhão estudaram no Centro Caixeiral, como é o caso do escritor Josué Montello que lá prestou o exame de admissão e o Curso Ginasial. Atualmente o imóvel possui a maioria de suas salas desativadas, em parte do pavimento térreo funcionam um Banco de Serviço de Crédito e pequeno comércio com serviços gráficos. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1943. Com o alargamento do Beco da Sé, o prédio sofreu um corte na lateral esquerda, perdendo grande parte da sua planta.. Estado de conservação: Em estado regular de conservação, o imóvel possui pintura com pichações, trecho com reboco aparente e propagandas fixadas de forma inadequada em sua fachada lateral. No telhado, há pontos com vegetação de pequeno porte em local indevido e suas esquadrias possuem pintura desgastada e vidros quebrados.
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FONTE DAS PEDRAS (104 -105)
Localização: Rua de São João, quadra 150. Utilização atual: Ponto turístico e local de descanso para moradores e transeuntes. Dados tipológicos: Possui seu frontispício formado por quatro pilastras encimadas por entablamento, que suportam frontão triangular de perfil ondulado. Cinco carrancas em cantaria ligadas às galerias são responsáveis por captar água oriunda de várias nascentes. Atualmente a fonte encontra-se no meio de um jardim bem arborizado, com bancos em madeira e protegida por um muro com portão de ferro encimado com brasão de armas portuguesas. Dados cronológicos: Foi a primeira nascente canalizada na Ilha de São Luís, tendo os índios Tupinambás como os primeiros a utilizarem suas águas, seguido das tropas portuguesas lideradas por Jerônimo de Albuquerque em 1615, que se abrigaram ao redor deste veio natural de água e iniciaram ali a sua estratégia que permitiria derrotar e expulsar os franceses. Na área correspondente ao atual Mercado Central, existia um córrego que levava a água da Nascente das Pedras para o Portinho, este era utilizado para chegada e abastecimento de água potável dos holandeses, os quais, ao perceberem sua importância para suas conquistas, imediatamente canalizaram-no para construir uma fonte. Em decorrência das inúmeras nascentes de água ali existente, foram construídos dois túneis que se ligam; um que vem da cúpula das torres que se localizam próximo ao prédio da hoje extinta Fábrica Santa Amélia; e outro sob a fachada do chafariz, sendo este mais longo; os dois túneis formam uma espécie ‘’T’’, e totalizam uma extensão que vai além 44
das cavidades por onde jorra água até os diques laterais do túnel, chegando aos nichos através dos dois ladrões existentes em cada lado dos diques transversais, de onde cai água para os canos das cinco carrancas. Após o período colonial, a fonte teve como primeiro proprietário o Patrimônio Público. Durante o governo de Joaquim de Melo e Póvoas, a canalização das águas da fonte foi completamente recuperada e o seu frontão reconstruído. Em 26 de janeiro de 1832, o engenheiro maranhense José Joaquim Lopes organizou um plano sobre a Fonte das Pedras. Traçou a forma atual da fachada, forma de estilo totalmente colonial português e um tanque para escoamento da água saída de suas bicas, todo revestimento de pedras portuguesas (cantaria). Também passou por recuperações durante o governo de Bernardo da Silveira Pinto da Fonseca, no período de 1819 a 1822. No final do século XIX, a capital e algumas áreas do interior passaram por um período de expansão imobiliária, havendo a necessidade da mudança do sistema de abastecimento urbano da cidade com a implantação da Companhia de Águas do Rio Anil, e sendo os terrenos contíguos à fonte das Pedras vendidos para a instalação da fábrica de tecidos Santa Amélia. Atualmente estão sendo realizadas no prédio da antiga fábrica Santa Amélia as obras de restauração e adaptação para que possa abrigar os cursos de hotelaria e turismo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a Fonte das Pedras passará também por reforma e irá fazer parte do complexo universitário, ficando também sob responsabilidade da Universidade realizar as devidas manutenções. Intervenções realizadas: 1641. Canalização das águas pelos holandeses. 1762. Recuperação da canalização das águas e reconstrução. 1832. Construção de tanque para escoamento das Águas e rego para dar Vazão. 1833. Conserto do cano interior, frontispício e recolocação de pedra de cantaria. 1895. Instalação da fábrica de tecidos Santa Amélia. 1932. Reforma do piso com desvio das águas em diagonal. 1950. Cotonifício Cândido Ribeiro e Serrano & Cia., demoliram 3 das 5 torres de aeração e penetração de luz existentes, substituindo-as por canos de ferro, para dar acesso aos veículos que circulavam no pátio interno da Fábrica. Foi também erguido um muro cercando todo o terreno, inclusive a Fonte, ficando
ficando esta vedada à visitação pública. 1961. Foi efetuada campanha pública para restauração do monumento que requeria reparos e utilização por parte do povo. 1963. Tombada pelo IPHAM 1975. Desapropriação e restauração da fonte.Tombamento pelo Governo Federal. 2005. Projeto de restauração que contava com o aumento das escadarias de acesso implantação de rampas de acessibilidade. Pintura nos muros e renovação do reboco, bem como projetos de revestimento e iluminação. O frontão foi restaurado segundo as cores originais. 2012. A fonte e o jardim que a abriga passaram por reforma geral,contando com empresas parceiras. Estado de conservação: A estrutura da fonte e suas carrancas encontram-se em bom estado de conservação, porém podese observar manchas de umidade e fungos em sua pintura e ao longo do muro que a ladeia, há também pichação e vegetação de pequeno porte em local indevido. O nível da água, por conta da grande quantidade de chuvas e sistema de escoamento danificado, encontra-se na altura das carrancas impedindo que a fonte funcione normalmente. 45
FONTE DO BISPO (106 -107)
responsáveis, a fonte encontra-se em estado reguLocalização: Rua Fonte do Bispo. Utilização atual: Abastecimento parcial da popu- lar de conservação, contendo fissuras, manchas de umidade, eflorescências, fungos e vegetação de lação das redondezas. pequeno porte em local indevido em suas paredes Dados tipológicos: e estrutura de cobertura completamente oxidada. Pertencente à segunda metade do século XVII, a Fonte resume-se na pequena cacimba de poucos centímetros de profundidade e formato retangular envolta por pequeno muro em alvenaria e cobertura de placa metálica com duas águas. É a mais humilde de todas e refere-se apenas a fatos históricos mais remotos da cidade. Dados cronológicos: Localizada no fim da Rua Fonte do Bispo (Rua das Crioulas), ex-largo do Santiago, bairro de São Pantaleão, a fonte ficava próxima ao mar, na praia entre Santiago e a Quinta da Boa Hora do Cirurgião, e em dias de maré de sizígia ficava sujeita à inundação. Construída em pedra jacaré e com porta (hoje não mais existente) em lioz, no fim do século XVII pelos portugueses, designa-se Fonte do Bispo pelo seguinte fato: D. Frei Timóteo do Sacramento, terceiro bispo da Diocese do Maranhão, cujo governo assumiu em 1697, não tardou a inimizar-se com as autoridades e ponderável parcela da população de São Luís, em virtude de várias medidas adotadas em nome da moralidade e da doutrina católica. Como desfecho das sucessivas desavenças com o governo colonial, foi posto sob temporalidades e preso em seu palácio, então localizado no Largo de Santiago. Não podendo receber visitas nem tendo como renovar a provisão de víveres, em poucos dias o bispo, sob forte cerco de uma guarnição, teve que romper o isolamento para, de vasilha em punho, apanhar água na fonte próxima. Assim dessententou-se e deu à pequena nascente o nome de Fonte do Bispo. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1979. Imóvel totalmente desprotegido pelas entidades competentes. Apresentava sua estrutura abalada e infiltrações. Séc. XXI. Apesar de não serem encontrados documentos que comprovem as intervenções realizadas, os moradores locais afirmam que a construção da proteção hoje existente na fonte e a manutenção da mesma são feita por eles mesmos. Estado de conservação: Descaracterizada e abandonada pelas autoridades 46
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FONTE DO RIBEIRÃO (102 - 103)
Localização: Localizada na Rua dos Afogados, quadra 32. Utilização atual: Ponto turístico e sede do projeto “Samba na Fonte” todas as quintas-feiras à noite. Dados tipológicos: A fonte encontra-se escavada em um grande pátio revestido com pedras de lioz, sendo protegida por grossos paredões de alvenaria. A fachada principal se delineia através de um grande quadro ladeado por duas pilastras ornadas com frisos e encimadas por coruchéus. Possui frontão decorado com símbolos pagãos e cristãos, contendo no topo, uma estátua do deus Netuno e abaixo dela a pomba que representa o Divino Espírito Santo. Centralizadas na fonte, existem três janelas com fechamento em grade de ferro que dão acesso às galerias, por último, há uma série de cinco carrancas de pedra alinhadas com biqueiras através das quais as águas são canalizadas, caindo em tanque lajeado. Daí, por uma espécie de rego, ao longo de todo pátio escoam em direção à antiga Praia do Caju. Dados cronológicos: A encantadora e secular Fonte do Ribeirão, recanto pitoresco que deslumbra os turistas, é motivo de especulação para os estudiosos. Teve sua construção a mando de D. Fernando Antônio de Noronha, 48
governador nos idos de 1796, resultante da necessidade de saneamento e melhoria de água para consumo da população. As carrancas existentes na referida fonte dão acesso à galeria de canalização de lençóis subterrâneos, que são motivos lendários na imaginação popular. Diz-se, por exemplo, que certo frade começava com um sermão na Igreja do Carmo ou das Mercês e logo outro na Igreja de Santo Antônio, porque em desabalada carreira, a cavalo, ia de uma igreja a outra pelo subterrâneo através de galerias que se supõe ter existido. Afirma-se ainda que teria servido para contrabando de escravos, quando da proibição do tráfico negreiro. No entanto, é, sem sombra de dúvidas, magnífica obra da engenharia colonial. A mais conhecida lenda conta sobre uma gigantesca serpente que vive nas galerias que correm por toda a Ilha de São Luís, tendo sua cabeça apontada para a Fonte do Ribeirão e sua cauda localizada na Igreja de São Pantaleão e, no dia em que essa serpente crescer o suficiente para tocar sua cabeça em seu rabo, ela acordará, afundando toda a ilha. Atualmente a fonte é utilizada não só como ponto turístico da capital, mas também como local de entretenimento através do projeto
“Samba na Fonte” que agrega arte, música, ocu- 1979. Realizada pintura completa da Fonte. pação, limpeza e ordem da Fonte do Ribeirão, a 1981. Limpeza das galerias, bicas e pátio interno, qual se encontrava entregue ao descaso. restauração das carrancas, pintura geral e colocação de pilastras para limitação de veículos. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1832. Apresentação de plano e orçamento do 2º te- 1985. Limpeza geral, recuperação do reboco e dos nente Joaquim Rodrigues Lopes. elementos decorativos, recolocação das bicas das 1833. Assentamento das lajes de cantaria dispersas carrancas, recomposição dos degraus, do piso do pelo tanque, segundo planos traçados no ano ante- pátio e dos tanques. rior. 1999. A 3ª SR/IPHAN, através de processo licitatório, 1866. Reforma e construção da abóbada do cano contrata as empresas: Angra Artes e Restauro Ltda. da Rua do Ribeirão até a do Alecrim. para realizar a restauração dos elementos artísti1867. Conclusão da cobertura do cano, implantação cos e integrados e, Correia Construções e Serviços de grade de ferro sobre a abóbada para sorvedouLtda., para a execução das obras civis. ro das águas empoçadas externas, e parapeito de amparo nas extremidades da referida abóbada, con- 2012. Realizada reforma geral da fonte, contando com pintura, restauração e limpeza das carrancas, forme Diário de Obras Públicas do Maranhão. 1869. A estátua do Netuno foi danificada, perden- recomposição do piso, recuperação das pedras de do seu tridente original, o braço esquerdo e recebe cantaria, nivelamento da canaleta central, revestipintura inadequada com cores vivas, a qual foi reti- mento da mureta e inclusão de iluminação artística. rada logo em seguida depois de denúncias. Estado de conservação: 1920/1940. Manutenção sob responsabilidade das Desde a apropriação da fonte pela população, o empresas de água. seu estado de conservação mantém-se bom. Sua 1950. Inscrito como patrimônio nacional no Livro pintura apresenta manchas de umidade principaldo Tombo das Belas Artes. mente na área dos frisos do frontão. 1974. Restauração completa da fonte pela prefeitu- As carrancas em lioz encontram-se em bom estado de conservação. ra de São Luís. 49
FORTE DE SANTO ANTÔNIO (110 - 111)
Localização: Avenida Tupinambás, s/n – Ponta D’areia. Utilização atual: Sem uso. Dados tipológicos: Forte com muralha (incompleta atualmente) circular em pedra lavrada e intercalada por ameias, nas quais se localizavam os canhões. No centro do terreno, a fortaleza propriamente dita e o paiol de pólvora, apresentam características coloniais com presença de telhado terminado em beira seveira simples, esquadrias em madeira com vergas retas e molduras argamassadas lisas. Pilastras arrematam todos os cantos da edificação principal. Possui atualmente observatório em ferro e cinco canhões apontados em direção ao mar. Dados cronológicos: Fundado em 1692, o Forte de Santo Antônio está localizado em local estratégico e foi construído a mando do então governador Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho para a proteção da cidade, sendo seu projeto elaborado pelo engenheiro Pedro de Azevedo Carneiro. A princípio, esta fortaleza era temporária, só mais tarde passou a ser permanente. Entretanto presume-se que sua construção não foi totalmente 50
realizada, visto que, César Marques, no seu Dicionário, diz que no início do século XVIII esta fortaleza estava arruinada. Faz também referências a uma Carta da Câmara de São Luís, de 1689, ao Governador, se encarregando de mandar materiais para as obras da fortaleza, visto que, o encarregado pela construção, Sargento-Mor Antônio Barros Pereira, havia deixado os trabalhos. O Governado do Maranhão em 1691 inicia a construção com dificuldades, há carência de pessoas capacitadas, falta de mão-de-obra, materiais adequados e sal do reino. Devido aos obstáculos, sabe-se que esta obra foi mal feita, ou abandonada após a construção, pois várias pessoas como o Governador Gonçalo Pereira Lobato, Pe. José de Morais e Luís Antônio Sarmento da Maia deram informes sobre seu estado precário e pediam sua construção. No ano de 1762, em visita ao forte, o Capitão Engenheiro Manuel Fernando Goetz julgou indispensável a sua restauração, entretanto, por conta de conflitos políticos não foi reformado e sim incendiado. Ao lado disso, fatos históricos estão ligados a este forte, destacando-se a revolta contra o Presidente Bruce, comandada pelo Ten. De Artilharia Manoel Joaquim Gomes, em 1824, que aí amotinou-se, formando um pequeno governo, denominado Junta Temporária, submissa à Junta Expedicionária de Rosário. O motim foi abafado pelo fogo dos fortes de São Luís e São Marcos. Conforme o projeto do Engenheiro André de Andrade Braga, em 1827, o forte foi transformado em farol para facilitar a navegação. Para a época em que construído, representava grande defesa da capital, por ser ponto estratégico de alto valor. No século XIX, o forte chegou a ser abrigo para grupos de teatro e ópera que vinham da Europa. Por causa das pestes que assolavam o continente europeus, os grupos ficavam um tempo no forte antes de se apresentarem. Ficou abandonado por vários anos, e ao longo destes, foram propostos diversos usos, os quais nunca foram executados. Em 1984 teve início uma grande reforma com a intenção de abrigar ao Museu Oceanográfico do Maranhão, o que não ocorreu, pois em 1991, após inauguração da restauração completa do forte passou a sediar o Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (atualmente chamado de Grupamento de Bombeiros Marítimo – GBMar ). 51
Atualmente o imóvel foi incluso nas obras de urbanização da Ponta D’areia e atualmente encontra-se em reforma e deverá voltar a ter uso turístico. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1762. Foi incendiado por conta de conflitos políticos. 1827. O forte é transformado em farol para facilitar a navegação. 1870. Passou por reformas. Nesta época, apresentava-se com planta circular com 22 braças de diâmetro, 29 palmos de altura e 14 de espessura e estava artilhada com sete peças de ferro de calibre 32, treze de 12 e uma de 9 de calibre de bala. 1884. Começa a funcionar o farolete da ponta d’areia, no dia 1 de agosto deste ano. Mostrava luz branca e vermelha. 1937. Tombado pelo Governo Federal. 1975. Inscrito como patrimônio nacional no livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. 1984. Iniciadas obras de restauração do forte para que o mesmo abrigasse o Museu Oceanográfico do Maranhão, as quais foram interrompidas e reiniciadas diversas vezes. 1991. O forte passa a sediar o Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (atualmente chamado de Grupamento de Bombeiros Marítimo – GBMAR). 1992. Foram realizados ajustes elétricos, luminotécnicos, a regularização do terreno com seus devidos aterramentos, além da construção da calçada de pedra e da colocação dos canhões. 2013. O forte passou por reforma de reestruturação arquitetônica. 2015. Encontra-se fechado para reformas e assim da conclusão, deverá voltar a ter uso turístico. Estado de conservação: O forte encontra-se em bom estado de conservação; sua pintura apresenta vários trechos com reboco aparente e início de formação de vesículas. Na cimalha, existem algumas manchas de umidade pontuais, possivelmente derivadas de infiltrações do telhado. Um fator a se chamar atenção é a presença da vegetação, que atualmente encobre parte da muralha e da área onde estão localizados os canhões.
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FRADES DE PEDRA (98 - 99)
Localização: Rua da Manga, quadra 169. Utilização atual: Sem uso. Dados tipológicos: Elemento de notável mérito histórico. Duas colunas de pedra de lioz que outrora eram usadas para apreensão de animais ou para vedar a passagem de veículos. Têm dimensões diferentes, sendo que a do lado direito mede 1,06 de altura e 26 cm de raio; a do lado esquerdo, 1,19 de altura e 28 cm de raio. Dados cronológicos: Segundo alguns entendidos, os ‘’frades de pedra’’ que até hoje são vistos no Bairro do Portinho serviam para proteger as esquinas das rodas de ferro dos carros ou para amarrar os cavalos dos que apeavam para tratar de negócios ou para dar um dedo de prosa. E, por ser parecido ao órgão genital masculino, dizem que podem ser associados ao costume de venerar o LINGA na Índia, embora o Linga indiano não tenha pretensões de expressar de maneira real a genitália masculina. Atualmente não possuem mais função, algumas réplicas foram reproduzidas em concretos e locadas em várias áreas do centro histórico para impedir a 54
passagem de automóveis. Linha do tempo e intervenções realizadas: Não foram encontrados registros de intervenções realizadas. Estado de conservação: Apesar da ausência de intervenções, os frades de pedras apresentam bom estado de conservação. O frade localizado à direita apresenta umidade ascendente e ambos possuem sujidades.
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HOSPITAL GERAL TARQUÍNIO LOPES (76 - 77)
Localização: Rua de São Pantaleão. indispondo deste montante, foi adiada a reforma, Utilização atual: Hospital de Câncer do Maranhão sendo feitos apenas alguns reparos. – Dr. Tarquínio Lopes Filho. Em 1847 passou por grande reforma, com intervenções feitas principalmente em sua fachada, fiDados tipológicos: Imóvel desenvolvido em três pavimentos, com cando a despesa total do edifício construído em fachada simétrica revestida em azulejos industriais 17:908$905 de réis, a cargo do plano e direção do Capitão de Engenheiros João Victo Vieira da Silva. e terminação em cimalha e beiral. Predominância de vazios sobre cheios, com vãos em O Hospital Geral passou a chamar-se Tarquínio arcos abatidos, sem bandeiras, fechados por bascu- Lopes Filho em 1938, logo após a morte do mesmo. lantes. A porta principal, cravada, é emoldurada em A homenagem foi feita por seu grande amigo, tamcantaria (hoje pintada na cor azul), tendo acima da bém médico, Carlos Macieira, que na época atuava chave do arco, pedra com a inscrição: “Reedificado como Secretário de Saúde na Inventoria de Paulo na Presidência do Exmº. Sr. Joaquim Francisco de Ramos. Sá. Pelo Cap. Engº. João Victo Vieira de Sá - Anno No ano de 2014, foi inaugurado pela Governadora Roseana Sarney o Hospital do Câncer de São Luis, de 1847”. Esta fachada foi acrescentada de anexo (ao sul) cor- o qual permaneceu com o mesmo nome. As outras respondente ao Hospital do IPEM, obedecendo as especialidades do hospital ficam agora a cargo do Hospital Carlos Macieira. linhas gerais o seu estilo. Na lateral, encontra-se estátua do Sagrado Coração Linha do tempo e intervenções realizadas: de Jesus de braços abertos, sob pedestal revestido 1847. Passou por reforma, contemplando principalcom mesmo azulejo do hospital. mente sua fachada. 1979. O prédio era constituído de dois andares. Dados cronológicos: Edificado na antiga ponta de terra chamada de Não foram encontradas informações sobre a inSanto Amaro, ao sul da cidade, por Manoel da Silva tervenção responsável pelo acréscimo do terceiro Serrão e sua mulher como obra para a Igreja de pavimento, hoje existente. Nossa Senhora da Madre de Deus, teve sua posse 2011. Inaugurado novo centro cirúrgico no hospital. transferida em 1713, ao Capitão-Mor Constantino 2014. Inaugurado após reforma para ampliação e adaptação para sediar o Hospital de Câncer do Made Sá, o qual concluiu a ermida. ranhão. Tempos depois, a propriedade foi adquirida pelo Padre José Lopes, que solicitou mais terreno à Estado de conservação: Câmara, o que conseguiu em 19 de junho de 1731 e, O prédio encontra-se em bom estado de consercom grandes despesas, construiu uma grande casa vação. Na base, observam-se pontos com umipara melhor acomodar as recreações religiosas dos dade e desenvolvimento de fungos. A pintura das mestres e alunos do antigo Colégio da Luz (hoje molduras, cunhal e cimalha estão em bom estado de conservação. Desperta a atenção a grande Palácio Episcopal). Já em 11 de junho de 1761, dada a expulsão dos je- quantidade de condensadoras fixadas nas fachadas, suítas, El-Rei D. José I decretou que essa fundação descaracterizando-o. fosse destinada a um colégio para educação da A moldura da porta principal em lioz está inadequanobreza, o qual nunca se realizou. Este mesmo mente pintada na cor azul, já a chave de arco com prédio serviu para recreio dos governadores, hos- inscrição apresenta bom estado de conservação. pital onde eram tratados os soldados do Exército e os presos de Justiça e isolamento de variolosos no século XIX. A antiga igreja, por falta de uso e cuidado, arruinou-se completamente. Foi o Governo Imperial o grande responsável pela reforma do hospital, o Governo da Província por sua vez, também reconhecendo a necessidade de sua conservação, ordenou ao engenheiro José Joaquim Rodrigues Lopes que fizesse o orçamento da despesa necessária para as obras. Tendo como custo total orçado o valor de 12 contos de réis e 56
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IGREJA DA SÉ (112 - 115)
Localização: Av. Pedro II, em frente à Praça Pedro II. Utilização atual: Igreja católica. Dados tipológicos: Neoclássica, simétrica, de frontão clássico encimado pela imagem de N. S. da Vitória, apoiado sobre dois pares de pilastras compósitas. Nas laterais da fachada emergem duas torres sineiras quadrangulares, cobertas por cúpulas truncadas de três seções encimadas por pirâmide e cruz latina em ferro. A parte central possui três níveis de abertura de vãos. De cima para baixo tem-se primeiro: janelas com vergas retas coroadas por cornijas triangulares e guarnecidas por vitrais; na sequência têm-se janelas com bandeiras e folhas em madeira e vidro e guarda-corpo em balaustrado, e, por último, portas em arco pleno guarnecidas de bandeira em ferro trabalhado e folhas almofadadas. O par de torres sineiras possui aberturas de vãos em arco pleno tanto no pavimento térreo como no nível do coro e no nível dos sinos, todos conforme acabamento da composição de esquadrias que as ladeiam. Abaixo da abertura dos vãos dos sinos existe um par de relógios, vale chamar atenção para a escrita de seus números, todos em romano, entretanto, a forma como está grafado o número “quatro” está diferente; na direita apresenta-se na versão romana mais antiga, “IIII”, já na esquerda, está escrita segundo o princípio de subtração, mais atual, 58
“IV”. Existe também um relógio na fachada da torre voltada para a praça Benedito Leite. O adro possui piso e escadaria de acesso em mármore e é protegido por balaustradas pré-moldadas que se estendem até a frente do Palácio Episcopal. Dados cronológicos: Esta igreja é um dos monumentos históricos mais antigos de São Luís. No decorrer de sua história, várias foram as transformações pelas quais passou. Primeiramente, foi denominada de Nossa Senhora da Vitória, em homenagem à aparição da Santa na Batalha de Guaxenduba, pois como diz a lenda, os franceses, ao atacarem os portugueses que estavam em inferioridade numérica, foram derrotados face à ajuda que os portugueses tiveram de N. Senhora, que passou a chamar-se ‘’Vitória’’. O início da construção foi motivado por uma peste que assolava a população na época. Foi quando, em 1619, o 3º Capitão-Mor Diogo Machado da Costa, com o intuito de reforçar a fé dos atingidos pela varíola, mandou, com os seus próprios recursos, erigir a igreja que daria origem à atual Catedral Metropolitana. Tratava-se de uma edificação simples, composta por quatro paredes de taipa e coberta com telha vã. Terminada a construção, foi inaugurada no ano de 1622, por Diogo Machado da Costa, marcando, com isso, o final de seu mandato. Passados cinco anos da construção da antiga Sé, o jesuíta Luís Figueira resolveu construir um colégio e uma capela para o mesmo, a 60 passos da igreja construída por Diogo, e a que denominaram de N. Senhora da Luz. A afluência de pessoas para esse centro de ensino era tão grande, em 1681, que a capela foi transformada em ala funcional do colégio. Em 1º de julho de 1687, a Câmara deu licença para que fosse construída uma nova igreja e no ano de 1690 foi iniciada a nova Sé, tendo à frente dos trabalhos o Pe. João Felipe Bettendorff e a mão de obra de N. S. da Luz e escravos. Findada a construção, foi benzida pelo bispo diocesano D. Timóteo Sacramento, em 30 de julho de 1699. Sobre as características arquitetônicas da igreja edificada por Pe. Bettendorff: apresentava fachada assimétrica, com frontão curvilíneo centrado por óculo e encimado por cruz em ferro. Possuía, tal como a atual, três séries de aberturas (com três vãos cada) compostas de vergas retas e corpos envidraçados clássicos, exceto a primeira série, onde as portas eram almofadas, sendo que a principal,
em arco de meio ponto, emoldurava-se por portada ladeada por pilastras. Nela existia apenas uma torre sineira de base quadrangular localizada à direita da igreja, com janelas no estilo das demais, além de relógio, ainda hoje existente; apoiava-se no segundo entablamento, por isso apresenta pé direito elevado. A cobertura em meia cúpula terminava em agulha e nos cantos possuía balaústres. Ainda que fosse a catedral da cidade, sua conservação foi deficiente, visto que eram constantes os pedidos para restauração e reconstrução do templo. Em 1713, tramitava pelo Senado da Câmara de São Luís uma petição do padre vigário da matriz da Sé, informando as péssimas condições materiais daquele templo. No ano de 1718, o rei de Portugal ordenou a reconstrução da Sé e a angariação de fundos para as obras através da venda de 200 índios, devido ao estado em que esta se encontrava; fato que não foi concretizado, uma vez que, em 1726, o bispo D. José Delgarte pedia a reconstrução da matriz, pois o templo existente encontrava-se em ruinas, muito escuro e imundo, sem capacidade, nem alfaias para as funções episcopais. Quando da inauguração da nova Igreja (1690), esta ainda não possuía torres e, somente por volta de 1737, com autorização da Câmara, houve a construção da torre direita juntamente com a instalação de um relógio oferecido pelos jesuítas. Após o banimento e proscrição dos padres jesuítas (1761), seus bens passaram à Fazenda Nacional, assim, a antiga Igreja de Nossa Senhora da Luz passou a servir de Catedral e o colégio tornou-se palácio episcopal. No mesmo ano, por ocasião de reforma urbanística, foi ordenada pelo governador Joaquim de Melo e Póvoas, a demolição da antiga Sé para arejar o largo em frente ao Palácio dos Governadores. A demolição só foi executada em 1763, quando da ordenação da Carta Régia, visto que era necessário aguardar o tempo necessário para a degeneração dos corpos nela enterrados. A composição arquitetônica atual deriva do início do século XX, onde a fachada da catedral foi alterada, ganhando duas torres. No ano de 1921 foi elevada a sede de arquidiocese da cidade de São Luis, função que desempenha até os dias atuais.
Diogo Machado da Costa, com seus próprios recursos, a igreja de N. S. da Vitória daria origem à atual Catedral Metropolitana. 1622. Inauguração da Igreja de N. S. da Vitória, acima referida. 1626. Construção da primeira capela do Colégio, a 60 passos da Igreja de N. S. da Vitória, dedicada a N. S. da Luz, pelo Pe. Luís Figueira. 1679. Demolição da capela para dar lugar à ala nascente do colégio. 1690. Iniciada construção da atual igreja: 8-9-1690, pelo Pe. João Felipe Betendorff, no local da de N. S. da Vitória. 1699. Apesar de inaugurada, a Igreja da Luz ainda não se encontrava completamente acabada nos seus elementos decorativos internos. 1701. Restauração do frontispício da Igreja de N. S. da Vitória pelo Governador Cristóvão da Costa Freire. 1737. Afixação de relógio doado pela Casa da Câmara. 1768. Realizada reforma visando adaptar a antiga igreja de N. S. da Luz à condição de Sé Catedral. 1827. Realizaram-se reformas na Igreja, principalmente na sacristia, que servia como capela dos pontificais. 1849. Realizadas obras de reparos da fachada e posteriormente no interior do templo, que teve restaurada a pintura do teto da vasta capela-mor, das suas paredes laterais e do arco-cruzeiro. Foram refeitos o assoalho e a escada da torre, que sozinhos consumiram quinhentos mil réis, pagos pelo Governo da Província. 1851/ 1854. Estando em ruínas, foi restaurada por D. Manoel Joaquim da Silveira. 1869. Realizadas obras no assoalho do templo e implantados encanamento para luz de gás hidrogênio e bonitos candeeiros. 1883/1886. Iniciam-se obras na catedral no mês de agosto, passando a Sé a funcionar na Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Nesta ocasião foi refeito o teto da nave e da capela-mor; reparadas as sete janelas da nave, as tribunas e o altar-mor (com pintura e redouramento); refeito o teto da capela da Boa Morte; encaliçado todo o telhado do templo; rebocadas e caiadas pelo lado interno as paredes do frontispício, nave e capela-mor. A canalização a gás foi reparada e aumentada; foram pintados os forros da nave, capela-mor, capela da Boa Morte, arco-cruzeiro, arcos da capela do Sacramento, Linha do tempo e intervenções realizadas: colunas, as seis tribunas, altar e nicho de N. S. da 1619. Construída por iniciativa do Capitão-Mor Boa Morte e nicho de N. S. da Conceição. 59
O teto e forro da sacristia foram refeitos e foi realizado o encaliçamento do mesmo telhado; consertadas portas, janelas e altar do Senhor do Bonfim; caiação e pintura da sacristia; refeitos o teto e forro da sala “Lavanda”, da sala Capitular, da dos Capelães; foram também caiados e pintados o forro e as paredes dos mesmos locais; reparado o ladrilho das latrinas e aumentado o alpendre; consertado o mobiliário das salas dos Cônegos e Beneficiados da sacristia. Feitos sete estrados de madeira branca para os altares da nave e da Boa Morte; reparos no consistório sul; reboco e caiação do frontispício e fachada sul do templo e da torre reparação da imagem de Santa Bárbara que existia em um nicho sobre a torre e da Coroa Imperial (então existente no lugar onde primitivamente havia o brasão jesuíta retirado após a expulsão destes em 1760); pintura dos ponteiros do relógio e colocação de um novo sistema de prevenção contra descargas atmosféricas. 1922. Por conta das comemorações do centenário da independência do Brasil, foram realizadas grandes obras na Catedral: remodelação da fachada às feições atuais, construção de nova torre, desligamento da Catedral do Palácio Episcopal e colocação da imagem de Nossa Senhora da Vitória no frontão do templo. 1927. Colocação de novo piso e nova pintura, discordes com o estilo predominante. 1930. Realizada pintura das paredes, teto, altares, da igreja e substituição do assoalho de madeira (bacuri) por mosaicos. 1948. Grande reforma promovida por D. Adalberto Sobral. 1951. Restauração do teto da capela-mor, totalmente substituído por madeira de lei, e, elevação do nível do mesmo para melhor conservação do forro. 1954. O retábulo-mor datado de 1699, de autoria do Pe. Felipe Bettendorf é tombado pelo IPHAN. 1956. Pintura do forro, promovida pelo vigário Porcínio Costa e realizada pelo pintor maranhense João de Deus, que restaurou a obra realizada em 1927 e inseriu novas. 1959. Restauração do altar-mor, promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), sob orientação do Edson Mota. 1974. Realizada a primeira, de três etapas, de projeto de restauração contando com a reforma do teto e limpeza externa e interna (pintura, rebocos e talhas dos altares). Ainda em 1974 foi tombada como patrimônio e inscrita no livro de Belas Artes e Arqueológico, Etnológico e Paisagístico. 1980. Restauração da parte externa da igreja, 60
custeada pelo Governo do Estado. 1987/1988. Ao final do ano de 1987 iniciaram-se as obras de restauração da igreja, financiadas pela Fundação Pró-memória, que, entretanto, só concluiu as obras de restauração da sacristia, ficando o restante das obras paralisadas até o final de 1988 (faltava recuperar todo o telhado, a rede elétrica e o reboco), quando o Governo do Estado reiniciou as obras da fachada e o IPHAN responsabilizou-se pelas reformas da parte elétrica e do telhado. 1991. Pintura total do edifício da catedral. 1992. Restauro do retábulo e altar-mor da igreja. 1996/1998. Restauração dos elementos artísticos e obras de recuperação, promovidas pelo Governo do Estado do Maranhão e Secretaria da Cultura, patrocinadas pela Telebrás através da Lei de Incentivo à Cultura (Ministério da Cultura) com apoio e fiscalização do IPHAN e executadas pela Construtora Beton, que subcontratou a firma Angra Arte e Restauro Ltda. para a restauração de cobertura, novos sistemas artísticos e integrados. A primeira etapa da obra consistiu em: recuperação da cobertura; novo sistema de rede elétrica na nave, capela-mor, sacristia e altares do transepto; demolições de salas, garagens e depósitos, hall e escadaria, adro, passeio e muro; iluminação interna e externa, instalação de torres elétricas, coro e pátios, drenagem dos pátios e substituição do piso do adro por mármore. Restauração dos elementos artísticos, dos retábulos do transepto e da nave com molduras de janelas, elementos de cantaria, pinturas murais, brasão no arco cruzeiro, cadeiral com baldaquino, azulejos da sacristia e escadaria, painéis da sacristia, painéis do coro, mecanismo do sino (incluindo estrutura de sustentação), relógio da torre e algumas imagens. 2006. Serviço emergencial de reforma para reparar danos causados pelo incêndio ocorrido em outubro deste mesmo ano, o qual danificou parte dos fundos da igreja. 2007. Restauração do Silhiar de azulejos portugueses da escada da ala lateral. 2014. A igreja é entregue completamente restaurada, além do altar, houve a reforma do telhado, parte elétrica, pinturas externas e internas. Áreas que estavam fechadas ou serviam de depósitos foram recuperadas e agora funcionam como salas de reuniões, uma destas áreas tornou-se um auditório, localizado na parte superior da igreja. Estado de conservação: A igreja apresenta-se em bom estado de conservação, contendo apenas pequenos trechos com presença de eflorescências nas torres sineiras e frontão. 61
IGREJA DE SANTANA (120 - 121)
cantaria. Na lateral esquerda, fora do corpo principal da igreja, encontra-se a porta de acesso lateral, em madeira e com verga reta. Dados cronológicos: São poucas as notícias que temos sobre a Igreja de Santana. Sabemos apenas que José da Costa Reis, como vereador mais velho da Câmara, a requerimento do Cônego José Maciel Aranha, cedeu-lhe, a 19 de janeiro de 1784, um chão no fim da Rua do Afogabúzios, hoje, Afogados, para a edificação de uma capela à Senhora de Santa Anna. No ano de 1794, esta capela foi edificada pelo Cônego Agostinho Aranha e a 27 de janeiro de 1867 foi benzido o sino maior, doado pelo maranhense Villaça, residente em Pernambuco. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1979. Apresenta rachadura nos suportes verticais. Alastramento do cupim e instalações elétricas precárias. Inexistência de equipamento de combate ao fogo. 2015. Previstas reformas por ocasião do Programa de Aceleração do Crescimento.
Localização: Rua de Santana, quadra 118. Utilização atual: Igreja católica. Dados tipológicos: Igreja composta por um só corpo de fachada. Acima do entablamento, frontão semicircular ornado por cornijas. Possui uma cartela em alto relevo, encimado por peanha. O par de torres sineiras laterais situa-se recuadamente em relação ao frontão. São de base quadrangular de cantos chanfrados, com o mesmo amontoado de cornija, cobertos de bulbos. Possui dois estilos de vãos, os do topo da torre apresentam formato retangular com cantos superiores chanfrados, já os localizados no alinhamento das janelas da fachada apresentam vergas retas. Das aberturas existentes, apenas duas possuem sino, estando um localizado no topo da torre direita e outro instalado no lado esquerdo na abertura de verga reta. Abaixo do entablamento, no corpo central, janelas de vergas retas e folhas de madeira correspondem ao coro interno. A porta principal de pé direito elevado forma um eixo de simetria; também é simples em arco abatido; tem soleiras em dois degraus de 62
Estado de conservação: A igreja encontra-se em bom estado de conservação. Por estar localizada bem próxima à via da Rua de Santana, na qual o fluxo de carro é constante durante a semana, há grande quantidade de sujidades na base da igreja. No entablamento e frontão existem manchas de umidade, trechos com reboco aparente e vegetação de pequeno porte em local indevido. O mesmo ocorre na fachada lateral da igreja, que apresenta pintura em mau estado. Já não existem mais a cruz e galos de ferro que encimavam o frontão e torres sineiras.
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IGREJA DE SÃO JOÃO (144 -145) Localização: Rua Grande, Vinhais. Utilização atual: Igreja católica.
protestavam contra a construção da Via Expressa, que para ser construída, desapropriou moradores; dentre eles o “seu Olegário”, morador mais antigo Dados tipológicos: Construída em cal e pedra, apresenta aparência da vila e descendente dos primeiros indígenas que singela, fachada simétrica retangular, com uma por- ali habitaram; e acabou com a ligação direta do ta central formando, com janelas, em plano superior, bairro ao mar, cortando-o em duas partes. eixo de simetria, de vãos em arco abatido. Compos- Linha do tempo e intervenções realizadas: ta de frontão triangular em linhas curvas, encimado 1979. Encontrava-se em estado deplorável: suja, por uma cruz e ladeado por coruchéus. caindo aos pedaços. Na lateral esquerda, em trecho anexo à fachada, 1984. Inscritos a Igreja e seu Largo pelo Governo existe outro vão, também com verga em arco abati- Estadual no Livro do Tombo sob decreto nº 9652. do, porém, possui dimensões menores que as ori- 1985. Os moradores da Vila Velha do Vinhais peginais. diam ajuda aos moradores do Conjunto Recanto dos Vinhais para a reconstrução da Igreja, que Dados cronológicos: Onde atualmente encontra-se o bairro do Vinhais apresentava o telhado no chão. Velho, antes existia a aldeia Uçaguaba, segunda 1995. Restaurada pela Secretaria de Cultura do maior da Ilha de Upaon-açu e identificada por Da- Estado, através do Departamento de Patrimônio niel de La Touche como Migan Ville (em homena- Histórico e Paisagístico (DPHP) gem David Migan, que habitava com os índios). 1997. A igreja deixa de ser paróquia. Em 1612, alguns franceses ali fixaram residência e 2012. Com a comemoração de seus 400 anos, após construíram uma capela, onde, juntamente com os ser reformada, volta a ser intitulada Paróquia. da ilha da Capital, aldearam os índios trazidos de 2015. A igreja foi reformada e ampliada. Pernambuco. Como essa serviria de norma às de- Estado de conservação: mais aldeias, foram estabelecidos todos os costumes Recentemente reformada e sempre sob cuidados que depois pudessem servir de exemplo aos vizinhos da população a igreja encontra-se em bom estae de edificação aos estranhos. Por este fim especial, do de conservação e não apresenta danos em sua foi chamada de “Aldeia da Doutrina”. fachada. Mais tarde, em 1857, passou para o domínio dos frades da Ordem de Santo Antônio pelos termos das Juntas das Missões passando a chamar-se de São João dos Porções, tomando definitivamente a denominação de Vinhais no dia 1 de agosto de 1757. Nesse mesmo dia foi criada a freguesia, em virtude da Resolução Régia de 18 de junho de 1757, tendo como seu primeiro pároco, o beneficiado Antônio Felipe Ribeiro. Em 5 de maio de 1829 a Câmara pediu ao presidente a construção de uma igreja, por ter desabado a que havia. A 20 de abril de 1835, não apresentando qualquer desenvolvimento, a Vila dos Vinhais foi extinta pela Lei Provincial no. 7, passando a pertencer a freguesia à comarca da capital. A igreja foi reconstruída somente em 1838 por providências tomadas pelo 15º Bispo do Maranhão D. Marcos Antonio. Ao longo dos anos tornou a entrar em processo de arruinamento e, no ano de 1985, os moradores da região uniram-se em prol do levantamento de recursos e a reformaram. No ano de 2012 o Vinhais Velho foi motivo de luta para os seus moradores e simpatizantes, os quais 64
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IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA (124 - 125) Localização: Rua de São João, quadra 84. Utilização atual: Igreja católica.
Dados tipológicos: A igreja de São João possui fachada marcada por frontão triangular, detalhes nos frisos e esquadrias e balcões entalados. Dois pares de pilastras com capitel coríntio embasam duas torres de seção quadrangular cobertas por cúpulas vazadas por óculos, destas, apenas a da esquerda é sineira; diferenciam-se entre si pelo formato de seus vãos, a sineira, possui abertura em arco pleno nos quatro lados, enquanto a outra possui apenas um óculo (“olho de boi”) e vãos vedados com acabamento em arco pleno indicando a possível igualdade das torres. Abaixo, no corpo principal da igreja, existem três janelas do tipo rasgadas alinhadas, com verga em arco pleno e peitoris balaustrados. No mesmo alinhamento, existem outras duas janelas rasgadas, uma em cada extremidade, porém com vergas retas. Sua entrada principal é dada através de escadaria em concreto chegando à abertura com arco abatido. A parte dos fundos possui telhado com duas águas terminadas em beira seveira simples. Logo abaixo do frontão existem as inscrições: ”1665 – SANCTI JOANNIS BAPTISTAE ECCLESIA – 1934”. Referindo-se à data de construção da igreja, São João Batista (santo padroeiro) e à data da última grande reforma, respectivamente. Nas laterais da igreja os vãos se alternam em verga reta e verga em arco abatido, entretanto, a existência de todas as molduras com formato de arco abatido indica que houveram intervenções e os vãos foram modificados. Existem alguns condensadores de condicionadores de ar fixados em suas paredes laterais.
ocorria todos os dias às dez horas da noite. Ao longo dos anos passou por diversas reformas, sendo uma das maiores realizada em 1934, a qual foi responsável pela inserção dos traços de arquitetura neoclássica. Durante muitos anos, encontrava-se nesta igreja o túmulo com o ossuário do delator da Inconfidência Mineira, Joaquim Silvério dos Reis Montenegro, falecido em 17 de fevereiro de 1819, este foi retirado em 1958 durante reforma.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1641. Primeira construção da igreja. 1665. Construção da Igreja nas características atuais. 1682. Realizada reforma a mando do governador Inácio Coelho da Silva. 1812. Foi reedificada e entregue aos fiéis. 1819. Por intermédio de Antônio Bernardino Pereira do Lago, ocorreram obras de remodelamento para melhoria das instalações da igreja. Nesta época foi demolida uma casinha anexa à igreja, local onde morava o sacristão. 1867. A calçada em frente à igreja passa por reformas e foi retirado o chafariz que se encontrava no local. 1934. Foi reconstruída. 1938. Colocado no largo em frente à igreja, o busto do médico, jornalista e grande escritor Antônio Henrique Leal. 1958. Sofreu reformas no telhado, pintura, sendo retirado o altar e ossuário. 2013. Na parte superior existia uma rachadura que ameaçava a estrutura do imóvel. Já não existia o sino e este não poderia retornar ao seu local por apresentar riscos para a estrutura. Dada à situação precária, foi inclusa no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para que recebesse os devidos reparos. Dados cronológicos: A igreja de São João Batista é a quarta igreja mais 2015. Prevista restauração da igreja por ocasião do antiga do Maranhão, sua construção original data PAC das cidades históricas. de 1641, porém, depois de ocupada pelos holande- Estado de conservação: A igreja encontra-se em bom estado de conserses acabou destruída durante os conflitos. A igreja atual foi edificada no ano de 1665 por um vação. senhor muito importante da época, Ruy Vaz de Apresenta pintura com manchas de umidade e Siqueira, que governara o Maranhão. Apaixona- desenvolvimento de fungos principalmente nas tordo por uma mulher casada e por temer o escân- res e frontão; em alguns trechos observa-se tamdalo, fez a seguinte promessa a São João Batista: bém o reboco aparente. Nas fachadas laterais a pintura apresenta umidade ascendente e pichações. mandaria construir o templo se o caso não fosse Suas esquadrias em geral estão danificadas e com descoberto. ausência de vidros nas bandeiras e basculantes. Era função da igreja anunciar, com o badalar de seus sinos, o “toque de recolher” dos escravos, que 66
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IGREJA DE SÃO JOAQUIM (142 - 143)
Localização: Rua da Igreja, Vila Maranhão. Utilização atual: Igreja católica. Dados tipológicos: A igreja, de fachada simétrica, é composta por três eixos. O central possui duas linhas de aberturas, todas em arco pleno e com esquadrias de madeira, três portas no térreo (sendo que as das extremidades são mais esbeltas que a principal) e três janelas com peitoril no primeiro pavimento, correspondentes à área do coro. Acima do entablamento, vultoso frontão ondulado compreendendo toda a extensão do corpo central e encimado por cruz de ferro. Os corpos laterais, terminados em beiral de bica simples e coruchéu na extremidade, possuem porta central e duas aberturas sineiras no primeiro pavimento. Na ala esquerda encontram-se os dois sinos da igreja, os quais apresentam diferentes dimensões. Possui pequeno adro em piso cimentício, ao qual se tem acesso por meio de rampa ou escada composta de três degraus. Do outro lado da via, cruz em ferro com inscrição central: “SJ 1901” apoiada sobre pedestal. A igreja, recentemente restaurada, continua em pleno funcionamento.
portugueses e com a vinda de muitos lavradores do Itapecuru que trouxeram seus escravos para serem empregados na obra do canal. Em 1848, no terreno da antiga vila em decadência, inicia-se a construção da igreja e juntamente com ela, um novo povoado, com patrocínio de São Joaquim. Em 25 de agosto de 1863, o Presidente desta Província, Dr. Ambrósio Leitão da Cunha, pediu à Câmara Municipal da capital um altar que outrora servia para os atos divinos, a que tinham de assistir os presos, quando a cadeia estava colocada no pavimento térreo da Casa da Câmara, a fim de ser aproveitado para este templo, e no dia 29 agradeceu à bondade com que a municipalidade satisfez o pedido. Posteriormente, o altar foi retirado da capelinha que havia atrás da Casa da Câmara e levado para esta localidade, ou seja, para a capela da Freguesia de São Joaquim, onde se encontra até os dias de hoje. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1979. Apresentava serralharia mal conservada, vazamento no telhado e falta de proteção de combate ao fogo. 1984. Realizado levantamento cadastral e projeto arquitetônico de restauração. 1987. Inscrita pelo Governo Estadual no livro do tombo sob decreto nº 10.453. 2015. A igreja foi completamente restaurada por meio de uma compensação ambiental na área da Vila Maranhão, que destinou recursos de dano ambiental causado ao patrimônio arqueológico para a restauração deste bem cultural de grande importância para a comunidade impactada. A obra foi realizada em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura. Estado de conservação: Recentemente restaurada, a igreja encontra-se em bom estado de conservação. Apresenta como danos apenas pontos com vegetação de pequeno porte em locais indevidos no frontão e beiral.
Dados cronológicos: Antônio Baldez da Silva, em requerimento à Câmara, pediu terrenos na margem do rio que vai desta cidade para o porto do Ibacanga, o que lhe foi concedido com o mesmo nome, em 4 de dezembro de 1741. Nessa freguesia, antes já existia uma povoação em bastante decadência, denominada Arapapaí, estendida no Arraial do Furo ou Canal de Arapapaí, que nasceu com o estabelecimento de colonos 68
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IGREJA DE SÃO PANTALEÃO (128 - 129)
Localização: Rua de São Pantaleão. Utilização atual: Igreja católica. Dados tipológicos: Igreja composta por fachada simples e simétrica. Na frente voltada para a Rua de São Pantaleão, temse ao centro, três portas-janelas com vergas retas, moldura em arco pleno e balcão entalado guarnecido por gradil em ferro e nas extremidades, duas aberturas menores vedadas por treliça de madeira. A porta principal possui verga reta, moldura em arco abatido e bandeira em ferro contendo a inscrição: “SCM 1895”, referente à Santa Casa de Misericórdia. O frontão, de linhas curvas, encimado por cruz e contornado por cornijas, tem no tímpano um círculo em alto relevo. É flanqueado por duas torres de base quadrangular; a da esquerda, também encimada por cruz de ferro, possui três aberturas em arco pleno, onde se aninham os sinos; a outra, vedada, apresenta duas faces centradas por relógio. Ao longo da fachada, cunhais e pilastras com fuste estriado a meia altura. Dados cronológicos: A Igreja de São Pantaleão tem sua pedra fundamental lançada em 15 de junho de 1780 por Pantaleão Rodrigues de Castro e Pedro da Cunha em consagração a São José. Em 1789, falece Pedro da Cunha, o que não desanima Pantaleão, que 70
juntamente com seu filho Manoel Rodrigues de Castro, dá continuidade à obra iniciada. Antes mesmo do término da obra, em 1793, vendem-na a Santa Casa de Misericórdia, que pagou 1$280 pela escritura e pretendia concluir as obras da igreja e construir, ali mesmo, um hospital, o que só ocorria perante o cumprimento de algumas exigências dos antigos donos, dentre elas: que fosse colocada a imagem de São José e a irmandade obrigada a festeja-lo anualmente; que os mesmos continuassem passando aos cuidados da Stª Casa (esta, desde já, estava autorizada a dar cabo à obra) e que ele e seu filho fossem sepultados na Capela-Mor da igreja. Sua construção foi concluída em 1817, com invocação de São José da Misericórdia. Pantaleão faleceu antes mesmo da inauguração, porém, como solicitado, os festejos a São José tornaram-se tradição e não havendo espaço suficiente na igreja para as festividades, a Santa Casa deliberou a compra do terreno em frente, que acabou doado por Gabriel Raimundo Lapemberg, seus irmãos e Bernardo Pereira de Berredo. Em 10 de maio de 1794, a Câmara Municipal cedeu um terreno com 43 braças de frente e 24 braças de lado, em frente à Rua do Passeio e aos fundos do templo, para sua ampliação. Ali funcionavam várias irmandades, entre as quais, o Apostolado do Santíssimo Sagrado Coração. A Congregação das Filhas de Maria e a de Santa Severa, que mesmo sem documentos e estatutos, se julgava dona da imagem de Santa Severa e a única organizadora da festa. Em 1804, o padre José João Beckman e Caldas, recebeu a ordem de transferir os restos mortais sepultados no local para outra igreja ou cemitério. Após esta data, foi completamente reformada e só reinaugurada em 1817. No ano de 1805, criou-se nos fundos do prédio o Cemitério de São Pantaleão, com a intenção de substituir os superlotados cemitérios da Misericórdia (no Largo do Palácio) e Municipal (no fim da Rua Grande em frente à rua do Passeio). Porém, as epidemias de varíola e cólera ocorridas entre 1854 e 1856, impuseram a sua interdição, pois não tinha como comportar os cadáveres a ele levados, determinando a abertura, às pressas, do Cemitério do Gavião. Por motivos superiores a igreja ficou fechada de 18 de março de 1942 a 19 de julho de 1943. O Pe. Pedro Venceslau, depois da reabertura foi o primeiro a tratar dos recursos para o bom funcionamento da mesma. A Congregação das Filhas de Maria, que
estava na Igreja de Santana, voltou à sua antiga sede. À sua ilharga funcionava, desde 1829, a “Roda” ou “Casa dos Expostos” que tinha por objetivo acolher os filhos de mães solteiras. Fato importante ligado a essa igreja refere-se a Stª Severa: Conta-se que, em 20/5/1842, foram retirados do Cemitério em Stª Inês os ossos que julgaram como de uma heroína cristã, transportados para a Igreja e guardados no consistório. Acredita-se piamente esses ossos pertencerem a Stª Severa. Esta imagem com as relíquias veio em 1852 para São Luís e ficaram na Igreja de Santiago (desaparecida). Em 1877, houve um abaixo-assinado pedindo a remoção de Stª Severa para a Igreja de S. Pantaleão. Estas relíquias até hoje são visitadas pelos devotos que ali vão agradece as graças recebidas. Em 1946, foram vendidas a Casa dos Expostos à Casa das Missões de S. José e a Igreja de S. Pantaleão ao Arcebispado Metropolitano do Maranhão. Em junho de 1952, foi encarnada a imagem de S. Pantaleão, transportada da Igreja de N. Sra. da Conceição. Pantaleão, responsável pela nomeação atual da Igreja, teve seus ossos transladados do cemitério do Carmo para ela em 3 de novembro de 1830. Em 1976, uma reforma mal sucedida realizada sob supervisão de André Koning acabou por descaracteriza-la interna e externamente. Segundo reza a famosa lenda, abaixo da igreja de São Pantaleão encontra-se o rabo da serpente que seria capaz de afundar a cidade de São Luis. Atualmente a igreja encontra-se ativa e continua realizando seus grandes festejos, tal como prometido. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1805. Criação, nos fundos do prédio, do Cemitério de São Pantaleão. 1817. Conclusão da construção da igreja. 1830. Transladados para a igreja os ossos de Pantaleão Rodrigues de Castro, fundador da igreja. 1863. Concluída a restauração do coro, arco-cruzeiro e paredes laterais. 1894. Restauração: reboco externo, pintura no interior, grades de ferro no corpo da Igreja, coro e janelas. 1949. Reconstruído o altar-mor, conservando o estilo primitivo, instalações elétricas na capela-mor, e fluorescente no corpo da igreja, e pintura. 1952. Reforma nos dois altares laterais no mesmo estilo. 1976. Reforma realizada pelo Padre André Koning, 71
que a descaracterizou totalmente. 2015. Realizada reforma contemplando pintura externa. Estado de conservação: A igreja encontra-se em bom estado de conservação. Recentemente reformada, apresenta pintura em bom estado, com pequenos trechos de reboco aparente, com formação de vesículas e sujidades em seu pavimento térreo. Na base de seu cunhal esquerdo existem pichações e na fachada lateral, umidade ascendente. Suas esquadrias e ferragens estão bem conservadas. Na parte superior nota-se presença de manchas de umidade principalmente no topo do frontão e das torres sineiras.
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IGREJA DO CARMO (130 - 131)
Localização: Rua do Egito, quadra 71. Utilização atual: Igreja católica e Museu da Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo. Dados tipológicos: A igreja é precedida de um adro com escadas laterais com acabamento em lioz, as quais possuem guarda corpo em ferro e alvenaria e finalizam-se encimadas por luminária em ferro. Possui duas torres sineiras retangulares com coberta em forma de bulbo finalizados com cruz em ferro, entre elas está um frontão triangular, de feições clássicas, o qual possui uma envasadura circular ao centro. Abaixo do entablamento, no corpo central da fachada, três janelas terminadas por verga reta simples, com balcão de ferro entalado, formando eixo de simetria com a porta principal. Na parte inferior da igreja, integrada com o Largo do Carmo, existe uma fonte contendo esculturas em pedra de lioz trabalhada na forma de bacia e de painel decorado com peixes. Do lado esquerdo do convento contém placa em lioz com a inscrição: LYCEU 1838. Dados cronológicos: O primeiro convento da Ordem dos Carmelitas do 74
Maranhão existia já no alvorecer da nossa cidade. Primeiramente localizado no sítio Monsieur Pineau, onde atualmente se situa a Igreja do Rosário dos Pretinhos. Sua construção data de 1624, com os carmelitas Frei Cristóvão de Lisboa e mais três acompanhantes da mesma Ordem. Porém, mais tarde, em 1627 foi construído o atual Convento do Carmo, na Colina de Santa Bárra, onde se encontrava uma capelinha sob invocação de Santa Bárbara. Ficando conhecido o antigo local como Carmo Velho. Os frades carmelitas tornaram-no então em um centro de ensinos religiosos e dedicaram-se à doutrinação e alfabetização, passando a ser núcleo cultural para a comunidade. Sua arquitetura imponente e duradoura é testemunha de fatos célebres da História Maranhense. Quando da invasão dos holandeses (no ano de 1641), a Igreja do Carmo sofreu todo tipo de violência da parte dos invasores, fato bastante conhecido da nossa história. Serviu de acampamento para os portugueses, uma vez que ali funcionava o quartel militar. Nessa luta o Convento tornou-se uma verdadeira fortaleza. Os estrangeiros atacaram-na intensamente danificando a fachada da Igreja e parte dos dormitórios do Convento. Ao longo dos anos, passou a abrigar diversos usos, foi sede para a artilharia imperial (1810); Corpo Policial de Segurança Pública (1829), nesta época ocorriam as aulas régias de ensino primário e secundário, que pelo Breve Exponi Nobis, do papa Bento XII, de 25 de junho de 1727, tendo a Ordem Carmelitana obteve o privilégio de conceder graus de doutor aos seus membros, mestres em teologia. Abrigou também a Biblioteca Pública do Estado (1831) ao tempo do governo de Vicente Cândido Pires de Figueiredo Camargo e o Liceu Maranhense (1838) sob a direção do grande Sotero dos Reis. Também foi sede de duas importantes irmandades religiosas, a de Santa Filomena (instituída em 1844) e a de Bom Jesus dos Passos. No campo político, o Convento tomou parte em conflitos até mesmo escandalosos. Aqui o Conde D’Eu, em campanha política, foi vaiado publicamente pelos estudantes do Liceu. Também, José do Patrocínio falou ao povo maranhense, quando deportado para a Amazônia, pelo empastelamento de um jornal político, que se editava no Carmo. Durante cerca de 30 anos, viveu ali sozinho frei Caetano de Santa Rita Serejo, o qual agiu como um de seus maiores protetores, realizando inclusive uma restauração completa da igreja entre 1865/1866 e
após sua morte, em 1891, o Governo do Estado tomou posse da Igreja e do Convento. No ano de 1911, foram colocados em arrematação pública e a Missão Capuchinha passou a obter sua posse. Durante o século XIX, serviu como instalação de colégios e serviços públicos. Já no séc. XX foi sede de muitas obras para o benefício popular tais como a União Operária Maranhense (1920), a Casa do Pequeno Jornaleiro (1952), Escola Santo Antônio (1961), Voluntariado Missionário (1972), entre outros. Em agosto de 1999, frei John Corriveau, então Ministro Geral, proclamava a criação da mais nova Província Capuchinha do Brasil, a Província de Nossa Senhora do Carmo, congregando os frades do Maranhão, Pará e Amapá. A Igreja de Nossa Senhora do Carmo é palco, juntamente com a Fonte do Ribeirão e com a Igreja de São Pantaleão, da lenda da serpente, um dos mais famosos contos populares da cidade de São Luis. Outra história que envolve a Igreja e seus moradores relaciona-se ao Teatro Arthur Azevedo, pois, quando da sua construção, os frades da Ordem dos Carmelitas impuseram sua contrariedade visto que se um templo mundano fosse erguido ao lado da Igreja seria uma profanação, assim o teatro teve de ser construído com a frente voltada para Rua do Sol. Atualmente, além do funcionamento da igreja católica, o Convento do Carmo abriga um museu, aberto ao público, da Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo contando com acervo de peças que datam de 1894 até os dias atuais. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1808. As duas torres da igreja foram erguidas. 1844. Inaugurado o altar de Santa Filomena. 1866. A fachada recebe revestimento de azulejos. 1894/1911. Realizadas obras para reparos emergenciais e limpeza da igreja; contando com a substituição do telhado do edifício, reforma do piso e renovação do reboco de suas paredes com estuques. O antigo coro foi removido, bem como alguns altares laterais e balaústres enferrujados e as cancelas. 1895. Instalação do sistema de canalização de gás. 1898/1900. Recuperação geral, renovação dos canos de canalização de gás. 1909/1910. Realizada nova limpeza e renovação dos canos de canalização de gás. 1930. Teto, piso e os altares que eram de madeira, foram substituídos. 1931/1932. Deu-se um corte nas sapatas e no
calçadão que fazia limite com a Rua da Paz, visando urbanização da cidade e alargamento da rua, por onde passava a linha de bondes. Foram suprimidas também três janelas do convento. 1943. Foi eliminada parte do adro da igreja; escadaria que se localizava na frente, passou para as laterais. Nesta mesma época parte do Convento foi demolida. 1944. A antiga capela que pertencia à Irmandade de Bom Jesus dos Passos é transformada em capela do Calvário. 1947. Realizados consertos no coro. 1950. Realizadas obras de reparo nas celas e portarias. 1959. Reforma da fachada da Igreja e do Convento. 1961/1969. Reforma na ala interna no convento, abrangendo a ala meridional e a ala ocidental do andar superior e derrubando o claustro interno no térreo. 1969/1970. Substituição do forro da igreja, que era de madeira, por forro de gesso e revestimento das paredes do templo com placas de cimento até a altura de dois metros. Com o objetivo de angariar 75
A haste que fixa o rodamão encontra-se também oxidada, pondo em risco aqueles que nela se apoiam. A parede em que está contida a fonte, na parte ligada ao Largo do Carmo, apresenta pintura mau conservada, há desenvolvimento de fungos e presença de manchas de umidade. Nota-se que, ao longo de toda sua extensão existe vegetação de pequeno porte em locais indevidos. Os azulejos que revestem a parede encontram-se repletos de sujidades e com rejunte desgastado. Quanto à fonte, a parte trabalhada em pedra de lioz encontra-se bem conservada, apresentando apenas sujidades, a pia batismal por sua vez, apresenta pintura mau conservada e grande presença de manchas de umidade, tal como a área em que estão localizadas. A fachada principal da Igreja apresenta todo seu revestimento com áreas comprometidas. Existem trechos com desplacamento do azulejo deixando aparente o reboco, desenvolvimento de eflorescências, fungos e mofos, principalmente na parte do frontão e torres sineiras. O Convento do Carmo encontra-se bom estado de conservação e, no que diz respeito ao revestimento; não possui áreas com reboco aparente. Nota-se a presença de manchas de umidade e de fungos nos frisos da parte superior do convento e ao longo das áreas onde estão instalados os coletores pluviais. A fachada lateral, com frente para a Rua da Paz ostenta os mesmos danos da parte voltada para o Largo do Carmo. As esquadrias do convento e da Igreja, no geral, estão em bom estado de conservação, entretanto, algumas estão com trechos das folhas de madeira quebrados. fundos para estas reformas foram vendidos os castiçais, a pia da sacristia, ex-votos e outros objetos de culto, também foram vendidas placas com os nomes daqueles que doaram esmolas para a igreja. 1971. Reforma do coro. 1989. Por ocasião do projeto REVIVER, foi reformada havendo a priorização da recuperação dos azulejos portugueses da fachada, sendo feitas limpeza e rejuntamento, pintura das fachadas laterais, recuperação das esquadrias e da pia batismal na frente do altar. 1992. Realizada reforma para criação de mais salas na circulação da varanda do claustro. 1993. Modificações no piso, pintura geral, retirada de azulejos dos altares laterais, retirada de fiada de ardósia de todas as paredes laterais, construção de jazigos, 76
modificações no altar de celebrações e alterações em equipamentos de iluminação e no sistema de som. 1994. Por ocasião do centenário dos capuchinhos no Carmo, foram realizadas novas reformas no convento e na igreja. Séc. XX. Novos elementos foram introduzidos no Convento por ocasião das sucessivas reformas, tais como anexo ao fundo do convento e ao lado esquerdo da igreja, lajes e pilastras de concreto em substituição às arcarias do claustro. 2007. Inaugurado o Museu da Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo. 2013. A Igreja do Carmo mobilizou uma campanha para recuperar parte do seu teto que havia desabado. Ainda neste ano a igreja é reformada através de recursos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC). 2015. Prevista restauração através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Estado de conservação: A igreja encontra-se em estado regular de conservação. Iniciando-se a análise de danos pelas escadas de acesso à igreja, tem-se vegetação de pequeno porte em locais indevidos na base de seus degraus inferiores, sujidade e manchas de umidade em seus pisos e espelhos. Ao longo do guarda-corpo, a pintura na cor branca em mau estado, apresenta trechos com reboco aparente e destaca-se a presença de fungos e manchas de umidade em toda a sua extensão, a parte em ferro está oxidada. A luminária localizada no início da escada encontra-se oxidada e com a parte superior desencaixada. 77
IGREJA DO DESTERRO (116 - 117)
Localização: Rua da Palma, quadra 165. Utilização atual: Igreja católica. Dados tipológicos: Exemplar de elevado mérito arquitetônico, colonial, com um só corpo de fachada e uma única torre sineira (à direita), de base quadrangular e encimada por coruchéus ligados entre si por grade de ferro contendo a inscrita data: 1868. O frontão, em bulbos estilizados em perfil, pode ser a causa da classificação ‘’bizantina’’ (errônea por sinal) que se dá a esta igreja. Abaixo do entablamento reto, está o corpo de fachada com cinco janelas de balcões entalados, sendo que as três centrais, juntamente com a torre, são posteriores ao resto da fachada. A porta principal, dotada de elementos decorativos simples, é ladeada por dois nichos, além de portas encimadas por óculos. Observa-se nesta fachada variedade de vergas. As consideradas mais antigas são retas; outras, em arco abatido. Além dos nichos laterais e aberturas da sineira em arco pleno, observam-se cornijas retas, curvas e semicirculares. A base dos cunhais e molduras dos vãos térreos é em pedra de cantaria, assim como o patamar, em meia-laranja e calçadas ao redor. Dados cronológicos: A igreja de São José do Desterro foi construída no início do século XVII, com características humildes, cobertura de palha e com sua frente voltada para a praia. Na opinião de César Marques, foi o primeiro templo existente no Maranhão, único sagrado, e onde dormiram o sono da morte dos primeiros 78
habitantes do Maranhão. Foi profanado, em 1641, pelos holandeses de Lichthardt, que aportaram as suas 18 naus (denominação genérica dada a navios de grande porte com capacidade de 200 pessoas) fazendo-as ancorar na enseada defronte da ermida, atirando-se ao saque da cidade indefesa. Na pilhagem cometeram o sacrilégio de despedaçar a imagem de N. Senhora do Desterro, orago da ermida do mesmo sítio dos seus desembarques, triunfo que gozaram até o dia 28 de fevereiro de 1644, quando foram derrotados por Antônio Muniz Barreiros. Os padres Marcos e Cerveira, no ano de 1654, pretenderam edificar no lugar da ermida de N. Senhora do Desterro e chãos a ela pertencentes, o convento de N. Senhora das Mercês, cuja posse tinha obtido dos oficiais da Câmara. Em 1832 ficou muito tempo em terra sem aparecer quem se animasse a reedificá-la, quando apareceu José de Lé, um preto que morava perto, muito devoto de São José, o qual deu início à construção do novo templo. Passou por inúmeras dificuldades, porém não se deixou abater pelo desânimo. Auxiliado por outros devotos, trabalhou muito, poupando o que podia, indo ao mato cortar madeira, buscar barro, pedra e cal, até que a morte o surpreendeu, não podendo continuar a construção. Foi substituído por José Antônio Furtado do Queixo, que pôde concluí-la em 1863. Com a morte de Furtado do Queixo, a Irmandade de N. S. do Desterro entregou-se ao mais criminoso desleixo, sendo roubados e perdidos os objetos de prata e ouro, que formavam o mais precioso acervo de São Luís. Devido ao perigo que as ruínas ofereciam, a Câmara Municipal, em 1865, roga ao Bispo autorização para fazer naquele local uma praça e um mercado de peixe. César Marques protesta, rememorando o valor histórico do templo e insistiu tanto na sua defesa, que o assunto foi estudado e, logo depois, uma comissão foi organizada para empreender a reedificação da Igreja. Duas vezes mais relegada ao abandono e arruinada, foi restaurada por Marcelino José Antunes Pimenta. Foi abençoada pelo bispo, D. Frei Luís da Conceição Saraiva, em 1870. No ano de 1942, novamente já não se prestava para os atos litúrgicos, tendo a comissão encarregada dos consertos entregue aos fiéis em junho de 1943. Em 1954, sendo encontrado esse tradicional templo em estado precário de conservação, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
toma a iniciativa de realizar obras de consolidação e preservação, mandando proceder-lhe a restauração. Atualmente a Igreja encontra-se em pleno funcionamento. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1641. A capela de palha, com a porta principal voltada para o mar, erguida a Nossa Senhora do Desterro que foi destruída por invasores holandeses. 1654. Foi erigida pelos frades mercedários Marcos e Cerveira. 1832. As paredes da igreja foram levantadas pelo negro José Lé. 1839. Foi concluída a obra por José Antônio Furtado do Queixo. 1867. Reedificada a cumeeira e a torre pela comissão: Cônego Cura Maurício Fernandes Alves, Dr. César Marques, Manuel de Freitas Bicas, Marcelino José Antunes Pimenta e as senhoras maranhenses, e a colaboração da Província, através do Exmo. Sr. Dr. Braz Florentino Henrique de Souza. 1868. No coro, inscrição em lousa: “Francisco Gonçalves dos Reis, em 1868 mandou fazer por esmola este coro e as três janelas em frente”. 1869. Restaurada por Marcelino José Antunes Pimenta.
1943. Restauração feita pela comissão (Cônego Frederico Chaves, Dr. Almir Marques, Marcelino de Almeida Júnior e Manuel Silva). 1954. Restauração do telhado, das esquadrias e diversos outros serviços básicos, através da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Coordenação Nacional). 1975. Restaurada no governo de Pedro Neiva de Santana. 1979. O largo acha-se descaracterizado da sua arquitetura tradicional pela presença de dois prédios, um ao norte e outro ao oeste. 1981. Restaurada no governo João Castelo Ribeiro, instalação de um anexo: Museu de Parâmetros Eclesiásticos. 1992. Remoção do Museu de Parâmetros. 2003. Obra emergencial: combate a incêndio, sistema de alarme, instalações elétricas e iluminação, rede de telecomunicação e lógica. 2007. Obras de manutenção e conservação preventiva: recuperação de toda a cobertura, de instalações hidrossanitárias, dos pisos tabuados e das escadas de madeira, substituição da rede elétrica e de rebocos e esquadrias deterioradas, pintura em geral. 79
Estado de conservação: A Igreja de Nossa Senhora do Desterro apresenta bom estado de conservação. Pode-se observar principalmente na fachada frontal e lateral esquerda, a presença de manchas de umidade em sua base e no primeiro pavimento. No térreo há presença de sujidades. Suas esquadrias encontram-se em bom estado de conservação.
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IGREJA DOS REMÉDIOS (122 - 123)
É interessante destacar também, a existência de pequenas aberturas quadradas, protegidas por gradil de ferro, dispostas de forma linear na base da igreja que servem como auxilio na ventilação.
Localização: Rua dos Remédios, Praça Gonçalves Dias. Utilização atual: Igreja católica. Dados tipológicos: A atual Igreja de N. S. dos Remédios nada mais possui da primitiva ermida de 1719, talvez nem mesmo da segunda, erguida, pelo comércio e navegação em fins do séc. XVIII para início do XIX, quando, conforme gravura da época, em menores proporções, possuía um só corpo de fachadas com porta principal e 4 janelas no segundo pavimento; acima 2 torres laterais de base quadrangular, sem frontão. Três corpos de fachadas com acentuado equilíbrio dos vãos em ogivas, que a nível do segundo pavimento são protegidos por vitrais desde as bandeiras e balcões entalados balaustrados. Não possui frontão. Nesse lugar, o entablamento suporta a única torre sineira, de base quadrangular, com 2 aberturas em cada lado, encimadas por óculo e rosáceas, ambos com vitrais; por fim, elevada pirâmide hexagonal terminada por cruz de ferro. O par de torres laterais é simples, possuindo peanhas encimadas por cruz de ferro e ladeadas por estátuas dos evangelistas Lucas, João, Mateus e Marcos. Nas fachadas laterais, dois pares de grandes arcos ogivais, entremeados por óculo; acima, série de janelas no estilo das demais e balaustrada coroada. 82
Dados cronológicos: A Igreja de Nossa Senhora dos Remédios tem sua primeira construção datada de 1719, por ocasião da doação de um terreno feita ao capitão Manuel Monteiro de Carvalho por João da Silva Cotrim, prior do Convento de São Francisco (atual Santo Antônio), este se localizava na então chamada Ponta do Romeu (atual Largo dos Remédios). Segundo João, o terreno deveria ser utilizado para a construção de uma ermida em homenagem a Nossa Senhora dos Remédios e também casas para os romeiros que ali fossem homenagear a santa. Encontra-se nos arquivos da Câmara Eclesiástica um documento em latim, no qual o capitão Monteiro de Carvalho apresenta petição à Suprema Autoridade Eclesiástica para o reconhecimento oficial da ermida. Ainda neste documento estão contidas as formalidades de transição de propriedade, as intenções dos fundadores da capela e as condições impostas pelos doadores. As obras foram iniciadas a 16 de julho de 1719, sendo concluídas em setembro do mesmo ano. As portas da Ermida foram abertas ao público (fiéis) e logo muitos devotos para ali se dirigiram, tornando-se mais um centro de piedade e termo de numerosas romarias. Por estar localizada em uma região ainda pouco habitada, a ermida era visitada principalmente por romeiros ou pagadores de promessas, os quais, em virtude de ter-se ali escondido um escravo que ao tentar evitar sua captura matou seu senhor; deixaram de frequentar o local, levando assim ao início do processo de arruinamento da igreja, tendo que ser reconstruída. Foi reinaugurada em 1804, tendo à frente das obras o ermitão Francisco Xavier. No mesmo ano, foi consagrada como protetora do comércio e da navegação; classes que mantiveram o culto da Senhora dos Remédios. Ao longo da primeira metade do século XVIII, a ermida dos Remédios foi bastante frequentada e em seu largo foram realizadas grandes festas anuais em homenagem à sua santa padroeira. Apesar da grandiosidade das festas ali realizadas, em 1860, a ermida precisou de grandes consertos, os quais foram realizados pela Irmandade de N.S. dos Remédios. No ano de 1892 passou por intervenções e teve sua área aumentada; mal realizadas,
levaram-na ao estado de ruína, ameaçando desabar e, devido ás más condições do terreno, a parede do fundo do templo ficou visivelmente inclinada. Entre os anos 1903 e 1911, iniciou-se a recuperação da igreja, a obra ficou sob os cuidados do comendador Augusto César Marques (irmão do famoso historiador de mesmo nome), que com auxílio popular e dos comerciantes comprou a casinha situada ao fundo da igreja e a mandou derrubar para reconstruir a nova parede do templo. Novas reformas aconteceram na década de 30, patrocinadas pelo governo do Estado, o qual utilizou pedras de lioz da Igreja de São Matias, localizada em Alcântara, e de outros casarões da cidade para integrar a igreja. Atualmente encontra-se em pleno funcionamento, entretanto, já não se vê mais as grandiosas festas populares em homenagem à santa padroeira. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1719. Aberta ao culto. Séc. XVIII. A primitiva ermida ameaça desabar. O ermitão Francisco Xavier inflamou o comércio e a navegação. Daí, passa a ser protetora dessas classes. 1804. Reconstrução. 1844. Colocação dos sinos novos na torre da igreja. 1860. Arruinada, recebe consertos: cinco grandes arcos, quatro nas paredes laterais e um separando a capela-mor do corpo da Igreja; os altares enriquecidos e o coro recebe gradeado de ferro que substitui ao antigo de madeira. 1906. Chega o altar-mor de mármore. 1907. Chegam as estátuas dos Evangelistas, esculpidas por Teixeira Lopes. 1903/1911. Realizada reforma para demolição e reconstrução da parede dos fundos e troca do piso por tábuas de acapu e pau cetim. O forro foi refeito em cedro e o altar-mor de mármore, foram também colocados vitrais. 1910. Assoalho do piso da Igreja e abertura de 8 óculos nas paredes laterais. 1913. Começo do reboco das paredes internas. 1929/1930. Restauração e pintura dos altares, mudança do vitral do Presépio do coro para o olho central da fachada; inauguração altar de Cristo Rei. 1932. Construção do Altar de N. S. das Graças.
e fungos em toda a parte superior da igreja, inclusive em seus ornamentos e esculturas. Há vegetação de pequeno porte em locais indevidos na área dos balcões e cobertura. As esquadrias frontais não possuem uniformidade sendo os vãos de suas folhas e bandeiras, preenchidos ora por vitral, ora por vidro simples. Nas fachadas laterais há pichação e a pintura do andar superior está mal conservado, com presença de muitas manchas de umidade e fungos.
Estado de conservação: A Igreja de Nossa Senhora dos Remédios encontra-se em bom estado de conservação. Sua pintura apresenta pequenos trechos com reboco aparente e formação de vesículas, principalmente no primeiro andar. Nota-se a presença de manchas de umidade 83
IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS PRETOS (126 - 127)
Localização: Rua do Egito, quadra 17. Utilização atual: Igreja católica. Dados tipológicos: De frontispício simples, apresenta fachada retangular, compondo-se de duas torres sineiras de base quadrangular, com abertura para quatro sinos terminadas em cúpula em forma de bulbo encimadas por cruz. Entre as torres, observa-se frontão triangular curvilíneo centrado por envasadura na forma de um quarto de lua estilizado e encimado por cruz de ferro. Abaixo do entablamento, três janelas retas estão colocadas em eixo de simetria com a porta cujo vão, em arco pleno, é emoldurado por cornijas bem acentuadas. Dados cronológicos: A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, assim como tantas outras no Maranhão e no Brasil, foi fundada por irmandade religiosa, neste caso, por negros, provavelmente escravos, visto que no período colonial era muito comum separar-se das irmandades dos brancos para que estes pudessem se manifestar com maior liberdade de expressão. Erigida pela Irmandade de N. Senhora do Rosário dos Pretos em 1717 com a ajuda de alguns devotos brancos, em terreno doado pelo Prior do Convento do Carmo, Frei Tomás Jordão e mais padres 84
conventuais, com a condição de que os irmãos pretinhos, pelos seus anuais, deveriam ter sempre em asseio e ornar de paramentos e fazer os consertos na capela. Tal terreno pertencia aos frades carmelitas que, apesar de estarem doando a terra, asseguravam para si mais uma fonte de renda para, pois ao ter prioridade para ocupar o lugar de capelão, receberiam automaticamente o pagamento pelos serviços realizados, além de terem sempre à disposição uma igreja para celebrarem o seu oficio caso, por conta de algum imprevisto, estivessem impedidos de celebrar na sua igreja. A construção da igreja perdurou por 60 anos. O Vigário João Duarte Franco, em 1772, procedeu vistoria na capela, o mando do Vigário Geral Felipe Carmelo de Brito. Em 1776, o Vigário Antônio Cordeiro Roxas visitou e benzeu a capela e em festa foi trasladada, para esta, a imagem de N. Senhora do Rosário. O Rei dessa confraria era o preto Luís João da Fonseca, que juntamente com os demais irmãos aceitou a tarefa. Em 1814, saiu pela primeira vez da igreja a procissão da Caridade. Na época do governo episcopal de D. Luís da Conceição Saraiva essa igreja sofreu grandes obras, renovando-se inteiramente. Presume-se que até 1864 essa Igreja não tinha sido acabada, pois uma circular do mesmo ano, cientifica que a Irmandade desejava continuar as obras de sua capela e pedir ajuda aos devotos, autorizando portanto o Procurador da Irmandade, Benedito José de Oliveira, a receber as esmolas. No século XX, com o desfalecimento das irmandades religiosas em geral, a igreja do Rosário entrou em processo de rápida deterioração. Por volta do ano de 1947, no bispado de D. Adalberto Sobral, foi transferida para ela a Irmandade de São Benedito (que funcionava na Igreja de Santo Antônio), sob o pretexto de que não ficava bem realizar em frente ao Seminário de Santo Antônio a grande festa que a Irmandade promovia todos os anos. Atualmente a igreja encontra-se em pleno funcionamento. Linha do tempo e intervenções realizadas: Entre 1862 e 1876. Ampla reforma, a igreja renovou-se inteiramente. 1970. Sofreu restauração pela Irmandade de São Benedito, sendo seu presidente Eduardo da Silva Sampaio, e Arcebispo de São Luís, Dom João José da
Motta e Albuquerque. Nesta reforma foram adaptados espaços para sanitários, subdivisões internas, azulejos industriais, ladrilhos decorados e abertura e fechamento de vãos. 2004. Realizada reforma geral do imóvel, contemplando: estabilização e consolidação da igreja, restauração dos altares, esquadrias, portas e detalhes do interior da igreja. 2009. Início das obras realizadas através da Fundação Rio Bacanga para restauração das fachadas principal e lateral, cobertura, escadas, pisos, e altares. A obra foi não foi concluída. 2010. As obras de restauração iniciadas em 2009 foram retomadas, sendo realizadas nesta segunda etapa: obras paisagísticas, instalações complementares (hidráulicas, sanitária, elétrica e telefônica) e implantados sistemas contra descargas atmosféricas, de prevenção a incêndio, de segurança eletrônica, luminotécnico e de sonorização. 2011. Após ficar fechada para reforma por um período de dois anos, foi entregue completamente restaurada.
desgaste de pintura. Nota-se nos campanários, frontispício e degraus de acesso, a presença de manchas de umidade e desenvolvimento de fungos. A cruz que encima o campanário direito encontra-se caída. Observam-se também propagandas, referentes a festejos promovidos pela própria igreja, colados na fachada e porta.
Estado de Conservação: A igreja encontra-se em bom estado de conservação, apresentando apenas algumas áreas com 85
LARGO DO CARMO (88 - 89)
Localização: Rua Magalhães de Almeida. Utilização atual: Passeio Público. Dados tipológicos: O Largo do Carmo, por conta das adaptações realizadas para o tráfego de veículos motorizados, foi desmembrado e não apresenta mais sua configuração original. Atualmente compõe-se de dois trechos: o primeiro, com início na altura da Rua Grande e fim na Rua da Paz continua sendo chamado de Largo do Carmo, já o segundo, entre Rua da Paz e Rua do Sol, denominou-se Praça João Lisboa. Apesar de não apresentarem mais ligação física, permanecem em harmonia por meio da configuração de seus pisos, ambos com paginação em pedras portuguesas brancas e pretas e por meio do estilo do mobiliário utilizado. Os dois trechos são servidos também de boa arborização. Seus canteiros apresentam cercadura arqueada em ferro com pequena altura. Na parte denominada Praça João Lisboa, ergue-se ao centro, a estátua de João Francisco Lisboa, de sobrecasaca, sentado numa larga poltrona, abaixo da qual repousam, em desalinho, livros de aspecto antigo. João Francisco Lisboa tem o braço direito distendido, sustentando um jornal com o auxílio da mão direita, em posição de leitura. A estátua é de bronze e o pedestal, de mármore. Em sua base existe uma placa com a inscrição: “A JOÃO FRANCISCO LISBOA 86
O MARANHÃO - HOMENAGEM DA ACADEMIA MARANHENSE DE LETRAS – 2012 – ANO DO SEU BICENTENÁRIO”. O Largo do Carmo possui um elemento marcante, o relógio (colocado em 2007 em substituição ao original de 1941) com acabamento em vidro e apoiado sobre base de concreto (hoje não está em funcionamento), localizado no centro do canteiro. Ao seu lado, encontra-se o busto em bronze do Frei Carlos Roveda de S. Martino Olearo, fundador da missão capuchinha no norte e nordeste do brasil. Ainda no largo, na área próxima à Rua Grande, existe uma construção de apenas um pavimento com forma retangular e cobertura com laje de concreto e acabamento circular, a qual é dividida em cinco partes com acessos individuais e que servem para abrigar lanchonetes. Dados cronológicos: Destacando-se como um dos principais locais da cidade e pelos vários fatos ligados à História do Maranhão, é o Largo do Carmo um memorável documento da nossa tradição. Atualmente, muito modificado por sucessivas reformas, traz pouco ou quase nada de primitivo. Foi chamado Largo do Carmo, por aí se encontrar o Convento e Igreja de N. Senhora do Monte Carmelo. Este largo está ligado a muitos fatos que o tornaram famoso. Aí, deu-se a batalha entre portugueses - os quais ficaram abrigados no convento - e holandeses - comandados por Antônio Teixeira de Melo vencedores desta disputa. Foi o local da primeira feira ou mercado da cidade, também, primeiro abrigo público que houve em São Luís, mandado construir por Agostinho Inácio Rodrigues Torres. Neste local havia um pelourinho, símbolo de autoridade e justiça, porém, não se sabe a data em que foi aí colocado, tendo sido destruído pelo povo, quando da Proclamação da República. Essa ação nefasta foi incentivada pelo tribuno Paula Duarte. No velho Largo realizava-se a grande festa de Santa Filomena, que se revestia de esplendor nas noites da velha cidade. Mais tarde, em 1901, o tradicional largo tem seu nome mudado para Praça João Lisboa, em homenagem ao grande escritor e jornalista maranhense, que aí residiu por muito tempo. Na administração do conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira, em 1886, o Largo foi nivelado e terraplanado, sendo abertas ruas longitudinais e transversais com passeios laterais. Já em 1897 foi proposta pela Intendência a arborização do Largo, assim novas mangueiras foram plantadas pela municipalidade para repor as antigas que estavam em
estavam em péssimo estado. No ano 1901, pela Resolução nº14, de 28 de julho, a parte do Largo do Carmo entre as Ruas da Paz e do Sol passou a se chamar Praça João Lisboa, homenageando o inigualável jornalista. Em 1911(durante o governo de Paulo Ramos), surgiu a ideia de se mandar erigir uma estátua ao grande jornalista na praça de seu nome. A obra foi feita pelo escultor Jean Magrou, e na administração do Coronel Antônio Bricio de Araújo a estátua foi levantada no centro do antigo Largo do Carmo sobre os restos mortais do escritor, e inaugurada solenemente a 1º de janeiro de 1918. Falaram na ocasião várias pessoas, como Ribeiro do Amaral, Clodomir Cardoso, Alfredo de Assis, Domingos Barbosa e Fran Paxeco. Seu pedestal primitivo foi desenhado pelo engenheiro Haroldo Figueiredo. A Praça João Lisboa antes de sofrer numerosas reformas, era um dos pontos mais aprazíveis, local de encontro de intelectuais e amigos que faziam rodas para comentar e censurar a vida da cidade, sentados nos bancos ou nos cafés que aí existiam até pouco tempo. Hoje, encontra-se bem arborizada e apesar de ser rodeada por movimentadas vias, a Praça e o Largo ainda servem como local de estada e descanso, principalmente dos moradores mais idosos vizinhos da redondeza, que as frequentam para a simples
contemplação do movimento e recordar o centro de antigamente. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1886. Durante a administração do Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira, o Largo é nivelado e terraplenado, verificando-se a abertura de ruas longitudinais e transversais, com passeios laterais. 1897. Concretiza-se a proposta de arborização do Largo, por parte da Intendência, novas mangueiras são ali plantadas, pela municipalidade. 1901. Por conta da Resolução nº. 14, de 28 de julho, em tributo e memória do emérito jornalista que foi João Lisboa, o velho Largo ganha a denominação de Praça João Lisboa; 1903. Por iniciativa do Intendente Nuno Álvares de Pinho, o logradouro transmuda-se em praça – com canteiros ingleses e árvores simetricamente dispostas. 1912. Verifica-se, na praça, o estabelecimento de quiosques, para a venda de gelo, pela Companhia Fabril Maranhense. 1917. Durante a administração de Antônio Bricio de Araújo é realizada a montagem da estátua de João Lisboa no centro da praça. 1918. Ocorreu a solene inauguração do monumento em homenagem a João Lisboa, instalado sobre seus restos mortais. 87
1935. Corte de algumas árvores, para facilitar o tráfego. 1941. Reforma total, com eliminação do arvoredo. Instalação de um relógio na área localizada na frente da igreja. 1964. Colocação de novos bancos; substituída a iluminação a vapor por lâmpadas de mercúrio. 1970. Durante a administração municipal do prefeito Haroldo Tavares volta a denominar-se Largo do Carmo. 1989. Realizados serviços de restauração e ampliação por ocasião do Programa de Disciplinamento e Reorganização do Trânsito do Centro Urbano de São Luís. 2001/2002. Realizadas reforma para renovação do piso, modificação dos canteiros de plantas e instalação de lixeiras. 2006. Realizados serviços de conservação e reparos nas calçadas com pavimentação em mosaico português a qual se encontrava danificada com pedras soltas, tornando áreas permeáveis, infiltrando e comprometendo o restante do piso. Restauro com desenhos e cores preservados. 2007. Instalado pela Prefeitura, um relógio com um metro de altura e um metro de largura e proteção metálica, com pintura de alta resistência. 2014. Por ocasião do Programa de Aceleração do 88
Crescimento (PAC), o largo foi requalificado. 2015. Prevista reforma completa promovida pelo PAC das cidades históricas. Estado de conservação: A Praça João Lisboa e Largo do Carmo encontram-se em estado regular de conservação, apresentando trechos do calçamento com pedras soltas, tornando as áreas permeáveis, infiltrando e comprometendo o restante do piso, nele existem também algumas áreas com vegetação de pequeno porte nas juntas das pedras. Os canteiros apresentam cercaduras faltantes ou oxidadas. A estátua em homenagem a João Lisboa e o busto do Frei Carlos Roveda de S. Martino Olearo encontram-se em bom estado de conservação. A edificação destinada ao funcionamento das lanchonetes por sua vez, apresenta-se em estado ruim de conservação: desplacamento dos azulejos do revestimento externo, pichações por toda a extensão, instalações elétricas aparentes, manchas de umidade e condições insalubres para seu funcionamento.
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MONUMENTO À GONÇALVES DIAS
(100 - 101)
em ferro e em sua base, talhado em lioz, a inscrição: “OS BRASILEIROS A ANTONIO GONÇALVES DIAS – HOMENAGEM AO GRANDE POETA”. Dados cronológicos: Este monumento, que é considerado obra de arte, foi executado na Oficina de germano José Sales, em Lisboa, pelo mesmo escultor que também fez o monumento de Bocage, Pedro Carlos Quadrio dos Reis. Teve sua pedra fundamental lançada em 1872, e foi solenemente inaugurada no dia 07 de setembro de 1873. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1873. Inauguração do monumento. 1945. Passa por reparos juntamente ao conjunto da praça. 1955. Inscrito no Livro do Tombo de Belas Artes juntamente com o conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça Gonçalves Dias. 2004. Restaurado, juntamente com a reforma da Praça, realizada pela Companhia Vale do Rio Doce em cumprimento a um termo de compromisso firmado entre a empresa e o Ministério Público.
Estado de conservação: O monumento encontra-se em bom estado de conservação, seus detalhes talhados em mármore não Localização: Rua dos Remédios. apresentam danos. Observam-se manchas de umiUtilização atual: Homenagem póstuma. dade em sua base e em alguns trechos da coluna. Dados tipológicos: Na escadaria e entorno, há vegetação de pequeno O monumento ao poeta, todo em mármore branco, porte em local indevido. foi construído com verbas de uma subscrição pública e tem 15,50m, distribuídos da seguinte forma: a estátua de 2,80m; a coluna, 9,50m; e o pedestal e escadaria, 3,20m. No pedestal, as quatro faces apresentam, talhadas em relevo, as efígies de Odorico Mendes, Sotero dos Reis, Gomes de Sousa e João Lisboa. Acima deste, a coluna. É interessante observar a originalidade, que afastando-se dos padrões arquitetônicos conhecidos, imita um tronco de palmeira estilizado, com seus respectivos bulbos como base, e o capitel em forma de palmas livres. Encimado pela estátua do Poeta, que está de pé, de sobrecasaca. Desce-lhe do ombro esquerdo uma capa talar; o braço direito estendido, pendendo-lhe da mão uma coroa de louros, símbolo da glória; o braço esquerdo encosta ao peito, tendo à mão um rolo de papel, representando sua obra literária. Junto da perna direita está a lira (a poesia), e do outro lado uma máscara representando o teatro. O monumento encontra-se protegido por gradil 90
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MONUMENTO OU PIRÂMIDE DE BECKMAN (84 - 85)
2 de novembro de 1685, foram executados Bequimão e Jorge de Sampaio. Bequimão conservou toda a firmeza e resignação, e foram suas últimas palavras, perdão aos seus inimigos e votos de felicidade ao povo do Maranhão. Este monumento, acha-se colocado nas proximidades da Av. Beira-Mar, porém, segundo entendidos da nossa história, não foi precisamente ali o local onde Beckman fora executado, mas na antiga Praça do Armazém, onde funcionou a Alfândega. Em 2014, foi realizada uma das maiores descobertas da história de São Luis, durante pesquisas, o historiador e presidente do IHGM, Euges Lima descobriu que a chamada “Pirâmide de Beckman” tem como base parte do antigo pelourinho de São Luis, um símbolo da época escravocrata, o qual se acreditava ter sido destruído por republicanos após a proclamação da República. Tal descoberta presenteou a cidade com um novo monumento mais antigo, com quase 200 anos de história, antes disso era a Pedra da Memória, inaugurada em 1844. A réplica do antigo pelourinho de São Luis encontra-se atualmente no Museu do Negro e disponível para visitação.
Localização: Av. Beira Mar, quadra 03. Utilização atual: Ponto Turístico. Dados tipológicos: Monumento localizado em uma plataforma com piso de lioz, paginação em seixo e cercada por muro baixo em pedras no centro da praça de mesmo nome. Talhado em mármore, possui topo em formato de pirâmide sobre corpo quadrangular com cantos abaulados e faces com detalhe em baixo relevo, apoiados em base com frisos e cantos chanfrados.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 2007. Realizada restauração completa do monumento. Estado de conservação: O monumento a Manuel Beckman encontra-se em estado regular de conservação. Apresenta fissuras na parte piramidal e em sua base. Ao longo de sua estrutura possui manchas de umidade e sujidades. A plataforma em que está instalado apresenta pintura recente e grande quantidade de vegetação de pequeno porte em local indevido, principalmente na área revestida por seixos.
Dados cronológicos: Pirâmide erigida no Governo Luís Domingues, no ano de 1910, no local onde, segundo a tradição, foi enforcado Manuel Beckman (Manuel Bequimão), um século antes da Inconfidência Mineira. Alguns patriotas comerciantes, militares e religiosos, inconformados com o estanco, odioso monopólio mantido pela Companhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará, fizeram um movimento que depôs o governo, expulsou os jesuítas, aboliu o estanco e tomou outras muitas providências revolucionárias. Mas a rebelião, desaprovada pela Metrópole, cedo conheceria o fracasso. A antiga ordem foi restabelecida e punidos os líderes da revolta. Levantou-se a forca na praia da Trindade, onde, em 92
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MONUMENTO OUTEIRO DA CRUZ (90 - 91) Localização: Localizado em um canteiro central na imensurável e intensa fuzilaria. Avenida João Pessoa. Teixeira de Melo pediu a Sandalim que se rendesse, Utilização atual: Nenhuma. pois a situação de Sandalim não era nada cômoda. Seus homens caíam como moscas, porém ele não Dados tipológicos: deu ouvido ao grito que lhe era dirigido. Morreu Monumento talhado em um só bloco de pedra combatendo no Outeiro da Cruz. lioz. Possui uma coluna anelada encimada por uma Depois de mais essa vitória sobre os flamengos, aucruz apoiada sobre uma base com três degraus, a mentou gradativamente a audácia e coragem dos qual está assentada em uma elevada base de peportugueses de chegarem ao Forte São Felipe. Deidra. Mede cinco metros da base ao topo e possui xaram o Outeiro da Cruz e se sediaram no Convento escadaria de concreto que dá acesso à cruz. do Carmo”. Em uma placa de mármore, encravada na parte anTeixeira de Melo assumiu o comando e, por falta de terior do cubo, está a seguinte inscrição: “A tradição munição, voltou ao Outeiro da Cruz, onde estaria popular consagrou este monumento à memória dos mais seguro. bravos que ao mando de Muniz Barreiros e Teixeira Para alguns conhecedores da nossa história, o local de Mello expulsaram os holandeses da Capitania”. exato em que se deu o domínio dos holandeses não 30-IX-1642 foi onde se acha erguida a cruz e sim, exatamente, 21-XI-1642 na margem oposta da estrada, onde está outra cruz. 26-I-1643 Hoje, localizada em um canteiro central da 28-II-1644 movimentada Av. João Pessoa, fora do roteiro Dados cronológicos: turístico da cidade, fica despercebida por aqueles O Outeiro da Cruz é um monumento que marca que passam diariamente ao seu lado sem saber de o lugar de um dos mais decisivos combates entre sua importância histórica. portugueses e holandeses. “Não sendo muito conLinha do tempo e intervenções realizadas: vincente o modo como Pietter Bas conduzia o seu Não foram encontrados registros de intervenções. governo, veio logo a reação dos maranhenses contra Estado de conservação: os batavos. As hostilidades começaram quando, em Itapecuru, Por estar localizado em um local de difícil acesos revoltosos retomaram cinco engenhos das mãos so, visto que a Avenida João Pessoa apresenta dos holandeses e, em Rosário, dizimaram todos os elevado fluxo de veículos e não há sinalização para passagem de pedestres no local, o monumento enbatavos que se encontravam no forte do Calvário. Então, com a mesma audácia e coragem com contra-se esquecido e desvalorizado, apresentando que pilharam os engenhos e o forte, marcharam estado ruim de conservação. decididos para São Luís, tendo como objetivo princi- A escada em concreto de acesso para a cruz está quebrada. A pintura da pedra que embasa o monupal o Forte São Felipe. Caminhavam resolutos dispostos a morrer com- mento e da cruz em madeira estão em mau estado, batendo. Depois de um inevitável encontro em que com manchas de umidade por toda sua extensão. derrotaram quarenta flamengos, continuaram a Observa-se também, grande quantidade de vegemarcha já nas imediações de São Luís. Muniz Bar- tação indevida na base do monumento. reiros, que conduzia seus trinta homens, mandou A coluna em lioz não está danificada, já a placa com sondar a região até o rio Anil e, virando-se para as inscrições por sua vez está desgastada, quase Teixeira de Melo, pediu que parassem ali. Eles es- impedindo a compreensão das informações nela tavam a três léguas da capital, no local chama- contidas. do Outeiro da Cruz. A vigilância continuou rígida, não se despreocupavam das trilhas que levaram à capital, pois o inimigo poderia aparecer a qualquer instante. Um dos vigilantes se apressou para Muniz Barreiros e disse que os batavos, comandados por Sandalim, mesmo em caça inimigo, iam não tanto preocupados. Aproximavam-se lentamente do Outeiro da Cruz, quando foram surpreendidos por uma 94
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MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO MARANHÃO (18 - 19)
Localização: Rua do Sol, quadra 80. Utilização atual: Sede do Museu Histórico e Artístico do Maranhão (M.H.A.M.). Dados tipológicos: Prédio de elevado valor monumental e mérito arquitetônico desenvolvido em dois pavimentos. Constitui um dos mais belos exemplares dos solares em São Luís. A fachada, embora em estilo colonial, apresenta majestosa portada neoclássica com volutas e frontão triangular. Essa mistura ocorre frequentemente na arquitetura dos séculos XVIII e XIX, devido à adaptação de novos elementos decorativos aos padrões conservadores das edificações coloniais. Janelas e portas em arco abatido, emolduradas em cantaria simetricamente distribuídos e que se abrem no andar superior sobre sacadas de pedra e gradil de ferro. Sobre a janela central, possui inscrição em placa de lioz, do monograma do primeiro proprietário, Inácio José Gomes de Sousa: “I.J.G.S – 1836” precedendo a cimalha do beiral com dupla bica. O jardim, mais recente em aquisição, é protegido por um muro balaustrado, encimado por quatro pinhas de pedra e centrado por grande vão em arco abatido com portão de ferro. 96
Dados cronológicos: O prédio onde funciona o M.H.A.N. atende satisfatoriamente às necessidades de um Museu e por sua beleza arquitetônica constitui, por si só, uma atração. Foi construído em 1836 pelo Major Inácio José Gomes de Sousa, com material proveniente de uma fazenda que possuía em Itapecuru-Mirim. Em 1857 o prédio foi vendido pela quantia de 17 mil réis ao Sr. Alexandre Colares Moreira. No mesmo ano, o novo proprietário adquiriu ao Sr. Ricardo Salazar, pela quantia de dois contos de réis, um terreno contíguo para o qual posteriormente foram abertas portas e janelas laterais. Em 1918, descendentes do segundo proprietário venderam o imóvel por 30 contos de réis ao Sr. José Francisco Jorge, cujos herdeiros, em 1967, venderam-no por Cr$ 250.000,00 ao Governo do Estado do Maranhão, que o restaurou com a finalidade de nele instalar o M.H.A.M., criado no ano seguinte. Durante nove anos o imóvel permaneceu fechado passando por um período de constantes obras incompletas sendo reinaugurado apenas em 1997. Como fatos históricos relacionados com a casa, podemos destacar que nela morou o ilustre intelectual maranhense, Joaquim Gomes de Sousa, filho do Major Inácio Gomes de Sousa, que a construiu e foi seu primeiro proprietário. A tradição diz ainda que os ilustres maranhenses, Artur (1885-1908) e Aluísio Azevedo (1857-1913), quando jovens, teriam utilizado o pequeno teatro da casa para leituras e ensaios de seus trabalhos. Entre 1909 e 1910 houve um período de dualidade governamental no Estado do Maranhão e o Sr. Alexandre Colares Moreira Júnior, descendente do último proprietário do prédio, que fora eleito Vice-Governador, no período anterior, reivindicou a direção do Poder Executivo, tendo governado o Estado durante certo período, do solar onde residia. O último proprietário do prédio, Sr. José Francisco Jorge, foi Vice-Cônsul da Rússia, da Bolívia e da Colômbia. Em 2007, foram restaurados e expostos no pátio externo os bustos feitos em homenagem a nomes como: Arthur Azevedo, Raimundo Correia, Urbano Santos, Coelho Neto, Humberto de Campos e Bandeira Tribuzi, que seriam devolvidos à Praça do Pantheon assim do fim de sua reforma, o que não ocorreu e permanecem no museu. Um dos grandes diferenciais do solar é a existência de um teatro localizado no térreo, pavimento destinado na maioria das vezes apenas ao serviço e circulação dos escravos, nele, Arthur Azevedo ensaiava suas peças.
Até o ano passado, funcionava também no prédio anexo, o Museu de Arte Sacra, o qual foi transferido para o Palácio Episcopal, ao lado da Igreja da Sé. Atualmente o prédio ainda desempenha a função de Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Durante a visitação pode-se contemplar no pavimento térreo o jardim, saguão de entrada, loja, sala de monitoria e a sede administrativa, além do Teatro Apolônia Pinto. Já no piso superior os 14 cômodos apresentam sala de estar, sala de música, quartos do casal, das moças e do rapaz, além de cozinha e sala de costura, todos com mobília disposta tal como relatavam romances que retratavam a vida das famílias maranhenses, de forma a demonstrar como moravam as pessoas da época em que servia como residência. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1967. Restaurado para instalação do M.H.A.M., no Governo José Sarney, sendo o órgão encarregado a Secretaria de Viação e Obras Públicas do Estado, sob a direção técnica do arquiteto Leônidas Cumplido. O trabalho durou dois anos, com intervalo de 8 meses. 1972. Restaurado e reinaugurado durante o regime militar. 1997. Realizada reforma completa do prédio contemplando: troca de revestimento, pavimentação e esquadrias, melhoramento da rede elétrica, instalação do sistema de proteção contra descargas atmosféricas, sistema de aclimatação, rede local de computadores, som e vídeo, de combate a incêndios e instalações hidráulicas e sanitárias. Foram realizadas também a pintura do prédio, paisagismo interno e externo e restauração do seu acervo. 2002. O prédio passou por limpeza e dedetização. 2010. O imóvel teve suas instalações elétricas e hidráulicas revisadas. Também foram realizadas a manutenção das esquadrias, pintura e reforma da cobertura. 2015. Previstas obras de restauração através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das cidades históricas. Estado de conservação: O imóvel está em bom estado de conservação. Apresenta manchas de umidade e fungos apenas na fachada lateral e sujidades nas esquadrias. Em sua base, pequenas áreas de umidade ascendente e vegetação em locais indevidos na base do prédio. Na pintura do muro externo referente à área do jardim, existem pichações, formação de vesículas por toda a extensão e manchas de umidade na parte balaustrada. 97
PALACETE DO CANTO DA VIRAÇÃO (44 - 47)
Localização: Rua do Passeio. Utilização atual: Sedia o Departamento de Assuntos Culturais da Universidade Federal do Maranhão (DAC-UFMA), com seus núcleos de atividades (Visuais, Literárias e Musicais), administração, Federação Maranhense de Coros e o Centro de Preservação e Recuperação da Memória Cinematográfica Maranhense. Dados tipológicos: Palacete urbano do fim do século XVIII, composto de um pavimento, porão e mirante, este em torre de dois pisos, exemplo raro no estilo. Possui duas fachadas assimétricas, revestidas de azulejos portugueses (estampilhados de azul e branco), com grande porta em cada, situadas nos extremos. Todos os vãos são em arcos ogivais. As janelas com frente voltada para a Rua Grande tem balcões entalados, as voltadas para a Rua do Passeio, por sua vez, possuem peitoril; abaixo delas situam-se os olhos-de-boi. Cunhal apilastrado e pilastras jônicas finalizam-se na cimalha trabalhada com flores. O telhado finaliza-se em beiral com dupla bica. Este edifício apresenta uma das primeiras inovações da época: porão alto. 98
Dados cronológicos: Construído em 1820, o Palacete Gentil Braga caracteriza-se por sua suntuosidade e imponência, destacando-se no conjunto de imóveis do entorno. Em tempos idos, enlevado ante a sua beleza e contrastes dos ricos azulejos que o envolvem, o visitante francês Paul Adam deu uma alcunha a nossa cidade, considerando-a “La petite ville aux palais de porcelaine” – a pequena cidade dos palácios de porcelana. Por ser uma construção de natureza particular, mais ou menos em 1808, serviu de residência ao 1º vice-cônsul inglês no Maranhão, John Hesket. Além da beleza arquitetônica, é de grande importância por ter aqui residido Gentil Homem de Almeida Braga, de que descende o cognome da referida mansão. Este local foi palco de reuniões de boêmios literatos. Delas fazia parte Gentil Braga, fato que escandalizava a sociedade requintada e formalística de São Luís. Filho do Maranhão, muito contribuiu com seu espírito para que São Luís fosse considerada Atenas Brasileira. Por ele surgiu o Semanário maranhense, auge das publicações ludovicenses no século XIX. No mirante desse solene casarão que o autor
escreveu seu célebre livro “Entre o Céu e a Terra”. Gentil Braga foi, em vida, de extraordinário talento, mas teve curta existência, deixando entre suas realizações poéticas: “Cajueiro Pequenino”, “São José de Ribamar”, “Outeiro da Cruz”, etc. Em 1976, o palacete foi incluso ao Patrimônio da Universidade Federal do Maranhão, passando assim a sediar, ao longo dos anos, diversos usos relacionados à instituição. Inicialmente foi sede da Associação dos Servidores da Universidade Federal do Maranhão (ASSUMA) no pavimento principal, sendo o porão destinado a depósito; na década de 80 passou a ser ocupado pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Maranhão (PREXAE) que permaneceu no prédio até 1995, quando foi transferida para o Campus do Bacanga. Então, instala-se no prédio o Departamento de Assuntos Culturais (DAC) da instituição, transformando-o em espaço cultural privilegiado. Um fato importante a destacar-se é que, em 1979, foi em parte cedida pela Coordenadoria dos Órgãos Suplementares da UFMA (CORSUP) – órgão instalado no imóvel na época – que se reuniam os pesquisadores da Operação Especial ‘’Monumentos Históricos’’ – Escritório-Escola, responsáveis
pela produção do livro “Monumentos Históricos do Maranhão”, ora revisado e complementado. Em 2004, durante a reforma de modernização do prédio foi descoberta, no quarto localizado no canto da Rua do Passeio com a Rua Grande, uma escada que dá acesso a um nível mais baixo que o da rua. Esta abertura foi encontrada aterrada pela família Oliveira. De acordo com Inácio Oliveira, seu pai teria começado a escavá-la na década de 40, tendo que interromper os trabalhos e aterrar a escavação por conta do adoecimento de sua primeira mulher, que veio a falecer. Passados alguns anos, houve nova tentativa, escavando cerca de 21 degraus até chegar a uma câmara, onde seu filho relatou ter encontrado uma cuba de pedra e objetos de prata e cobre. Durante as obras, um dos filhos do senhor Inácio (pai), veio a falecer e, associando as duas mortes às escavações, as obras foram novamente interrompidas, aterrou-se a passagem e jurou-se nunca mais abri-la. Segundo Inácio acreditava-se que a galeria ligar-se-ia as Igrejas do Carmo, Remédios e Fonte do Ribeirão. Atualmente o prédio encontra-se fechado para reforma com término previsto para março de 2016, e com esta abrigará, na área do porão e do 99
pavimento superior, salas de aula, audiovisual, música, artes plásticas, biblioteca, administração e de consulta. Contará também com cine-teatro para cem pessoas, composto por foyer, palco, camarim, cabine de controle de som, imagem e projeção. O primeiro pavimento será ocupado por uma sala de recepção, gabinete, assessoria de imprensa e sala de reuniões, além de duas salas de divisão técnica, dois espaços de exposições, sala de arquivo, sanitários femininos e masculinos, copa e almoxarifado.
2013. Aberta licitação para contratação de empresa para execução dos serviços de restauração e requalificação do palacete. 2015. O prédio encontra-se em reforma.
Estado de conservação: O prédio encontra-se em estado regular de conservação e atualmente cercada por tapumes, impossibilitando a verificação da conservação do pavimento térreo. Ao longo de suas duas fachadas há desplacamento de azulejos, deixando o reboco Linha do tempo e intervenções realizadas: aparente e a parede exposta a intempéries. 1808. Serviu de residência ao 1º vice-cônsul inglês Nas cimalhas do térreo e mirante, manchas de umidade, pintura em mau estado de conservação e no Maranhão, John Hesket. 1935. Realizada grande reforma onde foram colo- eflorescências. cados o piso de cerâmica, peitoris de marmorite e Suas esquadrias e molduras apresentam pintura desgastada. instalação dos banheiros. 1978. Inscrito como patrimônio nacional no Livro do Tombo das Belas Artes. 1979. Sediou a Operação Especial ‘’Monumentos Históricos’’ – Escritório-Escola. 1986. Restaurado pelo Projeto de Restauração da Odebrecht. 2002. Construção de cobertura sobre o pátio interno, a qual foi retirada sob ordens do IPHAN em 2004. 2004. Reforma de modernização do prédio, contando com serviços de pintura e restauração de azulejos. Era recomendada também a remoção da pintura sobre o lioz e a mudança da cor dos cunhais e cimalhas para branca. 2010. Restauro e adaptação do Palacete Gentil Braga para abrigar o Departamento de Assuntos Culturais da Universidade Federal do Maranhão.
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PALÁCIO CRISTO REI (28 - 31)
Localização: Rua Rio Branco. Utilização atual: Sede do Memorial Cristo Rei – “Guardião das Memórias da UFMA” – e Reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Dados tipológicos: Em estilo colonial, composto de dois pavimentos mais mirante de terminação em beiral. Fachada principal: assimétrica, com sequência de óculos gradeados de ferro em vez de portas (no térreo). No segundo pavimento, três portas com balcão sacado corrido com linhas curvas e guarnecido por gradil de ferro apoiado sobre mísulas em lioz; são ladeadas por dois pares de janelas laterais, desprovidos de balcão e bandeira, em arco abatido como os demais. É finalizado por cimalha e beiral com bica simples e arremate em lança As esquadrias do mirante seguem a mesma configuração das portas centrais do primeiro pavimento, também com balcão corrido, este por sua vez, simples. É finalizado com cimalha e telhado com dupla bica. Um fato interessante a se expor é o fechamento de suas laterais, feito com telhas cerâmicas. Esta fachada prolonga-se nas laterais através de muro, coroados por grades de ferro nos quais situam-se os portões de acesso. O da direita, que dá acesso à entrada nobre, possui portada composta por frontão triangular e chave de arco encimado por estátua da deusa Diana contendo a inscrição: “DIANA”; todos em lioz, e é ladeado por duas janelas em arco abatido com gradeado de ferro e moldura também em lioz. Já o portão da esquerda, o qual da acesso à antiga garagem de charretes, possui o mesmo padrão de aberturas e frontão triangular, porém, estas não são em lioz. Fachada lateral (nobre): assimétrica, exibe delicada portada em cantaria com o respectivo arco abatido 102
acentuado, alterando inclusive o telhado. Volutas, folhas de acanto estilizadas, flor-de-lis etc., completam a decoração. Os demais vãos desta fachada são simples e sem bandeiras. Dados cronológicos: Construído pelo arquiteto Manoel Pulgão em 1838 a mando de José Joaquim Vieira Belfort, o imóvel serviu de moradia a sua família até 1900, quando foi vendido ao vice-cônsul dos Estados Unidos da América José Batista do Prado, “O Pradinho”, sobre o qual há muitas versões. Consta-se que era um homem de caráter zombeteiro e até mesmo debochado perante os vizinhos. Após sua morte, por suicídio, o casarão foi leiloado. Em documentos pesquisados, verifica-se seus últimos proprietários particulares foram os Srs. João Bonifácio de Carvalho e Constância Xavier de Carvalho, que passaram os direitos de posse para a Arquidiocese do Maranhão. Dessa data em diante, sob os cuidados da Arquidiocese, o solar foi sede da Escola de Jesuítas. Após essa ocupação, por ordem de D. Antônio Cândido de Alvarenga, foi cedido para funcionar como Escola de Aprendizes Marinheiros; depois alugado para funcionar a Escola Normal do Estado, a qual restitui o prédio ao Arcebispado, sem cumprir a cláusula do contrato referente a limpezas e reparos necessários, uma vez que o mesmo se encontrava em estado precário, necessitando, assim, vários dispêndios para sanar suas deficiências. Em 1970, foi adquirido pela UFMA durante a gestão do Côn. Ribamar Carvalho, e no mesmo ano, quando da gestão de Josué Montello na reitoria da instituição, passou por reformas para sediar a Reitoria da Universidade. No ano de 1991, um incêndio consumiu grande parte do prédio e destruiu documentos importantes da instituição. Após a tragédia, foi restaurado e reinaugurado dois anos depois; na ocasião, foi apresentado à sociedade o memorial público “Cristo Rei”, fundado com o intuito de resgatar e preservar a história da universidade. O jardim é um dos destaques da casa. Nele encontra-se um chafariz que provavelmente é umas das seis peças inglesas datadas de 1856 vindas para o abastecimento de água de São Luís por encomenda de Raimundo Teixeira Mendes, fundador da Companhia de Águas Rio Anil. Atualmente, o prédio encontra-se fechado para reforma, porém, assim da inauguração, seu uso permanecerá o mesmo.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1838. Construído para ser residência de José Joaquim Vieira Belfort. 1948. D. Adalberto dispensa quinhentos milhões de cruzeiros antigos, provenientes de suas próprias economias, para restauração desse Palácio. 1968. Troca do piso de pastilhas por lajotas de cerâmica imitantes ao original. 1970. Restauração de algumas dependências que ameaçavam ruir, inclusive mirante, quando foi revestido de telhas externamente. Ainda neste ano, passou por reforma durante a gestão do Reitor Josué Montello, nesta ocasião foi instalado nesse prédio, a sede da Reitoria da UFMA. 1991. Foi atingido por incêndio que consumiu grande parte do prédio e dos arquivos da universidade. 2008. Realizada reforma com recursos da UFMA. 2014. Início da reforma realizada por ocasião do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 2015. O prédio encontra-se fechado para reforma.
completamente o pavimento térreo. Há presença de fungos, manchas de umidade e vegetação de pequeno porte em locais indevidos em vários trechos da fachada, cimalha e telhado. Suas esquadrias possuem pintura em mau estado de conservação e apresentam sujidades.
Estado de conservação: O prédio encontra-se em bom estado de conservação, por ocasião dos tapumes que o cercam para isola-lo durante a reforma, não é possível observar 103
PALÁCIO DOS LEÕES (68 - 71)
Localização: Av. Pedro II, quadra 01. Utilização atual: Sede do Governo Estadual. Dados tipológicos: O prédio possui fachada principal composta por dois pavimentos e terminada em platibanda balaustrada encimada por pináculos na parte correspondente à entrada principal. De formato retangular, possui vãos do térreo com verga reta e do primeiro pavimento em arco pleno encimados por cornija triangular e com balcões entalados balaustrados. No corpo central estas aberturas recebem maior decoração. As cornijas assumem forma semicircular e o balcão (construído apenas no séc. XX), balaustrado como os demais, passa a ser sacado ao longo das quatro portas de destaque. Ao longo do prédio, pilastras de seção retangular, capitel jônico estilizado e fuste estriado à meia altura; estas também assumem forma semicircular na área de destaque. Abaixo do balcão central as duas portas principais, únicas do gênero, trabalhadas em do gênero. Esta fachada é seguida por outra (no lado esquerdo da edificação), correspondente ao prédio anexo (em que funcionou a Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional), incorporado ao Palácio no Governo José Sarney. Embora tenha havido a preocupação de 104
torná-la idêntica à primeira, ocorreram diferenças entre elementos, às vezes, da mesma natureza. Esse anexo possui platibanda maciça, porta principal em arco abatido e janelas de vergas retas com balcões entalados balaustrados, encimados por cornijas de formatos: triangular, arqueada e retas com semicírculo ao meio. As pilastras apresentam capitéis coríntios estilizados sem caneluras. Dados cronológicos: Em 1612, quando os franceses aqui estiveram na aventura da França Equinocial, foi construída a fortificação que recebeu o nome de São Luís, em homenagem a Luís XIII, rei de França. Em 1615, com a expulsão dos franceses, o CapitãoMor Jerônimo de Albuquerque utilizou-se da mão de obra indígena para a construção, em taipa de pilão, da residência dos governadores; tendo como engenheiro Francisco Frias de Mesquita. Este recebeu o nome de São Felipe, homenageando Felipe III, da Espanha. Mas, desse forte, só existem, hoje, dois baluartes, chamados de São Cosme e São Damião, ou velhas meias-laranjas. Nove anos depois, Francisco de Albuquerque Coelho de Carvalho, então Governador do Maranhão, determinou a reconstrução do forte em pedra e cal; nesta mesma ocasião, ordenou que fosse edificada uma nova residência para os governadores. Alexandre de Sousa Freire, Governador e Capitão-Geral do Estado, reunindo o Procurador-Mor da Fazenda Real, Matias da Costa Sousa, o Ouvidor, Martins de Sá e Freitas, os vereadores do Senado da Câmara e vários cidadãos, fez-lhes ver que o palácio não tinha comodidades para si nem para sua comitiva, visto não possuir um só quarto forrado e as janelas serem desunidas. A autorização para os necessários consertos levou a reforma que não foi bem sucedida. Por conta das diversas batalhas presenciadas pelo forte, este ficou destruído e, em 1755, foi reconstruído, período este que a cidade de Lisboa também passava por reconstrução devido a um grande terremoto. Em 1761, no governo de Melo e Póvoas, deu-se início à edificação do palácio dos governadores, concluído em 1776. Em 1885, após três séculos de serviços prestados na defesa da cidade, o forte São Luis foi desativado pela repartição das obras militares do Maranhão e só durante a administração de Manuel Inácio Belfort Vieira, em 1896, passou por sua primeira grande reforma. No ano de 1906, foi empreendida outra
grande reforma, esta, a mando Benedito Leite, a qual foi responsável pela criação da área dos fundos do Palácio. Mencione-se, finalmente, a radical reforma empreendida no governo Magalhães de Almeida, graças à qual o Palácio dos Leões conquistou a imponência que hoje apresenta. Seu nome advém por conta de duas esculturas animalescas de bronze que ladeiam a entrada principal do palácio. A denominação surgiu no século passado, quando se comparava a voracidade dos felinos com a do governo em recolher impostos, o nome passou a ser adotado pela oposição do governo e logo foi aceito pelo povo. Fato interessante a ser mencionado o forte foi o primeiro do país a adotar o conceito da construção em “barbeta”, método desenvolvido pelos italianos na época da renascença, que é caracterizada pelo parapeito sem ameias, forma que favorecia o ágil deslocamento do armamento pesado ao longo da cortina e com isso, o comandante poderia concentrar o fogo onde lhe era mais necessário com simples deslocamento das peças. Atualmente o prédio funciona como sede do Governo do Estado e residência do governador. Alguns
dias na semana o prédio fica aberto à visitação, e o visitante pode conferir, dentre outras coisas, a coleção de artes plásticas adquiridas de Arthur Azevedo e raridades e um rico mobiliário que remonta a mais de 200 anos. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1612. O forte começou a ser construído pelos franceses, que aqui aportaram para fundar a França Equinocial. 1615. Jerônimo de Albuquerque utiliza a mão de obra indígena para dar continuidade às obras e edificar a residência dos governadores, projeto de Francisco Frias de Mesquita. 1626. A mando de Francisco Coelho de Carvalho, foi reedificado em cal e pedra. 1772. Reedificação do prédio, aproveitando-se telhas, madeirame, portais e escadas de residência dos jesuítas em Alcântara. 1775. No governo de Joaquim de Melo passa a denominar-se Forte São Miguel. 1857. Reforma que deslocou do lado para o centro do prédio a porta principal. 1863. Iluminação a gás, projeção e revestimento do piso em cataria do passeio fronteiro, antes lajeado. Projeto de Ambrósio Leitão da Cunha. 105
1869. Construção de alpendre lateral (na época, entrada principal) coberto de zinco e sustentado por grades de ferro. 1885. O forte é desativado pela repartição das obras militares do Maranhão. 1896. Belfort Vieira executa a primeira grande reforma no forte. 1906. Construída a ala dos fundos, onde atualmente fica a residência do governador, no governo de Benedito Leite. 1911. Luis Domingues instala um zoológico no jardim do palácio. 1926. Gov. Magalhães de Almeida: nova planta da fachada, oferecida pelo Engº Heitor Teixeira Brandão; obras iniciadas em abril e concluídas em 7 de setembro, constando de: transformação da fachada, pintura geral, conserto no teto, mudança de soalho, impermeabilização do solo no andar térreo; restauração dos jardins, portões, e instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias. 1941. Gov. Paulo Ramos: retirada da balaustrada e colocação de nova platibanda; reposição de balaustrada, cimalhas, cinta de segurança de concreto armado; colocação de frisos, colunas, capitéis, consolos, modilhões, arquitraves, frestas, cornijas, pedestais, socos, etc; elevação do pé direito; radicais substituições e transformações na parte interna. 1948. A cortina em pedra responsável pela proteção do palácio é rompida para nela ser escavada o 106
viaduto que da acesso à Av. Pedro II. 1968. Gov. José Sarney: ampliação das instalações administrativas, com utilização do anexo em que era instalada a antiga Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional; significativas reformas e melhores interna e externamente. O jardim é reformulado com projeto de Burle Marx. 1970/1973. Gov. Pedro Neiva de Santana; complementação e término da decoração iniciada no governo anterior. 1979. Apresentava pilastras unidas por guirlandas de flor-de-lis em estuque. 1987. Construção do acesso ao Palácio dos Leões, Rua newton Prado nº 82 (Montanha Russa). 1994. Realizada reforma que contemplou: a substituição do piso original, alterações paisagísticas dos jardins externos e internos, além reparo geral nas instalações. 1999. Realizada implantação da Residência Oficial do Governo em uma das alas do Palácio, e em outra ala, a instalação do Gabinete de despachos do Governo. 2000. Realizada a instalação do sistema de combate a incêndios, rede de força, lógica, e aclimatação, além das redes de gás e automação. Foi construído também um estacionamento subterrâneo. 2003. Retirada e recomposição do reboco do muro, restauração do jardim, passeio e plantio de grama no jardim. 2004. Lourival Parente Filho é o engenheiro responsável pela obra de recuperação do sítio. O projeto contemplava a muralha do forte, com estabilização e construção de baliçada em concreto e a reposição dos canhões aos baluartes. 2015. Assim da sua posse, Flávio Dino ordenou a reforma de seu gabinete e de outros setores do palácio, tal como o Salão Estrela. Estado de conservação: O imóvel encontra-se em bom estado de conservação, apresentando apenas umidade ascendente em sua base e manchas de sujidade na área de maior fluxo de pessoas, tal como a porta principal. Os elementos arquitetônicos encontram-se bem conservados.
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PALÁCIO EPISCOPAL (74 - 75)
Localização: Av. Pedro II. Utilização atual: Museu de Arte Sacra (MAS). Dados tipológicos: Fachada composta de dois pavimentos entremeados por pilastras e terminados em platibanda balaustrada interrompida ao meio por frontão triangular com tímpano decorado com brasão heráldico e a aresta superior com folhas de acanto. Vãos em geral, são em arco abatido, de vergas decoradas por cornija triangular, de vértice trabalhado, sustentado por mísulas e dentículos. A porta principal, eixo de simetria do prédio, destaca-se por apresentar majestosa portada em lioz, ladeada por colunas apilastradas, de fuste canelurado e base decorada com rosáceas; o capitel quase toscano é sustentado de arco com frisos e óculos, além de pedra de fechamento com volutas e folhas de acanto. Acima, brasão da Arquidiocese, também em cantaria. Ainda no térreo, aberturas com balcões entalados balaustrados, bandeiras de vidro e proteção de venezianas, como ocorre nos demais. A nível do segundo pavimento, presença de balcões corridos, sacados, balaustrados com piso de cantaria, na área de sobressalto da porta principal, torna-se ornado por dentículos e curvilíneo, apoiando-se sobre mísulas decoradas com folhas de acanto. Sob o balcão, belíssimo desenho em baixo relevo. Dados cronológicos: O Palácio Episcopal teve sua construção iniciada em 1627 pelo padre jesuíta Luis Filgueira que, com mão de obra indígena, construiu a primeira ala do colégio Nossa Senhora da Luz juntamente com a capela dedicada à mesma senhora. Por volta de 1659, 108
estando no Maranhão o Pe. Antônio Vieira, iniciou-se a construção do segundo corredor do colégio (corredor oeste), contíguo ao corredor norte, localizado onde terminava o edifício da igreja e, em 1674, o Pe. Bettendorf empreendeu outra grande reforma no prédio, mas foi só em 1679 que, sob a direção do Pe. Gonçalo Veras que construiu-se a ala leste definitiva, finalizando as obras em 1682. No ano de 1684 o ensino do colégio era de tal qualidade que chegou a ser comparado aos melhores colégios de Coimbra e da Bahia, conferindo graus em letras, ciências, artes, filosofia e teologia. Neste período foram realizados melhoramentos no Colégio, tendo sido inaugurado o avarandado interno em 1750. Mais tarde, com a expulsão dos jesuítas em Carta Régia de 11 de julho de 1761, esse antigo Colégio de Nossa Senhora da Luz passou a ser residência dos bispos, seminários, livraria e Sé. Em 1850, o prédio estava abandonado e em ruínas e, somente em 1869 foi reformado, incorporado à Fazenda Nacional, devolvido a Diocese e reinaugurado apenas em 1905. Teve suas instalações destinadas a diversos usos, tal como dois colégios católicos e a emissora “Educadora” de rádio. Até 2014 o prédio abrigava o serviço de Cúria, Chancelaria, Gabinete do arcebispo, administração da Arquidiocese, Coordenação da pastoral, Cáritas, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Comissão de Justiça da Paz. Ainda neste ano, após grande reforma, foi inaugurado com novo uso, Museu de Arte Sacra. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1627. Construção do primeiro corredor do Colégio de N. Sr.ª. da Luz (corredor norte). 1659. Construção do corredor oeste e início da construção do corredor leste. 1674. Realizada grande reforma, com construção das paredes do corredor norte, cobertura feita com telhas, refeitas as janelas em dimensões iguais, mudadas as portas das salas e aplainadas as paredes. 1679. Construção definitiva do corredor leste. 1681. Finalização das obras de reforma e ampliação sob supervisão do Padre Felipe Belfort. 1750. Construção do avarandado interno do Colégio. 1764. Reformas realizadas pelo Governador Joaquim de Melo, provavelmente para a adaptação do antigo Colégio em residência dos Bispos. 1850/1854. Demolição das ruínas do antigo
Colégio N. Sr.ª. da Luz. 1854. Início da reconstrução do Palácio Episcopal. 1862. A nova edificação já apresentava paredes até a altura da porta. 1875/1876. Adiantadas as obras da reconstrução, já estavam prontos: “Alicerces: 28 palmos de fundo e 7,5 de largura. Fachada principal, para o poente: 32m de comprimento e 12,75m de alto do ponto de assoalho até à cimalha. Fachada norte: 58,30m de comprimento e 14m de alto. Caixão: 31,38m por 20,8m”. 1886. Recuperação geral do prédio contemplando estrutura e de bens notáveis. 1901/1904. Concluídas as obras da reconstrução. 1949. Realizadas obras emergenciais de escoramento do teto que ameaçava desabar. 1950/1952. O prédio passou por reforma completa. 1979. De modo geral, seu estado de conservação é regular, considerando-se a existência dos elementos originais, porém em parte danificados (a exemplo do piso no 2º pavimento). A descaracterização fica por conta de subdivisões de madeira e instalação de aparelhos sanitários. 1987. Reformado por ocasião do Projeto Praia Grande.
1990. Inscrito pelo Governo Estadual no Livro do Tombo, sob decreto nº.11.598. 1999. Realizado levantamento cadastral e serviços de restauro de bens integrados, pela Fundação Rio Bacanga, contemplando: restauro de pisos hidráulicos, pintura interna e externa e pequenas adaptações para melhor adequar o prédio às atividades da arquidiocese. 2014. O prédio foi reformado e adaptado para receber o Museu de Artes Sacras do Maranhão. O projeto foi desenvolvido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em parceria com o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (SECMA), e Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH), com apoio cultural do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Estado de conservação: Restaurado recentemente, o prédio encontra-se em bom estado de conservação e com ausência de danos.
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PALÁCIO DE LA RAVARIÉRE (72 - 73)
Localização: Av. Pedro II, quadra 04. Utilização atual: Sede da Prefeitura de São Luis. Dados tipológicos: Fachada principal simétrica desenvolvida em dois pavimentos, terminadas por platibanda balaustrada, encimada e centrada por uma cartela decorada com concha e folhas de acanto estilizado dando ideia de pequeno frontão todo em estuque. Os vãos do primeiro pavimento são em verga reta, decorados em estuque, janelas envidraçadas, balcão sacado balaustrado em argamassa com base em cantaria sustentada por mísulas trabalhadas no mesmo material. Os vãos do térreo são em arco abatido, sem decoração, com exceção da porta central, que possui mesmo tratamento das do primeiro pavimento. Todos com bandeira em ferro trabalhado. Nas fachadas laterais, repete-se o mesmo padrão de vãos da principal, porém com balcões entalados. À frente, calçada de cantaria exibe busto de bronze de Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, esculpido por Bibiano Silva, sobre pedestal de mármore branco raiado de rosa, de autoria de J. Nogueira Maranhão, onde placa de bronze contém a inscrição: “A Daniel de La Touche - Senhor de La Ravardière 110
Homenagem da cidade de São Luís". Dados cronológicos: Datado de 1689, é uma das primeiras grandes construções da cidade; recebeu este nome em 1962, quando do aniversário de 350 anos de São Luis, em homenagem a Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, considerado fundador de São Luis. Sabe-se que nele funcionaram, nos primeiros tempos, a Casa da Câmara e Cadeia, presidida por Simão Estácio da Silveira, por sua vez o primeiro propagandista da terra na metrópole com sua conhecida Relação sumária da cousas do Maranhão, publicada em Lisboa no ano de 1624. Já em 8/3/1689, o Senado da Câmara oficiou ao Sargento-Mor Antônio de Barros Pereira, pedindo-lhe a colaboração de conceder, para a conclusão das obras, o que sobrasse do edifício da Igreja e Casa da Câmara da Vila de Icatu, que estavam sendo construídas. O prédio passou por diversas reformas para adequar-se a seus usos ao longo do tempo. Em 1979 sediava a Sede do Executivo Municipal, Secretaria da Fazenda e Procuradoria Geral da União e atualmente no imóvel está instalada a Prefeitura da cidade e por conta disso, torna-se sede constante de
manifestações populares, que a fim de lutar por vegetação de pequeno porte em local indevido. seus direitos, apropriam-se do palácio e do espaço Seus detalhes arquitetônicos estão bem conservados. a sua frente. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1930. Reforma realizada pela Prefeitura de São Luis com objetivo de adaptá-lo as novas condições de uso e higiene, conferindo-lhes salubridade. Houve o acréscimo de oficinas e “garagens” para automóveis oficiais. 1962. Passa a chamar-se Palácio de La Ravardière. 1979. Sede do Executivo Municipal, Secretaria da Fazenda. Procuradoria Geral 2013. Teve suas janelas substituídas após serem quebradas em manifestação popular. Ainda neste ano foram realizadas reformas para melhorar a acessibilidade do prédio, como a implantação de plataforma móvel. Estado de conservação: O imóvel encontra-se em bom estado de conservação. Ao longo de sua fachada apresenta manchas de umidade e fungos, concentrados principalmente ao lado das sacadas, onde estão localizadas algumas condensadoras dos condicionadores de ar do prédio e nos frisos. No térreo, há sujidades e alguns pontos com 111
1. Passo da Rua João Vital de Matos Dados tipológicos: Localizado na Rua João Vital de Matos, este é um dos dois Passos que ainda é preservado com suas características originais. Sua agradável fachada compreende portão de madeira central em arco pleno, ladeado por pilastras terminadas por coruchéus. Acima do entablamento, frontão triangular curvilíneo encimado por peanha e cruz de ferro.
PASSOS DA QUARESMA (136 - 141)
Localizações: 1. Rua João Vital de Matos, quadra 108 / 2. Rua Henrique Leal, quadra 141 / 3. Av. Pedro II/ 4. Rua Grande, quadra 113 / 5. Rua de São João, quadra 83. Utilização atual: A maioria encontra-se sem uso, os passos da Rua Henrique Leal e da Rua João Vital de Matos abrem suas portas em períodos religiosos. Dados cronológicos: Denominamos “Passos” a pequenos oratórios distribuídos pelas principais ruas da cidade, por onde passava a procissão de Nosso Senhor Jesus dos Passos. Sabe-se que na cidade de São Luís existiam cinco deles, em ruas diferentes, e que até o ano de 1935, ocuparam lugar de especial destaque na grandiosa Procissão da Quaresma. Era um préstito pompa, onde os Passos eram pela mesa distribuídos a doze irmãos, aos quais competia a ornamentação com quadros representando as passagens da Paixão de Cristo. Então, assim que a procissão era organizada, percorria os Passos, parando primeiramente no de São João, onde se realizava o Encontro, cheio de imponência, e cujo sermão constituía a mais acatada cerimônia. Prosseguindo, incorporando-se-lhe o andor de Nossa Senhora das Dores, concluía a visitação dos Passos e após as “Três Quedas”, à entrada do Carmo, havia o sermão do recolhimento, procedendo-se à cerimônia da adoração ao Calvário. Ao todo eram 14 Passos e segundo Nizeth Medeiros (1997), um dos motivos do desaparecimento das procissões foi a destruição da imagem do Senhor do Passos, que foi tomada por cupins. Atualmente apenas o Passo da Rua João Vital e o da Rua Henrique Leal desempenham suas funções originais – local de oração – e oferecem boas condições por serem construções isoladas, facilitando assim a sua conservação; estes ainda são abertos em períodos religiosos.
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Linha do tempo e intervenções realizadas: 1979. Estava sob os cuidados da empresa Maranhense de Turismo (MARATUR), a qual se encarregava de fazer os devidos reparos. 2014. Era aberto durante o período natalino. Estado de conservação: Sob os cuidados da Superintendência da Cultura Popular do Maranhão, o passo encontra-se em bom estado de conservação. Apresenta pintura em mau estado de conservação e reboco aparente ladeando a porta. Na parte superior, manchas de umidade e vegetação de pequeno porte em local indevido.
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2. Passo da Rua Henrique Leal
Dados tipológicos: Oratório de grande porte, está situado em plano superior ao da rua, à altura de três degraus revestidos de cantaria. O portão em arco pleno, de madeira, centra na fachada em quase toda extensão. Aos lados, duas pilastras disfarçadas apóiam um entablamento que toma, na parte central da fachada, forma semicircular. Acima, frontão revoluteado barroco é flanqueado por coruchéus e encimado por cruz de ferro. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1979. Conjugado a uma casa pequena de beiral, entre outras tantas coloniais e de platibandas deste século, estava sob os cuidados da empresa Maranhense de Turismo (MARATUR), a qual se encarregava de fazer os devidos reparos. 2014. Aberto durante o período natalino. Estado de conservação: Sob os cuidados do “Jornal Pequeno”, o passo encontra-se em bom estado de conservação. Apresenta manchas de umidade em seu frontão e base.
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3. Passo da Av. Pedro II Dados tipológicos: Este passo faz parte do corpo da fachada lateral direita da Igreja da Sé, hoje praticamente extinto. Apenas vestígios de contorno em alto relevo testemunham sua remota existência: duas pilastras disfarçadas, encimadas por coruchéus e ligadas por uma arquitrave. Acima, estuques em formato de volutas e cruz, dão idéia de frontão. A abertura principal em arco pleno, comum a todos os passos, foi vedada em parte e substituída por janela retangular com grades de ferro, atrás das quais deixa-se ver o arco acima referido. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1979. Estava sob os cuidados da empresa Maranhense de Turismo (MARATUR), a qual se encarregava de fazer os devidos reparos. Séc. XX. O Banco Rural realizou adaptação do Passo para sanitários. Estado de conservação: Completamente descaracterizado, apresenta moldura (único elemento restante e delimitador do espaço do passo) bem conservada, umidade ascendente e pichação.
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4. Passo da Rua Grande
5. Passo da Rua de São João Dados tipológicos: Localizado na Rua Grande, importante centro comercial da cidade, pequenino e oprimido entre vultosos prédios comerciais, este Passo fica quase despercebido pelas mutilações sofridas, hoje sem nenhum sinal de antigo recinto de oração. Sua fachada conserva ainda a abertura principal em arco pleno, com bandeira de ferro trabalhada. Ao invés de frontão, possui imprópria platibanda. Dentre todos os passos existentes, é o mais descaracterizado pela discrepantes reformas realizadas. Atualmente, sem mais descaracterizações, nele funciona um armarinho de confecções. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1979. Pertencia à V. Garrido e tinha como uso a loja de confecções “Porta Mágica”. Séc. XX. Substituição do frontão por platibanda; colocação do portão de ferro, demolição da parede de fundo para ampliações e piso ladrilhado. 2010. Nele funcionava o armarinho “Zig-Zag”. 2015. Não sofreu mais descaracterizações e permanece com mesmo uso, armarinho “Zig-Zag”.
Dados tipológicos: Localizado no canto chanfrado da antiga loja maçônica da Rua São João, encontra-se completamente vedado, deixando como vestígio apenas a cruz argamassada, a qual é encimada por óculo de vidro centrado por cruz. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1979. Sabe-se através de pessoas ligadas a esta associação que o seu interior continua intacto, isolado apenas para evitar invasão. Estado de conservação: Completamente vedado e descaracterizado, restam apenas cruz e óculo em bom estado de conservação.
Estado de conservação: Descaracterizado, quase impossibilita a sua identificação em meio aos imóveis da Rua Grande. Está em bom estado de conservação. A pintura, em mau estado, apresenta trechos com reboco aparente, manchas de umidade, desenvolvimento de fungos e trechos com enxerto em material inadequado.
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PEDRA DA MEMÓRIA (96 - 97)
Localização: Av. Beira-Mar, Cais da Sagração, antigo baluarte de S. Damião. Utilização atual: Ponto turístico para contemplação e marco histórico. Dados tipológicos: Obelisco público em mármore branco. Constitui-se de uma pirâmide de base quadrangular apoiada sobre quatro esferas centradas por cilindros que descansam sobre base quadrangular com frisos curvos, apoiadas sob um pedestal que ascende. A face da pirâmide de frente para o mar destaca um brasão representando as armas da monarquia primorosamente esculpidas em alto relevo. Abaixo, no pedestal, a inscrição: ‘’A MEMÓRIA DA COROAÇÃO DE S.M.I. O S. D. P. 2º I.C. e D.P. do B. ERIGEM ESTE MONEMENTO OS MEMBROS DO EXÉRCITO QUE NA PROVÍNCIA ESTÃO. SENDO PRESIDENTE O ILMO. E EX. SR. DOUTOR JOÃO ANTONIO DE MIRANDA E COM. DAS ARMAS O ILMO. SR. CORONEL FRANCISCO JOZE MARTINS, 1841’’. No lado oposto, uma placa de bronze contém outra nscrição alusiva à restauração: ‘’RESTAURADO A 10-04-1950. GOVERNADOR SEBASTIÃO ARCHER DA SILVA, PREFEITO, ANTÔNIO E. DA COSTA RODRIGUES”.
sião de sua coroação como Imperador do Brasil, o Maranhão decide homenageá-lo com monumento alusivo ao evento, assim sendo, em 1841, o engenheiro militar José Joaquim Lopes projetou a chamada “Pedra da Memória” ou “Pedra do Ourique”, sendo inaugurada no ano de 1844. O monumento foi erigido no Campo D’Ourique, hoje Parque Urbano Santos, em frente do portão à retaguarda do Antigo Quartel da Guarnição Federal. Em 1943, no Governo Paulo Ramos, a pedra foi demolida para dar lugar ao atual Liceu, permanecendo desmontada por vários anos, até 1950, onde, graças a esforços do intelectual Joaquim Luiz, foi remontada e transferida para a Avenida Beira-Mar. Atualmente, com o fluxo intenso da Avenida em que se localiza, é visitada principalmente por turistas que tem sua curiosidade despertada pela forma do monumento e pela possibilidade das belas fotos que a vista do baluarte proporciona. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1841. Lançamento da pedra fundamental no campo do Ourique. 1844. Inauguração no local original. 1943. Monumento desmontado. 1950. Pedra instalada no Baluarte da União do Castelo de São Damião. 1970/1975. Foram colocados os dois canhões que ladeavam o monumento apontando em direção ao Rio Anil. 1997. A pedra foi atingida por um ônibus ocasionando a sua fragmentação. No mesmo ano foram realizadas obras de restauração. 2010. Retirados os canhões que ladeavam o monumento, os quais foram restaurados e levados ao Palácio dos Leões. 2011. Realizada pela prefeitura de São Luis a restauração completa do monumento, contando inclusive com a iluminação cênica do monumento.
Dados cronológicos: A Pedra apresenta estado regular de conservação, porém, tornou-se vítima do vandalismo, apresentando pichações em todo o seu pedestal, a placa de bronze alusiva à restauração encontra-se toda pintada na cor vermelha prejudicando a leitura de seu conteúdo. Os degraus (sendo dois em pedra de lioz) possuem pequenas fissuras, quinas quebradas e manchas de Dados cronológicos: umidade. Ao longo do monumento podem-se veriMotivado pela maioridade de D. Pedro II e por oca- ficar manchas de umidade e pequenas fissuras. 118
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PORTÃO DA QUINTA DAS LARANJEIRAS (66 - 67)
Localização: Rua Grande. Utilização atual: Sem uso. Na quinta das laranjeiras hoje funciona o Centro Experimental de Ensino Médio Colégio Marcelino Champagnat. Dados tipológicos: Portão armoriado, símbolo de uma burguesia extinta, consta de interessante frontaria em estilo colonial. As pilastras laterais terminadas por coruchéus suportam entablamento e frontão ondulado. O vão em arco abatido é protegido por grande porta almofadada simples, e emoldurado por valiosa portada de cantaria, antecedida por frades de pedra (colunelos de cantaria usados na época para apreensão de animais); acima, frisos, nervuras, graciosa pedra de fechamento do arco, placa com a inscrição “ANNO MDCCCXII”, são detalhes que apresentam fino acabamento decorativo. Acima do pórtico, esmerado brasão, também em cantaria, cujo escudo contém as armas dos Gonçalves e dos Silva, encimado por elmo. Dados cronológicos: A Quinta das laranjeiras, também chamada de “Quinta do Barateiro” tem esta denominação por pertencer a José Gonçalves da Silva, o “Barateiro”, que recebeu este apelido por conta de seu espírito profundamente caritativo. Surge em 1811, quando seu proprietário recebe aprovação do bispo da cidade para que pudesse erigir oratório público com 120
porta para a rua. Em 1812, deu continuidade às construções, criando o Morgado das Laranjeiras, edificando no terreno a casa senhorial, a senzala, casa para trabalhadores e uma capela (edificada no ano de 1814, mas somente aos 19 de agosto de 1816 foi visitada e benzida pelo Cônego Felipe Benício dos Passos Cardoso, celebrando ali a primeira vez o santo sacrifício da missa). Com a morte de José Gonçalves da Silva, que foi sepultado nessa mesma capela a 22 de novembro de 1821, a propriedade passou a ser administrada por sua filha, D. Maria Luísa do Espírito Santo da Silva Gama, casada com Paulo José da Silva Gema, o Barão de Bagé, passando a Quinta a ser chamada também de “Quinta do Bagé”. Morreu mais tarde, esta Baronesa, tendo também o seu fim, o Morgado, passando a Quinta em herança ao Coronel Teodoro da Silva Gama, que a vendeu em 1876 ao Comendador José Maria Freitas e Vasconcelos. Foram ainda proprietários os sócios Bernardino José Maria e Carlos Ferreira Coelho, tendo o primeiro vendido a parte que lhe tocava a José Barreiros Coelho, filho do seu sócio que, em 1927, com o falecimento do pai, adquiriu a parte que cabia à viúva, tornando-se o senhor de toda a Quinta. No ano de 1938, a Arquidiocese do Maranhão adquiriu o terreno e logo o vendeu aos Irmãos Maristas, que tinham a intensão de edificar o Colégio Marista e para isso, destruíram todas as construções do interior da Quinta, restando apenas o portão e a capela. No ano de 2006, o colégio teve sua sede mudada para o Araçagy, área em expansão da cidade, três anos depois o antigo prédio passou para domínio do Governo do Estado, que anunciou que ali instalaria uma escola. Em 2014, foi instalado no antigo prédio do Colégio Marista o Centro Experimental de Ensino Médio Colégio Marcelino Champagnat, a primeira escola de tempo integral do Maranhão, o portão por sua vez, não é utilizado, sendo a entrada para escola feita pela Rua do Outeiro. Atualmente permanece com o mesmo uso.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1940. Inscrito como patrimônio Nacional do Livro do Tombo das Belas Artes. 2014. Passou por limpeza e pintura por ocasião da CEEM Colégio Marcelino Champagnat. Não foram encontrados outros registros de intervenções, entretanto, durante o período em que esteve na posse do Colégio Marista, passou por
constantes reparos que garantiram sua conservação. Estado de conservação: O portão da Quinta das laranjeiras encontra-se em bom estado de conservação. Recentemente reformado não apresenta grandes danos, apenas princípio de manchas de umidade em seu friso.
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PRAÇA E ESTÁTUA BENEDITO LEITE (86 - 87) forma hexagonal e com cobertura em telhas cerâmicas atualmente sem uso.
Localização: Avenida Pedro II Utilização atual: Passeio público Dados tipológicos: A Praça Benedito Leite, na qual se pode observar como marco central a estátua do estadista maranhense Benedito Pereira Leite, situa-se em plano inferior à Av. Pedro II e Rua da Palma e superior à Rua Joaquim Távora. Apresenta cinco acessos distintos, dois pela Av. Pedro II e dois pela Rua da Palma, sendo dois deles por meio de escadas com degraus em pedras de lioz; o último acesso, de maior desnível, é dado a partir da Rua Joaquim Távora por meio de escadaria de concreto. Cercada por muros baixos e com canteiros assimétricos, apresenta boa e diversificada arborização de grande e médio porte. Seus bancos em concreto, com e sem encosto, apresentam adornos com características animalescas; existem ainda os bancos embutidos nos muros que margeiam a Av. Joaquim Távora, estes, sem adornos. Ao centro da Praça pode-se observar a estátua de Benedito Leite esculpida em bronze e apoiada sobre elevado pedestal de mármore, representando o estadista em pé, de sobrecasaca, com os braços cruzados. Em sua mão esquerda, um rolo de papel com estes dizeres: ‘’Um dia também eu criarei escolas’’- 1870 - aos 13 anos. Na base do pedestal, livro aberto sobre palmas, ambas de bronze, com a inscrição: “Prefiro cortar a mão a assignar a supressão da Escola Normal ou da Modelo - 1908, quando governador”. Nota-se ainda a presença de um coreto em 122
Dados cronológicos: Originalmente chamada de Largo do João do Vale ou Val, nome derivado de abastado português que ali residia, a Praça Benedito Leite faz parte do núcleo urbano ocupado pelos colonizadores franceses em 1614, onde serviria como espaço de circulação de pessoas e meios de transporte e para a vivência social. Em 1829, por ocasião da instalação da Assembleia Provincial nos fundos da Sé, passou a chamar-se Largo da Assembleia. Posteriormente e com a Abolição da Escravatura, foi denominada 13 de Maio. Em tempos longínquos havia nesse terreno casebres que abrigava meretrizes; para desalojá-las, sugeriu-se a criação de um jardim botânico, não surtindo efeito, entretanto, por causa da desavença entre Portugal e França. Portugal, temeroso em ser atacado, ordenou a suspensão de todas as obras que não as de melhoria de fortificações. Passa a chamar-se Praça Benedito Leite apenas em 1906, quando Anísio Palhano de Jesus desenvolve um projeto paisagístico, ganhando o novo nome para homenagear o governador em vigência. Após a morte do político, uma estátua esculpida pelo francês Emílio Décorchement foi erigida em sua homenagem, sendo inaugurada em 1912. Atualmente é uma das praças mais conservadas do centro histórico de São Luis e por possuir clima agradável ocasionado pela sombra de suas frondosas árvores, torna-se local de passeio e estadia de transeuntes, turistas e moradores locais. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1804. Obras de terraplanagem interrompidas. 1820. Ajardinamento. 1848. Primeira arborização. 1854/1857. Arborização e urbanização. 1887. Arborização. 1906. Arborização e urbanização. 1912. Instalação de estátua em bronze de Benedito Leite. 1955. Tombamento do conjunto arquitetônico e paisagístico da praça. 1996. A Associação Comercial no Maranhão autoriza a retirada indevida da pátina da praça, causando estrias e desgaste na estátua e no pedestal. 2005. A praça foi totalmente reformada em parceria entre a prefeitura e o Bradesco. 2006. Retirada de algumas árvores e a retirada dos jardins, restauração dos passeios e bancos, além de
nova iluminação. O antigo coreto também foi recuperado, já que o mesmo servia como loja desde o as primeiras décadas do século XX. 2009. O piso foi melhorado, a iluminação trocada, a estátua Benedito Leite foi restaurada, dentre outras melhorias. 2015. Prevista reforma completa da praça. Estado de conservação: A praça encontra-se em estado regular de conservação e necessita de manutenção. Seu piso, atualmente em granilite, está danificado na extremidade da escadaria de acesso da Avenida Pedro II por conta das raízes dos Ipês que a ladeiam. A pintura do mobiliário urbano encontra-se desgastada e há presença de pichação nos muros de limite, os quais também possuem rachaduras na lateral voltada para a Av. Pedro II, ameaçando desabar. Algumas luminárias em ferro e vidro encontram-se quebradas, com fiação aparente e pintura oxidada, por sua vez, as luminárias responsáveis pela iluminação da estátua Benedito Leite encontram-se completamente danificadas e cobertas por terra e pela vegetação. Há presença de pequenas galerias de acesso para manutenção das instalações da praça que se encontram repletas de lixo.
O coreto encontra-se em bom estado de conservação, apresentando apenas pequenas goteiras oriundas do deslocamento das telhas. As escadas em Lioz apresentam pequenas fissuras e presença de vegetação de pequeno porte nas juntas de suas pedras. Tal como ocasionado com o piso, as raízes dos ipês plantados em suas laterais estão danificando a escada, infiltrando-se por baixo dos degraus ocasionando o desnivelamento da mesma. A escada de acesso pela Rua Joaquim Távora apresenta degraus desgastados, repletos de sujidades e presença de fungos umidade.
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PRAÇA GONÇALVES DIAS (100 - 101) Localização: Rua dos remédios,quadra 227 Utilização atual: Passeio Público
Dados tipológicos: A praça apresenta formato retangular e é composta por três planos diferentes, dada à declividade do terreno dispondo, portanto, de várias escadarias ladeadas por elementos decorativos encimados por jarrões, tudo em concreto. Os canteiros maiores situam-se no centro, no plano intermediário. O piso industrial apresenta paginação na cor preta. Como mobiliário, apresenta bancos em concreto sem encosto, pintados na cor branca. A vegetação constitui-se basicamente de gramíneas e palmeiras. Ao fundo, duas escadarias interrompem o muro balaustrado que se estende em toda extensão da praça, de onde se tem belíssima vista panorâmica da Ponte Gov. José Sarney. O único coreto circular, situado em plano superior, é rodeado por pilastras de suporte da cobertura vazada, no estilo dos demais elementos decorativos. No centro da praça encontra-se um monumento em homenagem ao poeta Gonçalves Dias. Dados cronológicos: Praça Gonçalves Dias, Largos dos Amores ou também chamado Largo dos Remédios, surge em função da igreja de mesmo nome (Igreja de Nossa Senhora dos Remédios), a qual foi responsável pelas primeiras obras de urbanização da área. Quando da sua construção, era conhecida como Ponta do Romeu caracterizando-se por ser um local calmo e muito frequentado por penitentes e romeiros, todavia após servir como esconderijo de um escravo em fuga por ter matado seu senhor, o local passou a ficar praticamente abandonado até 1755, quando foi urbanizada e por apresentar facilidade de acesso e uma vista deslumbrante proporcionou a volta dos fiéis, tornando-se importante espaço urbano de circulação e reunião. No Largo dos Amores efetivaram-se memoráveis festas, realizadas no mês de outubro. Festas que o tornaram famoso, sendo conhecido como um local de início de famosos romances e onde se comentou a vida alheia em demasia. A essa festa vários cronistas da época fizeram referência, mas nenhum fez de modo tão evocador e pitoresco quanto João Lisboa e Aluísio Azevedo em “O mulato” (que não se frustrou à tentativa de descrevê-la). Torna-se praça em 1860, após passar por expressivas reformas custeadas pela província. No final do século XIX, comerciantes locais, visando afastar a 124
fiscalização do porto do Jenipapeiro para desembarcar mercadorias contrabandeadas, criaram mitos de aparições da “manguda”, entidade fantasmagórica que passou a fazer parte do folclore maranhense. Atualmente a praça é bem frequentada por público de várias idades, principalmente no fim da tarde, quando a bela vista do por do sol encanta a todos que a frequentam. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1775. Construção da Rua dos Remédios. 1860. Primeira grande reforma do Largo, dando lhe feição de praça. Nesta ocasião foi terraplanado e circundado por grande muralha, interrompida de espaço em espaço por grades de ferro e contendo assentos revestidos de azulejos. 1873. Inauguração da estátua de Gonçalves Dias. 1906. Construção da balaustrada e dos passeios 1911. Bancos adquiridos pelo intendente Mariano Lisboa passara a compor a feição da praça. 1939. Passa por completa remodelação, sendo desta data: a terraplanagem do terreno em vários níveis, escadarias de acesso, elementos decorativos, coreto, canteiros etc. 1940. Restauração dos canteiros na administração do Pref. Costa Rodrigues. 1943/1945. Recebe novos cuidados. 1955. Tem seu conjunto arquitetônico e paisagístico inscritos como patrimônio nacional no Livro do Tombo das Belas Artes. 1973. Pintura, restauração da pavimentação e replantação na gestão municipal do Dr. Haroldo Tavares. 1994. A praça passa por processo de urbanização e limpeza. 2004. Passa por reforma por meio de um convênio da prefeitura, IPHAN e empresas parceiras. 2013. Parte da mureta de contenção da praça cedeu e caiu sobre a escadaria que dá acesso à Praça Maria Aragão. Obras emergenciais de recuperação foram realizadas neste mesmo ano. Estado de Conservação: Encontra-se em estado regular de conservação, sem grandes danos no piso ou canteiros. A iluminação é adequada e as luminárias estão em bom funcionamento. Os bancos e escadas apresentam partes danificadas, principalmente em suas quinas, por conta de manobras realizadas por skatistas. O muro de proteção balaustrado e o coreto apresentam pintura desgastada com presença de manchas de umidade. 125
PRÉDIO DOS DIÁRIOS ASSOCIADOS (24 - 25) Localização: Rua Formosa, quadra 110, nº 46. Utilização atual: Prédio atualmente desativado, com projeto em andamento para abrigar a secretaria municipal de turismo. Dados tipológicos: Edifício de notável mérito arquitetônico e valor monumental, de construção colonial, desenvolvido em três pavimentos mais mirante com terminação em beiral. Planta em forma de “L”. Este prédio constitui um dos vastos sobradões senhoriais da nossa arquitetura civil. De fachada simétrica, tendo como eixo imaginário as três portadas correspondentes a cada pavimento. Estas apresentam belíssimos frontões e molduras em cantaria lavrada. Interessante observar o andar nobre, com portada mais trabalhada, onde os balcões sacados são guarnecidos por gradil de ferro forjado e trabalhado, sobressaindo-se o central projetado em linhas curvas e sustentado por elegantes mísulas. As inúmeras portas, correspondentes ainda a este pavimento, são em arcos abatidos e as bandeiras decoradas com os respectivos vãos emoldurados em cantaria. Abaixo das sacadas dois pares de óculos estão colocados simetricamente em relação à porta principal. O terceiro pavimento apresenta balcões sacados, corridos, somente no corpo central da fachada, seguido por beiral nas laterais. Entre o térreo e o segundo andar existe um meio pé direito (onde se alojam os parentes da família) sendo uma repetição da planta. Possui em alguns trechos o sistema construtivo pombalino ou de gaiola, método usado para resistir a terremotos em Portugal e foi trazido para São Luís, por agilizar a construção. Dados cronológicos: Conhecido como Palacete da Rua Formosa, o prédio teria sido construído em meados no ano de 1829, pelo comendador José Leite, pai do Senador Benedito Leite, o qual era chefe da política estadual, para servir de residência a ele e sua família. Vale ressaltar o contexto em que foi construído, quando o Maranhão desfrutava de uma das suas melhores fases econômicas com uma das lavouras mais florescentes do Império. Passou por diversos usos, entre eles: “Joalheira de Maurício Swaab”, “Colégio Nossa Senhora da Soledade” para moças, “Companhia de Iluminação a Gás”, “Hotel Central”, “Club Familiar”, cassino, escritório de Advocacia, loja de fazendas, tabelionato e até mesmo o Tribunal de Justiça do Maranhão. 126
Em 1944, foi adquirido por Assis Chateaubriand, passando a funcionar os “Diários Associados”, fundado por ele em 1924 com o objetivo de integrar o Brasil e levar o desenvolvimento a todas as regiões do país. Em 1967, o jornal “O Imparcial” foi instalado no prédio, nele permanecendo até 1993, quando mudou sua sede para o São Francisco. Assim, o edifício foi vendido para a Prefeitura Municipal de São Luís, que mantém o edifício fechado desde então. Reza a lenda, contada por ex-funcionários do jornal “O Imparcial”, que diversas vezes, ao deslocarem-se para a parte dos fundos do prédio, estes foram surpreendidos por um negro com a boca repleta de fogo que os perseguia até que, assustados, deixassem o prédio. Atualmente está em desenvolvimento o projeto que contempla, por ocasião do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) das cidades históricas, a restauração e adaptação do prédio para que passe a sediar a secretaria de turismo municipal. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1829/1849. Propriedade pertencente a Antônio Gonçalves Machado, que residia nos pavimentos superiores, e no térreo funcionava a firma comercial Pereira Malheiros e Cia. 1850/1869. Propriedade pertencente ao Tenente Coronel Raimundo Brito Soares, que residia nos pavimentos superiores até 1954, com o térreo ocupado com a firma comercial Pereira Malheiros e Cia. Após este ano, o prédio tornou-se totalmente comercial, abrigando nos consecutivos anos, o Colégio Nossa Senhora da Soledade e o Hotel Central - Senhores Almeida e Porto (em diferentes datas). 1870/1904. Propriedade pertencente a seu dono de origem, o comendador Leite, passa a ser completamente habitada por ele no período de um ano. A partir de então, passou a abrigar a Companhia de Gás no pavimento térreo e a variar o uso dos demais pavimentos ao longo dos anos entre habitação, clube familiar ou ficar vago. 1905/1940. Por ocasião da morte do comendador, o imóvel passa para a sua esposa e filhos. Continua a abrigar até 1933, no térreo, a Companhia de Gás, e nos demais pavimentos seu uso varia, abrigando o Clube Euterpe, o Tribunal de Justiça, o Colégio Rosa Cruz e o Colégio Ateneu Teixeira. 1940. Passa a pertencer a Clodomir Pinheiro e a abrigar o Diário Associados no pavimento térreo e um Cassino nos andares superiores. 1944/1966. Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo compra o prédio e o transforma completamente na sede dos Diários Associados.
1962. Teve seu pedido de tombamento indeferido. 1967. Passa a ser a sede do Jornal “O Imparcial”. 1988. O imóvel é vendido para a Prefeitura de São Luis. 1995. O imóvel fica sem uso. 1999 a 2009. O solar continua se deteriorando apesar de ter passado por quatro intervenções: a primeira com o objetivo de escorar o mirante que apresentava risco de desabamentos; a segunda de estabilização e consolidação parcial do telhado do corpo principal e secundário, que resultou em alterações de forma e disposição de sua coberta; a terceira que ao invés de estabilizar e consolidar a estrutura a construtora abandonou a obra e o IPHAN teve que rescindir contrato e quarta e última realizada pela Prefeitura Municipal para escorar a coberta da varanda e do corpo secundário. 2003. Realizada obra emergencial de recuperação cobertura. 2004. Realizada obra emergencial para: recuperação da parede de taipa, instalação de esquadrias no segundo pavimento, recuperação de barrotes na junção com as paredes utilizando reforço metálico, tratamento e pintura das paredes. 2006/2008. A Prefeitura Municipal de São Luís, através da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico - FUMPH e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) realizaram licitação para contratação de serviços de estabilização e consolidação do palacete, correspondentes à elaboração do projeto estrutural, revisão do levantamento arquitetônico e fotográfico para posterior intervenção de estabilização e conservação do solar. 2009. Restauração e Adaptação do Solar para abrigar a sede da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico e a Casa do Patrimônio do Centro Histórico 2010. Restauração estrutural do prédio. 2014. Realizado levantamento cadastral do prédio. 2015. Por ocasião do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das cidades históricas, está sendo desenvolvido projeto de restauro e adaptação do prédio para que este abrigue a Secretaria Municipal de Turismo de São Luis. Estado de conservação: O imóvel encontra-se em bom estado de conservação. A fachada principal apresenta trechos com reboco aparente, manchas de umidade e desenvolvimento de fungos. Suas fachadas laterais apresentam reboco aparente, estando assim mais expostas às intempéries e apresentando fungos e umidade em quase toda a superfície. 127
Pode-se observar no cunhal (em lioz), no beiral e no embasamento do prédio, a presença de vegetação de pequeno porte em local indevido. Existem manchas de infiltração e umidade na cimalha e sob o beiral. As esquadrias frontais dos pavimentos superiores estão todas danificadas, com ausência de vidro nas bandeiras e folhas das portas e janelas. As da lateral, em madeira, não apresentam pintura nem vidro apresentando mau estado de conservação. As partes feitas em pedra de lioz (tal como frontão, detalhes arquitetônicos, molduras das portas e cunhal) encontram-se em bom estado de conservação, apresentando manchas de umidade apenas nas sacadas e lateral do cunhal. Os gradis das sacadas e óculos apresentam oxidação e peças faltantes.
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QUARTEL DA POLÍCIA MILITAR (80 - 81)
Localização: Rua da Estrela, quadra 156. Utilização atual: Fundação da Memória Republicana Brasileira. Dados tipológicos: Com fachada completamente diferente ao período em que foi quartel da polícia militar, desenvolve-se em dois pavimentos terminados em cimalha e beira seveira simples. Possui apenas um porta de acesso ladeada por grande quantidade de janelas tipo guilhotina (o prédio não é simétrico, contendo maior quantidade de esquadrias no lado esquerdo); o mesmo padrão repete-se no primeiro pavimento, contando com balcão sacado guarnecido por gradil em ferro para a porta. Todos os seus vãos possuem vergas em arco abatido e ao longo de todo o prédio existem pilastras sem ornatos. Dados cronológicos: Os padres frei Marcos de Natividade e João Cerveira, foram nomeados pelo comissário do Convento de N. Senhora das Mercês do Pará, Frei Bartholomeu de Mattos e Castro, para realizarem o projeto que há muito havia, da fundação de um Convento da Sagrada, Real e Militar Ordem de Nossa Senhora das Mercês, nesta capital. Saíram do Pará no dia 1º de maio de 1654 e requereram licença ao Senado da Câmara, para tal fim, o 130
que obtiveram no dia 28 do mesmo mês e ano. Unindo forças com os Frades Manuel de Assunção e Antônio Nolasco e com o leigo João das Mercês, também vindos do Pará, construíram a Igreja e Convento das Mercês, em taipa e coberta com palha. No ano seguinte, em terreno adicional, reedificaram as instalações em pedra e cal, construindo a capela-mor. Seguiu-se um longo período de obscuridade para a história desse Convento, do qual apenas sabemos que os seus fundadores puderam levar a cabo as grandes obras, que empreenderam. Esta Ordem era muito dedicada às missões do evangelho por entre as tribos bravias de índios, que eles prestaram neste gênero muito mais serviço que os jesuítas, que queriam os índios para se enriquecerem. Entre os seus filhos, que nesse importantíssimo serviço a Deus se distinguiram, muitos merecem especial menção, porém Frei Raimundo e Frei João Cerveira, foram os primeiros cidadãos, que professaram nessa Ordem, e por muitos anos andaram em missões por malocas de índios. Nesse Convento havia uma grande livraria, tinha aulas gratuitas de primeiras letras, ministradas por frades ilustrados e talentosos. As festas de Natal, de Páscoa e de N. Senhora das Mercês eram feitas com grande pompa e solenidade. A igreja revestia-se de galas, ao púlpito subiam oradores notáveis, e dos arredores dessa cidade concorriam muitas pessoas para presenciá-las. Enquanto os frades festejavam assim os santos da sua Ordem, os seus escravos, vindos anualmente nessas épocas das fazendas, entregavam-se a folguedos e a divertimentos inocentes na cerca do mesmo convento. Com a independência do Brasil, em 1822 iniciou-se o processo de decadência do prédio que resultou em seu abandono, assim, em 27 de janeiro de 1892, a Ordem de N. Senhora das Mercês, representada pelo Frei Manuel Rufino de Sant’Ana e Freitas, vende à Diocese, que estava representada pelo reverendíssimo Bispo D. Antônio Cândido Alvarenga tanto o Convento, quanto a Igreja que estavam em ruínas e foram quase totalmente reedificadas à custa da mencionada Diocese e passaram a sediar o Seminário Menor. No ano de 1905, o prédio foi vendido ao Governo do Estado do Maranhão, que o reformou e fez alterações em sua arquitetura para que sediasse o quartel da polícia militar e do corpo de bombeiros (que ali permaneceram até 1980), invertendo inclusive as frentes do convento e da Igreja, antes
voltados para o mar. O responsável por tal intervenção foi o Tenente Coronel Zenóbio da Costa. O imóvel passou novamente por reformas em 1987, nesta, foram retirados os anexos que o descaracterizavam, descobertos os arcos originais, o poço utilizado pelos mercedários e os alicerces da igreja demolida. Em 1990, surge a “Fundação José Sarney”, criada por José Sarney para expor acervo do período em que foi presidente da República, com poucos meses de existência instalou-se no prédio, e 1993, legalizou-se a doação do prédio para a instituição. Dado o conteúdo do museu, a fundação foi alvo de críticas à “auto-exaltação de Sarney” e de diversas acusações de desvio de dinheiro. No ano de 2000, mudou-se o nome da instituição para “Fundação da Memória Republicana” e, quatro anos mais tarde, o Ministério Público Federal do Maranhão entrou com recursos alegando a ilegalidade da doação do patrimônio público. O caso teve desfecho em 2009, quando o prédio foi devolvido ao patrimônio estadual. Ainda neste ano foi anunciado o fechamento da instituição por conta de dificuldades financeiras enfrentadas por seu proprietário; porém, em 2011 a “Folha de S. Paulo”
verificou que a Fundação não só continuava com as portas abertas, como havia recebido um reajuste pelo aluguel da área ocupada pela Secretaria Estadual de Educação. Hoje, com 5.800 m² de área construída, o Convento das Mercês é detentor de um rico acervo museológico e bibliográfico, fica aberto à visitação pública e foi considerado um dos Sete Tesouros de São Luís. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1905. O prédio foi vendido ao Governo do Estado do Maranhão e reformando para que sediasse o quartel da polícia militar e do corpo de bombeiros 1974. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), sob Decreto nº 25 de 1937. 1987/1990. Realizada grande reforma no imóvel no governo de Epitácio Cafeteira, nesta, foram retirados os anexos que o descaracterizavam, descobertos os arcos originais, o poço utilizado pelos mercedários e os alicerces da igreja demolida. 2000. O imóvel passou por serviço de conservação e reparos, e foi solicitado alvará para liberação de escavação para implantação de casa de máquina 131
(ar condicionado e central elétrica) e eletrodutos para água gelada. 2013. Inaugurado após completa restauração. 2015. O Convento recebeu um laudo do corpo de bombeiros relatando haver risco de incêndio e desabamento de partes do imóvel. Atualmente encontra-se em reforma para recuperação estrutural, drenagem e manutenção. Estado de conservação: O imóvel apresenta bom estado de conservação, e não apresenta danos em sua fachada. Em janeiro deste ano foi divulgado laudo do corpo de bombeiros que indicava risco de incêndio e desabamento de trechos do prédio, porém, as medidas corretivas já foram adotadas.
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SANTA CASA DE MISERCÓRDIA (78 - 79)
em ferro trabalhado. A fachada secundária, voltada para a Rua do Passeio, possui características tão diferentes e sem ornatos que nem parece integrar o mesmo imóvel. Desenvolve-se em quatro pavimentos, com mesmo revestimento em azulejos industrializados e termina em beiral de bica simples. No térreo, apenas aberturas com verga reta e fechamento por basculantes ou elementos vazados e ao centro, grande abertura de acesso ao estacionamento, coberta por marquise em arcos de concreto; os demais pavimentos possuem vãos em arco pleno com alternância de dimensões. Também possui pilastras, porém, estas são simples e sem ornatos.
Localização: Rua do Norte. Utilização atual: Hospital. Dados tipológicos: A Santa Casa de Misericórdia possui duas fachadas com características distintas. A principal, voltada para a Rua do Norte é sóbria, revestida de azulejos industrializados e compõe-se de dois pavimentos finalizados em platibanda com dentículos e abaixo dela, barra com ornatos geométricos intercalados com azulejos seguidos de friso. Possui pilastras e cunhais com capitel coríntio interligados por frisos com diferentes padrões em três alturas, um ao centro da primeira linha de esquadrias, o outro alinhado ao frontão da porta principal e o último na altura das bandeiras do primeiro pavimento. Suas bases e a barra do prédio são em pedra de lioz. A porta principal, em arco-pleno, é emoldurada em cantaria (hoje pintada de branco) e com chave de arco em forma de folha de acanto; é a única que possui bandeira em ferro, cujo desenho segue o mesmo padrão dos balcões. Os dois pares de colunas apilastradas compósitas que ladeiam esta porta, suportam acima do entablamento, frontão triangular com a inscrição “HOSPITAL” ao centro. No térreo, tem vergas em arco abatido decoradas por frontão triangular, com exceção das esquadrias da ala direta do prédio, que apresentam dimensões menores, vergas retas e fechamento por elementos vazados. Já no segundo pavimento são simples, com destaque apenas para a central – com frontão triangular e arremates em linhas curvas – e para as portas-janelas que a ladeiam – com balcão sacado com guarda-corpo 134
Dados cronológicos: Padre Antônio Vieira, após passar a maior parte do ano de 1653 em São Luís, tomou por iniciativa a edificação de um hospital, e a esse intento despertou o zelo da Irmandade da Misericórdia, que procurou arrecadar muitas esmolas com o fim de construir esse edifício. Criado este hospital, resolve a Irmandade da Misericórdia, na sessão de 16 de maio de 1806, construir à sua custa um edifício próprio para o tratamento dos doentes pobres desta cidade. O terreno para esse fim escolhido pertencia a D. Rosa Helena Barbosa de Albuquerque, viúva do cirurgião-mor Manoel de Matos Sagunto, que fez doação do imóvel à Santa Casa. No ano de 1811, passaram os doentes do Hospital Militar para a dita Casa do Despacho, que corria em frente da Igreja para o largo. A primeira igreja e Santa Casa de Misericórdia ficava no Largo do Palácio, mas por acórdão da mesa, resolveu a Irmandade abandoná-la. Em 4 de setembro de 1814 a mesa ordenou que fosse rebocado todo o edifício contíguo à igreja de São Pantaleão, fazendo o que fosse necessário a fim de acomodar os doentes pobres. Esta obra de tanta importância se deve ao zelo e atividade, patriotismo e amor da humanidade do Provedor da mesma Santa Casa de Misericórdia, o Comendador, Desembargador do Paço, Chanceler e Criador da Relação, Antônio Rodrigues Veloso de Oliveira, que não se poupando a despesas, e pedindo a uns, animando a outros, fiscalizando sem vexame e nem opressão os limitados bens, que os primeiros benfeitores haviam cedido para princípio de um tão grande e necessário estabelecimento, que se achavam como esquecidos em mãos alheias, concluiu em menos de três anos, o que não pôde ser feito em quase dois séculos, 135
um templo majestoso e adornado dos paramentos próprios, e no qual efetivamente se conserva o Santíssimo Sacramento em rico tabernáculo, e um hospital para receber pelo menos cem enfermos. Neste estabelecimento, funcionou a Roda dos Expostos, e, em 1821, foi instalada a Tipografia Nacional Maranhense, nosso primeiro estabelecimento gráfico. Em 2015, os servidores da Santa Casa entraram em greve para reivindicar melhores condições de trabalho. Atualmente, ainda que não ofereça condições adequadas, desempenha função de hospital público com serviço ambulatorial e de internação em várias especialidades médicas. Linha do tempo e intervenções realizadas: 2013. A Santa Casa passava por momentos de dificuldades, tendo em vista diversos problemas, entre os quais uma dívida acumulada no valor de R$ 11 milhões. 2015. Apresenta instalações sucateadas, atendimento precário em vários setores e péssimas condições físicas e higiênicas de funcionamento, colocando em risco a saúde de enfermos e até de pessoas saudáveis. Estado de conservação: A Santa Casa de Misericórdia apresenta estado ruim de conservação. Na fachada da Rua do Norte, há muitas manchas de umidade, desenvolvimento de fungos e sujidades. Na platibanda, alguns trechos com vegetação de pequeno porte em locais indevidos. A presença de condensadoras instaladas ao centro das esquadrias danifica e prejudica a estética do prédio. A fachada voltada para a Rua do Passeio encontra-se em piores condições; apresenta manchas de umidade oriundas da instalação de condensadoras nas janelas, pintura em mau estado, trechos com reboco aparente, desplacamento de azulejos, esquadrias quebradas, pichações e muitas sujidades. Na base do prédio existe ainda umidade ascendente e vegetação de pequeno porte em locais inadequados.
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SÍTIO DO FÍSICO (108 - 109)
Localização: Parque Estadual do Bacanga. Utilização atual: Ecomuseu. Dados tipológicos: Em construção de pedra, cal e óleo de baleia, séc. XVIII, vamos encontrar o Sítio do Físico, complexo industrial totalmente em ruínas, deixando à vista testemunho vivo do que foi para a época. Conforme se depreende das ruínas atuais, construções avultadas, de 8 metros de altura e 1,50m de espessura. Entre outras divisões curtume, indústrias de arroz e pólvora, prisões de escravos (formato triangular), gigantescos fornos, poços, casa-grande alpendrada, tudo calçado de cantaria e cerâmica. Foram encontrados 17 padrões de azulejos, escadaria com 38 degraus, além de rede de esgotos para águas pluviais e resíduos de curtume. 138
Dados cronológicos: A lavoura no Maranhão teve seus princípios e apogeu no Séc. XVIII, o que se comprova, entre outras fontes, através de César Marques, no seu Dicionário e Raimundo de Souza Gayoso, no seu Compêndio. Como frutos desta prosperidade econômica, surgem diversas propriedades, dentre elas o “Sítio Santo Antônio da Alegria” ou “Sítio do Físico”, assim denominado em homenagem a Antônio José da Silva Pereira, físico-mor da Província do Maranhão, encontra-se em um terreno de 1600m² e foi o maior complexo industrial do estado e primeiro parque industrial planificado do Brasil. Pereira da Silva, chegando em 1798 ao Maranhão para prestar serviços, logo iniciou a construção de um complexo industrial, que funcionara durante alguns anos, composto das indústrias de: cerâmicas, beneficiamento de arroz, sal, couro curtido, pólvora, cera e vela. Sua construção, datada de 1808, contou com a força de aproximadamente 600 escravos. Foi uma potência industrial para a época. Compunha-se de casa-grande, senzala, casas pequenas, praça, igreja e prisões de cavalos. Além de sua beleza dimensional, existe o enigma de vida e morte do seu edificador. Assim o define César Marques: “Homem ativo, laborioso, empreendedor”. Disto não restam dúvidas, seus esforços são comprováveis. Médico, engenheiro civil, foi realmente um forte batalhador pelo bem-estar da economia maranhense. Quanto ao mistério referente a sua pessoa, consta que, embora tendo participado na luta durante a epidemia da peste bubônica, jamais viu reconhecido seu verdadeiro valor como médico, o que talvez comprove ser partidarista de Napoleão, fato responsável por sua decadência e morte. Preso Napoleão, encontra-se correspondências (na corte) que compromete nosso físico-mor. Tem sua comodidade devassada, ficando submetido a severa vigilância. Com moral aniquilada, restando-lhe apenas tristezas e frustrações, teria recorrido ao suicídio. Após a morte de Pereira da Silva, em 1847, o novo proprietário, João Antônio da Costa Rodrigues, instalou no terreno uma fábrica de fogos de artifício e forno para fabricação de cal. Pertenceu à família Costa Rodrigues até 1876, desta data em diante teve diversos proprietários e foi desmembrado em duas partes; até que, em 1973, a Prefeitura Municipal de São Luis comprou a área em que estão localizadas as ruínas do curtume. Pesquisas realizadas ao longo dos anos tem comprovado ainda mais a sua importância; em 1976, um
relatório de pesquisa histórica e arqueológica identificou 17 padrões de azulejos do período pombalino, uma escadaria com 38 degraus, além de rede de coleta das águas pluviais e dos resíduos de curtume; trinta anos depois, outra pesquisa identificou restos de conchas e alimentos acumulados (sambaquis) no local da antiga reserva de cal, comprovando a presença de indígenas na região há pelo menos cinco mil anos. No ano de 2006, cria-se o Instituto Ecomuseu Sítio do Físico, com o fim de desenvolver a pesquisa científica, promover a educação e preservação patrimonial histórica, incentivar a proteção ao meio ambiente, o desenvolvimento sustentável e a cultura em geral. Atualmente o Ecomuseu encontra-se em funcionamento e aberto à visitação. Infelizmente, a quantidade de pessoas que buscam o “Sítio do Físico” é pequena perto do merecido dada sua grande bagagem histórica. Dentre os fatores que ocasionam a quase ausência de visitantes pode-se citar: a falta de divulgação, as péssimas condições do caminho até ele, todo em areia, a ausência de sinalização indicando sua localização e o alto índice de violência do bairro onde está localizado.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1847. Instalou-se no terreno uma fábrica de fogos de artifício e forno para fabricação de cal. 1976. Realizado o Relatório de Pesquisa Arqueológico-Histórica e História sobre o Sítio Santo Antônio da Alegria (Sítio do Físico). 1981. Inscrito nos livros do Tombo Histórico e Artístico, Etnográfico e Paisagístico. 1987. Realizadas obras de recuperação por ocasião do Projeto Praia Grande com objetivo de transformá-lo em área de lazer. 1993. Restauração da escadaria de acesso à caeira e poço central. Obras realizadas pelo Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural (IBPC). 1994. Realizados serviços de limpeza e recomposição do Sítio do Físico – Mor. 1995. Realizadas escavações, aterro e reaterro com o material escavado; construção e costura de lesões em paredes; construção de contra-piso e piso de pedra; retirada de vegetação e composição de talude com plantio de grama e modificações nas instalações hidráulicas. 1996. Realizado levantamento topográfico e planialtimétrico, sondagem e absorção do Sítio do Físico. 139
1997. Projeto de drenagem e sondagem. 1998. Obras de manutenção e conservação. 2003. Realizadas obras emergenciais nas ruínas do complexo industrial. 2004. Realizadas obras de estabilização da muralha e terraço das ruínas. 2006. Cria-se o Instituto Ecomuseu Sítio do Físico. Estado de conservação: O “Sítio do Físico” encontra-se em bom estado de conservação. Suas ruínas estão estabilizadas e não apresentam danos estruturais, porém em seu entorno, a vegetação de pequeno e médio porte apropria-se da área e, em alguns pontos apoia-se sobre as muralhas, ameaçando danificá-las.
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SOBRADÃO DA PRAIA GRANDE (50 - 51)
Capacitação Técnica - Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (CCT – IEMA). Linha do tempo e intervenções realizadas: 1978. Reformado pelo Programa Integrado de Reconstrução de Cidades Históricas do Nordeste, através de convênio entre o Departamento de Patrimônio Histórico e Fundação Cultural do Maranhão. Durante a reforma houveram as seguintes intervenções: substituição do telhado, colocação de lajes em todos os pavimentos; substituição do piso térreo, em pedras de cantaria, por lajotas de cerâmica; completo serviço de instalações de água, luz, telefone e musissom; novos elementos de serralheria e esquadrias; pintura; escadaria de madeira, em lugar de antigo elevador; e colocação de forro de gesso e piso encarpetado. 1980. Inscrito no livro do tombo pelo Governo Estadual. Decreto nº 7.661. Inscrição nº 010.
Localização: Rua do Trapiche, quadra 53. Utilização atual: Centro de Capacitação Técnica Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (CCT – IEMA). Dados tipológicos: Monumental solar colonial, de fachada simétrica, recoberta de azulejos portugueses, composta de quatro pavimentos terminados em beiral com dupla bica. Seus vãos, em arco abatido, são emoldurados em cantaria, sendo que a porta principal, mais alta, tem na chave de arco a inscrição: MCS 1829. A nível do primeiro e segundo pavimentos portas-janelas com balcões sacados com piso de cantaria e gradil de ferro, enquanto no terceiro pavimento apenas o vão central apresenta balcão. Os outros são janelas com vidraças tipo guilhotina. Os demais, protegidos por envidraçados clássicos de duas folhas. No térreo, todas as aberturas, com exceção da porta principal, são encimadas por óculos. Calçada de cantaria. O último pavimento se assemelha a grande mirante, porque embora formando com os demais um só corpo de fachada, não atinge toda a planta.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1978. Reformado pelo Programa Integrado de Reconstrução de Cidades Históricas do Nordeste, através de convênio entre o Departamento de Patrimônio Histórico e Fundação Cultural do Maranhão. Durante a reforma houveram as seguintes intervenções: substituição do telhado, colocação de lajes em todos os pavimentos; substituição do piso térreo, em pedras de cantaria, por lajotas de cerâmica; completo serviço de instalações de água, luz, telefone e musissom; novos elementos de serralheria e esquadrias; pintura; escadaria de madeira, em lugar de antigo elevador; e colocação de forro de gesso e piso encarpetado. 1980. Inscrito no livro do tombo pelo Governo Estadual. Decreto nº 7.661. Inscrição nº 010. Estado de conservação: O prédio está em bom estado de conservação. Esquadrias, azulejos e elementos em lioz encontram-se bem conservados. Nas áreas revestidas com pintura, tal como a cimalha, existem pequenos trechos com mancha de umidade e no térreo, há presença de sujidades.
Dados cronológicos: Atualmente funciona no imóvel o Centro de 142
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SOBRADO DA RUA FORMOSA (58 -59)
aparece apenas acima do segundo pavimento, este com dupla bica e cimalha. Dados cronológicos: Não existem informações precisas sobre a data de sua construção, que provavelmente teria ocorrido no século XIX. Este exemplar de elevado valor arquitetônico ficou conhecido por ter sido a residência de um dos mais prestigiados jornalista e historiador do Maranhão, João Francisco Lisboa, chamado de “príncipe dos historiadores” por Silvio Romero, e que ocupa a 18 cadeira da Academia Brasileira de Letras. No ano de 1923, funcionou em seu primeiro pavimento a Mercearia Motta e em 1970 a Mundial Confecções, até que, no ano de 1984, o arquiteto Edson Álvares dos Prazeres Sousa ficou responsável pelo projeto de transformação do sobrado na Pousada Colonial. Ainda hoje, 31 anos depois da sua inauguração, a Pousada Colonial continua em pleno funcionamento e conta com 27 suítes.
Localização: Rua Afonso Pena, quadra 111. Utilização atual: Pousada Colonial. Dados tipológicos: Edifício de elevado valor monumental e mérito arquitetônico, composto de dois pavimentos. Um solar, como os demais, em formato e volumetria, porém de belíssima fachada colonial simétrica, revestida de azulejos policromados em alto relevo, que se estendem até o mirante. Estes datam da segunda metade do séc. XIX e são provenientes das fábricas Devezas ou Masarelos, ambas localizadas em Portugal. Os vãos de vergas retas sem bandeiras, são emoldurados em cantaria trabalhada, a nível de pavimento nobre, portas-janelas com balcões sacados, boleados, com proteção padrão: gradeado de ferro e piso de cantaria. O mirante patrocina o único retoque de beleza a esta atraente fachada. Possui porta central no estilo das demais, com balcão sacado e frontão clássico triangular não azulejado, ocultando o beiral que 144
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1979. Não existem documentos comprovantes, contudo, são notáveis as descaracterizações, especialmente no térreo, onde o forro é de gesso e o piso ladrilhado sobre o original formado por grandes pedras de cantaria. No pavimento superior, mais precisamente no corredor e cômodos adjacentes, presença de laje de concreto, aberturas de vãos, elementos vazados, piso encimentado, azulejos industriais, marmorite etc. Pela qualidade dos materiais deduz-se serem recentes estas intervenções. 1984. Restaurada e adaptada para tornar-se sede da Pousada Colonial. 2002. Realizada a restauração dos azulejos da fachada. 2004. Realizada solicitação de placa de identificação para o prédio. Estado de conservação: O imóvel em questão encontra-se em bom estado de conservação. Apresenta o desplacamento de sete peças de azulejos da fachada e em alguns pontos na extremidade esquerda do segundo pavimento nota-se a presença de vegetação de pequeno porte em locais indevidos, bem como no beiral. Na pintura do mirante existe pequeno trecho com eflorescências.
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SOBRADO ONDE VIVEU GRAÇA ARANHA (38 - 39)
e aparelhos sanitários além da limpeza ao fim da Localização: Av. Pedro II, quadra 04. Utilização atual: Sede do Serviço Brasileiro de obra. Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Estado de conservação: O prédio encontra-se em estado regular de conDados tipológicos: Prédio composto por dois pavimentos mais miran- servação. Suas esquadrias do primeiro pavimente terminados em cimalha e beiral com dupla bica. to apresentam vidros faltantes ou quebrados. Ao A fachada principal, com composição simétrica, longo de toda a base do prédio observa-se umipossui vãos em arco abatido, bandeira em ferro e dade ascendente. A pintura apresenta pontos com moldura em lioz no térreo e argamassada dos de- reboco aparente e sujidades. mais pavimentos. Destaca-se a porta principal, com fechamento e bandeira em gradil de ferro com as iniciais de Cândido Ribeiro. A seu lado, se encontra placa em mármore com a inscrição: “NESTA CASA VIVEU GRAÇA ARANHA NOS ANOS DE 1870 A 1884 – HOMENAGEM DO GOVÊRNO DO ESTADO DO MARANHÃO – S. LUIS 21-6-1968”. No primeiro pavimento, as esquadrias ganham bandeiras envidraçadas com desenhos e balcões sacados em pedra de lioz com guarda corpo em ferro. A base de seus cunhais é em pedra de lioz. À fachada lateral no estilo da principal, acrescenta-se o mirante localizado no extremo e acima do beiral com balcão corrido para duas porta-janelas. Dados cronológicos: Não é conhecida a data da construção deste prédio, sabendo-se apenas que seus traços característicos são do século XIX. Neste sobrado funcionaram os escritórios de Cotonifício Cândido Ribeiro, dono das Fábricas Santa Amélia e São Luis. Ali residiu também, de 1870 a 1884, o ilustre escritor maranhense Graça Aranha, filho de Temístocles da Silva Maciel Aranha, importante redator e tipógrafo do jornal “O País”, que instalou no imóvel seus meios de trabalho e nele passou a seu filho os seus ensinamentos do oficio. No ano de 1979, o prédio foi sede do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) e da Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS). Hoje nele encontra-se a sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Linha do tempo e intervenções realizadas: 2003. Reforma e adaptação do prédio para comportar o SEBRAE/MA, contou com demolições e remoções de: paredes de alvenaria, piso do pav. térreo, grades metálicas das portas e escada helicoidal. Foram feitas intervenções também nas lajes, alvenarias e divisórias (que foram levantadas), na cobertura, esquadrias, revestimentos, forro, pintura e instalações: elétrica, telefônica, rede lógica, hidráulica, de combate a incêndio, sanitário, louças 146
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SOBRADO PONTES VISGUEIRO (26 - 27)
delírio passional, a resolução de assassinar sua infeliz amante. Depois de morta, Mariquinhas foi esquartejada e colocada numa mala de zinco, tendo como soldador Amâncio José da Paixão, pai do nosso Catulo da Paixão Cearense. O caso tornou-se famoso e seu julgamento foi realizado em maio de 1874, e o reconhecimento do transtorno mental do réu, ao cometer o crime, salvou-lhe a vida, pois, ao invés de ser condenado à morte, teve como pena a prisão perpétua. A partir de 1890 o imóvel teve diversos donos, inicialmente pertenceu a Maria das Dores Soares Valle, em 1935 foi adquirido pelo Dr. Palmério César Maciel de Campos, 15 anos depois, este renuncia a seus direitos em favor dos herdeiros e em 1960, o prédio é vendido à Caixa Econômica Federal. Atualmente o imóvel encontra-se fechado e sem uso. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1960. O prédio foi adquirido pela Caixa Econômica Federal.
Estado de conservação: O prédio encontra-se em estado regular de conservação. Seus azulejos e esquadrias estão desgastados. As fachadas laterais são as mais danificadas, por apresentarem reboco aparente, encontram-se expostas às intempéries, apresentando em quase toda sua superfície, manchas de umidade e fungos. Na base, apresenta pintura em mal estado de conLocalização: Rua de São João, quadra 15. servação, umidade ascendente e presença de vegeUtilização atual: Sem uso. tação de pequeno porte em locais indevidos. Dados tipológicos: Há presença de vegetação de pequeno porte no Sobrado com dois pavimentos finalizado por telhado e, na cimalha que o precede, manchas de cimalha e beiral com dupla bica. No térreo, quatro umidade e fungos. portas com arco abatido sem bandeira, no primeiro pavimento, a mesma quantidade de esquadrias, porém com bandeira e abertura para balcões sacados em pedra de lioz e guarnecidos por guarda-corpo em ferro trabalhado. Possuí pequeno letreiro em aço com a inscrição: “CAIXA ECONÔMICA FEDERAL”, no pavimento térreo e placa com a imagem de um cachorro e inscrição “FIDELIDADE 1835”, referente à portuguesa Companhia de Seguros Fidelidade. Dados cronológicos: Nenhuma informação foi encontrada a respeito da origem deste sobrado nem de seus respectivos donos. Sabe-se, porém, que é uma construção do Séc. XIX. Neste sobrado residiu o Desembargador Pontes Visgueiro, que sentindo uma paixão desenfreada pela graciosa e leviana mulata Mariquinhas, tomou, em 148
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SOLAR CESÁRIO VERAS (14 - 15) Localização: Rua do Egito, quadra 07. Utilização atual: Unidade de Monitoramento e Acompanhamento do Sistema Carcerário, da Diretoria de Informática e da Diretoria de Segurança Institucional do poder Judiciário.
2015. Sede da Unidade de Monitoramento e Acompanhamento do Sistema Carcerário, a Diretoria de Informática e a Diretoria de Segurança Institucional do poder Judiciário.
Estado de conservação: O prédio encontra-se em bom estado de conserDados tipológicos: Sobrado composto por dois pavimentos, porão e vação, possuindo apenas pequenos trechos com mirante; possui fachada simétrica com esquadrias reboco aparente e umidade ascendente em sua apresentando vãos em verga reta, exceto a porta base na fachada principal. principal, que tem o vão em arco pleno com bandeira de ferro bem trabalhada. Acima das portas secundárias do pavimento térreo, óculos com moldura de lioz e fechamento em ferro. A nível do segundo andar, janelas com balcões sacados protegidos por grades de ferro, sendo o central traçado em linhas curvas, apoiadas sobre mísulas, destacando-se dos demais. Com exceção da esquadria do mirante, todas as molduras e bacias são de pedra de lioz. Na extremidade direita possui cunhal apilastrado até o nível do andar superior. O telhado é terminado em beira seveira simples e com cachorros aparentes nas fachadas laterais do mirante. Dados cronológicos: Construído no século XIX, este imponente sobrado, situado em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, pertenceu ao Desembargador José Mariano Corrêa de Azevedo Coutinho e mais tarde ao Dr. Cesário dos Santos Veras. No dia 17 de novembro de 1824, foi neste casarão que a sociedade maranhense homenageou com um banquete o almirante inglês, Lord Cochrane, que um ano antes viera ao Maranhão para ultimar a adesão da província (28 de julho de 1823) à Independência. Em 1979, era sede do Escritório Técnico de Assistência aos Municípios (ETAM). Atualmente o prédio sedia a Unidade de Monitoramento e Acompanhamento do Sistema Carcerário, da Diretoria de Informática e da Diretoria de Segurança Institucional do poder Judiciário, e para adaptar-se a estes novos usos, passou por reformas no ano de 2014. Intervenções realizadas e linha do tempo: 1979. Sede do Escritório Técnico de Assistência aos Municípios (ETAM). 2012. Sediou um dos centros administrativos do Tribunal de Justiça. 2014. Passou por reformas para abrigar a Unidade de Monitoramento e Acompanhamento do Sistema Carcerário, a Diretoria de Informática e a Diretoria de Segurança Institucional do poder Judiciário. 150
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SOLAR DA BARONESA (62 - 63)
Localização: Rua de Santo Antônio, quadra 19. Utilização atual: Centro de Artes Cênicas do Maranhão (CACEM) e a Companhia Oficina de Teatro (COTEATRO). Dados tipológicos: Edifício de elevado valor monumental e mérito arquitetônico, datado da primeira metade do séc. XIX, dotado de grandes proporções, com porão, desenvolvido em dois pavimentos, com terminação em beiral com dupla bica e encimado por mirante com mesma terminação. Na fachada principal possui vãos com verga em arco abatido e, a nível do segundo pavimento e mirante, balcões sacados com gradil de ferro e piso de cantaria. A entrada principal localiza-se ao lado direito com portada de cantaria e chave de arco com a inscrição: “AML - 1831”, referente às iniciais do primeiro proprietário e ano de construção respectivamente. A base dos cunhais é também em cantaria. A fachada lateral, por sua vez, apresenta vãos com verga reta à altura do porão e janelas duplas em arco abatido compostas de folha fixa em madeira e 152
vidro e duas folhas móveis com venezianas. Destaca-se também o fechamento das fachadas laterais do mirante, feito com telhas cerâmicas. Dados cronológicos: Este suntuoso imóvel foi construído no ano de 1831, refletindo a destacada posição do Maranhão no panorama econômico do país. Pertenceu à família do Comendador José Maria Corrêa de Sousa, sogro do Dr. Francisco Mariano Viveiros Sobrinho, agraciado com o título de Barão de São Bento. Antes da Baronesa de São Bento reinar neste sobrado com a sua ilustre progênie, funcionou por seguidos anos o primeiro colégio regular que teve a província, fundado em 1841, pelo Dr. Domingos Feliciano Marques Perdigão e por ele denominado de Colégio Episcopal de Nossa Senhora dos Remédios. Esse estabelecimento de ensino, que ministrava disciplinas primárias e secundárias, se notabilizou pelo corpo de eméritos mestres e pelas matérias que oferecia. Mais tarde, com a mudança desse Colégio para outro prédio, voltou a ocupar este sobrado a família do Barão de São Bento, de cuja posse só saiu em 1957. Durante o governo de João Castelo (1978-1982), o prédio foi adquirido pelo Estado para sediar a Escola de Música do Estado do Maranhão (EMEM), período em que estava sob a direção da Olga Mohana, importante cantora maranhense. Fato interessante a se comentar é que, na travessa ao lado do solar tem início o famoso “Beco da Bosta”, que segue da Rua São João até a Praia do Caju, e tem essa nomeação popular por ter sido passagem para os negros que iam despejar ao mar os tonéis com excrementos dos nobres da cidade no século XVIII. Atualmente é sede do Centro de Artes Cênicas do Maranhão e da COTEATRO, companhia fundada em 1989 com o propósito de elaborar montagens a partir de dramaturgias clássicas e regionais baseando-se nas propostas teóricas teatrais contemporâneas.
Estado de conservação: O prédio apresenta bom estado de conservação. Apresenta pintura em mau estado de conservação, com presença de manchas de umidade e fungos, principalmente na área da cimalha; na base, umidade ascendente e na fachada lateral, grande trecho com reboco aparente, deixando o prédio exposto a intempéries. Observa-se a presença de vegetação de pequeno porte em local indevido nos beirais. Os elementos em lioz estão bem conservados.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1841. Foi sede do Colégio Episcopal de Nossa Senhora dos Remédios. 1979. O imóvel estava fechado e sem uso. 1980. Inscrito pelo Governo Estadual no Livro do Tombo sob decreto nº. 7.155. 2015. Prevista reforma por ocasião do Programa de Aceleração do Crescimento. 153
SOLAR DA BARONESA DE ANAJATUBA (48 - 49)
Já no terceiro e quarto pavimentos, dispõe-se da mesma quantidade de portas protegidas com sacadas individuais, também em lioz. É interessante citar que os pinázios que compõem as bandeiras das esquadrias, apresentam diferentes desenhos em todos os pavimentos. Observa-se no térreo, placa informativa com a inscrição: “MINISTÉRIO DA CULTURA – IPHAN – INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL – SUPERINTENDÊNCIA DO MARANHÃO”.
Localização: Rua do Giz, quadra 15. Utilização atual: Sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Dados tipológicos: Edifício com fachada simétrica desenvolvido em quatro pavimentos e terminado em beiral com dupla bica. Possui duas portas centrais alinhadas com as janelas que as ladeiam e duas portas maiores, uma em cada extremidade da fachada. Todas as esquadrias do térreo e primeiro pavimento possuem vãos em arco abatido e são emolduradas em pedra de lioz. Os gradis em ferro que protegem as janelas, compõem as bandeiras da porta do pavimento térreo e integram os guarda-corpos do balcão e sacadas são trabalhados em desenhos minuciosos. No segundo pavimento, destaca-se o balcão em pedra de lioz sacado com sequência de seis portas com bandeira em madeira e vidro. 154
Dados cronológicos: Também conhecido como “Cavalo de Tróia” por ser um dos mais altos prédios existentes nesta zona, foi construído no ano de 1872. Segundo Registro de Imóveis, de nº 31, no livro 3-1, datado de 27 de maio de 1872, este prédio tinha no ato da venda o nº 3 e hoje seu nº é 235, pertencente à Baronesa de Anajatuba, seus filhos e genros. No dia 31 de dezembro de 1940 foi passada outra escritura de compra e venda ao Banco Comercial S.A. Este, ao falir, foi vendido ao Banco do Estado do Maranhão. Em 26 de novembro de 1963 o Governo do Estado transfere-o, por permuta, à União Federal. No ano de 1979, ainda existia no prédio uma placa do Serviço de Economia Agrícola do Maranhão. Um ano mais tarde, foi realizada uma grande intervenção para restaurar e devolver as características originais do imóvel, com isto instalou-se no edifício a 2º Diretoria Regional da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Na década de noventa, o SPHAN troca de nome e passa a chamar-se IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Maranhão – órgão responsável pela preservação dos bens materiais e imateriais protegidos pelo Governo Federal ou tombados como patrimônio mundial pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), tendo em São Luis a sede da 3ª Superintendência Regional. Permanece com o mesmo uso até os dias atuais.
e luminotécnica, além de pintura geral. 2003. Realizada reforma abrangendo a troca de revestimento, pintura das paredes e do forro, revisão das instalações sanitárias e hidráulicas, além da ampliação do sistema de telefone e da rede lógica. 2011. Realizados serviços de pintura e reparo das esquadrias do prédio. Estado de conservação: O imóvel em questão encontra-se em bom estado de conservação. Apresenta manchas de umidade e desenvolvimento de fungos em sua base, no cunhal e parte inferior das molduras das esquadrias do pavimento térreo. Possui também manchas de umidade, derivadas de intempéries, na base do balcão e sacadas. Observa-se vegetação de pequeno pote em local indevido no telhado e base do prédio. Suas esquadrias estão em bom estado de conservação e a pintura da fachada e molduras das esquadrias apresentam apenas sujidades.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1940. Passou por reforma e adaptação para ser sede do Banco Comercial S.A. 1979. O prédio encontrava-se sem uso e fechado. 1980. Reforma e adaptação para sediar a 2º Diretoria Regional da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). 1990. Reforma completa do imóvel. 1999. Realizada a revisão da cobertura, rede elétrica 155
SOLAR DO BARÃO DE GRAJAÚ (52 - 53)
Localização: Rua São João, quadra 80. Utilização atual: Anexo do Museu Histórico e Artístico do Maranhão e depósito de peças do Museu de Arte Sacra.
Dados cronológicos: Construído no séc. XIX, outrora fora residência do Barão de Grajaú, Carlos Fernandes Ribeiro e sua esposa, a baronesa Anna Rosa Vianna Ribeiro que foi processada pela morte de um escravo, fato explorado impiedosamente pelos jornais contrários à corrente partidária do Barão. Ali foi instalado em 1956 o Museu Pio XII, a primeira instituição museológica do estado, por iniciativa de Dom José Delgado, então arcebispo metropolitano, fundador também da primeira Universidade. Em 1967, após extinção do museu, seu acervo foi levado para o Museu Histórico e Artístico do Maranhão em 1973 e, quatro anos depois, foi transferido para o prédio o Seminário de Santo Antônio, que lá permaneceu até 1984. No ano de 1992, através da Associação dos Amigos dos Museus, o Governo do Estado do Maranhão adquiriu o imóvel, antes propriedade da Arquidiocese de São Luis, para que sediasse o Museu de Arte Sacra (MAS), financiado pela Companhia Vale e da Associação dos Amigos dos Museus. Ano passado, o Museu de Arte Sacra instalou-se no Palácio Episcopal e atualmente, o prédio, permanece como anexo ao MHAM, servindo de depósito para peças do MAS e será reformado.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1990. Inscrito pelo Governo Estadual sob decreto nº. 11.583 no Livro do Tombo. 1992. Reforma e adaptação para sediar o MAS. Dados tipológicos: 2015. O prédio esta incluso na reforma que será Edifício de notável mérito arquitetônico de dois pavi- feita ao Museu Histórico e Artístico do Maranhão mentos e beiral com dupla bica. Revestido de azulejos por ocasião do PAC das cidades históricas. antigos de tipos diferentes dos demais, apresentando Estado de conservação: ramalhetes de rosas. Solar de grande porte, com O imóvel encontra-se em estado regular de convãos em arco abatido e emoldurados, em cantaria servação. Seus azulejos estão desgastados, com sujidades e em alguns trechos inicia-se o processo de na porta principal e com argamassa nas demais. No térreo, as janelas, com venezianas e bandeira desplacamento das peças. Em sua base e até meia em vidro, tem parapeito em treliça protegida por altura, pontos com vegetação de pequeno porte em local indevido. gradil de ferro no lado externo e venezianas no A pintura, em mau estado, apresenta manchas de lado interno e, abaixo delas, pequenas aberturas de umidade, fungos e reboco aparente. seção quadrangular e com fechamento em gradil No telhado, há vegetação de pequeno porte em de ferro para aeração do assoalho. local indevido e algumas de suas telhas estão queA nível do segundo pavimento, portas em caixilho bradas. e venezianas se abrem para o balcão sacado em As esquadrias, também possuem pintura desgastapedra de lioz e guarnecido por guarda-corpo em da, e no primeiro andar, uma de suas bandeiras está com o vidro quebrado. ferro. A porta principal, almofadada, apresenta pontas de cravo e grande aldraba espelho de fechadura (original). 156
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SOLAR DOS BELFORT (34 - 35)
Localização: Rua do Egito, quadra 68. Utilização atual: No pavimento térreo funcionam uma farmácia, loja de artesanato e um pequeno comércio. Os demais andares estão sem uso. Dados tipológicos: Exemplar de elevado valor monumental. Sobradão colonial do terceiro quartel do séc. XVIII. Compõe-se em três pavimentos mais porão alto e mirante, sua fachada principal, simétrica, retangular, com terminação em beiral com dupla bica, é toda revestida com azulejos portugueses de duas tonalidades de verde. Vãos de vergas retas, proteção em venezianas, sendo que as porta-janelas superiores apresentam balcões sacados com pisos de cantaria e guarda-corpos de ferro. No pavimento térreo, apenas a porta central possui verga reta, sendo as demais em arco abatido. A fachada lateral direita, não possui balcões. Seus vãos, assim como a fachada principal, são feitos com vergas retas. Próxima à cimalha, placa de cantaria com a data “1756”. Cunhais apilastrados. O mirante, cujo telhado não tem cumeeira, é coberto de telha canal, possui cachorros aparentes e paredes de madeira tipo venezianas com quatro aberturas. Dados cronológicos: Lourenço Belford, enriquecido na lavoura e pecuária, demoliu uma morada inteira do Canto do Quebra-Costas, erguendo no local imponente sobrado residencial de dois pavimentos, provavelmente concluído em 1756, como faz crer a placa ali existente. Na segunda metade do século XIX residia nesse imóvel o Barão de Coroatá, Manoel Gomes da Silva Belfort, importante produtor de arroz, anil e algodão durante a atuação da Companhia do Grão Pará e Maranhão; foi ele o precursor da criação do bicho da seda no Maranhão e o responsável pela instalação da primeira fábrica de couros atanados 158
atanados no estado. Em 1899 passou a ser seu proprietário o jornalista Vitor Lobato, que ali instalou redação, gerência e oficinas de seu famoso jornal Pacotilha. O Jornal “A Pacotilha” foi fundado em 1880, fechado em 1939 e, durante todo o seu funcionamento foi voz crítica para a população e políticos maranhenses, abordando também os costumes locais e posições da igreja perante os desenvolvimentos científicos da época. O imóvel tornou-se marco popular de tal forma que o Beco da Rua João Vital ficou conhecido como Beco da Pacotilha e assim é chamado até os dias atuais. No século XX, entre outras destinações que teve o imóvel, mencione-se a de haver servido de sede para um salão de baile e para redação e oficinas do jornal O tempo. Ainda neste século, o prédio passou por reforma para sediar o “Hotel Ribamar”, conceituado hotel da época e a “Fonte Maravilhosa” estabelecimento comercial que se tornou famoso na cidade pelo “suco de pega pinto”, bebida indicada para problemas renais. Ao longo dos anos o hotel perdeu sua clientela, ficando o prédio esquecido. Em 2004, passou por uma grande reforma que recuperou toda sua parte estrutural em função da requalificação urbanística do Largo do Carmo e hoje, no pavimento térreo funcionam uma farmácia e um pequeno comércio na fachada principal e uma loja de artesanato na lateral. Os demais andares estão sem uso. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1889. Passou a ser seu proprietário o jornalista Vitor Lobato, que ali instalou redação, gerência e oficinas de seu famoso jornal Pacotilha. Séc. XX. O prédio passou por reforma para adaptar-se a seu novo uso, o “Hotel Ribamar”. 2003. Realizado o levantamento cadastral e elaboração do projeto de estabilização e consolidação do imóvel. 2005. Realizada grande reforma realizada pelo IPHAN, que recuperou toda sua parte estrutural em função da requalificação urbanística do Largo do Carmo. 2015. Toda a fachada do imóvel foi recuperada, contemplando o restauro de seus azulejos, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Estado de conservação: Recentemente restaurado, o imóvel encontra-se em bom estado de conservação, não apresentando danos em sua estrutura e elementos. 159
SOLAR DOS VASCONCELOS (16 -17)
sobre elegantes mísulas no mesmo material (pedra de lioz). Para cada eixo existem mais duas portas com verga reta e balcão sacado. Nos extremos, cunhais apilastrados, revestimento com pedras de cantaria inclusive a cornija próxima ao beiral. O telhado é finalizado com beiral simples.
Localização: Rua da Estrela, quadra 134. Utilização atual: Museu e memorial do centro histórico. Abriga o Departamento de Projetos Especiais, o Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Paisagístico do Maranhão e a Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão. Dados tipológicos: A fachada consta de dois pavimentos simétricos com duas portadas emolduradas em cantaria lavrada servindo de eixo imaginário. A porta principal no primeiro pavimento possui bandeira de ferro ricamente trabalhada em arco de meio ponto. No eixo direito, a porta central é ladeada por uma janela com verga em arco abatido e duas portas com verga reta encimadas por óculos. O eixo esquerdo, assim como o oposto, possui uma janela e duas portas, porém, sobre as portas não existem óculos, mas vãos de verga em arco abatido com fechamento em vidro. Com exceção dos óculos e vãos sobre as portas, todas as aberturas possuem moldura em pedra de lioz. No segundo pavimento, destaca-se o corpo central com portada, balcões sacados com guarda-corpo de ferro. O balcão central corrido projeta-se ao longo de três portas com verga em arco abatido, sobressaindo-se das demais; encontra-se apoiado 160
Dados cronológicos: Construído no século XIX, o Solar dos Vasconcelos é um dos mais bonitos exemplares da Rua da Estrela. Em meados do século XX, uma grande crise financeira atingiu diretamente os comerciantes de São Luis, acabando com a maioria das atividades comerciais da Praia Grande e levando à falência muitas famílias abastadas da capital, infelizmente esta atingiu também à família dos Vasconcelos e o solar foi abandonado, chegando a ficar em ruínas. Em 1997, mesmo ano em que a UNESCO concedeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade a São Luís, o solar foi completamente restaurado e adaptado para abrigar o Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Paisagístico do Maranhão (DPHAP/MA). Hoje, em pleno funcionamento, abriga também o Departamento de Projetos Especiais e um Museu aberto à visitação pública, o qual contém o acervo do Memorial do Centro Histórico, exibindo maquetes e painéis fotográficos que registram toda a história de preservação e revitalização do Centro Histórico de São Luís. Também encontra-se em exposição uma importante coleção de maquetes de barcos típicos do Maranhão. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1979. Sobrado encontrava-se em ruínas, restando apenas os suportes verticais externos. Seu interior estava completamente arruinado. 1997/2002. Realizadas obras de restauração e adaptação do Solar para abrigar o Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Paisagístico do Maranhão (DPHAP/MA). 2001. Concluídas obras de reconstrução do Solar, que passou a abrigar as instalações do Memorial do Centro Histórico e as sedes da Superintendência do Patrimônio Cultural e do PPCHSL. 2013. Realizadas obras de conservação e manutenção através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das cidades históricas. 2015. Prevista reforma através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das cidades históricas.
Estado de conservação: O prédio apresenta bom estado de conservação. Sua pintura possui manchas de umidade derivadas de intempéries principalmente abaixo do balcão principal e reboco aparente na parte térrea do imóvel. Na área da cimalha, frisos e base do prédio pode-se notar a presença de eflorescências.
Os cunhais, balcões e molduras talhados em pedra de lioz estão em bom estado de conservação, quanto a seus detalhes e entalhes, existem manchas de umidade, principalmente no pavimento térreo, onde há umidade ascendente. No telhado, existentes focos de vegetação de pequeno porte em local indevido. 161
TEATRO ARTHUR AZEVEDO ( 32 - 33)
ordens de abertura. A altura da cimalha e da barra, sequências de óculos em toda extensão.
Localização: Rua do Sol, quadra 70. Utilização atual: Teatro. Dados tipológicos: Fachada neoclássica, composta de três pavimentos e terminada por frontão triangular clássico, centrado por lira em alto relevo. Pilastras coríntias dispostas ao longo de toda a fachada, com um vão em cada espaço. Aberturas de térreo em arco abatido, desprovidas de contornos. As porta-janelas do segundo pavimento ganham melhor acabamento, todas com vergas retas, sendo que umas possuem balcões sacados com belos gradeados de ferro decorados com rosáceas e carrancas de leões, outras possuem balcões entalados com a mesma proteção. Os vãos de balcões sacadas são encimados por frontão clássico enquanto os de balcões entalados têm frontão arqueado. Acima de todos, óculos decorados por guirlanda de flores. No terceiro pavimento estas aberturas são simples, ligeiramente arqueadas, além de protegidas por caixilhos, como as do pavimento inferior. A fachada lateral apresenta platibanda e duas 162
Dados cronológicos: A idéia de edificar um teatro público que fosse dotado de requisitos cênicos compatíveis com a época, partiu do português Eleutério Lopes da Silva Varella, que juntamente com seu compatriota Estevão Gonçalves Braga, iniciaram a corajosa empreitada. A construção deu-se na fase do ciclo algodoeiro maranhense para que os nobres pudessem assistir a espetáculos teatrais em condições adequadas em São Luis tal como faziam em Lisboa. O terreno foi aforado, a obra começada, devendo o teatro dar a frente para o Largo do Carmo, ficando cercado pelas ruas do Sol e da Paz e pela Travessa do Sineiro, quando os padres Carmelitas embargaram a obra, citando como pretexto ser anti-religioso edificar-se ao lado de um templo sagrado, como a Igreja de N. S. do Carmo, um templo profano como o Teatro. Os debates acarretaram demoras, acirrando a questão, a qual foi submetida a um juízo especial, e o Pe. João Antônio Ferreira Tezinho condenou Varella e Braga a edificarem o teatro com a frente para a Rua do Sol. Em 1815, começou a construção, e em 1816, mostrava o nosso teatro toda a sua forma e bom gosto. Apesar de já existirem outros três teatros na época, nenhum era tão belo e de tanta qualidade quanto o Arthur Azevedo. O projeto era grandioso para a época, contava com 800 lugares, o suficiente para 5% da população de São Luis, a quarta maior cidade do Brasil neste período. Em 1.12.1816, Antônio José Meirelles, querendo solenizar o aniversário da restauração de Portugal, e estando a obra por concluir, abriu suas portas ao público havendo espetáculo gratuito para o povo. Em 1841 e 1845 ficou o teatro União (assim era denominado desde 1817) alugado à Sociedade Dramática Maranhense. Destacados cenógrafos passaram pelo Teatro São Luís, tais como, Antônio Braule, Giovane Verene, Chapelain, que pintou um forro-de-boca, Antônio Rabazas, Gino Bozeti, o soprano Bidú Saião, além dos pintores maranhenses João Manoel da Cunha que pintou cenários para a apresentação das óperas “Trovador”, “Rigoleto”, “Um Baile de Máscara” e “Norma” e João Figueiredo, que pintou o último pano-de-boca do teatro antes de ser arrendado a uma empresa cinematográfica. Em 1852 o Teatro passou a chamar-se Teatro São Luis e dois anos depois, serviu como berço para o nascimento de uma das maiores atrizes do teatro
brasileiro, Apolônia Pinto, que aos doze anos já encantava plateias. Seus restos mortais encontram-se guardados no piso térreo, em um nicho no salão de entrada, juntamente com um busto de bronze e placa alusiva a sua brilhante trajetória. No Governo do Dr. Urbano Santos, o nome do Teatro foi mudado para Arthur Azevedo, em homenagem a este imortal maranhense. A iniciativa partiu de um grupo de rapazes da “Távola do Bom Humor”, que tinha à frente João Crisóstomo de Sousa. Desde então, o teatro enfrentou vários momentos de crise, chegando a funcionar como cinema e as reformas e adaptações levaram à descaracterização de alguns dos seus elementos. Em 1932, no Governo Seroa da Mota, o teatro foi doado ao município pelo Decreto nº 353, de 19 de dezembro. Em 1965, o Governo de Newton Bello revogou a doação do Teatro Arthur Azevedo, reincorporando-o ao patrimônio estadual. O teatro está ativo atualmente e recebe espetáculos variados constantemente. Conta com 222 lugares na plateia; 132 lugares nas frisas; 126 lugares nos camarotes; 132 lugares nos balcões; 132 lugares nas galerias e 12 lugares no camarote oficial. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1862. Restaurado e decorado pelo arquiteto Albuquerque. Reedificação contratada por Germano Francisco de Oliveira. 1875. Conclusão dos consertos do teto e paredes, arrematadas por Raimundo José Pereira de Castro. 1932. No Governo Seroa da Mota, o teatro foi doado ao município pelo Decreto nº 353, de 19 de dezembro. 1963. Desastrosa reforma quando foi recuado de seu local original o Camarim-Museu nº 1 onde nasceu a grande atriz brasileira Apolônia Pinto. Teve seu pedido de tombamento indeferido. 1965. O Governo Newton Bello revogou a doação do Teatro Arthur Azevedo, reincorporando-o ao patrimônio estadual. Ainda neste ano o teatro passou aos cuidados do Departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura. 1966. Término das obras de restauração confiadas à SVOP (Secretaria de Viação e Obras Públicas) e do reequipamento cênico pelo cenotécnico Sílvio da Silva Couto (Jardel) do Serviço Nacional do Teatro. 1978. Restauração das instalações e aparelhos de ar condicionado, pintura e limpeza geral, através da Fundação Cultural do Maranhão e Governo 163
Estadual. 1985. O teatro necessitou, por conta de chuvas intensas, de reformas e melhorias. Passou assim, por reformas gerais, na cobertura, paredes, forros e revestimentos. 1992. Reforma de reestruturação do teatro, idealizada por Ubiratan e Luís Maciel. 2004. Reforma geral do Teatro. 2015. Prevista reforma com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Estado de conservação: O teatro encontra-se em bom estado de conservação. Na fachada voltada para Rua do Sol observa-se apenas a presença de sujidades na pintura do pavimento térreo e manchas de umidade nos frisos e frontão. Na fachada lateral, pode-se observar notam-se áreas com reboco aparente e de vesículas na pintura.
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ALCÂNTARA A cidade de Alcântara é um território único no Brasil, capaz de transportar a quem visita para um período longínquo, onde o tempo ainda não era vilão. Construída a partir da Aldeia Tupinambá de Tapuitapera, foi testemunha das presenças francesas, portuguesas e holandesas no estado (PFLUEGER, 2002). Com a presença dos portugueses e a catequização dos nativos, em 1648, a aldeia indígena transformou-se em aldeia religiosa, sendo elevada a categoria de vila e nomeada Vila de Santo Antônio de Alcântara. Por ocasião do ciclo algodoeiro, no século XVIII, também marcante em São Luis, tornou-se a sede da aristocracia rural agro exportadora e desenvolveu seu traçado urbano e arquitetura civil no entorno das principais construções religiosas da cidade. Com o fim deste ciclo econômico, a abolição da escravatura e o deslocamento da produção maranhense para as margens dos rios Itapecuru-Mirim, Mearim e Pindaré, iniciou-se o seu processo de decadência e estagnação econômica. No século XX, teve parte de seu território desapropriado para a instalação do Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), o qual é considerado um dos melhores do mundo devido à proximidade da linha do Equador e estabilidade meteorológica que permite realizar lançamentos durante quase o ano todo. Apesar de possuir tal tecnologia, os investimentos limitam-se à área do CLA e a cidade permanece carente de infraestrutura e desenvolve-se a lentos passos. Atualmente, tem como principal atividade econômica o turismo de contemplação, baseado na arquitetura remanescente dos tempos áureos; que encanta aos seus visitantes com seu caráter religioso e místico, com ruínas envoltas em lendas de batalhas pelo poder e jamais terminadas e pelos costumes dos povos remanescentes que nela habitam. 166
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Calçada do Jacaré
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Capela das Mercês
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Capela Nossa Senhora do Desterro
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Casa da Câmara e cadeia
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Cavalo de Tróia
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Fonte das Pedras
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Fonte do Mirititiua
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Forte de São Sebastião
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Igreja e Convento do Carmo
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ESCALA - 1 :7500
N
10 Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos 11 Palácio do Barão de Mearim 12 Passo da Quaresma (Rua da Amargura)
Alcântara
13 Pelourinho 14 Pousada do Imperador
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15 Ruínas da Igreja de São Francisco de Assis 16 Ruínas da Igreja Matriz de São Matias
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17 Ruínas do palácio do Barão de Pindaré
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CALÇADA DO JACARÉ (148 - 149)
Localização: Rua Dr. Neto Guterres. Utilização atual: Passeio Público.
Há abundância de cantaria nos vários calçamentos, além das soleiras das portas.
Dados tipológicos: Importante acesso da cidade liga a “Praia do Jacaré”, onde está localizado o “Porto do Jacaré” – local de desembarque de centenas de pessoas diariamente, entre turistas e moradores – ao centro da cidade; tem seu piso revestido por pedras “cabeça de negro”, ora pretas irregulares e rugosas, ora em pedra de lioz polida pelo tempo. Sua paginação foi feita com o objetivo de agradar a D. Pedro II em sua prometida visita, que nunca se realizou. Esta é composta por desenhos triangulares para lembrar o símbolo da maçonaria, sociedade a qual o imperador era adepto.
Dados cronológicos: A ladeira, o rio, a calçada e o porto denominam-se “jacaré”, pois, no período em que a lamparina era utilizada como única forma de iluminação, utilizava-se como combustível a querosene com marca Jacaré (da Esso), que apresentava a imagem de um “jacaré” estampado em sua embalagem. Nos tempos idos, quando Alcântara vivia os tempos de seu fastígio econômico e político, o porto era um dos lugares de maior movimento, devido ao comércio, naquela época ali concentrado. A calçada (ladeira) é toda entremeada de pedras cabeça-de-negro e de cantaria, até a Praça da
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Matriz. locais indevidos, no meio fio da rua e nas juntas das As pedras “cabeça de negro” são assim conhecidas, pedras. pois, durante a era das navegações, eram trazidas nos lastros dos navios com o objetivo de equilibra-los e dar maior estabilidade. Assim que os navios aportavam, os escravos descarregavam-nas para que servissem de calçamento e as transportavam em suas cabeças. Linha do tempo e intervenções realizadas: 2002. Realizada restauração do calçamento. Estado de conservação: A “calçada do jacaré” se encontra em bom estado de conservação e não apresenta pedras soltas. Ao longo de sua extensão observa-se, porém, a grande quantidade de vegetação de pequeno porte em 170
CAPELA DAS MERCÊS (150) Localização: Rua das Mercês. Utilização atual: Capela da religião católica.
Dados tipológicos: Fachada simples terminada em beiral, sem torre. Pousada em uma base com vestígios de cantaria, de planta quadrangular, cobertura em quatro águas, paredes grossas em adobe, com variações internas. Notam-se recentes alterações na fachada, se comparada com fachada fotografada em 1979, pela inserção de vãos retangulares nas laterais das portas e acabamento acompanhando o arco das portas acima das mesmas, ambos com fechamento de ripas fixas de madeira. Há chanfros nos quatro cantos externos da capela. Dados cronológicos: Inicialmente chamada de Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, a Igreja das Mercês tem sua história relacionada ao Convento da Ordem dos Mercedários (chegados ao Maranhão em 1634), construído a seu lado anos antes, sendo que, por conta da proibição da entrada de noviços das ordens religiosas e militares, no ano de 1821,
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o convento veio a ruir, restando apenas a Igreja. No ano de 1648, por alvará passado em Lisboa, Antônio Coelho de Carvalho e Maria Manuel de Vilhena doaram à Ordem de Nossa Senhora das Mercês, o sítio que possuíam na sua capitania de Cumã, na Vila de Santo Antônio de Alcântara. Esta doação foi feita por serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo, para que se lembrasse das almas e saúde deles, pela grande devoção que tinham a Nossa Senhora das Mercês, para que a Ordem pudesse, com melhor cômodo, fundar um convento, igreja, morada, sustento e fábricas de seus religiosos, a fim de servirem a Deus. Em 1651, tinha início a construção do convento de Nossa Senhora dos Remédios, que passou mais tarde à invocação de Nossa Senhora das Mercês. Foi fundado em 1658, segundo o que se lê no livro pertencente a esse convento. Teve em seu princípio a invocação de Nossa Senhora dos Remédios e ensinavam os frades, gratuitamente, a ler e escrever, com atestou o padre vigário Francisco Roberto Pimentel, em 3 de abril de 1673. Seus fundadores foram o Padre ex-Comissário-
Geral Frei Marcos da Natividade, natural do GrãoPará e Frei João Cerveira, natural de Tapuitapera, e filho legítimo de Domingos Cerveira Baião e Dona Maria Campos. De 1816 a 1822, residiram neste Convento o Frei João Garcia de Carvalho, pregador, como comendador, Frei Francisco Ferraz e Frei Antônio dos Santos, e os irmãos coristas professos, Frei Tomé e Frei José Franzino, que morreu em São Luís como comendador. Passados muitos anos, a Ordem foi decaindo, pois morreu o amor de seus filhos, desapareceram os bons frades, extraviaram-se muitos bens móveis, os imóveis foram-se arruinando, sem que uma mão piedosa pusesse obstáculos ao poder destruidor do tempo. Este convento foi fechado em 1850, quando faleceu o penúltimo frade mercedário. No final do século XIX foi construído, sobre as fundações do antigo convento das Mercês, um mercado público, o qual, posteriormente, por volta do século XX, foi transformado em uma capela chamada Capela das Mercês. Com o passar do tempo, passou por diversas reformas levando à completa descaracterização no ano de 1987. Em 1990, passou
por uma restauração que visava restaurar as feições originais. Linha do tempo e intervenções realizadas: Fim do século XIX. Construção de um mercado sobre as fundações do antigo Convento das Mercês. Meados do século XX. Adaptação do mercado para a nova Capela das Mercês. 1987. Encontrava-se completamente descaracterizada. 1990. Restauração da feição original da Capela das Mercês. Estado de conservação: A capela encontra-se em bom estado de conservação. Apresenta danos principalmente em sua pintura, que possui manchas de umidade e fungos. Observam-se alguns pontos de infiltração na cobertura, a qual apresenta entelhamento envelhecido. As esquadrias (fixas e móveis) estão em bom estado, porém necessitam de reparos na pintura.
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CAPELA DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO (154 - 155)
Localização: Rua Pequena. Utilização atual: Igreja católica. Dados tipológicos: Com belvedere para o mar. Capelinha de fachada chapada, compreendendo apenas porta principal e janelas superpostas. O simples frontão triangular é ladeado por um par de coruchéus. Apresenta na lateral esquerda de sua fachada, uma placa de identificação de restauro contendo a inscrição: “Igreja do desterro, restaurada com recursos do convênio IPHAN - Fundação Cultural do Maranhão. 1977-1979”. O campanário fica no exterior da Igreja e contém dois sinos de tamanhos distintos.
1955. A igreja e o conjunto arquitetônico do bairro do Desterro foram inscritos do Livro do Tombo das Belas Artes. 1977/1979. Restaurada com recursos de convênio com o IPHAN e Fundação Cultural do Maranhão. 2000. Realizada a recuperação da cobertura do prédio e a confecção de um novo forro. Como complemento todo o prédio foi pintado. 2005. Realizadas obras de preservação e restauro na igreja.
Estado de conservação: A Igreja de Nossa Senhora do Desterro está em bom estado de conservação, com danos apenas na pintura, que apresenta manchas de umidade com desenvolvimento de fungos. Observa-se também a Dados cronológicos: A construção desta capela remonta ao final do sé- presença de vegetação de pequeno porte em local culo XVIII, sendo uma das mais tradicionais capelas indevido, na base da estrutura e entre as pedras do calçamento à frente da igreja. de Alcântara por ter sido um dos principais passos da quaresma da cidade antes de tornar-se propriamente a capela do Desterro. Sabe-se que em 1641, quando da invasão holandesa, a cidade foi destruída e a imagem de Nossa Senhora do Desterro despedaçada e, somente treze anos depois, a igreja foi reconstruída. Algumas de suas imagens procedem da antiga casa alcantarense dos jesuítas, também chama Capela de Nossa Senhora do Pilar, a qual foi fechada em 1759, após a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1954. Realizadas obras de consolidação, preservação e restauro na igreja. 173
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CASA DE CÂMARA E CADEIA (158 - 159)
Câmara desta antiga vila de Santo Antônio de Alcântara uma légua de terra para o seu patrimônio. Em 11 de outubro de 1791, a Câmara remeteu uma relação de pessoas que prometeram contribuir com donativos voluntários para a construção das obras da Casa da Câmara e Cadeia. O prédio foi construído para Casa da Câmara e Cadeia, sendo mais tarde transferida para ali a Penitenciária do Estado (no período de 1947 a 1965), deixando a comunidade alcantarense aterrorizada diante de tantas injustiças cometidas. No ano de 1979, o prédio encontrava-se abandonado, quase em ruínas, apresentando as fachadas e paredes internas em razoável estado de conservação. Após passar por restauração completa, neste mesmo ano, o prédio passou a abrigar a prefeitura e a câmara de vereadores da cidade, função que desempenha até os dias de hoje.
Localização: Rua das Mercês. Utilização atual: Prefeitura Municipal de Alcântara Linha do tempo e intervenções realizadas: e Câmara dos Vereadores. 1979. Prédio estava abandonado, quase em ruínas, apresentando as fachadas e paredes internas em Dados tipológicos: Fachada principal simétrica, composta de dois pavi- razoável estado de conservação. mentos terminados em cimalha com beiral. A porta 1999. Reforma com revisão de cobertura e madeiraprincipal possui folhas com almofadadas simples, mento, revisão das paredes internas e externas, reacima dela, existe o brasão da Vila de Alcântara cuperação do piso e pintura geral e reestruturação com a inscrição em latim: “Hodie Etim Saecula Heri de instalações elétricas e hidro sanitárias. - 22 dezembro 1648”, que significa “ontem, hoje e 2003. Recuperação da Casa de Câmara e Cadeia para sempre”, este mesmo brasão estampa a ban- como parte do conjunto de ações do Programa Monumenta. deira da cidade. O primeiro pavimento é composto por porta central 2010. Restaurada pelo Instituto do Patrimônio com moldura em pedra de lioz, com quatro janelas Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). para cada lado, também com moldura em lioz, to- 2015. Prevista recuperação parcial do prédio através do Programa Monumenta. das com grade de ferro. No nível do 2º pavimento, segue-se a mesma composição simétrica do pavimento térreo, porém, no lugar das janelas existem portas-janelas com balcão sacado e gradil em ferro, a moldura por sua vez é em argamassa. Ainda na fachada frontal, a meia altura do 2º pavimento, existem três hastes para bandeiras. Nas fachadas laterais, janelas idênticas às demais.
Dados cronológicos: A casa de Câmara e Cadeia da cidade de Alcântara está associada diretamente à elevação do arraial à vila, quando, por lei foi obrigada a ser construída. Apesar de não se ter uma data exata de construção, estima-se que a mesma foi edificada no fim do séc. XVIII, dadas suas características arquitetônicas. No dia 28 de outubro de 1759, o Governador Gonçalo Pereira Lobato e Sousa, de conformidade com as ordens que havia recebido, concedeu ao Senado da 175
Estado de conservação: A Casa de Câmara e Cadeia apresenta bom estado de conservação, porém, passa por uma das realidades mais comuns em prédios históricos, a presença de danos causados pela adaptação para o funcionamento de novas funções. No caso deste, a fachada principal encontra-se preservada, porém, na fachada lateral, é possível observar a mutilação de algumas janelas para a instalação de condensadores de ar condicionados. É importante destacar que as esquadrias frontais encontram-se pintadas na cor verde enquanto as laterais na cor azul. As bandeiras das portas localizadas no primeiro pavimento estão sem vidros. Os gradis das janelas e sacadas encontram-se oxidados. As molduras em lioz apresentam sujidades e enxertos com material inadequado.
A pintura está em péssimo estado de conservação, apresentando vesículas, reboco aparente e manchas de umidade em vários trechos. Há também o desenvolvimento de eflorescências e fungos em partes da cimalha. Nota-se umidade ascendente e vegetação de pequeno porte em sua base. As hastes para suporte de bandeiras estão com pintura oxidada. O brasão que encima a porta principal apresenta sua forma conservada com inscrição legível, porém já se pode notar o desgaste de sua pintura. Por fim, as luminárias fixadas na parede do monumento, nas fachadas principal e lateral apresentam pintura oxidada e vidros quebrados.
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CAVALO DE TRÓIA (RUA GRANDE) (166 - 167)
de onde saíam as grandes decisões políticas da vida de Alcântara. No ano de 2005, por ocasião do Programa Monumenta foi restaurado. Em 2009, o prédio era utilizado pela prefeitura da cidade como depósito de merenda escolar e após quatro anos, fruto da parceria entre a Prefeitura Municipal de Alcântara e a empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), houve a proposta de transforma-lo em um centro sociocultural com espaços como: teatro, cinemas, galeria de exposições, bibliotecas, centro de estudos e salas de palestras. Além disso, disponibilizaria serviços de assistência social para famílias de baixa renda e comunidades quilombolas, abrindo espaço para a realização de reuniões comunitárias. Atualmente pertence à prefeitura de Alcântara e encontra-se sem uso, porém está em andamento o projeto para transformá-lo em posto policial.
Localização: Rua Grande. Utilização atual: Sem uso. Dados tipológicos: O mais alto solar de Alcântara possui fachada sóbria e três pavimentos compostos por séries de vãos alinhados, todos com vergas retas, sendo única exceção, a porta principal em arco abatido. As esquadrias do térreo e primeiro pavimento possuem moldura em lioz. A nível do segundo pavimento as aberturas ganham balcões sacados guarnecidos de piso de cantaria e gradeado de ferro. O terceiro pavimento termina em cimalha e beira seveira simples. Outra característica marcante dos tempos coloniais presente neste casarão: os pés direitos extremamente elevados. Dados cronológicos: Não há informações precisas sobre a origem deste prédio, sabemos no entanto que fora denominado “Cavalo de Tróia” devido ao fato de que o seu primeiro proprietário e construtor, um português chamado Chico Taipa, orgulhoso por haver construído o maior sobrado de Alcântara, fazia constantes referências ao grande cavalo de pau da guerra de Tróia. Ele serviu de sede do Partido Liberal da época, 177
Linha do tempo e intervenções realizadas: Década de 60: foi ocupado pela PETROBRÁS, que o restaurou completamente. 2003. Realizadas obras para reforma da fachada, telhado e inclusão de instalações gerais de acesso para deficiente. Nesta época, propunha-se utilizá-lo como apoio hoteleiro. Houve também a revisão do reboco interno e externo, pintura geral e descupinização do madeiramento do telhado. 2005. Por ocasião do Programa Monumenta foi restaurado. 2009. Utilizado pela prefeitura como depósito de merenda escolar. 2010. Estava em andamento a proposta para a implantação, no imóvel, do Centro Sociocultural de Alcântara. Houve assim a reforma para reestruturação de instalações hidrossanitárias e definição de projeto elétrico e telefônico juntamente com sistema de detecção, alarme, prevenção e combate a incêndio. 2015. O prédio encontra-se sem uso, porém está em andamento o projeto para transformá-lo em posto policial. Estado de conservação: O Prédio apresenta bom estado de conservação. A pintura do pavimento térreo está mal conservada, apresentando formação de vesículas, presença de sujidades e manchas de umidade. Na base do imóvel, observa-se a presença de vegetação de pequeno porte em locais indevidos. A pintura das esquadrias está mal conservada. 178
FONTE DAS PEDRAS (152 - 153)
e Esgoto do Maranhão (CAEMA), ainda hoje alguns moradores da redondeza utilizam a água da fonte. Linha do tempo e intervenções realizadas: 2004. Realizadas obras de recuperação da fonte Estado de conservação: A fonte apresenta-se em estado regular de conservação, com pequena fissura na parte superior da lateral direita. A atual pintura foi mal executada, deixando trechos sem tinta e encobrindo as placas indicativas que, por conta disso, encontram-se praticamente ilegíveis. Na base da fonte e na bica há presença de umidade, fungos e vegetação de pequeno porte em locais indevidos. O interior do vão central apresenta pintura mal conservada, reboco aparente e vegetação de pequeno porte em local indevido.
Localização: Rua Pequena. Utilização atual: Ponto turístico e abastecimento de água da população da redondeza. Dados tipológicos: Construída por negros, possui espessas paredes de pedras revestidas com argamassa em base de cal. Em forma arredondada e murada, tem sua parte central um frontão triangular, encimado por uma pedra cabeça-de-negro. Ao centro do frontão, encontra-se placa com a inscrição “1714”, data de sua fundação. Na parte inferior possui abertura retangular e sob ela, apenas uma bica central jorra a água diretamente sobre o calçamento e é conduzida através de canaletas revestidas por pedras. Do outro lado, possui placa informativa com a inscrição: “FONTE DAS PEDRAS SECULO XVIII – ALCÂNTARA ERIGIDA MONUMENTO NACIONAL EM 1948, PELO INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL – IPHAN”. Encontra-se em uma rua sem maior importância, com entorno bem arborizado e calçamento em pedra. Dados cronológicos: Construída no século XVIII pelos escravos a mando dos franceses, tinha como objetivo o abastecimento de água das redondezas. Conta-se, que a pedra negra que encima o topo da fonte foi ali colocada para simbolizar, de forma irônica, a cabeça dos negros, povo que da fonte dependia. Apesar da evolução do sistema de abastecimento de água, que hoje é feito pela Companhia de Água 179
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FONTE DO MIRITITIUA (176 -177)
Localização: Rua Dr. Silva Maia. camente posicionados de forma que a bica jorre Utilização atual: Ponto turístico e abastecimento ininterruptamente. A água então é conduzida por de água da população da redondeza. meio de um canal ao poço de forma geométrica e de lá desagua na vertente mais baixa do terreno, Dados tipológicos: A fonte do Mirititiua é a maior e mais imponente retornando ao curso das nascentes. da cidade, sua arquitetura compõe-se de frontão A finalidade dessa fonte é servir à comunidade. A triangular encimado por pináculos e apoiado so- CAEMA utilizou facilmente os dois poços, fazendo o bre estrutura retangular com envasadura central, trabalho de irrigação e instalou uma bomba. também retangular. Do corpo principal, segue a Serviu durante muitos anos para que a população muralha (mais baixa que o frontão), que delimita lavasse roupa e hoje, é tombada patrimônio federal. lateralmente a área da fonte. Toda sua estrutura é revestida de argamassa de cal e pedra. É responsável por captar e conduzir a água proveniente de três mananciais para três poços estrategi181
nio Coelho de Carvalho, o primeiro donatário da região, em data anterior a 1747. No terreno em que está situada, já residiam os índios por conta da abundância de água da região. Ela tem a finalidade de servir a cidade de água que,segundo afirmam, tem propriedades terapêuticas. Linha do tempo e intervenções realizadas: 2004. Realizados serviços de recuperação e drenagem da fonte. Estado de conservação: A fonte encontra-se em estado regular de conservação, com pequeno trecho do muro de delimitação e ponta do pináculo esquerdo danificados. Apresenta pintura desgastada por toda sua extensão, próxima à saída de água também existem manchas de umidade e fungos. Na área interna da fonte, há grande presença de vegetação de pequeno porte em locais indevidos.
Dados cronológicos: A data de fundação da fonte do Mirititiua é incerta, registros oficiais indicam o ano de 1750, entretanto, há versões que atribuem sua construção a Antô-
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FORTE DE SÃO SEBASTIÃO (180 -181)
que a construção da fortaleza de São Sebastião estava concluída. Em 1797 estava arruinado o estado em que presentemente se encontra, espalhadas pelo local, algumas de suas nove peças originais. No período de 1798 a 1804, sob a direção de Diogo de Souza, o forte foi recuperado, passando por consertos e reparos, a partir de então foi rebatizado como “Forte do Apóstolo São Matias”. Atualmente, a estrutura da fortificação resume-se a apenas trechos de muralhas isolados e o terreno em que está instalada foi transformado pelos moradores do entorno em campo de futebol.
Localização: Rua da Baronesa. Utilização atual: O forte, em ruínas, está sem uso. O terreno onde está instalado funciona como Campo de Futebol. Dados tipológicos: Do forte, restam apenas trechos das muralhas em alvenaria de cal e pedra, estes se encontram afastados e desconexos. Os canhões que ali ainda permanecem, estão deixados sem nenhum zelo, ora meio enterrados, ora sob a vegetação. Em um deles, pode-se observar a indicação da marca “SHEEFFIEL PARK”. Dados cronológicos: Foi construída no ano de 1763, a instâncias do Governador Gonçalo Pereira Lobato e Souza, que havia comunicado a S. M., a urgente necessidade de elevar este lugar a uma bem regular cidadela. Tão grande importância a este projeto ligava o dito governador, que terminou sua representação dizendo que se houvesse um desembarque de inimigos na vila, poderiam eles, sem a violência das armas, reduzir a capital a uma lamentável consternação, tirando-lhe os meios de sua subsistência. Em meados de 1780, segundo relatório do sargento-mor de infantaria com exercício de eng. Manoel Fernando, constava que o forte tinha 6 peças boas e 1 arruinada, porém, sem a devida manutenção, encontravam-se em precárias condições de conservação. O governo aprovou a ideia, não quanto à cidadela, mas para a construção de um forte, e no dia 18 de julho de 1763 participou o Governador desta Capitania, Joaquim de Melo e Póvoas para a Corte, que 183
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1763. No dia 18 de julho, foram concluídas as obras do forte. 1797. Estava arruinado. 1798/1804. Na direção de D. Diogo de Souza passou o forte por grandes concertos e reparos. 2003. Revitalização do Forte São Sebastião para transformação das ruínas em área de pesquisa arqueológica. 2015. As ruínas permanecem sem uso, porém, o terreno onde está localizado é utilizado pelos moradores como campo de futebol. Estado de conservação: O processo de arruinamento do forte continua; sem manutenção, a vegetação de médio e grande porte cresce apoiando-se sobre elas, danificando ainda mais a estrutura e ameaçando derrubá-las. A muralha que contorna a área do forte está coberta por vegetação. Em toda a estrutura existem fissuras e rachaduras, que podem ocasionar, a qualquer momento, o seu desmoronamento. Os canhões encontram-se espalhados por todo o terreno da fortificação, sem qualquer zelo, alguns estão até mesmo enterrados, o que poderá ocasionar a perda destes memoráveis bens.
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IGREJA E CONVENTO DO CARMO (168 -169)
Localização: Rua Grande. Utilização: Igreja católica.
Medo ou Boqueirão numa extensão de duas léguas de terra, para que nela construíssem o que desejassem. Assim sendo, em 1647, o Convento dos Carmelitas foi fundado pelo Pe. Frei José de Santa Tereza e ordenado pelo Desembargador do Paço, Antônio Coelho de Carvalho, e em 1687 já havia documentação fazendo menção ao convento nos arquivos de Portugal. A igreja de Nossa Senhora do Carmo por sua vez, só foi construída no ano de 1665. No século XVIII, a Ordem Carmelita, responsável pelo convento, começa a entrar em declínio e na primeira metade do século XIX, a crise atinge ao convento que, conforme registros passou por abandono e dificuldades financeiras. Mais tarde, em 1865, o convento foi reparado devido à ação enérgica do Provincial, Frei Caetano de Santa Rita e dos cuidados piedosos de Frei João Bastos, último frade que ali terminou seus dias. Os registros enaltecem suas grandes proporções, porém não indicam quais intervenções foram realizadas. O convento ficou abandonado a partir de 1890, quando a Ordem Carmelitana foi despojada de todos os seus bens no Maranhão, e com a morte de seu último monge, passou para posse do Patrimônio da União. Nos tempos coloniais, foi transformado em quartel e fortaleza pelos portugueses. Em 1948, a cidade de Alcântara foi tombada pelo Patrimônio Federal, o que não garantiu conservação para a Igreja do Carmo, pois em 1976, devido ao estado precário do telhado, esta foi interditada para reformas, tendo permanecido fechada até 1986 quando foram realizadas intervenções pela 3ª CR IPHAN. Do convento restam hoje apenas muros e escombros, o mesmo, felizmente, não aconteceu à Igreja de Nossa Senhora do Carmo, que sempre esteve amparada pelo cuidado de seus fiéis. Atualmente é peça fundamental da festa do Divino Espírito Santo.
Dados tipológicos: Fachada retangular simétrica, tendo como eixo imaginário a portada única no corpo central da mesma, em cantaria, de verga reta com volutas nos cantos superiores e encimada por pequeno frontão concheado por volutas e festões de rosas delicadamente esculpidas no mesmo material. A nível do coro, sequência de janelas com balaustrada de madeira. O frontispício encerra com frontão triangular, recortado em linhas curvas e encimado por cruz, em cujo tímpano existe um óculo. Dos lados, um par de torres sineiras de base quadrangular encimada por coruchéus e pequena cúpula, sendo as mesmas apoiadas por pilastras repetidas. Do lado esquerdo do corpo central da fachada, uma segunda portaria toda emoldurada em cantaria, mais simples, com pequeno frontão centrado por um escudo provavelmente da Ordem dos Carmelitas. Acima, envasadura circular com auxílio fixo. Esta pequena parte terminada em beiral quebra um pouco a simetria da fachada. Possui adro limitado por guarda corpo de meia altura e piso de pedra portuguesa com paginação Linha do tempo e intervenções realizadas: similar à da calçada do jacaré. 1860. Sofreu sua primeira restauração. Dados cronológicos: 1866. Restaurada sob a enérgica ação do Provincial, Na expedição comandada por Alexandre de Moura, Frei Caetano de Santa Rita, e dos cuidados piedosos embarcaram como representantes da igreja os Freis do Frei João Bastos. Cosme da Anunciação e André da Natividade, reli- 1889. Demolição do Convento do Carmo. giosos Carmelitas Calçados, e os padres Benedito 1940. Restauração financiada pelo comerciante alAmodei, Lopo de Couto e Luís Figueira, da Com- cantarense Antônio da Silva Guimarães. panhia de Jesus. Após a expulsão dos franceses, foi 1948. Limpeza geral no templo e restauração da concedida a eles a área compreendida na Ilha do talha dourada do altar-mor e do Santíssimo sacra185
mento, bem como no púlpito. 1963/1964. Obras de segurança realizadas pelo Governo do Estado e Prefeitura Municipal. 1976. Igreja interditada para reformas, iniciadas e não terminadas várias vezes durante dez anos, contribuindo para a rápida deterioração da Igreja. 1986. Foram realizadas obras de consolidação no prédio. Substituição de revestimento externo, renovação do piso da campa, renovação do forro, esquadrias e restauro dos púlpitos e altares, que se encontravam completamente deteriorados. 2003. Realizadas obras de recuperação emergencial. 2005. Conservação e restauração dos bens móveis e integrados. 2007. Restaurados os barrados da nave principal e capela-mor. 2010. Igreja passa por restauro completo, as obras foram realizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Estado de conservação: Apesar de não serem encontrados registros da mais recente reforma da igreja, a mesma se encontra em bom estado de conservação. Com pintura apresentando apenas pequenos pontos de umidade. 186
IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO (176 - 177)
Localização: Rua Dr. Silva Maia. Utilização atual: Igreja católica. Dados tipológicos: Apresenta fachada retangular com uma única porta e encimada por janelas simples. Acima do entablamento, frontão triangular curvilíneo, aparentemente desproporcional ao corpo da fachada e centrado por uma envasadura circular terminando por cruz de ferro. Tem à direita uma torre sineira de base quadrangular, encimada por duas séries de coruchéus na extremidade do entablamento. Dados cronológicos: A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, desejando possuir a sua igreja, solicitou ao 187
governador, no ano de 1779, a autorização para que pudessem construir um templo próprio. Para isso, foi requerido um terreno localizado na Rua Caravela (atual Rua Dr. Silva Maia) entre as casas de Jerônimo Coelho Pavão e a viúva de Firmino Diniz, sendo este concedido pelo Senado da Câmara em janeiro de 1780; no mesmo ano foi vistoriado pela autoridade eclesiástica. No ano seguinte, 1781, foi assinado pela Irmandade, um termo de compromisso em que esta se obrigava a conservar a referida capela, dando como garantia os bens, esmolas e anuais para quitar as dívidas que se acumulassem durante a construção. A capela fora construída pelos negros, e no dia 29
de maio de 1803, já pronta, foi benzida pelo vigário Joaquim José de Almeida e Silva e entregue ao Culto, sendo transladadas para ela, as imagens de N. S. do Rosário e de São Benedito. Linha do tempo e intervenções realizadas: 2004. Restauração arquitetônica e do acervo sacro. Estado de conservação: A igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos encontra-se em bom estado de conservação. Sua pintura apresenta manchas de umidade e desenvolvimento de fungos, decorrentes de intempéries, em pontos ao longo da torre sineira e do frontão.
As esquadrias estão em bom estado de conservação. No telhado, existem alguns pontos com presença de vegetação de pequeno porte. As informações sobre a Igreja se restringem ao período e às circunstâncias de sua fundação e durante um século, nada mais foi escrito sobre ela. Durante o ano 1970, a Igreja do Rosário serviu como matriz, em virtude da interdição da Igreja do Carmo. Atualmente a igreja faz parte do roteiro das festas religiosas da cidade, em seu largo, é realizado o grande festejo em homenagem a São Benedito, festa tombada pelo Patrimônio Nacional. 188
PALÁCIO DO BARÃO DO MEARIM (172 - 173)
Localização: Rua Grande. Utilização atual: Em ruínas.
Dados tipológicos: A construção hoje em ruínas possui paredes externas e internas completas, em sua maioria, à altura do primeiro pé-direito. Uma portada com sobreverga trabalhada em cantaria indica a possível existência de um segundo andar. Por não ter sua obra concluída, o método construtivo fica exposto, todo em cal e pedras pretas superpostas. Destaca-se a grande quantidade de vãos em arco abatido, alguns com moldura trabalhada em pedra de lioz com aduelas lavradas na mesma peça. Na fachada voltada para a Rua Grande, há predominância de portas, já na frente voltada para a Igreja do Carmo a predominância é de janelas, todas com moldura trabalhada em pedra de lioz. O cunhal também é feito de pedra de lioz.
Estado de conservação: As ruínas apresentam-se em bom estado de conservação, estáveis e sem presença de rachaduras. Na parte superior e na base das ruínas, nota-se a presença de vegetação de pequeno porte. As molduras em lioz estão preservadas, porém, a portada tombada a qual também é talhada em pedra de lioz, está no solo sem qualquer tipo de proteção.
Dados cronológicos: Construída no século XIX, esta ruína, tal como as ruínas do sobrado do Barão do Pindaré, foi fruto de grande disputa na cidade de Alcântara e jamais foi finalizada. Contam que Sua Majestade, quando príncipe, fora contemporâneo de um dos Franco de Sá, no Rio de Janeiro. Após a coroação, convidou-o Antônio Raimundo Franco de Sá a visitar Alcântara, comprometendo-se o Imperador e atendê-lo. Sabendo da prometida visita, José Teodoro Corrêa de Azevêdo Coutinho, filho legítimo de Teodoro Corrêa de Azevêdo Coutinho e Ana de Araújo (fidalgos da mais fina linhagem do Reino de Portugal), tratou de dar início à construção de seu palácio, o qual abrigaria D. Pedro II. Porém, com a mesma intenção, o Sr. Antônio Pedro de Costa Ferreira (Barão de Pindaré), também deu início a uma grandiosa obra. Em 1º de junho de 1849, Pedro II conferiu-lhe a título de Barão do Mearim, tendo sido o primeiro alcantarense a ter tão elevada honra. Após a fatalidade da morte de Franco de Sá, a visita do imperador foi cancelada e, sem motivos para continuar, as construções foram interrompidas. Linha do tempo e intervenções realizadas: 2003. Realizadas pequenas obras de consolidação de alvenaria, bem como a sua impermeabilização total. Limpeza mecânica e química e implantação de prótese. Foi realizado também, o projeto de iluminação especial de efeito com reconstrução gráfica para exposições e acessibilidade para deficientes. 189
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PASSO DA QUARESMA - RUA DA AMARGURA (164 - 165)
saindo na Rua Grande, passando pela Praça da Matriz, onde está situada a igreja do padroeiro de Alcântara: São Matias. Linha do tempo e intervenções realizadas: 2004. Realizada a recuperação dos cinco passos. Estado de conservação: O passo da Rua da Amargura encontra-se em estado regular de conservação, visto que na altura do coruchéu da lateral direita, existem trincas e rachaduras ameaçando sua queda. A pintura da edificação apresenta manchas de umidade e eflorescências em todas as suas fachadas.
Localização: Rua da Amargura. Utilização atual: Sem uso. Dados tipológicos: Pequena capela com fachada marcada por apenas uma esquadria com folhas e bandeira almofadadas e cornija em arco pleno encimado por três coruchéus geometrizados, um ao centro e um em cada uma das extremidades da fachada frontal. Possui telhado composto por duas vertentes e terminado em bica simples. Dados cronológicos: A construção dos passos da quaresma – cinco no total – na cidade de Alcântara aconteceu por iniciativa dos padres jesuítas que, no século XVI, por ocasião da comemoração da páscoa, construíram-nos para que cada um representasse a casa de um juiz do tempo de Pilatos. O passo localizado na Rua da Amargura era o quinto do percurso. As procissões aconteciam semanalmente e tinham início na quarta-feira de cinzas, com a quaresma. Saía da Capela do Desterro pela Rua Pequena, passava pela Rua de Baixo, seguia pela Rua Direita, entrava na Rua do Ceredo, que dá acesso à Rua da Amargura, onde encontrava o primeiro passo. Seguia o segundo e entrava pelo Beco da Boa Vista, 191
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PELOURINHO (156 - 157)
uma investigação para encontrar o pelourinho e reerguê-lo, conseguiu informação prestada por popular nonagenária da localidade, a ex-escrava e cafusa Carolina, conhecida pela alcunha de Mãe Calu, hoje falecida. Realizada uma escavação, achou-se que a Mãe Calu dissera a verdade, deparando-se ao pesquisador, a poucos palmos de profundidade, o que buscava: a seção cilíndrica principal da coluna do pelourinho, porque nela é que foi lavrado, para encimar o brasão de Portugal. Incentivado pelos irmãos Durval e Osvaldo Soares, José Alexandre Rodrigues restaurou e reergueu o antigo padrão no ano de 1948. Neste mesmo ano, a cidade foi tombada como monumento arquitetônico nacional. O pelourinho continua até hoje no mesmo lugar, como símbolo de continuidade histórica na cidade persistente.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1948. Encontrado enterrado na Praça da Matriz. Restaurado e tombado juntamente ao conjunto arquitetônico do município de Alcântara. 2003. Restaurado. 2005. Restaurado, recebeu uma proteção impermeabilizante, além da recuperação das imagens Localização: Praça da Matriz. Utilização atual: Marco histórico e ponto turístico. que nele estavam gravadas. 2009. Restauração completa juntamente com a Dados tipológicos: Igreja de São Matias e Praça da Matriz. Esbelta coluna em pedra de lioz, com quatro metros Estado de conservação: de altura, encimada com capitel ornado. A parte mais elevada lembra uma grande coroa, e A coluna em pedra de lioz está em bom estado de abaixo uma forma aproximada de tronco de pris- conservação, apresentando apenas sujidades. Na ma invertido, decorada com motivos minuciosos e área de fixação da base, também em lioz, obserrepetidos em três das suas faces. Na quarta face, va-se a presença de vegetação de pequeno porte voltada para a cadeia, um brasão armoriado portu- em local indevido. Os suportes de madeira que isolam a área do guês (ausente) encimado por coroa. Sua base é muito simples, apoiando-se em piso de pelourinho apresentam desgaste e fissuras ocasiocantaria. O pelourinho está envolto por grossas cor- nados por intempéries. rentes apoiadas em suporte de madeira. Dados cronológicos: Segundo estudiosos maranhenses, o pelourinho (monumento simbólico de autoridade das Câmaras e prerrogativas dos municípios portugueses), foi erguido em dezembro de 1648 e tinha por finalidade o castigo dos escravos. Após a abolição da escravatura, em 1989, foi quebra-do pelos escravos em três partes e enterrado no largo da Igreja Matriz e por muitos anos ficou desaparecido, caindo no esquecimento da população. Mas, José Alexandre Rodrigues, resolvendo proceder 193
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POUSADA DO IMPERADOR (162 -163)
Administração do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), o arquiteto/urbanista Raimundo Nonato Filho, com o objetivo de sediar as novas instalações para o funcionamento do núcleo profissionalizante de turismo e hotelaria da cidade de Alcântara. A obra foi recebida e vistoriada pelo Diretor Geral do Campus Alcântara, Francisco Albuquerque Bastos, acompanhado da Diretora de Planejamento e Gestão, Cláudia Cristina Pereira, e do Administrador do Campus, Carlos Roberto Ribeiro, todos também integrantes do IFMA. Ao final da reforma o prédio possuía no térreo: dois salões para restaurante, cozinha, recepção, pátio descoberto interno, três salas de usos diversos (salas ou apartamentos laboratórios de hospedagem) e três banheiros, sendo um deles adaptado para pessoas com necessidades especiais. Já no segundo piso possuía: quatro salas para uso administrativo, três salas de usos diversos (salas ou apartamentos Localização: Rua Grande. laboratórios de hospedagem), varanda, hall de esUtilização atual: Sem uso. cada e banheiros masculino e feminino. Dados tipológicos: Atualmente o prédio pertence à prefeitura, porém Sobrado colonial de dois pavimentos com o corpo não apresenta uso. lateral maior em extensão que o frontal e entrada Linha do tempo e intervenções realizadas: principal dada pela Rua Grande. Apresenta fachada Administração de Lourival Martins Morais. uniforme com balcões sacados no segundo paviRestaurada para funcionamento da “Pousada do mento, bacias em lioz e grades de ferro. Todas as suas portas apresentam vão reto e moldu- Imperador”. ra em pedra de lioz encimadas por brasão portu- 2003. Passou por completa restauração, para que pudesse ser arrendada à iniciativa privada e funcioguês argamassado. Apresenta beira seveira simples. nasse como pousada escola. 2010. Realizada obra com duração de sete meses Dados cronológicos: Construída no final do século XVII, segundo al- para adaptação do prédio ao funcionamento do guns moradores alcantarenses, com a finalidade de núcleo profissionalizante de turismo e hotelaria da hospedar o Imperador D. Pedro II, que prometeu cidade de Alcântara. Na reforma, além da adapvisitar Alcântara na época do Brasil Império. Porém, tação de alguns ambientes, foi realizado o restauro outros afirmam que a casa onde seria hospedado o do edifício seguindo a sua configuração original, Imperador, situa-se na Rua Grande, hoje completa- respeitando o desenho das esquadrias, cores e mamente em ruínas. teriais utilizados. Foi residência do capitão-mor Antônio Mariano Franco de Sá e também cenário do romance entre Estado de Conservação: O imóvel encontra-se em bom estado de conserGonçalves Dias e Ana Amélia. Durante a administração de Lourival Martins Mo- vação, com esquadrias, molduras em lioz e gradis raes, o prédio passou por completa restauração com ausência ou pequenos danos. para funcionar como Hotel ‘’Pousada do Impera- Nota-se trecho com presença de eflorescências na cimalha da fachada voltada para a Praça da Mador’’. A ‘’Pousada do Imperador’’ é parte de um conjunto triz, na base de todo o prédio e parte inferior das de sobrados coloniais pertencentes aos antepassa- molduras das portas do pavimento térreo da fachada principal. dos de Sousândrade. Em 2010, o prédio passou por uma reforma com- Os brasões portugueses que encimam as portas pleta executada pelo coordenador de Engenharia encontram-se com pintura na cor branca, em bom e Infraestrutura da Pró-reitoria de Planejamento e estado de conservação. 195
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RUÍNAS DA IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS (174 -175)
capela. Despachada a provisão que autorizava a construção da Igreja, o terreno foi vendido à Ordem por Jerônima Teresa de Jesus Serra, viúva de João Paulo Almeida, que mandou passar a 6 de abril de 1812, pelo tabelião Francisco José Afonso, a escritura do referido terreno. Não se pode afirmar quanto tempo foi gasto para a construção da Igreja, visto que a maioria das informações existentes a respeito já a tratam como ruína. Em 1870, já ameaçava ruir e em 1896, estava completamente arruinada e abandonada. Associa-se a sua decadência e total ruína ao desfalecimento da Ordem que a construiu, pois com o avançar do século XIX, muitas dessas Irmandades foram perdendo prestígio e se extinguiram completamente.
Localização: Rua Direita. Utilização atual: Sem uso. Dados tipológicos: Construída com paredes grossas, de pedra, tendo na fachada principal somente uma entrada com frontão de cantaria, com relevo, e dois braços entrecruzados, um de Cristo e outro de S. Francisco, centrados por uma cruz, simbolizando a Irmandade dos Franciscanos. Esta é mais uma interessante construção que não chegou a ser concluída. Dados cronológicos: A venerável Ordem Terceira do Patriarca São Francisco, asilava-se na Igreja de Santa Quitéria, até que o seu procurador, Manuel de Jesus Rocha, dirigiu-se ao bispo dizendo que a Irmandade pretendia erigir um templo próprio, onde pudesse exercer as suas funções religiosas. Foi então que, em novembro de 1811, foi requerida a licença para edificar a Igreja, para o que obteve autorização em dezembro do mesmo ano. Como única condição para manter válida a licença, a confraria deveria adquirir rapidamente patrimônio suficiente para a execução da obra, caso contrário esta seria cassada. Em 7 de dezembro de 1811, estando o provedor e vigário geral ausente, o coadjutor Manuel Rodrigues da Silva, que era comissário da Ordem, informou que examinando o lugar escolhido, achou-o capaz e suficiente para o fim proposto. Foi então que no dia 9 do mesmo mês e ano, passou-se provisão por despacho, para a edificação da 197
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1896. Estava completamente arruinada e abandonada. Estado de conservação: A ruína encontra-se em estado regular de conservação. Observa-se a presença de vegetação de pequeno porte em local indevido ao longo de toda a extensão superior e em sua base. A entrada principal apresenta pintura em péssimo estado de conservação, com presença de fungos, manchas de umidade e sujidades. A luminária em ferro e vidro, fixada na parede frontal possui o vidro quebrado e fiação aparente.
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RUÍNAS DA IGREJA MATRIZ DE SÃO MATIAS (160 -161) terminadas. Na segunda metade do séc. XIX deu-se o desabamento do telhado, iniciando seu processo de arruinamento; não muito tempo depois, no início do séc. XX foi destruída por um incêndio ocasionado por um raio. Quase foi demolida em 1948, escapando apenas por conta da interveniência de Antônio Lopes, do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGMA) e hoje é um dos principais pontos turísticos da cidade.
Localização: Praça da Matriz. Utilização atual: Ponto turístico. Dados tipológicos: As ruínas da Matriz de São Matias compreendem a fachada principal, campanário único (lado direito) completo e parte das paredes laterais, tendo à mostra robustas paredes em alvenaria de cal e pedra. Fachada simétrica, colonial, de uma só porta principal com portada em cantaria encimada por frontão do mesmo material. Os vãos em geral apresentam vergas retas, exceto os da torre-sineira, quadrangular, onde são em arco pleno, com uma abertura em cada lado. O frontão curvilíneo com vazadura é terminando por cruz de ferro. Nas seções lateral e posterior, pequenos indícios de construção.
Linha do tempo e intervenções realizadas: 1868. Reforma possivelmente realizada por ordem do Governo da Província. 1959. Restauração realizada pelos arquitetos Pedro e Dora Alcântara. 1997. Estabilização e Consolidação. 2003. Revitalização. 2009. Realizada estabilização e iluminação artística da ruína. Estado de conservação: As ruínas da Igreja de São Matias apresentam bom estado de conservação, visto que sua estrutura não apresenta indícios de possíveis desmoronamentos tal como trincas ou rachaduras. Em poucos pontos pode-se observar a presença de vegetação de pequeno porte indevida entre suas pedras, principalmente na base. A portada em pedra de lioz está em bom estado de conservação.
Dados cronológicos: A história da Igreja de São Matias está diretamente relacionada à freguesia de Tapuitapera (aldeia de índios Tapuias) e tem sua construção iniciada em 1622, por Matias de Albuquerque. Durante longo tempo ficou exposta ao descaso do clero alcantarense e sua estrutura já estava a ruir, quando, no ano 1868, foi reformada possivelmente pelo Governo da Província. Sabe-se que, em novembro de 1869, o Presidente da Província, Dr. Braz Florentino Henrique de Souza, depois de uma viagem a Alcântara, nomeou uma comissão composta do vigário da freguesia, do Dr. Augusto Olímpio Gomes de Castro e do Coronel Inácio Antônio Mendes, para tratar da conclusão das obras, o que nos faz crer não terem sido elas termi199
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RUÍNAS DO PALÁCIO DO BARÃO DE PINDARÉ (170 - 171) Localização: Rua Grande. Utilização atual: Sem uso.
Dados tipológicos: A ruína apresenta as paredes das fachadas principais completas, vazadas - na frente voltada para a Rua Grande - por portas e janelas simétricas em arco abatido e emolduradas em lioz. Como sempre, a porta principal se sobressai por um melhor acabamento, sendo, inclusive, armoriada. Em área construída é maior que a do Imperador, e acima da entrada nobre, cachorros de suporte de balcões sacados, indicam a possível existência de um segundo pavimento. A base dos cunhais também é de cantaria. Dados cronológicos: Esta casa, construída com a finalidade de abrigar o Imperador, foi alvo de grande disputa responsável por movimentar a cidade de Alcântara. Contam que Sua Majestade, quando príncipe, fora contemporâneo de um dos Franco de Sá, no Rio de Janeiro. Após a coroação, convidou-o Antônio Raimundo Franco de Sá a visitar Alcântara, comprometendo-se o Imperador em atendê-lo. Este providenciou imediatamente o início da construção de local digno para abrigar o Imperador. Ao saber da notícia, o Sr. Antônio Pedro de Costa Ferreira (nomeado em 1854 como Barão de Pindaré), membro de uma das famílias mais antigas da cidade, também tratou de iniciar a construção de um palácio com o mesmo propósito. Apesar da obstinada disputa, nenhum dos casarões foi terminado, visto que um de seus anfitriões, Franco de Sá, veio a falecer, levando ao cancelamento da visita do Imperador. Seu concorrente, sem motivação para continuar, abandonou também sua construção. Linha do tempo e intervenções realizadas: 2003. Passou por limpeza e estabilização. Estado de conservação: As ruínas apresentam-se em estado regular de conservação. Pode-se observar nas molduras em pedra a presença de manchas de umidade, fungos e de sujidades. Ao longo de toda a base do prédio verifica-se a existência de vegetação de pequeno porte em locais indevidos, bem como no calçamento em pedra do entorno.
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ROSÁRIO Nascida à margem esquerda da foz do rio Itapecuru, é a quarta cidade mais antiga do Maranhão. O início de seu povoamento remete ao séc. XVII, quando se buscava explorar e colonizar o litoral Maranhense através das chamadas “missões volantes”. As terras férteis à margem do rio eram alvo de disputa entre colonizadores e habitantes nativos, os quais eram expulsos ou escravizados. Em 1620, foi edificado na Povoação de Nossa Senhora do Rosário, por Bento Maciel, o Forte de Vera Cruz, instalado em ponto estratégico, visto que se encontrava à margem de uma das principais vias fluviais do período colonial. Assim, a cidade torna-se sede de importantes combates, sendo inclusive, cenário para a batalha que motivou a expulsão dos holandeses de terras Maranhenses. Em 1833, Rosário foi elevada à categoria de vila e em 1914, tornou-se município, passando por uma grande fase de desenvolvimento ocasionado pela construção da estrada de ferro São Luis – Teresina que facilitou o escoamento da produção da cidade. Suas belezas e riquezas naturais renderam-lhe o título de “Jardim do Maranhão” e desta terra, saíram filhos ilustres como Benedito Leite, notável magistrado, político e jornalista que governou o Maranhão de 1906 a 1908 e Ivar Saldanha, que foi prefeito de São Luis por três vezes e governador do Estado. Hoje, passagem principal para os “Lençóis Maranhenses”, destaca-se pelo seu artesanato feito de barro e fibras e, apesar de seu grande potencial turístico, este quase não é explorado, deixando importantes peças históricas como o Forte do Calvário em completo abandono.
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Forte do Itapecuru
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Igreja Nossa Senhora do Rosário
ESCALA - 1 : 800
N
Alcântara
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MAPA DE LOCALIZAÇÃO: SEM ESCALA
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FORTE DO ITAPECURU (184 - 185)
No topo da torre, vãos de menores dimensões, em três faces, onde estão localizados os sinos, é terminada por coruchéus (nos cantos) e cúpula de cobertura.
Localização: Rua Trizidela, Praça da Matriz. Utilização atual: Igreja católica. Dados tipológicos: Fachada principal simétrica, revestida de azulejos industrializados de cor branca e com detalhes destacados com pintura na cor azul. Pilastras repetidas, simples, entre as quais duas séries de vãos, que no térreo são em arco abatido, recebem molduras em cantaria trabalhada e portas almofadadas, cravadas, enquanto as superiores, portas-janelas, são em arco pleno com balcão entalado gradeado de ferro, com folhas e bandeira em madeira e vidro. Acima do entablamento, frontão triangular clássico centrado por círculo e encimado por cruz. Nas laterais, peanhas com cruz, todas em ferro. Fachadas laterais terminadas em cimalha e beiral, revestidas em pedra, apresentam no térreo vãos em arco abatido e óculos; as superiores recebem o mesmo tratamento dispensado à fachada principal; ainda nesse nível, presença de círculos centrados por cruz com elementos vazados. Fachada posterior também revestida com pedras, em forma de oitão, centrada pela torre sineira (pintada na cor branca), única, de seção quadrangular, formando um terceiro plano em relação ao resto da fachada, que contém vestígios de vãos em arco pleno centrados por cruz em elementos vazados. 206
Dados cronológicos: Não se sabe exatamente a data de construção da Igreja, existem relatos que indicam que foi edificada na mesma época do Forte do Calvário, em 1620, porém, acredita-se que a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Rosário, tenha sua origem no séc. XVIII, quando estavam aqui os pretinhos irmãos da Virgem Nossa Senhora do Rosário, unidos para fundar uma ermida dedicada a essa santa e que não tinham, entretanto, sítio onde a fundassem. O convento do Carmo, tendo vários chãos no local onde chamavam Carmo Velho, doou ali, uma área aos negrinhos, suficiente para erguerem a ermida. A escritura foi lavrada no próprio Convento, na presença do responsável pelo mesmo, conventuais, testemunhas e o rei da confraria dos negrinhos, o preto Luís João da Fonseca que aceitou com os demais irmãos a doação. Talvez por não cumprirem o ditam da doação, verifica-se, em 1733, o treslado de tudo isso para o Convento do Carmo e só no século XIX é que se conta a saída da primeira procissão dessa igreja, organizada por uma irmandade fundada por Bernadino Sena. Ainda na primeira metade desse século, o professor régio fundou, num dos corredores dessa igreja, a primeira unidade escolar da vila. Mais tarde, essa igreja veio sofrer grandes reformas, com D. Luís da Conceição Saraiva. Em 26 de março de 1866, amanheceu desmoronada, devido a torrencial chuva que se processara pela madrugada. Nessas condições, todos os religiosos passaram a fazer suas orações e as demais coisas relacionadas a fé, em um corredor ao lado esquerdo da igreja desabada. Assim do seu desmoronamento, as autoridades civis, religiosas e militares mobilizaram-se para arrecadar fundos para sua reconstrução, assim, dois anos depois, em 1868, lançou-se a pedra fundamental da nova igreja, que foi planejada pelo engenheiro Francisco Gomes de Sousa, tendo 76 palmos de frente com 15 de fundo, abrangendo o corpo, a sacristia e o consistório. Em fevereiro de 1871, foi anunciado oficialmente ao então presidente da província, Dr. Augusto Gomes de Castro, a conclusão das obras da igreja; sendo benta em maio do mesmo ano. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário é a principal 207
da cidade e a única do Brasil que possui torre sineira na parte de trás, só existindo outra igual na Itália. Atualmente encontra-se em pleno funcionamento, sendo sede de grandes festejos da cidade. Linha do tempo e intervenções realizadas: 1866. Desmoronou por conta das fortes chuvas. 1868. Lançada a pedra fundamental da nova igreja. 1871. Conclusão das obras da nova igreja. Estado de conservação: A igreja encontra-se em bom estado de conservação. Na fachada principal nota-se a presença de pichação nas molduras em lioz e sujidades nas esquadrias e revestimentos. Nas demais fachadas, há umidade ascendente, manchas de umidade e vegetação de pequeno porte na parte mais alta da torre e demais fachadas sem a proteção do beiral.
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IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO (186 - 187) Localização: Margem esquerdado Rio Itapecuru. Utilização atual: Sem uso.
Dados tipológicos: Situado à margem direita do Rio Itapecuru, encontra-se em local estratégico para desempenhar função defensiva de ataques externos e impedir incursões através do rio. Construído em cal e pedra, pouco se encontra da antiga fortificação. Consegue-se perceber vestígios do muro de proteção, uma edificação de forma retangular sem cobertura e pavimento único, restando apenas indícios de cimalha. Seus vãos, em arco abatido. Vegetação de pequeno e grande portes impede um conhecimento maior acerca do que precariamente ainda existe. Dados cronológicos: Segundo César Marques, este forte denominado primeiramente de “Vera Cruz”, foi edificado em 1620 por Bento Maciel, que ficou no comando do forte até meados de 1621, quando D. Luís de Sousa, satisfeito de sua conduta na expedição Tupinambás, o promoveu do forte do Itapecuru ao governo da Capitania Grão-Pará. Por volta de 1640, já estando o Maranhão ocupado pelos holandeses sob o comando do General da Armada, João Cornellesoon, o forte achava-se, à chegada dos invasores, em grande estado de ruínas e desguarnecido. Em 1642 este forte passou a ter um papel de destaque na história do Maranhão. Cornellesoon deixou o forte grandemente guarnecido e retirou-se para Pernambuco, porém, ainda assim não conseguiu evitar o ataque holandês. Tal era o desespero da população maranhense para evitar o ataque, que chegavam à casar suas filhas com o inimigo. Porém, o esforço foi em vão e o forte, tomado. O fato se deu da seguinte maneira: na noite de 30 de setembro de 1642, Antônio Muniz Barreiros surpreendeu os engenhos guarnecidos pelos holandeses e a maior parte foram trucidados. Animado com o sucedido, Muniz Barreiros se dirige ao Forte do Calvário, onde se achavam os holandeses fortificados. A pouca distância aprisionou um holandês que conduziu até bem perto do forte, permanecendo junto a um penedo que denominaram de Paciência, por ter sido esse local escolhido para tomarem a resolução necessária diante da superioridade numérica dos holandeses. Dessa maneira, atacaram o local onde os inimigos estavam desapercebidos. Tomaram o forte e a 210
maioria dos inimigos, só escapando alguns protegidos por um sacerdote que os acompanhava. Dentre esses, estava o comandante do forte, Maximiliano Schad. Guarnecendo o forte, Muniz Barreiros passou à Ilha do Maranhão, derrotando os holandeses na célebre batalha do Outeiro da Cruz. Antônio Muniz Barreiros muito lutou contra os usurpadores, morrendo, porém, antes do término da luta, sendo substituído por Antônio Teixeira de Melo. Assim que tomou conhecimento que o forte se encontrava deserto, voltou a ele com suas tropas no mês de outubro. Outro episódio político interessante nesse forte, foi a prisão do bacharel Antônio Figueira Durão, ouvidor-geral e provedor-mor dos defuntos e ausentes, a mando de Manoel Pita da Veiga, que governava a Capitania interinamente e era provedor-mor da Fazenda Real. Com a chegada do governador e capitão-general efetivo, Luís Magalhães, Pita da Veiga foi recolhido ao forte onde estivera Durão. Todos estes acontecimentos levaram o forte de Itapecuru a ser, de início, batizado de Vera Cruz, depois Forte do Calvário e por último, Forte da Guarita, este ligado aos heroicos acontecimentos que culminaram na expulsão dos holandeses no começo do ano de 1644. Atualmente, o forte é praticamente esquecido pela cidade e poder público, ao pedir informações, poucos são os que sabem sua localização. Com difícil acesso e sem sinalização, recompensa aos visitantes que se aventuram para ele conhecer com a bela vista das ruínas e do Rio Itapecuru. Sem tratamento ou valorização, o forte permanece à margem da passagem de pescadores da cidade, que apesar de por ele passarem todos os dias, pouco sabem da riqueza histórica por trás das belas ruínas. Intervenções realizadas e linha do tempo: 1620. Construção do Forte de Vera Cruz, por Bento Maciel Parente. 1626. Francisco Coelho de Carvalho realiza a primeira reedificação do já Forte do Calvário 1640. Estando em ruínas, é restaurado e guarnecido. 1641. Reedificado, ampliado e guarnecido pelo Almirante holandês João Cornellesoon. 1682. Construção de uma casa forte denominada de Santo Cristo da Serra de Sermide, às custas de João de Sousa Soleima e sua esposa Isabel da Costa. 1840. Reconstrução total do Forte, sob a direção do Primeiro-Tenente de Engenheiros João Vieira da 211
Silva. 1870. Encontrava-se descrito desta maneira nos livros da Tesouraria entre os bens da União: “Forte de Vera Cruz de pedra e cal, situado na margem esquerda do Itapecuru, distrito da vila do Rosário, tem 80 braças de frente, norte a sul, além dos vãos compreendidos em duas praças de armas, e 23 de fundo, leste a oeste, cuja muralha tem sete palmos de grossura e o parapeito, três. Uma das praças de armas tem 80 palmos de circunferência cada um, e o outro 80 palmos compridos sobre 58 de largo entre outros dois baluartes semicirculares de 44 palmos de circunferência cada um, com 2 armazéns de 33 palmos de comprido sobre 21 de largo cada um entre as dita praças de armas, com uma casa de 78 palmos de comprido sobre 32 de largo por trás da segunda praça de armas, dividida em três quartos, dos quais um serve de capela, outro de prisão, e outro com mirante para aquartelamento com outra pequena praça de 22 palmos”. 1939. Grande parte do Forte foi destruída para retirada das pedras a serem vendidas na cidade de Rosário. 2009. Realizado levantamento topográfico, geofísico e físico arquitetônico da fortificação. Ainda neste ano entrou-se com o pedido de tombamento do forte, o mesmo foi anexado. Estado de conservação: As ruínas encontram-se em processo acelerado de arruinamento, quase que completamente encobertas pela vegetação que desagrega os maciços de alvenaria de pedras e cal e sem o devido tratamento, tende ao desaparecimento.
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